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METODOLOGIA DA PESQUISA Unidade 1- Técnicas de estudo, Artigo científico, Gêneros acadêmicos e Apresentação gráfica. • TÉCNICAS DE ESTUDO A partir da escolha do objeto de estudo, da questão da pesquisa de seu interesse, você deve organizar um plano de atividades, pois faz-se necessária a máxima organização para que tenha sucesso ao final de todo seu empenho, podemos observar a síntese dos itens desse roteiro como um procedimento de abertura: • 1 Escolha do tema-problema; Identificação das limitações sobre o que será abordado; Formulação de objetivos; Levantamento bibliográfico; Leitura do material selecionado com registros; Análise e interpretação dos dados coletados; Elaboração de conclusões; Elaboração de introdução; Registro de bibliografias e anexos; Revisão geral; Digitação; Entrega e/ou apresentação Temos quatro gêneros de técnicas de estudo, intercomunicados, são eles: PESQUISA TEÓRICA- Aquela que se dedica ao estudo de teorias PESQUISA METODOLÓGICA- Aquela que se dedica aos modos de fazer ciência PESQUISA EMPÍRICA- Aquela que se dedica a codificar o que é possível ser medido dentro da realidade social PESQUISA PRÁTICA-Voltada para a intervenção na realidade Assim, levando em consideração que você deverá observar o objeto de estudo de seu trabalho, a seguir, serão evidenciadas algumas modalidades de pesquisa geradas a partir dos gêneros mencionados, para que seja possível decidir quais os procedimentos mais adequados a esse estudo: ANÁLISE DE CONTEÚDO- Com a ocorrência de análise de conteúdos escritos em jornais e revistas e que são usados como fontes de informações BIBLIOGRÁFICO- Estudo das contribuições científicas sobre determinado assunto. CENSO- Levantamento de informações de todos os integrantes do universo pesquisado. CLÍNICO- Baseado em técnicas de entrevistas, da história de vida, do aconselhamento, de psicodiagnósticos; COMPARATIVO- Trata-se de um procedimento científico que examina casos, fenômenos ou coisas por analogia, descobrindo aspectos em comum, regularidades e princípios CRÍTICO- DIALÉTICO- Apoia-se na dinâmica da realidade e na relação teoria e prática; suas propostas são críticas e com o objetivo de desvendar conflitos de interesses; DE CAMPO- Corresponde à coleta direta de informações em locais nos quais acontecem os fenômenos em estudo DEDUTIVO- Apresenta um conjunto de proposições particulares contidas e verdades universais, partindo de uma premissa de valor universal para uma particularidade, justifica-se pela verdade, pela coerência e não contradição DESCRITIVO-Tem como objetivo a descrição das características de determinado fenômeno ou população DOCUMENTAL- Reúne, classifica e distribui documentos de todo gênero das atividades humanas EMPÍRICO- ANALÍTICA- Faz utilização de técnicas de coleta, analisando dados quantitativos para validação de provas científicas ENTREVISTA- Ocorre um processo de interação social, baseada em interlocutores que assumem papéis, respectivamente de entrevistador e de entrevistado; pode ocorrer em profundidade, em grupo ou de forma não diretiva ESTATÍSTICO- Leva em conta a obtenção, organização, análise e apresentação de dados numéricos ESTUDO DE CASO- Refere-se ao estudo de interações ambientais de uma unidade social, num recorte temporal; EXPERIMENTAL- É aquele que tenta descobrir relações causais FENOMENOLÓGICO- Consiste em uma visão intelectual do objeto, com base e intuição, propondo uma reflexão contínua sobre a importância dos processos adotados; FENOMENOLÓGICO- HERMENÊUTICA- Faz utilização de técnicas não quantitativas, trabalhando com estudos teóricos e análise de documentos e textos, apresentando propostas críticas, busca processos lógicos de interpretação HISTÓRICA- Reconstruindo o passado de forma sistemática, faz-se a verificação de evidências e delineação de conclusões INDUTIVO- Parte do particular para a generalização como produto de um trabalho de coleta de dados particulares LABORATÓRIO- Realizado em recinto fechado, exige instrumentação, objetivos, manipulação de instrumentos LEVANTAMENTO-Caracterizado pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento deseja-se conhecer MÉTODO REDUTIVO- Observam o que, através da ciência, é permitido conhecer, descobrir, descrever e predizer em relação a fenômenos de ocorrência real OBSERVACIONAL- Trata-se de procedimentos empíricos, ou seja, baseados na experiência PESQUISA DE AVALIAÇÃO- Trata-se de um tipo especial de pesquisa aplicada, elaborada para avaliar programas de melhoramentos dentro da sociedade SEMIÓTICO- Estuda os sinais e seus significados, dando relevância à importância e precisão dos símbolos. • ESTILO DA REDAÇÃO TÉCNICO CIENTÍFICA O texto técnico-científico caracteriza-se por abordar temática referente à ciência, na qual se usa o instrumental teórico com o propósito de possibilitar a discussão científica na área para qual o texto se remete. É importante notar que o estilo de redação usado em artigos científicos não segue as mesmas características dos artigos jornalísticos ou até mesmo dos textos literários e publicitários. Alguns aspectos devem ser observados na redação técnico-científica, como ensina Israel Azevedo, no livro O prazer da produção científica (1998), seu texto terá de perseguir os princípios básicos de qualquer comunicação, como clareza, concisão, correção, encadeamento, consistência, contundência, precisão, originalidade e fidelidade, entre outros compromissos. Após essas definições teóricas, é importante priorizar algumas características na hora de produzir o seu artigo: A- COERÊNCIA Entre as etapas do texto, não pode ocorrer contradição de ideias, elas devem estar organizadas de tal forma que não ocorram trechos que apresentem falta de sentido diante de algo que já foi mencionado, por isso, a releitura do texto deve ser constante B- OBJETIVIDADE O texto deve ser escrito em linguagem direta, evitando-se que a sequência seja desviada com considerações irrelevantes. A argumentação deve apoiar-se em dados e provas e não em considerações e opiniões pessoais C- CONCISÃO Procure dizer o máximo com o menor número de palavras. Novamente de acordo com Azevedo (1998, p. 113), a concisão se obtém com o exercício de reescrever. A cada vez que se faz isso, descobre-se uma repetição de ideias ou de palavras, nota- se vocabulário supérfluo, encontra-se uma maneira de dizer a mesma coisa com menos palavras. D- CLAREZA O texto científico deve primar pela redação clara, não deixando margem às diferentes interpretações. É fundamental que se evitem comentários irrelevantes e redundantes. Um bom teste para a clareza de seu texto é solicitar sua leitura por outra pessoa. Se ela fizer alguma pergunta, não responda. Tome o texto e o reescreva. Depois, repita o teste (AZEVEDO, 1998, p. 112) E- PRECISÃO Toda palavra utilizada deve traduzir exatamente a ideia a ser tratada. Um vocabulário preciso é aquele que evita linguagem rebuscada, prolixa e atinge seu propósito. Deve-se utilizar uma nomenclatura aceita no meio científico de cada área F- IMPARCIALIDADE O trabalho científico deve evitar ideias preconcebidas. Todo posicionamento adotado em um texto deve amparar-se em fatos e dados evidenciados pela pesquisa. O autor deve primar por manter seu posicionamento e suas escolhas de pesquisa sem assumir uma postura unilateral G- ENCADEAMENTO O texto deve ter uma sequência lógica e fluida para não prejudicar o entendimento do público. indica > público, indicando como deve ser uma boa redação técnico- científica: [...] encadeie as frases, os parágrafos, os tópicos e os capítulos entre si. Procure tornar cada frase um desenvolvimento do que veio antes, numa sequência lógica, tanto para explicar, quanto para demonstrar, detalhar, restringir ou negar. Cada parágrafodeve estar em harmonia e em tranquila transição com o anterior e com o posterior. O mesmo vale para tópicos e capítulos (AZEVEDO, 1998, p. 119) H- IMPESSOALIDADE O texto deve ser impessoal, por isso é conveniente que seja redigido na terceira pessoa e que se evitem afirmações como: “a minha pesquisa”, “o meu estudo”, “o meu artigo”. O que se postula é que se use “esta pesquisa”, “este estudo”, “este artigo” • PARÁGRAFO NO TEXTO TÉCNICO- CIENTÍFICO O parágrafo é uma parte do texto que tem por finalidade expressar as etapas do raciocínio. Por isso, a sequência dos parágrafos, seu tamanho e sua complexidade dependem da própria natureza do raciocínio. Enfim, pode-se dizer que o parágrafo tem estrutura semelhante à de um texto composto por vários parágrafos. Ou seja, é composto por introdução, desenvolvimento e conclusão. Cada parágrafo contém uma argumentação completa, levando a uma conclusão. Após concluir esse argumento, mude de parágrafo. • TRABALHO CIENTÍFICO A seguir, conheceremos algumas características específicas dos trabalhos científicos: TRABALHOS DE GRADUAÇÃO- É possível mencionar que os trabalhos de graduação também têm como propósito permitir uma revisão bibliográfica ou literária de um determinado assunto ou assimilar conteúdo específico de uma área científica. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO- Este trabalho possibilita a investigação sobre determinados temas ou fenômenos por meio da análise, reflexão e produção textual, bem como, muitas vezes, da defesa oral da pesquisa perante uma banca examinadora. Na monografia de graduação, é suficiente a revisão bibliográfica, ou revisão de literatura. É mais um trabalho de assimilação de conteúdo, de confecção de fichamentos e, sobretudo, de reflexão. É uma pesquisa bibliográfica, o que não exclui a capacidade investigativa de conclusões ou afirmações de autores consultados. MONOGRAFIA- A monografia, exigida para a obtenção do título de especialista em alguns cursos de pós-graduação lato sensu, é semelhante ao TCC, apresentado em cursos de graduação. Por isso, alguns pensadores, acreditam que não há razão para falar em três níveis: monografia, dissertação e tese. Todos são trabalhos monográficos, dissertativos, mas com características distintas. A diferença entre eles está no grau acadêmico: o graduando faz a monografia, enquanto quem busca o mestrado faz a dissertação e o doutorando desenvolve a tese. Apesar da diferenciação, o texto não deixa de ser monografia, cada qual com a sua peculiaridade. DISSERTAÇÃO- De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 2), dissertação é um documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. TESE- De acordo com a NBR 14724 (2011, p. 4), tese é um documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. A tese tem a finalidade de abordar algo novo em um determinado campo do conhecimento, de forma a promover uma descoberta ou dar uma real contribuição para a ciência. Para Odilia Fachin, na obra Fundamentos de metodologias, publicada em 2003, a tese é entendida como um trabalho científico habitualmente exigido nos cursos de pós-graduação e que deve ser defendido oralmente em público. A tese deve apresentar um estudo original que traga uma contribuição para a sociedade científica, com rigor na argumentação, apresentação de provas das afirmações e profundidade das ideias. • GÊNEROS ACADÊMICOS RESUMO O resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto. Seu objetivo é fornecer elementos capazes de permitir ao leitor decidir sobre a necessidade de consulta ao texto original e/ou transmitir informações de caráter complementar. É a condensação de um texto, colocando em destaque os elementos de maior interesse e importância. Sua finalidade é difundir as informações contidas em livros, artigos ou outros documentos e auxiliar o estudante nos seus estudos teóricos, assim como ajudar o profissional a relembrar o assunto e praticar da melhor forma possível. Uma modalidade específica desse tipo de trabalho é o resumo crítico. Ele é uma redação técnica que avalia de forma sintética a importância de uma obra científica ou literária. O que difere o resumo do resumo crítico é sua estrutura, que apresenta a crítica como quarta etapa, logo após introdução, desenvolvimento e conclusão. RESENHA A resenha é uma descrição que faculta o exame e o julgamento de um trabalho (teatro, cinema, obra literária, experiência científica, tarefa manual etc.). A apresentação do conteúdo deve ser elaborada de maneira impessoal, sem demonstração satírica ou cômica, contendo posicionamentos de ordem técnica diante do objeto de análise, seguidos de um resumo do conteúdo e possível demonstração de sua importância. Em geral, a resenha crítica é elaborada por um cientista que, além do conhecimento sobre o assunto, tem capacidade de juízo crítico. Mas, naturalmente, como no caso desta disciplina, também pode ser realizada por estudantes, como um exercício de compreensão e crítica. A resenha visa apresentar uma síntese das ideias fundamentais da obra. Dicas de como fazer uma resenha: 1. Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais; • 2 2. Apresente a obra: situe o leitor, descrevendo em poucas linhas o conteúdo do texto; • 3 3. Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo; • 4 4. Descreva o conteúdo: aqui sim, utilize de três a cinco parágrafos para resumir claramente o texto; • 5 5. Analise de forma crítica: nessa parte, e apenas nessa parte, você opina. Argumente baseando-se em teorias de outros autores e faça comparações. Dê asas ao seu senso crítico; • 6 6. Recomende a obra: você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora analise o público que se interessará pela obra; • 7 7. Identifique o autor: fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador; • 8 8. Assine e identifique-se: no último parágrafo você escreve seu nome e resume seu currículo ESQUEMA Os esquemas são enunciados de palavras-chave em torno das quais é possível organizar grandes quantidades de conhecimento. Representam uma enorme economia de palavras e oferecem a vantagem de destacar e visualizar o essencial do assunto em análise, podendo ainda ser facilmente reformulados. Sua utilização nos ajuda a compreender e recordar os acontecimentos, a estabelecer relações entre eles ou entre diversos fatores e a entender a influência que esses acontecimentos ou fatores exercem uns sobre os outros. Há vários tipos de esquemas, entre eles: LINEARES: Quando organizam a informação na horizontal e na vertical; CIRCULARES: Que organizam a informação em círculo; PIRAMIDAIS: Caso a informação dispõe-se em forma hierárquica, de pirâmide; SISTEMÁTICOS: Quando a informação se organiza em forma de quadro, representando as relações de interdependência de um fenômeno Para fazer um esquema, a primeira meta deve ser identificar as ideias-chave do texto e ordená-las, escolhendo para isso o modelo mais adequado para a situação. Use setas para estabelecer relações entre os conceitos FICHAMENTO O fichamento é um valioso recurso de estudo que os pesquisadores lançam mão para a realização de uma obra didática, científica ou de outra natureza. É um recurso de memória, imprescindível, sobretudo na elaboração de monografias. É usado, também,em seminários e em aulas expositivas. A prática contínua do fichamento contribui para que o estudante aprimore pontos de vista e julgamentos, percebendo que é possível reverter um pequeno trabalho inicial em ganho de tempo futuro, quando for preciso escrever sobre determinado assunto. Os fichamentos podem ser os seguintes: de citação, de resumo, de esboço e de indicação bibliográfica, entre outros. O mais utilizado nas avaliações na universidade é o fichamento de citação, que obedece cinco normas: • 1 1. Toda citação deve vir entre aspas; • 2 2. Após a citação, deve constar o número da página de onde foi extraída a citação; • 3 3. A transcrição tem de ser textual; • 4 4. A supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada, utilizando-se, no local da omissão, três pontos, precedidos e seguidos por espaços, no início ou no final do texto e, entre parênteses, no meio; • 5 5. A supressão de um ou mais parágrafos deve ser assinalada, utilizando-se uma linha completada por pontos PAPER É um pequeno texto elaborado sobre um tema pré-determinado, resultado de estudos ou de pesquisas científicas, no qual o aluno irá desenvolver análises e argumentações, com objetividade e clareza, orientando-se em fatos ou opiniões de especialistas. O objetivo do paper é estimular o aluno no aprofundamento de um assunto, já exercitando a elaboração de trabalhos sob uma linguagem acadêmico- científica. Espera-se o desenvolvimento de um ponto de vista acerca de um tema, uma tomada de posição definida e a expressão dos pensamentos de forma original. Deve ser escrito em terceira pessoa. Os propósitos de um paper são quase sempre os de formar um problema, adequar hipóteses, cotejar dados, prover uma metodologia própria e, finalmente, concluir. // O paper é • uma síntese de suas descobertas sobre um tema e seu julgamento, avaliação, interpretação sobre essas descobertas; • um trabalho que deve apresentar originalidade quanto às ideias; • um trabalho que deve reconhecer as fontes que foram utilizadas, que mostra que o pesquisador é parte da comunidade acadêmica. // O paper não é • um resumo de um artigo ou livro (ou outra fonte); • ideias de outras pessoas, repetidas não criticamente; • um conjunto de citações; • opinião pessoal não evidenciada, não demonstrada; • cópia do trabalho de outra pessoa. ARTIGO CIENTÍFICO A principal característica do artigo científico é que suas afirmações devem estar baseadas em evidências, sejam elas oriundas de pesquisa de campo ou comprovadas por argumentos que sustentem as conclusões expostas no artigo e que passaram pelo crivo da comunidade científica. O autor pode expressar seu parecer, desde que demonstre ao leitor qual o processo lógico que o levou a chegar à aquela conclusão. Algumas falhas mais comuns na investigação científica são: • falta de clareza dos propósitos; • falta de originalidade do material; • falta de originalidade do material; • má organização no material expositivo; • repetição de palavras, conceitos e informações; • desatualização bibliográfica; • excessiva dependência das fontes; • incorreção ou incoerência no sistema de referenciação das fontes; • inadequação na definição dos termos Os artigos podem se apresentar de duas formas, conforme a ABNT (sigla de Associação Brasileira de Normas Técnicas, um órgão privado e sem fins lucrativos que se destina a padronizar as técnicas de produção feitas no país). ARTIGO ORIGINAL - Apresenta temas ou abordagens próprias. Via de regra, estes artigos relatam resultados de pesquisa, bem como desenvolvem e analisam dados não publicados ARTIGO DE REVISÃO- Tem como propósito resumir, analisar e discutir informações já publicadas que, geralmente, resultam de revisão de trabalhos já publicados, revisões bibliográficas. Para a apresentação gráfica do artigo científico, é necessário se atentar às seguintes indicações: • Papel: folha branca de tamanho A4 (21 cm x 29,7 cm); • Margens: esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm; • Espaçamento entrelinhas: 1,5; • Parágrafo: de 1,25 cm (geralmente 1 tab), com uma linha em branco entre um parágrafo e outro; • Formato do texto: justificado; • Tipo e tamanho da fonte: Times New Roman, tamanho12 • Título: tamanho 18 e negrito; • Subtítulo: tamanho 16 e negrito; • Paginação: as páginas são numeradas com algarismos arábicos, colocados no canto superior direito da página, a 2 cm da borda superior: o A primeira folha, que apresenta a identificação do artigo, não é paginada, embora seja contada; o A paginação é iniciada na segunda folha e segue até o final do trabalho, inclusive nos elementos pós-textuais opcionais (apêndices e anexos). • Extensão do artigo: de 8 a 12 páginas. Veja a proporção dos elementos do artigo sugerida no Quadro 1; • Títulos e subtítulos internos: os títulos de primeiro nível devem ser colocados em letras maiúsculas e em negrito (por exemplo: 3 ADMINISTRAÇÃO); subtítulos de segundo nível devem iniciar com a primeira letra maiúscula e seguir com letras minúsculas em negrito (por exemplo: 3.1 Administração científica); e subtítulos de terceiro nível, em letras minúsculas e apenas a primeira letra do título maiúscula (salvo nomes próprios) e sem negrito (por exemplo 3.1.1 Histórico da administração científica). A numeração de títulos e subtítulos deve ser alinhada à margem esquerda; • Itálico: utiliza-se para grafar as palavras em língua estrangeira, como checkin, resumen e workaholic, por exemplo. A seguir, apresentaremos um exemplo da organização, formato e apresentação do artigo científico: TÍTULO DO ARTIGO Subtítulo Nome do Autor Nome do Coautor Resumo Palavras-chave: TITLE Subtitle Abstract Keywords: 1 INTRODUÇÃO 2 ESTRATÉGIAS PARA IDENTIFICAR O PAPEL DO CANDIDATO 2.1 Entrevista 2.2 Testes 2.2.1 Avaliação da entrevista 2.2.2 Avaliação dos testes 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS • NORMAS METODOLÓGICAS E ELEMTOS DA ESTRUTURA DO ARTIGO O modelo de apresentação do artigo científico seguirá, por razões de normatização, a estrutura de artigos científicos apresentada nesta unidade, que está em consonância com a NBR 6022 (2003), sendo imprescindível o uso e o cumprimento das normas estabelecidas a seguir. Pré-textuais • Título; • Subtítulo (opcional); • Autores; • Resumo; • Palavras-chave. Textuais • Introdução; • Desenvolvimento; • Considerações finais. Pós-textuais • Referências (obrigatório); • Apêndice(s) (opcional(is) e não recomendado(s); • Anexo(s) opcional(is) e não recomendado(s. ELEMENTOS PRÉ- TEXTUAIS Os elementos pré-textuais são compostos por informações essenciais, conforme explicação e modelo a seguir. Título do trabalho Letra 18, centralizado, maiúsculas e negrito. Subtítulo, se houver Letra 16, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas. Após o subtítulo, deixar duas linhas de tamanho 12 em branco. Estudante Nome do estudante, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas, com nota de rodapé indicando a titulação e o e-mail. Coautor Nome do orientador, com letra 12, centralizado, negrito, maiúsculas e minúsculas, com nota de rodapé indicando a titulação (especialista, mestre, doutor) e o e-mail; (deixar duas linhas de tamanho 12 em branco). Resumo A palavra "resumo" deve ser em letra 12, negrito, alinhado à esquerda. Após a palavra “resumo”, deixar uma linha de tamanho 12 em branco. Esse item deve ter apenas um parágrafo de, no máximo, 250 palavras (aproximadamente 15 linhas), sem recuo na primeira linha. Use espacejamento simples, justificado, tamanho 12. Palavras-chave É preciso escolher de três a seis palavras ou termos mais importantes do conteúdo, frequentemente já expressos no resumo. São separados entre si, finalizados por ponto e iniciados com letra maiúscula.A expressão “Palavras-chave” deve ser em fonte 12, negrito, alinhada à esquerda. Por exemplo: Palavras-chave: Conhecimento. Ciência. Metodologia Científica. Atenção: Após as palavras-chave, deixar duas linhas de tamanho 12 em branco. Título e subtítulo do trabalho em inglês Utilizar as mesmas regras de formatação do texto em português. Após, deixar duas linhas em branco em fonte tamanho 12. Abstract (resumo em inglês) Escrever “Abstract” em fonte Times New Roman, tamanho 12, negrito, alinhado à esquerda. Deixar uma linha em branco. O abstract deve ter a mesma formatação do resumo em português. Deixar 1 linha em branco. Keywords Palavras-chave em inglês. Devem ter a mesma formatação do resumo em português. Deixar uma linha em branco ELEMENTOS TEXTUAIS INTRODUÇÃO Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a introdução é a parte inicial do texto, na qual devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho. A introdução deve anunciar a ideia central do trabalho, delimitando o ponto de vista enfocado em relação ao assunto e à extensão. Deve situar o problema ou o tema abordado, no tempo e no espaço, enfocar a relevância do assunto e apresentar o objetivo central do artigo. [...] na introdução não se deve repetir ou parafrasear o resumo, nem antecipar conclusões e recomendações, mas é um convite para a leitura do texto integral. Assim, esta parte é importante para que o leitor penetre na problemática abordada, familiarizando-se com os termos e o conteúdo da pesquisa (MARTINS, 2002, p. 221). A finalidade da introdução é situar o leitor no tema, definindo conceitos, apresentando os objetivos do artigo e as linhas de pensamento relevantes para o estudo do assunto e as possíveis controvérsias, explicitando qual dessas linhas o autor seguirá e a justificativa para sua escolha. Também é aconselhável que o autor, nos últimos parágrafos da introdução, apresente a estrutura do artigo. A introdução é a apresentação inicial do trabalho, a qual possibilita uma visão global do assunto tratado (contextualização), com definição clara, concisa e objetiva do tema. E a delimitação precisa das fronteiras do estudo em relação ao campo selecionado, ao problema e aos objetivos a serem estudados. DESENVOLVIMENTO O desenvolvimento é a parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método. Não existe exatamente uma norma rígida que oriente esta seção do artigo. O texto, no desenvolvimento, poderá conter ideias de autores, dados da pesquisa (caso for pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas auxiliares) e interpretações. O desenvolvimento do assunto é a parte mais importante e extensa do texto em que é exigido raciocínio lógico e clareza. Seu objetivo é proporcionar uma exposição clara da ideia principal, fundamentando-as de modo racional com os resultados da investigação (MARTINS, 2002, p. 221). O desenvolvimento do trabalho é a parte principal, mais extensa e consistente. São apresentados os conceitos, teorias, citações das autoridades do assunto que você está abordando, principais ideias sobre o tema focalizado, além de aspectos metodológicos, resultados e interpretação do estudo. CONSIDERAÇÕES FINAIS A conclusão é a parte final do texto, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses. As considerações finais devem limitar- se a uma síntese da argumentação desenvolvida no corpo do trabalho e dos resultados obtidos. É importante lembrar que elas devem estar fundamentadas nos resultados obtidos na pesquisa: [...] deve ser breve, clara, objetiva, apresentar visão analítica do corpo do trabalho, inter-relacionando- o e levando em conta o problema inicial do estudo. É redigida tendo em vista os resultados obtidos. É decorrente dos dados obtidos ou fatos observados, portanto não se deve introduzir novos argumentos, apenas demonstrar o que foi encontrado no decorrer do estudo (FACHIN, 2003, p. 165). Nesta parte do trabalho, podem ser discutidas recomendações e sugestões para o prosseguimento no estudo do assunto. As considerações finais devem apresentar deduções lógicas correspondentes aos propósitos previamente estabelecidos do trabalho, apontando o alcance e o significado de suas contribuições. Também podem indicar questões dignas de novos estudos, além de sugestões para outros trabalhos. ELEMENTOS PÓS- TEXTUAIS REFERÊNCIAS As referências são definidas como um conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificaçãoindividual.As referências fazem parte do todo, em virtude de que o corpo do artigo está sustentado em informações pesquisadas também nas autoridades do assunto em questão, os quais foram citados no corpo do trabalho. E, dessa forma, as referências permitirão que o leitor tenha acesso às obras, aos documentos e aos artigos científicos que foram citados no interior do trabalho. APÊNDICE (opcional) Texto ou documento elaborado pelo autor que visa complementar o trabalho. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e respectivo título. ANEXO (opcional) Texto ou documento não elaborado pelo autor do trabalho, que complementa, comprova ou ilustra o seu conteúdo. Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e respectivo título. Por exemplo: ANEXO B – Estrutura organizacional da Empresa • APRESENTAÇÃO DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS No decorrer do artigo, o aluno pode usar outros elementos para ilustrar ou, até mesmo, dar mais credibilidade às ideias que tenciona defender. Para isso, poderá fazer o uso de ilustrações, tabelas e até mesmo gráficos. Sendo assim, veja a seguir como esses itens devem aparecer no artigo científico. Formato de apresentação de elementos do texto: Ilustrações (desenhos, fotografias, organogramas, quadros e outros) As ilustrações devem ser centralizadas, com legenda numerada partindo de 1. O título da ilustração deve ser precedido pela palavra que a identifique (exemplo: Figura) e pelo seu respectivo número. A posição do título é centralizada e a seguir da ilustração. A fonte ou nota explicativa deve estar centralizada e abaixo da figura, em fonte Times New Roman, tamanho 10. Tabelas A legenda da tabela deve ser precedida pela palavra “Tabela” e pelo seu respectivo número. A posição do título é centralizada e acima da tabela. A fonte fica no final da tabela, também centralizada, tamanho 10, espaçamento simples entrelinhas e seguindo os padrões estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Gráficos Os gráficos apresentam dados numéricos em forma gráfica para melhor visualização. O mesmo procedimento de títulos deve ser adotado para os gráficos, ou seja, usar a palavra “Gráfico”, seu respectivo número e seu título. A posição do título é centralizada e acima do gráfico. A fonte fica no final do gráfico, também centralizada, tamanho 10 e espaçamento simples entrelinhas. Notas de rodapé As notas de rodapé devem ter o propósito de servir como apoio explicativo e devem ficar sempre no pé da página. A nota deverá estar separada do resto do texto por uma linha. As notas, a exemplo das figuras, também devem ser numeradas partindo de 1. Sugere-se utilizar o recurso de notas do próprio Word para inserir notas de rodapé no texto (comando: inserir notas). O próprio Word administrará a numeração. A posição do texto da nota no pé da página deve ser alinhada à esquerda. Palavras estrangeiras Sempre que possível, evite o estrangeirismo. Se for inevitável, use termos em língua estrangeira, estes deverão ser escritos usando o modo itálico// O paper é // O paper não é Pré-textuais Textuais Pós-textuais DESENVOLVIMENTO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS APÊNDICE (opcional) ANEXO (opcional) Formato de apresentação de elementos do texto:
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