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UND 4 METODOLOGIA DA PESQUISA

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METODOLOGIA DA PESQUISA 
Unidade 4 – Modalidades e técnicas da pesquisa 
1. Pesquisa científica 
2. 
3. A pesquisa científica é uma atividade desenvolvida pelos investigadores com o 
intuito de entender melhor o mundo à sua volta e propiciar novas descobertas, 
impactando em aprimoramento da qualidade da vida intelectual e refletindo nos 
modelos de desenvolvimento econômico e social. 
4. As atividades de pesquisa requerem do investigador o planejamento, o 
conhecimento e a adequação às normas científicas. 
5. O estudo e a pesquisa estão presentes em toda a vida do acadêmico e, por 
isso, é tão importante que o estudante compreenda algumas questões a 
eles relacionadas. O desenvolvimento de estudos científicos se torna uma 
experiência prática e teórica do pesquisador e da comunidade científica em 
6. que se insere, pois, assim, é possível refletir sobre acontecimentos 
ocorridos na sociedade da qual faz parte. 
 
7. EXPLICANDO 
8. A pesquisa tem por objetivo a produção de novos conhecimentos 
por meio da utilização de procedimentos científicos. Contribui para 
o trato dos problemas e processos do dia a dia nas mais diversas 
atividades humanas, no ambiente de trabalho, nas ações 
comunitárias, no processo de formação e outros. 
9. Diversos autores já publicaram suas percepções e conceitos sobre pesquisa 
e muitos salientam que é um processo de perguntas e investigação 
sistemática e metódica, e que amplia o conhecimento humano. Sendo 
assim, é necessário compreender que a ciência, desenvolvida por meio da 
pesquisa, é um conjunto de procedimentos sistemáticos baseados nos 
raciocínios lógico e analítico, com o objetivo de encontrar soluções para os 
problemas propostos, mediante o emprego de métodos científicos e 
definição de tipos de pesquisa. 
10. O conhecimento se torna uma premissa para o desenvolvimento do ser humano e a 
pesquisa como a consolidação da ciência. 
 
11. Existe a possibilidade de o aluno pesquisador desenvolver estudos 
científicos para construir e gerar novos conhecimentos, mas, 
principalmente, para contribuir com a evolução de informações em uma 
determinada área de atuação profissional. 
12. O pesquisador utiliza conhecimentos teóricos e práticos. Para que isso 
ocorra, é necessário ter habilidades para a utilização de técnicas de análise, 
entender os métodos científicos e os procedimentos com o objetivo de 
encontrar respostas para as perguntas formuladas. 
13. Jill Collis e Roger Hussey ressaltam em sua obra Pesquisa em 
administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-
graduação, de 2005, que o objetivo da pesquisa pode ser: 
 
O aluno pesquisador necessita de métodos e procedimentos precisos, 
planejamento eficaz, critérios e instrumentos adequados que passem confiança e 
credibilidade tanto aos envolvidos no processo quanto no resultado do trabalho. 
 
O método da pesquisa e outras questões relacionadas ao seu estudo serão de 
acordo com o tipo de trabalho que desenvolve, já que os resultados das 
investigações podem ser encontrados sob a forma de trabalhos técnico-
científicos, publicados em revistas científicas, em eventos e em instituições de 
Ensino Superior. 
 
É necessário compreender que a pesquisa consolida a ciência de determinada 
área, divulgando, por meio de trabalhos técnico-científicos nos cursos de 
graduação e pós-graduação, os conhecimentos práticos e teóricos descobertos 
pelos pesquisadores por meio do uso de métodos científicos que impulsionam o 
crescimento humano. 
O pesquisador deve se preocupar, então, em estabelecer um planejamento e 
execução da pesquisa, pois essas duas características fazem parte de um 
procedimento sistematizado que compreende etapas que podem ser definidas 
como: 
1. Definição do tema 
2. Formulação do problema 
3. Determinação de objetivos 
4. Justificativa 
5. Fundamentação teórica 
6. Metodologia 
7. Coleta de dados 
8. Análise e discussão dos resultados 
9. Conclusão dos resultados 
10. Redação e apresentação da pesquisa 
 
Inicialmente, o investigador deve se preocupar com as três primeiras etapas 
(tema, problema e objetivos), que são fundamentais para começar a pesquisa e 
compõem o projeto de trabalho que será abordado mais adiante. As demais 
etapas também serão comentadas ao longo desta disciplina. 
 
 
 
Portanto, para o desenvolvimento adequado do estudo científico, são necessários 
o planejamento cuidadoso e a investigação, de acordo com as normas da 
metodologia científica, tanto aquela referente à forma quanto a referente ao 
conteúdo. 
 
// Interesses e motivações de pesquisa 
Como dito anteriormente, a pesquisa foca no estudo e na descoberta de novos 
conhecimentos e assuntos que são importantes para o avanço da humanidade. 
Entretanto, a temática a ser estudada deve ser também importante para o 
pesquisador para que ele tenha real interesse em seu desenvolvimento e que se 
sinta motivado a ler, analisar, testar, relatar e publicar seus estudos. Quanto mais 
interesse o pesquisador tiver em determinado assunto e quanto mais ele quiser 
saber sobre algo, mais prazeroso será seu desenvolvimento. 
A produção do artigo é uma etapa importante na vida acadêmica, portanto, o 
estudante não deve encará-la como uma obrigação. Para que a escrita não se 
transforme num fardo, basta analisar com atenção alguns fatores antes de 
começar. É fundamental lembrar que a escolha deve fazer com que se sinta 
realizado ao escrever sobre o assunto. 
Quando o autor da pesquisa não se motiva com o assunto e não se sente instigado em 
estudar o tema, possivelmente mais ninguém terá interesse. É preciso encarar este 
momento como uma oportunidade de estudar e aprender mais sobre um tema que é 
relevante para o pesquisador e para a sociedade. 
É possível selecionar um assunto a partir da análise de alguns aspectos: 
Relevância do assunto: Cervo e Bervian apresentam, em Metodologia científica 
(2002, p. 74), que “o assunto de uma pesquisa é qualquer tema que necessita 
melhores definições, melhor precisão e clareza do que já existe sobre o mesmo”. 
Deve-se pensar em uma justificativa para a realização do trabalho dentro daquele 
tema escolhido. Para isso, é preciso questionar se o tema é importante, se é um 
novo método ou uma nova forma criada em algum mercado, se apresentará 
soluções mais específicas e que tem relevância para uma determinada 
comunidade. É necessário apresentar ao leitor as contribuições práticas e teóricas 
geradas por meio das formas sugeridas e também apresentar argumentos que 
convençam o leitor sobre a importância do seu tema de pesquisa. 
O assunto pesquisado deve ser atual, pois dificilmente alguém terá interesse em 
ler, estudar, analisar e discutir sobre algo ultrapassado e que não irá ajudar na 
construção do conhecimento. Por isso, o pesquisador deve se manter sempre 
atualizado sobre o que está sendo estudado em sua área profissional e de 
pesquisa. 
 
Existem alguns questionamentos importantes para se pensar durante a escolha 
do tema como pode ser observado na Tabela 2. 
 
Inclinações e possibilidades da pesquisa: as possibilidades de pesquisa podem 
ser consideradas quando se tem envolvimento com o tema. Isso porque o grau de 
dificuldade para discuti-lo se torna menor e, assim, o pesquisador conseguirá 
elaborar algumas etapas do trabalho com mais rapidez. Ele deve estar ciente de 
que se escolher um tema com o qual não tem vínculo anterior algum, mesmo 
sendo desafiador e enriquecedor, pode proporcionar frustração, em virtude do 
tempo e dos prazos que devem ser cumpridos. 
É importante refletir sobre o conteúdo apresentado nas disciplinas cursadas, seja 
na graduação ou pós-graduação. Possivelmente, o pesquisador encontrará algum 
assunto interessante a ser discutido e que pode se transformar em um artigo. 
Pode-se buscar, também, um tema em seu ambiente profissional, pois, muitas 
vezes, dessa realidade é possível extrair um tópicointeressante de estudo. No dia 
a dia é possível, por exemplo, perceber que alguns alunos da turma X têm 
dificuldades de aprendizagem. Então, se pode pesquisar a dificuldade de 
aprendizagem de um determinado grupo de alunos, verificando os aspectos 
familiares, emocionais ou outros. 
Outro exemplo: o pesquisador percebe que, em um determinado setor da 
empresa na qual atua, muitos funcionários desistem do emprego e pedem 
demissão. Então, ele pode pesquisar sobre as causas da alta rotatividade de 
funcionários no setor Y da empresa B. 
Lembre-se de que, quando se propõe a produzir conhecimento, deve-se fazê-lo 
com dedicação, rigor científico, seriedade e comprometimento. Aliás, a leitura 
de publicações da área de estudo em questão (revistas, livros, dissertações, teses) 
pode despertar a curiosidade em aprofundar algum tema. 
A escolha do tema da pesquisa geralmente é um momento de angústia para o 
pesquisador. Este deve considerar alguns critérios: 
14. Conhecimento prévio de autores, temas, assuntos, matérias; 
15. Disponibilidade de tempo e de recursos para a pesquisa; 
16. Existência de bibliografia disponível sobre o assunto; 
17. Possibilidade de orientação e supervisão adequada dentro do assunto; 
18. Relevância e fecundidade do assunto. 
A definição do tema deverá ser guiada não apenas por razões intelectuais, mas 
por questões como a instituição, o nível de conhecimento e a perspectiva 
profissional 
DELIMITAÇÃO DO TEMA 
 
Após a escolha do assunto a ser pesquisado, uma das tarefas iniciais na 
elaboração do artigo deve ser a delimitação do tema. Nesse processo, é preciso 
levar em conta alguns fatores. Caso o pesquisador não lhes dê atenção, correrá o 
risco de descobrir, no meio do caminho, que a escolha foi equivocada. 
Para a realização dessa etapa, não existem regras fixas. Porém, alguns 
encaminhamentos podem guiar o pesquisador nesse momento: 
19. 1 
1. Identificar as publicações mais recentes sobre o tema; 
20. 2 
2. Verificar os temas mais importantes para não ficar com muitos temas, mas 
focar em um subtítulo; 
21. 3 
2. Conversar com orientadores para concentrar-se nas informações mais 
relevantes. 
Há outras técnicas que podem ajudar no processo de delimitação, entretanto, 
elas podem não funcionar para alguns assuntos. A primeira é a divisão do assunto 
em suas partes constitutivas; a segunda é a definição da compreensão dos 
termos, que implica a enumeração dos elementos constitutivos ou explicativos 
que os conceitos envolvem. Fixar circunstâncias de tempo (quadro histórico, 
cronológico) e de espaço (quadro geográfico) também contribui para indicar os 
limites do assunto. Por exemplo, o tema de qualidade total é muito amplo e deve 
ser delimitado. A ideia da delimitação é segmentar o tema, como se fosse passá-
lo em por funil. 
 
EXEMPLIFICANDO 
Exemplos de delimitação do tema qualidade total: 
• Aplicabilidade da qualidade total nas empresas têxteis de Brusque; 
• Implantação da qualidade total nas empresas metalúrgicas de São 
Bernardo do Campo; 
• Análise da implantação da qualidade total na hotelaria de Salvador. 
Ao se especificarem as informações (onde, em que região, cidade, estado?), em 
que nível (no ensino fundamental, médio ou superior?) e qual o enfoque 
(estatístico, filosófico, histórico, psicológico, sociológico?), indicam-se as 
circunstâncias para pesquisa e discussão. Ou seja, definem-se a extensão e a 
profundidade do artigo. 
CAMPO DA APLICAÇÃO CIENTÍFICA 
 
Agora chegou a hora da investigação. O trabalho de campo se apresenta como 
uma possibilidade de conseguirmos não só uma aproximação com aquilo que 
desejamos conhecer e estudar, mas também de criar um conhecimento, partindo 
da realidade presente no campo. O cientista, em sua tarefa de descobrir e criar, 
necessita, em um primeiro momento, questionar. Esse questionamento é que nos 
permite ultrapassar a simples descoberta para, por meio da criatividade, produzir 
conhecimentos. Quando definimos bem o campo de interesse é possível partir 
para um rico diálogo com a realidade. 
 
 Assim, o trabalho de campo deve estar ligado a uma vontade e a uma 
identificação com o tema a ser estudado, permitindo uma melhor realização da 
pesquisa proposta. 
A relação do pesquisador com os sujeitos a serem estudados também é de 
extrema importância. Isso não significa que as diferentes formas de investigação 
não sejam fundamentais e necessárias. Para muitos pesquisadores, o trabalho de 
campo fica circunscrito ao levantamento e à discussão da produção bibliográfica 
existente sobre o tema de seu interesse. Esse esforço de criar conhecimento não 
desenvolve o que originalmente consideramos como um trabalho de campo 
propriamente dito. 
Essa forma de investigar, além de ser indispensável para a pesquisa básica, nos 
permite articular conceitos e sistematizar a produção de uma determinada área 
de conhecimento. Ela visa criar novas questões num processo de incorporação. 
Além dessas considerações, podemos dizer que a pesquisa bibliográfica coloca 
frente a frente os desejos do pesquisador e os autores envolvidos em seu 
horizonte de interesse. 
Esse esforço em discutir ideias e pressupostos tem como lugar privilegiado de 
levantamento as bibliotecas, os centros especializados e arquivos. Nesse caso, 
trata-se de um confronto de natureza teórica que não ocorre diretamente entre 
pesquisador e atores sociais que estão vivenciando uma realidade peculiar dentro 
de um contexto sócio-histórico. 
Após essas observações, é hora de nos aproximarmos mais da ideia de campo que 
pretendemos explicitar. Pode-se definir campo de pesquisa como o recorte que o 
pesquisador faz em termos de espaço, representando uma realidade empírica a 
ser estudada a partir das concepções teóricas que fundamentam o objeto da 
investigação. 
 
A título de exemplo, podemos citar o seguinte recorte: o estudo da percepção das 
condições de vida dos moradores de uma comunidade. Para esse estudo, a 
comunidade corresponde a um campo empiricamente determinado. Além do 
recorte espacial, ao tratar de pesquisa social, o lugar primordial é o ocupado pelas 
pessoas e grupos convivendo numa dinâmica de interação social. Essas pessoas e 
grupos são sujeitos de uma determinada história a ser investigada, sendo 
necessária uma construção teórica para transformá-los em objetos de estudo. 
Partindo da construção teórica do objeto de estudo, o campo torna-se um palco 
de manifestações de intersubjetividades e interações entre pesquisador e grupos 
estudados, propiciando a criação de novos conhecimentos. 
Definido o objeto com uma devida fundamentação teórica, construídos os 
instrumentos de pesquisa, e delimitado o espaço a ser investigado, faz-se 
necessário concebermos a fase exploratória do campo para que possamos entrar 
no trabalho propriamente dito. Seguindo esses passos, devemos observar alguns 
cuidados relativos à entrada no trabalho de campo. 
 
A ENTRADA NO CAMPO 
 
Vários são os obstáculos que podem dificultar ou até mesmo inviabilizar essa 
etapa da pesquisa. Portanto, cabem algumas considerações: 
Buscar aproximação com as pessoas da área selecionada para o estudo 
Essa aproximação pode ser facilitada por meio do conhecimento de moradores ou 
daqueles que mantêm sólidos laços de intercâmbio com os sujeitos a serem 
estudados. De preferência, deve ser uma aproximação gradual, possibilitando que 
cada dia de trabalho possa ser refletido e avaliado com base nos objetivos 
preestabelecidos. É fundamental consolidarmos uma relação de respeito efetivo 
pelas pessoas e pelas suas manifestações no interior da comunidade pesquisada. 
Apresentar proposta de estudo aos grupos envolvidos 
É importante estabelecer uma situação de troca. Os grupos devem ser 
esclarecidos sobre aquilo que pretendemos investigar e sobre as possíveis 
repercussões favoráveis advindas do processo investigativo. É preciso termos em 
mente que a buscadas informações que pretendemos obter está inserida num 
jogo cooperativo em que cada momento é uma conquista baseada no diálogo e 
que foge à obrigatoriedade. Ou seja, os grupos envolvidos não são obrigados a 
uma colaboração sob pressão, até porque isso caracterizaria um processo de 
coerção, que inviabilizaria a efetiva interação. 
Dar atenção à postura em relação ao problema a ser estudado 
Às vezes, o pesquisador entra em campo considerando que tudo o que vai 
encontrar serve para confirmar o que ele considera já saber, ao invés de 
compreender o campo como possibilidade de novas revelações. Esse 
comportamento pode dificultar o diálogo com os elementos envolvidos no 
estudo, além de poder gerar constrangimentos entre pesquisador e grupos 
envolvidos, e poder implicar no surgimento de falsos depoimentos. 
Ter cuidado teórico-metodológico com a temática a ser explorada 
A atividade de pesquisa não se restringe ao uso de técnicas refinadas para 
obtenção de dados. Assim, a teoria informa o significado dinâmico daquilo que 
ocorre e que buscamos captar no espaço em estudo. Para conseguirmos um bom 
trabalho de campo, há necessidade de se ter uma programação bem definida de 
suas fases exploratórias e de trabalho de campo propriamente dito. É no processo 
desse trabalho que são criados e fortalecidos os laços de amizade, bem como os 
compromissos firmados entre o investigador e a população investigada, 
propiciando o retorno dos resultados alcançados para essa população e a 
viabilidade de futuras pesquisas. 
 
• MODALIDADE DE PESQUISA 
 
A pesquisa é uma atividade direcionada para a elucidação de problemas por meio da 
utiDessa forma, ao desenvolver uma pesquisa, é necessária a compreensão das 
modalidades da pesquisa, bem como das formas de coleta e análise de dados. 
Um documento científico se inicia com uma introdução, seguida pelo desenvolvimento 
(delimitação do tema, a definição dos objetivos de estudo, procedimentos metodológicos, 
fundamentação teórica, análise e interpretação das informações coletadas), considerações 
finais e referências. 
Assim, é comum que o aluno pesquisador questione: quais as características do 
meu estudo? Que tipo de pesquisa pretendo desenvolver? Qual a necessidade de 
aplicação de questionários ou entrevistas para esse tema? Como devo coletar e 
apresentar os dados? É necessário fundamentar meu trabalho com literaturas? 
A elaboração de pesquisas pode ser uma experiência prática, para que busquem 
refletir, sistematizar e testar os conhecimentos teóricos e instrumentais 
aprendidos durante o ensino formal e de pesquisa. 
Portanto, a pesquisa propõe uma reflexão de fatos e dados, estimulando o 
estudante a analisar e julgar, quando oportuno, de forma ética e profissional, 
ampliando seus conhecimentos. Seu espírito crítico e ético lhe possibilitará que se 
destaque na procura de soluções para os problemas da sociedade em que vive e 
aceite suas responsabilidades sociais. Muitos autores já publicaram suas 
percepções e conceitos sobre pesquisa e vários salientam que é um processo de 
perguntas e investigação, é sistemática e metódica e aumenta o conhecimento 
humano. 
CITANDO 
“A pesquisa parte [...] de uma dúvida ou problema e, com o uso do 
método científico, busca uma reposta ou solução” (CERVO; BERVIAN, 
2002, p. 63). 
 
Assim, o pesquisador utilizará seus conhecimentos teóricos e práticos. Para tal, é 
necessário que tenha habilidades para a utilização de técnicas de análise, que 
entenda os métodos científicos e os procedimentos para que possa atingir o 
objetivo de encontrar respostas para as perguntas formuladas no estudo. É 
importante lembrar que a pesquisa científica é uma atividade que se volta ao 
esclarecimento de situações-problema ou novas descobertas. Dessa forma, é 
indispensável que se use processos científicos que, por sua vez, são bem diversos, 
dependendo do campo de conhecimento. 
O artigo científico também deve apresentar os caminhos e formas utilizados no 
estudo. Assim, é importante citar as modalidades ou tipos da pesquisa e 
características do trabalho. As pesquisas podem ser classificadas quanto: 
22. Às bases lógicas da investigação (métodos dedutivo, indutivo, hipotético-
dedutivo, dialético ou fenomenológico); 
23. À natureza da pesquisa (básica ou aplicada); 
24. À abordagem do problema (qualitativa, quantitativa ou ambas 
combinadas); 
25. À realização dos objetivos (descritiva, exploratória ou explicativa); 
26. Ao propósito da pesquisa (aplicada, avaliação de resultados, avaliação 
formativa, proposição de planos ou pesquisa-diagnóstico); 
27. Aos procedimentos técnicos (bibliográfico, documental, levantamento, 
estudo de caso, participante, pesquisa ação, experimental e ex-post-facto). 
Do ponto de vista da sua natureza, pode ser: 
Pesquisa básica 
Objetiva produzir conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência, sem 
aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. Assim, o 
pesquisador busca satisfazer uma necessidade intelectual pelo conhecimento, e 
sua meta é o saber. 
Pesquisa aplicada 
Gera conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas 
específicos. Envolve interesses locais e a pesquisa visa à aplicação de suas 
descobertas na solução de um problema. 
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, pode ser: 
 
PESQUISA QUANTITATIVA 
considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir, em 
números, opiniões e informações para classificá-los e analisá-los. Requer 
o uso de técnicas estatísticas e de recursos (percentagem, média, moda, 
mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, entre outros). Assim, 
a pesquisa quantitativa é focada na mensuração de fenômenos, 
envolvendo a coleta e análise de dados numéricos e aplicação de testes 
estatísticos. 
PESQUISA QUALITATIVA 
considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o indivíduo, 
isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade 
do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos 
fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de 
pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. 
O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados, e o pesquisador 
é o instrumento-chave. A pesquisa qualitativa utiliza técnicas de dados, 
como a observação participante, história ou relato de vida, entrevista, 
entre outros. 
Do ponto de vista de seus objetivos, pode ser: 
PESQUISA EXPLORATÓRIA 
Proporciona maior proximidade com o problema, visando torná-lo explícito ou 
definir hipóteses e procura aprimorar ideias ou descobrir intuições. Também 
possui um planejamento flexível, envolvendo, em geral, levantamento 
bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o 
problema pesquisado e análise de exemplos similares. Assume as formas de 
pesquisas bibliográficas e estudos de caso. Esse tipo de pesquisa é voltado para 
pesquisadores que possuem pouco conhecimento sobre o assunto pesquisado, 
pois, geralmente, há pouco ou nenhum estudo publicado sobre o tema. 
 
PESQUISA DESCRITIVA 
https://sereduc.blackboard.com/courses/1/1.2494.20456/content/_1889594_1/scormcontent/index.html
https://sereduc.blackboard.com/courses/1/1.2494.20456/content/_1889594_1/scormcontent/index.html
Visa descrever as características de determinada população, ou fenômeno, ou o 
estabelecimento de relações entre variáveis. A forma mais comum de 
apresentação é o levantamento, em geral realizado mediante questionário ou 
observação sistemática, que oferece uma descrição da situação no momento da 
pesquisa. Metodologia indicada para orientar a forma de coleta de dados quando 
se pretende descrever determinados acontecimentos. É direcionada a 
pesquisadores que têm conhecimento aprofundado a respeito dos fenômenos e 
problemas estudados 
 
PESQUISA EXPLICATIVA 
Aprofunda o conhecimentoda realidade porque explica a razão, o porquê das 
coisas e, por isso, é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer 
erros aumenta consideravelmente. Visa identificar os fatores que determinam ou 
contribuem para a ocorrência dos acontecimentos. Caracteriza-se pela utilização 
do método experimental (nas ciências físicas ou naturais) e observacional (nas 
ciências sociais). Geralmente, utiliza as formas de pesquisa experimental e ex-
post-facto. Método adequado para pesquisas que procuram estudar a influência 
de determinados fatores na determinação de ocorrência de fatos ou situações. 
 
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, pode ser: 
Pesquisa bibliográfica 
Utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros, artigos de 
periódicos e, atualmente, com informações disponibilizadas na internet. Quase 
todos os estudos fazem uso do levantamento bibliográfico e algumas pesquisas 
são desenvolvidas exclusivamente por fontes bibliográficas. Sua principal 
vantagem é possibilitar ao investigador a cobertura de uma gama de 
acontecimentos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar 
diretamente. 
Pesquisa documental 
Elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico, 
documentos de primeira mão, como: documentos oficiais, reportagens de jornal, 
cartas, contratos, diários, filmes, fotografias, gravações etc; ou, ainda, 
documentos de segunda mão que, de alguma forma, já foram analisados, tais 
como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas, etc. 
 
https://sereduc.blackboard.com/courses/1/1.2494.20456/content/_1889594_1/scormcontent/index.html
 
Levantamento 
Envolve a interrogação direta de pessoas cujo comportamento em relação ao 
problema estudado se deseja conhecer para, em seguida, mediante análise 
quantitativa, identificar as conclusões correspondentes aos dados coletados. O 
levantamento feito com informações de todos os integrantes do universo da 
pesquisa origina um censo. Ele usa técnicas estatísticas, análise quantitativa, 
permite a generalização das conclusões para o total da população e, assim, para o 
universo pesquisado, permitindo o cálculo da margem de erro. Os dados são mais 
descritivos que explicativos. 
Estudo de caso 
Envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que 
se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. O estudo de caso pode 
abranger análise de exame de registros, observação de acontecimentos, 
entrevistas estruturadas e não estruturadas, ou qualquer outra técnica de 
pesquisa. Seu objeto pode ser um indivíduo, um grupo, uma organização, um 
conjunto de organizações ou, até mesmo, uma situação. A maior utilidade do 
estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias. Por sua flexibilidade, é 
sugerido nas fases iniciais da pesquisa de temas complexos para a construção de 
hipóteses ou reformulação do problema. 
Pesquisa-ação 
Concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução 
de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes representativos da 
situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. 
Implica o contato direto com o campo de estudo, envolvendo o reconhecimento 
visual do local, a consulta a documentos diversos e, sobretudo, a discussão com 
representantes das categorias sociais envolvidas na pesquisa. É delimitado o 
universo da pesquisa e recomenda-se a seleção de uma amostra. É importante a 
elaboração de um plano de ação envolvendo os objetivos que se pretende atingir, 
a população a ser beneficiada, a definição de medidas, procedimentos e formas 
de controle do processo e de avaliação de seus resultados. 
Pesquisa participante 
Realizada por meio da integração do investigador, que assume uma função no 
grupo a ser pesquisado, mas sem seguir a uma proposta pré-definida de ação. A 
intenção é adquirir conhecimento mais profundo do grupo. O grupo investigado 
tem ciência da finalidade, dos objetivos da pesquisa e da identidade do 
pesquisador. Permite a observação das ações no próprio momento em que 
ocorrem. Essa pesquisa necessita de dados objetivos sobre a situação da 
população; isso envolve a coleta de informações socioeconômicas e tecnológicas 
que são de natureza idêntica aos adquiridos nos tradicionais estudos de 
comunidades. Os dados podem ser agrupados por categorias, como: geográficos, 
econômicos, educacionais, entre outros. 
Pesquisa experimental 
Quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que 
seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de 
observação dos efeitos que a variável produz no objeto. A pesquisa experimental 
necessita de previsão de relações entre as variáveis a serem estudadas e o seu 
controle. Dessa forma, na maioria das situações, é inviável quando se trata de 
objetos sociais. É geralmente utilizada nas ciências naturais. 
Pesquisa ex-post-facto 
Quando o “experimento” se realiza depois dos fatos. O pesquisador não tem 
controle sobre as variáveis; é um tipo de pesquisa experimental, diferindo apenas 
pelo fato do fenômeno ocorrer naturalmente sem que o investigador tenha 
controle sobre ele, ou, o pesquisador é um mero observador do acontecimento. 
Assim, o pesquisador deve citar e explicar os tipos de pesquisa que o estudo trata, 
justificando cada item de classificação e a relação com o tema e objetivos da 
pesquisa. Deve-se fazer uso de citações para enriquecer a argumentação. Toda e 
qualquer fonte deve ser referenciada, precisando data e página, quando tratar-se 
de citação direta. 
 
MÉTODOS 
 
A pesquisa científica exige uma organização para que realmente saia do papel e 
atinja seu objetivo final. Para isso, é preciso que o aluno conheça e saiba executar 
os métodos de procedimento. Os métodos mais utilizados nos projetos 
acadêmicos e suas respectivas características são: 
Método histórico 
Investiga eventos do passado a fim de compreender os modos de vida do 
presente, que só podem ser explicados a partir da reconstrução da cultura e da 
observação das mudanças ocorridas ao longo do tempo; 
Método estatístico 
No campo biológico, verifica as variabilidades das populações; no campo cultural, 
levanta diversificações dos aspectos culturais. Os dados, depois de coletados, são 
reduzidos a termos quantitativos, demonstrados em tabelas, gráficos, quadros, 
etc.; 
Método etnográfico 
Refere-se à análise descritiva das sociedades humanas e grupos sociais (de 
pequena escala). Mesmo o estudo descritivo requer alguma generalização e 
comparação, implícita ou explícita. Refere-se a aspectos culturais e consiste no 
levantamento e na descrição de todos os dados possíveis sobre as sociedades e 
grupos, com a finalidade de conhecer melhor seus estilos de vida e cultura 
específicos; 
Método comparativo ou etnológico 
Permite verificar diferenças e semelhanças apresentadas pelo material coletado. 
Compara padrões, costumes, estilos de vida, culturas e verifica diferenças e 
semelhanças a fim de obter melhor compreensão dos grupos sociais pesquisados; 
Método monográfico ou estudo de caso 
Estudo em profundidade de determinado caso ou grupo humano, sob todos os 
seus aspectos. Permite a análise de instituições, de processos culturais e de todos 
os setores da cultura; 
Método genealógico 
Estudo do parentesco com todas as suas implicações sociais: estrutura familiar, 
relacionamento de marido e mulher, pais e filhos e demais parentes; informações 
sobre o cotidiano, a vida cerimonial (nascimento, casamento, morte), etc. 
 
• TÉCNICAS 
A técnica se identifica com a parte prática da pesquisa. É comum haver confusão entre os 
métodos e as práticas da pesquisa. 
Mas é possível definir da seguinte maneira: enquanto o método é constituído de 
procedimentos gerais, extensivos às diversas áreas do conhecimento, a técnica 
abrange procedimentos mais específicos, em determinadaárea do 
conhecimento. Vários são os itens fundamentais nas técnicas de pesquisa. A 
seguir, vamos conhecer alguns deles. 
 
COLETA DE DADOS 
 
Neste item, é necessário que o aluno pesquisador apresente como foi organizada 
e operacionalizada a coleta dos dados relativos ao processo de pesquisa. Todas as 
formas que usou de coleta devem ser mencionadas (leituras, entrevistas, 
questionários, documentos, observação), assim como quais fontes foram 
utilizadas na coleta dos dados (identificando o ambiente, a população e a amostra 
para a pesquisa). 
Os modelos de coleta mais comuns são: 
Coletas bibliográficas: o aluno precisa apresentar o tema proposto, 
fundamentando-o com uma revisão crítica de fontes de pesquisa relacionadas ao 
tema macro (área de estudo/tema/delimitação do tema) e micro (referente aos 
objetivos). Para tal, deve relacionar sua visão sobre o tema fundamentado a 
acontecimentos atuais e trabalhos já realizados na área, bem como a opiniões de 
autores. 
A fundamentação teórica, revisão da literatura ou revisão bibliográfica apresenta 
os conceitos teórico-empíricos que nortearam o trabalho. Pode-se pontuar, por 
meio das referências utilizadas, as ideias com as quais o aluno compactua ou não 
.Entretanto, deve-se utilizar outros autores para estabelecer o confronto, se 
houver. O texto deve ser construído expressando as leituras e diálogos teóricos 
com os autores pesquisados. O aluno pode construir seu texto preocupando-se 
em: 
 
28. Produzi-lo a partir do maior número possível de material bibliográfico 
publicado; 
29. Usar material e informações de primeira mão, evitando o uso do apud; 
30. Restringir-se não apenas às ideias veiculadas nos livros técnico-científicos; 
31. Apresentar as publicações de periódicos especializados. 
 
EXPLICANDO 
O apud significa citado por material de segunda mão. É uma informação 
de um autor e citado pelo autor que você está pesquisando. 
Coletas documentais: é comum, em algumas áreas de conhecimento, a coleta de 
dados em prefeituras, organizações governamentais ou, então, em setores 
específicos de empresas privadas. Essas informações devem ser comentadas no 
texto com as mesmas regras metodológicas das literaturas, já que possuem 
autoria. Muitas vezes, a pesquisa envolve a utilização de materiais que estão 
localizados internamente em instituições públicas ou privadas. 
Exemplos: 
32. 1 
33. As informações documentais foram coletadas no projeto pedagógico da 
escola e nos registros dos alunos, arquivados na secretaria da escola; 
34. 2 
35. Os dados foram coletados no programa de desenvolvimento da empresa, 
no banco de dados do RH e nos relatórios dos setores. 
// Questionário 
Com essa técnica de investigação, composta por questões apresentadas por 
escrito às pessoas, o aluno pode identificar o conhecimento de opiniões, crenças, 
sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, entre outras. 
Para elaborar um questionário, deve-se refletir sobre os objetivos da pesquisa e 
passá-los para questões específicas. São as respostas que apresentarão as 
informações necessárias para testar as hipóteses ou esclarecer o problema da 
pesquisa. 
As etapas do questionário podem ser: 
1. Pesquisa (análise dos objetivos e problema); 
2. Elaboração do questionário; 
3. Testagem ou pré-teste; 
4. Distribuição e aplicação; 
5. Tabulação dos dados; 
6. Análise e interpretação dos dados. 
Há três tipos de questões em relação à forma: questões fechadas, questões 
abertas e questões relacionadas. 
 
 
 
No questionário do tipo questões fechadas, apresenta-se ao respondente um 
conjunto de alternativas de resposta para que seja escolhida a que melhor 
representa sua situação ou ponto de vista. 
 
 
A pergunta com escala visa medir o grau, não a qualidade e apresenta uma 
gradação nas respostas. A escala pode ser apresentada pela atribuição de nota, 
de preferência, de atitude. 
Observações: 
1Não se oferece um número muito grande de alternativas, pois isso poderá 
confundir o entrevistado e prejudicar a escolha; 
36. 2Nas questões com diversas alternativas, deve-se sempre colocar a opção 
“outras” para não ter que listar todas as possíveis opções; 
37. 3 
Ter apenas uma resposta para o entrevistado assinalar; 
38. 4 
39. Quando houver necessidade de mais de uma resposta (exemplo: quais 
atividades de lazer você prefere?), deve-se deixar claro que pode ser 
assinalada mais de uma opção na pergunta e ter cuidado na tabulação 
Nas questões abertas, apresenta-se a pergunta e se deixa um espaço em branco 
para que a pessoa escreva sua resposta sem qualquer restrição exemplo: como 
você considera a atual gestão do presidente da república? 
 
 
Entretanto, questionários com muitas questões abertas retornam com muitas 
delas não respondidas. Também é conveniente lembrar que, nesse caso, a 
tabulação das respostas se torna mais complexa. 
As questões relacionadas são aquelas dependentes da resposta dada a outra 
questão anterior 
 
• A pergunta não deve sugerir respostas; 
• A questão deve se referir a uma única ideia de cada vez; 
• O questionário não deve ultrapassar o número de 30 questões; 
• Iniciar pelas questões que definem o perfil do entrevistado (sexo, faixa 
etária, renda, etc.); 
• Na sequência, começar pelas questões mais gerais e, depois, apresentar as 
de maior especificidade; 
• As perguntas devem ser ordenadas em uma sequência lógica; 
• Incluir apenas perguntas que realmente tenham relação com o problema; 
• Iniciar com as questões mais fáceis e impessoais, deixando as mais difíceis 
e íntimas para o fim; 
• Evitar perguntar o nome, pois as respostas são mais livres e sinceras; 
• Não obrigar o entrevistado a fazer cálculos; 
• Ter uma boa apresentação gráfica (caracteres, diagramação, espaçamento, 
entrelinhas); 
• Apresentar as instruções de preenchimento adequado ao questionário; 
• Citar, na apresentação do questionário, o objetivo da pesquisa e os 
envolvidos (entidade). 
Antes de iniciar a aplicação definitiva do questionário, o pesquisador deve realizar 
um pré-teste. Ele serve para evidenciar possíveis falhas na redação do 
questionário, como, complexidade das questões, imprecisão na redação, questões 
desnecessárias, constrangimentos aos informantes, exaustão, etc. O pré-teste 
deve ser aplicado de 10 a 20 provas, a elementos pertencentes à população 
pesquisada. 
Para a distribuição do questionário, após a adequação do pré-teste, o pesquisador 
pode utilizar os seguintes meios: correio, e-mail, telefone, pessoalmente 
(individual ou em grupo) ou on-line. 
Para todos os meios, é necessário ter precauções com a aplicação, o 
preenchimento e o retorno dos questionários. Para a delimitação da 
população/amostra e o tratamento estatístico, o aluno deve atender a dois 
momentos: seleção e definição do universo, e organização do 
questionário/tabulação. 
O aluno deve compreender que a amostra de uma pesquisa pode ser dividida em 
quatro tipos: 
Amostragem causal ou aleatória simples 
Sorteio/seleção espontânea da amostra; 
Amostragem sistemática 
Quando a população se encontra ordenada, como, por exemplo, em subgrupos. 
Quando se conhece a proporção e a dispersão geográfica; 
Amostragem proporcional estratificada 
Definida por variáveis (sexo, idade, etc.); 
Amostragem probabilística 
Possibilidade de todos os elementos serem pesquisados – aleatoriedade da 
amostra. Conhecer a probabilidade de ocorrência de um evento. 
O estudante deve proceder à tabulação de questionários e se voltar à amplitude 
das variáveis/categorias, ao cruzamento de variáveis, à tabulação manual e o 
processamento eletrônico. Na utilização de gráficos, deve se preocupar com 
proporcionalidade, título, grandezas numéricas, relações e outros. 
A análise dos dados consiste em relacionar, comparar, medir, identificar, agrupar, 
classificar, concluir, deduzir. Os procedimentos de análise são a definição de 
variáveise a tabulação (adotando uma ou mais variáveis como referência). É 
necessário buscar, nos trabalhos publicados em revistas científicas, anais de 
eventos ou sites da área de estudo em questão e verificar se há explicação sobre 
a técnica de questionário e como aconteceu a pesquisa e a análise dos dados. 
Geralmente a estrutura da entrevista é colocada em apêndice no final do 
trabalho. 
// Entrevista 
O pesquisador pode utilizar uma técnica de coleta de dados que se volte 
diretamente para as pessoas, tendo um contato mais direto, buscando saber a 
opinião delas sobre algo: a entrevista. 
Se o aluno utilizar a entrevista em seu estudo, deve saber que é uma técnica que 
também exige planejamento, pois é necessário delinear o objetivo a ser 
alcançado e cuidar de sua elaboração, desenvolvimento e aplicação. 
As entrevistas poderão ser estruturadas (com perguntas definidas) ou 
semiestruturadas (permite maior liberdade ao pesquisador). 
 
Nos estudos exploratórios, a entrevista informal visa abordar realidades pouco 
conhecidas pelo pesquisador. Então, se for o caso, o estudante pode usar o tipo 
de entrevista menos estruturada possível, que só se distingue da simples 
conversação porque tem como objetivo básico a coleta de dados. Dessa forma, 
utiliza-se informant es-chave que podem ser especialistas no tema em estudo, 
líderes formais ou informais, personalidades e outros. 
Em situações experimentais, com o objetivo de explorar a fundo alguma 
experiência vivenciada, é interessante que o pesquisador utilize a entrevista 
focalizada. Esse tipo de entrevista é utilizado com grupos de pessoas que 
passaram por uma experiência específica, como assistir a um filme, presenciar um 
acidente, etc. 
A entrevista por pauta apresenta certo nível de estruturação, pois se guia por 
uma relação de pontos de interesse do entrevistador, ordenadas e relacionadas 
entre si. São feitas poucas perguntas diretas e o entrevistado pode falar 
livremente. 
O desenvolvimento de uma relação fixa de perguntas feitas para entrevistar 
alguém, cuja ordem e redação permanecem invariáveis para todos os 
entrevistados (que geralmente são em grande número) é a entrevista 
estruturada. 
Dicas: 
• A data da entrevista deverá ser marcada com antecedência e a situação em 
que se realiza deve ser discreta; 
• Registrar os dados imediatamente (anotando-os ou utilizando gravador); 
• Certificar-se de possuir permissão do entrevistado para registrar os dados e utilizá-
los na pesquisa; 
• Obter e manter a confiança do entrevistado; 
• Deixar o entrevistado à vontade; 
• Dispor-se mais a ouvir do que a falar; 
• Manter o controle da entrevista (temas); 
• Iniciar pelas perguntas que tenham menos possibilidade de provocar 
recusa; 
• Não emitir opinião. 
// Técnica de observação 
Esta técnica é muito comum em várias áreas de pesquisa e é importante 
compreender um pouco mais como funciona. A observação pode ser estruturada 
ou não estruturada. De acordo com o nível de participação do observador, pode 
ser participante ou não participante. A observação participante tende a utilizar 
formas não estruturadas, pode-se adotar a seguinte classificação, que combina os 
dois critérios considerados: observação simples, observação participante e 
observação sistemática. 
Na observação simples, o pesquisador permanece alheio à comunidade, grupo ou 
situação que pretende estudar e observa de maneira espontânea os fatos que 
ocorrem. Nesse caso, ele assume o papel de expectador. 
 
Nas pesquisas cujo objetivo é a descrição precisa dos fenômenos ou teste de 
hipóteses, é frequentemente utilizada a observação sistemática. Pode ocorrer em 
situações de campo ou laboratório. Antes da coleta de dados, é necessária a 
elaboração de um plano específico para a organização e o registro das 
informações. Para tal, é preciso estabelecer, antecipadamente, as categorias 
necessárias à análise da situação. 
A observação se constitui elemento fundamental para a pesquisa e é utilizada de 
forma exclusiva ou conjugada a outras técnicas. Pode-se definir a observação 
como o uso dos sentidos com vistas a adquirir conhecimentos do cotidiano 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS 
 
Após definir as formas de coletar informações e dados para o estudo, é necessário 
refletir sobre as formas de analisá-los e interpretá-los. 
O objetivo da análise é reunir as informações de forma coerente e organizada, visando 
responder o problema de pesquisa. 
 
 
A interpretação proporciona um sentido mais amplo aos dados coletados, 
fazendo a relação entre eles. Esta etapa pode ser de caráter quantitativo ou 
qualitativo, e várias técnicas poderão ser utilizadas para o tratamento dos dados. 
É conveniente que se realize uma análise descritiva, apresentando uma visão 
geral dos resultados e, na sequência, analise os dados cruzados que possibilitam 
perceber as relações entre as categorias de informação e a análise interpretativa. 
A estatística na análise e interpretação de dados pode ser classificada como: 
estatística descritiva (descrição e análise sem inferências e conclusões) e 
estatística indutiva (inferências, conclusões, tomadas de decisão e previsões). A 
pesquisa deve prezar pela necessidade de apresentação, formal e oficial, dos 
resultados do estudo, explicitação dos objetivos, da metodologia e dos 
resultados, e priorizar à fidedignidade na transmissão das descobertas feitas. 
Todas as informações importantes constatadas na pesquisa são apresentadas em 
forma de texto ou de elementos de apoio ao texto, se for necessário, como 
figuras, quadros, gráficos e tabelas. Pode-se apresentar um quadro 
compreendendo o período em que se realizaram as atividades da pesquisa. 
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 
 
O pesquisador deve apresentar os resultados da pesquisa conforme os preceitos 
da ciência, com redação técnico-científica e as exigências da área de 
conhecimento. Assim, os resultados expõem o tema proposto, fundamentando-o 
com uma revisão crítica, de fontes de pesquisa relacionadas ao tema, de forma 
ampla para depois especificá-la. É necessário que o investigador relacione sua 
visão sobre o tema, fundamentado aos acontecimentos atuais e trabalhos já 
realizados na área, bem como as opiniões de autores. 
Para tal, é necessário o cumprimento das normas ABNT NBR 10520 (2002). 
As informações podem ser apresentadas por meio de elementos de apoio ao 
texto, conforme as regras metodológicas. O modelo de apresentação do 
documento deverá seguir as regras definidas para sua tipologia (monografia, 
artigo científico e outros) e a instituição solicitante (universidade, revista 
científica, evento e outros). 
 
• Pesquisa em impresso e on-line (Bireme, Lilacs, SciELO 
e Google acadêmico) 
Para isso, é preciso compreender de antemão que estas ferramentas são 
amplamente reconhecidas e possuem grande valor para a comunidade 
acadêmica, sobretudo quando falamos em pesquisas científicas. 
Decerto, os pesquisadores utilizam mais de um acervo para realizar suas 
pesquisas. Isso é uma grande vantagem, pois as pesquisas ficam mais ricas, 
contendo informações de inúmeras fontes. Nos tópicos que se seguem, vamos 
conhecer alguns exemplos destas bases de pesquisa. 
BIREME e LILACS 
 
Iniciando nossa lista, temos a Bireme, sigla para Biblioteca Regional de Medicina, 
porém atualmente chamada de Centro Latino-Americano e do Caribe de 
Informação em Ciências da Saúde. Esta organização é responsável pela 
disseminação de informações referentes às áreas da saúde. Ligada à OMS 
(Organização Mundial da Saúde) e OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), 
a Bireme possui um acervo físico muito amplo, com milhões de artigos e 
documentos científicos. 
Além da Bireme, temos a Lilacs, sigla que representa a Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Figura 1), ferramenta bem 
conhecida e bastante utilizada por pesquisadores também da área da saúde e 
mantida pela(OPAS/OMS). Pode-se dizer que a Lilacs reúne materiais científicos 
sobre saúde publicados a partir do ano 1982 de autores latino-americanos e do 
Caribe. 
Dentro do acervo da Lilacs é possível encontrar teses, inúmeros relatórios técnico-
científicos, bem como artigos de revistas renomadas. Todo este conteúdo está 
conectado à área da saúde. 
 
SciELO 
 
Assim como as ferramentas anteriores, a Scientific Electronic Library Online 
(SciELO) é uma base de pesquisa on-line que pode ser utilizada na busca de 
referências para a produção de materiais científicos. Por possuir um amplo acervo 
de conteúdos, ela está entre as preferidas dos pesquisadores. Em seu portal 
(Figura 2) é possível fazer buscas de artigos por ano de publicação, nome do 
autor, título do artigo, entre outros. 
 
GOOGLE ACADÊMICO 
 
Para finalizar, seguindo a linha dos principais exemplos de ferramentas de 
pesquisa científica, podemos também mencionar o Google Acadêmico (Figura 4). 
Essa ferramenta, pertencente à gigante de buscas homônima, está entre as mais 
utilizadas pelos pesquisadores, visto que ela possui um acervo enorme de 
materiais científicos que, diga-se de passagem, são de alta confiabilidade. 
 
	// Interesses e motivações de pesquisa
	DELIMITAÇÃO DO TEMA
	CAMPO DA APLICAÇÃO CIENTÍFICA
	A ENTRADA NO CAMPO
	Pesquisa básica
	Pesquisa aplicada
	MÉTODOS
	COLETA DE DADOS
	// Questionário
	// Entrevista
	// Técnica de observação
	ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
	APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
	BIREME e LILACS
	SciELO
	GOOGLE ACADÊMICO

Outros materiais