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Órgãos do Sistema Imune

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Órgãos do Sistema Imune
Pontos Principais
• A imunidade adaptativa é mediada por células chamadas linfócitos, que estão localizadas principalmente no interior de órgãos linfoides.
• Os linfócitos derivam de células-tronco presentes na medula óssea.
• Os linfócitos sofrem maturação nos órgãos linfoides primários. Existem dois tipos de
linfócito: T e B.
• Os linfócitos T sofrem maturação no timo e os linfócitos B, no tecido linfoide gastrointestinal, na medula óssea ou na bursa de Fabricius, dependendo da espécie animal.
• Os linfócitos recém-sintetizados que apresentam receptores para autoantígenos, capazes de causar dano aos tecidos, são eliminados antes que possam deixar os órgãos linfoides primários.
• Linfócitos maduros deixam os órgãos linfoides primários e vão residir em órgãos linfoides secundários, nos quais encontram e respondem a antígenos estranhos.
• Os principais órgãos linfoides secundários são os linfonodos, o baço, a medula óssea e as placas de Peyer (PPs), localizadas no intestino.
• Os antígenos são capturados e processados pelas células dendríticas (DCs), pelos macrófagos e pelos linfócitos B.
• As respostas imunes adaptativas são montadas por células denominadas linfócitos.
· Pequenas células arredondadas presentes em grande número em órgãos como o baço, os linfonodos e o timo.
• Os linfócitos possuem, em suas superfícies, receptores capazes de reconhecer e, portanto, responder aos antígenos estranhos.
· principal responsável pela resposta imune celular e também pela produção de anticorpos.
• Os linfócitos devem ser selecionados para que apresentem receptores capazes de se ligar somente aos antígenos estranhos e a resposta de cada célula deve ser controlada para que não ocorra além das necessidades do organismo.
• Os órgãos linfoides podem ser convenientemente divididos em três grupos com base em seus papéis no desenvolvimento e funcionamento das populações de linfócitos.
Fontes de Linfócitos
• As células-tronco linfoides são formadas no omento, no fígado e no saco vitelino durante a fase fetal.
· Encontradas principalmente na medula óssea
· Um órgão hematopoiético que contém as células-tronco responsáveis por dar origem a todas as células sanguíneas, incluindo os linfócitos.
• Em alguns mamíferos, como os primatas, a medula óssea também atua como um órgão linfoide primário (local em que os linfócitos recém-produzidos podem amadurecer).
• Assim como o baço, o fígado e os linfonodos, a medula óssea também é um órgão linfoide secundário, possuindo muitas DCs e macrófagos, removendo substâncias estranhas da corrente sanguínea.
• A medula óssea apresenta um grande número de células produtoras de anticorpos, sendo, portanto, a principal fonte dessas proteínas.
• A medula óssea é dividida em dois compartimentos: um hematopoiético e outro vascular.
• Nos animais mais velhos, as células adventícias podem acumular tanta gordura que a medula óssea adquire uma aparência amarelada.
• O compartimento vascular, principal local em que os antígenos são capturados, consiste em seios sanguíneos revestidos por células endoteliais e atravessados por células reticulares e macrófagos.
Órgãos Linfoides Primários
• Órgãos que regulam o desenvolvimento dos linfócitos
• Os linfócitos são classificados em duas populações: linfócitos T e linfócitos B, dependendo do local de maturação.
· Linfócitos T: sofrem maturação no timo
· Linfócitos B: diferentes órgãos, dependendo da espécie.
• Nas aves, a maturação dessas células ocorre na bursa de Fabricius, 
• Nos primatas e roedores, na medula óssea
• Em coelhos, ruminantes e suínos, a maturação ocorre nos tecidos linfoides intestinais.
• Todos os órgãos linfoides primários se formam durante o início da fase fetal
• À medida que o animal se desenvolve, os linfócitos imaturos recém-formados migram da medula óssea para os órgãos linfoides primários,
nos quais amadurecem
.
Timo
• Cavidade torácica
• Em equinos, bovinos, ovinos, suínos e galinhas, ele se estende do pescoço até a tireoide
Estrutura
• Formado por lóbulos contendo grupos frouxos de células epiteliais, cada um coberto por uma cápsula de tecido conjuntivo.
• Na medula do timo são encontrados corpúsculos arredondados, organizados em camadas, chamados de corpúsculos de Hassall ou tímicos.
Em bovinos, esses corpúsculos podem apresentar imunoglobulinas A
Função
• Camundongos que foram timectomizados logo após o nascimento tornam-se suscetíveis a infecções e podem não se desenvolver. Esses animais possuem poucos linfócitos circulantes e não são capazes de rejeitar transplantes de órgãos, pois perderam a capacidade de desenvolver respostas imunes mediadas por células.
• A retirada cirúrgica do timo de animais adultos não apresenta efeitos imediatos, mas, se forem monitorados nos meses seguintes, será possível observar que o número de linfócitos na circulação sanguínea e sua habilidade de desenvolver respostas imunes celulares diminuem gradualmente.
• O timo ainda permanece funcional em animais adultos, contudo, existe um reservatório de células formadas no timo, com meia-vida longa, que deve ser esgotado antes que os efeitos da timectomia se tornem aparentes.
 
• Os resultados da timectomia demonstram que, em neonatos, o timo é a principal fonte da maioria dos linfócitos no sangue e que esses são os responsáveis pela resposta imune celular. Essas células são denominadas linfócitos derivados do timo ou linfócitos T. As células precursoras dos linfócitos T originam-se na medula óssea, mas depois migram para o timo.
• Das novas células formadas, a maioria é destruída por apoptose, enquanto as restantes (cerca de 5% do total nos roedores e 25% nos bezerros) permanecem no órgão por quatro a cinco dias antes de saírem e colonizarem os órgãos linfoides secundários.
• Os timócitos que possuem receptores capazes de se ligar fortemente aos autoantígenos e, dessa forma, causar doenças autoimunes são eliminados por apoptose. Os timócitos que possuem receptores incapazes de se ligar a moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) de classe II, sendo incapazes de responder a qualquer antígeno processado, também são destruídos.
• Por outro lado, aquelas células que não foram eliminadas pelo processo de seleção negativa, mas que conseguem reconhecer complexos antígenos-MHC de classe II específicos com moderada afinidade, são estimuladas a se desenvolver em um processo denominado seleção positiva. Por fim, algumas dessas células saem do timo como linfócitos T maduros, circulam pela corrente sanguínea e colonizam os órgãos linfoides secundários.
Hormônios Tímicos
• As funções celulares são reguladas por um complexo conjunto de citocinas e pequenos peptídeos coletivamente conhecidos como hormônios tímicos.
· timosina, timopoietina, fator humoral tímico, timulina e timoestimulina.
• Timulina: é um peptídeo contendo zinco que é secretado pelas células epiteliais do timo, sendo capaz de restaurar parcialmente as funções dos linfócitos T em animais timectomizados.
• O zinco é um mineral essencial para o desenvolvimento dos linfócitos T. Portanto, aqueles animais com deficiência de zinco apresentam respostas imunes mediadas por células deficientes.
• Os corpúsculos de Hassall desempenham papel funcional na regulação da atividade tímica, uma vez que expressam um fator de crescimento denominado linfopoietina do estroma tímico.
Bursa de Fabricius
• Órgão encontrado somente em aves. É uma bolsa arredondada localizada logo acima da cloaca.
Estrutura
• Apresenta linfócitos rodeados por tecido epitelial. Esse tecido epitelial forma uma bolsa que se conecta à cloaca por meio de um ducto.
Função
• A bursa pode ser removida tanto cirurgicamente como pela infecção de frangos recém-nascidos por um vírus capaz de destruir a bursa (vírus da doença infecciosa da bursa).
• Como a bursa sofre redução de tamanho assim que a ave se torna sexualmente madura, a atrofia do órgão também pode ser induzida pela aplicação de testosterona.
• Aves bursectomizadas apresentam baixos níveis de anticorpos no sangue e as células produtorasde anticorpos desaparecem dos órgãos linfoides. Entretanto, esses animais ainda possuem linfócitos circulantes, sendo capazes de rejeitar enxertos de pele. Dessa forma, a retirada cirúrgica da bursa exerce poucos efeitos sobre a resposta imune mediada por células.
• As aves bursectomizadas são mais suscetíveis à leptospirose e à salmonelose, mas não a bactérias intracelulares, como Mycobacterium avium.
• A bursa é um órgão linfoide primário que funciona como um local para a maturação e a diferenciação das células que compõem o sistema produtor de anticorpos. Assim, os linfócitos que se originam na bursa são denominados linfócitos B.
• A bursa atua de forma semelhante ao timo, já que as células imaturas produzidas na medula óssea migram em direção à bursa. Essas células se multiplicam rapidamente, mas cerca de 90% a 95% delas são eliminadas por apoptose no processo de seleção negativa dos linfócitos B autorreativos. Quando o processo de maturação acaba, os linfócitos B sobreviventes se deslocam para os órgãos linfoides secundários.
• Avaliações mais detalhadas demonstram que a bursa de Fabricius não é simplesmente um órgão linfoide primário, pois nela podem ocorrer a captura de antígenos e a síntese de alguns anticorpos. Ela também apresenta um pequeno grupo de linfócitos T logo acima da abertura do ducto da bursa.
Placas de Peyer
Estrutura
• são órgãos linfoides localizados na parede do intestino delgado.
Função
• Em algumas espécies mamíferas (ruminantes, suínos e caninos), o comportamento das PPs do íleo assemelha-se ao da bursa das aves.
• Locais de rápida proliferação de linfócitos B, embora a maioria dessas células sofra apoptose e as restantes sejam liberadas para a circulação sanguínea.
• PPs cirurgicamente removidas: os cordeiros se tornam deficientes em linfócitos B e não produzem anticorpos. A medula óssea dos cordeiros apresenta bem menos linfócitos do que a dos roedores de laboratório, sendo as PPs do íleo a fonte mais importante de linfócitos B.
Complexos Linfoglandulares
• Encontrados na parede do intestino grosso e do ceco de equinos, ruminantes, cães e suínos.
• Massas de tecido linfoide localizadas na submucosa e infiltradas por extensões radiais das glândulas mucosas.
• Sua função ainda não é conhecida, mas esses complexos apresentam grande quantidade de plasmócitos, o que sugere que sejam locais de produção de anticorpos.
Medula Óssea
• órgãos linfoides primários dos linfócitos B (mamíferos do grupo 2).
• Aparentemente, a seleção negativa ocorre no interior da medula óssea e, assim, a maioria dos linfócitos B gerados é eliminada.
Órgãos Linfoides Secundários
• Se formam no final da vida fetal e persistem durante a vida adulta.
• Aumentam de tamanho em resposta a um estímulo antigênico.
• A retirada cirúrgica desses órgãos secundários não causa redução significativa da capacidade imune.
• Baço, linfonodos, tonsilas e outros tecidos linfoides presentes nos tratos intestinal, respiratório e urogenital.
• Esses órgãos apresentam DCs, que capturam e processam os antígenos, e linfócitos responsáveis por mediar as respostas imunes.
• Os órgãos linfoides secundários estão conectados tanto à circulação sanguínea quanto à circulação linfática, permitindo que possam continuamente monitorar os antígenos circulantes.
Linfonodos
Estrutura
São “filtros” arredondados ou em forma de feijão estrategicamente posicionados no sistema linfático para que interceptem os antígenos presentes na linfa.
Esses órgãos consistem em uma rede reticular repleta de linfócitos, macrófagos e DCs pela qual penetram seios linfáticos
Os centros germinativos são locais em que os linfócitos B adultos sofrem maturação.
São aglomerações ovoides ou arredondadas de células que podem ser divididas em zonas claras e escuras.
Função
A principal função de um órgão linfoide secundário como o linfonodo é facilitar a interação entre as células apresentadoras de antígenos e as células sensíveis aos antígenos (linfócitos B e T).

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