Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O dolo direto é o elemento subjetivo clássico do crime, é composto pela consciência de que a conduta pode lesar um bem jurídico mais a vontade de lesar o bem jurídico. Podemos chamar também de dolo natural (dolo incolor). Há dolo quando há vontade, intenção. Consiste na vontade livre e consciente de praticar um crime (dolo direto) ou a assunção, quando ele assume o risco produzido pela conduta (dolo eventual) O dolo eventual, consiste na consciência de que a conduta pode resultar em um crime, mas o sujeito assume o risco mediante a probabilidade de algo dar errado e eventualmente não acontecer. CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO Dolo Genérico (ou simplesmente Dolo): É basicamente a vontade de praticar a conduta desse tipo penal sem nenhuma outra finalidade. Dolo Específico ou especial fim de agir: O sujeito tem a intenção, a vontade, mas por uma razão especial ou finalidade específica. Para a prática do crime, é necessário um especial fim de agir. Dolo Direto de 1° grau (dolo comum/ determinado/imediato/incondicionado): O agente deseja produzir determinado resultado. Sua conduta é dirigida a um preciso fim. Ex.: agente que deseja matar a vítima e o faz com um tiro certeiro. Artigo 18, II, Código PenalCrime Doloso - Classificação do Dolo: Dolo Direto de 2° grau: É também chamado de dolo de consequências. Nessa modalidade, o agente tem consciência a vontade de concretizar os requisitos objetivos do tipo, porém o meio utilizado por ele vai gerar efeito colateral típico. Ex.: A quer matar B, para isso coloca uma bomba no avião lotado de pessoas que B está- o dolo entre A e B é o dolo direto de 1° grau, mas o dolo entre A e os passageiros desconhecidos é o dolo direto de 2° grau. Dolo Eventual: O agente prevê mais de um possível resultado típico que pode ocorrer da conduta e escolhe um resultado que pretende atingir. Então dirige sua conduta na busca apenas do resultado pretendido, porém assume o risco de produzir os demais. Ex.: A quer lesionar B, mas não se importa se matar. Dolo Indireto: É aquele em que o sujeito não quer a produção do resultado, mas mesmo prevendo que este poderá acontecer, assume o risco de causá-lo. Dolo geral por erro sucessivo ou Aberratio Causae : Ocorre quando o agente, acreditando ter alcançado o seu objetivo, pratica uma nova conduta, mas com a finalidade diversa. Depois constata-se que essa última foi o que efetivamente causou o resultado. Dolo antecedente, atual ou subsequente: O dolo antecedente, antecede a conduta, o agente já tinha a intenção, a vontade de praticar a conduta criminosa; o dolo atual, está presente enquanto o agente se mantem exercendo a conduta; o dolo subsequente ocorre quando o agente, embora tendo iniciado a conduta com a finalidade lícita, ele altera, passando a agir de forma ilícita. A conduta do agente é destinada a um determinado fim (que pode ser lícito ou não), tal qual no dolo eventual, mas pela violação a um dever de cuidado, o agente acaba por lesar um bem jurídico de terceiro, cometendo crime culposo A violação ao dever objetivo de cuidado pode se dar de três maneiras: Artigo 18, II, Código PenalCrime Culposo - Negligência- O agente deixa de fazer algo que deveria; relapso. Imprudência- O agente faz algo que a prudência não recomenda. Imprudência- Decorre do desconhecimento de uma regra técnica profissional. A punibilidade da culpa se fundamenta no desvalor do resultado praticado pelo agente, embora o desvalor da conduta seja menor, pois não deriva de uma deliberada ação contrária ao direito. O crime culposo é composto de: Uma conduta voluntária; A violação a um dever objetivo de cuidado; Um resultado naturalístico involuntário; Nexo entre conduta e resultado; Tipicidade; Previsibilidade; Culpa consciente e inconsciente; Culpa própria e imprópria.
Compartilhar