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CLÍNICA MÉDICA E TERAPÊUTICA DE EQUÍDEOS AULA PRÁTICA-TEÓRICA DE CLÍNICA DE EQUÍDEOS 3 Receituário 3 Anamnese 3 Exame Clínico 3 Inspeção 3 Temperatura 4 Ausculta 4 Coloração de Mucosa 4 Procedimentos Laboratoriais 4 Análise do Líquido Peritoneal 4 Parâmetros Fisiológicos e Laboratoriais 5 Equilíbrio Hidroeletrolítico Ácido-base 5 AFECÇÕES DO ESTÔMAGO 7 Sobrecarga e compactação gástrica 7 Dilatação Gástrica 7 Ruptura Gástrica 8 Úlceras Gastroduodenais 8 AFECÇÕES DO INTESTINO DELGADO 8 AFECÇÕES DO CECO 9 Timpanismo 9 Compactação 10 AFECÇÕES DE CÓLON MAIOR 10 Compactação 10 AFECÇÕES DO CÓLON MENOR 11 Obstrução de cólon menor 11 Proctite 11 AFECÇÕES DO RECÉM-NASCIDO 12 Retenção do mecônio 12 Ruptura de bexiga 12 Má formação de reto e ânus 13 Icterícia hemolítica do recém-nascido 13 Diarreias 14 DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS 14 Adenite Equina 14 ( 10 ) Mormo 15 Tétano 16 Brucelose 17 Leptospirose 17 MATURIDADE ÓSSEA – DOENÇAS OSTEOARTICULARES 18 Revisão de Anatomia 18 Classificação das Enfermidades 18 Principais Manifestações 19 DISCIPLINA: Clínica Médica e Terapêutica de Equídeos AULA PRÁTICA-TEÓRICA DE CLÍNICA DE EQUÍDEOS Receituário Espécie Nome/nº Raça Sexo Proprietário Uso (externo, interno, tópico, oftálmico, etc.) Nome do produto Quantidade/apresentação Via de administração, dose, intervalo de uso e tempo de utilização Anamnese · Quando iniciou a cólica? Já teve antes? Súbita ou gradativa? Como iniciou? · Consumo de água: 8 a 10L para cada 100kg de peso vivo sem contar a evaporação · Intensidade da dor: contínua ou intermitente, leve, moderada, severa, aparecimento brusco ou gradativo. · Época que mais ocorre cólica: final de inverno seco · Floração de brizantha: vaca incha a maçã do peito · Maio e junho: Piatã corta a pele do bezerro causando dermatofitose (Dermatophilus congolensis) · Foi administrado algum medicamento? · Animal foi sondado? · Micção e defecação presente? Exame Clínico · Deve-se chegar ao diagnóstico presuntivo no mínimo · Deve-se sempre pensar no diagnóstico mais simples · Ter indicação clínica e estabelecer prognóstico · Animais de produção geram lucro através de medidas preventivas e não tratamento clínico Inspeção · Posição quadrupedal (estação) · Locomoção - Parado e depois puxa · Manifestações de dor · Aparência externa · Olhar o animal de frente, observando diferença ou semelhança entre os dois lados · Cavalos colocam as patas alinhadas com a cernelha – se está para frente (acampado); para trás (sobre si) · Se a dor for no anterior ele joga cabeça para trás (levanta), pois joga o centro de gravidade do corpo para trás · Se a dor for em membro posterior anda com a cabeça baixa (joga o centro de gravidade para frente) Temperatura · Retal e das extremidades · Tomar cuidado com os garanhões, geralmente nunca sofreram palpação retal e tem o esfíncter forte · Direcionar para mucosa · Cavalo vive de pé, deita pouco. Gravidade facilita a chegada de sangue e dificulta a volta. O que faz o bombeamento é o apoio e o esporão do casco, ranilha é coração do casco. · Mensurar a temperatura do casco é fundamental (mãos) Ausculta · Sons normais · Exacerbação dos sons · Silêncio abdominal · Deve-se sempre se aproximar de um cavalo pelo lado esquerdo e a ausculta se inicia pelo lado direito, valva íleo-cecal · Auscultação de intestino delgado: borborigmas (flanco, lado esquerdo) · Exame laboratorial sem sinal clínico não quer dizer nada! Não se trata exame Coloração de Mucosa · Oral e conjuntival (fêmeas - olhar vaginal) · Rósea, vermelha escura e cianótica · Estrangulamento de alça: hiperemia · Cianose: TPC aumentado, diminuição da perfusão periférica, diminuição de volume, diminuição da capacidade de oxigenação Procedimentos Laboratoriais · Análise de líquido peritoneal, hemograma completo, fibrinogênio, lactato sanguíneo, equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico e função renal Análise do Líquido Peritoneal · Coloração: Amarelo palha · Turbidez: transparente · Contagem de hemácia: 4000 a 6000/m3 - normal · Leucócito: até 5000 mm3 · Proteína plasmática: < 2,5 Parâmetros Fisiológicos e Laboratoriais · Importância: revelam estado de higidez do organismo, acompanhamento da evolução da enfermidade 1) TPC: perfusão periférica, hidratação - ideal: 2 segundos e ausência de desidratação 2) FC: Bovinos – Adultos 60 a 80 bpm/ Bezerro 90 a 100 bpm; · Equinos – Adultos 28 a 40 bpm/ Potros 40 a 60 bpm · > 65 bpm (grave, preocupante) - dificilmente reversível - eminência de choque · Ca abdominal: divide em 4 quadrantes, auscultar todas e observar por mais de 1 a 4 minutos 3) FR: Bovinos – Adultos 12 a 36 mpm/ Bezerro 30 a 60 mpm · Equinos – Adultos 14 a 28 mpm/ Potros 20 a 40 mpm · Aumenta em resposta a dor, choque, compensatório (sistema tampão: acidose metabólica, eliminar ácido carbônica para manter equilíbrio ácido-básico), compressiva (compactação comprime o diafragma) 4) Temperatura Retal: Bovinos – Adultos 38 a 39°C/ Bezerros 38,5 a 39,5°C; Equinos – Adultos 37,5 a 38,5°C/ Potros 38 a 39,5°C 5) Valores Sanguíneos - Equino Hemograma · Hemácias - 6,8 a 12,9 · Hemoglobina - 11 a 19,0 · Hematócrito - 32 a 52 · Leucócito - 7000 a 14000 · Eosinófilo - 2 a 6 · Icterícia - 20 · Fibrinogênio - 200 a 400 6) Valores Bioquímicos · Cálcio - 11 a 13,3 · Fósforo - 2,7 a 5,8 · FA - 140 a 320 · Creatinina - 1,2 a 1,9 · Ureia - 21,4 a 51,38 · CPK - 2,4 a 23,4 · Magnésio - 2 a 3,2 Equilíbrio Hidroeletrolítico Ácido-base · Importância · Clínica · Determinação laboratorial · Enfermidades gastroentéricas: pH, bicarbonato, sódio, cloro e potássio · Mecanismos compensatórios: respiratório, renal · Deslocamento da água, eletrólitos, osmolaridade · Fluidos/meios hipertônicos · Choque hipovolêmico · Sódio: cátion extracelular, mantém osmolaridade, valores de 132 a 155 mEq/L, desidratação · Potássio: cátion intracelular, condução de impulsos neuromusculares, valores plasmáticos de 2,4 a 6,7 mEq/L, obstruções - diminui absorção · Cloro: ânion extracelular, valores plasmáticos de 95 a 111 mEq/L, secretados no estômago - absorvidos ID, cloro- bicarbonato, refluxo/ lavados gástricos · Desequilíbrio no pH: valores normais de 7,35 a 7,45, perdas de íon hidrogênio ou bicarbonato, bicarbonato secretado no ID – absorvido no IG, valores séricos variam de 22 a 26 mEq/L · Hemogasometria e equilíbrio ácido-base, importância clínica, estabelecer equilíbrio ácido- base, PaCO2, pH, HCO3 e PaO2, níveis de trocas gasosas, descompensação Equilíbrio ácido-base Distúrbio pH PaCO2 HCO3 Acidose metabólica descompensada Acidose metabólica compensada Alcalose metabólica descompensada Alcalose metabólica compensada · Função Renal: etiologia do desconforto · Ureia 25 a 47 mg % · Creatinina 1,2 a 1,9 mg % · Desidratação · Uroperitônio - obstrução urinária · Outras condições predisponentes ao conforto abdominal · Alimentação - qualidade, quantidade e mudanças · Dentes – mudas, pontas e má oclusão · Ingestão hídrica - qualidade e quantidade · Sablose - água e pastagens · Vasos mesentéricos - lesões verminóticas · Gastropatias · Secundárias - rins, fígado, musculatura e útero · Hemoparasitose – babesia pode dar cólica · Iatrogênicas · Componente doloroso – protites, lacerações Osteodistrofia fibrosa: baixa quantidade de Cálcio, pasto de baixa qualidade Cara inchada: vaca - deficiência de cobra, equino - deficiência de cálcio Creatinina: para função renal - cólica CPK: degeneração muscular por excesso de CPK Magnésio: paresia puerperal Bignata: mandíbulacurta Piognata: mandíbula longa Desvio de chanfro: nariz torto Dente quebrado, desgastado: aerofagia Elevação de chanfro: erupção errônea de dente pré-molar Bolsa gutural: pescoço inchado Sialorreia e pitialismo: animal babando - úlcera na língua - cólica - estomatite Fenda palatina: céu da boca aberto Dilatação gástrica: posição de cão sentado – refluxo nasogástrico espontâneo e morre Corrimento nasal: Garrotilho Vários nódulos: tordilho – melanoma – comum em cavalo velho AFECÇÕES DO ESTÔMAGO Sobrecarga e compactação gástrica A) Definição: Indigestão, dietas inadequadas, ingestão hídrica B) Etiopatogenia: Indigestão de alimentos (concentrados), estenose do piloro – Gasterophilus – Mosca - PRI/VER C) Sintomas: Inapetência, dor moderada/intensa, sialorreia/bruxismo, depleção circulatória e paramétrica, sondagem improdutiva D) Diagnóstico: anamnese, exame clínico, gastroscopia E) Tratamento: sondagem nasogástrica, fluidoterapia, sifonagem/água morna, solução bicarbonatada, analgésicos, laminite Dilatação Gástrica A) Definição: severa distensão, gases/líquidos B) Classificação · Primária: ingestão de alimentos, ingestão excessiva de água, exercícios extenuantes · Secundária: estenose do piloro (reflexa, fibrótica, gasterófilos), íleo adinâmico C) Sintomas: dor brusca, sudorese profusa, aumento de FC e FR, desidratação, hemoconcentração, conjuntivas congestas/cianóticas, aumento de TPC, acidose (hemogasometria), refluxo espontâneo, cão sentado D) Diagnóstico: anamnese, exame clínico, sondagem produtiva – refluxo de grande quantidade de líquido, geralmente de coloração alterada – amarelo a castanho escuro, pH do refluxo gástrico E) Tratamento · Descompensação gástrica - sondagem · Fluidoterapia – estimar a desidratação · Equilíbrio ácido-básico - acidose metabólica descompensada · Manter animal sondado · Corrigir a causa · Laminite Ruptura Gástrica · Frequência · Inabilidade em vomitar · Movimentos bruscos durante a sondagem A) Sintomas: alívio da dor, ansiedade, sudorese intensa e hemoconcentração, conjuntivas cianóticas, choque toxêmico e hipovoêmico, morte B) Diagnóstico: anamnese, evolução, exame clínico, paracentese – SEMPRE, palpação retal, laparotomia C) Tratamento: prognóstico desfavorável, necrópsia - saber se ruptura foi ante ou pós-morte Úlceras Gastroduodenais A) Ocorrência · Potros – surtos – estresse · Adultos - esporádica - mais relacionado com medicamentos B) Etiopatogenia · Barreira de glicoproteínas · Integridade das células epiteliais · Retardo no esvaziamento gástrico · Estresse · Fatores nutricionais, infecciosos · Antiinflamatórios C) Sintomas · Potros: Anorexia, cólicas moderadas, sialorreia e ânsia de vômito · Adulto: Bruxismo, sialorreia e sonolência (bocejos frequêntes) D) Diagnóstico: AAS, gastroscopia, RX, sangue oculto, líquido peritoneal AFECÇÕES DO INTESTINO DELGADO 1. Duodenojejunite proximal – Enterite anterior A) Definição: Síndrome do íleo agudo B) Etiopatogenia · Salmonella, íleo adinâmico, refluxo enterográstrico, refluxo nasal, volume circulante, endotoxemia C) Sintomas: dor intensa, desconforto grave, conjuntivas congestas/cianóticas, TPC aumentado, desidratação moderada/severa, FC, FR e T, borborigmos, defecação, ID distendido, sondagem produtiva, paracentese, refluxo, hemograma · Hemogasometria · Acidose metabólica descompensada · Fibrinogênio aumentado · Índice ictérico aumentado – jejum D) Diagnóstico · Anamnese, sinais clínicos · Exame clínico: sondagem nasogástrica · Exames laboratoriais: líquido peritoneal, hemograma, hemogasometria · Obstrução E) Tratamento · Sintomática: sondagem, fluidoterapia, analgésicos · Acidose: bicarbonato de sódio, Ringer lactato · CID: Heparina · Motilidade intestinal · Gluconato de cálcio · Mataclopramida – 0,1 a 0,25mg/kg · Neostigine · Antibióticoterapia · Sulfonamidas – 0,1g/kg · Ampicilina - 10mg/kg E) Tratamento Cirúrgico · Obstrução, ordenhar o ID, duodenoilostomia, duodenocestomia · Sem estrangulamento vascular · Compactação do íleo, hipertrofia da camada muscular do íleo · Com estrangulamento vascular · Intussuscepção, vólvulos e encarceramentos · Hérnia inguinal AFECÇÕES DO CECO Timpanismo · Hiperfementação A) Etiopatogenia: antibióticoterapia, alimentação, válvulas, trombose, cólon maior B) Sintomatologia: desconforto abdominal, conjuntivas, TPC, FC e FR, desidratação, líquido peritoneal, aumento de volume/projeção, percussão, pings C) Diagnóstico: clínico, apresentação, sondagem improdutiva D) Tratamento: descomprimir – tiflocentese, anti-fermentativos, fluidoterapia, analgésicos · Causas – Principal Compactação A) Definição: ingesta B) Etiopatogenia: qualidade do volumoso, fenos, canas e napier, ingestão hídrica - 10L/100kg, parasitismo, estresse C) Sintomas: dor intermitente, exposição do pênis, conjuntivas, FC, FR e TPC, acidose metabólica, hipomotilidade, palpação retal, líquido peritoneal D) Diagnóstico: ASS, exame clínico E) Tratamento · Analgésicos - Flunexim meglumine 1ml/45kg PV (Balamine) · Fluidoterapia – Soro fisiológico 0,9% · Laxantes/enema - tiflocentese · Motilidade – sonda nasogástrica · Sulfato de magnésio - Sal amargo (100 sm/200ml de água) 1. Sablose 2. Deslocamento 3. Torção 4. Intussuscepção AFECÇÕES DE CÓLON MAIOR · Timpanismos, obstruções, aprisionamento – ligamento nefro-esplênico, torções, compactações Compactação A) Definição: acúmulo de ingesta, flexura pélvica B) Etiopatogenia: volumoso (feno, cana picada, napier, rolão de milho, etc.), água, trombose e aneurismas, estresse (obstrução de flexura pélvica, enterólitos (pedras de urato, carbonato)) C) Sintomas: dor leve/moderada/intermitente, exposição do pênis, conjuntivas, TPC, FC e FR, acidose, abdômen abaulado – ventre distendido, hipomotilidade/atonia - cólon maior, exame retal, líquido peritoneal D) Diagnóstico · Anemnese · Evolução - nunca vai ser súbito · Exame clínico · Inspeção - barriga caída · Auscultação - movimento de ID normal, atonia dos quadrantes inferiores · Exame transretal · Sondagem improdutiva · Líquido peritoneal E) Tratamento: analgésicos, fluidoterapia, laxantes/sulfato de magnésio, fluidos via sonda · Motilidade: Gluconato de cálcio (2 a 22%), Neostigmine · Humectol · Laparotomia/colostomia AFECÇÕES DO CÓLON MENOR Obstrução de cólon menor A) Ocorrência: moderada, corpos estranhos, enterólitos B) Etiopatogenia · Corpo estranho · Nylon, cordas e plásticos · Enterólitos · Pode se tornar muito grande e obstruir · Formação - fosfato, carbonato · Constituição C) Sintomas · Desconforto · Obstrução parcial · Obstrução total · Conjuntivas · TPC aumentado – 3 a 4 segundos · Ruídos intestinais diminuidos · Exame retal – prova do braço + em obstrução total · Líquido peritoneal – leucocitose neutrofílica · Sondagem improdutiva · Evolução · Obstrução total – evolui para óbito · Obstrução parcial – evolui para obstrução total D) Diagnóstico: anamnese, exame clínico, exame retal E) Tratamento · Analgésicos - 1m/45kg IV · Volemia – soro fisiológico · Laxantes, enema · Cirurgia Proctite A) Definição: Inflamação retal por excesso de palpação B) Etiopatogenia: cólica, controle folicular C) Sintomas: retenção de fezes por dor, desconforto, sensibilidade D) Diagnóstico: clínico (laceração, ruptura) E) Tratamento · Xilocaína · Antiinflamatórios · Enemas - supositório de glicerina, fritienema · Laxantes AFECÇÕES DO RECÉM-NASCIDO Retenção do mecônio A) Definição: retenção das primeiras fezes de um bezerro – 15 a 20 cm com cor esverdeado/amarelado B) Etiopatogenia: colostro - compactação, estreitamento pélvico, agenesias C) Sintomas: desconforto, auto-intoxicação, mucosas – TPC D) Diagnóstico: clínico - estabelecer a causa E) Tratamento · Laxante – sondagem · Auxílio por toque retal · Enemas · Glicerina líquida e água morna · Fleet- enema · Enterotomia Ruptura de bexiga A) Etiopatogenia · Parto – 4 a 6h de duração (vaca) e 30 min (éguas) · Feto x pélvis B) Sintomas · 12 a 24h após o nascimento · Tenesmo, FC e FR aumentadas · Conjuntivas pálidas · Reluta em mamar · Abdômen abaulado - urina/peritonite · Convulsão, comae morte C) Diagnóstico · Paracentese · Dosagem de creatinina · Exames físicos e químicos · Azul de metileno · US · RX (contraste) D) Tratamento: cistorrafia Má formação de reto e ânus A) Definição · Anomalia congênita · Orifício anal · Ampola retal B) Sintomas · Nascem e se alimentam normalmente · Abdômen abaulado · Desconforto · Intoxicação · Congestão de mucosas, FC, FR · Coma, morte C) Diagnóstico: clínico - fêmeas - fístula reto-vaginal D) Tratamento: cirúrgico Icterícia hemolítica do recém-nascido A) Definição: anemia hemolítica, incompatibilidade, ativa sistema imunitário da mãe, hemácias do feto B) Patogenia: sangue do feto-mãe, barreira transplacentária, micro-lesões C) Sintomas · Nasce normal · Mama colostro · 24-48h · Apatia, não mama, FC, FR, mucosa, choque, morte D) Diagnóstico: teste de aglutinação (sangue do potro (EDTA), colostro da mãe) · Positivo - substituir colostro E) Tratamento: transfusão sanguínea, corticosteroides, anti-histamínico F) Profilaxia: prova de aglutinação (colostro x sangue potro - sangue do garanhão x soro da mãe); manejo do potro · Substituto do colostro · Leite da vaca – 700ml · Água fervida – 300 ml · Mel – 30g · CaCO3 – 5g · Gema de ovo – 1 un. Diarreias A) Definição · Defecação - aumento na frequência · Características - mudança de características B) Causas · Bactérias · Vírus - Coronavírus (principal) · Protozoários - Eimeria · Alterações neurovegetativas · Parasitárias/dietéticas · Independente da etiologia, algumas regras básicas devem ser obedecidas para se estabelecer o tratamento: · Não se afobar – arsenal de medicamentos · Exames laboratoriais como: · Hemograma completo, coprocultura, parasitológico, urinálise, hemogasometria · Manter a volemia – Na, Cl e K · Manter o equilíbrio ácido-base · Medicamentos antidiarreicos e protetores de mucosa · Não utilizar antibióticos - indicação · Lactobacilos para recompor flora · Substância antiespasmódicas (diminui motilidade) · Hioxina – 40ml · Atropina 1% - 0,02 a 0,1mg/kg SC · Substâncias adstringentes - carvão ativado · Enterite · Usar exclusivamente antibiótico sensível DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS Adenite Equina A) Definição: Garrotilho – Streptococcus B) Etiopatogenia: animais jovens (imunidade), transmissão por corrimento nasal, água, ar e alimento, mais comum em maiores densidades C) Sintomas: anorexia, febre, corrimento nasal sero-purulento, linfonodos retro faríngeos infartados, tosse e espirros, dificuldade respiratória e de deglutição (compressão pelo aumento de linfonodos), abscessos dos linfonodos, · Cura clínica em até duas semanas · Mais jovens podem evoluir para forte dispneia e pneumonia – tratar · Síndrome do cavalo roncador - compressão do vago – aritenoide não fecha D) Diagnóstico: clínico, considerar surto, idade, rinorreia, tosse, linfadenite satélite e hipertermia E) Complicações · Sinusite (às vezes necessita lavagem) · Empiema de bolsa gutural (lavagem, mas não drena) · Paralisia do nervo laringo-recorrente · Adultos podem ter púrpura hemorrágica (sensibilidade a proteína estreptococcica F) Tratamento · Simples e eficaz (garrotilho que não cura é MORMO · Penicilina – Benzatina (eleição) · Mucolíticos - 15ml · Acetilcisteína - Fluemicil · Ventipulmin/inalações úmidas G) Profilaxia · Vacinação - ideal 2x/ano (muitas cepas – maioria das vezes não atinge o efeito desejado) · Capacidade imunogênica (não é tão boa, ideal seria cepa de cada propriedade) · Manifestação amena Mormo A) Etiopatogenia · Reemergente – infectocontagiosa · Burkholderia mallei (G-, fica de 1 a 2 meses no ambiente) · Equídeos > incidência em muares e asininos · Associado a manejo intensivo e ambientes insalubres · Notificação obrigatória · Fontes de infecção: água e solo, aerossóis, secreção nasal, intestinal e soluções de continuidade · Período de incubação: 1 a 14 dias/alguns meses sem sinais clínicos B) Sintomas · Aguda: edema de peito - óbito de 24 a 48h · Crônica: apatia, fadiga, febre, tosse e emagrecimento - óbito demorado, pneumonia) · Se pegar garrotilho, tratar e em 4 a 5 dias não melhorar, fazer exame para mormo · Formas: · Nasal: corrimento uni ou bilateral, secreção sero-purulenta, amarelo escuro, hemorrágica · Pulmonar: pneumonia, pleurite fibrinosa (roçar) · Cutânea: abscessos subcutâneos (rosário), vasos linfáticos aumentados C) Diagnóstico · ASS: condições de insalubridade, sinais de acordo com a forma de apresentação · Teste de fixação de complemento · Testes de maleína · 0,1 ml de PPD - maleína (derivado proteico purificado de maleína) - Via intradermo- palpebral · Leitura com 48h, + apresentam blefaroespasmo, edema e conjuntivite · Animais sem reação devem ser retestados, de 45 a 60 dias após · Sem reação após 2 maleinizações serão considerados negativos – atestado com validade de 120 dias não podendo ser submetidos à prova de FC nesse período · Propriedades com animais positivos são interditadas D) Controle e Profilaxia · Controle da entrada de equídeos na propriedade · Sacrifício dos animais doentes · Destruição das carcaças · Destruição de arreios dos animais da propriedade · Descontaminação das instalações - Permanganato de potássio · Hipoclorito de sódio Tétano A) Definição · Tóxico - infecção · Clostridium tetani · Fatal B) Etiopatogenia · Feridas contaminadas · Anaerobiose · Toxinas · Tetanolisinas (aparelho musculoesquelético) · Tetanospasminas (atua no SNC) · SNC e suas junções mioneurais · Diminui limiar de excitabilidade · Sensibilidade, irritabilidade · Contrações espasmódicas C) Sintomas · Morte de 5 a 15 dias · Asfixia, alimentação, desidratação e acidose · Incubação: semana a meses · Rigidez muscular, narinas dilatadas, dificuldade de fletir, orelhas em tesoura, terceira pálpebra, trismo, cauda em bandeira, postura em cavalete, hiper-reflexia, convulsões e opistótono, sudorese profusa, temperatura 42°C, taquipneia D) Diagnóstico: clínico, forma de apresentação, lesão E) Tratamento · Soro anti-tetânico o 300.000 U IV · 50.000 IT (intra tecal) entre L4 e L5 · Tratar ferida · Penicilina 50.000 UI/kg · Acepromazina 1ml/80kg - fazer relaxamento da musculatura · Manter em pé, baia limpa, escura e silenciosa, fornecimento de água, alimentação · Acidose (bicarbonato) E) Profilaxia: vacinação anual, soro anti-tetânico Brucelose A) Definição: infectocontagiosa, crônica, acomete todas as espécies B) Etiopatogenia · Brucella abortus, B. suis · Via digestória, bacteremia, bolsa, bainhas e tendões · Abortos de bovinos, cavalos acometidos C) Sintomas: hipertermia, mal da nuca, macaco ou gato, abscesso de cernelha, fistulização com conteúdo sero-purulento, sinovites, orquites, aborto, sinovócitos (cél. que produzem líquido sinovial) D) Diagnóstico: clínico, laboratorial (sorológico, bacteriológico) E) Tratamento: antibióticoterapia, eutanásia F) Profilaxia: separar equinos e bovinos que ficam juntos Leptospirose A) Definição · Efermidade infectocontagiosa · Aguda · Leptospira interrogans · Sorovares: icterohaemorragiae, pomona, hardjo, canicola · Transmissão por roedores e água contaminada · Vacinar fêmeas pelo menos 2x/ano (1º semestre/2º semestre) - 1º antes da desmama e 2º 21 dias depois · Adulto reprodução - 1º no exame ginecológico, 2º no dia do implante e 3º no DG nas prenhes B) Patogenia · Ratos, suínos, preás, gambas, raposas e morcegos · Água e alimentos · Via digestória, corrente sanguínea, multiplicam · Leptospiremia, febre, leptospiúria C) Sinais clínicos · Inapetência, letargia e febre · Icterícia, anemia e hemoglobinúria · Reabsorção embrionária, aborto, nascimentos de potros fracos · Uveíte recorrente (íris, corpo ciliar e coróide/trato uveal) · Em vaca prenhe vai para o útero por tropismo D) Diagnóstico: ASS, exame clínico, laboratorial E) Tratamento: Estreptomicina (diluir no dia anterior) - Estreptomax 75mg/20kg) F) Profilaxia: combater os ratos e fazer vacinação MATURIDADE ÓSSEA – DOENÇAS OSTEOARTICULARES A) Definição: idade: a partir dos 2 anos e meio na média B) Importância: anabolizantes, crescimento rápido, ganho excessivo de peso · Ganho médio diário desejadoem equinos IDADE PESO GANHO DIÁRIO Nascimento 60kg - 30 dias 105kg 1,5kg/d 60 dias 144kg 1,3kg/d 90 dias 180kg 1,2kg/d 120 dias 210kg 1,0kg/d 160 dias 255kg 0,88kg/d 180 dias 260kg 0,83kg/d Revisão de Anatomia · Tendão - o músculo trabalha e o tendão leva isso ao osso) · Ligamento – liga osso com osso · Constituinte articular, da estabilidade na articulação · Pré-cárpica superior e inferior (ligamento check) · Superficial - 1ª e 2ª falanges · Parte da 2ª falange e toda a 3ª estão dentro do casco · Ligamento profundo é mais importante - 1º grau: pé de bailarina · Ligamento superficial - Projeção cranial do boleto · Acessórios (sesamóides) - se não tiver sesamóides tem dificuldade de fletir os membros · Casco · Coroa: parte germinativa do casco · Muralha · Pinça · Talão · Lâmina Classificação das Enfermidades · Degenerativas: · Miopatias · Osteodistrofias · Artropatias · Inflamatórias · Miosites · Osteomielites · Artrites Principais Manifestações · Claudicação · Postura e movimentos anormais · Deformações · Predisposição a fraturas
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