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Módulo 2 - Livro de Língua Portuguesa

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CURSO DE LÍNGUA 
PORTUGUESA- MÓDULO II
PROF.ª DRA. JOAGDA REZENDE ABIB
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA - 
MÓDULO II
PROF.ª DRA. JOAGDA REZENDE ABIB
SUMÁRIO
AULA 01
AULA 02
AULA 03
AULA 04
AULA 05
AULA 06
CONSIDERAÇÕES SOBRE ORTOGRAFIA 
CRASE
CONCORDÂNCIA
ESTUDO DE ALGUMAS DIFICULDADES DA LÍNGUA 
PORTUGUESA
CONJUNÇÕES
PONTUAÇÃO
05
10
16
26
33
41
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CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA - 
MÓDULO II
PROF.ª DRA. JOAGDA REZENDE ABIB
INTRODUÇÃO
Neste segundo módulo do curso de nivelamento de língua portuguesa nosso principal 
objetivo é apresentar a você, aluno, alguns pontos gramaticais extremamente importantes 
e que, geralmente, geram confusão.
Apresentamos tudo de uma maneira simples e facilitada com dicas que podem nos ajudar 
muito na hora de escrever e, também, na hora de falar.
Esperamos que o material os ajude!
Bons estudos!!!
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA - 
MÓDULO II
PROF.ª DRA. JOAGDA REZENDE ABIB
AULA 1
CONSIDERAÇÕES SOBRE 
ORTOGRAFIA
O que é ortografia?
Ortografia é o conjunto de regras que cuidam da escrita correta das palavras.
Existem muitas regras e falar sobre todas elas levaria muito tempo. Uma dica para não 
escrevermos errado é sempre consultar um bom dicionário quando estivermos em dúvida 
sobre como escrever uma determinada palavra.
Nesta aula nosso objetivo é nos ater a algumas palavras que geralmente causam confusão 
na hora da escrita. Vejamos algumas delas.
1.1 Em cima ou Encima?
A grafia correta é EM CIMA. A palavra ENCIMA não existe na língua portuguesa.
Quando for sair deixe os documentos em cima da minha mesa.
Colocaram um belo vaso de flores em cima do balcão.
1.2 De repente ou Derrepente?
A forma correta de se escrever é DE REPENTE. A palavra DERREPENTE está incorreta.
O pobre homem morreu de repente.
A decisão de fechar a empresa foi tomada de repente.
1.3 Por isso ou Porisso?
Não existe, em nosso idioma, a palavra PORISSO. A forma correta de se escrever é POR 
ISSO.
Estava muito cansado e, por isso, não fui ao jantar.
Paulo não fez a inscrição e, por isso, não pôde participar do evento.
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CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA - 
MÓDULO II
PROF.ª DRA. JOAGDA REZENDE ABIB
1.4 Com certeza ou Concerteza?
A maneira correta de se escrever é COM CERTEZA. A palavra CONCERTEZA não existe.
Com certeza este será um verão muito quente.
Se não tomarmos uma atitude o mais rápido possível, com certeza teremos problemas 
com esse funcionário.
1.5 Estupro ou Estrupo?
A grafia correta da palavra é ESTUPRO.
Estupro culposo não existe.
O homem foi preso, condenado por estupro e homicídio.
1.6 Em frente ou Enfrente?
EM FRENTE significa na parte da frente.
Enfeitei com luzes de Natal as árvores em frente à minha casa
ENFRENTE é uma forma do verbo ENFRENTAR.
Espero que você enfrente esse problema com toda sua sabedoria.
1.7 Palavras Parônimas
Palavras parônimas são palavras parecidas em sua grafia, mas que têm significados 
totalmente diferentes. É muito comum as pessoas confundirem essas palavras na hora de 
escrever e, também, na hora de falar.
Vejamos, a seguir, algumas delas.
1.7.1 Comprimento x Cumprimento
A palavra COMPRIMENTO se refere à medida. 
Precisamos saber o comprimento e a largura dos cômodos para calcular a quantidade 
de material necessária.
A palavra CUMPRIMENTO é do verbo CUMPRIMENTAR que significa parabenizar ou saudar 
alguém. 
Os noivos receberão os cumprimentos no salão de festas
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CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA - 
MÓDULO II
PROF.ª DRA. JOAGDA REZENDE ABIB
Pode, também, ser referente ao verbo CUMPRIR, ou seja, realizar ou executar algo.
O não cumprimento das regras implicará quebra de contrato.
1.7.2 Tráfego x Tráfico
A palavra TRÁFEGO se refere ao trânsito.
Gosto de cidades pequenas porque não há problemas com relação ao tráfego. É possível 
dirigir tranquilamente, sem enfrentar congestionamentos.
TRÁFICO é uma palavra que designa o comércio ilegal, negócios ilícitos.
O tráfico de drogas é, hoje, o maior problema desta cidade.
Infelizmente, o tráfico de órgãos é uma atividade em expansão.
1.7.3 Soar x Suar
SOAR = emitir som.
Os sinos soam para indicar que a missa começará em breve.
SUAR = transpirar
Eu suo muito quando faço atividades físicas.
1.7.4 Descriminar x Discriminar
DESCRIMINAR = descriminalizar, deixar de ser crime.
Ainda há muita discussão sobre descriminar ou não o aborto no Brasil.
DISCRIMINAR = distinguir, separar.
É preciso discriminar as críticas construtivas e as destrutivas.
A discriminação por cor, raça, religião ou orientação sexual é inaceitável.
1.7.5 Delatar x Dilatar
DELATAR = entregar, acusar.
A testemunha delatou o crime à polícia.
DILATAR = aumentar o tamanho
O ferro dilata com o aumento da temperatura.
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1.8 Palavras Homófonas
Palavras homófonas também causam confusão na hora da escrita. Trata-se de palavras 
que têm a mesma pronúncia, mas são escritas de maneiras diferentes. 
1.8.1 Assento x Acento
 
Figura 1: Assento x Acento. Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?pagina=espaco%2Fvisualizar_aula&aula=24070&secao=espaco&request_locale=es
O humor na tirinha acima é conferido pela ambiguidade (duplo sentido) gerada na pergunta 
feita por Mônica. Por se tratar de palavras homófonas, quando Cascão ouviu a pergunta ele 
pensou que ela estava se referindo ao ASSENTO, lugar onde se senta quando, na verdade, 
ela está perguntando sobre o ACENTO, sinal gráfico.
ASSENTO = lugar onde se senta.
O teatro possui 400 assentos.
ACENTO = sinal gráfico.
Todas as palavras proparoxítonas devem ter acento.
1.8.2 Conserto x Concerto
A palavra CONSERTO se refere a reparo. Da mesma forma, o verbo CONSERTAR significa 
arrumar, reparar algo que está quebrado ou com defeito.
O mecânico consertou o carro, mas disse que em breve teremos problemas novamente.
O conserto da máquina de lavar ficou muito caro e não resolveu o problema completamente.
CONCERTO, escrito com C, designa, principalmente, um evento musical.
Iremos ao concerto de Natal na próxima semana.
A orquestra da cidade fará um concerto beneficente em prol das crianças carentes.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?pagina=espaco%2Fvisualizar_aula&aula=24070&secao=espaco&request_locale=es
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1.8.3 Trás x Traz
A palavra TRÁS é a parte oposta à frente.
Seu nome e telefone devem ser escritos na parte de trás do cheque.
Mauro construiu um belo jardim na parte de trás de sua casa.
A palavra TRAZ escrita com Z é uma forma do verbo TRAZER.
Quando minha tia vem me visitar, ela sempre traz doces deliciosos que ela mesma faz.
1.8.4 Caçar x Cassar
A palavra CAÇAR se refere à caça, ou seja, perseguir, tentar capturar ou matar.
Todas as noites eles saem para caçar tatu.
CASSAR, com SS, significa invalidar, anular.
Após reunirem provas de que houve irregularidades na candidatura do prefeito eleito 
cassaram seu mandato.
1.8.5 Ouve x Houve
A palavra OUVE sem H é uma forma do verbo OUVIR.Marta sempre me ouve quando estou com problemas.
HOUVE com H é uma forma do verbo HAVER.
Você sabe o que HOUVE com a vítima?
1.8.6 Sessão, Seção, Cessão
SESSÃO – período de tempo durante o qual algum evento ou ação é realizada.
A sessão de cinema durou 1:52h.
A sessão da câmara foi adiada para a semana que vem.
SEÇÃO – parte; setor.
Os esmaltes estão na seção de cosméticos, ao lado das maquiagens.
A seção de cama, mesa e banho desta loja está cheia de novidades.
CESSÃO – vem do verbo CEDER.
A cessão de recursos pela empresa possibilitou a realização do projeto de construção de 
uma ONG para animais doentes.
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AULA 2
CRASE
 
Figura 2: Crase. Fonte: https://www.maisbolsas.com.br/enem/lingua-portuguesa/crase
Crase é o nome que se dá à junção de duas vogais iguais. Na língua portuguesa, isso 
ocorre com a vogal A, uma preposição e um artigo definido feminino. A representação da 
crase se dá por meio do uso do acento grave: À.
Uma das maiores dificuldades relatadas pelos alunos no uso da nossa língua é a crase. 
No entanto, não se trata de algo tão difícil ou complicado. É necessário entender a sua 
ocorrência. A partir do momento em que entendemos o processo, o porquê de sua existência 
fica muito mais fácil saber quando usá-la.
Então, vejamos a partir de agora, como sabemos quando ocorre e quando não ocorre crase.
Como dito anteriormente, na língua portuguesa a crase ocorre com a junção de um A 
– preposição e um A – artigo definido feminino. Para identificar sua ocorrência, podemos, 
portanto, fazer uma análise que facilita nossa vida, na maioria dos casos.
Observem a frase a seguir:
O transplante deu uma nova chance à criança.
Percebam que ocorreu crase em “à criança”. Mas por quê?
Primeiramente, vamos analisar a parte anterior ao A. Temos ali o verbo “dar”. Quem dá 
dá alguma coisa A alguém. O verbo dar exige, portanto, a preposição A.
Feito isso devemos analisar o que vem depois do A: a palavra criança. Pegamos então 
essa palavra e fazemos uma frase com ela.
A criança estava feliz.
https://www.maisbolsas.com.br/enem/lingua-portuguesa/crase
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Percebam que ao fazer essa frase precisamos utilizar o artigo definido “A”. Se omitirmos 
esse artigo, a frase fica mal formada:
Criança estava feliz.*
Vejam que a presença do artigo definido A é obrigatória para que a frase fique bem 
construída.
Assim, podemos concluir que temos uma preposição A exigida pelo verbo “dar” e um 
artigo definido feminino exigido pela palavra “criança”. Nesse caso, como temos que escrever 
duas vezes a vogal A, fazemos isso uma única vez e marcamos a ocorrência da crase com 
o acento grave:
O transplante deu uma nova chance A A criança.
O transplante deu uma nova chance à criança.
Anote isso
Como a crase ocorre quando temos uma preposição e um artigo feminino, NÃO é 
possível ocorrer crase antes de palavras masculinas.
É ERRADO, portanto, escrever coisas como:
Vendas à prazo.*
2.1 Outros casos em que não ocorre crase:
2.1.1 Verbos 
Não ocorre crase antes de verbos. Não existe, portanto:
À partir de amanhã.*
2.1.2 Artigos indefinidos e Pronomes de Tratamento
Antes de artigo indefinido (um, uma, uns, umas) e pronomes de tratamento, como Vossa 
Excelência, Vossa Senhoria, também não ocorre crase.
Gostaria de fazer um pedido a Vossa Excelência.
O documento foi entregue a uma das funcionárias do escritório.
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2.1.3 Nomes de Mulheres Famosas/Célebres
Antes de nomes de mulheres famosas, não ocorre crase.
Fizeram uma homenagem a Ivete Sangalo.
2.2 Casos especiais de crase
2.2.1 Àquele, àquela, àqueles, àquelas, àquilo
É possível ocorrer crase na junção do A preposição com a letra inicial do pronome 
demonstrativo AQUELE e suas variações (aquela, aqueles, aquelas, aquilo).
Pedi um favor àquele professor, mas ele se recusou a me ajudar.
Nesse caso, a crase ocorre com uma palavra masculina devido ao fato de não se tratar 
de proposição + artigo definido feminino, mas sim de preposição + letra inicial do pronome 
(aquele).
Como nem tudo nesta vida são flores e toda regra tem sua exceção, ou suas exceções, 
com a crase não é diferente. Existem alguns casos particulares aos quais devemos nos 
atentar. Vejamos, agora, cada um deles:
2.2.2 Distância
Antes da palavra distância ocorrerá crase se houver, em seguida, o número de centímetros, 
metros, quilômetros dessa distância. Caso não haja, não se usa o acento grave indicativo 
de crase:
Ela estava à distância de 5.000 km de sua cidade natal.
Estamos fazendo um curso a distância.
2.2.3 Casa
Quando a palavra CASA não estiver determinada, ou seja, quando não for mencionado de 
quem é a casa, não ocorre crase:
Volto a casa todos os dias na hora do almoço.
Maria voltou a casa para buscar seu casaco.
Quando houver especificação com relação a quem a casa pertence, ocorre crase:
Fui à casa da Maria para tomarmos um café.
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João foi à casa de sua mãe no feriado.
2.2.4 Horários
Sempre ocorre crase antes de horários, com exceção de meio-dia que é masculino. Veja 
os exemplos a seguir:
A aula começa às 19:30.
Devemos nos encontrar à uma para acertar os detalhes do evento.
2.2.5 Terra
Se a palavra TERRA se referir ao planeta Terra, ocorre crase, caso haja necessidade de 
preposição A antes dela:
Muitos podem não acreditar, mas marcianos chegaram à terra.
Se a palavra TERRA for o oposto de bordo, não ocorre crase:
Após 20 dias no navio, os passageiros do cruzeiro chegaram a terra.
2.2.6 Algumas expressões em que ocorre crase
• À vista
• À frente
• À noite
• Às vezes
• À tinta
Para saber mais expressões que exigem uso de crase, sugiro pesquisa no livro Gramática 
Integral da Língua Portuguesa: uma visão prática e funcional, que sugiro ao fim deste material.
2.2.7 À (moda)
Observe as frases a seguir:
Comi um bife à milanesa.
O autor escreveu um poema à Camões.
Nas frases acima, ocorre crase porque se trata de um bife à moda de Milão e um poema 
escrito à moda de Camões, ou seja, como Camões escrevia. É como se a palavra MODA 
estivesse ali, e, por isso, ocorre crase.
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Agora observem os próximos exemplos:
Pedimos bife a cavalo e frango a passarinho.
Nesses casos, não ocorre crase, pois não é bife à moda de cavalo nem frango moda de 
passarinho, já que nenhum desses animais cozinha bife.
2.2.8 Números 
Vamos dar uma olhada em dois casos distintos:
O artigo vai da página 12 à 27.
As inscrições vão de 15 a 30 de novembro.
A regra geral diz que não ocorre crase antes de números cardinais (1, 2, 3 ...)
No primeiro caso, no entanto, ocorre crase antes do número porque se trata da página 
27. É como se a palavra página estivesse ali: Da página 12 à página 27.
2.2.9 Crase Facultativa
Em alguns casos, a crase é facultativa, ou seja, é opcional. Mas por quê?
A resposta é bem simples. Às vezes, o uso do artigo definido feminino antes de algumas 
palavras é opcional. Nesses casos em que podemos usar ou não o artigo pode ocorrer ou não 
a crase. Fica a critério de quem escreve marcar ou não sua ocorrência com o acento grave.
Veja o exemplo a seguir:
Enviei um cartão de natal à Maria.
Enviei um cartão de natal a Maria.
Percebam que é possível ocorrer ou não crase, pois o uso do artigo definido feminino 
antes do nome MARIA é opcional.
Vamos fazer aquela análise que aprendemos no início desta aula:
Primeiramente analisar o que vem antes do A. Quem envia envia alguma coisa A alguém. 
Temos, portanto, a preposição A.
Feito isso analisamos o que vem depois do A. O nomes Maria pode vir ou não acompanhado 
do artigo A. Vejam:A Maria é uma mulher generosa.
Maria é uma mulher generosa.
Percebam que podemos construir a frase das duas maneiras, com e sem o artigo A. Por 
isso, podemos marcar ou não a ocorrência da crase.
Enviei um cartão de natal à Maria. (A preposição + A artigo)
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Enviei um cartão de natal a Maria. (A preposição)
Outro exemplo de crase facultativa:
Fizemos uma homenagem à nossa professora.
Fizemos uma homenagem a nossa professora.
Isso ocorre porque se fizermos uma frase com NOSSA PROFESSORA, veremos que é 
possível utilizar ou não o artigo definido feminino A:
A nossa professora é excelente.
Nossa professora é excelente.
Anote isso
Segue uma dica que pode nos ajudar muito com nomes de cidade. Vejam a rima:
Vou A, volto DA...crase há!
Vou A, volto DE...crase pra quê?
Se pegarmos frases como:
Vou à Bahia no mês que vem.
Vou a Roma no próximo ano.
Para saber se ocorre ou não crase, podemos utilizar a rima apresentada acima:
Vou à Bahia, volto da Bahia.
Vou A, volto DA...crase há!
Vou a Roma, volto de Roma.
Vou A, volto DE...crase pra quê?
Outra dica com relação a um erro muito comum:
NÃO EXISTE CRASE ANTES DE TODO, TODA, TODOS e TODAS!!!
É muito comum vermos frases do tipo:
Bom fim de semana à todos.*
Esse post é dedicado à todas as mulheres.*
Construções como essas estão ERRADAS e podemos provar isso por meio da regra que 
aprendemos no início desta aula. Se fizermos uma frase com Todos ou Todas, veremos 
que não ocorre artigo definido feminino antes dessas palavras:
Todos estão convidados para a festa.
Todas as mulheres devem fazer o autoexame das mamas.
Percebam que não há artigo A antes das palavras TODOS e TODAS. Portanto, NÃO 
OCORRE CRASE!
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AULA 3
CONCORDÂNCIA
3.1 Concordância Nominal
De maneira geral, a concordância nominal consiste em concordar os pronomes adjetivos, 
os adjetivos e os artigos como substantivo a que se referem, em gênero (masculino ou 
feminino) e número (singular ou plural).
Vejamos alguns exemplos.
O menino bonito.
A menina bonita.
Os meninos bonitos.
As meninas bonitas.
Existem, no entanto, alguns casos especiais, que merecem nossa atenção. Estudaremos, 
a seguir, cada um deles.
3.1.1 Um adjetivo qualificando dois ou mais substantivos
Se o adjetivo estiver antes dos substantivos que qualifica ele pode concordar com todos 
ou somente com o que está mais perto dele.
Comprei usados um fogão e uma geladeira.
Comprei usado um fogão e uma geladeira.
Nesses dois exemplos tanto o fogão quanto a geladeira são usados.
Quando o adjetivo estiver depois dos substantivos que qualifica, ele deve concordar com 
os dois.
Comprei um fogão e uma geladeira usados.
Se o adjetivo concordar apenas com o substantivo mais próximo ele se referirá apenas 
a ele. Vejam:
Comprei um fogão e uma geladeira usada.
Nesse caso, apenas a geladeira é usada enquanto no primeiro exemplo tanto o fogão 
quanto a geladeira são usados.
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3.1.2 Particípios e predicativos 
Os particípios e os predicativos devem concordar com o substantivo a que se referem.
Terminada a reunião, fomos a um bar.
As louças estavam molhadas.
3.1.3 Expressões invariáveis
Esse tipo de expressão não varia nem com relação ao gênero (masculino ou feminino) 
nem com relação ao número (singular ou plural). Isso acontece porque as preposições que 
fazem parte delas impedem que ocorra flexão de gênero e número.
São exemplos expressões como sem vergonha, sem rumo, sem noção, de lua, etc.
Aqueles meninos eram muito sem noção.
Impossível saber como as meninas reagirão à notícia, pois elas são de lua.
Nas frases acima, as expressões SEM NOÇÃO e DE LUA não variam devido à existência 
das preposições SEM e DE.
3.1.4 Adjetivos compostos
Quando temos adjetivos compostos, apenas a segunda palavra deve ser flexionada.
Faremos uma exposição afrobrasileira para comemorar o Dia da Consciência Negra.
Percebam que apenas a palavra BRASILEIRA concordou com o substantivo a que se 
refere (EXPOSIÇÃO). A primeira palavra (AFRO) não sofre variação.
Há, no entanto, uma exceção. O substantivo SURDO-MUDO foge à regra, e as duas palavras 
que o compõem devem ser flexionadas.
Menino surdo-mudo.
Menina surda-muda.
Meninos surdos-mudos.
Meninas surdas-mudas.
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3.1.5 Cores
As cores devem concordar com o substantivo a que se referem.
Sapatos roxos.
Meias brancas
Flores amarelas.
No entanto, quando a cor é, na verdade, um substantivo que funciona como uma cor, não 
deve haver flexão.
Roupas rosa.
Sapatos vinho.
Nesses casos, ROSA e VINHO não são cores, mas nomes de outras coisas que são 
utilizados para representar uma cor. Por isso, não são flexionados.
Existe, no entanto, uma exceção. A palavra LILÁS, apesar de ser nome de uma flor, assim 
como ROSA, possui forma plural:
Blusa lilás.
Blusas lilases.
As cores BEGE, AZUL-CELESTE e AZUL-MARINHO também são exceções e nunca variam.
Quando as cores forem compostas elas seguem a regra dos substantivos compostos, 
ou seja, apenas a última palavra deve ser flexionada.
Boné azul-escuro.
Bonés azul-escuros.
Bolsa azul-escura.
Bolsas azul-escuras.
Quando a segunda palavra for uma palavra for um substantivo, ela não deve variar.
Blusas azul-piscina.
Paredes verde-árvore.
3.1.6 Expressão TAL QUAL
A palavra TAL deve concordar com o substantivo da esquerda e a palavra QUAL, com o 
da direita.
Essa história é TAL QUAL a outra.
Essas histórias são TAIS QUAL a outra.
Essa história é TAL QUAIS as outras.
Essas histórias são TAIS QUAIS as outras.
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3.1.7 Advérbios
Às vezes, palavras que são originalmente adjetivos, ou seja, palavras que dão qualidade 
a um substantivo funcionam como advérbios que são palavras que se referem a verbos, 
adjetivos ou outros advérbios.
Veja um exemplo disso:
O menino é baixo.
O menino fala baixo.
No primeiro exemplo BAIXO é um adjetivo, pois se refere ao substantivo MENINO. Na 
segunda frase, a palavra BAIXO é um advérbio, pois se refere à maneira de falar do menino, 
ou seja, está se referindo ao verbo falar.
Os advérbios são invariáveis, ou seja, não se flexionam em gênero e número. Por isso, 
devemos prestar muita atenção!
O menino é baixo.
O menino fala baixo.
A menina é baixa.
A menina fala baixo.
Os meninos são baixos.
Os meninos falam baixo.
As meninas são baixas.
As meninas falam baixo.
Percebam que quando temos adjetivo ele concorda com o substantivo a que se refere. 
Quando temos advérbio ele permanece invariável.
3.1.8 Verbo SER
É preciso fé.
Maçã é bom para a garganta.
Nesses casos, a impressão que temos é de que a concordância está errada, pois temos 
as palavras PRECISO e BOM no masculino e as palavras FÉ e MAÇÃ que são femininas.
No entanto, o que ocorre é que estão implícitos nessas frases, os verbos:
É preciso TER fé.
COMER maçã é bom para a garganta.
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Anote isso
É PROIBIDA ENTRADA DE ANIMAIS.*
A frase acima está errada e esse é um erro muito comum de encontrarmos em nosso 
dia a dia.
Devemos proceder da seguinte maneira:
É proibido entrada de animais.
Ou...
É proibida a entrada de animais.
Como podemos ver acima, se não utilizamos o artigo A antes da palavra entrada 
devemos escrever PROIBIDO.
Quando há artigo antes da palavra ENTRADA (A ENTRADA) devemos então utilizar a 
forma PROIBIDA.
3.2 Concordância verbal
Os verbos devem concordar com o sujeito em número (singular ou plural) e em pessoa 
(1ª, 2ª, 3ª pessoa)
Assim como ocorre na concordância nominal, na concordância verbal também existem 
algunscasos que merecem atenção. Veremos alguns desses casos a partir de agora.
3.2.1 O artigo e o núcleo do sujeito estão no plural
Essa é uma questão que gera muita dúvida e leva a muitos erros. Veja o seguinte exemplo.
Os Estados Unidos são uma grande potência mundial.
Essa frase está perfeitamente correta, pois o artigo OS e o núcleo do sujeito (ESTADOS 
UNIDOS) estão no plural. Quando isso ocorre, o verbo também deve ir para o plural.
Muitas pessoas, no entanto, acabam pensando que devido ao fato de os Estados Unidos 
serem um país só a concordância deve ser feita no singular e acabam cometendo um grave 
erro.
Os Estados Unidos é uma grande potência mundial.*
A frase acima está ERRADA.
 
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3.2.2 Pronomes de Tratamento
Quando utilizamos pronomes de tratamento o verbo deve concordar com eles na terceira 
pessoa do singular (a mesma forma utilizada para ELE ou ELA)
Vossa Excelência poderia me dar licença?
3.2.3 Porcentagem e expressões como GRANDE PARTE DE, 
A MAIORIA, A MINORIA...
No caso das porcentagens existem duas possibilidades de concordância. Podemos 
concordar o verbo com o número percentual ou com a palavra a que ele se refere. Vejam:
95% do povo votaram a favor do candidato.
95% do povo votou a favor do candidato.
Apesar das duas formas serem possíveis com porcentagens, o que mais se utiliza é a 
concordância com a palavra à qual a porcentagem se refere (nos exemplos acima, a palavra 
POVO).
Com expressões como A MAIORIA, A MINORIA, GRANDE PARTE, A MAIOR PARTE etc., 
também é possível realizar a concordância de duas maneiras: com a expressão ou com a 
palavra a que ela se refere.
A maioria dos alunos faltou à aula.
A maioria dos alunos faltaram à aula.
Vejam que o verbo pode concordar com A MAIORIA ou com OS ALUNOS. As duas formas 
estão perfeitamente corretas.
3.2.4 Frações
Quando temos números fracionários, o verbo deve concordar com a fração.
Um quarto dos alunos faltou à aula.
Dois quartos dos alunos faltaram à aula.
Um quinto dos lucros será revertido às obras de caridade do município.
Três quintos do lucro serão revertidos às obras de caridade do município.
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3.2.5 Cada um, mais de um, mais de uma
Com essas expressões, o verbo deve concordar na terceira pessoa do singular.
Mais de um pedido foi feito hoje pelo telefone.
Cada um deve cuidar de sua própria vida.
No entanto, se após a expressão MAIS DE UM ou MAIS DE UMA houver uma palavra que 
indique plural, o verbo concordará no plural.
Mais de uma dezena de ovos vieram podres.
3.2.6 Um dos que, cerca de, perto de, mais de, menos de
O verbo deve ir para o plural com essas expressões.
Ele é um dos que mais sofreram com a derrota do time.
Perto de quinze pessoas se feriram no acidente.
Menos de vinte pessoas compareceram ao jantar.
3.2.7 Um que, o primeiro que, o último que...
Nesses casos, o verbo deve ficar no singular.
Ele foi um candidato que honrou suas promessas.
Paulo foi o último que saiu.
3.2.8 Horas
Os verbos SER, DAR, SOAR e BATER quando indicam horas devem concordar com o 
número de horas. Ficam, portanto, no singular com MEIO-DIA, MEIA-NOITE e UMA HORA 
no plural com as demais.
São duas horas.
Deram três horas.
É meio-dia.
Bateu meia noite.
Soaram cinco horas no relógio da igreja.
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3.2.9 Não só...mas também
A expressão NÃO SÓ...MAS TAMBÉM, assim como NÃO SÓ...MAS AINDA, TANTO...COMO 
etc., expressam ideia de adição, de soma. Por isso, o verbo deve estar no plural.
Não só os jogadores, mas também os técnicos foram punidos.
Tanto os alunos como os pais serão convocados para a reunião.
3.2.10 Sujeito composto
Quando temos sujeito composto precisamos observar se ele se encontra antes o depois 
do verbo.
Se o sujeito composto estiver antes do verbo a concordância deverá ser feita no plural.
João e Maria foram à festa.
Quando o sujeito composto estiver depois do verbo, podemos concordar no plural ou 
realizar a concordância com o primeiro núcleo.
Foram à festa João e Maria.
Foi à festa João e Maria.
Percebam que na primeira frase o verbo está concordando no plural (concorda com JOÃO 
e MARIA). Na Segunda, o verbo concorda apenas com o primeiro núcleo do sujeito (JOÃO)
3.2.11 Verbos impessoais
Verbos impessoais são verbos que não têm sujeito. Quando perguntamos ao verbo: QUEM? 
não obtemos nenhuma resposta. Vejam os exemplos a seguir:
Maria fez um doce delicioso.
Faz cinco dias que não o vejo.
No primeiro exemplo, se perguntarmos QUEM FEZ, temos uma resposta: MARIA.
Na segunda frase se perguntarmos ao verbo QUEM FEZ, não haverá resposta. Isso acontece 
porque o verbo é impessoal.
Quando o verbo é impessoal ele fica sempre na terceira pessoa do singular. Isso ocorre, 
por exemplo, com o verbo HAVER, no sentido de existir e com o verbo FAZER quando indica 
tempo.
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Houve um acidente.
Houve vários acidentes.
Houveram vários acidentes * (ERRADO)
Faz dez anos que moro aqui.
Fazem dez anos que moro aqui.* (ERRADO)
3.2.12 Um e outro, nem um nem outro, nem...nem
Com essas expressões podemos utilizar o verbo no singular ou no plural.
Um e outro brigou por bobagem.
Um e outro brigaram por bobagem.
Nem meu irmão nem meu primo foi à festa.
Nem meu irmão nem meu primo foram à festa.
Nem eu nem você vamos conseguir consertar este carro. Precisamos chamar um mecânico.
Nem eu nem você vai conseguir consertar este carro. Precisamos chamar um mecânico.
3.2.13 Ou
O verbo sempre concorda com a palavra que vem após a conjunção OU. Se ela aparecer 
mais de uma vez na frase o verbo concordará com a palavra que vem após a última vez 
em que ela parece.
Ou eles ou nós ganharemos o campeonato.
Ou nós ou eles ganharão o campeonato.
Ela ou eu serei promovida.
Eu ou ela será promovida.
3.2.14 Pronomes indefinidos e Interrogativos
Quando temos pronomes indefinidos no singular (alguém, nenhum, ninguém etc.), o verbo 
deve concordar no singular, mesmo que após esses pronomes haja pronome pessoal no plural.
Ninguém de nós viu o que aconteceu.
Alguém de vocês poderia me ajudar?
Se os pronomes indefinidos estiverem no plural e houver pronome pessoal após eles, o 
verbo deve concordar com o pronome pessoal.
Alguns de nós participaremos da corrida.
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Muitos deles irão à festa sem fantasia.
O mesmo acontece com os pronomes interrogativos (qual, quais, quantos, quem etc.)
Quem de nós vai pagar o almoço?
Quais de nós vamos pagar o almoço?
O assunto CONCORDÂNCIA é muito extenso e complexo. Para um estudo mais completo, 
sugiro os livros indicados ao final deste material. Lá, vocês poderão encontrar mais detalhes 
e exemplos sobre concordância nominal e concordância verbal.
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AULA 4
ESTUDO DE ALGUMAS 
DIFICULDADES DA LÍNGUA 
PORTUGUESA
4.1 Os Porquês
Figura 2: Os Porquês. Fonte: https://designcomcafe.com.br/porque-o-cliente-cria-conexao-com-a-sua-marca/marca-porque%CC%82s/
4.1.1 Por que
Utilizamos no início de perguntas:
POR QUE você não foi à festa ontem?
Quando podemos colocar, antes ou depois de “por que”, a palavra motivo. Isso ocorre 
em perguntas indiretas. 
Quero saber POR QUE você não me ligou.
(Quero saber [o motivo] por que você não me ligou)
(Quero saber por que [motivo] você não me ligou)
Também usamos POR QUE, separado e sem acento, quando podemos substituir por 
PELO QUAL (PELOS QUAIS, PELA QUAL, PELAS QUAIS)
As situações difíceis POR QUE passamos nos ajudam a amadurecer. (PELAS QUAIS 
passamos)
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4.1.2 Por quê
Usamos no final de perguntas (diretas ou indiretas):
Você não foi POR QUÊ?
Você não foi e eu quero saber POR QUÊ.
4.1.3 Porque
Quando vamos explicar alguma coisa, dar um motivo.
Não vou sair porque preciso estudar.
Preciso de um computador novo porque o meu quebrou.
Ele não veio porque está doente.
4.1.4 Porquê
Utilizado, na maioria das vezes, com um artigo ou pronome (o/um/esse/este...)
Os homens brigaram sem ter um porquê.
Até agora não entendi o porquê da sua revolta.
OBS.: é a única forma que pode ir para o plural = os porquês 
4.2 Algumas palavras e expressões
Veremos, a seguir, algumas palavras e expressões que são confundidas com frequência.
4.2.1 Mal x Mau
MAL é oposto de BEM.
MAU é oposto de BOM.
Desse modo, é simples saber quando se usa MAL ou MAU. O que precisamos fazer é 
trocar a palavra por BEM ou por BOM.
Se o correto for trocar por BEM, devemos escrever a forma MAL (com L).
Se for necessário trocar pela palavra BOM, a forma correta é MAU (com U).
Veja os exemplos:
Ela é muito MAL-HUMORADA (BEM-HUMORADA)
Ela estava de MAU HUMOR (BOM HUMOR)
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4.2.2 Agente x A gente
AGENTE é um substantivo que designa uma pessoa que agencia, que atua. Existem, por 
exemplo, agentes de polícia, de saúde, agentes secretos etc.
O agente de saúde visitou as casas em busca de focos de dengue.
A GENTE é uma construção utilizada para substituir o pronome NÓS.
A gente precisa agendar uma reunião para a próxima semana.
(Nós precisamos agendar uma reunião para a próxima semana.)
Mas cuidado!!! Apesar de substituir o pronome NÓS, a forma verbal utilizada com A GENTE 
não é a mesma utilizada com esse pronome.
Veja:
A gente vai à festa amanhã.
Nós vamos à festa amanhã
A gente vamos à festa amanhã.* (ERRADO)
4.2.3 Mas x Mais
MAS indica oposição. É uma conjunção adversativa:
Preciso de um novo computador, mas não tenho dinheiro.
Dormi bastante, mas ainda estou cansado.
MAIS indica soma:
Precisamos de mais funcionários.
Gastei mais dinheiro este mês do que no mês passado.
4.2.4 Daqui a pouco x Agora há pouco
DAQUI A POUCO indica futuro. Portanto, usamos a preposição A nessa expressão, pois 
essa preposição indica tempo futuro.
A reunião começará daqui a pouco.
A expressão AGORA HÁ POUCO deve ser escrita com o verbo haver: HÁ”, pois esse verbo 
indica tempo passado.
A reunião começou agora há pouco.
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Anote isso
A “joga” o tempo para frente.
HÁ “joga o tempo para trás.
Ele está a 20 minutos daqui.
Eu o vi há 20 minutos.
No primeiro exemplo, ao dizer que ele está A 20 minutos daqui estamos dizendo que 
precisamos nos locomover durante 20 minutos para chegarmos até ele, ou seja, a 
preposição A indica tempo no futuro.
No segundo exemplo, eu o vi faz 20 minutos, ou seja, vinte minutos atrás. A forma 
verbal HÁ, indica tempo passado, ou seja, quanto tempo se passou desde que a ação 
aconteceu.
4.3 Uso dos pronomes pessoais
Vejamos, agora, uma dificuldade muito comum com relação ao uso dos pronomes pessoias: 
saber quando se usa EU e quando se usa MIM.
4.3.1 Eu x Mim
O pronome pessoal EU é um pronome do caso reto, ou seja, ele funciona como sujeito 
de uma oração:
Eu gosto muito de comer doces.
Pediram para eu fazer uma leitura mais detalhada do meu trabalho.
Perceba que nos exemplos acima, o pronome EU é sujeito dos verbos que o seguem. 
Na primeira frase, é sujeito de GOSTA (quem gosta? EU). Na segunda, é sujeito de FAZER 
(quem vai fazer a leitura? EU).
O pronome pessoal MIM é do caso oblíquo, ou seja, funciona como objeto. Além disso, é 
TÔNICO, devendo, portanto, ser utilizado após preposições. 
Veja: 
Esta situação é muito difícil para mim.
Para mim, fazer isso é praticamente impossível. (Fazer isso é praticamente impossível 
para mim)
Entre mim e você não há segredos.
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4.4 Dificuldades relacionadas à conjugação dos verbos: uso do 
futuro do subjuntivo de SER e ESTAR
Um erro muito comum na língua portuguesa é relacionado ao futuro do subjuntivo dos 
verbos SER e ESTAR.
A forma correta desses verbos no futuro do subjuntivo para as pessoas EU, VOCÊ e ELE 
(ELA, ELES, ELAS) é SEJA e ESTEJA. As palavras SEJE e ESTEJE não existem!!!
Espero que eu esteja certa.
Quero que você seja feliz.
Queremos que ele esteja aqui amanhã, às 8h.
4.5 Regência verbal
Alguns verbos apresentam problemas com relação à regência. Mas o que é REGÊNCIA 
VERBAL? Trata-se, grosso modo, do uso ou não de preposições após o verbo. Por exemplo, 
QUEM GOSTA GOSTA DE ALGUMA COISA. O verbo GOSTAR pede a preposição DE.
Vejamos agora alguns verbos que possuem significados diferentes, dependendo da regência:
4.5.1 Assistir
Assistir algo ou alguém significa dar assistência. Nesse caso, o verbo não pede preposição.
A enfermeira assistiu os pacientes.
Assistir A algo significa ser espectador. Nesse caso, o verbo pede a preposição A.
Nós assistimos à novela e depois fomos jantar.
Os torcedores assistiram ao jogo com esperança de que o resultado fosse positivo.
4.5.2 Aspirar
O verbo aspirar, sem preposição, tem o mesmo sentido de inalar, sugar.
A faxineira aspirou o pó.
Nós aspiramos o delicioso perfume das flores.
Quando seguido de preposição A, o verbo aspirar assume outro sentido. Nesse caso, 
significa almejar, desejar algo.
O funcionário aspira a um cargo mais alto na empresa.
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4.5.3 Implicar
O verbo implicar, seguido da preposição COM significa ter implicância com alguém:
O professor implicava muito com o aluno.
Quando utilizado sem preposição, esse verbo significa causar, acarretar:
A queda nas vendas implicou a demissão de alguns funcionários.
4.5.4 Precisar
Precisar, sem preposição significa indicar com precisão.
O médico precisou as doses de medicamentos que deveriam ser tomadas pelo paciente.
Precisar quando seguido da preposição DE, significa ter necessidade de alguma coisa.
Nós precisamos de mais tempo para a conclusão do projeto.
4.5.5 Visar
Visar algo significa ter como algo, mirar.
O bandido visou a vítima e atirou.
Visar A algo significa ter aquilo como objetivo.
Esta reforma visa a uma melhoria do nosso estabelecimento.
Anote isso
A regência do verbo preferir é preferir uma coisa A outra.
É errado dizer:
Prefiro salgado do que doce.*
O correto é dizer:
Prefiro salgado a doce.
4.6 Uso dos particípios duplos
O que é particípio?
Particípio é uma forma nominal dos verbos. Geralmente, é construído com as terminações 
-ADO e -IDO. 
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Amar = Amado
Falar = Falado
Comer = Comido
Entender = Entendido
Existem, no entanto, alguns verbos que possuem particípios IRREGULARES, que não 
possuem as terminações ADO e IDO. Vejamos alguns exemplos:
Fazer = Feito
Abrir = Aberto
Escrever = Escrito
Existe, ainda, um terceiro grupo de verbos que possui particípios duplos, ou seja, eles têm 
particípio regular e irregular. Como exemplo, podemos citar:
Imprimir = imprimido, impresso.
Pegar = pegado, pego.
Aceitar = aceitado, aceito.
Morrer = morrido, morto.
Enxugar = enxugado, enxuto.
Esses são apenas alguns exemplos. É possível consultar a lista completa na internet, 
buscando por VERBOS COM PARTICÍPIO DUPLO.
Quando o verbo possui as duas formas de particípio existem regras para usarmos um 
ou outro.
Os particípios REGULARES são utilizados com os verbos TER e HAVER.
Eles já tinham imprimido o documento.
Os IRREGULARES são utilizados com os verbos SER e ESTAR.
Os documentos foram impressos na semana passada.
Anote isso
O particípio do verbo CHEGARé CHEGADO. 
Não sabia que vocês já tinham chegado.
Não sabia que vocês tinham chego.* (ERRADO)
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AULA 5
CONJUNÇÕES
Conjunções são palavras que ligam orações. De acordo com Abreu (2018), “a função 
básica da conjunção é a de introduzir e relacionar orações. Dependendo das orações que 
introduzem, as conjunções se classificam em duas subclasses: conjunções coordenativas 
e conjunções subordinativas.” (ABREU, 2018, p. 402).
Nosso objetivo, nesta aula, é saber o sentido que cada conjunção expressa, a ideia que 
ela carrega consigo para não fazermos escolhas erradas na hora de falar ou escrever. Por 
isso, não vamos nos ater à diferenciação entre orações coordenadas e subordinadas.
5.1 Conjunções Coordenativas
As CONJUNÇÕES COORDENATIVAS se dividem em cinco categorias: aditivas, adversativas, 
alternativas, conclusivas e explicativas.
Veremos, a seguir, cada uma delas.
5.1.1 Aditivas
Iniciam uma oração que expressa uma ideia de adição/soma com relação à outra oração.
• E 
• Nem.
Fizemos a reforma da casa e compramos móveis novos.
Não foi à festa nem saiu com os amigos.
No segundo exemplo, temos a conjunção NEM. Essa conjunção sempre soma duas coisas 
negativas. Nós a utilizamos para dizer que as duas coisas não aconteceram: a pessoa não 
foi à festa e não saiu com os amigos.
Além das conjunções E e NEM existem algumas expressões que indicam adição:
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• Tanto...quanto
• Tanto...como
• Não só...mas também
• Não só...mas ainda
O bandido não só levou tudo o que a vítima tinha, mas também a agrediu, deixando-a 
gravemente ferida.
5.1.2 Adversativas
As conjunções adversativas expressam a ideia de oposição. Iniciam, portanto, uma oração 
que apresenta algo que se opõe à outra. Essas conjunções quebram expectativa, pois vão 
contra aquilo que foi dito na oração anterior.
 
• Mas
• Porém
• Contudo
• Todavia
• No entanto
• Entretanto
• Não obstante
 
Pedro quer abrir sua própria empresa, mas suas economias ainda não são suficientes.
O restaurante servia pratos deliciosos, porém estava sempre vazio.
5.1.3 Alternativas
Essas conjunções indicam alternância, ou seja, iniciam uma oração que se alterna com 
a outra.
• Ou...ou
• Ora...ora
• Seja...seja
• Quer...quer
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Ou você se esforça mais, ou não conseguirá se sair bem nas provas.
As conjunções alternativas aparecem duas vezes na frase, como vimos nos exemplos 
acima. A conjunção OU é a única que pode ocorrer apenas uma vez:
Você tem que se esforçar mais ou não conseguirá se sair bem nas provas.
5.1.4 Conclusivas
Essas orações trazem uma conclusão a partir do que está sendo dito na outra oração. A 
conclusão é, de certa forma, uma consequência da outra oração.
 
• Logo
• Pois
• Portanto
• Então
• Assim
• Por conseguinte
• Por isso
 
Não dormi direito, por isso estou com sono.
Gastei todo meu dinheiro, portanto não posso comprar mais nada este mês.
Estou muito estressada, logo tenho tido dificuldade para dormir.
5.1.5 Explicativas
As conjunções explicativas introduzem uma oração que explica a outra. 
• Pois
• Porque
• Que
• Porquanto
Não choveu, pois o chão está extremamente seco.
Ela deve ter trabalhado muito ontem, porque parece muito cansada.
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5.2 Conjunções Subordinativas
Existem nove tipos de conjunções SUBORDINATIVAS ADVERBIAIS.
5.2.1 Concessivas
Indicam algo que é oposto ao que foi dito na oração principal, mas não impede que a 
oração principal se realize.
Podemos pensar assim: as conjunções concessivas iniciam orações que trazem um fato 
que seria contrário à realização daquilo que é dito na oração principal.
No entanto, esse fato contrário não impede que aconteça aquilo que se diz na oração 
principal.
 
• Embora
• Ainda que
• Posto que
• Se bem que
• Conquanto
• Apesar de que
• Mesmo que
• Por mais que
 
Embora não pudesse gastar, comprei roupas novas.
Tive que ir ao supermercado apesar de não querer sair.
5.2.2 Condicionais
Essas conjunções iniciam orações que estabelecem uma condição para que aconteça 
aquilo que é dito na oração principal. É necessário que essa condição se realize para que a 
oração principal possa se realizar também. 
• Se
• Caso
• Uma vez que
• Desde que
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• Dado que
• Sem que 
• Contanto que
 
Desde que você não se atrase pode vir como quiser.
Se não nos apressarmos, perderemos o início do filme.
5.2.3 Consecutivas
Essas orações trazem uma consequência daquilo que está sendo dito na oração principal. 
Para ser CONSECUTIVA, a oração deve começar com QUE, e antes dele aparecer alguma 
palavra como “TAL, TANTO, TAMANHO”.
 
• Tal que
• Tanto que
• Tão que
• Tamanho que
 
Dormi tão tarde QUE não consegui acordar.
Ele estava tão atrasado QUE o ajudei a terminar o serviço.
O sucesso da banda é tamanho QUE eles viajarão para uma turnê no exterior.
5.2.4 Finais
Iniciam orações que indicam a finalidade da outra, que mostram com que objetivo foi 
realizada a ação expressa na outra oração. 
• Que
• Para que
• A fim de que
 
Estamos fazendo melhorias na empresa, a fim de que possamos atender melhor nossos 
clientes.
Você precisa para de fumar para que seu pulmão se recupere.
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5.2.5 Temporais
Expressam ideia de tempo com relação à outra oração. 
• Antes que
• Primeiro que
• Quando 
• Enquanto
• Todas as vezes que
• (de) cada vez que
• Sempre que
• Depois que
• Logo que
• Assim que
• Desde que
• Apenas
• Mal
• Eis que
• Senão quando
• Após o que
 
Assim que vocês chegarem daremos início à reunião.
Logo que ele saiu, você chegou.
Quando você me contou o que havia acontecido, eu entendi por que você estava tão triste.
5.2.6 Causais
Indicam a causa, o motivo daquilo que é dito na outra oração. 
• Porque
• Como
• Pois
• Porquanto
• Já que
• Uma vez que
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• Desde que
 
Eu estou com sono PORQUE não dormi direito.
Uma vez que gastei todo meu dinheiro, não posso mais comprar nada este mês.
Como estou muito estressada, tenho tido dificuldade para dormir.
5.2.7 Proporcionais
Essas orações estabelecem uma ideia de proporcionalidade com relação ao que é dito 
na oração principal.
 
• À medida que
• À proporção que
• Ao passo que
• Quanto mais
• Quanto menos
 
À medida que envelhecemos, nos tornamos mais sábios.
Quanto mais lemos, mais criativos ficamos.
5.2.8 Conformativas
Expressam ideia de conformidade. A principal conjunção conformativa é CONFORME. 
• Conforme
• Como
• Segundo
• Consoante
 
Faremos tudo conforme combinamos.
O trabalho deverá ser entregue até amanhã, como o professor pediu.
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5.2.9 Comparativas
Iniciam uma oração que estabelece uma comparação com a outra.
• IGUALDADE: Tão como, Tão quanto, Tanto como, Tanto quanto
• SUPERIORIDADE: Mais do que
• INFERIORIDADE: Menos do que
Minha irmã trabalha mais do que eu.
A nova peça de teatro não fez tanto sucesso quanto a anterior.
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AULA 6
CONSIDERAÇÕES SOBRE 
PONTUAÇÃO: O USO DA VÍRGULA
Uma vírgula pode mudar tudo. 
Se o homem soubesse o valor que tem a mulher viveria a seus pés.
Na frase acima, podemos adicionar vírgulas de modo que ela venha a ter dois sentidos 
diferentes.
Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher viveria a seus pés.
Essa seria a frasepreferida pelos homens.
Agora, para as mulheres, o melhor seria colocar a vírgula em outra posição.
Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, viveria a seus pés.
Como pudemos ver o simples deslocamento da vírgula confere um sentido totalmente 
diferente à frase. Por isso, é muito importante saber usá-la corretamente.
Nesta aula, veremos alguns dos casos em que devemos utilizar a vírgula e as situações 
em que é proibido utilizá-la.
6.1 Quando NÃO devemos usar vírgula? 
Existem duas situações em que é comum encontrarmos erro com relação à pontuação, 
devido ao fato de se colocar uma vírgula em um lugar onde ela não deve existir. Vejamos 
quais são essas situações.
6.1.1 Não se usa vírgula para separar SUJEITO e VERBO 
Vejam o exemplo:
O menino que mora na casa ao lado sofreu um acidente hoje.
O menino que mora na casa ao lado, sofreu um acidente hoje.* (ERRADO)
No exemplo acima, “o menino que mora na casa ao lado” é o sujeito do verbo “sofreu”. 
Para sabermos qual é o sujeito de uma oração, basta perguntar ao verbo: QUEM? Nesse 
caso, QUEM SOFREU? A resposta que obtemos é: O MENINO QUE MORA NA CASA AO LADO. 
Esse é, portanto, o sujeito. E o sujeito nunca deve ser separado do verbo por vírgula.
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6.1.2 Não se usa vírgula entre VERBO e seus COMPLEMENTOS
Analisemos as seguintes frases:
Dedico este poema a meu amigo Rubens.
A meu amigo Rubens dedico este poema.
A meu amigo Rubens, dedico este poema.* (ERRADO)
Em ambas as frases, MEU AMIGO RUBENS é objeto do verbo DEDICAR. Quem dedica 
dedica alguma coisa (OBJETO DIRETO) a alguém (OBJETO INDIRETO). Dedico este poema 
(OBJETO DIRETO) a meu amigo Rubens (OBJETO INDIRETO). Como A MEU AMIGO RUBENS 
é objeto indireto, não podemos separá-lo do verbo com vírgula, mesmo quando fazemos a 
inversão da frase (segundo exemplo).
Vejamos mais exemplos:
Compramos um presente, para nossa avó.*
Comunicamos, aos pais, que os alunos seriam dispensados devido à falta d’água.*
As frases acima estão incorretas porque, na primeira, temos o objeto direto (um presente) 
separado de seu verbo (compramos) por vírgulas, e isso não pode acontecer. Já no segundo 
exemplo, o objeto (aos pais) é que está separado por vírgulas do verbo COMUNICAR, o que 
também não pode ocorrer, pois como já dissemos anteriormente, não podemos separar os 
complementos de seus verbos por vírgulas.
Portanto, a escrita correta das frases acima seria:
Compramos um presente para nossa avó. 
Comunicamos aos pais que os alunos seriam dispensados devido à falta d’água.
6.2 Alguns casos em que devemos usar vírgula
Vejamos, a seguir, alguns casos em que é obrigatório o uso da vírgula.
6.2.1 Adjuntos adverbiais
Os adjuntos adverbiais são palavras que apresentam informações não essenciais ao 
verbo, tais como tempo, lugar, modo etc.
Vejamos alguns exemplos.
Maria comprou uma bolsa na nova loja ontem.
As informações essenciais ao verbo COMPRAR são o SUJEITO (QUEM COMPROU) e 
o OBJETO DIRETO (O QUE FOI COMPRADO). As outras informações presentes na frase 
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(NA NOVA LOJA e ONTEM) não são essenciais, ou seja, se elas fossem excluídas, a frase 
continuaria a ter sentido.
Essas informações são, portanto, ADJUNTOS ADVERBIAIS. NA NOVA LOJA, é um adjunto 
adverbial de lugar, pois indica a localidade onde a bolsa foi comprada. ONTEM é adjunto 
adverbial de tempo, pois indica quando a ação foi realizada.
Existe uma posição padrão para o uso de advérbios na frase: o fim da frase.
No entanto, eles podem se deslocar ficando em uma posição diferente do padrão. Nesse 
caso, quando há deslocamento, os advérbios devem vir entre vírgulas.
Vejam os exemplos a seguir.
Todos são muito felizes aqui.
Aqui, todos são muito felizes.
Todos, aqui, são muito felizes.
Todos são, aqui, muito felizes.
Na primeira frase não utilizamos vírgula para separar o adjunto adverbial AQUI porque 
ele está em sua posição padrão: o fim da frase.
Nos outros exemplos, o adjunto foi deslocado e, por isso, precisou ser escrito entre vírgulas.
6.2.2 Antes da conjunção E
Se estamos enumerando coisas não devemos utilizar vírgula antes da conjunção E.
Compramos roupas, sapatos, perfumes e bolsas.
Quando a conjunção E é utilizada em orações aditivas com o mesmo sujeito, não deve 
ser precedida por vírgula. 
O motorista não estava prestando atenção e avançou o sinal vermelho.
No entanto, se temos sujeitos diferentes utilizamos vírgula antes da conjunção E.
Sandra ficou encarregada da decoração e Marcos se ofereceu para cuidar das comidas 
e bebidas.
Nesse último exemplo, o sujeito da primeira oração é SANDRA e o sujeito da segunda é 
MARCOS. Por isso, a vírgula foi utilizada antes da conjunção E.
6.2.3 Conjunções coordenativas
Quando as conjunções coordenativas se deslocam, na oração, para uma posição que não 
seja o início dela, devem ser escritas entre vírgulas.
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Gostaríamos de ampliar as instalações da empresa, no entanto não temos dinheiro para 
fazer isso agora.
Gostaríamos de ampliar as instalações da empresa; não temos, no entanto, dinheiro para 
fazer isso agora.
Gostaríamos de ampliar as instalações da empresa; não temos dinheiro, no entanto, para 
fazer isso agora.
Gostaríamos de ampliar as instalações da empresa; não temos dinheiro para fazer isso 
agora, no entanto.
No primeiro exemplo, a conjunção NO ENTANTO está no início da oração e, por isso, não 
está entre vírgulas. Nos outros exemplos, como ela foi deslocada, foi necessário colocar 
vírgulas antes e depois dela. No último caso, apenas antes, devido ao fato de ela estar no 
fim da oração, pois devemos encerrar uma oração com ponto final.
6.2.4 Aposto explicativo
Aposto explicativo é, segundo Abreu (2002) “o termo da oração que modifica um outro, 
identificando-se com ele” (ABREU, 2002, p. 98).
Juscelino Kubitschek, ex-presidente do Brasil, morreu em um acidente automobilístico 
em 1976.
No exemplo acima, EX-PRESIDENTE DO BRASIL é um aposto explicativo, pois modifica 
Juscelino Kubitschek e é ele, ou seja, identifica-se com ele. Por isso, foi escrito entre vírgulas. 
6.2.5 Vocativo
Vocativos são palavras que utilizamos para chamar alguém e essas palavras devem vir 
separadas do restante da frase por vírgulas.
Vejamos os exemplos a seguir:
Carlos, precisamos ir agora.
Bom dia, pessoal!
Meninos, o que vocês querem comer no almoço?
6.2.6 Algumas expressões
De acordo com Abreu (2018), expressões explicativas ou de retificação devem ser escritas 
entre vírgulas. Segundo o autor “expressões como além disso, inclusive, isto é, a saber, aliás, 
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outrossim, com efeito, etc. formam blocos prosódicos destacados dentro da frase e, por 
esse motivo, são separadas por vírgulas, na escrita. (ABREU, 2018, p. 560)
6.2.7 Orações adjetivas explicativas
As orações adjetivas se dividem em RESTRITIVAS e EXPLICATIVAS. As EXPLICATIVAS 
devem vir entre vírgulas. É isso que as distingue das RESTRITIVAS.
Vejamos os exemplos:
As flores, que estão podres, devem ser descartadas.
As flores que estão podres devem ser descartadas.
Na primeira frase temos uma oração adjetiva EXPLICATIVA. Nesse caso, estamos dizendo 
que todas as flores estão podres e todas elas devem ser descartadas.
No segundo exemplo, a ausência de vírgulas dá à frase um sentido totalmente diferente. 
Nesse caso, temos uma oração adjetiva RESTRITIVA e o que se diz é que apenas algumas 
flores estão podres e apenas elas devem ser descartadas.
6.2.8 Tópicos de orações
Às vezes trazemos para o início da frase um elemento que será mencionado posteriormente, 
com o intuito de destacá-lo, de dar ênfase a ele. Chamamos isso de TOPIZALIZAÇÃO. Quando 
temos um TÓPICO em uma oração,ele dever ser separado por vírgula:
Café, eu gosto muito de café.
6.2.9 Elipse de verbo
Quando um verbo não está escrito, mas está subentendido na frase, dizemos que se trata 
de uma elipse. Para marcar essa elipse do verbo, devemos usar vírgula.
Comprei uma bolsa. Minha irmã, um casaco. (minha irmã comprou um casaco)
Fiz o almoço. Minha mãe, a janta. (minha mãe fez a janta)
Gosto de verde. Ele, de amarelo. (ele gosta de amarelo)
Esses são alguns casos relacionados ao uso da vírgula que podem nos ajudar muito na 
hora da escrita, de modo que deixemos de usá-la de modo incorreto. Para mais detalhes, 
sugiro consulta aos livros indicados ao final deste material.
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CONCLUSÃO
Ao longo de nossas aulas, pudemos aprender algumas das questões gramaticais que 
podem nos confundir muito na hora de escrever e, muitas vezes, de falar.
Esperamos que com este curso, você, aluno, tenha conseguido sanar muitas dúvidas e que 
esteja, agora, mais preparado para a vida acadêmica e, também, para o mercado de trabalho.
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ELEMENTOS COMPLEMENTARES
LIVRO
 
Disponível em: https://www.amazon.com.br/Curso-Reda%C3%A7%C3%A3o-Ant%C3%B4nio-Suarez-Abreu/dp/8508091389
Título: Curso de Redação
Autor: Antônio Suárez Abreu
Editora: Editora Ática
Sinopse: Trata-se de um livro que serve de guia para aqueles que querem melhorar sua 
habilidade de escrever textos, observando padrões estruturais e correção gramatical.
 
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Disponível em: https://www.amazon.com.br/Gram%C3%A1tica-integral-l%C3%ADngua-portuguesa-Funcional/dp/8574807877
Título: Gramática Integral da Língua Portuguesa: uma visão prática e funcional.
Autor: Antônio Suárez Abreu
Editora: Atelíê Editorial
Sinopse: Este livro possui uma visão prática e funcional da gramática da língua portuguesa, 
podendo ajudar os leitores a ver a gramática de uma forma diferente daquelas apresentadas 
pelos gramáticos tradicionais. O livro esclarece muitas coisas, mostrando-a de uma maneira 
diferente, ligada ao uso da língua em nosso dia a dia.
https://www.amazon.com.br/Gram%C3%A1tica-integral-l%C3%ADngua-portuguesa-Funcional/dp/8574807877
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REFERÊNCIAS
ABREU, A.S. Curso de Redação. 11. ed. São Paulo: Editora ática, 2002.
ABREU, A.S. Gramática Integral da Língua Portuguesa: uma visão prática e funcional. 
São Paulo: Ateliê Editorial, 2018.

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