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Teoria do Ordenamento Jurídico - Norberto Bobbio Em sua obra “Teoria do Ordenamento Jurídico”, o filósofo político e historiador do pensamento político Norberto Bobbio, procura explorar as peculiaridades e atipias relacionadas a todo ordenamento jurídico, como o próprio nome sugere, deixando clara a ideia por trás disto e explanando o fato de se fazer necessário sabedoria por parte de um teórico jurídico para manusear e aplicar corretamente as normas jurídicas, estas não podendo existir em isolamento. Ainda no começo de sua obra, Bobbio defende a ideia que um teórico jurídico necessita ter alto calibre de estudo e pesquisas, com o objetivo de discutir o sistema normativo em si, a fim de ampliar o entendimento sobre o ordenamento em sua essência, não se firmando a pequenezas que dele fazem parte. O autor ainda critica os tratados de Thon e Biding - sendo apontados por teóricos da norma - quando afirma que “Com isso não se quer dizer que faltasse àquelas obras a análise de alguns problemas característicos de uma teoria do ordenamento jurídico, mas tais problemas vinham misturados a outros e não eram considerados merecedores de uma análise separada e particular.”. Convém lembrar ainda que, como Bobbio explana nesta citação, que o mesmo acata a importância do estudo em relação a norma isolada, deixando claro suas limitações segundo ele. Ainda sobre isso, Norberto Bobbio afirma que há, simplesmente, duas normas hipotéticas, onde a primeira é baseada em um ato no qual o desígnio se torna subjugar algo. Em contrapartida, a segunda forma trata-se da consequência jurídica derivada de um fato jurídico. Tais normas podem ser retratadas como o ilícito e a sanção, respectivamente. O critério material é o nome que o filósofo político deu ao segundo critério normativo, que abrange a ideia de que se pode retirar do conteúdo das normas jurídicas. Portanto, tal critério abrange até mesmo as ações possíveis de um indivíduo, uma vez que tudo que pode ser regulamentado pelas normas é subjugado por ele. Ademais, Bobbio para para o leitor que compreende que tais normas são inexequíveis, uma vez que seria absurdo, em certos âmbitos, regular a vida humana de tal forma que seria impossível se adequar e cumprir com tais abdicações. Referência Bobbio, Norberto. Teoria do Ordenamento Jurídico. 10ª edição. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999.184p.
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