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Tratamento térmico do lixo Os resíduos biogênicos podem ser compostados, enquanto os resíduos fósseis e inorgânicos podem passar por reciclagem. O tratamento térmico a alta temperatura é feito considerando uma temperatura superior a 500°C, nele ocorre a destruição ou remoção de matéria orgânica, reduz-se cerca de 70% da massa e 90% do volume e há um aproveitamento de energia. O tratamento térmico a baixa temperatura é realizado numa temperatura de 100°C, é feita a assepsia do resíduo de serviço de saúde, não há alteração de massa e matéria orgânica e há redução do volume. No tratamento térmico a alta temperatura é feita a incineração dos resíduos, tendo o ar como agente oxidante e uma temperatura superior a 800°C. Na decomposição térmica de resíduos os teores de oxigênio ficam abaixo do estequiométrico, gerando uma quantidade de ar necessária para a combustão completa do resíduo, em temperaturas de aproximadamente 600°C. Entre as técnicas exista a pirálise, gaseificação e liquefação. O tratamento térmico é um processo que visa a redução do peso, volume e/ou das características de periculosidade dos resíduos, com a consequente eliminação da matéria orgânica e/ou características originais, através da decomposição térmica em ambiente controlado. A incineração consiste na decomposição térmica da matéria orgânica via oxidação com o ar atmosférico (queima), na câmara/grelha a principal a temperatura é de no mínimo 800ºC e os gases passam por câmara (chama secundária, pós-queima), a 1.200 º C . É o processo térmico mais praticado, com enfoque para resíduos domiciliares e especiais, como por exemplo, resíduos que tenham componentes patogênicos. Este processo ganhou mais destaque a partir da identificação dos riscos de emissão de poluentes persistentes. Os maiores riscos estão em resíduos contendo enxofre, cloro, flúor e bromo. Alguns estudos técnicos são obrigatórios para se fazer incineração. É preciso que se faça os projetos básicos de detalhamentos, estudos ambientais, análise de risco, plano do teste de queima, plano de contingência e plano de emergência. A pirólise apresenta algumas vantagens competitivas como a redução entre 50% e 90% na massa dos resíduos processados, evita formação de metano e percolados (chorume) nos resíduos processados, se aterrados; possibilidade de aplicação do produto carbonizado em outros processos (geração de energia em termoelétricas, sinterização); maior segurança ambiental e menor risco de corrosão dos componentes; menor resistência quanto à implantação/licenciamento; componentes mecânicos com 100% de nacionalização; possibilidade de obtenção de CER’s (certificados de emissões reduzidas). As principais limitações da geração de energia com processos térmicos envolvem custo elevado das instalações, operação mais tecnificada, exigindo pessoal mais qualificado; alta umidade e natureza biogénica dos RSU no Brasil, menor poder calorífico, deficiência na combustão ou incremento pela adição de resíduos energéticos, entre outras.
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