Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Prof. Dr. Marcos Baroncini Proença Princípios de Processos Químicos Industriais Aula 5 Conversa Inicial Iremos abordar os tratamentos de água, sua reutilização e dos tratamentos dos resíduos industriais líquidos, gasosos e sólidos Assim, ao final, você terá visto conceitos técnicos referentes ao tratamento de água e de resíduos, os quais serão aprofundados nas disciplinas específicas para que possa desenvolver competências e habilidades necessárias para sua vida profissional Conversa Inicial Processos de tratamento de água industrial Há necessidade de tratamento de água industrial principalmente para a geração de vapor em caldeiras Para ser usada em caldeiras, a água deve atender a algumas propriedades, como não ter ou ter uma mínima quantidade dissolvida de sais, óxidos e de oxigênio; estar isenta de sólidos e materiais orgânicos em suspensão; além de ter pH de neutro a preferencialmente alcalino Justificativa Além disso, a água condensada no processo industrial é realimentada nas caldeiras, necessitando de um eficiente controle e tratamento, pois é justamente a contaminação por impurezas do condensado que causa maiores danos em caldeiras Justificativa 2 Tratamentos preliminares visam a eliminar, em um primeiro momento, as impurezas mais grosseiras, tais como turbidez, sólidos em suspensão e material orgânico. Posteriormente, há necessidade de eliminar substâncias e gases dissolvidos Esses tratamentos são a clarificação e filtração, o processo de troca iônica, o abrandamento e a desmineralização Tratamentos preliminares A clarificação elimina as substâncias suspensas na água É feita por um processo de coagulação e floculação das impurezas, por ação de agentes coagulantes e floculantes, como o sulfato de alumínio e outros Ocorre por processos eletrostáticos, fazendo com que as impurezas se unam e formem um composto maior e mais denso, sedimentando no leito Clarificação e filtração É feita em lagoas de decantação ou em decantadores Subsequentemente à clarificação, ocorre a filtração, normalmente por meio dos filtros que operam por gravidade ou pressão Clarificação e filtração Demandas Fig. 1. Lagoa de Decantação Industrial e decantador (Fonte: BAKOFTECH Engenharia- http://bakofengenharia.com.br/linhas/3/produto/15). Chris worldwide/Shutterstock CRÉDITO: JEFFERSON SCHNAIDER O tratamento de troca iônica remove os íons dissolvidos, responsáveis por incrustações e corrosões. Nesse tratamento, resinas de troca iônica retiram íons da água que escoa por elas. As resinas podem ser catiônicas e aniônicas. As catiônicas retêm íons positivos como Ca2+ e Mg2+. As aniônicas retêm íons negativos como o Cl- e SiO3-2 Troca iônica Como desvantagem, o processo de troca iônica tem um fixo relativamente elevado (principalmente o custo das resinas) e envolve o uso e o manuseio de produtos químicos perigosos (ácido muriático e soda cáustica) para regeneração dos leitos Troca iônica 3 Este tratamento ocorre em colunas de resinas de troca iônica Troca iônica Fig.2. Colunas de Resinas de Troca Iônica CRÉDITO: JEFFERSON SCHNAIDER É o tratamento de troca iônica com a finalidade específica de retirar os íons Ca2+ e Mg2+ da água, por troca iônica com uma resina que possui íon H+ Ficarão retidos na resina os íons cálcio e magnésio, e o hidrogênio se incorporará a água Abrandamento É um tratamento que retira todos os íons positivos e negativos da água, por meio da passagem por uma coluna de abrandamento e posterior passagem em uma coluna de troca de íons aniônica São removidos da água a sílica, os silicatos solúveis, carbonatos, sulfatos e até cloretos Desmineralização Algumas vezes, por condições de operação da planta, há necessidade de tratamentos mais específicos ou da complementação de algum tratamento preliminar Tratamentos complementares É um tratamento usado em duas situações: Contaminação por óleo ou ferrugem, frequentemente em água de condensação Complementação ao tratamento de clarificação, devido a uma grande vazão de água industrial requerida pela planta Flotação Fisicamente funciona por redução de densidade das impurezas por meio da união das bolhas de ar às partículas sólidas e óleos, aglomerando essas impurezas na forma de uma espuma, que é então retirada mecanicamente ou por vertedouro com boia de nível A água tratada, mais densa, sai pela parte inferior do flotador Flotação 4 Esse tratamento é feito em flotadores verticais e horizontais Os flotadores verticais são mais compactos, mas consomem mais energia, trabalhando com ar dissolvido (microbolhas) Os horizontais têm consumo baixo de energia, por trabalharem com ar disperso (bolhas maiores), mas ocupam um maior espaço na planta Flotação Flotação Fig.3. Flotador vertical CRÉDITO: JEFFERSON SCHNAIDER É usado para tratar águas condensadas contaminadas com óleos Ocorre por diferença de densidade, usando a tendência do óleo flutuar na água É feito em separadores água-óleo, que contêm recheios de pratos inclinados oleofílicos, os quais aglutinam as gotas em gotas maiores e com maior velocidade de ascensão, que seguem para a superfície da água A água tratada sai pelo fundo do separador Separação água-óleo Separação água-óleo Fig.4. Separador água-óleo. CRÉDITO: JEFFERSON SCHNAIDER Reutilização de água Hoje é de importância fundamental não só o adequado controle da água usada em processos industriais, buscando evitar ao máximo desperdícios, mas também a adoção de água de reuso da melhor forma possível, dentro de características e qualidade requeridas para um determinado processo industrial O reuso de água de efluentes de atividades realizadas na própria indústria pode ser de duas formas: reuso em cascata e reuso de efluentes tratados Reutilização de água 5 O efluente gerado em um determinado processo industrial, ou a mistura do efluente com água de qualquer outro sistema de coleta convencional, é usado no processo subsequente, desde que atenda aos requisitos de qualidade definidos para o processo O uso da mistura com água de outro sistema é adotado quando o efluente atende aos requisitos exigidos para uma determinada aplicação, mas sua vazão não atende à demanda total Reuso em cascata Uma das preocupações referentes à água de reuso é que os tratamentos dos efluentes geralmente não retiram os compostos inorgânicos solúveis Para o controle desses compostos nos ciclos de reuso, a análise do SDT (sólidos dissolvidos totais) deve ser usada Reuso de efluentes tratados Os valores obtidos nessa análise determinam a porcentagem máxima de reuso possível Em alguns casos é necessário tratá-lo Esse tratamento pode inclusive ser o mesmo usado para a água industrial convencional Reuso de efluentes tratados Vem crescendo o uso de águas pluviais junto com as águas de reuso, por apresentarem qualidade melhor que os efluentes usados para o reuso, com custo relativamente baixo da estrutura para sua coleta e armazenamento, aproveitando as extensas áreas de cobertura e pátios industriais para a captação Estudos sobre as séries históricas de índices pluviométricos diários e da área de cobertura e pátios, bem como da área disponível para instalar reservatórios, definirão o uso ou não das águas pluviais Águas pluviais Águas pluviais Fig.6. Sistema de captação e reservatório de águas pluviais. CRÉDITO: JEFFERSON SCHNAIDER Processos de tratamento de resíduos líquidos industriais 6 Existe uma série de parâmetros de controle de poluição para lançamento de efluentes líquidos industriais Diversos tratamentos foram desenvolvidos levando em conta as características físicas, químicas e biológicas dos contaminantes a serem removidos, originados das operações unitárias da produção industrial Esses tratamentos podem ser por processos físicos, químicos e biológicos Introdução São os processos que removem os sólidos ou outros contaminantes dos efluentes através de separações físicasOs sólidos mais grosseiros são retirados por gradeamento, peneiramento e sedimentação Processos físicos Outros tipos de contaminantes, como óleos e gorduras, pós, açúcares e outros, são retirados por caixas separadoras de óleos e gorduras, sedimentação e flotação Suspensões coloidais contendo substâncias orgânicas e inorgânicas, bem como microrganismos são retirados por processos de filtração em areia ou em membranas Processos físicos Processos físicos Fig.7. Gradeamento de efluentes. Fig. 8. Peneiramento com peneira circular. ANUPONG RAJSUPA/ShutterstockCRÉDITO: JEFFERSON SCHNAIDER Fazem uso de produtos químicos para a remoção de impurezas dos efluentes por coagulação e floculação Fazem a regulagem da acides ou basicidade dos efluentes por neutralização de pH Fazem retirada de metais por oxidação e redução As operações unitárias de tratamento de resíduos são as de clarificação, precipitação, oxidação e redução, troca iônica a cloração Processos químicos A oxidação é feita insuflando ozônio em um tanque para remoção de cianetos, sendo usada também para a desinfecção A redução é usada, dentre outras aplicações, para remoção do cromo hexavalente A cloração é usada para desinfecção e quase sempre antecede uma fluoretação Processos químicos 7 Processos químicos Fig.9. Tanques de cloração e fluoretação. CRÉDITO: JEFFERSON SCHNAIDER Têm o objetivo de fazer a digestão da matéria orgânica dissolvida, transformando-a em lodo, biofertilizante e biogás É frequentemente usada para tratamento de esgoto industrial e também para efluentes da agroindústria e indústria madeireira Esse tratamento pode ser por processos aeróbios, mistos e anaeróbios Processos biológicos A digestão da matéria orgânica é feita por bactérias aeróbicas, sendo os principais meios de tratamento os lodos ativados, que podem ser convencionais ou de aeração prolongada Após ser tratado, o efluente segue para um decantador secundário, para que seja separado o efluente tratado do lodo O lodo é reenviado ao tanque para o que se chama de estabilização do sistema O efluente tratado fica sobrenadante e é descartado para o corpo receptor Processos biológicos aeróbios Parte da matéria orgânica é retirada antes do tanque de aeração, por meio do decantador primário Depois segue para o tanque de aeração e em seguida para o decantador secundário, de onde é recirculado o lodo para estabilização O efluente tratado sobrenadante segue para o corpo receptor Lodos ativados com aeração convencional Lodos ativados com aeração convencional Fig.10. Tratamento por lodo ativado com aeração convencional. CRÉDITO: MARCOS BARONCINI PROENÇA Não há a presença do decantador primário, pois os sólidos irão sedimentar com o lodo no tanque de aeração A estabilização do lodo ocorrerá também no tanque de aeração O efluente segue então para um decantador secundário, de onde parte do lodo recircula e o efluente tratado sobrenadante segue para o corpo receptor Lodos ativados de aeração prolongada 8 Lodos ativados de aeração prolongada Fig.11. Tratamento por lodo ativado com aeração prolongada. CRÉDITO: MARCOS BARONCINI PROENÇA A biodigestão é feita por bactérias que passam de aeróbicas para anaeróbias em filtros biológicos, biodigestores e por algumas lagoas chamadas facultativas Processos biológicos mistos É constituído de um leito que pode ser de pedras, podendo também ser de ripas ou material polimérico O efluente é aspergido sobre esse leito por meio de braços rotativos e o percola, alimentando bactérias Na alimentação atua como tratamento biológico aeróbio, mas, na medida que percola e parte da matéria orgânica fica retida no fundo do leito, atua como tratamento biológico anaeróbio Pode ser de baixa carga e de alta carga Filtro biológico Filtro biológico Fig.12. Filtro biológico. Distribuidor Rotativo da Life Saneamento instalado na cidade de Itambacuri/MG. CRÉDITO: https://www.lifesaneamento.com.br/produto/ distribuidor-rotativo-para-filtro-biologico/376 Devido à baixa vazão do efluente, o lodo sai parcialmente estabilizado Embora ocupe uma maior área e apresente a necessidade de um bom controle da vazão do efluente, consome menos energia e é de fácil operação Filtros biológicos de baixa carga O lodo não sai estabilizado A área ocupada é menor que a de baixa carga e a carga de DBO aplicada é maior Há uma possibilidade de o leito secar no período no qual a planta industrial esteja parada, sendo assim promovida a recirculação do efluente Filtros biológicos de alta carga 9 Ocorrem em lagoas anaeróbias e biodigestores Como as reações anaeróbias são mais lentas que as reações aeróbias, o processo de remoção da matéria orgânica se torna mais demorado As etapas dessa digestão são a acetogênese, transformando a matéria orgânica em cadeias menores, e a metanogênese, gerando o gás metano Geram biofertilizante e biogás Processos biológicos anaeróbios Utiliza uma área pequena comparativamente às outras lagoas Todo processo de digestão de matéria orgânica ocorre na ausência de oxigênio A profundidade da lagoa é de grande importância para o processo, por evitar a fotossíntese pela penetração da luz solar, garantindo assim as melhores condições para as bactérias anaeróbias fazerem a digestão da matéria orgânica Lagoas anaeróbias Lagoas anaeróbias Fig. 13. Lagoa anaeróbia. CRÉDITO: JEFFERSON SCHNAIDER Processos de tratamento de resíduos sólidos industriais Embora boa parte do tratamento dos resíduos sólidos industriais seja a destinação correta ou incineração, há hoje tecnologias que, além de neutralizar as propriedades poluentes que possam ter, convertem tais resíduos em produtos de valor agregado Introdução Os tratamentos podem ser mecânicos, biológicos e térmicos Os tratamentos mecânicos, como trituração e moagem, filtração, decantação, destilação, evaporação e outros, já foram vistos anteriormente Introdução 10 A ação de bactérias e fungos que se alimentam de resíduos orgânicos transformam esses resíduos em produtos de valor agregado, como fertilizantes biológicos e biogás Vem aumentando a importância desse tipo de tratamento principalmente na agroindústria e na indústria florestal e madeireira Pode ser por compostagem ou por biodigestão Tratamento biológico Bactérias aeróbicas e fungos fazem a digestão de matéria orgânica na presença de oxigênio, pela constante movimentação da matéria orgânica nas chamadas leiras de compostagem Essa digestão biológica transforma os resíduos orgânicos em humus, um fertilizante natural rico em micronutrientes Ocorre em três etapas: mesofílica, termofílica e maturação Compostagem Mesofílica: bactérias e fungos mesófilos, ou seja, que são ativos em temperaturas médias (em torno de 40 °C), digerem resíduos orgânicos de cadeias carbônicas menores. Essa etapa dura até 15 dias Compostagem Termofílica: bactérias e fungos termófilos, ou seja, que são ativos em elevadas temperaturas (que podem chegar a 70 °C) digerem resíduos orgânicos de cadeias carbônicas mais complexas, gerando temperaturas e pH ácido que eliminam agentes patógenos da leira. Essa etapa dura até dois meses Maturação: a atividade das bactérias e fungos diminui, reduzindo assim a temperatura e a acidez do humus, finalizando a digestão biológica Compostagem Compostagem Fig.14. Usina de compostagem CRÉDITO: JEFFERSON SCHNAIDER Resíduos orgânicos triturados são enviados para um biodigestor, em que sofrerão primeiro uma digestão aeróbica, gerando gás carbônico (CO2) e hidrogênio (H2) e eliminando patógenos. À medida que o CO2 vai sendo gerado, o oxigênio do meio vai sendo consumido, até que o meio fica anaeróbio Biodigestão 11 Nesse momento, as bactérias se transformam em anaeróbias e começam a converter o CO2 e o H2 presentes no meio em gás metano (CH4) Sairão, então, como produtos finais do biodigestor, o biogás formado por mais de 80% de gás metano e o biofertilizante ricoem micronutrientes e livre de contaminantes e patógenos Biodigestão Biodigestão Fig.15. Biodigestores CRÉDITO: JEFFERSON SCHNAIDER Pela ação do calor, os resíduos sólidos sofrem alterações físicas e químicas, transformando-se em produtos inertes apropriados para descarte ou em produtos de valor agregado Os tratamentos térmicos podem ser: incineração, pirólise e plasma Tratamento térmico Incineração: ocorre a reação de combustão total ou parcial de resíduos sólidos combustíveis, em temperaturas que variam entre 850 °C e 1300 °C, resultando em até 90% de redução de seu volume e eliminando contaminantes e patógenos. A cinza inerte gerada é destinada a aterros ou para fábricas de cimento, e a escória gerada é destinada para metalúrgicas ou siderúrgicas Tratamento térmico Pirólise: ocorre a decomposição da matéria orgânica por ação de temperaturas em torno de 450 °C, sem a presença do oxigênio. Gera mais energia do que consome, sendo assim autossustentável, e também gera gás combustível, óleo combustível, alcoóis, alcatrão e outros Tratamento térmico Plasma: ocorre a desintegração do resíduo sólido, transformando-se em gases ionizados que, após tratados, seguem para uma usina termoelétrica para geração de energia elétrica. É um tratamento muito caro e, portanto, necessitaria de uma grande quantidade de resíduos sólidos para se tornar viável economicamente Tratamento térmico 12 Processos de tratamento de resíduos gasosos industriais São de conhecimento geral os efeitos que gases industriais sem o devido tratamento geram ao meio ambiente, além das doenças que geram na população próxima a suas emissões para a atmosfera O tratamento de resíduos gasosos industriais é fundamental para que sua contaminação na atmosfera seja nula ou minimamente prejudicial ao meio ambiente e ao ser humano Introdução Os principais tratamentos são por precipitação, absorção, adsorção, oxidação térmica regenerativa e redução catalítica seletiva Introdução Ocorre a separação de partículas sólidas e líquidas da corrente gasosa, forçando sua sedimentação por ações físicas usando a gravidade, a inércia, a força centrífuga e a ação eletrostática Precipitação Precipitação por gravidade: por meio de uma ampliação na área da seção transversal do duto ou equipamento por onde está circulando, a velocidade da corrente gasosa é diminuída, e, com isso, as partículas mais pesadas e maiores acabam precipitando para fora da corrente Precipitação Precipitação por inércia: são colocados obstáculos na direção de circulação do fluxo da corrente gasosa, gerando uma alteração brusca no sentido de escoamento do gás e, devido à inércia das partículas sólidas ou líquidas que estão sendo arrastadas, chocam-se com os obstáculos e precipitam para fora da corrente Precipitação 13 Precipitação por força centrífuga: é gerada uma corrente ascendente circular, de forma que é gerada uma força centrífuga que leva as partículas sólidas ou líquidas a se chocarem com as paredes do equipamento, precipitando para fora da corrente gasosa Precipitação eletrostática: as partículas sólidas e líquidas adquirem uma carga elétrica por ionização e, posteriormente, por ação de um campo elétrico, aglomeram-se e precipitam para fora da corrente Precipitação Um contaminante presente no efluente gasoso é transferido de uma corrente gasosa para um solvente, normalmente uma solução ou um líquido, podendo permanecer dissolvido ou reagir com o solvente Posteriormente, se houver valor agregado do soluto, como bicarbonatos, sais de amina, entre outros, esse contaminante pode ser recuperado Absorção A água é um solvente universal disponível e de custo razoável, sendo o solvente mais usado nesse processo de tratamento dos efluentes gasosos. Porém, a maioria dos contaminantes gasosos tem solubilidade limitada em água, acarretando um grande volume de lavagem para sua remoção, tornando necessário o processo de recuperação e reuso da água para diminuição dos custos Absorção Íons de moléculas de uma corrente gasosa são atraídos e ficam retidos da superfície de resinas aniônicas e catiônicas Também pode ser física, em que os contaminantes ficam retidos nos poros presentes em um sólido, sendo que o sólido mais comumente usado é o carvão ativo Adsorção Oxidação dos compostos orgânicos arrastados pelas correntes dos efluentes gasosos em uma câmara de combustão, com temperatura em torno de 750 °C Esse processo é bastante interessante economicamente, devido a um bom reaproveitamento da energia térmica Chega a atingir mais de 90% de eficiência Oxidação térmica regenerativa Por ser um processo caro, é usada mais para tratamento de efluentes gasosos de fornos de incineração que trabalham com grandes volumes de rejeitos Basicamente é usado para reduzir gases NOx, sendo essa reação catalisada por zeólitos, platina e ródio a uma temperatura entre 250 °C e 300 °C Com esses catalisadores, a redução chega a mais de 90% Redução catalítica seletiva
Compartilhar