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Leitura e compreensão textual
Cristiane Rodrigues de Oliveira
Introdução
Nesta aula, compreenderemos a leitura como um processo de interação social. Além disso, 
entenderemos que existem algumas capacidades cognitivas, por parte do leitor, que interferem 
diretamente na percepção dos textos lidos. Por fim, conheceremos, algumas técnicas que permi-
tem construir uma prática efetiva durante o processo de leitura dos mais diversos textos. 
Objetivos de aprendizagem 
Ao final desta aula, você será capaz de:
 • entender a leitura como uma prática de interação com o meio;
 • compreender que as capacidades cognitivas do leitor interferem na percepção do texto lido;
 • conhecer as técnicas que contribuem à dinâmica da leitura.
1 Leitura e construção de sentidos
A leitura é um ato de percepção do sentido das mensagens que estão presentes nos textos, 
seja em um simples anúncio, uma charge, uma tirinha, ou um livro, uma tese etc. (NICOLA, 2014). 
Assim, a leitura é uma construção de sentidos, ou seja, ler é mais do que usar linguagens, ou ape-
nas decodificá-las durante o processo de comunicação.
Figura 1 – A leitura é interação social.
Fonte: oneinchpunch/Shutterstock.com
 – 1 – 
TEMA 20
Durante a leitura, efetuamos a interação social, uma vez que veiculamos mensagens que con-
cretizam as finalidades presentes dentro do processo comunicativo. Como afirmam Adler e Doren 
(2010), ler é uma conversa entre autor e leitor, mesmo que isto não seja propriamente percebido. 
Além disso, há uma gama de oportunidades que são intrínsecas ao processo de leitura, como 
explorar culturas, ter contato com outras linhas de pensamentos, entre outros pontos que nos 
obrigam a pensar, a refletir sobre o que vai sendo apresentado ao longo do texto. Há, portanto, um 
processo que une o autor da mensagem e o leitor.
A prática da leitura reúne diferentes habilidades e aspectos cognitivos que interferem direta-
mente na percepção e compreensão por parte de quem lê, ou seja, do leitor. Assim, dizemos que a lei-
tura é um processo ativo, ou seja, não ficamos com os olhos paralisados e com a mente adormecida. 
EXEMPLO
Durante a leitura, concentramo-nos para entender o que se veicula enquanto infor-
mação. Por exemplo, para compreender uma receita de bolo, vamos decodifican-
do as informações sobre os ingredientes e sobre o modo de preparo da receita. 
Trata-se de uma ação ativa, na qual o indivíduo é o protagonista da ação. A leitura, 
portanto, não é um processo passivo.
Quando lemos, interagimos com o mundo, visto que na leitura há universos dos mais distin-
tos. Mas, para que isto aconteça de modo efetivo, é importante conhecer como se constroem os 
sentidos que nos permitem a leitura como meio de interação social. Acompanhe!
1.1 Como construir sentidos durante a leitura
A leitura e a compreensão de textos são processos que envolvem diferentes tipos de conheci-
mentos, dos quais viabilizam a construção de sentido, que vai se formando ao longo do processo, 
captada por parte de quem lê. No entanto, no momento da leitura, algumas pessoas sentem certo 
incômodo, devido à ausência de determinadas habilidades, que são requisitos para a construção 
de sentido do que se lê. 
Assim, segundo Nicola (2014), o processo de leitura e compreensão de texto somente se 
efetiva quando:
 • existe um conhecimento linguístico prévio por parte do leitor, ou seja, há o domínio de 
leitura e decodificação do texto, que permite fazer associações gramático-estruturais 
das partes que formam a própria unidade textual;
 • há o conhecimento de mundo, construído por meio de vivências diversas, além do acú-
mulo de informações que transitam por diferentes campos, como os culturais, ideoló-
gicos e políticos; 
 • acontecem diferentes leituras prévias, das quais permitem levantar hipóteses e relacio-
ná-las às leituras realizadas anteriormente;
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
 – 2 – 
 • existe a reflexão, que não somente permite estabelecer todas as relações demonstra-
das nos itens anteriores, como também construir e verificar sentido no texto. Vale lem-
brar que a reflexão forma e amplia a capacidade de leitura de mundo do próprio leitor. 
Além disso, para fazer a construção de sentido do que se lê, é importante estabelecer inferên-
cias. A inferência envolve a capacidade de ler nas entrelinhas, de perceber a intencionalidade de 
um texto, assim como dos estabelecimentos dos sentidos que o texto sugere ao leitor e não são 
explicitados. A inferência pode ser vista como o resultado, as conclusões a que um leitor chega ao 
estabelecer todas as associações entre as informações linguísticas, contextuais e de mundo, que 
são postas em um texto. 
FIQUE ATENTO!
Ao fazer inferências, não devemos tirar conclusões que não estejam embasadas na 
leitura. Confunde-se muito inferência com “achismo”. Achar não é ter certeza acerca 
das informações que estão postas em um texto. 
Figura 2 – Conhecimento de mundo é uma das bases para a construção de sentido durante a leitura. 
Fonte: solarseven/Shutterstock.com
A reunião de diferentes habilidades, ou capacidades cognitivas, permite ao leitor a construção 
de sentidos presentes em uma leitura, de maneira mais sucinta ou mais ampla. Agora, é impor-
tante salientar que a leitura, assim como a compreensão do texto, apresentam objetivos bem cla-
ros, que devem ser percebidos pelo leitor. 
2 Objetivos da leitura
Saber qual é o objetivo da leitura fornece ao leitor subsídios para que ele crie estratégias, que 
deverão ser aplicadas durante a realização do ato de ler. Assim, o primeiro contato com um texto 
nem sempre é o da leitura em si, mas a preparação para ela, visto que, antes de começar a ler um 
texto, é importante direcionar a leitura, levantar dados, ou, até mesmo, construir algumas hipóteses.
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
 – 3 – 
FIQUE ATENTO!
Saber qual é o tipo e/ou gênero do texto, assunto ou temática abordados, quem é 
o autor, o contexto histórico em que o texto foi produzido, assim como a sua fina-
lidade, permite que a leitura aconteça com mais naturalidade, direcionamento e, 
principalmente, que seja construído um sentido real a partir da leitura. 
Figura 3 – A leitura elenca vários objetivos, como a expansão do conhecimento.
Fonte: Stokkete/Shutterstock.com
Quando realizamos uma leitura, buscamos informações específicas de um dado assunto. 
Assim, a leitura pode apresentar motivações das mais diversas. Veja! 
 • Leitura investigativa: potencializa a busca por indícios que nos levem ou nos norteiem 
a uma informação específica em relação a um dado conteúdo global. Durante a leitura 
de uma bula de remédio, por exemplo, estamos buscando informações sobre a poso-
logia do medicamento.
EXEMPLO
Quando um estudante realiza a leitura de um texto sobre a evolução digital, por 
exemplo, o enfoque será investigativo, ou seja, o conteúdo servirá de base para 
alguma pesquisa, ou ampliação do conhecimento.
 • Expansão do conhecimento: o objetivo é ter a noção sobre certo pensamento. Por 
exemplo, quando precisamos compreender sobre um movimento filosófico, o objetivo 
da leitura será, então, buscar o sentido integral do texto.
 • Compreensão de procedimentos: trata-se de uma leitura efetuada etapa por etapa, 
numa ordem lógica, metódica. Por exemplo, quando precisamos aprender a usar um 
dado aparelho de eletrodoméstico, fazemos, de antemão, a leitura do seu manual de 
instruções. 
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
 – 4 – 
 • Leitura fiscalizadora: trata-se da leitura que visualiza estruturas formais – estruturas 
sintáticas, uso de determinadas palavras e o emprego delas em um texto. Esta leitura 
pode ser feita, por exemplo, para estabelecer uma revisão de conteúdos gramaticas, 
com a qual se busca estruturas específicas. 
 • Leitura fruição: foca-se unicamente na obtenção de prazer com aquilo que se lê.A leitura pode ter os mais diversos objetivos, que vão desde a expansão do conhecimento até 
por puro prazer. O essencial é saber qual o propósito da leitura, para que sejam criadas estratégias 
eficazes, que permitam o seu direcionamento.
SAIBA MAIS!
A leitura pode ser realizada de maneira muito eficiente e de forma concreta. Para 
saber mais sobre diferentes técnicas de leitura, leia “Como ler livros”, de Mortimer 
J. Adler e Charles Van Doren. No livro, os autores abrangem técnicas a serem 
aplicadas a diversos níveis de leitura.
3 Técnicas que contribuem para a dinâmica da leitura
Todo texto é portador de uma mensagem previamente concebida e codificada por um autor, 
destinada a um leitor que deve saber como decodificá-la para apreendê-la (SEVERINO, 2007). Assim, 
durante a leitura, há diferentes pontos que devem ser percebidos e, posteriormente, relacionados. 
Lembre-se de que as leituras possuem finalidades diversas. Assim, ler requer estratégias que 
devem ser aplicadas por parte do leitor. Para aprimorar a dinâmica da leitura, por exemplo, pode-
mos utilizar a técnica de dividi-la em etapas. Acompanhe!
 • Concentração: é essencial concentrar-se na leitura para conseguir perceber determina-
dos detalhes que são importantes de serem notados. 
 • Análise textual: é uma preparação do texto, uma visão do conjunto que visa ao escla-
recimento do texto, como levantamento de vocábulos, fatos e até mesmo informações 
sobre o autor (SEVERINO, 2000). 
FIQUE ATENTO!
Durante a leitura, é importante identificar mapas, gráficos, figuras, tópicos, anexos, 
todos os recursos extravisuais que façam parte do texto, pois eles trazem informa-
ções preciosas para que possamos compreender o conjunto.
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
 – 5 – 
 • Análise temática: visa à compreensão da mensagem do autor do texto. Aqui, localiza-
mos o tema abordado, a problemática apresentada, tese, além do raciocínio do autor e 
as ideias secundárias.
 • Técnica interpretativa: levantamento de alguns pressupostos, associações de ideias e 
até mesmo críticas que são elencadas ao longo do texto. 
 • Apreensão da mensagem do texto: é a reprodução da nossa opinião acerca do que foi 
dito, em outras palavras, é o momento de reflexão sobre o que foi lido. 
Figura 4 – Há várias técnicas que contribuem com a dinâmica da leitura.
Fonte: VoodooDot/Shutterstock.com
Além disso, outra estratégia a qual devemos dar a devida atenção é verificar a velocidade 
em que fazemos a leitura, mantendo uma velocidade constante, e fazer pequenas anotações em 
passagens importantes, ou que não tenham ficado totalmente compreensíveis, para que, depois, 
possamos voltar a elas (NICOLA, 2014).
SAIBA MAIS!
Para entender que a leitura é mais do que uma percepção visual, leia o artigo 
“Mapeamento: uma técnica de leitura significativa e desafiadora”, de Ana Maria Dal 
Zott Mokva. Acesse: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/workingpapers/article/
viewFile/4790/4104>.
Como vimos, existem técnicas que podem ser aplicadas para dinamizar o processo de lei-
tura. Cabe a nós, leitores, a prática constante, para que a leitura e a compreensão textual sejam 
aprimoradas constantemente.
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
 – 6 – 
Fechamento
Concluímos a aula relativa à leitura e compreensão de textos. Aqui, vimos que a leitura é mais 
do que um ato de passar os olhos sobre as letras postas em um texto; é um processo complexo, 
com o qual vamos construindo diferentes sentidos. Além disso, vimos que existem técnicas para 
que possamos aprender como ler melhor e com mais eficácia. 
Nesta aula, você teve a oportunidade de: 
 • entender a leitura como uma prática de interação social;
 • entender que a leitura é um processo gerado por meio da construção de sentidos;
 • conhecer quais são os objetivos da leitura;
 • conhecer as técnicas que contribuem com a leitura, a análise e a interpretação de textos. 
Referências 
ADLER, Mortimer J; VAN DOREN, Charles. Como ler livros: O guia clássico para a leitura inteligente. 
São Paulo: É Realizações, 2010. Coleção Educação Clássica.
MOKVA, Ana Maria Dal Zott. Mapeamento: uma técnica de leitura significativa e desafiadora. 
Working papers em linguística, Florianópolis, UFSC, n.5, 2001. Disponível em: <https://periodicos.
ufsc.br/index.php/workingpapers/article/viewFile/4790/4104>. Acesso em: 11 out. 2016.
NICOLA, José de. Gramática e texto. São Paulo: Scipione, 2014.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. São Paulo: Cortez Edi-
tora, 2000. 
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
 – 7 –

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