Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_1… 1/37 introdução Introdução RECURSOS ENERGÉTICOSRECURSOS ENERGÉTICOS E ENERGIAS LIMPASE ENERGIAS LIMPAS Dr. Fernando Codelo Nascimento I N I C I A R 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_1… 2/37 Prezado(a) aluno(a), dando continuidade aos estudos, você deve ter percebido que na Unidade 1 você teve a oportunidade de conhecer energia, seu conceito, tipos, fonte de energia renovável e de origem fóssil e as matrizes energéticas. Nesta nova unidade, também dividida em quatro tópicos, você conhecerá e estudará o conceito de impactos ambientais e os possíveis impactos que estão associados às formas de energia, principalmente as de origem fósseis, os impactos que estão associados às energias limpas, e também gases de efeito estufa (GEE) que estão associados aos combustíveis fósseis. Além disso, poderá comparar os impactos ambientais em termos de signi�cância e magnitude. Outro assunto abordado será sobre a forma de distribuição da energia, pois, assim que é produzida, a energia necessita ser transportada e distribuída para os consumidores. Finalmente, poderá veri�car que duas das soluções ambientais para o problema dos resíduos e dos impactos gerados por esses é a cogeração de energia e a geração de energia hídrica, uma das formas principais de produção da matriz brasileira. Além de ser uma forma de produção de energia limpa, é para o Brasil uma grande e importante fonte, graças ao potencial hídrico que o país possui, aliás um dos maiores do mundo. Boa sorte e vamos em frente! 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_1… 3/37 Neste primeiro tópico, vamos estudar os impactos ambientais e o efeito estufa, como tema central. Aqui, você conhecerá o que são os mecanismos de desenvolvimento limpo e os tipos de fontes de energia. Partindo-se desse pressuposto, pode se dizer que, em geral, os processos de produção de energia, independente da matéria-prima utilizada, ou da forma como transformação de energia ocorre, podem gerar impactos ambientais em maior ou em menor escala. Para conhecer um pouco mais desse assunto, que tal vermos alguns conceitos? Buscando facilitar o processo de aprendizagem, será utilizada como fonte de consulta a Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986, e a NBR ISO 14001:2015 – Sistema de Gestão Ambiental – requisitos com orientações para uso. Conceitos na Área Ambiental: Avaliação se Impacto Ambiental e Gestão Ambiental A Resolução CONAMA nº 01/86 estabelece as de�nições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da avaliação de impacto ambiental, que é um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº 6.938, de 3 de agosto de 1981. É relevante, antes de avançarmos com o conteúdo, entendermos o que é impacto ambiental, por isso recorremos à Resolução CONAMA n° 01/86, que, em seu art. 1°, considera impacto ambiental como: Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I – a saúde, a segurança Impacto Ambiental e Efeito EstufaImpacto Ambiental e Efeito Estufa 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_1… 4/37 e o bem-estar da população; II – as atividades sociais e econômicas; III – a biota; IV – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V – a qualidade dos recursos ambientais. Após conceituar impacto ambiental, é interessante entender também o que signi�ca Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), um importante documento que as organizações devem elaborar para registrar os principais impactos, a sua análise e a avaliação desses em relação às atividades de um determinado processo. Contudo, cabe ressaltar o que Bolea entende como AIA: [...] um processo de identi�cação, previsão, interpretação e prevenção das consequências ou efeitos de algum plano, programa ou ação no meio ambiente (natural e social), que também inclui considerações sobre alternativas do projeto pressupondo a participação pública (1984 apud GARCIA, 2014). O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é o documento mais importante da AIA, pois “[...] é com base nele que serão tomadas as principais decisões quanto a viabilidade de um projeto, necessidade de medidas mitigadoras ou compensatórias e quanto ao tipo ou alcance dessas medidas” (SÁNCHEZ, 2013 , l. 3/80). Dentro do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), é desenvolvido o seguinte tipo de atividade: o diagnóstico ambiental da área de in�uência do projeto em questão, o qual deverá abranger os meios físicos, biológico e socioeconômico do projeto. Também devem constar no documento todas as análises dos possíveis impactos ambientais e suas possíveis alternativas para a eliminação, redução, contenção e controle. Não se deve esquecer da identi�cação, da previsão do estudo de magnitude e dos prováveis impactos mais importantes, também conhecidos como relevantes. Ao �nal, devem ser estabelecidas para serem tomadas as medidas mitigadoras para esses impactos identi�cados, e analisados, tudo isso dentro de um programa se possa acompanhar e monitorar esses impactos levantados , sejam esses positivos, sejam negativos (BRASIL, 1986). Philippi Jr. et al. (2014, p. 868) destacam em sua obra Curso de gestão ambiental que, na elaboração de um EIA, os impactos ambientais são descritos, relatados por fases do empreendimento. Como a avaliação de impacto ambiental pressupõe a participação pública, também deverá ser elaborado o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). O RIMA traz em seu conteúdo as conclusões do EIA, de forma objetiva e adequada à sua compreensão, com informações traduzidas em linguagem acessível de maneira que as partes interessadas do projeto e o público em geral possam entender as vantagens e desvantagens bem como todas as consequências ambientais de sua implementação (BRASIL, 1986). 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_1… 5/37 As atividades que dependem de EIA/RIMA, a serem submetidas à aprovação do orgão ambiental competente, também estão de�nidas na Resolução CONAMA 01/86, em seu art. 2º. Relacionadas à energia, temos: [...] VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV; VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para �ns hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, reti�cação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); [...] Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW; [...] XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia (de�nido Resolução CONAMA n° 11, de 18 de março de 1986, que altera o Art. 2º da Resolução CONAMA 01/86). Um dos instrumentos que tem contribuído para as organizações em relação aos fatores que envolvem o meio ambiente é chamado de Sistema de Gestão Ambiental (SAG). Mas o que é um SGA? Para responder a essa questão, que tal recorrer a Barbieri (2016)? De acordo com ele, o SGA “[...] é um conjunto de atividades administrativas e operacionais inter-relacionadas para abordar os problemas ambientais atuais ou para evitar o seu surgimento”. Para esse autor, A realização de ações ambientais pontuais, episódicas ou isoladas, não con�gura um sistema de gestão ambiental propriamente dito, mesmo quando elas exigem recursos vultosos, porexemplo, a instalação e manutenção de equipamentos para controlar emissões hídricas e atmosféricas (2016 l. 3317-3319). Hoje, os SGAs encontram-se normatizados. Sim! Há uma norma da ABNT que permite às organizações, de forma disciplinada, documentada e orientada, conduzir o seu Sistema de Gestão Ambiental. A norma que trata do SGA, na ABNT, é a NBR ISO 14001:2015 – Sistema de Gestão Ambiental – requisitos com orientações para uso. Nessa norma da ABNT, é apresentada uma série de conceitos a respeito de impactos ambientai, aspecto ambiental, meio ambiente, organização, dentre outros. Os números que aparecem entre parênteses referem-se ao número do conceito dentro da referida norma. Que tal agora conhecer alguns desses conceitos? Os números apresentados entre parênteses representam o número do requisito dentro da NBR ISO 14001:2015 . a) Organização: pessoa ou grupo de pessoas com suas próprias funções com responsabilidades, autoridades e relações para alcançar seus objetivos (3.2.5). 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_1… 6/37 Uma das grandes confusões que ocorrem quando se trabalha com esse tipo de norma é a respeito do termo organização, por isso que você está conhecendo na plenitude o real signi�cado dessa palavra à luz da norma. Lembrando que, de acordo com a norma, organização não é só uma indústria; é muito mais amplo do que isso. Para compreender melhor o conceito na íntegra, recomenda-se que consulte a norma NBR ISO 14001:2015. b) Alta direção: pessoa ou grupo de pessoas que dirige e controla uma organização (3.1.4) no nível mais alto. Esse é outro conceito que promove muita confusão, pois quem não conhece o conceito pode pensar que é sempre uma única pessoa, e, de acordo com o conceito analisado, a compreensão pode levar a um entendimento muito mais amplo. c) Meio ambiente: circunvizinhança em que uma organização (3.1.4) opera, incluindo ar, água, solo, recursos naturais, �ora, fauna, seres humanos e suas inter-relações. Você notou como esse conceito é também amplo? O próprio ser humano faz parte desse conceito. d) Aspecto ambiental: elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização (3.1.4), que interage ou pode interagir com o meio ambiente (3.2.1). Apesar de somente agora você ter visto esse conceito, que tal fazer um exercício para melhor compreendê-lo? Pense melhor. Ao varrer um chão, qual é o aspecto ambiental envolvido? Para facilitar a compreensão, pergunte: o que gera, o que sobra dessa interação? Veja que, ao varrer o chão, são gerados resíduos sólidos. Esse é o impacto ambiental. Pense de novo: ao lavar um copo, com água e sabão, o que sai desse processo? Podem sair também resíduos, como gerados e�uentes líquidos contaminados. Você agora pode observar quantos aspectos envolvidos. No primeiro caso, houve apenas um aspecto ambiental (geração de resíduos); já no segundo caso, foram gerados dois aspectos ( geração de resíduos, se foram deixados resíduos no fundo do copo, e geração de e�uente contaminado com a lavagem do copo. e) Condição ambiental: estado ou característica do meio ambiente (3.2.1), conforme determinado em certo momento. E aí, agora, como estava o meio ambiente no momento da análise? Natural, contaminado? Viu como é fácil fazer a análise e caracterizar o meio ambiente? f) Impacto ambiental: é qualquer modi�cação no meio ambiente (3.2.1), tanto adversa como bené�ca, total ou parcialmente, resultante dos aspectos ambientais (3.2.2) de uma organização (3.1.4); Da mesma forma que você aprendeu a classi�car os impactos ambientais, aqui o problema é outro: são as consequências do aspecto ambiental. Isso mesmo: o impacto é a consequência. Pense um pouco mais... lembra da atividade de lavar copo? Pois bem, os aspectos ambientais gerados foram geração de resíduos (se havia sujeira no fundo do copo). E o que esses resíduos podem fazer no meio ambiente? Isso mesmo. Qual é a consequência dessa geração? Pois bem, pode dizer sem medo... contaminação do solo, se esses resíduos forem dispostos no solo (nesse caso, é possível chamar também de poluição do solo), e contaminação da água, se esses resíduos atingirem os rios (poluição dos rios) . Lembre-se, portanto, da seguinte sequência: atividade, aspecto e impacto ambiental. 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_1… 7/37 g) Objetivo: resultado a ser alcançado. Isso mesmo. O que se deseja alcançar, onde se deseja chegar. Em todo o projeto, deve-se estabelecer um objetivo. Esse deve ser declarado sempre por meio de um verbo no in�nitivo, por exemplo: comprar uma casa, andar de bicicleta. Viu como é fácil? h) Objetivo ambiental: objetivo (3.2.5) de�nido pela organização (3.1.4), coerente com a sua política ambiental (3.1.3). No caso de um objetivo ambiental, busca-se estabelecer o que se deseja alcançar em termos ambientais. Esses objetivos devem estar de acordo com a Política Ambiental da organização. Isto é, de acordo com os procedimentos, as intenções elaboradas pela Alta Administração da empresa. i) Requisito: necessidade ou expectativa que é declarada, geralmente implícita ou obrigatória. Esse termo pode ser entendido como algo que necessita ser atendido, algo que é obrigatório seja por lei, procedimento ou acordo. j) Conformidade: atendimento de um requisito (3.2.8). Também pode ser entendido como algo que está de acordo com um determinado requisito, procedimento, contrato, dentre outros parâmetros previamente determinados. k) Não conformidade: não atendimento de um requisito (3.2.8). Conceito Sobre Gases de Efeito Estufa (GEE) e as Mudanças Climáticas Tendo visto e estudado a primeira parte do subtópico 1 que foi impacto ambiental, nesta parte �nal do primeiro subtópico você conhecerá um outro assunto, que são os gases de efeito estufa (GEE). Ainda na área ambiental, porém abordando o assunto especí�co dos gases de efeito estufa e as mudanças climáticas, vamos agora apresentar esses conceitos e discutir como a produção de energia, pelos diversos tipos de fonte, contribui para a geração dos gases de efeito estufa, as mudanças climáticas e o aquecimento global. O estudo a seguir foi baseado principalmente na norma NBR ISO 14064-1:2007 GEE – Gases de efeito estufa. a) Gases de efeito estufa (GEE): o conceito aqui apresentado refere-se também à composição de gases que se encontram na camada da atmosfera, podendo ser esses gases de origem natural ou antrópica (produzidos a partir das ações das atividades humanas). Esses gases são aqueles que tanto absorvem quanto emitem radiação em comprimentos de onda especí�cos dentro do espectro infravermelha emitida pela superfície da Terra, pela atmosfera e pelas nuvens, conforme dados da NBR ISO 14064:2007. b) Sumidouro de gases de efeito estufa: unidade física ou processo que remove um GEE da atmosfera. O conceito refere-se à forma de remoção dos gases de efeito estufa da natureza, 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_1… 8/37 por meio de um processo, ou unidade física. Entende-se por esse conceito, por exemplo, equipamentos que possam eliminar esses tipos de gases. c) Reservatório de gases de efeito estufa: unidade física ou componente da biosfera, geosfera ou hidrosfera, com a capacidade de armazenar ou acumular um GEE removido da atmosfera por meio de um sumidouro de gases de efeito estufa (2.3) ou um GEE capturado de uma fonte de gases de efeito estufa (2.2). Por meio desse conceito, pode-se entender como formas , por meio das quais a sociedade, em especial a indústria, deve desenvolver para capturar e deixar os gases de efeito estufa acondicionados. Há hoje algumas iniciativas, por exemplo, de deixar o CO2 (gás carbônico, aprisionado sob a terra, ou combinado, ou aproveitado em outros processos produtivos. d) De acordo com a NBR ISO 14064-1:2007GEE – Gases de efeito – Nota: os GEE incluem: dióxido de carbono (CO ); metano (CH4 ); óxido nitroso (N O); hidro�uorcarbonos (HFC); per�uorcarbonos (PFC); e hexa�uoreto de enxofre (SF ). e) Fonte de gases de efeito estufa: entende-se por esse termo a unidade física ou processo capaz de produzir os gases (metano, dióxido de carbono, óxido nitroso, hidro�uorcarbono, per�uorcarbono, e o hexa�uoreto de enxofre), os chamados gases de efeito estufa. f) Aquecimento global: o chamado fenômeno do aquecimento global é algo que sempre existiu. Por meio desse processo, há uma mudança na temperatura média do globo, o que garante à humanidade a capacidade de habitar a terra. Contudo, o que tem ocorrido é que o acúmulo e, por que não dizer, as altas concentrações de gases de efeito estufa, no caso produzidas por ação antrópica, estão colaborando para aumentar esse aquecimento, ao formar na atmosfera uma calota, a qual acaba por bloquear o calor emitido pelo Sol, fazendo com que a temperatura aumente. g) Mudanças climáticas: na realidade, as mudanças climáticas são as chamadas alterações do clima, as quais sempre ocorreram, contudo, hoje em dia, estão ocorrendo de forma mais rápida, devido às chamadas ações antrópicas, e suas consequências são irreversíveis. Inventário de Gases de Efeito Estufa No Brasil, há um programa que busca promover a cultura corporativa de mensuração, publicação e gestão voluntária das emissões de GEE, que é o programa brasileiro GHG Protocol. A mensuração das emissões é conhecida como Inventário de Gases de Efeito Estufa. Conforme FGV e WRI (2008), o inventário de GEE serve para que sejam diagnosticados e 2 4 2 6 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_1… 9/37 mensurados de forma qualitativa (identi�cando que tipos de gases) e quantitativa (em que quantidade esses gases são compostos), a �m de que, na sequência, possam ser estabelecidos os planos para o seu controle e possível eliminação, em prol da sustentabilidade do mundial. Ainda de acordo com a FGV e WRI (2008), há vários tipos de metodologias para serem utilizadas para esse tipo de levantamento. Dentre essas, citam-se: The Greenhouse Gas Protocol – A Corporate Accounting and Reporting Standard (O Protocolo de Gases de Efeito Estufa – Um Padrão Corporativo de Contabilização e Reporte), ou simplesmente GHG Protocol, lançado em 1998 e revisado em 2004, é hoje a ferramenta mais utilizada mundialmente pelas empresas e governos para entender, quanti�car e gerenciar suas emissões. [...] A metodologia do GHG Protocol é compatível com as normas da International Organization for Standardization (ISO) e com as metodologias de quanti�cação do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), e sua aplicação no Brasil, a partir do início do Programa Brasileiro GHG Protocol, em 2008, as informações geradas podem ser aplicadas aos relatórios e questionários de iniciativas como Carbon Disclosure Project, Índice Bovespa de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e Global Reporting Initiative (GRI). Quer conhecer um pouco mais da metodologia do GHG Protocol, o programa brasileiro de contabilização dos gases de efeito estufa? Para isso, recomenda-se que se entre no site http://ghgprotocolbrasil.com.br/. Nele, você encontrará as especi�cações, as notas técnicas, o método para fazer o diagnóstico e a contabilização, bem como ferramentas e formas para fazer os registros dos gases de efeito estufa que forem contabilizados. Há também um registro público a respeito das emissões dentre outros conteúdos que poderão ser úteis para quem se interessar pelo assunto. As Mudanças Climáticas e o Aquecimento Global De acordo com o site eCycle (2019), esses três elementos podem, muitas vezes, ocasionar confusão. Dessa forma, baseado no referencial citado, procurar-se-á dirimir essa dúvida, sendo que o referido site procura esclarecer esse tipo de dúvida. Será que mudança climática, aquecimento global e gases do efeito estufa são as mesmas coisas? Pois bem, antes de mais nada, eCycle (2019) esclarece essa questão por meio de um exemplo bem simples. Você já ouviu alguém reclamar que o tempo está fechando quando parece que vai chover? Ou que o clima de algum lugar é muito quente? Pois é. Clima e tempo não são a mesma coisa. Porém, quando dizemos que o “tempo” está ruim, estamos nos referindo a alterações locais do clima, dentro de períodos de tempo mais curtos, como minutos, horas, dias e até semanas. Já o “clima” se refere a períodos de médio a longo prazo, podendo ser caracterizado regional http://ghgprotocolbrasil.com.br/ 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 10/37 ou globalmente. Em outras palavras, clima pode ser considerado uma média do tempo ao longo de várias estações, anos ou décadas (ECYCLE, 2019) Viu como é fácil? Daqui para frente, não há mais como fazer confusão. O que seriam mudanças climáticas? De acordo com o que foi esclarecido anteriormente, �ca claro que, quando nos referimos a mudanças, está se falando de longos períodos, décadas e até mais. As mudanças climáticas ou mudanças do clima sempre ocorreram. Portanto, não se está falando de algo novo e inédito. E, �nalmente, o assunto de aquecimento global? Primeiro, cabe esclarecer que não é a primeira vez que isso ocorre no planeta. Aliás, isso é necessário para que se tenha vida e qualidade de vida na terra. Ocorre que, hoje, o aquecimento global deixou de ser algo natural e passou a contar com uma ajuda extra: a contribuição das ações antrópicas, isto é, gases que passaram a ser produzidos de forma sabida, determinada, pelo homem, desde que decidiu desenvolver a indústria e melhorar a qualidade de vida. Conclui o site eCycle (2019) que o aumento da emissão de gases de efeito estufa aumenta a retenção de energia nos oceanos e na atmosfera, provocando um aumento da intensidade, da frequência e do impacto de eventos climáticos extremos, tanto de frio quanto de calor. Relação Entre Gases de Efeito Estufa e o Aquecimento Global De acordo com o que foi abordado no item 1.3 e baseado em eCycle (2019), há realmente uma relação entre os GEEs e o aquecimento global. Os gases do efeito estufa, na realidade, absorvem uma grande parte dos raios que são emitidos pelo Sol e os redistribuem na reflitaRe�ita Os gases do efeito estufa são um dos principais agentes do aquecimento global e por consequência das mudanças do clima, o que vem ocasionando a perda da sustentabilidade no meio ambiente e a piora da qualidade e vida do ser humano. 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_1… 11/37 atmosfera, na forma de radiação. Esse tipo distribuição contribui de forma direta para um fenômeno que é conhecido como efeito estufa, que, na realidade, é a analogia que se faz quando, por exemplo, se está com calor dentro de um ambiente fechado cheio de vidro, ou quando se �ca dentro de um carro, em um dia muito quente. O que ocorre, na realidade, é que calor consegue atravessar paredes de vidro do carro, tornando o ambiente insuportável... está aí o efeito estufa. Mas quais são os gases que conseguem fazer ou criar esse tipo de fenômeno aqui na Terra? Os principais gases responsáveis por . Haverá um momento que há tanto calor dentro deste devido por Recorrendo ainda ao site eCycle (2019), tem-se que os principais gases do efeito estufa são: CO , CH , N O, O , halocarbonos e vapor-d’água. A denominação efeito estufa foi dada em analogia ao aquecimento gerado pelas estufas, normalmente feitas de vidro, no cultivo de plantas. O vidro permite a livre passagem da luz do sol, e essa energia é parte absorvida, parte re�etida. A parte absorvida tem di�culdade de passar novamente pelo vidro, sendo reirradiada e responsável pelo aquecimento da estufa. Partindo-se, então, do mesmo raciocínio aplicado parao aquecimento do interior de um carro, o efeito estufa ocorre porque, no aquecimento da Terra, o Sol, sendo a principal fonte de energia da Terra, emite um conjunto de radiações denominado espectro solar. Esse espectro é composto por radiações luminosas (luz) e por radiações calorí�cas (calor), em que sobressaem as radiações infravermelhas. As radiações luminosas são de pequeno comprimento de onda, atravessando facilmente a atmosfera, enquanto as radiações infravermelhas (radiações calorí�cas) têm grande comprimento de onda, tendo di�culdade de atravessar a atmosfera e sendo absorvidas pelos gases de efeito estufa quando realizam esse feito (eCYCLE, 2019). O que é o MDL? A sigla MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) signi�ca buscar outras formas de produzir energia, ou desenvolver tecnologias que não agridam ao meio ambiente. Por isso, tecnologias que envolvam a utilização de matérias-primas fósseis, como o carvão, o petróleo, e o gás natural, não são tecnologia limpas. Tecnologias consideradas limpas são aquelas cujas as matérias-primas não provocam impactos ambientais, além de serem possíveis de serem recicladas, reutilizadas. São exemplos de mecanismos limpos, a energia solar, a energia eólica, a energia produzida a partir da cana-de-açúcar, dentre outros tipos. Para Sara Gur�nkel Marques de Godoy (2013), MDL é o meio pelo qual as nações detentoras de metas podem cumprir seus compromissos de diminuição de emissões, investindo em projetos de redução nos países em desenvolvimento. Em outras palavras, um país desenvolvido tem duas alternativas: investir em tecnologia mais e�ciente em seu próprio país ou utilizar os mecanismos de �exibilização. 2 4 2 3 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 12/37 De acordo com o site do Ministério Público do Estado de Goiás (2019), complementa-se ainda que “O MDL é um dos mecanismos de �exibilização criados pelo Protocolo de Quioto para auxiliar o processo de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) ou de captura de carbono (ou sequestro de carbono) por parte dos países do Anexo I”. Setores Onde os Projetos de MDL Podem ser Desenvolvidos De acordo com o ANEXO A do Protocolo de Quioto apud Ministério Público do Estado de Goiás (2019), os setores existentes são: ✔ Setor 1. Geração de energia (renovável e não renovável) ✔ Setor 2. Distribuição de energia ✔ Setor 3. Demanda de energia (projetos de e�ciência e conservação de energia) ✔ Setor 4. Indústrias de produção ✔ Setor 5. Indústrias químicas ✔ Setor 6. Construção ✔ Setor 7. Transporte ✔ Setor 8. Mineração e produção de minerais ✔ Setor 9. Produção de metais ✔ Setor 10. Emissões de gases fugitivos de combustíveis ✔ Setor 11. Emissões de gases fugitivos na produção e consumo de halocarbonos e hexa�uoreto de enxofre ✔ Setor 12. Uso de solventes ✔ Setor 13. Gestão e tratamento de resíduos ✔ Setor 14. Re�orestamento e �orestamento ✔ Setor 15. Agricultura As etapas dos projetos MDL? ✔ Concepção do projeto (preparo da Nota de Ideia do Projeto) ✔ Preparo do documento de concepção do projeto (DCP) ✔ Validação ✔ Obtenção da aprovação do país an�trião ✔ Registro ✔ Implementação do projeto ✔ Monitoramento ✔ Veri�cação e certi�cação ✔ Emissão dos RCEs (créditos de carbono) Tipos de Energia Conforme já estudado no capítulo anterior, os principais tipos de energia que estão envolvidos são aqueles que formam as chamadas matrizes limpas e as matrizes originadas de fontes fósseis. De acordo com o livro eletrônico Políticas setoriais e meio ambiente (2015), estudando os principais tipos de fonte que são utilizadas no Brasil para produção e para a composição da 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 13/37 matriz energética brasileira, citam-se as fontes renováveis e as não renováveis. Como fontes não renováveis, isto é, aquelas que são originárias de combustíveis fósseis, listam-se as derivadas de petróleo, carvão mineral, gás natural e nuclear (urânio). Todos esses tipos de fontes são �nitos. Isto é, acabou a fonte, acabou a produção de energia. Além disso, essas fontes geralmente ocasionam problemas ambientais – entenda-se aqui impactos ambientais . Já as fontes renováveis, ou também chamadas de fontes alternativas, são: energia hidrelétrica, lenha e carvão vegetal, eólica, solar, os biocombustíveis, biomassa, etanol, biodiesel, biogás, e, �nalmente, a energia das ondas e das marés. 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 14/37 atividade Atividade O Conselho Executivo (CE) do MDL numerou setores onde projetos MDL podem ser desenvolvidos. O CE-MDL baseou-se no Anexo A do Protocolo de Quioto para elaboração da mesma. Baseando-se nessa informação, qual dos setores apresentados a seguir pode ser contemplado em um Projeto de MDL? a) Geração de energia. b) Bancos e clínicas veterinárias. c) Comercio de joias. d) Consultorias ambientais. e) Nenhuma das alternativas está correta. 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 15/37 Neste novo tópico sobre energia, será apresentado e discutido sobre energia distribuída. Mas a primeira dúvida que surge é: o que isso signi�ca? Quando surgiu? Será que há a aplicação desse conceito sobre energia no Brasil? E quais são as principais vantagens e desvantagens da aplicação desse tipo de energia? Pois bem, esses são alguns dos assuntos que serão apresentados neste novo subcapítulo. Estudando, você terá a oportunidade de entender como está a Matriz Energética Brasileira e a contribuição que esse tipo de fonte de energia fornece à Matriz Energética do Brasil. Geração Distribuída – Conceitos Antes de seguir nos estudos, convém que se apresente o conceito do termo geração distribuída. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA): A geração distribuída é de�nida como a produção de energia localizada próxima à unidade consumidora, independente do seu tamanho e proveniente das tecnologias das células fósseis, da energia eólica e da energia fotovoltaica (2002 apud NARUTO, 2017). Porém, para a INEE (2019), “Geração Distribuída (GD) é uma expressão usada para designar a geração elétrica realizada junto ou próxima do(s) consumidor(es) independente da potência, tecnologia e fonte de energia”. De�nição de Geração DistribuídaDe�nição de Geração Distribuída 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 16/37 Tecnologias Envolvidas na Geração Distribuição De acordo com o INEE (2019), os principais tipos de fontes de geração distribuição de energia têm evoluído para incluir potências cada vez menores. Na sequência, são apresentados alguns desses tipos de tecnologias: a) cogeradores; b) geradores que usam como fonte de energia resíduos combustíveis de processo; c) geradores de emergência; d) geradores para operação no horário de ponta; e) painéis fotovoltaicos; f) pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), g) dentre outras. Vantagens O estudo das vantagens da geração distribuída encontra-se apresentado e analisado a partir de três critérios, que são: do ponto de vista da sociedade, do meio ambiente e do setor elétrico, conforme registrado nos estudos de Olade (apud BARBOSA FILHO; AZEVEDO, 2016). Sociedade a) Qualidade e con�abilidade superiores do abastecimento por meio de tecnologias de GD, porque seu sistema elétrico não aceita variações de frequência e/ou tensão; b) aumento da con�abilidade do suprimento aos consumidores próximos à geração l; c) a eletricidade gerada pela GD tem menor custo para o consumidor; d) contribuição para o aumento do mix da geração, geração de empregos e estabilidade na produção pela indústria nacional;e) contribuição para o desenvolvimento local (social e econômico), devido ao uso de recursos próprios da região na qual está inserida a instalação elétrica. 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 17/37 Meio ambiente a) Contribuição na redução das emissões de GEE e para a mitigação da mudança climática; b) minimização dos impactos ambientais; c) diminuição do uso de fontes de energia não renováveis; d) diminuição do desmatamento; e) possibilidade de melhorar a e�ciência energética. Setor elétrico a) A GD é economicamente atraente, pois reduz os custos, adia investimentos em subestações de transformação e em capacidade adicional para transmissão, contribuindo ainda para perdas nas linhas de transmissão e distribuição, além de perdas reativas de potência e estabilidade na tensão elétrica. Desvantagens Considerando a análise das possíveis desvantagens, Olade (2011 apud BARBOSA FILHO; AZEVEDO, 2016), considerando os critérios sociedade e setor elétrico, informa que: Sociedade a) Remuneração do custo da interligação da GD à rede; b) possível variação da tarifa em função da taxa de utilização da interconexão; c) possível tempo de amortização elevado devido ao custo do sistema; d) variações na produção de energia do sistema (INEE, 2001). Setor elétrico a) A concessionária à qual vai se conectar um produtor independente pode ser apenas transportadora e não compradora da energia que lhe é entregue por aquele produtor para um cliente remoto; b) maior complexidade no planejamento e na operação do sistema elétrico; c) maior complexidade nos procedimentos na realização de manutenções; d) possível diminuição do fator de utilização das instalações das concessionárias de distribuição; e) remuneração de investimentos de concessionárias (INEE, 2001). Resoluções Normativas sobre Geração Distribuída O Brasil estabeleceu alguns marcos legais para orientar, procedimentar a utilização das energias distribuídas, e esses marcos ocorreram por meio da publicação das resoluções 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 18/37 normativas n. 482, de 17 de abril de 2012, e da Resolução 687, de 24 de novembro de 2015, a qual alterou os módulos de distribuição. Recomenda-se que se baixe essas resoluções e faça uma leitura crítica para conhecer e aprofundar no assunto. 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 19/37 atividade Atividade Considerando que a geração distribuída contribui para sustentabilidade ambiental, analise as alternativas a seguir e informe qual delas representa uma vantagem desse tipo de procedimento de melhoria energética, baseado nos textos apresentados pelo INEE (2019) e por Olade apud Barbosa Filho e Azevedo (2016): a) Economia de investimentos em transmissão. b) Aumento das perdas nos sistemas de transmissão. c) Torna o sistema instável do ponto de vista do fornecimento do serviço de energia elétrica. d) Remuneração de investimentos de concessionárias. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 20/37 Um dos grandes problemas vividos pela sociedade moderna é como produzir energia e ainda de forma sustentável, isso porque, no futuro, as atuais matérias-primas utilizadas hoje para a produção de energia, tais como o petróleo e seus derivados, o carvão mineral e o gás natural, deixarão de existir por serem matérias-primas �nitas. Essas reservas de matérias-primas fósseis estão com os seus dias contados. Dentro da �loso�a de sustentabilidade que consiste em garantir o acesso às gerações futuras, aos mesmos recursos que a geração de hoje possui, passa então pelo desenvolvimento de novas formas de produzir energia. As novas formas de energia devem ser limpas, renováveis e e�cientes. Partindo desse pressuposto, a cogeração de energia é uma das possíveis formas de produção de energia, pois consiste no reaproveitamento de materiais que deveriam ser descartados, ou até dispostos de formas irregulares e, nessa nova forma, encontram uma aplicação útil em que o seu volume e massa serão reduzidos e parte desses materiais será reaproveitada para a produção de energia térmica e elétrica, tal como acontece com a energia produzida a partir, por exemplo, das biomassas. Mas que tal conhecer um pouco mais desse assunto? E aí, está preparado? Vamos progredir em nossos estudos. Boa sorte! Conceitos Durante este curso, você viu uma série de conceitos a respeito de energia, matriz energética, materiais derivados de fósseis e energia renováveis, mas você sabe o que é uma cogeração? Veja o que o Portal Energia (2019) diz a respeito do assunto: Cogeração de energia é a produção de duas formas de energia, ao mesmo tempo. Até à década de 1940, a cogeração de energia era um processo recorrente dado que, não se contava com grandes centrais hidroelétricas ou outras formas de obter Economia e Proteção AmbientalEconomia e Proteção Ambiental 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 21/37 energia limpa a uma grande escala. Com o passar do tempo e os desenvolvimentos tecnológicos e ambientais a cogeração foi perdendo terreno. Apesar disso, não caiu no esquecimento e por ser uma forma barata, simples, segura e amiga do ambiente, esta forma de obter energia tem-se revelado atrativa até porque uma parte da energia gerada na produção de energia elétrica a partir de combustíveis fósseis, por exemplo, é libertada sob a forma de calor e pode ser aproveitada para aquecimento de ar, água entre outras utilizações. De acordo com Antoni Pilon et al. (2012, p. 474 ), a cogeração é de�nida como o processo de produção combinada de energia elétrica e térmica, destinando-se ambas ao consumo próprio ou de terceiros. Contudo, para a Neoenergia ([s.d.]) no seu documento Glossário do setor elétrico, o termo cogeração é entendido como: Processo operado numa instalação especí�ca para �ns da produção combinada das utilidades calor e energia mecânica, esta geralmente convertida total ou parcialmente em energia elétrica, a partir da energia disponibilizada por uma fonte primária. Resolução Normativa ANEEL n. 235, de 14 de novembro de 2006 (Diário O�cial, de 22 nov. 2006, seção 1, p. 78 apud NEOENERGIA, [s.d.]). Já o termo cogeração quali�cada, de acordo com o Neoenergia ([s.d.]), é o Atributo concedido a cogeradores que atendem os requisitos de�nidos na Resolução Normativa nº 235 de 14.11.2006, segundo aspectos de racionalidade energética, para �ns de participação nas políticas de incentivo à cogeração. Resolução Normativa ANEEL n. 235, de 14 de novembro de 2006 (Diário O�cial, de 22 nov. 2006, seção 1, p. 78 apud NEOENERGIA, [s.d.]). Finalmente, segundo o Dicionário de Terminologia Energética, O conceito de cogeração signi�ca a produção simultânea e sequencial de duas ou mais utilidades – calor de processo e potência mecânica e (ou) elétrica, a partir da energia disponibilizada por um ou mais combustíveis. Assim, para um dado processo industrial de produção, na condição em que há demanda simultânea das utilidades energia térmica e eletromecânica, a aplicação da cogeração se apresenta como provável alternativa, com a vantagem do uso racional de combustível (2001 apud BARJA, 2006).. Tipos de Cogeração de Energia A cogeração de energia pode ter como fonte vários tipos de matérias-primas. Em geral, esse tipo de energia é produzido a partir de resíduos industriais oriundos de processos, por exemplo os bagaços de cana-de-açúcar, palha da cana, casca de arroz e biomassa da casca da 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_…22/37 laranja, dentre outros. O critério a ser utilizado para que um material possa ser utilizado na cogeração é que esse deve ser oriundo de matéria orgânica, isto é, material que possa ser queimado, carbonizado. Materiais inorgânicos, como areias, quartzo, barita, dentre outros, não podem ser utilizados, por serem minerais inorgânicos. Um exemplo da cogeração de energia a partir da cana-de-açúcar é trazido por Virmond, da Embrapa: A produção de bioeletricidade no Brasil vem acompanhando o crescimento da produção de etanol. Dados elaborados por UNICA, Koblitz e Cogen em 2009 e apresentados por Silvestrin (2009) indicaram que o potencial de mercado da cogeração de bioeletricidade excedente em 2008/2009 utilizando bagaço de cana- de-açúcar e palha de cana-de-açúcar (considerando-se a utilização de 75% do bagaço disponível e 5% da palha disponível) foi estimado em 1800 MW médios. Projeções para 2015/2016 indicam crescimento para 8158 MW médios e em 2020/2021 estima-se chegar a 13158 MW médios, nesses dois casos considerando- se a utilização de 75% do bagaço e 70% da palha de cana-de-açúcar (2011, p. 37). Ainda segundo a pesquisadora: Com o crescente interesse e o aumento dos investimentos para a utilização do sorgo sacarino como matéria-prima alternativa na biorre�naria de cana-de-açúcar para a produção de etanol, o aumento da quantidade de resíduos (bagaço e palha de sorgo sacarino) será maior. Dada a similaridade de composição e de potencial energético entre o bagaço de cana-de-açúcar (teor de �bra de cerca de 11% a 15% em massa, em base seca, e poder calorí�co de aproximadamente 15 MJ/kg), o potencial de geração de bioeletricidade desse setor poderá ser ainda maior (2011, p. 37). Como contribuição, Virmond (2011) apresenta um esquema para a produção de energia por cogeração, a partir do bagaço de cana-de-açúcar. 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 23/37 Virmond comenta que [...] essas tecnologias têm evoluído bastante, com destaque para a tecnologia de gasei�cação de biomassa integrada a ciclos combinados, na qual se tem o aproveitamento da energia térmica dos gases de exaustão originados de uma turbina a gás para gerar vapor a média e a alta pressão e posterior utilização do vapor em uma turbina a vapor para aumento da potência e da e�ciência global do ciclo (2011). Economia e Proteção Ambiental Quando se aborda o assunto meio ambiente e produção de energia, uma dúvida que se levanta é como produzir energia, sem impactar o meio ambiente, e outra: como movimentar a economia, gerar riquezas e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente. Atualmente, não dá para produzir energia sem impactar o meio ambiente e tão pouco pensar no lado econômico. Saldanha (2012) a�rma que essa produção é salutar e fundamental para o Brasil, principalmente como forma de contribuição para o desenvolvimento econômico e social da nação, bem como para melhoria em todos os pontos de vista da qualidade de vida da sociedade. Lembra ainda que produzir energia, hoje em dia, ocasiona um determinado número de impactos ambientais, e a pergunta que nos deixa é: como compatibilizar essa situação? Comenta ainda Saldanha (2012) que, como a energia é imprescindível para o desenvolvimento econômico e industrial do Brasil, faz-se necessário o incentivo à implantação de mecanismos e políticas por meio dos agentes reguladores para que o nível de desenvolvimento continue, de forma a assegurar as condições de expansão e a proteger o meio ambiente, sem, contudo, parar a produção de energia. Em relação à proteção ao meio ambiente, Saldanha (2012) informa que o modelo de crescimento que foi adotado no Brasil – e por que não dizer, no mundo – tem sido responsável pela maioria dos impactos ambientais ligados ao setor de energia. Dentre esses impactos, podem ser citadas a escassez de recursos naturais, como o petróleo, o carvão e o gás natural, e a extinção de algumas espécies de fauna e �ora, que acabam sendo deslocados dos locais de onde são removidos os recursos ou onde serão instalados lagos para a produção de energia. Finaliza Saldanha sobre a economia e a proteção ambiental: Na legislação constitucional brasileira, há uma série de preceitos quanto à tutela ambiental,e. Assim, a preocupação ambiental deixa de ser um alerta para as futuras gerações e passa a ser um lema atual da humanidade. Trata-se de uma proteção efetiva e concreta que visa à manutenção da vida. Assim, considerar a proteção ao meio ambiente um direito humano signi�ca um avanço na discussão da proteção 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 24/37 internacional do meio ambiente e da proteção internacional dos direitos humanos (2012, p. 145). Espero que os conhecimentos aqui apresentados possam ter colaborado para o esclarecimento da importância da cogeração de energia, bem como do desenvolvimento sustentável relativo ao setor energético, e, por último, para o esclarecimento de como a economia e a proteção ambiental caminham juntas em prol da sustentabilidade. 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 25/37 atividade Atividade Considerando que a cogeração de energia é uma das principais formas da indústria contribuir para a sustentabilidade, propondo reaproveitamento de resíduos, informe qual dos resíduos a seguir é utilizado em produção de energia. a) Sucata de embalagem de vidro. b) Resíduos minerais de sal. c) Resíduos orgânicos de restos de feira. d) Sucata de alumínio. e) Limalha de ferro. 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 26/37 Neste último, tópico serão estudados as usinas hidrelétricas, o conceito, as principais características desse tipo de empreendimento e fonte de geração de energia elétrica. Além disso, será analisada a contribuição que essa importante fonte de energia, e uma das principais fontes energéticas que compõem a matriz brasileira, proporciona ao nosso país. A energia obtida das usinas hidrelétricas é considerada uma fonte limpa e que promove poucos impactos ambientais, quando comparadas com as demais fontes de energias oriundas de combustíveis fósseis. Conceitos Básicos Como é sabido, um dos recursos naturais de maior abundância no mundo é a água, e o seu volume é estimado em cerca de 1,36 bilhão de quilômetros cúbico (km3). Esse recurso é responsável por cobrir em torno de 2/3 de toda a superfície de nosso planeta. Essa água pode ser encontrada na forma de mares, oceano, rios, lagos, nas calotas polares etc. Deve ser ressaltado também que há água debaixo do solo, formando o que chamamos de aquíferos (reservas subterrâneas de água). No Brasil, um dos mais famosos aquíferos é o chamado “Aquífero Guarani”. De acordo com o texto do Atlas da Agência de Energia Elétrica (ANEEL), em seu capítulo 3, “Energia Hidráulica” (s.d) Mas o que é uma usina hidrelétrica? Para responder a essa questão, que tal recorrer ao Atlas da ANELL? De acordo com essa fonte, Geração HidroelétricaGeração Hidroelétrica 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 27/37 A energia hidrelétrica é gerada pelo aproveitamento do �uxo das águas em uma usina na qual as obras civis – que envolvem tanto a construção quanto o desvio do rio e a formação do reservatório – são tão ou mais importantes que os equipamentos instalados. Por isso, ao contrário do que ocorre com as usinas termelétricas (cujas instalações são mais simples), para a construção de uma hidrelétrica é imprescindível a contratação da chamada indústria da construção pesada ([s.d.], p. 53). Variáveis a Serem Consideradas na Construção de uma Usina Hidrelétrica De acordo com a ANELL,as principais variáveis utilizadas na classi�cação de uma usina hidrelétrica são: a) altura da queda-d’água; b) vazão; c) capacidade ou potência instalada; d) tipo de turbina empregada; e) localização, tipo de barragem e f) reservatório. Todos são fatores interdependentes. Assim, a altura da queda-d’água e a vazão dependem do local de construção e determinarão qual será a capacidade instalada – que, por sua vez, determina o tipo de turbina, barragem e reservatório ([s.d.], p. 53). Características Básicas Construtivas 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 28/37 Conforme o Atlas de Energia Elétrica do Brasil (ANELL, [s.d.]), para que se possa produzir energia elétrica a partir de uma fonte hídrica há a necessidade de integração da vazão do rio, a capacidade de água existente no lago formado, por um determinado período de tempo, e o desnível existente, sejam esses naturais (por exemplo, a existência de uma queda-d’água), ou desenvolvidos pela área de engenharia da empresa que está construindo. Mas como é essa estrutura? Ainda de acordo com a ANELL ([s.d.]), a estrutura de uma usina hidrelétrica é composta por barragem, sistema de captação e adução de água, casa de força e vertedouro, que funcionam em conjunto e de maneira integrada, com o objetivo de interromper o curso normal do rio e permitir a formação do reservatório. Além de “estocar” a água, esses reservatórios têm outras funções: permitem a formação do desnível necessário para a con�guração da energia hidráulica, a captação da água em volume adequado e a regularização da vazão dos rios em períodos de chuva ou estiagem. Tipos de Reservatórios Quando se aborda o assunto reservatório, isto é, o local onde a água que será estocada (armazenada) para a produção de energia hídrica, há basicamente dois tipos: o de acumulação e o de �o de água. Detalhando um pouco mais esses conceitos e baseados em ANELL: a) Reservatórios de acumulação – geralmente são localizados na cabeceira dos rios, em locais de altas quedas-d’água, dado o seu grande porte permitem o acúmulo de grande quantidade de água e funcionam como estoques a serem utilizados em períodos de estiagem. Além disso, como estão localizados a montante das demais hidrelétricas, regulam a vazão da água que irá �uir para elas, de forma a permitir a operação integrada do conjunto de usinas. b) usinas hidroelétricas “a �o-d’água”, ou seja, próximas à superfície e utilizam turbinas que aproveitam a velocidade do rio para gerar energia. As unidades a �o-d’água geram energia com o �uxo de água do rio, ou seja, pela vazão com mínimo ou nenhum acúmulo do recurso hídrico. A queda-d’água, no geral, é de�nida como de alta, baixa ou média altura. Essas usinas “�o-d’água” reduzem as áreas de alagamento e não formam reservatórios para estocar a água ou seja, a ausência de reservatório diminui a capacidade de armazenamento de água, única maneira de poupar energia elétrica para os períodos de seca ([s.d.], p. 53). Ainda baseados em informações da ANELL, pode-se dizer a respeito dos sistemas de captação e adução que Os sistemas de captação e adução são formados por túneis, canais ou. condutos metálicos que têm a função de levar a água até a casa de força. É nesta instalação que estão as turbinas, formadas por uma série de pás ligadas a um eixo conectado ao gerador. Durante o seu movimento giratório, as turbinas convertem a energia 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 29/37 cinética (do movimento da água) em energia elétrica por meio dos geradores que produzirão a eletricidade ([s.d.], p. 50). Você sabia que, de acordo com a ANELL, [...] o Centro Nacional de Referência em Pequenas Centrais Hidrelétrica (Cerpch, da Universidade Federal de Itajubá – Unifei) considera baixa queda, aquela usina hidrelétrica que possui uma altura de até 15 metros e que alta queda, são aquelas que apresentam uma altura superior a 150 metros. Sabe-se ainda que não há consenso com relação a essas medidas. A potência instalada determina se a usina é de grande ou médio porte ou uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adota três classi�cações: Centrais Geradoras Hidrelétricas (com até 1 MW de potência instalada), Pequenas Centrais Hidrelétricas (entre 1,1 MW e 30 MW de potência instalada) e Usina Hidrelétrica de Energia (UHE, com mais de 30 MW). O porte da usina também determina as dimensões da rede de transmissão que será necessária para levar a energia até o centro de consumo. Quanto maior a usina, mais distante ela tende a estar dos grandes centros. Assim, exige a construção de grandes linhas de transmissão em tensões alta e extra-alta (de 230 quilovolts a 750 quilovolts) que, muitas vezes, atravessam o território de vários Estados. Já as PCHs e CGHs, instaladas junto a pequenas quedas-d’águas, no geral abastecem pequenos centros consumidores – inclusive unidades industriais e comerciais – e não necessitam de instalações tão so�sticadas para o transporte da energia ([s.d.], p. 53). 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 30/37 atividade Atividade Para se construir uma usina hidrelétrica, algumas características (críticas) devem ser consideradas a �m de que a construção e o processo de produção de energia tenham sucesso. A partir dessa a�rmação e de nossos estudos ao longo deste material, analise as a�rmativas a seguir acerca dessas características: I. Tipo de tinta utilizada para impermeabilizar as comportas. II. Altura da queda-d’água. III. Vazão da água. IV. Capacidade ou potência instalada. V. Tipo de turbina empregada. Em relação às a�rmativas apresentadas anteriormente, assinale a alternativa correta: a) Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas. b) Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas. c) Apenas as alternativas I, II, III e V estão corretas. d) Apenas as alternativas II, III, IV e V estão corretas. e) Todas as a�rmativas estão corretas. 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 31/37 indicações Material Complementar LIVRO Ecopolítica das Mudanças Climáticas: o IPCC e o Ecologismo dos Pobres Editora: Centro Edelstein Autor: Petronio de Tilio Neto ISBN: 9788579820496 Comentário: O livro em questão apresenta uma análise a respeito do desenvolvimento econômico e das mudanças climáticas, por meio de um estudo de caso das estratégias adotadas pelo Brasil, China, Coreia do Sul e Taiwan. Convém conhecer como esses países abordaram o tema e qual a contribuição de cada um para a temática em questão. 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 32/37 LIVRO Energias Renováveis, Geração Distribuída e E�iciência Energética Editora: LTC Autor: José Roberto Simoes Moreira ISBN: 9788521630258 Comentário: O livro em questão apresenta uma abordagem sobre o que são as energias renováveis, quais são as fontes de produção e sua importância, passando pela geração distribuída e pelo grau de e�ciência das fontes de geração de energia. FILME Mudanças Climáticas Ano: 2011 Comentário: Por que devemos nos preocupar com as mudanças climáticas? Como elas interferem no nosso dia a dia? O que podemos fazer para diminuir os seus efeitos e nos adaptar a eles T R A I L E R 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 33/37 conclusão Conclusão Finalmente. no �nal desta segunda unidade, você teve a oportunidade de estudar os impactos ambientais e o efeito estufa, os mecanismos de desenvolvimento limpo e os tipos de fontes. Analisouo conceito de geração distribuída, suas vantagens e desvantagens e veri�cou o que é um processo de cogeração de energia, como o setor elétrico está ligado ao desenvolvimento sustentável e de que maneira é tratado o processo de proteção ambiental de forma a manter a economia do país. No último tópico desta unidade, conheceu conceitos, características e tipos de usina hidrelétrica. Espero que os vídeos apresentados a cada término de tópico e as leituras recomendadas possam contribuir para o aprofundamento do seu conhecimento. referências Referências Bibliográ�cas ANEEL – AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Legislação. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/area.cfm?id_area=50>. Acesso em: 25 mar. 2019. _______. Atlas de energia elétrica do Brasil, [s.d.]. Disponível em www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par2_cap3.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2019. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA. NBR ISO 14001: Sistema da gestão da ambiental – requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro: 2015. ______. NBR ISO 14064-1: Gases de efeito estufa – Parte 1: especi�cação e orientação a organizações para quanti�cação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de efeito estufa. Rio de Janeiro: 2007. ______. NBR ISO 14064-2: Gases de efeito estufa – Parte 2: especi�cação e orientação a organizações para quanti�cação, monitoramento e elaboração de relatórios de emissões ou da melhoria das remoções de gases de efeito estufa. Rio de Janeiro: 2007. http://www.aneel.gov.br/area.cfm?id_area=50 http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par2_cap3.pdf 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 34/37 ______. NBR ISO 14064-3: Gases de efeito estufa – Parte 3: especi�cação e orientação para validação e veri�cação a gases de efeito estufa. Rio de Janeiro: 2007. ______. NBR ISO 14065: Gases de efeito estufa – Requisitos para organismos de validação e veri�cação de gases de efeito estufa para uso em acreditação e outras formas de reconhecimento. Rio de Janeiro: 2015. ______. NBR ISO 14066: Gases de efeito estufa – Requisitos de competência para equipes de validação e equipes de veri�cação de gases de efeito estufa. Rio de Janeiro: 2012. ______. NBR ISO 14040: Gestão ambiental – avaliação do ciclo de vida – princípios e estrutura. Rio de Janeiro: 2009. ______. NBR ISO 21500: Orientações sobre gerenciamento de projetos. Rio de Janeiro: 2012. ______. NBR ISO 50001: Sistema de gestão da energia – requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro: 2011. BARBIERI, J. C. Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. BARBOSA Filho, W. P; AZEVEDO, A. C. S. Geração distribuída: vantagens e desvantagens. II Simpósio de Estudos e Pesquisa em Ciências Ambientais da Amazônia, 2016. Disponível em: <http://www.feam.br/images/stories/arquivos/mudnacaclimatica/2014/artigo_gd.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2019. BARJA, G. de J. A. A cogeração e sua inserção ao sistema elétrico. 2006. 171 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Mecânicas) – Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade de Brasília, Brasília 2006. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/documents/656835/14876412/Dissertacao_Gabriel_de_Jesus.pdf/832f9f92 ec37-4a91-ad25-a847fe3483ec>. Acesso em: 26 mar. 2019. BORGES, F. Q. Organizações do setor elétrico brasileiro: um breve estudo sobre suas di�culdades diante da sustentabilidade. Revista dos mestrados pro�ssionais, v. 4, n. 2, p. 235-252, jul./dez. 2015. Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/RMP/article/download/672/1591>. Acesso em: 26 mar. 2019. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução CONAMA nº 001, de 23/01/1986. Disponível em: <http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html>. Acesso em: 1 abr. 2019. COGEN. ASSOCIAÇÃO DA INDÚSTRIA DE COGERAÇÃO DE ENERGIA. Geração Distribuída – Novo Ciclo de Desenvolvimento. Disponível em: http://www.feam.br/images/stories/arquivos/mudnacaclimatica/2014/artigo_gd.pdf http://www.aneel.gov.br/documents/656835/14876412/Dissertacao_Gabriel_de_Jesus.pdf/832f9f92-ec37-4a91-ad25-a847fe3483ec https://periodicos.ufpe.br/revistas/RMP/article/download/672/1591 http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 35/37 <http://www.cogen.com.br/workshop/2013/Geracao_Distribuida_Calabro_22052013.pdf>. Acesso em: 25 mar 2019. DIAS, A. C. A. e M. et al. Flexibility and uncertainty in agribusiness projects: investing in a cogeneration plant. RAM, Rev. Adm. Mackenzie (Online), São Paulo, v. 12, n. 4, p. 105-126, ago. 2011. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678- 69712011000400005&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 26 mar. 2019. DORADO, A. J. Apostila do curso livre – GEE: treinamento para inventários de gases de efeito estufa. São Paulo: IEAGA, 2018. eCYCLE – Mudanças climáticas. Disponível em < >. Acesso em: 24 mar. 2019. EPE – EMPRESA DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO. Legislação. Disponível em: <http://www.epe.gov.br/quemsomos/Paginas/default.aspx>. Acesso em: 25 mar. 2019. FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS (FGV). Word Resources Institute. executores. Especi�cações do Programa Brasileiro GHG Protocol: contabilização, quanti�cação e publicação de inventários de emissões de gases de efeito estufa . 2. ed. Disponível em: <http://ghgprotocolbrasil.com.br/>. Acesso em: 1 abr. 2019. GANEM, R. S. et al. (Orgs.). Políticas setoriais e meio ambiente [recurso eletrônico]. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015. (Série Temas de Interesse do Legislativo, n. 28). GARCIA, K. C. Avaliação de impactos ambientais. Curitiba: Intersaberes, 2014. GODOY, S. G. M. de. Projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa: desempenho e custos de transação. Revista de Administração (São Paulo), São Paulo, v. 48, n. 2, p. 310- 326, jun. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0080-21072013000200010&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 24 mar. 2019. GUERRA, J. B. S. O. de A. G.; YOUSSEF, Y. A. As energias renováveis no Brasil: entre o mercado e a universidade. Palhoça: Unisul, 2011. Disponível em: <http//:www.jelare_project.eu/Dowloads/Energias_Renovaveis_no_Brasil.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2019. INSTITUTO NACIONAL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – INEE. O que é geração distribuída. Disponível em: <http://www.inee.org.br/forum_ger_distrib.asp>. Acesso em: 25 mar. 2019. LEI 10848 de 2004 – Dispõe sobre a comercialização de energia elétrica, altera as Leis ns. 5.655, de 20 de maio de 1971, 8.631, de 4 de março de 1993, 9.074, de 7 de julho de 1995, 9.427, de 26 de dezembro de 1996, 9.478, de 6 de agosto de 1997, 9.648, de 27 de maio de 1998, 9.991, de 24 de julho de 2000, 10.438, de 26 de abril de 2002, e dá outras providências. http://www.cogen.com.br/workshop/2013/Geracao_Distribuida_Calabro_22052013.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712011000400005&lng=pt&nrm=iso http://www.epe.gov.br/quemsomos/Paginas/default.aspx http://ghgprotocolbrasil.com.br/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-21072013000200010&lng=pt&nrm=iso http://http//:www.jelare_project.eu/Dowloads/Energias_Renovaveis_no_Brasil.pdf http://www.inee.org.br/forum_ger_distrib.asp 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 36/37 MINISTÉRIO PÚBLICO DE GOIÁS. Mecanismos de desenvolvimento limpo, [s.d.]. Disponivel em: <http://www.mpgo.mp.br/portal/noticia/mecanismos-de-desenvolvimento-limpo- mdl#.XJk0SFVKi2x>. Acesso em: 25 mar. 2019. NARUTO, D. T. Vantagens vantagens e desvantagens da geração distribuída e estudo de caso de um sistema solar fotovoltaico conectado à rede elétrica. 2017. 97 f. Trabalhode Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica) – Escola Politécnica, UFRJ, Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: <http://monogra�as.poli.ufrj.br/monogra�as/monopoli10020290.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2019. PHILIPPI JR, A.; ROMÉRO, M. D. A.; BRUNA, G. C. Curso de Gestão Ambiental. 2. ed. Barueri, SP: Manole. PHILIPPI JR, A.; REIS, L. B. do. Energia e sustentabilidade. Barueri, SP: Manole 2016. (Coleção Ambiental, v. 19). PILON, A. et al. Sistema de cogeração de energia. 1º Simpósio de Integração Cientí�ca e Tecnológica do Sul Catarinense – SICT-Sul. Revista Técnico Cientí�ca (IFSC), v. 3, n. 1, 2012. Disponível em: <https://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/rtc/article/viewFile/631/445>. Acesso em: 26 mar. 2019. NEOENERGIA. Glossário do setor elétrico, [s.d.]. Disponível em: <http://ri.neoenergia.com/wp- content/uploads/sites/32/2017/12/Gloss%C3%A1rio-do-Setor-El%C3%A9trico.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2019. REIS, L. B. do; CUNHA, E. C. N. Energia elétrica e sustentabilidade: aspectos tecnológicos, socioambientais e legais. São Paulo: Manole, 2006. (Coleção Ambiental). REIS, L. B. do; FADIGAS, E. A. A. ; CARVALHO, C. E. Energia, recursos naturais e a prática do desenvolvimento sustentável. 2. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole, 2012. RIBEIRO, M. F.; FREITAS, M. A. V; ROSA, L. P. Vulnerabilidade e ações de adaptação dos recursos hídricos às mudanças climáticas no Brasil. Rio de Janeiro: Interciência, 2014. (Coleção Mudanças Globais, v. 3). SALDANHA, M. M. Energia elétrica e meio ambiente: um novo paradigma para o desenvolvimento. Direito em debate – Revista do Departamento de Ciências Jurídicas e Sociais da Unijuí, ano XXI, n. 38, jul./dez. 2012. Disponível em: <https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/revistadireitoemdebate/article/view/517>. Acesso em: 26 mar. 2019. SÁNCHEZ, L. H. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos. 2. ed. São Paulo: O�cina de Textos, 2013. Edição digital 2015. http://www.mpgo.mp.br/portal/noticia/mecanismos-de-desenvolvimento-limpo-mdl#.XJk0SFVKi2x http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10020290.pdf https://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/rtc/article/viewFile/631/445 http://ri.neoenergia.com/wp-content/uploads/sites/32/2017/12/Gloss%C3%A1rio-do-Setor-El%C3%A9trico.pdf https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/revistadireitoemdebate/article/view/517 23/05/2021 Ead.br https://unifacs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_671008_… 37/37 TROMBETA, N. de C.; CAIXETA FILHO, J. V. Potencial e Disponibilidade de Biomassa de Cana-de- açúcar na Região Centro-Sul do Brasil: indicadores agroindustriais. Revista de Economia e Sociologia Rural, Brasília, v. 55, n. 3, p. 479-496, set. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 20032017000300479&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 26 mar. 2019. VIRMOND, E. Potencial de cogeração de energia elétrica a partir de resíduos do processamento de sorgo sacarino. Agroenergia em Revista, ed. 3, ago. 2011. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/44202/1/Revista-Agroenergia-3- 1427.pdf>. Acesso em: 26 mar. 2019. IMPRIMIR http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20032017000300479&lng=en&nrm=iso https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/44202/1/Revista-Agroenergia-3-1427.pdf
Compartilhar