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- -1 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL CAPÍTULO 3 - A IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS PODE GERAR IMPACTOS AMBIENTAIS POSITIVOS EM NÍVEL LOCAL, REGIONAL E GLOBAL? Rafaela Franqueto - -2 Introdução O modo de utilização dos recursos naturais é considerado um grande fator para o surgimento ou não de impactos ambientais, para que uma sociedade esteja organizada e em bom funcionamento. Nesse sentido, a criação e implementação de um processo de gestão se torna fator primordial. E você tem ideia do que precisa ser fundamentado neste processo? Primeiro, precisamos saber o que é uma gestão ambiental e, a partir dos conceitos obtidos, podemos trabalhar as variáveis que precisam ser incluídas no processo, você conseguiria imaginar quais são? Precisamos pensar na velocidade com que são extraídos os recursos naturais necessários para manutenção da sociedade, o modo de disposição e tratamento dos resíduos que são produzidos nessa manutenção, dentre outras. É todo esse somatório discutido até agora que define o grau de impacto ambiental e que a gestão ambiental tem capacidade de minimizá-lo. E agora, após iniciarmos o assunto, lhe pergunto: é possível separarmos questões ambientais das empresariais (manutenção de uma sociedade)? Acionistas, empresários e a sociedade em geral, estão cada vez mais atentos e pressionando os gestores para adotarem posturas mais proativas para o bem comum entre meio ambiente e sociedade. É nesse sentido que iremos discutir nesse capítulo, vamos entender o que é um Sistema de Gestão Ambiental, os elementos necessários para sua implementação. A partir desses conhecimentos, você estará apto a construir uma base sólida sobre os pontos principais para compreender como é um Sistema de Gestão Ambiental. Bom estudo! 3.1 Sistemas de Gestão Ambiental As preocupações nas questões relacionadas ao meio ambiente, segundo Lins (2015), iniciaram em anos recentes, com acontecimentos ambientais graves, como por exemplo: Fukushima (Japão), Golfo do México (Bristish - BP), Rio de Janeiro (Chevron). No decorrer dos anos, os desastres ambientais, que atingem tanto oPetroleum ambiente como um todo, quanto pessoas, se tornaram motivação para discussões mais amplas sobre a responsabilidade do sistema capitalista por detrás desses passivos e, desde então, as questões ambientais seguem muito próximas de decisões empresariais. Grandes organizações, principalmente, se viram obrigadas a encontrar o equilíbrio entre lucro e preservação ambiental, seja para evitar multas que impactam diretamente a lucratividade ou para melhorar a imagem perante o mercado consumidor (LINS, 2015). Nesse sentido, a primeira coisa a ser levada em consideração é se a empresa teve a oportunidade de implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), definido como os procedimentos e processos que têm por objetivo a elaboração e manutenção de um política ambiental da empresa, com fins de melhoria no desempenho ambiental. 3.1.1 Introdução Desde a Revolução Industrial (século XVIII), o meio ambiente sente as consequências do desenvolvimento das cidades e o uso desenfreado dos recursos naturais. O resultado de todas essas ações é a degradação ambiental, que se torna frequente em diversos pontos de todo o planeta. Podemos citar como exemplo de degradação ambiental os rios que cortam centros urbanos, que recebem grandes cargas de poluição (principalmente lixo e esgoto) (SILVA; PRZYBYSZ, 2014), como vemos na figura a seguir. - -3 Figura 1 - Degradação ambiental por destinação inadequada de resíduos sólidos acarretando em poluição hídrica. Fonte: Rich Carey, Shutterstock, 2018. Foi depois de perceber o desequilíbrio ecológico causado pelo desenvolvimento econômico a qualquer custo, que as discussões sobre meio ambiente tiveram espaço e o conceito de sustentabilidade foi desenvolvido (BALLÃO; SILVA, 2011). Atualmente, a pressão que o mercado consumidor e a sociedade em geral fazem nas empresas é muito grande o que as obriga a implantar sistemas de preservação ambiental. - -4 Embora as questões ambientais no século XXI seja preocupante, há um aumento do interesse de setores (industrial e comercial) pela busca de modelos de gestão que objetivem a maior produção sem uma agressão ao meio ambiente (SILVA; PRZYBYSZ, 2014). Clique na interação a seguir para saber mais. A área da gestão ambiental, hoje nas empresas é considerada um dever. Portanto, o desafio não é mais aceitar a gestão ambiental como parte de uma atividade diária da organização, mas sim, em como aperfeiçoá-la para que torne-se mais eficiente, tornando as empresas contribuintes para os pilares do Desenvolvimento Sustentável (JABBOUR; JABBOUR, 2013). Para que uma empresa seja considerada efetiva em relação as questões ambientais, é necessário que desenvolva uma boa gestão ambiental. Quando a gestão ocorre de forma plena, ela é considerada proativa e se não, a empresa busca somente o cumprimento das obrigações legais (multas) (LINS, 2015). De forma geral, gestão é o ato de gerir ou gerenciar de forma ordenada as decisões para atingir um objetivo e de acordo com Drucker (1968), a gestão normalmente está associada à tomada de decisão e que envolvam aspectos econômicos, objetivando alcançar lucros. Dentro das ações de gestão ambiental, o SGA (Sistema de Gestão Ambiental) proporciona às organizações a possibilidade de melhorar/aperfeiçoar o acompanhamento das práticas ambientais, por meio de avaliações, procedimentos e responsabilidades em toda organização, prevenindo danos ao meio ambiente decorrentes da produção da empresa (LINS, 2015). O Sistema de Gestão Ambiental refere-se a uma estrutura organizacional, na qual são inclusas atividades de planejamento, as responsabilidades das partes integrantes do sistema, as práticas e procedimentos, bem como os processos e recursos que são envolvidos para que se possa desenvolver, implementar, analisar e manter a política ambiental na organização (SILVA; PRZYBYSZ, 2014). A seguir, falaremos dos elementos essenciais de um Sistema de Gestão Ambiental. Acompanhe! 3.1.2 Elementos De acordo com Lins (2015), a implantação de um SGA objetiva o melhoramento contínuo entre as seguintes relações: ATIVIDADE PRODUTIVA → PRESERVAÇÃO AMBIENTAL → SOCIEDADE Sendo assim, os elementos básicos de um SGA são: comprometimento, planejamento, implementação, medição e avaliação, análise crítica e melhoria contínua (LINS, 2015). A ISO 14001 apresenta diferentes elementos que orientam a implementação do SGA. No quadro a seguir, foram adaptados os elementos da ABNT (2004, p. 128). VOCÊ SABIA? Pegada ecológica é definida como sendo o impacto da sociedade ao meio ambiente, ou seja; o “rastro” deixado na Terra durante a vida de um ser humano. Este cálculo leva em consideração os hábitos de cada pessoa (alimentação e consumo de energia e os seus efeitos sobre o planeta, tais como a poluição, falta de água, resíduos, alterações climáticas etc.) (GLOBAL FOOTPRINT NETWORK, 2019). - -5 Quadro 1 - Elementos da ISO 14001. Fonte: ABNT, 2004, p. 128. O SGA baseado na ISO 14001 segue o modelo de gestão Planejar-Executar-Verificar-Agir ( - - - –Plan Do Check Act - -6 O SGA baseado na ISO 14001 segue o modelo de gestão Planejar-Executar-Verificar-Agir ( - - - –Plan Do Check Act PDCA). A figura a seguir, apresenta um resumo da metodologia PDCA. Figura 2 - Exemplo de metodologia aplicada no modelo de gestão Plan-Do-Check-Act (PDCA). Fonte: LINS, 2015 p. 32. Verifica-se na figura a seguir, que o sucesso de um SGA depende da eficiência de todas as áreas da empresa, bem como da condução de todas as etapas envolvidas. Nesse modelo, o SGA corresponde a um conjunto de políticas, planejamento e procedimentos (administrativos, técnicos e organizacionais) para que uma empresa alcance o mais adequado desempenho ambiental. Nesse sentido, o ciclo PDCA apresenta as melhorias que podem ser monitoradas em resultados que podem ser mensuráveis, proporcionando uma avaliação crítica e ser readequadas, quando necessário (SILVA; PRZYBYSZ, 2014). Aimplementação de um SGA está baseada em cinco princípios básicos, orientados pelo Manual de auditoria ambiental e que são apresentados no quadro a seguir (AVIGNON; ROVERE, 2002). - -7 Quadro 2 - Princípios para implementação de um SGA baseado na ISO 14004. Fonte: Elaborado pela autora, adaptado de AVIGNON; ROVERE, 2002. Clique nos itens a seguir para ver alguns exemplos de princípios, de acordo com Lins (2015): • Incorporação de uma variável ambiental nas etapas de planejamento, construção, manutenção e operação das organizações. • Busca por novas tecnologias, matéria-prima economicamente viável e o aperfeiçoamento de processos que visão a minimização dos impactos ao meio ambiente. • Uso de forma racional dos recursos ambientais, levando em consideração os preceitos de desenvolvimento sustentável. • Cumprimento da legislação ambiental e dos compromissos assumidos. • Promoção do diálogo com as partes interessada, para troca de informações. • Monitoramento periódico do desempenho ambiental, para assegurar a melhoria contínua do SGA. Os princípios demonstram que é necessário que se implante uma metodologia prática para que o SGA consiga assegurar a redução de impactos ambientais, mostrando resultados ambientais positivos, melhorando a imagem da empresa e atendendo a legislação vigente (SILVA; PRZYBYSZ, 2014). 3.1.3 Requisitos Na ISO 14001, item 4, podemos conhecer os requisitos que devem ser cumpridos na organização para obter um SGA efetivo (CURI, 2012). No item 4.1 da norma, é estabelecido os requisitos gerais que uma organização necessita ter: A organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e melhorar continuamente um • • • • • • - -8 A organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e melhorar continuamente um Sistema de Gestão Ambiental em conformidade com os requisitos desta Norma e determinar como ela irá atender a esses requisitos. A organização deve definir e documentar o escopo de seu Sistema de Gestão Ambiental (ABNT, 2004, p. 4). Requisitos são as leis que a empresa deve cumprir ao iniciar um SGA, ou seja, você como um gestor deve identificar as obrigações da sua empresa perante a legislação (CURI, 2012). Segundo Silva e Przybysz (2014), os requisitos são úteis para se ter uma prévia da abrangência do processo de implementação do SGA, baseado na ISSO, e frisar a importância da definição da política ambiental. Ainda segundo os autores, a política ambiental é fundamental para demonstrar o comprometimento da empresa com o meio ambiente, desde a alta administração, na redução e/ou eliminação de passivos ambientais, propondo que as atividades estejam em conformidade com os princípios e compromissos estabelecidos. No planejamento de um SGA, no item 4.3.1 da ISO 14001, a empresa precisa identificar os aspectos ambientais das atividades, produtos e serviços, dentro do escopo que foi definido no SGA; levando em consideração o desenvolvimento de novos produtos, atividades ou serviços (SILVA; PRZYBYSZ, 2014). Aspecto ambiental, de acordo ainda com os autores, é o elemento de atividades, produtos e serviços de uma organização que consegue interagir com o meio ambiente, acarretando em algum tipo de impacto (alterando a qualidade do meio ambiente). Os aspectos ambientais devem ser monitorados com objetivo de causar o menor impacto ao meio ambiente e pode-se citar alguns exemplos de aspectos: emissões atmosféricas, lançamentos em corpos d’água, despejo de efluente no solo, uso de recursos naturais, uso de energia, energia emitida (calor, vibração), produção de resíduos, etc. Depois de adequar a empresa perante os requisitos legais, o gestor precisa investigar seus impactos perante a sociedade e o meio ambiente. Na sequência, é necessário criar estratégias para reduziu e/ou eliminar os impactos. VOCÊ QUER LER? Para estabelecer uma política ambiental, a empresa precisa basear-se na ISO 14001, mas você sabe como foi construída a política ambiental do Brasil? O artigo “Política ambiental brasileira: análise histórico-institucionalista das principais abordagens estratégicas” (FERREIRA; SALLES, 2016) mostra o histórico institucional da construção da política ambiental brasileira, acesse o :link < >.https://revistas.ufpr.br/economia/article/download/54001/33016 https://revistas.ufpr.br/economia/article/download/54001/33016 - -9 Os requisitos legais podem assumir diversos formas, como por exemplo: legislações, licenças, autorizações, decretos, regulamentos, normas, termos de ajustamento, dentre outros. Nesse sentido, é dever de toda a empresa identificar e ter acesso a requisitos legais aplicáveis subscritos pela empresa, relacionado aos aspectos ambientais (ABNT, 2004). Dessa forma, o cumprimento de todos os requisitos deve ser considerado, para melhoria de desempenho ambiental e da imagem da empresa perante o consumidor (SILVA; PRZYBYSZ, 2014). 3.2 As normas ISO 14000 Toda implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) com objetivo de certificação ambiental acarreta no cumprimento de normas emanadas da ISO 14000 (LINS, 2015). ISO é a sigla conhecida da Organização Internacional para Normalização. Uma organização não governamental, fundada no ano de 1947, em Genebra, Suíça. A finalidade das normas é a padronização de procedimentos internacionais de consenso entre os países membro, para o caso da ISO 14000, na área ambiental. Estas normas têm o objetivo principal de criar, na organização, um Sistema de Gestão Ambiental e, com isso, reduzir os danos causados ao meio ambiente. Portanto, seu objetivo não é tornar a organização uma “empresa verde”, mas sim, fazer com que ela tenha uma melhoria contínua em seu Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e esteja de acordo com todas as políticas e leis ambientais (SILVA; PRZYBYSZ, 2014; LINS, 2015). 3.2.1 Introdução A ISO está presente em aproximadamente 150 países, com alcance à quase totalidade da produção mundial (LINS, 2015). No Brasil, o órgão normatizador é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). CASO Vamos entender isso em um caso fictício. Você é gestor de uma empresa que consome muita água durante o processo e nas atividades usuais da organização. Como profissional responsável da área ambiental, você indica para a alta administração a necessidade de implantação de um SGA e durante as verificações e análises, descobre-se que o alto consumo de água é considerado um impacto negativo. Sendo assim, você como gestor pode pensar em realizar um reaproveitamento de água, podendo reservar a água dos ralos das pias para utilizar na descarga dos vasos sanitários. Você optou por realizar um estudo para reaproveitamento e a conclusão foi que o reaproveitamento das águas trará tanto benefícios ambientais, quanto financeiros. Uma outra opção de reaproveitamento é da água da chuva. Toda atitude pensada estrategicamente, faz com que sua empresa ganhe pontos com o meio ambiente e ainda economize dinheiro em sua conta de água. - -10 Silva e Przybysz (2014) reportam que em março de ano 1983, a ISO estabeleceu o Comitê Técnico 2017 de Gestão Ambiental (TC-207) para desenvolver a série de normas internacionais de gestão ambiental, a exemplo do que tinha sido desenvolvido pela ISO 9000 (gestão da qualidade). 3.2.2 Definições O sistema de normas designado pelo código ISO 14000, atua basicamente sobre a gestão ambiental e, segundo Silva e Przybysz (2014), não deve ser confundido com um conjunto de normas técnicas e nem como complementariedade da série ISO 9000 (VALLE, 1995). O quadro a seguir, apresenta as principais normas da série 14000. VOCÊ SABIA? O termo “ISO” utilizado para representar a organização não é uma sigla. Isso porque, em português seria “OIN” e, em inglês, seria “IOS”. Assim, a palavra “ISO” é derivada do grego, que significa igual. O uso do termo decorre do sentido de igualdade para uma norma de alcance mundial, uma representação (LINS, 2015). - -11 Quadro 3 - Normas da série ISO 14000. Fonte: Elaborado pela autor, adaptado de SILVA; PRZYBYSZ, 2014. Podemosver no quadro acima, que as primeiras normas da série ISO 14000 tratam do Sistema de Gestão Ambiental (SGA). As demais, apresentam-se principalmente estudos nas áreas de auditoria e gerenciamento ambiental, avaliação de desempenho ambiental, rotulagem ambiental e análise do ciclo de vida (ACV) (VITERBO JUNIOR, 1998; LINS, 2015). Ressalta-se que as normas ISO 14010, 14011 e 14012 (relacionadas à auditoria ambiental), foram substituídas pela norma ISO 19011, assegurando a base da credibilidade de todo o processo - -12 ambiental), foram substituídas pela norma ISO 19011, assegurando a base da credibilidade de todo o processo de certificação ambiental (SILVA; PRZYBYSZ, 2014). O principal objetivo da ISO 14000 é fornecer instrumentos para que as organizações possam implementar ou aperfeiçoar um Sistema de Gestão Ambiental (LINS, 2015). A implementação de um SGA baseado na ISO 14000 adiciona valor à empresa, conferindo qualidade aos produtos e processos, além de garantir o cumprimento das leis ambientais vigentes, sendo requisito para obtenção de uma certificação ambiental, por exemplo (SILVA; PRZYBYSZ, 2014). Caso a empresa já tenha sido certificada pela ISO 9000, as adaptações organizacionais são mais simples. Uma boa forma de tomada de decisão para implantação de um SGA é responder alguns questionamentos, como os listados a seguir (LINS, 2015). Clique nos itens para ler. • A empresa exerce atividade é classificada como de alto risco para acidentes ambientais? • Existem legislações ou regulamentos ambientais para serem cumpridos? • A concorrência e os clientes estão certificadas pela ISO 14000? • É possível que algum cliente exija a certificação? • A imagem da empresa para a sociedade é positiva ou negativa? • As mudanças podem acarretar em economia de custos com a melhor utilização da matéria-prima? Segundo as premissas da ISO 14001, a correta implementação do SGA depende do encorajamento do planejamento ambiental do início ao fim do ciclo de vida do processo ou produto, reconhecimento que a gestão ambiental está entre mais altas prioridades da empresa, estabelecimento do diálogo com todos os colaboradores, mensuração das obrigações legais e aspectos ambientais associados com a atividade, desenvolvimento do compromisso da gerência e empregados com a proteção ao meio ambiente; avaliação do desempenho ambiental (confrontando com objetivos, metas) visando melhoria ambiental, estabelecimento de um gerenciamento para analisar e auditorar o SGA, a fim de identificar melhorias do sistema, encorajamento a fornecedores para estabelecer um SGA (LINS, 2015). Vamos parar e pensar, se já seguimos todos os requisitos legais, planejamos os objetivos, treinamos nossos colaboradores, agora podemos descansar? Não, de jeito nenhum. Depois de tudo isso, vem a etapa da comunicação, ou seja, quanto mais pessoas conhecerem a sua política ambiental, melhor. Para isso, muitas empresas disponibilizam na internet os seus relatórios de sustentabilidade. No Brasil, a norma sobre SGA ficou conhecida como NBR ISO 14001 e de todas as normas da série, ela é a única • • • • • • VOCÊ QUER LER? A empresa O Boticário divulga em sua página na internet, relatórios anuais sobre atividades apoiadas e desenvolvidas pela instituição para com o meio ambiente (O BOTICÁRIO, 2018). Para conhecer e ler os relatórios da empresa, acesse: < >.http://www.fundacaogrupoboticario.org.br/pt/quem-somos/pages/relatorio-anual.aspx http://www.fundacaogrupoboticario.org.br/pt/quem-somos/pages/relatorio-anual.aspx - -13 No Brasil, a norma sobre SGA ficou conhecida como NBR ISO 14001 e de todas as normas da série, ela é a única que oferece certificação. Vamos entender com um exemplo: você tem uma empresa que segue à risca a norma 14001. Por conta disso, você pode receber um certificado para comprovar que sua organização tem verdadeiros compromissos com o meio ambiente (CURI, 2012). Importante ressaltar que a ISO 14001 não possui de lei, visto que seu objetivo é auxiliar as empresas,status mostrando o caminho certo para a sustentabilidade (CURI, 2012). 3.3 Rótulos ou selos ambientais A Rotulagem Ambiental, também conhecida como Selo Verde, já é praticada em vários países, como Alemanha, Suécia, Japão, Canadá e Holanda, mas com formas de abordagem e objetivos diferentes. Você tem ideia da diferença entre Rotulagem Ambiental e Selo Verde? Vamos entender: a rotulagem ambiental aplica metodologias ou métodos que abordam a classificação dos produtos, caracterizados por um processo de seleção de matérias-primas produzidas de acordo com especificações ambientais, ou seja, que seguem algum padrão regulatório. Já o “selo verde”, tem como principal característica a identificação dos produtos que acarretam menos impacto ao meio ambiente em relação aos seus similares (KAICK, 2018). O objetivo dos rótulos ambientais é indicar as características ambientais de um produto ou serviço e, normalmente, aparecem como um símbolo impresso na própria embalagem, apresentando-se como um “comprovante” de que a empresa em questão, ajuda na conversação do meio ambiente (CURI, 2012), como veremos mais adiante. 3.3.1 Introdução Os primeiros rótulos ambientais obrigatórios para produtos surgiram nos anos 1940 e tinham como finalidade criar medidas de precaução à saúde humana (como por exemplo, produtos como os pesticidas e agrotóxicos) (MOURA, 2013). Entretanto, foi no fim dos anos 1970, o lançado do primeiro selo ambiental. Esse selo foi estabelecido pela Agência Ambiental Alemã, o “Anjo Azul” ( ) (que aparece na figura a seguir, ) e tinha a finalidade deBlau Engel a atestar produtos oriundos da reciclagem e com baixa toxidade (MOURA, 2013). Já no fim dos anos 1980, no Canadá foi estabelecido o selo (figura a seguir, ). Noruega,Environmental Choice b Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia, em 1988, criaram o Selo (figura a seguir, ) (MOURA,Nordic Swan c 2013). Os Estados Unidos estabeleceram no ano de 1989, o selo (figura a seguir, ), e no mesmo ano, o JapãoGreen Seal d fundou, o (figura a seguir, ). Em 1992, a União Europeia lançou o selo (MOURA, 2013).Eco-Mark e Ecolabel E no Brasil, como foi? Desde 1993, o Brasil tem o Selo Qualidade Ambiental da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a qual é representante da (ISO), aqui no paísOrganization for International Standarlization (figura a seguir, ) (MOURA, 2013).f - -14 Figura 3 - Selos ambientais em diferentes países. Fonte: BLAUER ENGEL, 2019; GOVERNMENT OF CANADA, 2019; NORDIC SWAN ECOLABEL, 2019; GREEN SEAL, 2019; ECOMARK, 2019; ABNT, 2018. No Brasil, para a certificação, o setor florestal é muito importante. Essa importância da certificação florestal é devido ao fato de ser um processo voluntário, no qual a organização florestal busca, por meio de avaliação por terceiros, a aprovação de que seu produto tem origem em florestas com manejo adequado; isso quando reporta- se os seguintes aspectos: ambiental, social e econômico. No nosso país, há dois tipos de certificação: manejo florestal e cadeia de custódia (aplicada aos produtores que processam a matéria-prima) (BRASIL, 2009; MOURA, 2013). No Brasil há duas grandes certificadoras florestais que possuem reconhecimento internacional, como por exemplo, a (FSC), que no Brasil se tornou o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal eForest Stewardship Council o (PEFC), representado no Brasil peloProgramme for the Endorsement of Forest Certification Schemes Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor) (MOURA, 2013). Quando se pensa em características da rotulagem ambiental, pode-se citar como exemplo: caráter voluntário que VOCÊ O CONHECE? Pedro Buzatto Costa e Mário William Esper são os atuais presidente e vice-presidente do Conselho Deliberativo, e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para o período de 2017/2019 (ABNT, 2017). - -15 Quando se pensa em características da rotulagem ambiental, pode-se citar como exemplo: caráter voluntário que atua na identificação de produtos “amigos” à saúde eao meio ambiente, com foco direcionado ao consumidor. Eles adotam critérios de avaliação científicos, com metodologias de prova e verificação (ISO 14023), utiliza-se de termos de advertência (como exemplo “cigarro faz mal à saúde” ou “produto reciclável”) (KAICK, 2018). 3.3.2 Definições Diante do desenvolvimento de selos ambientais sem padrões comuns regulatórios, procurou-se organizar um sistema de orientações para a normatização ambiental em nível internacional, o qual é realizado pela ISO (MOURA, 2013). Buscando situar uma classificação dos diferentes tipos de rótulos ambientais, a ISO os dividiu em três categorias, que vemos no quadro a seguir. Quadro 4 - Tipos de rótulos ambientais. Fonte: ABNT, 2002; ABNT, 2009a. Kaick (2018) reportam que selos Tipo I e II são voltados para os consumidores finais e o Tipo III, para as empresas. Além das tipologias reportadas pela norma ISO (quadro acima), segundo Barboza (2001), os rótulos também podem ser classificados em tipos positivos, negativos ou neutros, como vemos a seguir. Clique nos cards. Rótulos positivos São os rótulos de caráter voluntário. São aqueles que atestam que o produto conseguiu um ou mais atributos ambientalmente preferíveis. Exemplo: produtos biodegradáveis, orgânicos ou oriundos de material reciclado. Rótulos negativos ou de advertência São os de uso obrigatório, por questões de saúde e segurança. Esse tipo de rótulo atua como um sinal de alerta para os componentes perigosos contidos no produto. Exemplo: pesticidas, agrotóxicos, carteiras de cigarro. Rótulos neutros Relatam características ambientais sobre um produto para orientar o consumidor nas suas compras. Exemplo: - -16 Relatam características ambientais sobre um produto para orientar o consumidor nas suas compras. Exemplo: Selo Procel de Conservação de Energia. No Brasil, além dos selos já citados têm-se os selos referentes à agricultura orgânica (mais de vinte selos deste tipo), como por exemplo: Associação de Agricultura Orgânica (AAO) e do Instituto Biodinâmico, IBD (FAVERIN, 2009). De acordo com Moura (2013), muitas empresas no Brasil estão procurando cada vez mais certificação do tipo internacional, com objetivos de sanar a falta de alternativa nacional, como por exemplo as construções sustentáveis. Nesse caminho, (LEED), The Leadership in Energy and Environmental Design estabelece normas referentes a redução do uso de água, consumo de energia, prevenção da poluição na construção, acessibilidade, incentivo ao aquecedor solar, dentre outros. LEED é um sistema norte-americano e no Brasil, avalia as edificações conforme os requisitos e créditos, recomendações que, quando atendidas, garantem pontos à edificação. Assim, o nível adquirido da certificação é definido conforme a quantidade de pontos conseguidos ao longo da avaliação. De acordo com Foelkel (2018), há diversos benefícios esperados pelo uso dos rótulos ambientais. Clique na interação a seguir para ver. Ambientais Redução de problemas e impactos ambientais, melhoria das performances ambientais. Sociais Satisfação do consumidor, melhoria das condições de vida. Econômicos Aumento das vendas e da competividade, reconhecimento da liderança empresarial, melhoria da imagem e do valor da empresa, uso da capacidade inovativa da empresa. É evidente que a rotulagem ambiental é um importante instrumento de implementação de políticas de desenvolvimento sustentável, do qual permite modificar, voluntariamente, os métodos de produção e de consumo. Influencia os consumidores nas suas escolhas referentes ao comportamento ambiental do setor produtivo, principalmente na aquisição de produtos com menor impacto ao meio ambiente (como recicláveis, orgânicos, econômicos no uso de energia e matéria-prima). 3.4 Ciclo de Vida A origem da Análise de Ciclo de Vida (ACV) faz referência à década de 1960, principalmente nas comunidades norte americanas e europeias. Aqui no Brasil, a história da ACV datou-se, ao início da década de 1990, após a criação do subcomitê da ABNT, passando a integrar o Comitê Técnico TC 207 da ISO, atuando na elaboração das normas da família ISSO 14000 no Brasil (SANTOS, 2006; WILLERS; RODRIGUES; SILVA, 2013). O primeiro estudo de Análise de Ciclo de Vida (AVC), foi realizado para a companhia Coca-Cola, no ano de 1969 VOCÊ QUER LER? O Comitê de Meio Ambiente e Sustentabilidade e a ABRE (Associação Brasileira de Embalagem) desenvolveram uma cartilha de Diretrizes de Rotulagem Ambiental, para orientar o mercado, com base em regulamentos e estudos internacionais, a manter uma conduta ética e uma comunicação consistente. Leia a cartilha (ABRE, 2018) na íntegra, acessando o link: < >.http://www.abre.org.br/downloads/cartilha.pdf http://www.abre.org.br/downloads/cartilha.pdf - -17 O primeiro estudo de Análise de Ciclo de Vida (AVC), foi realizado para a companhia Coca-Cola, no ano de 1969 (HUNT; FRANKLIN, 1996). A ACV realizada objetivou a verificação das emissões e resíduos produzidos pelas embalagens de bebidas. No ano de 1972, realizaram nova investigação para avaliar se os impactos eram menores com a utilização de garrafas reutilizáveis no lugar de latas e garrafas descartáveis. Foi no ano de 2002, no Brasil, fundada a Associação Brasileira de Ciclo de Vida (ABCV). A associação teve como meta a dispersão e concretização da ACV no Brasil, principalmente por meio de conferências. A primeira conferência ocorreu no ano 2007, no Estado de São Paulo e a segunda edição da Conferência Internacional sobre Avaliação do Ciclo de Vida (CILCA), que foi designada de Conferência Internacional sobre Análise do Ciclo de Vida na América Latina (WILLERS; RODRIGUES e SILVA, 2013). 3.4.1 Introdução Vamos pensar juntos: uma empresa de embalagens coloca em prática uma ação para reaproveitar as sobras das embalagens. A ideia deu tão certo que rendeu um selo para seus produtos. Entretanto, o que ninguém imaginou é de que os novos produtos produzidos pelas sobras levavam mais de 100 anos para se decompor, tornando-se um passivo para o meio ambiente. Esse tipo de situação é muito comum, e a ACV serve justamente para revelar todos os impactos ambientais do produto, desde a extração da matéria-prima até o momento da destinação. Em um estudo de Análise de Ciclo de Vida (ACV), devem ser observadas as diretrizes contidas nas normas descritas pela ISO. Este é um processo no qual se analisa desde as matérias-primas utilizadas, até seu descarte final, apresentada na figura a seguir (MARCAL et al., 2013). Figura 4 - Estágios do ciclo de vida do produto. Fonte: ABNT, 2009b. Ao incluir os impactos ao longo do ciclo de vida do produto, a ACV consegue oferecer uma visão abrangente dos aspectos ambientais do produto e/ou processo. Para a aplicação da ACV é necessário seguir quatro etapas (figura a seguir). - -18 Figura 5 - Fases da ACV. Fonte: ABNT, 2009c. Observa-se na figura acima, que na etapa de definição do Objetivo e Escopo, são definidas as finalidades do estudo e sua amplitude. Na fase de Análise de Inventário, é realizada a coleta de dados sobre o produto. Nessa fase, são expostas as entradas e saídas relevantes para o estudo que está sendo realizada. Na fase de Avaliação de Impacto, informações obtidos da fase anterior, são associados a impactos ambientais específicos e sejam avaliados. Por fim, na fase de Interpretação, descreve-se os resultados alcançados na segunda e terceira etapa, interpretando-os de acordo com os objetivos definidos previamente no estudo (COLTRO, 2007). 3.4.2 Definições A avaliação do ciclo de vida (ACV), na literatura é amplamente reportada como uma abordagem do “berço ao túmulo” (EPA; SETAC, 2006; BARBIERI, 2016). Nesse sentido, a ACV inicia com a aquisição de matérias-primas e finaliza quando todos os materiais sofrem disposição final ou reaproveitamento/reciclagem (WILLERS; RODRIGUES; SILVA, 2013). De acordo com Santos (2002), a Análise do Ciclo de Vida (ACV) baseia-se em uma ampla base de dados do produto, destinado ao estudo. Já Coltro (2007) afirma que a ACV é uma metodologia que aborda asquestões ambientais complexas, permitindo gerar números que permitem a tomada de decisões em bases ao seu objetivo. Nesse sentido, de acordo com a ISO 14040 (ABNT, 2009b), a ACV refere-se avaliação das entradas, saídas e dos impactos ambientais potenciais, de um sistema de produto, ao longo de seu ciclo de vida. - -19 No Brasil, são consideradas as seguintes normas para aplicação da ACV (MARCAL et al., 2013): ISO 14040: Gestão Ambiental – Avaliação do Ciclo de Vida – Princípios e Estruturas e ISO 14041: Gestão Ambiental – Avaliação do Ciclo de Vida – Requisitos e Orientação. Há diversas áreas de atuação para a ACV, como por exemplo: avaliação de risco, avaliação de desempenho ambiental, auditoria ambiental e avaliação de impacto ambiental (ISO, 2006). Um exemplo conhecido da ACV é da sacola plástica. A matéria-prima é o petróleo, um recurso limitado. Só por esse fato, deveria ser utilizado menos. Mas é preciso considerar o uso da energia elétrica utilizado na produção e o combustível gasto no transporte dessas sacolas. É nisso que a ACV é fundamental; além do mencionado acima, pode-se verificar quanto tempo o plástico levará para se decompor no meio ambiente (CURI, 2012). Agora que você conhece mais sobre a ACV, sobre a sua importância, compreende melhor porque vale a pena reduzir o consumo de sacolas plásticas, não é? Por fim, com o conhecimento adquirido ao longo do texto, podemos refletir se é possível minimizar os problemas ambientais com atitudes simples, pois com a implementação de um SGA é possível tomar atitudes, como a redução das emissões que poluem o ar. É preciso que o profissional da área sempre leve em consideração a minimização dos problemas ambientais, como um traço de eficiência da organização que se está implementando o sistema. Síntese Chegamos ao final do capítulo. Aprendemos os requisitos legais e as normas ISO que devem ser considerados, quando se implementa um SGA. Todo o conhecimento adquirido nesse capítulo servirá como base para que você, como profissional, desenvolva suas atividades da melhor maneira possível. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: • conhecer os conceitos básicos de um Sistema de Gestão Ambiental; • entender quais são os elementos básicos necessários para implementação de um Sistema de Gestão Ambiental; • identificar quais são os requisitos legais para implementação de um Sistema de Gestão Ambiental; • conhecer a metodologia PDCA para modelos de Sistema de Gestão Ambiental; • aprender sobre as normas da série ISO 14000; • conhecer os conceitos básicos das normas da série ISO 14000; • conhecer os selos ambientais tanto do Brasil quanto no âmbito internacional; • aprender os conceitos de análise de ciclo de vida; • conhecer um pouco da história da ACV; • identificar as etapas pertinentes a uma análise de ciclo de vida de um produto; • conhecer as fases de uma estrutura de análise de ciclo de vida. VOCÊ QUER VER? Todo elemento presente no universo, inclusive as pessoas, tem seu ciclo de vida. Você conhece ou tem ideia de como é o ciclo de vidas dos produtos eu consumidor no dia a dia? Acesse o link a seguir e descubra (MOVIMENTO PLÁSTICO TRANSFORMA, 2018): < >http://www.plasticotransforma.com.br/analise-ciclo-de-vida • • • • • • • • • • • http://www.plasticotransforma.com.br/analise-ciclo-de-vida - -20 • conhecer as fases de uma estrutura de análise de ciclo de vida. Bibliografia ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. : rótulos e declarações ambientais:NBR ISO 14020 princípios gerais. Rio de Janeiro, 2002. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Sistema de Gestão Ambiental –NBR ISO 14001. Requisitos com orientação para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Programa ABNT de Rotulagem Ambiental. Brasília, 4 dez. 2009a. (Workshop Internacional sobre Rotulagem Ambiental). ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. : Gestão Ambiental - Avaliação doNBR ISO 14040 ciclo de vida - Princípios e estrutura. 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