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Sistemas Integrados de Gestão Ambiental - AV3

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Prévia do material em texto

- -1
SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL
CAPÍTULO 3 - A IMPLANTAÇÃO DE 
SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL NAS 
EMPRESAS PODE GERAR IMPACTOS 
AMBIENTAIS POSITIVOS EM NÍVEL LOCAL, 
REGIONAL E GLOBAL?
Rafaela Franqueto
- -2
Introdução
O modo de utilização dos recursos naturais é considerado um grande fator para o surgimento ou não de
impactos ambientais, para que uma sociedade esteja organizada e em bom funcionamento. Nesse sentido, a
criação e implementação de um processo de gestão se torna fator primordial. E você tem ideia do que precisa ser
fundamentado neste processo?
Primeiro, precisamos saber o que é uma gestão ambiental e, a partir dos conceitos obtidos, podemos trabalhar as
variáveis que precisam ser incluídas no processo, você conseguiria imaginar quais são?
Precisamos pensar na velocidade com que são extraídos os recursos naturais necessários para manutenção da
sociedade, o modo de disposição e tratamento dos resíduos que são produzidos nessa manutenção, dentre
outras. É todo esse somatório discutido até agora que define o grau de impacto ambiental e que a gestão
ambiental tem capacidade de minimizá-lo.
E agora, após iniciarmos o assunto, lhe pergunto: é possível separarmos questões ambientais das empresariais
(manutenção de uma sociedade)? Acionistas, empresários e a sociedade em geral, estão cada vez mais atentos e
pressionando os gestores para adotarem posturas mais proativas para o bem comum entre meio ambiente e
sociedade.
É nesse sentido que iremos discutir nesse capítulo, vamos entender o que é um Sistema de Gestão Ambiental, os
elementos necessários para sua implementação. A partir desses conhecimentos, você estará apto a construir
uma base sólida sobre os pontos principais para compreender como é um Sistema de Gestão Ambiental.
Bom estudo!
3.1 Sistemas de Gestão Ambiental
As preocupações nas questões relacionadas ao meio ambiente, segundo Lins (2015), iniciaram em anos recentes,
com acontecimentos ambientais graves, como por exemplo: Fukushima (Japão), Golfo do México (Bristish
 - BP), Rio de Janeiro (Chevron). No decorrer dos anos, os desastres ambientais, que atingem tanto oPetroleum
ambiente como um todo, quanto pessoas, se tornaram motivação para discussões mais amplas sobre a
responsabilidade do sistema capitalista por detrás desses passivos e, desde então, as questões ambientais
seguem muito próximas de decisões empresariais.
Grandes organizações, principalmente, se viram obrigadas a encontrar o equilíbrio entre lucro e preservação
ambiental, seja para evitar multas que impactam diretamente a lucratividade ou para melhorar a imagem
perante o mercado consumidor (LINS, 2015). Nesse sentido, a primeira coisa a ser levada em consideração é se a
empresa teve a oportunidade de implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), definido como os
procedimentos e processos que têm por objetivo a elaboração e manutenção de um política ambiental da
empresa, com fins de melhoria no desempenho ambiental.
3.1.1 Introdução
Desde a Revolução Industrial (século XVIII), o meio ambiente sente as consequências do desenvolvimento das
cidades e o uso desenfreado dos recursos naturais. O resultado de todas essas ações é a degradação ambiental,
que se torna frequente em diversos pontos de todo o planeta. Podemos citar como exemplo de degradação
ambiental os rios que cortam centros urbanos, que recebem grandes cargas de poluição (principalmente lixo e
esgoto) (SILVA; PRZYBYSZ, 2014), como vemos na figura a seguir.
- -3
Figura 1 - Degradação ambiental por destinação inadequada de resíduos sólidos acarretando em poluição 
hídrica.
Fonte: Rich Carey, Shutterstock, 2018.
Foi depois de perceber o desequilíbrio ecológico causado pelo desenvolvimento econômico a qualquer custo, que
as discussões sobre meio ambiente tiveram espaço e o conceito de sustentabilidade foi desenvolvido (BALLÃO;
SILVA, 2011). Atualmente, a pressão que o mercado consumidor e a sociedade em geral fazem nas empresas é
muito grande o que as obriga a implantar sistemas de preservação ambiental.
- -4
Embora as questões ambientais no século XXI seja preocupante, há um aumento do interesse de setores
(industrial e comercial) pela busca de modelos de gestão que objetivem a maior produção sem uma agressão ao
meio ambiente (SILVA; PRZYBYSZ, 2014). Clique na interação a seguir para saber mais.
A área da gestão ambiental, hoje nas empresas é considerada um dever. Portanto, o desafio não é mais aceitar a
gestão ambiental como parte de uma atividade diária da organização, mas sim, em como aperfeiçoá-la para que
torne-se mais eficiente, tornando as empresas contribuintes para os pilares do Desenvolvimento Sustentável
(JABBOUR; JABBOUR, 2013).
Para que uma empresa seja considerada efetiva em relação as questões ambientais, é necessário que desenvolva
uma boa gestão ambiental. Quando a gestão ocorre de forma plena, ela é considerada proativa e se não, a
empresa busca somente o cumprimento das obrigações legais (multas) (LINS, 2015).
De forma geral, gestão é o ato de gerir ou gerenciar de forma ordenada as decisões para atingir um objetivo e de
acordo com Drucker (1968), a gestão normalmente está associada à tomada de decisão e que envolvam aspectos
econômicos, objetivando alcançar lucros.
Dentro das ações de gestão ambiental, o SGA (Sistema de Gestão Ambiental) proporciona às organizações a
possibilidade de melhorar/aperfeiçoar o acompanhamento das práticas ambientais, por meio de avaliações,
procedimentos e responsabilidades em toda organização, prevenindo danos ao meio ambiente decorrentes da
produção da empresa (LINS, 2015).
O Sistema de Gestão Ambiental refere-se a uma estrutura organizacional, na qual são inclusas atividades de
planejamento, as responsabilidades das partes integrantes do sistema, as práticas e procedimentos, bem como
os processos e recursos que são envolvidos para que se possa desenvolver, implementar, analisar e manter a
política ambiental na organização (SILVA; PRZYBYSZ, 2014). 
A seguir, falaremos dos elementos essenciais de um Sistema de Gestão Ambiental. Acompanhe!
3.1.2 Elementos
De acordo com Lins (2015), a implantação de um SGA objetiva o melhoramento contínuo entre as seguintes
relações:
ATIVIDADE PRODUTIVA → PRESERVAÇÃO AMBIENTAL → SOCIEDADE
Sendo assim, os elementos básicos de um SGA são: comprometimento, planejamento, implementação, medição e
avaliação, análise crítica e melhoria contínua (LINS, 2015). A ISO 14001 apresenta diferentes elementos que
orientam a implementação do SGA. No quadro a seguir, foram adaptados os elementos da ABNT (2004, p. 128).
VOCÊ SABIA?
Pegada ecológica é definida como sendo o impacto da sociedade ao meio ambiente, ou seja; o
“rastro” deixado na Terra durante a vida de um ser humano. Este cálculo leva em consideração
os hábitos de cada pessoa (alimentação e consumo de energia e os seus efeitos sobre o planeta,
tais como a poluição, falta de água, resíduos, alterações climáticas etc.) (GLOBAL FOOTPRINT
NETWORK, 2019).
- -5
Quadro 1 - Elementos da ISO 14001.
Fonte: ABNT, 2004, p. 128.
O SGA baseado na ISO 14001 segue o modelo de gestão Planejar-Executar-Verificar-Agir ( - - - –Plan Do Check Act
- -6
O SGA baseado na ISO 14001 segue o modelo de gestão Planejar-Executar-Verificar-Agir ( - - - –Plan Do Check Act
PDCA). A figura a seguir, apresenta um resumo da metodologia PDCA.
Figura 2 - Exemplo de metodologia aplicada no modelo de gestão Plan-Do-Check-Act (PDCA).
Fonte: LINS, 2015 p. 32.
Verifica-se na figura a seguir, que o sucesso de um SGA depende da eficiência de todas as áreas da empresa, bem
como da condução de todas as etapas envolvidas. Nesse modelo, o SGA corresponde a um conjunto de políticas,
planejamento e procedimentos (administrativos, técnicos e organizacionais) para que uma empresa alcance o
mais adequado desempenho ambiental. Nesse sentido, o ciclo PDCA apresenta as melhorias que podem ser
monitoradas em resultados que podem ser mensuráveis, proporcionando uma avaliação crítica e ser
readequadas, quando necessário (SILVA; PRZYBYSZ, 2014).
Aimplementação de um SGA está baseada em cinco princípios básicos, orientados pelo Manual de auditoria
ambiental e que são apresentados no quadro a seguir (AVIGNON; ROVERE, 2002).
- -7
Quadro 2 - Princípios para implementação de um SGA baseado na ISO 14004.
Fonte: Elaborado pela autora, adaptado de AVIGNON; ROVERE, 2002.
Clique nos itens a seguir para ver alguns exemplos de princípios, de acordo com Lins (2015):
• 
Incorporação de uma variável ambiental nas etapas de planejamento, construção, manutenção e
operação das organizações.
• 
Busca por novas tecnologias, matéria-prima economicamente viável e o aperfeiçoamento de
processos que visão a minimização dos impactos ao meio ambiente.
• 
Uso de forma racional dos recursos ambientais, levando em consideração os preceitos de
desenvolvimento sustentável.
• 
Cumprimento da legislação ambiental e dos compromissos assumidos.
• 
Promoção do diálogo com as partes interessada, para troca de informações.
• 
Monitoramento periódico do desempenho ambiental, para assegurar a melhoria contínua do SGA.
Os princípios demonstram que é necessário que se implante uma metodologia prática para que o SGA consiga
assegurar a redução de impactos ambientais, mostrando resultados ambientais positivos, melhorando a imagem
da empresa e atendendo a legislação vigente (SILVA; PRZYBYSZ, 2014).
3.1.3 Requisitos
Na ISO 14001, item 4, podemos conhecer os requisitos que devem ser cumpridos na organização para obter um
SGA efetivo (CURI, 2012). No item 4.1 da norma, é estabelecido os requisitos gerais que uma organização
necessita ter:
A organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e melhorar continuamente um
•
•
•
•
•
•
- -8
A organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e melhorar continuamente um
Sistema de Gestão Ambiental em conformidade com os requisitos desta Norma e determinar como
ela irá atender a esses requisitos. A organização deve definir e documentar o escopo de seu Sistema
de Gestão Ambiental (ABNT, 2004, p. 4).
Requisitos são as leis que a empresa deve cumprir ao iniciar um SGA, ou seja, você como um gestor deve
identificar as obrigações da sua empresa perante a legislação (CURI, 2012).
Segundo Silva e Przybysz (2014), os requisitos são úteis para se ter uma prévia da abrangência do processo de
implementação do SGA, baseado na ISSO, e frisar a importância da definição da política ambiental. Ainda
segundo os autores, a política ambiental é fundamental para demonstrar o comprometimento da empresa com o
meio ambiente, desde a alta administração, na redução e/ou eliminação de passivos ambientais, propondo que
as atividades estejam em conformidade com os princípios e compromissos estabelecidos.
No planejamento de um SGA, no item 4.3.1 da ISO 14001, a empresa precisa identificar os aspectos ambientais
das atividades, produtos e serviços, dentro do escopo que foi definido no SGA; levando em consideração o
desenvolvimento de novos produtos, atividades ou serviços (SILVA; PRZYBYSZ, 2014).
Aspecto ambiental, de acordo ainda com os autores, é o elemento de atividades, produtos e serviços de uma
organização que consegue interagir com o meio ambiente, acarretando em algum tipo de impacto (alterando a
qualidade do meio ambiente). Os aspectos ambientais devem ser monitorados com objetivo de causar o menor
impacto ao meio ambiente e pode-se citar alguns exemplos de aspectos: emissões atmosféricas, lançamentos em
corpos d’água, despejo de efluente no solo, uso de recursos naturais, uso de energia, energia emitida (calor,
vibração), produção de resíduos, etc.
Depois de adequar a empresa perante os requisitos legais, o gestor precisa investigar seus impactos perante a
sociedade e o meio ambiente. Na sequência, é necessário criar estratégias para reduziu e/ou eliminar os
impactos.
VOCÊ QUER LER?
Para estabelecer uma política ambiental, a empresa precisa basear-se na ISO 14001, mas você
sabe como foi construída a política ambiental do Brasil? O artigo “Política ambiental brasileira:
análise histórico-institucionalista das principais abordagens estratégicas” (FERREIRA; SALLES,
2016) mostra o histórico institucional da construção da política ambiental brasileira, acesse o 
:link
< >.https://revistas.ufpr.br/economia/article/download/54001/33016
https://revistas.ufpr.br/economia/article/download/54001/33016
- -9
Os requisitos legais podem assumir diversos formas, como por exemplo: legislações, licenças, autorizações,
decretos, regulamentos, normas, termos de ajustamento, dentre outros. Nesse sentido, é dever de toda a
empresa identificar e ter acesso a requisitos legais aplicáveis subscritos pela empresa, relacionado aos aspectos
ambientais (ABNT, 2004). Dessa forma, o cumprimento de todos os requisitos deve ser considerado, para
melhoria de desempenho ambiental e da imagem da empresa perante o consumidor (SILVA; PRZYBYSZ, 2014).
3.2 As normas ISO 14000
Toda implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) com objetivo de certificação ambiental acarreta
no cumprimento de normas emanadas da ISO 14000 (LINS, 2015).
ISO é a sigla conhecida da Organização Internacional para Normalização. Uma organização não governamental,
fundada no ano de 1947, em Genebra, Suíça. A finalidade das normas é a padronização de procedimentos
internacionais de consenso entre os países membro, para o caso da ISO 14000, na área ambiental. Estas normas
têm o objetivo principal de criar, na organização, um Sistema de Gestão Ambiental e, com isso, reduzir os danos
causados ao meio ambiente. Portanto, seu objetivo não é tornar a organização uma “empresa verde”, mas sim,
fazer com que ela tenha uma melhoria contínua em seu Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e esteja de acordo
com todas as políticas e leis ambientais (SILVA; PRZYBYSZ, 2014; LINS, 2015).
3.2.1 Introdução
A ISO está presente em aproximadamente 150 países, com alcance à quase totalidade da produção mundial
(LINS, 2015). No Brasil, o órgão normatizador é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
CASO
Vamos entender isso em um caso fictício. Você é gestor de uma empresa que consome muita
água durante o processo e nas atividades usuais da organização. Como profissional
responsável da área ambiental, você indica para a alta administração a necessidade de
implantação de um SGA e durante as verificações e análises, descobre-se que o alto consumo
de água é considerado um impacto negativo.
Sendo assim, você como gestor pode pensar em realizar um reaproveitamento de água,
podendo reservar a água dos ralos das pias para utilizar na descarga dos vasos sanitários. Você
optou por realizar um estudo para reaproveitamento e a conclusão foi que o reaproveitamento
das águas trará tanto benefícios ambientais, quanto financeiros. Uma outra opção de
reaproveitamento é da água da chuva. Toda atitude pensada estrategicamente, faz com que sua
empresa ganhe pontos com o meio ambiente e ainda economize dinheiro em sua conta de água.
- -10
Silva e Przybysz (2014) reportam que em março de ano 1983, a ISO estabeleceu o Comitê Técnico 2017 de
Gestão Ambiental (TC-207) para desenvolver a série de normas internacionais de gestão ambiental, a exemplo
do que tinha sido desenvolvido pela ISO 9000 (gestão da qualidade).
3.2.2 Definições
O sistema de normas designado pelo código ISO 14000, atua basicamente sobre a gestão ambiental e, segundo
Silva e Przybysz (2014), não deve ser confundido com um conjunto de normas técnicas e nem como
complementariedade da série ISO 9000 (VALLE, 1995). O quadro a seguir, apresenta as principais normas da
série 14000.
VOCÊ SABIA?
O termo “ISO” utilizado para representar a organização não é uma sigla. Isso porque, em
português seria “OIN” e, em inglês, seria “IOS”. Assim, a palavra “ISO” é derivada do grego, que
significa igual. O uso do termo decorre do sentido de igualdade para uma norma de alcance
mundial, uma representação (LINS, 2015).
- -11
Quadro 3 - Normas da série ISO 14000.
Fonte: Elaborado pela autor, adaptado de SILVA; PRZYBYSZ, 2014.
Podemosver no quadro acima, que as primeiras normas da série ISO 14000 tratam do Sistema de Gestão
Ambiental (SGA). As demais, apresentam-se principalmente estudos nas áreas de auditoria e gerenciamento
ambiental, avaliação de desempenho ambiental, rotulagem ambiental e análise do ciclo de vida (ACV) (VITERBO
JUNIOR, 1998; LINS, 2015). Ressalta-se que as normas ISO 14010, 14011 e 14012 (relacionadas à auditoria
ambiental), foram substituídas pela norma ISO 19011, assegurando a base da credibilidade de todo o processo
- -12
ambiental), foram substituídas pela norma ISO 19011, assegurando a base da credibilidade de todo o processo
de certificação ambiental (SILVA; PRZYBYSZ, 2014).
O principal objetivo da ISO 14000 é fornecer instrumentos para que as organizações possam implementar ou
aperfeiçoar um Sistema de Gestão Ambiental (LINS, 2015).
A implementação de um SGA baseado na ISO 14000 adiciona valor à empresa, conferindo qualidade aos
produtos e processos, além de garantir o cumprimento das leis ambientais vigentes, sendo requisito para
obtenção de uma certificação ambiental, por exemplo (SILVA; PRZYBYSZ, 2014).
Caso a empresa já tenha sido certificada pela ISO 9000, as adaptações organizacionais são mais simples. Uma boa
forma de tomada de decisão para implantação de um SGA é responder alguns questionamentos, como os listados
a seguir (LINS, 2015). Clique nos itens para ler.
• 
A empresa exerce atividade é classificada como de alto risco para acidentes ambientais?
• 
Existem legislações ou regulamentos ambientais para serem cumpridos?
• 
A concorrência e os clientes estão certificadas pela ISO 14000?
• 
É possível que algum cliente exija a certificação?
• 
A imagem da empresa para a sociedade é positiva ou negativa?
• 
As mudanças podem acarretar em economia de custos com a melhor utilização da matéria-prima?
Segundo as premissas da ISO 14001, a correta implementação do SGA depende do encorajamento do
planejamento ambiental do início ao fim do ciclo de vida do processo ou produto, reconhecimento que a gestão
ambiental está entre mais altas prioridades da empresa, estabelecimento do diálogo com todos os colaboradores,
mensuração das obrigações legais e aspectos ambientais associados com a atividade, desenvolvimento do
compromisso da gerência e empregados com a proteção ao meio ambiente; avaliação do desempenho ambiental
(confrontando com objetivos, metas) visando melhoria ambiental, estabelecimento de um gerenciamento para
analisar e auditorar o SGA, a fim de identificar melhorias do sistema, encorajamento a fornecedores para
estabelecer um SGA (LINS, 2015).
Vamos parar e pensar, se já seguimos todos os requisitos legais, planejamos os objetivos, treinamos nossos
colaboradores, agora podemos descansar? Não, de jeito nenhum. Depois de tudo isso, vem a etapa da
comunicação, ou seja, quanto mais pessoas conhecerem a sua política ambiental, melhor. Para isso, muitas
empresas disponibilizam na internet os seus relatórios de sustentabilidade.
No Brasil, a norma sobre SGA ficou conhecida como NBR ISO 14001 e de todas as normas da série, ela é a única
•
•
•
•
•
•
VOCÊ QUER LER?
A empresa O Boticário divulga em sua página na internet, relatórios anuais sobre atividades
apoiadas e desenvolvidas pela instituição para com o meio ambiente (O BOTICÁRIO, 2018).
Para conhecer e ler os relatórios da empresa, acesse:
< >.http://www.fundacaogrupoboticario.org.br/pt/quem-somos/pages/relatorio-anual.aspx
http://www.fundacaogrupoboticario.org.br/pt/quem-somos/pages/relatorio-anual.aspx
- -13
No Brasil, a norma sobre SGA ficou conhecida como NBR ISO 14001 e de todas as normas da série, ela é a única
que oferece certificação. Vamos entender com um exemplo: você tem uma empresa que segue à risca a norma
14001. Por conta disso, você pode receber um certificado para comprovar que sua organização tem verdadeiros
compromissos com o meio ambiente (CURI, 2012).
Importante ressaltar que a ISO 14001 não possui de lei, visto que seu objetivo é auxiliar as empresas,status 
mostrando o caminho certo para a sustentabilidade (CURI, 2012).
3.3 Rótulos ou selos ambientais
A Rotulagem Ambiental, também conhecida como Selo Verde, já é praticada em vários países, como Alemanha,
Suécia, Japão, Canadá e Holanda, mas com formas de abordagem e objetivos diferentes.
Você tem ideia da diferença entre Rotulagem Ambiental e Selo Verde? Vamos entender: a rotulagem ambiental
aplica metodologias ou métodos que abordam a classificação dos produtos, caracterizados por um processo de
seleção de matérias-primas produzidas de acordo com especificações ambientais, ou seja, que seguem algum
padrão regulatório. Já o “selo verde”, tem como principal característica a identificação dos produtos que
acarretam menos impacto ao meio ambiente em relação aos seus similares (KAICK, 2018).
O objetivo dos rótulos ambientais é indicar as características ambientais de um produto ou serviço e,
normalmente, aparecem como um símbolo impresso na própria embalagem, apresentando-se como um
“comprovante” de que a empresa em questão, ajuda na conversação do meio ambiente (CURI, 2012), como
veremos mais adiante.
3.3.1 Introdução
Os primeiros rótulos ambientais obrigatórios para produtos surgiram nos anos 1940 e tinham como finalidade
criar medidas de precaução à saúde humana (como por exemplo, produtos como os pesticidas e agrotóxicos)
(MOURA, 2013).
Entretanto, foi no fim dos anos 1970, o lançado do primeiro selo ambiental. Esse selo foi estabelecido pela
Agência Ambiental Alemã, o “Anjo Azul” ( ) (que aparece na figura a seguir, ) e tinha a finalidade deBlau Engel a
atestar produtos oriundos da reciclagem e com baixa toxidade (MOURA, 2013).
Já no fim dos anos 1980, no Canadá foi estabelecido o selo (figura a seguir, ). Noruega,Environmental Choice b
Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia, em 1988, criaram o Selo (figura a seguir, ) (MOURA,Nordic Swan c 
2013).
Os Estados Unidos estabeleceram no ano de 1989, o selo (figura a seguir, ), e no mesmo ano, o JapãoGreen Seal d
fundou, o (figura a seguir, ). Em 1992, a União Europeia lançou o selo (MOURA, 2013).Eco-Mark e Ecolabel
E no Brasil, como foi? Desde 1993, o Brasil tem o Selo Qualidade Ambiental da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), a qual é representante da (ISO), aqui no paísOrganization for International Standarlization
(figura a seguir, ) (MOURA, 2013).f
- -14
Figura 3 - Selos ambientais em diferentes países.
Fonte: BLAUER ENGEL, 2019; GOVERNMENT OF CANADA, 2019; NORDIC SWAN ECOLABEL, 2019; GREEN SEAL, 
2019; ECOMARK, 2019; ABNT, 2018.
No Brasil, para a certificação, o setor florestal é muito importante. Essa importância da certificação florestal é
devido ao fato de ser um processo voluntário, no qual a organização florestal busca, por meio de avaliação por
terceiros, a aprovação de que seu produto tem origem em florestas com manejo adequado; isso quando reporta-
se os seguintes aspectos: ambiental, social e econômico. No nosso país, há dois tipos de certificação: manejo
florestal e cadeia de custódia (aplicada aos produtores que processam a matéria-prima) (BRASIL, 2009; MOURA,
2013).
No Brasil há duas grandes certificadoras florestais que possuem reconhecimento internacional, como por
exemplo, a (FSC), que no Brasil se tornou o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal eForest Stewardship Council
o (PEFC), representado no Brasil peloProgramme for the Endorsement of Forest Certification Schemes
Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor) (MOURA, 2013).
Quando se pensa em características da rotulagem ambiental, pode-se citar como exemplo: caráter voluntário que
VOCÊ O CONHECE?
Pedro Buzatto Costa e Mário William Esper são os atuais presidente e vice-presidente do
Conselho Deliberativo, e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para o período
de 2017/2019 (ABNT, 2017).
- -15
Quando se pensa em características da rotulagem ambiental, pode-se citar como exemplo: caráter voluntário que
atua na identificação de produtos “amigos” à saúde eao meio ambiente, com foco direcionado ao consumidor.
Eles adotam critérios de avaliação científicos, com metodologias de prova e verificação (ISO 14023), utiliza-se de
termos de advertência (como exemplo “cigarro faz mal à saúde” ou “produto reciclável”) (KAICK, 2018).
3.3.2 Definições
Diante do desenvolvimento de selos ambientais sem padrões comuns regulatórios, procurou-se organizar um
sistema de orientações para a normatização ambiental em nível internacional, o qual é realizado pela ISO
(MOURA, 2013). Buscando situar uma classificação dos diferentes tipos de rótulos ambientais, a ISO os dividiu
em três categorias, que vemos no quadro a seguir.
Quadro 4 - Tipos de rótulos ambientais.
Fonte: ABNT, 2002; ABNT, 2009a.
Kaick (2018) reportam que selos Tipo I e II são voltados para os consumidores finais e o Tipo III, para as
empresas. Além das tipologias reportadas pela norma ISO (quadro acima), segundo Barboza (2001), os rótulos
também podem ser classificados em tipos positivos, negativos ou neutros, como vemos a seguir. Clique nos cards.
Rótulos positivos
São os rótulos de caráter voluntário. São aqueles que atestam que o produto conseguiu um ou mais atributos
ambientalmente preferíveis. Exemplo: produtos biodegradáveis, orgânicos ou oriundos de material reciclado.
Rótulos negativos ou de advertência
São os de uso obrigatório, por questões de saúde e segurança. Esse tipo de rótulo atua como um sinal de alerta
para os componentes perigosos contidos no produto. Exemplo: pesticidas, agrotóxicos, carteiras de cigarro.
Rótulos neutros
Relatam características ambientais sobre um produto para orientar o consumidor nas suas compras. Exemplo:
- -16
Relatam características ambientais sobre um produto para orientar o consumidor nas suas compras. Exemplo:
Selo Procel de Conservação de Energia.
No Brasil, além dos selos já citados têm-se os selos referentes à agricultura orgânica (mais de vinte selos deste
tipo), como por exemplo: Associação de Agricultura Orgânica (AAO) e do Instituto Biodinâmico, IBD (FAVERIN,
2009).
De acordo com Moura (2013), muitas empresas no Brasil estão procurando cada vez mais certificação do tipo
internacional, com objetivos de sanar a falta de alternativa nacional, como por exemplo as construções
sustentáveis. Nesse caminho, (LEED), The Leadership in Energy and Environmental Design estabelece normas
referentes a redução do uso de água, consumo de energia, prevenção da poluição na construção, acessibilidade,
incentivo ao aquecedor solar, dentre outros. LEED é um sistema norte-americano e no Brasil, avalia as
edificações conforme os requisitos e créditos, recomendações que, quando atendidas, garantem pontos à
edificação. Assim, o nível adquirido da certificação é definido conforme a quantidade de pontos conseguidos ao
longo da avaliação.
De acordo com Foelkel (2018), há diversos benefícios esperados pelo uso dos rótulos ambientais. Clique na
interação a seguir para ver.
Ambientais
Redução de problemas e impactos ambientais, melhoria das performances ambientais.
Sociais
Satisfação do consumidor, melhoria das condições de vida.
Econômicos
Aumento das vendas e da competividade, reconhecimento da liderança empresarial, melhoria da imagem e do
valor da empresa, uso da capacidade inovativa da empresa.
É evidente que a rotulagem ambiental é um importante instrumento de implementação de políticas de
desenvolvimento sustentável, do qual permite modificar, voluntariamente, os métodos de produção e de
consumo. Influencia os consumidores nas suas escolhas referentes ao comportamento ambiental do setor
produtivo, principalmente na aquisição de produtos com menor impacto ao meio ambiente (como recicláveis,
orgânicos, econômicos no uso de energia e matéria-prima).
3.4 Ciclo de Vida
A origem da Análise de Ciclo de Vida (ACV) faz referência à década de 1960, principalmente nas comunidades
norte americanas e europeias. Aqui no Brasil, a história da ACV datou-se, ao início da década de 1990, após a
criação do subcomitê da ABNT, passando a integrar o Comitê Técnico TC 207 da ISO, atuando na elaboração das
normas da família ISSO 14000 no Brasil (SANTOS, 2006; WILLERS; RODRIGUES; SILVA, 2013).
O primeiro estudo de Análise de Ciclo de Vida (AVC), foi realizado para a companhia Coca-Cola, no ano de 1969
VOCÊ QUER LER?
O Comitê de Meio Ambiente e Sustentabilidade e a ABRE (Associação Brasileira de
Embalagem) desenvolveram uma cartilha de Diretrizes de Rotulagem Ambiental, para orientar
o mercado, com base em regulamentos e estudos internacionais, a manter uma conduta ética e
uma comunicação consistente. Leia a cartilha (ABRE, 2018) na íntegra, acessando o link:
< >.http://www.abre.org.br/downloads/cartilha.pdf
http://www.abre.org.br/downloads/cartilha.pdf
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O primeiro estudo de Análise de Ciclo de Vida (AVC), foi realizado para a companhia Coca-Cola, no ano de 1969
(HUNT; FRANKLIN, 1996). A ACV realizada objetivou a verificação das emissões e resíduos produzidos pelas
embalagens de bebidas. No ano de 1972, realizaram nova investigação para avaliar se os impactos eram menores
com a utilização de garrafas reutilizáveis no lugar de latas e garrafas descartáveis.
Foi no ano de 2002, no Brasil, fundada a Associação Brasileira de Ciclo de Vida (ABCV). A associação teve como
meta a dispersão e concretização da ACV no Brasil, principalmente por meio de conferências. A primeira
conferência ocorreu no ano 2007, no Estado de São Paulo e a segunda edição da Conferência Internacional sobre
Avaliação do Ciclo de Vida (CILCA), que foi designada de Conferência Internacional sobre Análise do Ciclo de
Vida na América Latina (WILLERS; RODRIGUES e SILVA, 2013).
3.4.1 Introdução
Vamos pensar juntos: uma empresa de embalagens coloca em prática uma ação para reaproveitar as sobras das
embalagens. A ideia deu tão certo que rendeu um selo para seus produtos. Entretanto, o que ninguém imaginou é
de que os novos produtos produzidos pelas sobras levavam mais de 100 anos para se decompor, tornando-se um
passivo para o meio ambiente. Esse tipo de situação é muito comum, e a ACV serve justamente para revelar
todos os impactos ambientais do produto, desde a extração da matéria-prima até o momento da destinação.
Em um estudo de Análise de Ciclo de Vida (ACV), devem ser observadas as diretrizes contidas nas normas
descritas pela ISO. Este é um processo no qual se analisa desde as matérias-primas utilizadas, até seu descarte
final, apresentada na figura a seguir (MARCAL et al., 2013).
Figura 4 - Estágios do ciclo de vida do produto.
Fonte: ABNT, 2009b.
Ao incluir os impactos ao longo do ciclo de vida do produto, a ACV consegue oferecer uma visão abrangente dos
aspectos ambientais do produto e/ou processo. Para a aplicação da ACV é necessário seguir quatro etapas
(figura a seguir).
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Figura 5 - Fases da ACV.
Fonte: ABNT, 2009c.
Observa-se na figura acima, que na etapa de definição do Objetivo e Escopo, são definidas as finalidades do
estudo e sua amplitude. Na fase de Análise de Inventário, é realizada a coleta de dados sobre o produto. Nessa
fase, são expostas as entradas e saídas relevantes para o estudo que está sendo realizada. Na fase de Avaliação de
Impacto, informações obtidos da fase anterior, são associados a impactos ambientais específicos e sejam
avaliados. Por fim, na fase de Interpretação, descreve-se os resultados alcançados na segunda e terceira etapa,
interpretando-os de acordo com os objetivos definidos previamente no estudo (COLTRO, 2007).
3.4.2 Definições
A avaliação do ciclo de vida (ACV), na literatura é amplamente reportada como uma abordagem do “berço ao
túmulo” (EPA; SETAC, 2006; BARBIERI, 2016). Nesse sentido, a ACV inicia com a aquisição de matérias-primas e
finaliza quando todos os materiais sofrem disposição final ou reaproveitamento/reciclagem (WILLERS;
RODRIGUES; SILVA, 2013).
De acordo com Santos (2002), a Análise do Ciclo de Vida (ACV) baseia-se em uma ampla base de dados do
produto, destinado ao estudo. Já Coltro (2007) afirma que a ACV é uma metodologia que aborda asquestões
ambientais complexas, permitindo gerar números que permitem a tomada de decisões em bases ao seu objetivo.
Nesse sentido, de acordo com a ISO 14040 (ABNT, 2009b), a ACV refere-se avaliação das entradas, saídas e dos
impactos ambientais potenciais, de um sistema de produto, ao longo de seu ciclo de vida.
- -19
No Brasil, são consideradas as seguintes normas para aplicação da ACV (MARCAL et al., 2013): ISO 14040:
Gestão Ambiental – Avaliação do Ciclo de Vida – Princípios e Estruturas e ISO 14041: Gestão Ambiental –
Avaliação do Ciclo de Vida – Requisitos e Orientação.
Há diversas áreas de atuação para a ACV, como por exemplo: avaliação de risco, avaliação de desempenho
ambiental, auditoria ambiental e avaliação de impacto ambiental (ISO, 2006).
Um exemplo conhecido da ACV é da sacola plástica. A matéria-prima é o petróleo, um recurso limitado. Só por
esse fato, deveria ser utilizado menos. Mas é preciso considerar o uso da energia elétrica utilizado na produção e
o combustível gasto no transporte dessas sacolas. É nisso que a ACV é fundamental; além do mencionado acima,
pode-se verificar quanto tempo o plástico levará para se decompor no meio ambiente (CURI, 2012).
Agora que você conhece mais sobre a ACV, sobre a sua importância, compreende melhor porque vale a pena
reduzir o consumo de sacolas plásticas, não é?
Por fim, com o conhecimento adquirido ao longo do texto, podemos refletir se é possível minimizar os problemas
ambientais com atitudes simples, pois com a implementação de um SGA é possível tomar atitudes, como a
redução das emissões que poluem o ar. É preciso que o profissional da área sempre leve em consideração a
minimização dos problemas ambientais, como um traço de eficiência da organização que se está implementando
o sistema.
Síntese
Chegamos ao final do capítulo. Aprendemos os requisitos legais e as normas ISO que devem ser considerados,
quando se implementa um SGA. Todo o conhecimento adquirido nesse capítulo servirá como base para que você,
como profissional, desenvolva suas atividades da melhor maneira possível.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• conhecer os conceitos básicos de um Sistema de Gestão Ambiental;
• entender quais são os elementos básicos necessários para implementação de um Sistema de Gestão 
Ambiental;
• identificar quais são os requisitos legais para implementação de um Sistema de Gestão Ambiental;
• conhecer a metodologia PDCA para modelos de Sistema de Gestão Ambiental;
• aprender sobre as normas da série ISO 14000;
• conhecer os conceitos básicos das normas da série ISO 14000;
• conhecer os selos ambientais tanto do Brasil quanto no âmbito internacional;
• aprender os conceitos de análise de ciclo de vida;
• conhecer um pouco da história da ACV;
• identificar as etapas pertinentes a uma análise de ciclo de vida de um produto;
• conhecer as fases de uma estrutura de análise de ciclo de vida.
VOCÊ QUER VER?
Todo elemento presente no universo, inclusive as pessoas, tem seu ciclo de vida. Você conhece
ou tem ideia de como é o ciclo de vidas dos produtos eu consumidor no dia a dia? Acesse o link
a seguir e descubra (MOVIMENTO PLÁSTICO TRANSFORMA, 2018):
< >http://www.plasticotransforma.com.br/analise-ciclo-de-vida
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http://www.plasticotransforma.com.br/analise-ciclo-de-vida
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• conhecer as fases de uma estrutura de análise de ciclo de vida.
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	Introdução
	3.1 Sistemas de Gestão Ambiental
	3.1.1 Introdução
	3.1.2 Elementos
	3.1.3 Requisitos
	3.2 As normas ISO 14000
	3.2.1 Introdução
	3.2.2 Definições
	3.3 Rótulos ou selos ambientais
	3.3.1 Introdução
	3.3.2 Definições
	3.4 Ciclo de Vida
	3.4.1 Introdução
	3.4.2 Definições
	Síntese
	Bibliografia

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