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Exercícios de Filosofia: Ideologia, Liberdade de Escolha, Esclarecimento e Pensamento Mítico

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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
1. (Ueg 2017) O fenômeno da ideologia é um 
dos temas fundamentais tanto da reflexão filosófica 
quanto da sociológica.
A esse respeito, verifica-se que 
a) Weber e outros sociólogos alemães consideram 
que a ideologia é um fenômeno cultural derivado 
da evolução cognitiva do ser humano e por isso 
seria objeto de estudo da psicologia, da neurologia 
e da filosofia, e não da sociologia. 
b) os filósofos contemporâneos consideram que a 
ideologia é melhor compreendida a partir da 
definição fornecida por Destutt de Tracy, segundo a
qual ela é a “ciência das ideias” e por isso é objeto 
de estudo exclusivo da filosofia. 
c) Mannheim entendia que a ideologia é um produto 
social gerado pelas classes sociais, sendo que a 
ideologia, no sentido mais estrito, seria produção 
da classe dominante, ao passo que as classes 
dominadas produziriam utopias. 
d) Marx compreendia que a ideologia é um sistema de
pensamento ilusório e que é um fenômeno que 
“não tem história”, sendo natural e universal, o que 
gerava a necessidade de substituição da ideologia 
burguesa pela ideologia proletária. 
e) Hegel produziu a abordagem filosófica mais 
desenvolvida de ideologia e a compreendia como 
sendo o estágio mais desenvolvido do pensamento
humano, superando outras formas de pensamento, 
como o mito, a religião, a filosofia e a ciência. 
 
2. (Enem 2016) Hoje, a indústria cultural 
assumiu a herança civilizatória da democracia de 
pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera 
uma fineza de sentido para os desvios espirituais. 
Todos são livres para dançar e para se divertir, do 
mesmo modo que, desde a neutralização histórica da 
religião, são livres para entrar em qualquer uma das 
inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da 
ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, 
revela-se em todos os setores como a liberdade de 
escolher o que é sempre a mesma coisa.
ADORNO, T HORKHEIMER, M. Dialética do
esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de
Janeiro: Zahar, 1985.
A liberdade de escolha na civilização ocidental, 
de acordo com a análise do texto, é um(a) 
a) legado social. 
b) patrimônio político. 
c) produto da moralidade. 
d) conquista da humanidade. 
e) ilusão da contemporaneidade. 
 
3. (Uel 2019) Leia o texto a seguir.
O programa do esclarecimento era o 
desencantamento do mundo. Sua meta era dissolver 
os mitos e substituir a imaginação pelo saber. [..] O 
mito converte-se em esclarecimento, e a natureza em 
mera objetividade. O preço que os homens pagam 
pelo aumento de poder é a alienação daquilo sobre o 
que exercem o poder. [...]
Quanto mais a maquinaria do pensamento 
subjuga o que existe, tanto mais cegamente ela se 
contenta com essa reprodução. Desse modo, o 
esclarecimento regride à mitologia da qual jamais 
soube escapar.
ADORNO & HORKHEIMER. Dialética do
esclarecimento. Fragmentos filosóficos. Trad. Guido
Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
1985. p.17; 21; 34.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
a crítica à racionalidade instrumental e a relação entre
mito e esclarecimento em Adorno e Horkheimer, 
assinale a alternativa correta. 
a) O mito revela uma constituição irracional, na 
medida em que lhe é impossível apresentar uma 
explicação convincente sobre o seu modo próprio 
de ser. 
b) A regressão do esclarecimento à mitologia revela 
um processo estratégico da razão, com o objetivo 
de ampliar e intensificar seus poderes explicativos. 
c) A explicação da natureza, instaurada pela 
racionalidade instrumental, pressupõe uma 
compreensão holística, em que as partes são 
incorporadas, na sua especificidade, ao todo. 
d) O esclarecimento implica a libertação humana da 
submissão à natureza, atestada pelo poder racional
de diagnosticar, prever e corrigir as limitações 
naturais. 
e) O esclarecimento se caracteriza por uma 
explicação baseada no cálculo, do que resulta uma 
compreensão da natureza como algo a ser 
conhecido e dominado. 
 
4. (Upe-ssa 1 2018) Em relação ao 
pensamento mítico, leia o texto a seguir:
O homem, admirado e perplexo, diante da 
natureza que o cerca, sem entender o dia, a noite, o 
frio, o calor, o sol, a chuva, os relâmpagos, os trovões, 
a terra fértil ou árida, sem entender a origem da vida, 
a morte e o seu destino eterno, a dor, o bem e o mal, 
recorre aos mitos.
(SOUZA, Sônia Maria Ribeiro. Um outro olhar –
filosofia. São Paulo: FTD, 1995, p. 39.)
A narrativa mítica tem significância para a 
existência humana no mundo. O mito tem uma 
representatividade singular para transmitir e 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
comunicar o conhecimento acerca da realidade. 
Sobre isso, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Os relatos míticos são narrações fantasiosas, 
desvinculados de sentido da realidade. 
b) O mito está privado de coerência, e sua narrativa 
prende-se à existência humana no mundo. 
c) O pensamento mítico está desligado do desejo de 
dominação do mundo, e sua narrativa impõe o 
medo e a insegurança. 
d) Os mitos devem ser acolhidos na sua significância 
como base para a compreensão do homem na sua 
existência e convivência. 
e) A mitologia se traduz em relato ilógico sem 
fundamento emotivo e tenta explicar a realidade 
concreta. 
 
5. (Ueg 2018) Friedrich Nietzsche (1844-1900) 
é um importante e polêmico pensador 
contemporâneo, particularmente por sua famosa 
frase “Deus está morto”. Em que sentido podemos 
interpretar a proclamação dessa morte? 
a) O Deus que morre é o Deus cristão, mas ainda vive 
o deus-natureza, no qual o homem encontrará uma 
justificativa e um consolo para sua existência sem 
sentido. 
b) Não fomos nós que matamos Deus, ele nos 
abandonou na medida em que não aceitamos o 
fato de que essa vida só poderá ser justificada no 
além, uma vez que o devir não tem finalidade. 
c) O Deus que morre é o deus-mercado, que tudo 
nivela à condição de mercadoria, entretanto o Deus
cristão poderá ainda nos salvar, desde que nos 
abandonemos à experiência de fé. 
d) A morte de Deus não se refere apenas ao Deus 
cristão, mas remete à falta de fundamento no 
conhecimento, na ética, na política e na religião, 
cabendo ao homem inventar novos valores. 
e) A morte de Deus serve de alerta ao homem de que 
nada é infinito e eterno, e que o homem e sua 
existência são momentos fugazes que devem ser 
vividos intensamente. 
 
6. (Ufu 2017) Leia o fragmento de autoria de 
Heráclito.
Deus é dia e noite, inverno e verão, guerra e paz,
abundância e fome. Mas toma formas variadas assim
como o fogo, quando misturado com essências, toma
o nome segundo o perfume de cada uma delas.
BORNHEIM, G. (Org.). Os filósofos pré-
socráticos. São Paulo: Cultrix, 1998, p. 40.
Conforme o exposto, “Deus”, no pensamento de
Heráclito, significa: 
a) A unidade dos contrários. 
b) O fundamento da religião monoteísta do período 
arcaico. 
c) Uma abstração para refutar o logos. 
d) A impossibilidade da harmonia no mundo. 
 
7. (Upe-ssa 2 2017) Sobre a temática da 
Filosofia na História, analise o texto a seguir:
Há, pois, uma inseparável conexão entre 
filosofia e história da filosofia. A filosofia é histórica, e
sua história lhe pertence essencialmente. E, por outra 
parte, a história da filosofia não é uma mera 
informação erudita acerca das opiniões dos filósofos.
Senão que é a exposição verdadeira do conteúdo real 
da filosofia. É, pois, com todo rigor, filosofia. A 
filosofia não se esgota em nenhum de seus sistemas, 
senão que consiste na história efetiva de todos eles. 
MARIAS, Julián. Historia de la Filosofia. Madrid,
1956, p. 5.
Assim, é CORRETO afirmar que, na tradição 
histórica da filosofia, 
a) o racionalismo e o empirismo têm estritas relações
com a solução integral do problema da vida na 
religião. 
b) os naturalistas pré-socráticosse preocuparam 
exclusivamente com a subjetividade e a matéria 
religiosa. 
c) o famoso lema “conhece-te a ti mesmo – torna-te 
consciente de tua ignorância” caracterizou o 
pensamento filosófico de Sócrates. 
d) o período da filosofia moderna é conhecido por se 
preocupar com as verdades reveladas. 
e) o período medieval teve como preocupação central
a singularidade em relação ao sujeito do 
conhecimento. 
 
8. (Ufu 2017) Leia a citação a seguir. 
A preguiça e a covardia são as causas pelas 
quais uma grande parte dos homens, depois que a 
natureza de há muito os libertou de uma direção 
estranha, continuem no entanto de bom grado 
menores durante toda a vida. São também as causas 
que explicam porque é tão fácil que os outros se 
constituam em tutores deles. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
KANT, I. Resposta à pergunta: que é
“Esclarecimento”? (Aufklarung). In: ______. Textos
seletos. Tradução de Raimundo Vier. 3. ed. Petrópolis:
Vozes, 2005, p. 64. 
A menoridade de que fala Kant é a condição 
daqueles que não fazem o uso da razão. Essa 
condição evidencia a ausência 
a) do idealismo necessário para a ampliação dos 
horizontes existenciais. 
b) da autonomia para fazer uso próprio da razão sem 
a tutela de outrem. 
c) da religião encarregada de fazer feliz o homem 
indigente de pensamento. 
d) da ignorância, pois quem se deixa guiar pelos 
outros acerta sempre. 
 
9. (Uel 2015) Leia os textos a seguir.
Sim bem primeiro nasceu Caos, depois também 
Terra de amplo seio, de todos sede irresvalável 
sempre.
HESÍODO. Teogonia: a origem dos deuses. 3.ed.
Trad. de Jaa Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1995.
p.91. 
Segundo a mitologia ioruba, no início dos 
tempos havia dois mundos: Orum, espaço sagrado dos
orixás, e Aiyê, que seria dos homens, feito apenas de 
caos e água. Por ordem de Olorum, o deus supremo, o 
orixá Oduduá veio à Terra trazendo uma cabaça com 
ingredientes especiais, entre eles a terra escura que 
jogaria sobre o oceano para garantir morada e 
sustento aos homens.
“A Criação do Mundo”. SuperInteressante. jul.
2008. Disponível em:
<http://super.abril.com.br/religiao/criacaomundo-
447670.shtm>. Acesso em: 1 abr. 2014. 
No começo do tempo, tudo era caos, e este caos
tinha a forma de um ovo de galinha. Dentro do ovo 
estavam Yin e Yang, as duas forças opostas que 
compõem o universo. Yin e Yang são escuridão e luz, 
feminino e masculino, frio e calor, seco e molhado.
PHILIP, N. O Livro Ilustrado dos Mitos: contos e
lendas do mundo. Ilustrado por Nilesh Mistry. Trad. de
Felipe Lindoso. São Paulo: Marco Zero, 1996. p.22.
Com base nos textos e nos conhecimentos 
sobre a passagem do mito para o logos na filosofia, 
considere as afirmativas a seguir.
I. As diversas narrativas míticas da origem do mundo, 
dos seres e das coisas são genealogias que 
concebem o nascimento ordenado dos seres; são 
discursos que buscam o princípio que causa e 
ordena tudo que existe.
II. Os mitos representam um relato de algo fabuloso 
que afirmam ter ocorrido em um passado remoto e 
impreciso, em geral grandes feitos apresentados 
como fundamento e começo da história de dada 
comunidade.
III. Para Platão, a narrativa mitológica foi considerada,
em certa medida, um modo de expressar 
determinadas verdades que fogem ao raciocínio, 
sendo, com frequência, algo mais do que uma 
opinião provável ao exprimir o vir-a-ser.
IV. Quando tomado como um relato alegórico, o mito 
é reduzido a um conto fictício desprovido de 
qualquer correspondência com algum tipo de 
acontecimento, em que inexiste relação entre o 
real e o narrado.
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
10. (Enem 2015) Ora, em todas as coisas 
ordenadas a algum fim, é preciso haver algum 
dirigente, pelo qual se atinja diretamente o devido fim.
Com efeito, um navio, que se move para diversos 
lados pelo impulso dos ventos contrários, não 
chegaria ao fim de destino, se por indústria do piloto 
não fosse dirigido ao porto; ora, tem o homem um fim,
para o qual se ordenam toda a sua vida e ação. 
Acontece, porém, agirem os homens de modos 
diversos em vista do fim, o que a própria diversidade 
dos esforços e ações humanas comprova. Portanto, 
precisa o homem de um dirigente para o fim.
AQUINO. T. Do reino ou do governo dos
homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São
Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995 (adaptado).
No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a 
monarquia como o regime de governo capaz de 
a) refrear os movimentos religiosos contestatórios. 
b) promover a atuação da sociedade civil na vida 
política. 
c) unir a sociedade tendo em vista a realização do 
bem comum. 
d) reformar a religião por meio do retorno à tradição 
helenística. 
e) dissociar a relação política entre os poderes 
temporal e espiritual. 
 
11. (Uea 2014) Quincas Borba leu-me daí a 
dias a sua grande obra. O último volume compunha-
se de um tratado político, fundado no Humanitismo. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
Reorganizada a sociedade pelo método dele; nem por 
isso ficavam eliminadas a guerra, a insurreição, a 
fome, as doenças; mas sendo esses supostos 
flagelos verdadeiros equívocos do entendimento, 
destinados a não influir sobre o homem, senão como 
simples quebra da monotonia universal, claro está 
que a sua existência não impediria a felicidade 
humana. Mas ainda quando tais flagelos 
correspondessem no futuro à concepção acanhada 
de antigos tempos, nem por isso ficava destruído o 
sistema porque sendo Humanitas a substância 
criadora e absoluta, cada indivíduo deveria achar a 
maior delícia do mundo em sacrificar-se ao princípio 
de que descende.
(ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de
Brás Cubas, 1970. Adaptado.)
Memórias póstumas de Brás Cubas, de 
Machado de Assis, foi publicado, em primeira edição, 
em 1881. O romance mantém um diálogo crítico e 
irônico com alguns princípios filosóficos presentes e 
atuantes na sociedade brasileira da segunda metade 
do século XIX. A filosofia política do Humanitismo, 
exposta pelo personagem Quincas Borba, entende 
que 
a) o conflito é o princípio gerador da civilização, o 
sistema político perfeito é o que promove as 
guerras entre os povos. 
b) o caminho da regeneração social é a religião 
suprema, a evolução social emancipa os indivíduos
das imposições da história. 
c) a existência de Deus, comprovada cientificamente, 
garante aos indivíduos a paz e a concórdia eternas.
d) os progressos históricos devem ser considerados 
de maneira global, pois o conjunto dos seres 
humanos predomina sobre as individualidades. 
e) os seres humanos, tomados isoladamente, 
precisam ter seus direitos particulares 
reconhecidos e protegidos por uma espécie de 
Grande Ser. 
 
12. (Unioeste 2012) “É no plano político que a 
Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, 
constituiu-se e formou-se. A experiência social pode 
tornar-se entre os gregos o objeto de uma reflexão 
positiva, porque se prestava, na cidade, a um debate 
público de argumentos. O declínio do mito data do dia
em que os primeiros Sábios puseram em discussão a 
ordem humana, procuraram defini-la em si mesma, 
traduzi-la em fórmulas acessíveis a sua inteligência, 
aplicar-lhe a norma do número e da medida. Assim se
destacou e se definiu um pensamento propriamente 
político, exterior a religião, com seu vocabulário, seus 
conceitos, seus princípios, suas vistas teóricas. Este 
pensamento marcou profundamente a mentalidade 
do homem antigo;caracteriza uma civilização que 
não deixou, enquanto permaneceu viva, de considerar 
a vida pública como o coroamento da atividade 
humana”.
Considerando a citação acima, extraída do livro
As origens do pensamento grego, de Jean Pierre 
Vernant, e os conhecimentos da relação entre mito e 
filosofia, é incorreto afirmar que 
a) os filósofos gregos ocupavam-se das matemáticas
e delas se serviam para constituir um ideal de 
pensamento que deveria orientar a vida pública do 
homem grego. 
b) a discussão racional dos Sábios que traduziu a 
ordem humana em fórmulas acessíveis a 
inteligência causou o abandono do mito e, com ele, 
o fim da religião e a decorrente exclusividade do 
pensamento racional na Grécia. 
c) a atividade humana grega, desde a invenção da 
política, encontrava seu sentido principalmente na 
vida pública, na qual o debate de argumentos era 
orientado por princípios racionais, conceitos e 
vocabulário próprios. 
d) a política, por valorizar o debate publico de 
argumentos que todos os cidadãos podem 
compreender e discutir, comunicar e transmitir, se 
distancia dos discursos compreensíveis apenas 
pelos iniciados em mistérios sagrados e contribui 
para a constituição do pensamento filosófico 
orientado pela Razão. 
e) ainda que o pensamento filosófico prime pela 
racionalidade, alguns filósofos, mesmo após o 
declínio do pensamento mitológico, recorreram a 
narrativas mitológicas para expressar suas ideias; 
exemplo disso e o “Mito de Er” utilizado por Platão 
para encerrar sua principal obra, A República. 
 
13. (Uff 2012) A grande contribuição de Tomás
de Aquino para a vida intelectual foi a de valorizar a 
inteligência humana e sua capacidade de alcançar a 
verdade por meio da razão natural, inclusive a 
respeito de certas questões da religião. 
Discorrendo sobre a “possibilidade de descobrir a 
verdade divina”, ele diz que há duas modalidades de 
verdade acerca de Deus. A primeira refere-se a 
verdades da revelação que a razão humana não 
consegue alcançar, por exemplo, entender como é 
possível Deus ser uno e trino. A segunda modalidade 
é composta de verdades que a razão pode atingir, por 
exemplo, que Deus existe.
A partir dessa citação, indique a afirmativa que 
melhor expressa o pensamento de Tomás de Aquino. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
a) A fé é o único meio do ser humano chegar à 
verdade. 
b) O ser humano só alcança o conhecimento graças à
revelação da verdade que Deus lhe concede. 
c) Mesmo limitada, a razão humana é capaz de 
alcançar certas verdades por seus meios naturais. 
d) A Filosofia é capaz de alcançar todas as verdades 
acerca de Deus. 
e) Deus é um ser absolutamente misterioso e o ser 
humano nada pode conhecer d’Ele. 
 
14. (Unimontes 2012) No final da Idade Média, 
os teóricos cristãos concebem uma teoria política 
baseada na origem divina do poder. O que 
fundamenta o poder político não é mais a natureza ou
a razão, mas sim a vontade de Deus. Os fundamentos
para esse modo de pensar eram buscados em duas 
fontes. Marque a alternativa correta. 
a) A Escritura Sagrada e o Direito Romano. 
b) Os Mitos e a religião. 
c) A política e a religião. 
d) No Direito Romano e nas histórias e fábulas. 
 
15. (Ueg 2012) Uma pesquisa publicada em 
março de 2011 informa que o sentimento religioso 
está diminuindo nos países ricos e que, em algumas 
décadas, o ateísmo pode se tornar majoritário nessas 
regiões. Independentemente de concordar ou não 
com as conclusões da pesquisa, filosoficamente, tal 
perspectiva pode ser relacionada a 
a) Descartes e sua noção de que Deus existe na 
medida em que existe a ideia de Deus e ela está no 
homem, mas não veio do homem. 
b) Marx, que definiu a religião como o “ópio do povo”, 
considerando que as condições materiais 
interferem nas crenças. 
c) Sartre e a noção existencialista de que todo 
homem é livre e deve se responsabilizar por essa 
liberdade. 
d) Spinoza e sua perspectiva de um deus panteísta, 
um deus que seria as próprias leis da natureza. 
 
16. (Uel 2011) Leia o texto a seguir.
Francis Bacon, em sua obra Nova Atlântida, 
imagina uma utopia tecnocrática na qual o sofrimento
humano poderia ser removido pelo desenvolvimento e
pelo aperfeiçoamento do conhecimento científico, o 
qual permitiria uma crescente dominação da natureza
e um suposto afastamento do mito. Na obra Dialética 
do Esclarecimento, Adorno e Horkheimer defendem 
que o projeto iluminista de afastamento do mito foi 
convertido, ele próprio, em mito, caindo no 
dogmatismo e em numa forma de mitologia. O 
progresso técnico-científico consiste, para Adorno e 
Horkeheimer, no avanço crescente da racionalidade 
instrumental, a qual é incapaz de frear iniciativas que 
afrontam a moral, como foram, por exemplo, os 
campos de concentração nazistas.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre 
o desenvolvimento técnico-científico, é correto 
afirmar: 
a) Bacon pensava que o incremento da racionalidade 
instrumental aliviaria as causas do sofrimento 
humano, apesar de a razão, a longo prazo, 
sucumbir novamente ao mito. 
b) Adorno e Horkheimer concordavam que o 
progresso científico não consegue superar o mito, 
mas se torna um tipo de concepção mítica incapaz 
de discriminar o que é certo do que é errado 
moralmente. 
c) Adorno e Horkheimer sustentavam que o crescente
avanço da racionalidade instrumental consistia 
num incremento da capacidade humana de avaliar 
moralmente. 
d) Bacon apontava que o aumento da capacidade de 
domínio do homem sobre a natureza conduziria os 
seres humanos a uma forma de dogmatismo. 
e) Tanto Adorno e Horkheimer quanto Bacon viam o 
progresso técnico e científico como a solução para 
os sofrimentos humanos e para as incertezas 
morais humanas. 
 
17. (Unesp 2011) Parece notícia velha, mas a 
ciência e o ensino da ciência continuam sob ataque. 
No portal ‘www.brasilescola.com’ há um texto de 
Rainer Sousa, da Equipe Brasil Escola, que discute a 
origem do homem. No final, o texto diz: “sendo um 
tema polêmico e inacabado, a origem do homem 
ainda será uma questão capaz de se desdobrar em 
outros debates. Cabe a cada um adotar, por critérios 
pessoais, a corrente explicativa que lhe parece 
plausível”. “Critérios pessoais” para decidir sobre a 
origem do homem? A religião como “corrente 
explicativa” sobre um tema científico, amplamente 
discutido e comprovado, dos fósseis à análise 
genética? Como é possível essa afirmação de um 
educador, em pleno século 21, num portal que leva o 
nome do nosso país e se dedica ao ensino?
(Marcelo Gleiser. Folha de S.Paulo, 13.02.2011.
Adaptado.)
O pensamento de Marcelo Gleiser é expresso 
por meio de uma 
a) perspectiva conciliatória entre religião e ciência 
acerca da origem do homem. 
b) abordagem do conflito entre criacionismo e 
evolucionismo sob um ponto de vista liberal, 
defendendo a liberdade individual para escolher 
qual adotar. 
c) pressuposição de que a teoria da evolução das 
espécies de Charles Darwin é anacrônica e, 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
portanto, inapropriada para explicar a origem do 
homem. 
d) crítica da posição adotada pela Equipe Brasil 
Escola, por seu teor de irracionalismo. 
e) pressuposição segundo a qual, no que tange à 
origem do homem, os critérios subjetivos devem 
prevalecer sobre os critérios empíricos. 
 
18. (Uel 2010) Leia atentamente os textos 
abaixo, respectivamente, de Platão e de Aristóteles: 
[...] a admiração é a verdadeira característica do 
filósofo. Não tem outra origem a filosofia.
(PLATÃO. Teeteto. Tradução de Carlos Alberto
Nunes. Belém: Universidade Federal do Pará, 1973. p.
37.)
Com efeito, foi pela admiração que os 
homens começarama filosofar tanto no princípio 
como agora; perplexos, de início, ante as dificuldades 
mais óbvias, avançaram pouco a pouco e enunciaram 
problemas a respeito das maiores, como os 
fenômenos da Lua, do Sol e das estrelas, assim como
a gênese do universo.
E o homem que é tomado de perplexidade e 
admiração julga-se ignorante (por isso o amigo dos 
mitos é, em certo sentido, um filósofo, pois também o 
mito é tecido de maravilhas); portanto, como 
filosofavam para fugir à ignorância, é evidente que 
buscavam a ciência a fim de saber, e não com uma 
finalidade utilitária.
(ARISTÓTELES. Metafísica. Livro I. Tradução
Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969. p. 40.)
Com base nos textos acima e nos 
conhecimentos sobre a origem da filosofia, é correto 
afirmar: 
a) A filosofia surgiu, como a mitologia, da capacidade 
humana de admirar-se com o extraordinário e foi 
pela utilidade do conhecimento que os homens 
fugiram da ignorância. 
b) A admiração é a característica primordial do 
filósofo porque ele se espanta diante do mundo 
das ideias e percebe que o conhecimento sobre 
este pode ser vantajoso para a aquisição de novas 
técnicas. 
c) Ao se espantarem com o mundo, os homens 
perceberam os erros inerentes ao mito, além de 
terem reconhecido a impossibilidade de o 
conhecimento ser adquirido pela razão. 
d) Ao se reconhecerem ignorantes e, ao mesmo 
tempo, se surpreenderem diante do anseio de 
conhecer o mundo e as coisas nele contidas, os 
homens foram tomados de espanto, o que deu 
início à filosofia. 
e) A admiração e a perplexidade diante da realidade 
fizeram com que a reflexão racional se restringisse 
às explicações fornecidas pelos mitos, sendo a 
filosofia uma forma de pensar intrínseca às 
elaborações mitológicas. 
 
19. (Unicentro 2010) “Os poemas homéricos 
têm por fundamento uma visão de mundo clara e 
coerente. Manifestam-na quase a cada verso, pois 
colocam em relação com ela tudo quanto cantam de 
importante – é, antes de mais nada, a partir dessa 
relação que se define seu caráter particular. Nós 
chamamos de religiosa essa cosmovisão, embora ela 
se distancie muito da religião de outros povos e 
tempos. Essa cosmovisão da poesia homérica é clara
e coerente. Em parte alguma ela enuncia fórmulas 
conceituais à maneira de um dogma; antes se 
exprime vivamente em tudo que sucede, em tudo que 
é dito e pensado. E embora no pormenor muitas 
coisas resultem ambíguas, em termos amplos e no 
essencial, os testemunhos não se contradizem. É 
possível, com rigoroso método, reuni-los, ordená-los, 
fazer lhes o cômputo, e assim eles nos dão respostas 
explícitas às questões sobre a vida e a morte, o 
homem e Deus, a liberdade e o destino (...).”
(OTTO. Os deuses da Grécia: a imagem do
divino na visão do espírito grego. 1ª Ed., trad. [e
prefácio] de Ordep Serra. – São Paulo: Odysseus
Editora, 2005 - p. 11.)
Com base no texto, e em seus conhecimentos 
sobre a função dos mitos na Grécia arcaica, assinale 
a alternativa correta. 
a) De acordo com os poemas homéricos, os deuses 
em nada poderiam interferir no destino dos 
humanos e, assim, a determinação divina 
(ananque) se colocava em segundo plano, uma vez 
que era o acaso (tykhe) quem governava, isto é, 
possuía a função de ensinar ao homem o que este 
deveria escolher no momento de sua livre ação. 
b) As poesias de Homero sempre mantiveram a 
função de educar o homem grego para o pleno 
exercício da atividade racional que surgiria no 
século VI a.C., uma vez que, de acordo com 
historiadores e helenistas, não houve uma ruptura 
na passagem do mito para o logos, mas sim um 
processo gradual e contínuo de enraizamento 
histórico que culminou no advento da filosofia. 
c) Os mitos homéricos serviram de base para a 
educação, formação e visão de mundo que o 
homem grego arcaico possuía. Em seus cânticos, 
Homero justapõe conceitos importantes como 
harmonia, proporção e questionamentos a respeito 
dos princípios, das causas e do porquê das coisas. 
Embora todas essas instâncias apresentavam-se 
como tal, os mitos não deixaram de lado o caráter 
mágico, fictício e fabular em que eram narrados. 
d) O mito já era pensamento. Ao formalizar os versos 
de sua poesia, Homero inaugura uma modalidade 
literária bem singular no ocidente. As ações dos 
deuses e dos homens, por exemplo, sempre 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
obedeceram a uma ordem pré-estabelecida, a qual 
sempre revelou uma lógica racional em 
funcionamento. 
e) Os mitos tiveram função meramente ilustrativa na 
educação do homem grego, pois o caráter teórico e
abstrato da cultura grega apagou em grande parte 
os aspectos que se revelariam relevantes na poesia
grega. 
 
20. (Uenp 2010) Considere as alternativas 
abaixo e assinale a única que não pode ser 
considerada como causa do surgimento da filosofia 
na Grécia Clássica. 
a) A filosofia pode ser considerada um “milagre 
grego”, sem ter qualquer relação com as 
circunstâncias históricas específicas da civilização 
helênica, surgiu como desdobramento espontâneo 
de suas formas de vida, devendo-se unicamente a 
genialidade do espírito grego. 
b) Os poemas homéricos embora ricos em 
imaginação apenas raramente caem na descrição 
do monstruoso e do disforme, o que é raro entre as 
manifestações artísticas dos povos antigos, isso 
indica, que já na literatura homérica há uma 
preocupação com a harmonia, a proporção, o limite
e a medida, categorias fundamentais para o 
desenvolvimento da filosofia, principalmente da 
ontologia. 
c) O orfismo, que era uma espécie de religião privada, 
praticada pelos gregos, acreditava na imortalidade 
da alma, além disso, a religião órfica rompia com o 
naturalismo, e era difundida sem dogmas ou de 
custódios dos dogmas, deixando ampla liberdade 
para o pensamento filosófico. 
d) O surgimento da polis, principalmente o 
desenvolvimento da ideia de lei e de justiça como 
expressão da vontade coletiva publica 
(democracia), e o consequente rompimento com 
modelos teocráticos de organização do Estado, 
privilegiando o espaço publico e o debate coletivo 
de ideias, é fator fundamental para o surgimento da
filosofia entre os gregos. 
e) Os gregos desenvolveram de forma considerável o 
pensamento cientifico na antiguidade clássica, por 
exemplo: transformaram em matemática os 
expedientes práticos para medir, contar e calcular; 
transformaram em astronomia aquilo que era 
pratica de adivinhação e previsão do futuro; 
transformaram em medicina as práticas 
misteriosas de grupos religiosos relacionadas com 
o conhecimento das causas e das curas das 
doenças. 
 
21. (Uenp 2010) O Renascimento é um período
que compreende o fim da Idade Média e o Início da 
Idade Moderna, entre os séculos XIV e XVI, e tem 
alcance em diversos campos da sociedade, do saber 
e da arte. Por causa disso é classificado por muitos 
estudiosos como um período de transição, não mais 
medieval, mas ainda não moderno. Autores recentes 
como Michel Foucault, no entanto, ampliaram o valor 
do Renascimento sustentando que ele constitui um 
sistema completo. Sobre o período é incorreto afirmar
que: 
a) Os humanistas resgataram o conceito romano de 
studia humanitatis. Entre suas preocupações 
estava o ensino do latim, da retórica e da filosofia 
moral. Resgataram em seus textos o valor do 
homem, o colocando no centro da cultura como 
valor maior, em contraposição a Deus, que o era 
durante a Idade Média. 
b) Maquiavel tem como uma de suas propostas 
teóricas a demarcação do objeto de estudo da 
política, bem como a sua separação da ética, da 
moral e da religião. Maquiavel é considerado por 
isso como o fundador da ciência política, ou da 
filosofia política moderna. 
c) A propriedade privada, recém ressurgida na época, 
é vista como um empecilho à pratica da virtude 
humana, por alguns humanistas. Para Tomas More,
o homem deveria viver deacordo com a natureza, 
dai seu esforço de defender uma nova civilização. 
Muitas vezes, a critica social de A Utopia parece 
estar endereçada à Inglaterra, lugar onde More 
nasceu. 
d) Uma das preocupações recorrentes dos que 
escrevem sobre Utopia é delinear a educação dos 
jovens, e isso é um tema central da Cidade do Sol 
de Campanella, onde os jovens receberiam todo 
tipo de instrução e até os muros da cidade seriam 
decorados com todo o saber conhecido. Essa 
preocupação já estava presente na filosofia grega 
antiga, por exemplo, em Platão. 
e) Os humanistas de um modo geral criticaram o 
movimento de reforma religiosa, tendo em vista 
que eram em sua maioria católicos e percebiam 
que, se o projeto da reforma fosse levado a cabo, a 
Igreja Católica perderia sua hegemonia cultural e 
religiosa, fortalecendo o paganismo clássico que 
renascia. 
 
22. (Ufsj 2010) “Toda proposição formulada 
pela religião ou pela moral encerra esse erro; 
sacerdotes e legisladores da moral são os 
promotores dessa perversão da razão”. Assinale a 
alternativa que explicita o erro ao qual Nietzsche se 
refere. 
a) Erro da confusão entre a causa e o efeito. 
b) Erro da indulgência. 
c) Erro dos pressupostos éticos. 
d) Erro das causas imaginárias, que destrói toda a 
possibilidade da razão existencial. 
 
23. (Ufu 2010) Friedrich Nietzsche (1844 – 
1900) opõe à moral tradicional, herdeira do 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
pensamento socrático-platônico e da religião judaica-
cristã, a transvaloração de todos os valores. 
Conforme Aranha e Arruda (2000): “Ao fazer a crítica 
da moral tradicional, Nietzsche preconiza a 
‘transvaloração de todos os valores’. Denuncia a falsa
moral, ‘decadente’, ‘de rebanho’, ‘de escravos’, cujos 
valores seriam a bondade, a humildade, a piedade e o 
amor ao próximo”. Desta forma, opõe a moral do 
escravo à moral do senhor, a nova moral.
(ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. P.
Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo:
Moderna, 2000, p. 286.)
Assinale a alternativa que contenha a descrição
da “moral do senhor” para Nietzsche. 
a) É caracterizada pelo ódio aos instintos; negação da
alegria. 
b) É negativa, baseada na negação dos instintos 
vitais. 
c) É transcendental; seus valores estão no além-
mundo. 
d) É positiva, baseada no sim à vida. 
 
24. (Unicentro 2010) Qual dos argumentos 
abaixo não caracteriza a crítica feita pela Escola de 
Frankfurt à razão ocidental? 
a) A Escola de Frankfurt confronta-se com a questão 
da autodestruição da razão, examinando o acasalar
de razão e barbárie na história, comprometendo-se,
assim, a pensar como é que a razão humana pôde 
entrar em um conflito tão radical consigo própria. 
b) Para os filósofos da Escola de Frankfurt, 
principalmente para Adorno e Horkheimer, há uma 
implicação paradoxal da razão ocidental e do mito: 
o próprio mito já é razão e a razão volta a ser 
mitologia da modernidade burguesa, isto é, se o 
mito se baseia na imitação dos fenômenos 
naturais, a ciência moderna substitui a mimese 
pelo princípio de identidade. 
c) Segundo os filósofos da Escola de Frankfurt, a 
racionalidade moderna deve contrapor ao 
irracionalismo inerente a sua própria constituição, 
uma visão instrumental da razão, na tentativa de 
adequar meios e fins. Para esses filósofos, a razão 
deve observar e normatizar, calcular, classificar e 
dominar a natureza, controlando as incoerências, 
injustiças e os acasos da vida. 
d) A racionalidade ocidental configura-se, na crítica 
feita pela Escola de Frankfurt, como razão de 
dominação e controle da natureza exterior e 
interior. Ao separar sujeito e objeto, corpo e alma, 
natureza e cultura, destitui o indivíduo de seu 
aspecto empírico e singular, transformando-o em 
um autômato. 
e) Para a Escola de Frankfurt, a racionalidade 
moderna adota a mesma atitude com relação aos 
objetos que o ditador em relação aos homens: 
conhece-os para melhor os dominar. A crítica 
desses filósofos se dirigiu a um tipo de saber que 
quer ser sinônimo de poder, e que tem a técnica 
como sua essência. 
 
25. (Ufu 2010) Para Marx, o materialismo 
histórico é a aplicação do materialismo dialético ao 
campo da história. Conforme Aranha e Arruda (2000) 
“Marx inverte o processo do senso comum que 
pretende explicar a história pela ação dos ‘grandes 
homens’ ou, às vezes, até pela intervenção divina. 
Para o marxismo, no lugar das ideias, estão os fatos 
materiais; no lugar dos heróis, a luta de classes”.
Assim, para compreender o homem é 
necessário analisar as formas pelas quais ele 
reproduz suas condições de existência, pois são 
estas que determinam a linguagem, a religião e a 
consciência.
(ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. P.
Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo:
Moderna, 2000, p. 241.)
A partir da explicação acima e dos seus 
conhecimentos sobre o pensamento de Karl Marx, 
assinale a alternativa que indica, corretamente, os 
dois níveis de “condições de existência” para Marx. 
a) Infraestrutura (ou estrutura), caracterizada pelas 
relações dos homens entre si e com a natureza; e 
superestrutura, caracterizada pelas estruturas 
jurídico-políticas e ideológicas. 
b) Infraestrutura (ou estrutura), caracterizada pelas 
relações dos homens entre si e com a natureza; e 
materialismo dialético, que é na verdade a forma 
pela qual o homem produz os meios de 
sobrevivência. 
c) Modos de produção, caracterizados pelo 
pensamento filosófico dos socialistas utópicos; e o
imperialismo, característica máxima do capitalismo
industrial. 
d) Imperialismo, característica do capitalismo 
industrial; e infraestrutura (ou estrutura), 
caracterizada pelas relações dos homens entre si e
com a natureza. 
 
26. (Unicentro 2010) “Primeiro foi o espanto, 
depois o despertar crítico e a decepção. O ser 
humano queria uma explicação para o mundo, uma 
ordem para o caos. Ele queria, enfim, a verdade. Essa 
busca da verdade tornou-se cada vez mais exigente 
com o conhecimento que adquiria e transmitia. 
Ambicioso, o homem sentia uma necessidade 
crescente de entender e explicar de maneira clara, 
coerente e precisa. Essa busca do saber fez nascer a 
filosofia.”
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
(COTRIM. Fundamentos da filosofia: história e
grandes temas. 16ª Ed., São Paulo: Saraiva, 2006 -
pp.49-50.).
Assinale a alternativa que caracteriza 
corretamente a atitude filosófica. 
a) O conhecimento filosófico é uma conquista recente
da humanidade: no pensamento grego antigo, 
filosofia e mitologia encontravam-se unidas e só 
vieram a se separar no século XVII, com a ciência 
galileana. 
b) A atitude filosófica caracteriza-se pela passagem 
do senso comum para o bom senso: enquanto o 
senso comum é conhecimento acrítico e 
fragmentário da realidade, o bom senso trata de 
organizá-lo criticamente em um todo coerente, o 
qual podemos chamar de filosofia de vida. 
c) A dúvida e a incerteza do pensamento 
caracterizam exemplarmente a atitude filosófica: 
“Só sei que nada sei” é, desde Sócrates, a 
proposição que expressa o método, por excelência,
da filosofia. 
d) As indagações filosóficas se realizam de modo não
sistemático, são perguntas sobre a capacidade e a 
finalidade humanas para conhecer e agir. 
e) A exigência de rigor, clareza e crítica é própria da 
atitude filosófica. Em seu exercício ordinário, a 
filosofia é essencialmente teórica, mas isso não 
significa que ela esteja à margem do real (do 
mundo). 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES: 
Entrevista com Jean-Pierre Vernant
O francês Jean-Pierre Vernant é considerado o 
maior helenista vivo. Nome familiar aos estudantes 
de filosofia, o autor francês tem vários livros 
publicados em português, entreeles Universo, os 
Deuses, os Homens (Cia. das Letras), As Origens do 
Pensamento Grego (Bertrand Brasil), A Morte nos 
Olhos (Zahar), Mito e Sociedade na Grécia Antiga 
(José Olympio), Mito e Tragédia na Grécia Antiga 
(Perspectiva). Sai agora no Brasil outro volume 
fundamental, Entre Mito & Política, antologia de textos,
uma espécie de "suma" de toda uma vida de 
pesquisador.
Nascido em 1914, Vernant participou 
ativamente da Resistência francesa e nunca 
abandonou sua vocação de militante. Fato que 
contrasta, em aparência, com o clichê do intelectual 
isolado em sua torre de marfim. Ao contrário, Vernant,
que carrega a justa fama de ter colocado os estudos 
helênicos em outro nível, poderia lembrar que foi na 
Grécia antiga que o ser humano foi definido como 
animal político. No novo livro, ele trafega entre mito e 
política com dupla mão de direção: investigando o 
que há de político no mito e o que há de mítico na 
política. Tudo muito atual, embora às vezes ele fale de
fatos e gente de 2.500 anos atrás. Na verdade, 
Vernant olha o passado para melhor entender o 
presente.
A civilização da Grécia antiga é comumente 
sintetizada entre nós numa fórmula: o milagre grego.
O sr. aceita isso?
Vernant - Absolutamente não! Essa ideia, 
expressa por Renan e amplamente retomada depois 
dele, segundo a qual a Grécia, e somente a Grécia, 
teria inventado a razão, o pensamento científico, a 
filosofia e todos os grandes valores universais, 
parece-me inaceitável. É verdade que, por volta do 
século 7.º antes de nossa era, houve um conjunto de 
fenômenos complexos. Em primeiro lugar, a 
passagem de uma civilização oral para uma cultura 
escrita e de uma palavra poética e profética - a de 
Homero e Hesíodo - para um discurso lógico e 
demonstrativo - o de Platão e Aristóteles. Ao mesmo 
tempo, o antigo sistema de governo, mantido por um 
rei ou por um grupo aristocrático, dá lugar à 
organização da cidade (polis), na qual todos os 
cidadãos podem discutir igualmente e concorrer à 
decisão coletiva. No seio desse duplo processo 
cultural e político, é impossível discernir onde está a 
causa e o efeito. Entretanto, o triunfo do logos na era 
clássica foi desfavorável aos gregos, cuja civilização 
não tem, portanto, nada de miraculosa: na realidade, 
não tentavam compreender o que contradiz a esse 
princípio lógico de identidade, particularmente os 
fenômenos exteriores, que não se prestam a 
demonstrações nem ao cálculo. É por isso que não 
existiu na realidade uma física grega, por causa da 
ausência da experimentação e da aplicação do 
cálculo à realidade.
O surgimento e a afirmação do discurso lógico 
não deveriam levar ao desaparecimento do mito?
Vernant - Mythos significa apenas relato, 
narração, embora, entre os gregos, os termos mythos 
e logos não se oponham entre si. Essa palavra serve 
hoje para designar, na história do pensamento grego, 
uma tradição transmitida oralmente e que não se 
insere na ordem do racional. Observe que os mythoi 
(mitos) não são um apanágio dos gregos. Nossa 
ciência atual está repleta de mithos: por acaso o big-
bang original de nossos cientistas seria muito 
diferente do chaos (caos) evocado por Hesíodo, esse 
camponês da Beócia do século 8.º antes de Cristo? 
As narrativas da origem transmitidas pelos mitos 
continuam inteiramente atuais na Grécia clássica, 
porque respondem a desafios relacionados com a 
identidade: o grego sabe de onde é porque conhece 
de cor todas essas histórias. Além disso, essas 
narrativas transmitem modos de ser e de comportar-
se.
Em Homero, aprende-se a trabalhar, a navegar, 
a fazer a guerra e a morrer - afirmava Platão. A 
tradição mitológica define assim um estilo exemplar 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
de existência, nos planos moral e estético, que para 
os gregos se confundem.
A mitologia assim descrita exprime o essencial
da religião grega?
Vernant - Não. Apenas em parte. Naturalmente, 
ela se refere a deuses aos quais devem ser rendidas 
honras, junto aos quais os humanos se sentem 
inferiores ao nada e cujo brilho divino não chega até 
os mortais porque estes não são dignos. Mas a 
religião está relacionada também com a prática, com 
rituais que acompanham e ordenam todos os gestos 
da existência. De fato, a religião está em toda a parte, 
no modo de comer, de entrar e sair, de se reunir na 
"agorá". Nada separa a esfera religiosa da esfera civil:
o religioso é político, o político é religioso. Na vida 
coletiva, a irreligião é inconcebível.
O Estado de São Paulo, Caderno 2, 05/08/2001 
27. (Uenp 2010) De acordo com o texto, é 
correto afirmar: 
a) A filosofia foi um milagre dos gregos. 
b) A filosofia desenvolveu-se na Grécia em 
decorrência de características específicas do povo 
grego. 
c) O triunfo da razão, na cultura grega , foi bastante 
favorável à civilização grega. 
d) Não houve desenvolvimento de uma física entre os 
gregos porque eles não aplicavam o cálculo à 
realidade. 
e) O desenvolvimento da democracia não guarda 
qualquer relação com o surgimento da filosofia na 
Grécia, visto que se trata apenas de uma 
manifestação cultural. 
 
28. (Uenp 2010) Sobre a religião dos gregos, 
assinale a alternativa correta. 
a) A mitologia está estritamente associada à religião. 
b) A religião está associada à vida prática do grego, e 
transcende o ritual para ordenar todos os gestos da
existência. 
c) Na vida coletiva, era comum que o grego não fosse 
religioso. 
d) A religião e a política não se misturavam entre os 
gregos. 
e) Os deuses gregos são muito parecidos com os 
homens (possuem características 
antropomórficas), por isso o grego não se sente 
inferior a eles. 
 
29. (Uenp 2010) Pierre Vernant é um grande 
estudioso da mitologia. De acordo com o seu 
pensamento, assinale a alternativa incorreta. 
a) O mito é uma propriedade característica da cultura 
grega. 
b) A palavra mito significa relato, narração. 
c) Mito e filosofia não são realidades opostas, na 
verdade existe uma relação de complementaridade 
entre os dois. 
d) A ciência contemporânea se utiliza de mitos. 
e) As narrativas mitológicas, além de trazer 
informações sobre a origem, transmite ao grego 
um modo de ser e comportar-se, o que caracteriza 
sua identidade. 
 
30. (Ufma 2009) O homem sempre buscou 
explicações sobre os aspectos essenciais da 
realidade que o cerca e sobre sua própria existência. 
Na Grécia antiga, antes da filosofia surgir, essas 
explicações eram dadas pela mitologia e tinham, 
portanto, um forte caráter religioso. Historicamente, 
considera-se que a filosofia tem inicio com Tales de 
Mileto, em razão de ele ter afirmado que “a água é a 
origem e a matriz de todas as coisas”. Nesse sentido, 
pode-se dizer que a frase de Tales tem caráter 
filosófico pelas seguintes razões: 
a) Porque destaca a importância da água para a vida; 
porque faz referência aos deuses como causa da 
realidade e, porque nela, embora apenas 
subentendido, esta contido o pensamento: “tudo é 
matéria”. 
b) Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; 
porque o faz sem imagem e fabulação e porque 
nela, embora apenas subentendido, está contido o 
pensamento: “tudo é um”. 
c) Porque narra uma lenda; porque narra essa lenda 
através de imagens e fabulação e porque nela, 
embora apenas subentendido, está contido o 
pensamento: “tudo é movimento”. 
d) Porque enuncia uma verdade revelada por Deus; 
porque o faz através da imaginação e, porque nela, 
embora apenas subentendido, esta contido o 
pensamento: “o homem e a medida de todas as 
coisas”. 
e) Porque enuncia algo sobre a origem das coisas; 
porque o faz recorrendo a deuses e a imaginação e,
porque nela, embora apenas subentendido, está 
contido o pensamento: “conhece-te a ti mesmo”. 
 
31. (Uenp 2009) “Dividiu-se em três partes o 
Universo, e cada qual logrou sua dignidade. Coube-me
habitaro mar alvacento, quando se tiraram as sortes, 
a Hades couberam as brumosas trevas e coube a 
Zeus o vasto Céu, no éter, e as nuvens. A terra ainda é
comum a todos, assim como o vasto Olimpo”
Segundo o texto de Homero, a origem do 
Universo é explicada pela divisão feita por Cronos 
entre seus três filhos: Poseidon, Hades e Zeus. A 
visão mítica revelada por relatos como esse permeou 
as sociedades gregas e romanas da Antiguidade e 
atribuiu um caráter religioso a seu legado artístico e 
cultural. As religiões e as mitologias são formas de 
explicar os mistérios do mundo que tiveram grande 
importância para a formação dos povos da 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
Antiguidade. A mitologia grega, por exemplo, criou 
narrativas sobre a natureza, os sentimentos humanos 
presentes no imaginário do mundo ocidental.
Dessa perspectiva, analise os enunciados a 
seguir:
I. O mito de Prometeu continua sendo lembrado na 
atualidade, representando a possibilidade do ser 
humano de desafiar os deuses e construir a cultura.
II. O mito de Édipo tem relação com a ideia de destino
e com a dificuldade dos seres humanos diante das 
dificuldades da vida.
III. Os deuses gregos eram poderosos e imortais, não 
tinham as fraquezas humanas e dominavam o 
mundo com sua astúcia.
IV. Muitas obras da literatura grega se inspiraram nas 
histórias vividas pelos mitos, com destaque 
especial para as obras de Homero.
V. A mitologia grega se desenvolveu sem vínculos 
com a religião da época; os mitos e os deuses 
eram cultuados de forma totalmente independente.
Assinale a alternativa correta: 
a) I, II, III são verdadeiras; IV e V são falsas. 
b) apenas V é falsa. 
c) todas são verdadeiras. 
d) todas são falsas. 
e) apenas I é verdadeira. 
 
32. (Ufma 2009) “Embora esses dogmas 
pertençam à religião, os utopianos pensam que a 
razão pode induzir, por si mesma, a crer neles e 
aceitá-los. Não hesitam em declarar que, na ausência 
desses princípios, fora preciso ser estúpido para não 
procurar o prazer por todos os meios possíveis, 
criminosos ou legítimos. A virtude consistiria, então, 
em escolher, entre duas volúpias, a mais deliciosa, a 
mais picante; e em fugir dos prazeres que se 
seguissem dores mais vivas do que o gozo que 
tivessem proporcionado”
(MORE, Thomas. A utopia. Trad. Luis de
Andrade, São Paulo: Nova Cultural, 1988. Col. Os
Pensadores)
A questão sobre a natureza da felicidade 
humana e a possibilidade de sua realização é uma 
das principais questões estudadas pela filosofia 
grega antiga, sendo discutida no interior de uma ética 
e relacionada a noções de virtude e de justiça. Sabe-
se que uma das características principais do 
humanismo, presente no pensamento renascentista, é
justamente a releitura dos filósofos antigos, buscando
integra-los a concepção cristã de vida. A concepção 
ética do povo utopiano, descrita na obra A utopia, de 
Thomas More pode ser considerada, em suas linhas 
gerais, uma revalorização de que corrente filosófica 
grega? 
a) Dos sofistas, na medida em que defende que a 
felicidade consiste em obter o máximo de prazer 
possível, especialmente os que nos advém das 
honras, do sucesso e das riquezas materiais. 
b) Do platonismo, na medida em que separa os 
prazeres em duas classes: os relacionados ao 
corpo e os relacionados à alma, e que a felicidade 
estaria no gozo dos prazeres relacionados a alma, 
devendo-se desprezar os prazeres do corpo. 
c) Do estoicismo, na medida em que defende que a 
felicidade consiste na tranquilidade ou ausência de 
perturbação, alcançada através do autocontrole, da
contenção e da austeridade, desprezando-se todo 
tipo de prazer. 
d) Do aristotelismo, na medida em que defende que a 
felicidade á uma “virtude da alma segundo a virtude
perfeita” e que essa virtude consistiria em uma 
espécie de mediania, de meio termo entre dois 
extremos. 
e) Do epicurismo, na medida em que defende que a 
felicidade consiste no gozo dos prazeres, mas não 
de todo e qualquer prazer, apenas os bons e 
honestos, devendo ser rejeitados os que levam a 
dores mais intensas do que o gozo que 
proporcionam. 
 
33. (Ufsm 2009) A afirmação “Os homens 
libertam-se pouco a pouco da brutalidade, quando de 
nenhum modo se procura intencionalmente nela os 
conservar” foi usada por Immanuel Kant, em 1784, 
para expressar uma importante reivindicação do 
iluminismo.
(KANT, I. Resposta à pergunta: que é o
iluminismo?)
A citação se refere à passagem
I. da superstição à religião.
II. do mito ao conceito.
III. da heteronomia à autonomia.
Está(ao) correta(s) 
a) I apenas. 
b) II apenas. 
c) III apenas. 
d) I e III apenas. 
e) II e III apenas. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Texto 1
Eis aqui, portanto, o princípio de quando se 
decidiu fazer o homem, e quando se buscou o que 
devia entrar na carne do homem.
Havia alimentos de todos os tipos. Os animais 
ensinaram o caminho. E moendo então as espigas 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
amarelas e as espigas brancas, Ixmucaná fez nove 
bebidas, e destas provieram a força do homem. Isto 
fizeram os progenitores, Tepeu e Gucumatz, assim 
chamados.
A seguir decidiram sobre a criação e formação
de nossa primeira mãe e pai. De milho amarelo e de 
milho branco foi feita sua carne; de massa de milho 
foram feitos seus braços e as pernas do homem. 
Unicamente massa de milho entrou na carne de 
nossos pais.
(Adaptado: SUESS, P. Popol Vuh: Mito dos
Quiché da Guatemala sobre sua origem do milho e a
criação do mundo. In: A conquista espiritual da
América Espanhola: 200 documentos – Século XVI.
Petrópolis: Vozes, 1992, p. 32-33.)
Texto 2
“Se você é o que você come, e consome 
comida industrializada, você é milho”, escreveu 
Michael Pollan no livro O Dilema do Onívoro, lançado 
este ano no Brasil. Ele estima que 25% da comida 
industrializada nos EUA contenha milho de alguma 
forma: do refrigerante, passando pelo Ketchup, até as 
batatas fritas de uma importante cadeia de fast food – 
isso se não contarmos vacas e galinhas que são 
alimentadas quase exclusivamente com o grão.
O milho foi escolhido como bola da vez ao seu 
baixo preço no mercado e também porque os EUA 
produzem mais da metade do milho distribuído no 
mundo.
(Adaptado: BURGOS, P. Show do milhão: milho
na comida agora vira combustível. 
Super Interessante. Edição 247, 15 dez. 2007,
p.33.) 
34. (Uel 2009) Com base nos textos 1 e 2 e nos
conhecimentos sobre as relações entre organização 
social e mito, é correto afirmar. 
a) Os deuses maias criaram os homens dotados de 
livre arbítrio para, a partir dos princípios da razão e 
da liberdade, ordenarem igualitariamente a 
sociedade. 
b) A exemplo das narrativas que predominavam no 
período homérico da Grécia antiga, os mitos 
expressam uma forma de conhecimento científico 
da realidade. 
c) Na busca de um princípio fundante e ordenador de 
todas as coisas, como ocorre na mitologia grega, a 
narrativa mítica justifica as bases da legitimação 
de organização política e de coesão social. 
d) Assim como nos povos Quiché da Guatemala, 
também os mitos gregos procuram explicar a 
arché, a origem, a partir de um elemento originário 
onde está presente o milho. 
e) Para certas tradições de pensamento, como a da 
escola de Frankfurt, o iluminismo representa a 
superação completa do mito. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
“Cada indivíduo deve encontrar um aspecto do 
mito que se relacione com sua própria vida. Os mitos 
têm basicamente quatro funções. A primeira é a 
função mística – e é disso que venho falando, dando 
conta da maravilha que é o universo, da maravilha que
é você, e vivenciando o espanto diante do mistério. Os
mitos abrem o mundo para a dimensão do mistério, 
para a consciênciado mistério que subjaz a todas as 
formas. Se isso lhe escapar, você não terá uma 
mitologia. Se o mistério se manifestar através de 
todas as coisas, o universo se tornará, por assim 
dizer, uma pintura sagrada. Você está sempre se 
dirigindo ao mistério transcendente, através das 
circunstâncias da sua vida verdadeira. A segunda é a 
dimensão cosmológica, a dimensão da qual a ciência 
se ocupa, mostrando qual é a forma do universo, mas 
fazendo-o de uma tal maneira que o mistério, outra 
vez, se manifeste. Hoje, tendemos a pensar que os 
cientistas detêm todas as respostas. Mas os maiores 
entre eles dizem-nos: “Não, não temos todas as 
respostas. Podemos dizer-lhe como a coisa funciona, 
mas não o que é”. Você risca um fósforo. O que é o 
fogo? Você pode falar de oxidação, mas isso não me 
dirá nada. A terceira função é sociológica – suporte e 
validação de determinada ordem social. E aqui os 
mitos variam tremendamente, de lugar para lugar. 
Você tem toda uma mitologia da poligamia, toda 
mitologia da monogamia. Ambas satisfatórias. 
Depende de onde você estiver. Foi essa função 
sociológica do mito que assumiu a direção do nosso 
mundo – e está desatualizada. A quarta função do 
mito, aquela, segundo penso, com que todas as 
pessoas deviam tentar se relacionar – a função 
pedagógica, como viver uma vida humana sob 
qualquer circunstância. Os mitos podem ensinar-nos 
isso.” 
(CAMPBELL, J. O Poder do Mito. São Paulo:
Palas Athenas, 1990. P. 32). 
35. (Unimontes 2009) O mito descreve a 
maravilha do universo com relatos simbólicos. É 
incorreto dizer que 
a) os mitos nascem em um universo sagrado e 
encantado. 
b) a função do mito é explicar de forma coerente a 
origem da vida, dos deuses e do universo. 
c) a função do mito é acomodar o homem em um 
mundo assustador. 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
d) a narrativa mítica é simbólica e necessita ser 
interpretada. 
 
36. (Ueg) Para a mitologia grega [...] “Zeus 
ocupa o trono do universo. Agora o mundo está 
ordenado. Alguns deuses disputaram entre si, alguns 
triunfaram. Tudo que havia de ruim no céu etéreo foi 
expulso, ou para a prisão do tártaro ou para a terra, 
entre os mortais. E os homens, o que aconteceu com 
eles? Quem são eles?”
VERNANT, Jean Pierre. O universo, os deuses,
os homens. São Paulo: Companhia das Letras, 2000
A ordem, em todas as suas acepções, é o 
grande objeto do espanto filosófico. Causam 
maravilhamento a ordem das leis naturais que a 
ciência descobre, a ordem manifesta nas proporções 
e harmonias da obra de arte e a ordem das ações 
justas na vida moral e política da sociedade. Antes da 
filosofia, os mitos já expressavam esse 
maravilhamento, porém com diferenças importantes. 
Sobre esse assunto, é correto afirmar que o mito: 
a) Enuncia de modo argumentativo a escala de 
valores de uma sociedade pré-crítica. 
b) Estabelece parâmetros de abordagem dos 
fenômenos naturais sobre bases estritamente 
lógicas, como o princípio de não contradição. 
c) Busca explicações suficientes sobre o lugar do 
homem no mundo, apelando ao sagrado. 
d) Possui uma grande densidade teológico-moral, 
dando a cada membro do grupo autonomia para 
decidir e atuar sem limites objetivos. 
 
37. (Uema) Coloque V (verdadeiro) ou F (falso) 
nas inferências relacionadas às características da 
atividade filosófica:
( ) A filosofia é uma forma de pensar acerca de 
certas questões. A sua característica 
fundamental é o uso de argumentos lógicos.
( ) Os filósofos analisam e clarificam conceitos.
( ) Os filósofos ocupam-se de questões acerca da 
religião, da política, da arte, dentre outras, que 
podemos chamar vagamente “o sentido da 
vida”.
( ) A filosofia é uma ciência da mesma forma que a 
biologia.
( ) A radicalidade, particularidade e visão de 
conjunto são características fundamentais da 
reflexão filosófica.
Marque a alternativa que apresenta a 
sequência correta de cima para baixo: 
a) V, V,V, V, F. 
b) V, V, V, F, V. 
c) F, F, V, V, F. 
d) V, F, V, V, F. 
e) V, V, V, F, F. 
 
38. (Uel) Sobre a passagem do mito à filosofia, 
na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir.
I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus 
componentes, já contêm características essenciais 
da compreensão de mundo grega que, 
posteriormente, se revelaram importantes para o 
surgimento da filosofia.
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da 
filosofia, já se evidencia na própria religiosidade 
grega, na medida em que nem homens nem deuses
são compreendidos como perfeitos.
III. A humanização dos deuses na religião grega, que 
os entende movidos por sentimentos similares aos
dos homens, contribuiu para o processo de 
racionalização da cultura grega, auxiliando o 
desenvolvimento do pensamento filosófico e 
científico.
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao 
pensamento filosófico, devido à assimilação que 
os gregos fizeram da sabedoria dos povos 
orientais, sabedoria esta desvinculada de, qualquer
base religiosa.
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) I e II. 
b) II e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) I, III e IV. 
 
39. (Ufu) Marx, no Prefácio de 1859 de Para a 
crítica da economia política, afirma que “(...) na 
produção social da própria vida, os homens contraem 
relações determinadas necessárias e independentes 
de sua vontade, relações de produção estas que 
correspondem a uma etapa determinada de 
desenvolvimento de suas forças produtivas 
materiais”.
Nesse sentido, desenvolve também seu 
conceito de consciência, que define como sendo 
determinada 
a) pela Filosofia. Assim, é o pensamento filosófico 
que forma as consciências dos homens. 
b) pela produção espiritual dos homens. Assim, é a 
consciência que determina a produção social da 
vida e não a produção social da vida que determina
a consciência. 
c) pela religião. Assim, é toda a ética religiosa que 
determina a consciência humana. 
d) pelo ser social dos homens. Assim, é a produção 
social da vida que determina a consciência e não a 
consciência que determina a produção social da 
vida. 
 
40. (Ufu) “(…) Assim, a magia e a mitologia 
ocupam a imensa região exterior do desconhecido, 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
englobando o pequeno campo do conhecimento 
concreto comum. O sobrenatural está em todas as 
partes, dentro ou além do natural; e o conhecimento 
do sobrenatural que o homem acredita possuir, não 
sendo da experiência direta comum, parece ser um 
conhecimento de ordem diferente e superior. É uma 
revelação acessível apenas ao homem inspirado ou 
(como diziam os gregos) ‘divino’ — o mágico e o 
sacerdote, o poeta e o vidente”.
CORNFORD, F.M. Antes e Depois de Sócrates.
Trad. Valter Lellis Siqueira. São Paulo: Martins Fontes,
2001, pp.14-15.
A partir do texto acima, é correto afirmar que 
a) o campo do conhecimento mítico limita-se ao que 
se manifesta no campo concreto comum. 
b) a magia e a mitologia não se confundem com o 
conhecimento concreto comum. 
c) o conhecimento no mito, por ser uma revelação, é 
acessível igualmente a todos os homens. 
d) o mito não distingue o plano natural do 
sobrenatural, sendo o conhecimento do 
sobrenatural superior. 
 
41. (Ufu) A Patrística, filosofia cristã dos 
primeiros séculos, poderia ser definida como 
a) retomada do pensamento de Platão, conforme os 
modelos teológicos da época, estabelecendo 
estreita relação entre filosofia e religião. 
b) configuração de um novo horizonte filosófico, 
proposto por Santo Agostinho, inspirado em Platão,
de modo a resgatar a importância das coisas 
sensíveis, da materialidade. 
c) adaptação do pensamento aristotélico, conforme 
os moldes teológicos da época. 
d) criaçãode uma escola filosófica, que visava 
combater os ataques dos pagãos, rompendo com o
dualismo grego. 
 
42. (Ufu) Para John Locke, filósofo político 
inglês, os direitos naturais do homem eram 
a) família, propriedade e religião. 
b) liberdade, propriedade e servidão. 
c) propriedade, servidão e família. 
d) liberdade, igualdade e propriedade. 
e) família, religião e pátria. 
 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
Gabarito: 
Resposta da questão 1: [C]
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Sociologia]
Karl Mannheim expande o conceito marxista de
ideologia em seu livro Ideologia e Utopia, sendo uma 
das principais referências sociológica para 
compreender esse conceito, exatamente como a 
alternativa [C] afirma. Vale ressaltar que as 
afirmativas [A] e [D] estão incorretas porque a 
primeira defende um primado da psicologia que é 
incompatível com a teoria weberiana. Já a afirmativa 
[D] está incorreta porque, para Marx, a ideologia é 
sempre histórica e não natural e universal.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de 
Filosofia]
Para Mannheim, toda ideologia é vinculada à 
uma classe social que, por sua vez, está organizada 
de forma específica na estrutura produtiva. Assim, a 
produção de ideologias não se limitaria à classe 
economicamente dominante, sendo todas as classes 
sociais produtoras de suas próprias ideologias, 
podendo, no entanto, ocorrer a sobreposição de uma 
ideologia dominante sobre as outras, ideia 
identificada na alternativa [C]. A alternativa [D] poderia
gerar dúvidas, no entanto, ao contrário do proposto 
por essa opção, Marx entende a ideologia como 
produto de uma construção social, não sendo, 
portanto, natural ou universal. 
Resposta da questão 2: [E]
Na contemporaneidade, a indústria cultural, ao 
padronizar a produção cultural, produz a ilusão de que
os indivíduos estão escolhendo o que vão consumir. 
No entanto, isso é um efeito da ideologia, uma vez 
que todos os produtos são massificados e 
extremamente parecidos entre si. 
Resposta da questão 3: [E]
[A] Incorreta. O mito não é caracterizado pela 
irracionalidade, e sim por um regime explicativo e 
constitutivo do sentido dependente da imaginação
e do símbolo, da alegoria e da metáfora. A 
atribuição de irracionalidade ao mito resulta de 
uma compreensão restritiva e objetivista do 
conhecimento e da linguagem.
[B] Incorreta. A regressão do esclarecimento à 
mitologia mostra uma limitação interna da razão, 
uma contradição entre o pressuposto de 
esclarecer e a promessa de emancipar. Regredir à 
mitologia significa reconhecer que a promessa de 
superação da submissão à natureza não pode ser 
cumprida, jamais o será, pois a dimensão 
calculadora da razão não apenas não suspende a 
submissão à natureza, mas a intensifica.
[C] Incorreta. Uma das características distintivas da 
explicação da natureza pautada na racionalidade 
instrumental é justamente a recusa de uma 
explicação holística, em que as partes são 
incorporadas, na sua especificidade, ao todo. Um 
dos seus procedimentos fundamentais consiste 
no desmembramento e na separação, tal qual 
pode ser visto na famosa passagem do Discurso 
do Método, de Descartes. Desmembrar e dividir, 
tanto quanto possível, para posteriormente voltar a
reunir. Contudo, mesmo quando ocorre a reunião 
dos membros metodicamente separados, tal 
procedimento não supõe uma compreensão 
holística, pois o pensamento não se junta à 
matéria, por ser de natureza distinta. Portanto, não
há integração da parte ao todo.
[D] Incorreta. Embora esta seja a promessa do 
esclarecimento, o uso da razão, compreendida 
enquanto cálculo e instrumento, implica alienação 
humana, logo não livra o humano da sua 
submissão à natureza. Ao aliená-lo, desvincula-o 
daquilo que ele produz, na exata medida em que 
concebe o próprio mundo, e o humano aí incluído, 
enquanto objeto. Além disso, no início do texto, 
Adorno e Horkheimer afirmam: “Mas a terra 
totalmente esclarecida resplandece sob o signo de
uma calamidade triunfal” (p. 17).
[E] Correta. A racionalidade instrumental, 
característica do esclarecimento, consiste em 
compreender a natureza como objeto, passível de um 
conhecimento objetivo, e justamente por esse motivo,
passível também de domínio. A alienação humana, o 
incremento de poder, a mútua afecção entre mito e 
esclarecimento em que um se converte no outro, são 
expressões de uma compreensão em que razão 
consiste em cálculo e domínio. 
Resposta da questão 4: [D]
O mito pode ser entendido, de acordo com a 
ideia expressa no texto, como uma forma de 
explicação e interpretação da realidade e dos 
acontecimentos, a partir de uma narrativa baseada no
sobrenatural. No entanto, a narrativa mítica, ao 
contrário do que muitas vezes é pensado pelo senso 
comum, não existe desprovida de lógica e 
desvinculada de qualquer relação com a realidade, 
mas como uma representação vinculada à sociedade 
que a produziu, de modo que faça sentido para os 
indivíduos que a compõem. Nesse sentido, os mitos 
devem ser considerados em sua importância como 
modos de representação da realidade, uma vez que 
expressam a significação que os indivíduos atribuem 
a sua existência e ao mundo que os cerca. 
Resposta da questão 5: [D]
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
A fala de Nietzsche, pensador representante da 
filosofia niilista, expressa a ideia de que a influência 
dos valores religiosos nos diferentes aspectos da vida
humana é cada vez menor. Assim, o autor se refere à 
morte da moralidade cristã, que teria perdido o valor 
de fundamento da verdade e do sentido da existência 
humana, o que implica a necessidade da criação de 
novos valores que cumpram esse papel. 
Resposta da questão 6: [A]
Para Heráclito, a existência do universo é 
marcada pelo “devir”, ou seja, pela permanente 
transformação. Assim, tudo o que existe está em um 
fluxo constante de mudança, de modo que nada 
permanece igual a si mesmo. Esse fluxo de mudança 
se daria, segundo Heráclito, a partir da força dos 
opostos, uma vez que a concepção da realidade de 
Heráclito é dialética, de modo que tudo que existe é o 
“vir-a-ser” de todas as coisas, que existem a partir da 
“unidade dos contrários”. O aluno deve identificar que 
o texto, ao identificar Deus como “dia e noite, inverno 
e verão, guerra e paz, abundância e fome”, faz 
referência à essa dialética de todos os seres 
existentes. 
Resposta da questão 7: [C]
O aluno deve identificar que apenas a 
alternativa [C] apresenta uma informação correta, a 
partir do conhecimento acerca da filosofia socrática, 
cujos fundamentos do autoconhecimento e do 
reconhecimento da própria ignorância como 
condições para a obtenção do verdadeiro 
conhecimento são centrais. 
Resposta da questão 8: [B]
A concepção de menoridade kantiana, como 
indicado pelo texto, se caracteriza pelo não uso da 
razão de forma autônoma pelo indivíduo, de modo 
que ele adota a razão de outrem, estando, portanto, 
em um estado de menoridade. 
Resposta da questão 9: [D]
Os mitos representam um ponto fundamental 
para o surgimento da filosofia, ou passagem para o 
logos. Estes possuem as seguintes características: 
são trabalhados por meio do discurso, são acríticos, 
são tidos como verdadeiros devido à autoridade de 
que os narra, por serem estes os responsáveis pela 
ligação do mundo natural com o mundo sobrenatural, 
misturam elementos naturais e sobrenaturais; tratam 
os elementos do mundo natural e do mundo 
sobrenatural como possuidores das qualidades e 
vícios encontrados nos humanos; os mitos narram o 
surgimento do mundo por meio de genealogias e 
lutas de contrários; e narram acontecimentos de um 
passado remoto, imemorial.
Platão utiliza o recurso do mito em diversos de 
seusescritos como forma de revesti-los com a 
transmissão da verdade. Em seu livro “A República”, 
Platão utiliza o recurso do mito como uma alegoria, 
não representando aquilo que aconteceu, mas como 
um recurso que mistura o fictício (o mundo da 
caverna) com o real o Mundo das Ideias que podemos
contemplar por meio do pensamento. Seu objetivo é 
criar explicações que sejam compreensíveis a seus 
interlocutores. Desta forma, o item [IV] não 
corresponde à teoria descrita. A alternativa [E] é a 
única que se enquadra nas teorias explicitadas. 
Resposta da questão 10: [C]
Os homens, por si mesmos, não agem de forma
homogênea. Assim, tomando a metáfora de um navio,
Tomás de Aquino considera que a sociedade 
necessita de um piloto capaz de conduzir a todos a 
um mesmo fim: o bem comum. 
Resposta da questão 11: [D]
Na filosofia humanistista o homem é 
considerado um objeto do próprio homem, ou seja, a 
vida social é regida por uma anulação do indivíduo e 
uma elevação do coletivo. Condiciona-se, nesta 
concepção, o homem às determinações econômicas 
e sociais. Neste sentido a ideia de substância humana
(essência) não pode ser algo que inspire fraqueza, 
não deve ser algo disforme, indefinível. Nesta 
concepção a substância humana deve possuir a 
moral dos fortes onde a religião ou qualquer outro 
sentimento de moral motivado pelas crenças 
religiosas é combatido. Esta ideia é uma forma de 
ironizar tanto o positivismo que submete o homem a 
condição de objeto da sociedade quanto o 
darwinismo que coloca o homem como fadado 
constantemente evoluir, a constantemente buscar 
superar-se. Segundo o evolucionismo, somente os 
mais fortes sobrevivem, isto se dá por meio da guerra.
Desta maneira é o humanitismo é uma distorção do 
humanismo. 
Resposta da questão 12: [B]
O nascimento da filosofia não significou o 
abandono absoluto dos mitos, que continuaram 
presentes tanto na cultura grega quanto em obras 
filosóficas, como recursos de argumentação, como 
bem apresenta a alternativa [E]. 
Resposta da questão 13: [C]
Tomás de Aquino, ainda que considere a razão 
humana limitada, não despreza as suas 
possibilidades de conhecimento. Não é por acaso que
ele desenvolve as cinco vias de demonstração 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
racional da existência de Deus. Verifica-se, portanto, 
como a teoria do conhecimento de Tomás de Aquino 
está intimamente relacionada com a sua intenção de 
superar a dicotomia entre fé e razão. 
Resposta da questão 14: [A]
Somente a alternativa [A] é correta. Os teóricos 
cristãos, justamente por serem cristãos, buscavam 
conciliar qualquer teoria que fosse com os escritos 
bíblicos. Além disso, carregavam a herança romana e,
por isso, baseavam-se também no Direito Romano 
para desenvolverem sua teoria política. 
Resposta da questão 15: [B]
Países mais ricos tendem a ter melhores 
desempenhos educacionais. Sendo assim, seus 
habitantes tendem a ser mais críticos a respeito das 
explicações religiosas. Na medida em que essa 
mudança a respeito das crenças está relacionada 
com as transformações nas condições materiais de 
existência, a alternativa [B] é a única que pode ser 
considerada correta. 
Resposta da questão 16: [B]
A dominação política veiculada através da 
indústria cultural torna-se segundo Adorno e 
Horkeimer um mecanismo de dominação política que 
acabavam por vislumbrar os meios de comunicação 
de massa como uma perversão das ideias iluministas
do século XVIII. Para o iluminismo, o progresso da 
razão e da tecnologia iria libertar o homem das 
crenças mitológicas e superstições, resultando numa 
sociedade mais livre e democrática. Para isso, os 
pensadores da Escola de Frankfurt, que eram judeus, 
se viram alvos da campanha nazista com a chegada 
de Hitler ao poder nos anos 30, na Alemanha. Com o 
apoio da máquina da propaganda, o nazismo era ma 
prova de como a racionalidade técnica, que no 
iluminismo servira para libertar o homem, estava 
escravizando e criando campos de concentração na 
sociedade moderna. 
Resposta da questão 17: [D]
A crítica elencada por Gleiser se baseia nos 
fundamentos que caracterizam o pensamento 
científico e nas implicações sociais e filosóficas 
desse pensamento. Para ele, a posição assumida pelo
autor do texto publicado pela Equipe Brasil Escola é 
contrária ao pressuposto básico do pensamento 
racional de que as explicações e os conceitos 
científicos não podem se basear no senso comum 
das opiniões, mas em critérios adotados com base na
ciência. Com efeito, a utilização de “critérios 
pessoais” para tratar de temas científicos constituiria 
uma postura irracional, contrária à natureza filosófica 
da ciência. 
Resposta da questão 18: [D]
Quando alguns gregos, admirados e 
espantados com a realidade e insatisfeitos com as 
explicações dadas pela tradição, começaram a 
questionar e fazer perguntas e a buscar respostas 
para elas demonstrando que o mundo e os seres 
humanos, os acontecimentos naturais e 
principalmente os acontecimentos humanos e suas 
ações que podem pela razão humana ser conhecidos 
e que a mesma é capaz de conhecer-se a si mesma.
Quando alguns pensadores gregos se deram 
conta de que a verdade do mundo e dos humanos não
era algo secreto e misterioso, que precisasse ser 
revelado por divindades a alguns escolhidos, mas 
que, ao contrário podia ser conhecida por todos por 
meio das operações mentais de raciocínio, que são as
mesmas para todos os seres humanos. 
Resposta da questão 19: [C]
Os mitos tinham grande importância para a 
cultura da Grécia Clássica. Eles apresentavam não 
somente uma narrativa mágica acerca da origem das 
coisas, mas também uma cosmovisão que fazia 
sentido no cotidiano dos cidadãos. Com isso, os 
mitos adquiriam a função educativa e formativa dos 
cidadãos, servindo de conhecimento comum sobre o 
qual as pessoas significavam suas vidas cotidianas. É
nesse sentido que, por exemplo, os deuses 
apresentavam características humanas e que as 
noções cosmológicas mais importantes para a 
sociedade grega sempre estiveram presentes nos 
mitos. Entretanto, é importante ressaltar que ainda 
que possua uma coerência interna, os mitos são 
bastante diferentes do saber filosófico. 
Resposta da questão 20: [A]
Desde o final do século XIX da nossa era e 
durando o século XX, estudos históricos, 
arqueológicos, artísticos, literários e linguísticos 
corrigiram o exagero da tese do “milagre grego”, 
porém, nunca negaram que os gregos, de fato, 
imprimiram mudanças de qualidade tão profundas no 
que receberam do Oriente e das culturas precedentes 
(egípcios, persas, babilônicos, assírios e caldeus), que
até pareciam ter criado sua própria cultura a partir de 
si mesmos. “Originalidade” é um termo mais 
apropriado do que “milagre grego”. 
Resposta da questão 21: [E]
A Reforma Religiosa foi um movimento iniciado
por Martinho Lutero quando este fixou suas 95 teses 
em 1517, portanto, não há nada em que atribuir a 
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Lista de Exercícios : Filosofia | Introdução
mesma um movimento iniciado por católicos quando 
na verdade, a Reforma é o protesto sobre a Doutrina 
da Igreja Católica tendo apoio não só de muitos 
humanistas como também de vários religiosos e 
governantes da época. 
Resposta da questão 22: [A]
Na passagem mencionada no enunciado da 
questão, Nietzsche faz referência ao erro da confusão
entre causa e efeito, que acaba por permitir à moral e 
à religião desenvolverem seus imperativos. 
Resposta da questão 23: [D]
A moral dos senhores, baseada no sim à vida é 
positiva e se configura sob o signo da plenitude, do 
acréscimo, por isso se funda na capacidade criação, 
de invenção, cujo resultado é alegria, consequência 
da afirmação da potência. 
Resposta da questão 24: [C]
A alternativa [C]

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