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1/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática 1. (Uel 2019) Leia o texto a seguir. Por conseguinte, todo homem, ao consentir com outros em formar um único corpo político sob um governo único, assume a obrigação, perante todos os membros dessa sociedade, de submeter-se à determinação da maioria e acatar a decisão desta. Do contrário, esse pacto original, pelo qual ele, juntamente com outros, se incorpora a uma sociedade, não teria nenhum significado e não seria pacto algum, caso ele fosse deixado livre e sob nenhum outro vínculo além dos que tinha antes no estado de natureza. LOCKE, J. Dois tratados sobre o governo. Trad. Julio Fischer. São Paulo: Martins Fontes, 1998. p. 470. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de John Locke, assinale a alternativa correta. a) O ser humano deve superar o estado de natureza fundando a sociedade civil e o Estado, cedendo seus direitos em prol da paz social. b) Os indivíduos, no estado de natureza, são juízes de si mesmos, fundam o Estado para garantir segurança e direitos individuais por meio das leis. c) O poder do Estado deve ser absoluto para a garantia dos direitos naturais da humanidade, como a vida, a liberdade e a propriedade. d) O pacto ou contrato social é o garantidor das liberdades e direitos, sendo o poder legislativo o menos importante, já que é possível sua revogação por aqueles que participam do poder executivo. e) O ser humano se realiza como um ser possuidor de bens, sendo sua posse o que garante tolerância religiosa, livre-iniciativa econômica e liberdade individual. 2. (Enem 2019) Para Maquiavel, quando um homem decide dizer a verdade pondo em risco a própria integridade física, tal resolução diz respeito apenas a sua pessoa. Mas se esse mesmo homem é um chefe de Estado, os critérios pessoais não são mais adequados para decidir sobre ações cujas consequências se tornam tão amplas, já que o prejuízo não será apenas individual, mas coletivo. Nesse caso, conforme as circunstâncias e os fins a serem atingidos, pode-se decidir que o melhor para o bem comum seja mentir. ARANHA, M. L. Maquiavel: a lógica da força. São Paulo: Moderna, 2006 (adaptado). O texto aponta uma inovação na teoria política na época moderna expressa na distinção entre a) idealidade e efetividade da moral. b) nulidade e preservabilidade da liberdade. c) ilegalidade e legitimidade do governante. d) verificabilidade e possibilidade da verdade. e) objetividade e subjetividade do conhecimento 3. (Uece 2019) Da premissa “Se estudo filosofia, então gosto de ler”, é logicamente correto, segundo o modus tollens, tirar a seguinte conclusão: a) Gosto de ler, portanto estudo filosofia. b) Não estudo filosofia, mas gosto de ler. c) Não gosto de ler, logo não estudo filosofia. d) Estudo Filosofia, logo gosto de ler. 4. (Pucpr 2018) Considere as informações a seguir. Ao abordar o problema da técnica moderna no livro Técnica, Medicina e Ética, o filósofo Hans Jonas afirma que o progresso deve ser analisado criticamente, pois: “Os meios com os quais promete eliminar a miséria do Terceiro Mundo e acrescentar o bem-estar material a toda a humanidade, em crescimento graças a ele – os meios da técnica agressiva –, ameaçam, precisamente com os seus êxitos a curto prazo, a conduzir uma devastação ambiental talvez irremediável a longo prazo. É mais a eficácia demasiado grande do que a demasiado pequena dos recursos aquilo a que temos de temer; nosso poder mais que nossa impotência”. Hans Jonas demonstra ser necessária a proposição de uma nova ética para o futuro, sendo que essa ética tem de considerar a evolução da técnica e a noção de progresso sugerida pela ciência. Com base no texto apontado e de acordo com os seus conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa que melhor expressa a visão ética proposta por Hans Jonas. a) Para Hans Jonas, a ética não deve ter nenhuma relação com a técnica e a ciência moderna, devendo ser voltada unicamente para as ações humanas no campo político e social. b) O desenvolvimento da técnica e da ciência moderna produziu um progresso que deve alcançar todos os seres humanos, sendo que a ética não deve servir para frear ou diminuir os avanços das Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 1 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 2/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática descobertas científicas, permitindo, dessa forma, que a própria ciência apresente os limites de sua ação. c) A ética deve posicionar-se criticamente frente à técnica moderna, considerando os limites de destruição que a ciência pode produzir em escala global e fornecendo, com isso, os parâmetros de ação da própria técnica, buscando, assim, frear os avanços e progressos da ciência quando esta apresentar perigos para a continuidade da vida. d) A concepção de Hans Jonas afirma que a ética deve impedir o avanço completo da técnica e da ciência moderna, pois o único interesse da ética é a preservação do meio ambiente, não havendo possibilidade de se realizar um diálogo entre a dimensão ética e a dimensão da técnica. e) A ética da responsabilidade de Hans Jonas propõe que a técnica moderna não é capaz de conhecer, por si mesma, nenhum limite e por essa razão deve ser freada em sua realização para não prejudicar a continuidade da vida, não podendo haver nenhuma forma de relação entre a ética e a ciência moderna. 5. (Upe-ssa 3 2018) Leia o texto a seguir sobre a Moral e a Ética: A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano. (VAZQUEZ, Adolfo Sanchez. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1997, p. 12.) O autor acima enfatiza a singularidade da definição sobre ética. No que se refere à temática, assinale a alternativa CORRETA. a) A ética é uma reflexão sobre o comportamento moral dos homens em sociedade. b) A ética é a moral e diz respeito à singularidade das normas e valores. c) O comportamento moral supõe a reflexão e declina dos princípios e das normas que regem esse comportamento. d) A ciência do comportamento moral enfatiza os aspectos psicológicos, deixando à margem um conjunto de normas e prescrições. e) A ética é a teoria e não parte do fato da existência no âmbito da história da moral. 6. (Pucpr 2018) Leia o texto a seguir. Em sua análise sobre a política, a pensadora Chatal Mouffe faz uma distinção entre o “político” e a “política”. Para a autora, o político é a dimensão de antagonismo em que duas ou mais posições confrontam-se em um campo de decisões, enquanto a política é considerada como a prática e as instituições por meio das quais uma ordem é criada com a intenção de organizar a coexistência humana. Chantal Mouffe, partindo dessa distinção, faz uma crítica à posição do liberalismo político, visando com isso a apontar os principais contornos da condição contemporânea com relação à democracia. Com base no texto A Política e o Político e nos seus conhecimentos sobre o tema, assinale a resposta CORRETA. a) Segundo Chantal Mouffe, o liberalismo se apresenta como a melhor forma de condução da política, pois coloca como centro de todo debate o indivíduo, não reconhecendo debates que se encontrem fora do Estado e reforçando o alcance da democracia. b) Conforme pontua Chantal Mouffe, ao negar o antagonismo, o liberalismo impede a disposição de uma política baseada em confrontos verdadeiros, sendo que a última razão de qualquer confronto é o estabe-lecimento de uma polaridade que pode, no limite, permitir que os agentes políticos se organizem segundo a dicotomia amigo/inimigo. c) O político, para Chantal Mouffe, é o campo de aparecimento de oposições perigosas que podem levar à dissolução da democracia, de tal modo que o liberalismosurge como a melhor opção para se conduzir o debate público, pois esse consegue reduzir todos os antagonismos a um campo comum de diálogo. d) Para Chantal Mouffe, o liberalismo se apresenta como a maneira com que a modernidade vem abordando o problema da política, maneira essa que deve ser criticada, pois impede que os agentes políticos se posicionem de verdade em um âmbito público. Visando manter o antagonismo como traço essencial da política, Mouffe afirma que a única forma de se ultrapassar o liberalismo é Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 2 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 3/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática através da formação de um Estado forte e unificado que afaste toda forma de pluralismo. e) Ao negar o momento da decisão e ao buscar reduzir toda política a um consenso, o liberalismo nega todo antagonismo e acaba transformando a política em um terreno indefinido. Por possuir uma pretensão de racionalidade e individualismo, o racionalismo acaba por transformar toda democracia em um jogo interno em que os agentes políticos não podem posicionar-se sem serem conduzidos a uma homogeneidade pré-concebida. 7. (Enem PPL 2018) O justo e o bem são complementares no sentido de que uma concepção política deve apoiar-se em diferentes ideias do bem. Na teoria da justiça como equidade, essa condição se expressa pela prioridade do justo. Sob sua forma geral, esta quer dizer que as ideias aceitáveis do bem devem respeitar os limites da concepção política de justiça e nela desempenhar um certo papel. RAWLS, J. Justiça e democracia. São Paulo: Martins Fontes, 2000 (adaptado). Segundo Rawls, a concepção de justiça legisla sobre ideias do bem, de forma que a) as ações individuais são definidas como efeitos determinados por fatores naturais ou constrangimentos sociais. b) o estudo da origem e da história dos valores morais concluem a inexistência de noções absolutas de bem e mal. c) o próprio estatuto do homem como centro do mundo é abalado, marcando o relativismo da época contemporânea. d) as intenções e bens particulares que cada indivíduo almeja alcançar são regulados na sociedade por princípios equilibrados. e) o homem é compreendido como determinado e livre ao mesmo tempo, já que a liberdade limita-se a um conjunto de condições objetivas. 8. (Enem 2018) TEXTO I Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, é válido também para o tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida por sua própria força e invenção. HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983. TEXTO II Não vamos concluir, com Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja naturalmente mau. Esse autor deveria dizer que, sendo o estado de natureza aquele em que o cuidado de nossa conservação é menos prejudicial à dos outros, esse estado era, por conseguinte, o mais próprio à paz e o mais conveniente ao gênero humano. ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1993 (adaptado). Os trechos apresentam divergências conceituais entre autores que sustentam um entendimento segundo o qual a igualdade entre os homens se dá em razão de uma a) predisposição ao conhecimento. b) submissão ao transcendente. c) tradição epistemológica. d) condição original. e) vocação política. 9. (Upe-ssa 3 2018) Na temática da Lógica, leia o texto a seguir sobre os tipos de inferência: A dedução e a indução são conhecidas com o nome de inferência, isto é, concluir alguma coisa a partir de outra já conhecida. Sobre a indução e a dedução, entende-se como inferências mediatas. (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1996, p. 68.) Adaptado. A autora acima enfatiza a singularidade dos tipos de inferência no âmbito da razão discursiva. Sobre isso, observe a seguinte inferência: Sócrates é homem e mortal Platão é homem e mortal Aristóteles é homem e mortal Logo, todos os homens são mortais. A inferência expressa o raciocínio a) dedutivo. b) dialético. c) disjuntivo. d) indutivo. e) conjuntivo. 10. (Pucpr 2017) Hans Jonas, na obra O Princípio Responsabilidade, afirma que “sob o signo da tecnologia, a ética tem a ver com ações de um alcance causal que carece de precedentes (...); tudo isso coloca a responsabilidade no centro da ética)” (JONAS, 1995, p.16-17). A esse respeito, podemos considerar que Jonas compreende o “princípio responsabilidade” como um princípio a) hipotético, que é válido exclusivamente para pensarmos as ações humanas. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 3 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 4/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática b) relativista, porque considera cada indivíduo responsável apenas pela sua própria conduta. c) que não é voltado exclusivamente para a ética humana, mas que baliza a conduta humana sobre a natureza em geral. d) ético, voltado exclusivamente para a conduta humana presente. e) responsável apenas pelas gerações atuais, desinteressado pela vida futura da humanidade e da natureza. 11. (Upe-ssa 3 2017) Leia o texto a seguir sobre o Pensamento Ético-político: O que enaltece e enobrece a política de Platão é que ela, no fundo, quer uma só coisa: uma sociedade e um cidadão justos, ou seja, a harmonia social alcançada pela perfeição moral dos cidadãos. É evidente que até hoje lutamos para realizar essas metas, não mais no restrito âmbito de uma polis grega, mas no mundo globalizado. PEGORARO, Olinto. Ética dos maiores mestres através da história. Petrópolis: Vozes, 2006, p. 35. Na citação acima, o autor retrata a significância do pensamento ético-político como fundamento para uma sociedade justa. Essa linha de pensamento expressa que a) no mundo globalizado, a dimensão ético-política tem a confluência do que é justo. b) a política de Platão enaltece o cidadão justo, declinando da harmonia social. c) enobrecer a política de Platão é priorizar o espaço restrito no âmbito da pólis grega. d) a baliza central do estado é tornar os cidadãos melhores com alcance da ordem justa na esfera pública. e) a harmonia social, alcançada na esfera política, independe da perfeição moral do cidadão. 12. (Upe-ssa 3 2017) Sobre a Dimensão Política e a Cidadania, analise o texto a seguir: A política apresenta-se hoje como a arte de governar, de atuar na vida pública e gerir os assuntos de interesse comum. Não se restringe à atividade desenvolvida no âmbito do Estado, mas faz parte de nossa vida, permeia todas as formas de relacionamento social: no trabalho, na escola, nas ruas, no lazer e até nas relações afetivas. Para filosofar – São Paulo: Scipione, 2000, p. 176. O texto acima retrata, de forma abrangente, o sentido que tem a política no conjunto das relações sociais. No âmbito dessa temática, tem-se também como CORRETO que a) a esfera política restringe-se à atividade da ação do Estado no processo democrático. b) a dimensão política diz respeito exclusivamente aos políticos que estão empenhados nos assuntos de interesse comum para a cidadania. c) na esfera da cidadania, a dimensão política abrange todas as atividades humanas o tempo todo. d) o exercício da cidadania independe da esfera política. O cidadão tem autonomia na ação política e na vida da sociedade. e) a verdadeira cidadania permeia todos os direitos e deveres para a coletividade, prescindindo dos assuntos públicos no âmbito da sociedade. 13. (Ufu 2017) Em uma situação hipotética da saída dos homens do estado de natureza, o pacto social, firmado por um grupo de indivíduos, implica a renúncia ao direito individual absoluto, o qual será transferido para um soberano encarregadode promover a paz, e que merecerá desse grupo a obediência total – salvo na situação em que esse soberano se tornar impotente para a manutenção da paz e da prosperidade. Essas afirmações estão contidas no pensamento político de um filósofo contratualista moderno. Assinale a alternativa que nomeia o filósofo em questão. a) Jean-Jacques Rousseau b) Jean Bodin c) John Locke d) Thomas Hobbes 14. (Unioeste 2017) Texto 1 “[...] Quando um homem deseja professar a bondade, natural é que vá à ruína, entre tantos maus. Assim, é preciso que, para se conservar, um príncipe aprenda a ser mau, e que se sirva ou não disso de acordo com a necessidade”. MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 2004, p. 99. Texto 2 “[...] Assim deve o príncipe tornar-se temido, de sorte que, se não for amado, ao menos evite ódio, pois é fácil ser, a um só tempo, temido e não odiado, o que ocorrerá uma vez que se prive da posse dos bens e das mulheres dos cidadãos e dos súditos, e, mesmo quando forçado a derramar o sangue de alguém, poderá fazê-lo apenas se houver justificativa apropriada e causa manifesta” [...]. Idem, p. 106-7. Considerando o pensamento de Maquiavel e os textos citados, assinale a alternativa CORRETA. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 4 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 5/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática a) O pensamento de Maquiavel volta-se à realidade e busca alternativas para estabelecer um Estado estável onde a ordem possa reinar. b) Maquiavel, assim como Platão, revela-se um idealista ao estabelecer padrões ao governante fundamentados na bondade natural do homem. c) O príncipe deve ser um homem dotado de boas virtudes (virtù) e dinheiro (fortuna) para que todos o respeitem e ele possa fazer reinar a estabilidade. d) Estado e Igreja se fundem, de acordo com o filósofo. De nada adianta ao príncipe tentar estabelecer a ordem, já que ela depende de um estado natural das coisas e de uma força extraterrena, tornando todo seu esforço em vão. e) O objetivo último do pensamento político de Maquiavel é o de evitar a guerra a todo custo, pois as atrocidades da guerra desafiam os valores éticos que determinam a ação política. 15. (Upe-ssa 3 2017) Sobre a Lógica, observe o texto a seguir: Para Aristóteles, a lógica não era uma ciência teorética nem prática ou produtiva, mas um instrumento para as ciências. Eis por que o conjunto das obras lógicas aristotélicas recebeu o nome de Órganon, palavra grega que significa instrumento. CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 1996, p. 183. A autora retrata a dimensão que tem a lógica como instrumento do pensamento no plano das obras da filosofia de Aristóteles. Com relação a esse assunto, é CORRETO afirmar que a) a lógica na concepção de Aristóteles é um instrumento que não pode ser utilizado pelas ciências. b) a lógica para Aristóteles possui um caráter instrumental e preocupa-se primordialmente com o aspecto informal de um argumento. c) Aristóteles, na sua lógica clássica, concebe como instrumento do pensamento três funções básicas: conceber, julgar e raciocinar. d) a dimensão lógica para Aristóteles não é um estágio preparatório que antecede ao conhecimento propriamente dito. e) na lógica clássica de Aristóteles, a ciência prática ou produtiva se sobrepõe ao caráter instrumental do pensamento. 16. (Unisc 2017) Considere os seguintes silogismos: I. Todo felino é vertebrado Todo vertebrado é mamífero Logo, todo felino é mamífero II. Todo paulista é colombiano Todo colombiano é sul-americano Logo, todo paulista é sul-americano III. Todos os mamíferos são vertebrados Alguns répteis são vertebrados Logo, alguns mamíferos são répteis Marque agora a afirmativa correta. a) Todos os silogismos acima pertencem ao mesmo modo e figura. b) O silogismo II tem um modo e figura inválidos. c) O silogismo III tem um modo e figura válidos. d) Os silogismos I e II têm o mesmo modo e figura, os dois são formalmente válidos, mas somente o I prova sua conclusão. e) Todos os silogismos acima têm premissas universais. 17. (Upe-ssa 3 2017) Leia o texto a seguir sobre a temática da Lógica: A Aristóteles cabe o mérito de ter iniciado o estudo orgânico das regras da lógica. O mérito principal de Aristóteles é ter fixado, com grande exatidão, as regras da argumentação dedutiva na forma de silogismo. MONDIN, B. Introdução à Filosofia. São Paulo: Edições Paulinas, 1980, p. 13. O autor faz algumas considerações acerca da filosofia de Aristóteles, com singularidade no âmbito da lógica. Sobre isso, tem-se como CORRETO que a) o silogismo é expresso pela ligação de dois termos por meio de um terceiro. b) a argumentação dedutiva chega à conclusão valendo-se da experiência sensível. c) o silogismo é um tipo de argumento que deve ter um termo maior, nem mais nem menos. d) o tipo de argumento dedutivo faz uso da analogia sem inferência das premissas. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 5 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 6/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática e) as regras da argumentação dedutiva chegam a uma conclusão, partindo de dados particulares. 18. (Enem 2016) A promessa da tecnologia moderna se converteu em uma ameaça, ou esta se associou àquela de forma indissolúvel. Ela vai além da constatação da ameaça física. Concebida para a felicidade humana, a submissão da natureza, na sobremedida de seu sucesso, que agora se estende à própria natureza do homem, conduziu ao maior desafio já posto ao ser humano pela sua própria ação. O novo continente da práxis coletiva que adentramos com a alta tecnologia ainda constitui, para a teoria ética, uma terra de ninguém. JONAS. H. O princípio da responsabilidade. Rio de Janeiro: Contraponto; Editora PUC-Rio, 2011 (adaptado). As implicações éticas da articulação apresentada no texto impulsionam a necessidade de construção de um novo padrão de comportamento, cujo objetivo consiste em garantir o(a) a) pragmatismo da escolha individual. b) sobrevivência de gerações futuras. c) fortalecimento de políticas liberais. d) valorização de múltiplas etnias. e) promoção da inclusão social. 19. (Enem 2ª aplicação 2016) Texto I Até aqui expus a natureza do homem (cujo orgulho e outras paixões o obrigaram a submeter-se ao governo), juntamente com o grande poder do seu governante, o qual comparei com o Leviatã, tirando essa comparação dos dois últimos versículos do capítulo 41 de Jó, onde Deus, após ter estabelecido o grande poder do Leviatã, lhe chamou Rei dos Soberbos. Não há nada na Terra, disse ele, que se lhe possa comparar. HOBBES, T. O Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003. Texto II Eu asseguro, tranquilamente, que o governo civil é a solução adequada para as inconveniências do estado de natureza, que devem certamente ser grandes quando os homens podem ser juízes em causa própria, pois é fácil imaginar que um homem tão injusto a ponto de lesar o irmão dificilmente será justo para condenar a si mesmo pela mesma ofensa. LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Petrópolis: Vozes, 1994. Thomas Hobbes e John Locke, importantes teóricos contratualistas, discutiram aspectos ligados à natureza humana e ao Estado. Thomas Hobbes, diferentemente de John Locke, entende o estado de natureza como um(a) a) condição de guerra de todos contra todos, miséria universal, insegurança e medo da morte violenta. b) organização pré-social e pré-política em que o homem nasce com os direitos naturais: vida, liberdade, igualdade e propriedade. c) capricho típico da menoridade, que deve ser eliminado pela exigência moral, para que o homem possa constituir o Estado civil. d) situação em que os homens nascem como detentores de livre-arbítrio,mas são feridos em sua livre decisão pelo pecado original. e) estado de felicidade, saúde e liberdade que é destruído pela civilização, que perturba as relações sociais e violenta a humanidade. 20. (Ufsm 2015) Complete a tabela da verdade a seguir. Assinale a alternativa que completa corretamente a tabela. a) b) c) d) Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 6 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 7/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática e) 21. (Enem PPL 2013) Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisível. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos à paz. CHEVALLIER, J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adaptado). A proposta de organização da sociedade apresentada no texto encontra-se fundamentada na a) imposição das leis e na respeitabilidade ao soberano. b) abdicação dos interesses individuais e na legitimidade do governo. c) alteração dos direitos civis e na representatividade do monarca. d) cooperação dos súditos e na legalidade do poder democrático. e) mobilização do povo e na autoridade do parlamento. 22. (Unioeste 2013) Em filosofia política, o contratualismo visa à construção de uma “teoria racional sobre a origem e o fundamento do Estado e da sociedade política”. O modelo contratualista é “... construído com base na grande dicotomia ‘estado (ou sociedade) de natureza / estado (ou sociedade) civil’” (cf. BOBBIO), sendo que a passagem do estado de natureza para o estado civil ocorre mediante o contrato social. Considerando o texto acima e as diferentes teorias contratualistas, é INCORRETO afirmar que a) o ponto de partida, no pensamento contratualista, para a análise da origem e fundamento do Estado, é o estado político historicamente existente, cujo princípio de legitimação de sua efetividade histórica é o consenso. b) os elementos constitutivos do estado de natureza são indivíduos singulares, livres e iguais uns em relação aos outros, sendo o estado de natureza um estado no qual reinam a igualdade e a liberdade. c) para o contratualismo, a sociedade política, em contraposição a qualquer forma de sociedade natural, encontra seu princípio de fundamentação e legitimação no consenso dos indivíduos participantes do contrato social. d) diferentemente de Locke, que concebe o estado de natureza como um “estado de relativa paz, concórdia e harmonia”, para Hobbes, o estado de natureza é um estado de guerra generalizada, de todos contra todos, de insegurança e violência. e) a passagem do estado de natureza para o estado civil ocorre mediante uma ou mais convenções, ou seja, mediante “um ou mais atos voluntários e deliberados dos indivíduos interessados em sair do estado de natureza”, e ingressar no estado civil. 23. (Uncisal 2012) A bioética é uma ética aplicada que trata de conflitos e controvérsias morais no âmbito das Ciências da Vida e da Saúde, envolvendo valores e práticas. Suas reflexões abordam temas que atingem a vida de forma irreversível. As opções a seguir apresentam temas tratados pela Bioética, exceto: a) políticas públicas na área de saúde e combate à mortalidade infantil. b) aborto e clonagem. c) eutanásia e uso de órgão de animais em seres humanos. d) fertilização artificial e conservação do corpo humano após a morte. e) produção de transgênicos e engenharia genética humana. 24. (Upe 2012) Desde suas origens entre os filósofos da antiga Grécia, a Ética é um tipo de saber normativo, isto é, um saber que pretende orientar as ações dos seres humanos. A moral também é um saber, que oferece orientações para a ação. Com relação a esse assunto, é correto afirmar que a(o) a) palavra ética procede do latim que significa ‘maneira de se comportar regulada pelo uso’, pelo costume. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 7 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 8/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática b) Ética ou Filosofia Moral é a parte da Estética que se ocupa com a intuição a respeito das noções e dos princípios que fundamentam a vida moral. c) palavra ‘ética’ procede do grego, que significava originariamente ‘morada’, mas, posteriormente, passou a significar o caráter, o ‘modo de ser’, que uma pessoa ou um grupo vai adquirindo ao longo da vida. d) termo ‘moral’ procede do grego; em sentido bem amplo, a moral é o conjunto das regras de conduta admitidas, em determinada época, por um grupo de homens. e) Ética é um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento individual e social dos homens. Trata da prática real das pessoas que se expressam por costumes. 25. (Uncisal 2012) A Ética e a Moral são diferentes, porém intrinsecamente interligadas. As reflexões éticas exercem significativa influência sobre as práticas morais, assim como estas servem de matéria às reflexões éticas. A prática moral é relativa, mas as reflexões éticas tendem a ser universais. Com relação à Ética e à Moral, assinale a opção correta. a) Sem a Ética a Moral ficaria obsoleta, caduca, ultrapassada. b) Sendo universais os princípios éticos perdem o sentido à medida que se relacionam com os valores propagados pelas diferentes culturas. c) Os princípios éticos, em qualquer situação, são expressões do individualismo e do relativismo. d) A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um exemplo de práticas morais. e) Independentemente do momento histórico a Moral é única, absoluta e imutável. 26. (Uema 2012) O campo ético é constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, isto é, as virtudes. Essas são realizadas pelo sujeito moral, principal constituinte da existência ética. Para que o sujeito ético possa existir, faz-se necessário o preenchimento das seguintes condições: I. Ser consciente de si e dos outros, isto é, ser capaz de refletir e de reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais entre si. II. Ser consciente de si, isto é, ser capaz de refletir e de reconhecer sua existência como ser ético. III. Ser dotado de virtude, isto é, de capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos, tendências, sentimentos (para que estejam em conformidade com a consciência); e da capacidade para deliberar e decidir entre várias alternativas possíveis. IV. Ser responsável, isto é, reconhecer-se como autor da ação, avaliar os efeitos e consequências dela sobre si e sobre os outros, assumi-la, bem como às suas consequências, respondendo por elas. V. O sujeito da ação moral deve assumir aquelas ações que devem, de certa forma, viabilizar suas necessidades e desprezar as ações que não venham a atender aos seus interesses, mesmo que estas ações possam atender ao interesse coletivo. Estão corretas apenas a) II, III, e IV. b) I, II e IV. c) I, III e IV. d) I, II e V. e) I, III e V. 27. (Uncisal 2012) Os preceitos que fundam a democracia grega clássica e a democracia contemporânea diferem na definição de cidadão que cada uma apresenta. Ao contrário da Grécia Antiga, a nossa democracia possui características próprias que refletem a evolução do pensamento e o avanço da participação política. No tocante a mulher, sua exclusão no contexto da democracia clássica encontra justificativa a) na incapacidade intelectual e no descaso feminino em relação aos assuntos da pólis. b) nos princípios da democracia representativa que vigoravam na Grécia Antiga. c) no militarismo espartano, que não via com bons olhosa participação pública das mulheres. d) na “inferioridade natural” reservada ao sexo feminino. e) no xenofobismo, que além de excluir estrangeiros também excluía as mulheres. 28. (Unimontes 2012) No final da Idade Média, os teóricos cristãos concebem uma teoria política baseada na origem divina do poder. O que fundamenta o poder político não é mais a natureza ou a razão, mas sim a vontade de Deus. Os fundamentos para esse modo de pensar eram buscados em duas fontes. Marque a alternativa correta. a) A Escritura Sagrada e o Direito Romano. b) Os Mitos e a religião. c) A política e a religião. d) No Direito Romano e nas histórias e fábulas. 29. (Ufsm 2012) Considere a seguinte afirmação: Em uma economia capitalista, a produção de bens materiais é realizada principalmente por empresas privadas. Qual das alternativas é uma consequência lógica dessa afirmação? a) Em uma economia capitalista, os bens materiais devem ser produzidos apenas por empresas privadas. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 8 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 9/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática b) Em uma economia capitalista, os bens não materiais não são produzidos por empresas privadas. c) Em uma economia não capitalista, os bens materiais não podem ser produzidos por empresas privadas. d) Em uma economia não capitalista, empresas privadas produzem bens não materiais. e) Em uma economia capitalista, há empresas privadas. 30. (Ufsm 2012) Hélio Schwartzmann apresenta a seguinte concepção de Geoffrey Miller no texto "O sentido da arte", publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 23/9/2010: A arte é o resultado da seleção sexual. Ela está para o gênero humano como a cauda do pavão está para a família dos fasianídeos: uma exuberância biologicamente custosa que só existe porque atribui a seu detentor inequívoco sucesso entre as fêmeas, o que se traduz em importante vantagem reprodutiva. Considere as seguintes afirmativas: I. O texto apresenta, inequivocamente, um argumento indutivo. II. A seguinte metáfora pode ser legitimamente extraída do argumento: a arte é a cauda de pavão do gênero humano. III. A tese principal do texto é que a cauda de pavão é resultado da seleção sexual. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e III. e) apenas II e III. 31. (Unesp 2011) Renata, 11, combinava com uma amiga viajar em julho para a Disney. Questionada pela mãe, que não sabia de excursão nenhuma, a menina pegou uma pasta com preços do pacote turístico e uma foto com os dizeres: “Se eu não for para a Disney vou ser um pateta”. A agência de turismo e a escola afirmam que não pretendiam constranger ninguém e que a placa do Pateta era apenas uma brincadeira. Para um promotor da área do consumidor, o caso ilustra bem os abusos na publicidade infantil. “Já temos problemas sérios de bullying nas escolas. Essa empresa está criando uma situação propícia para isso”. (Folha de S.Paulo, 20.04.2010. Adaptado.) Acerca dessa notícia, podemos afirmar que: a) Em nossa sociedade, os campos da publicidade e da pedagogia são esferas separadas, não suscitando questões de natureza ética. b) Para o promotor citado na reportagem, o caso em questão provoca problemas de natureza exclusivamente jurídica. c) Uma das questões éticas envolvidas diz respeito à exposição precoce das crianças à manipulação do desejo, exercida pela publicidade. d) O público-alvo dessa campanha publicitária constitui-se de indivíduos dotados de consciência autônoma. e) Para o promotor citado na reportagem, o caso em questão não apresenta repercussões de natureza psicológica. 32. (Ufsm 2011) O uso de fontes alternativas de energia, como a energia solar, está cada vez mais difundido no mundo contemporâneo. Isso se deve, em boa medida, ao conhecimento adquirido nas últimas décadas de que o uso excessivo de combustíveis fósseis (por exemplo, o carvão) na produção de energia tem contribuído significativamente para o chamado "efeito estufa". A principal consequência desse efeito é o aumento da temperatura média da Terra. Dado o conhecimento que temos hoje das decorrências negativas do “efeito estufa”, pode-se dizer que, em uma ética de tipo aristotélica, o uso de energias alternativas constitui um _____________; em uma ética de tipo kantiana, por sua vez, o uso de energias alternativas constitui um _________; em uma ética de tipo utilitarista, o uso de energias alternativas constitui um ____________. Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas. a) comportamento virtuoso - dever moral - comportamento que conduz o maior número de pessoas à felicidade maior b) comportamento virtuoso - comportamento que conduz o maior número de pessoas à felicidade maior - dever moral c) dever moral - comportamento virtuoso - comportamento que conduz o maior número de pessoas à felicidade maior d) dever moral - comportamento que conduz o maior número de pessoas à felicidade maior – dever moral e) comportamento que conduz o maior número de pessoas à felicidade maior - dever moral - comportamento virtuoso 33. (Unioeste 2011) “O utilitarismo é um tipo de teoria teleológica (de telos que, em grego, significa “fim”) ou consequencialista porque sustenta que a qualidade de um ato/regra de ação é função das consequências produzidas pelo ato/regra em Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 9 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 10/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática questão. O utilitarismo de atos estatui que uma ação é correta se sua realização dá origem a estados de coisas pelo menos tão bons quanto aqueles que teriam resultados de cursos alternativos de ação. O utilitarismo de regras ensina que são corretas as ações que se conformam a regras de cuja observância geral resulta um estado de coisas pelo menos tão bom quanto o resultante de regras alternativas. (...) Para o consequencialismo, o bem é logicamente anterior ao correto, no sentido de que nenhum critério de correção pode ser estabelecido antes que uma concepção de bem tenha sido delineada. (...) Para o utilitarismo, o bem é a utilidade ...” M. C. M. de Carvalho. Com base no texto, seguem as seguintes afirmativas: I. Na concepção moral utilitarista, é necessário, nos juízos morais, levar em consideração as consequências resultantes das ações praticadas. II. Para o utilitarismo de regras, são consideradas boas as ações conforme a regras cuja observância resulta num estado de coisas tão bom, ou melhor, do que o estado de coisas resultante de regras alternativas. III. Na concepção ética utilitarista, o princípio fundamental é o princípio da utilidade. IV. Na concepção ética utilitarista, nenhum critério de correção no agir moral pode ser estabelecido com base numa determinada concepção de bem. V. Há, em termos morais, apenas, uma única concepção utilitarista, por esta ser uma concepção moral deontológica. Assinale a alternativa correta. a) Apenas I e IV estão corretas. b) Apenas II e IV estão corretas. c) Apenas IV e V estão incorretas. d) Apenas III e IV estão corretas. e) Todas as afirmativas estão incorretas. 34. (Enem 2011) O brasileiro tem noção clara dos comportamentos éticos e morais adequados, mas vive sob o espectro da corrupção, revela pesquisa. Se o país fosse resultado dos padrões morais que as pessoas dizem aprovar, pareceria mais com a Escandinávia do que com Bruzundanga (corrompida nação fictícia de Lima Barreto) FRAGA, P. Ninguém é inocente. Folha de S. Paulo. 4 out. 2009 (adaptado). O distanciamento entre “reconhecer” e “cumprir” efetivamente o que é moral constitui uma ambiguidade inerente ao humano, porque as normas morais são a) decorrentes da vontade divina e, por esse motivo, utópicas.b) parâmetros idealizados, cujo cumprimento é destituído de obrigação. c) amplas e vão além da capacidade de o indivíduo conseguir cumpri-las integralmente. d) criadas pelo homem, que concede a si mesmo a lei à qual deve se submeter. e) cumpridas por aqueles que se dedicam inteiramente a observar as normas jurídicas. 35. (Unesp 2011) Analise o trecho da entrevista dada pelo chefe de imprensa do governo do Irã a um jornal brasileiro. Folha – Há preocupação quanto a uma mudança de posição do governo brasileiro, sobretudo na área de direitos humanos, depois que a presidente Dilma se manifestou contrariamente ao apedrejamento de Sakineh? Ali Akbar Javanfekr – Encontrei poucas informações sobre a realidade iraniana aqui no Brasil. Há notícias distorcidas e falsas. Isso é preocupante. Minha presença aqui é para tentar divulgar as informações corretas. No caso de Sakineh, informações que chegaram à presidente Dilma Rousseff não foram corretas. Folha – A presidente Dilma está mal informada? Ali Akbar Javanfekr – Sim. Foi mal informada sobre esse caso. Folha – É verdade, como diz o presidente Ahmadinejad, que não há gays no Irã? Ali Akbar Javanfekr – Não temos. Folha – É o único país do mundo que não tem gay? Ali Akbar Javanfekr – Na República Islâmica do Irã, não há. Folha – Se houver, há punições? Ali Akbar Javanfekr – Nossa visão sobre esse tema é diferente da de vocês. É um ato feio, que nenhuma das religiões divinas aceita. Temos a responsabilidade humana, até divina, de não aceitar esse tipo de comportamento. Existe uma ameaça sobre a saúde da humanidade. A Aids, por exemplo. Uma das raízes é esse tipo de relacionamento. (Folh a de S.Pa ulo, 14.0 3.20 11. Adap tado. ) Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 10 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 11/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática Sob o ponto de vista ético, as opiniões expressas no trecho da entrevista podem ser caracterizadas como a) uma visão de mundo fortemente influenciada pelas matrizes liberais do pensamento filosófico. b) uma posição convencionalmente associada ao pensamento politicamente correto. c) uma visão de mundo fortemente influenciada pelo fundamentalismo religioso. d) opiniões que expressam afinidade com o imperativo categórico kantiano. e) posições condizentes com a valorização da consciência individual autônoma. 36. (Uel 2011) Leia o texto a seguir. Que seja, portanto, ele a considerar-se a si mesmo, que quando empreende uma viagem se arma e procura ir bem acompanhado; que quando vai dormir fecha suas portas; que mesmo quando está em casa tranca seus cofres; e isso mesmo sabendo que existem leis e funcionários públicos armados, prontos a vingar qualquer injúria que lhe possa ser feita. (HOBBES. Leviatã. Trad. J. P. Monteiro e M. B. N. da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 80.) O texto de Hobbes diverge de uma ideia central da filosofia política de Aristóteles. Assinale a alternativa que identifica essa ideia aristotélica. a) É inerente à condição humana viver segundo as condições adversas do estado de natureza. b) A sociabilidade se configura como natural aos seres humanos. c) Os homens, no estado civil, perdem a bondade originária do homem natural. d) A insociável sociabilidade é característica imanente às ações humanas. e) O Estado é incapaz de prover a segurança dos súditos. 37. (Uel 2011) Leia o texto a seguir. Certamente, a brusca mudança de direção que encontramos nas reflexões de Maquiavel, em comparação com os humanistas anteriores, explica- se em larga medida pela nova realidade política que se criara em Florença e na Itália, mas também pressupõe uma grande crise de valores morais que começava a grassar. Ela não apenas constatava a divisão entre “ser” e “dever ser”, mas também elevava essa divisão a princípio e a colocava como base da nova visão dos fatos políticos. (REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. São Paulo: Paulinas, 1990. V. II, p. 127.) Dentre as contribuições de Maquiavel à Filosofia Política, é correto afirmar: a) Inaugurou a reflexão sobre a constituição do Estado ideal. b) Estabeleceu critérios para a consolidação de um governo tirânico e despótico. c) Consolidou a tábua de virtudes necessárias a um bom homem. d) Fundou os procedimentos de verificação da correção das normas. e) Rompeu o vínculo de dependência entre o poder civil e a autoridade religiosa. 38. (Ufu 2011) A Itália do tempo de Nicolau Maquiavel (1469 – 1527) não era um Estado unificado como hoje, mas fragmentada em reinos e repúblicas. Na obra O Príncipe, declara seu sonho de ver a península unificada. Para tanto, entre outros conceitos, forjou as concepções de virtú e de fortuna. A primeira representa a capacidade de governar, agir para conquistar e manter o poder; a segunda é relativa aos “acasos da sorte” aos quais todos estão submetidos, inclusive os governantes. Afinal, como registrado na famosa ópera de Carl Orff: Fortuna imperatrix mundi (A Fortuna governa o mundo). Por isso, um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir. MAQUIAVEL, N. “O príncipe”. Coleção os Pensadores. São Paulo: Abril Cultura, 1973, p. 79 - 80. Com base nas informações acima, assinale a alternativa que melhor interpreta o pensamento de Maquiavel. a) Trata-se da fortuna, quando Maquiavel diz que “as causas que o determinaram cessem de existir”; e de virtú, quando Maquiavel diz que o príncipe deve ser “prudente”. b) Trata-se da virtú, quando Maquiavel diz que as “causas mudaram”; e de fortuna quando se refere ao príncipe prudente, pois um príncipe com tal qualidade saberia acumular grande quantidade de riquezas. c) Apesar de ser uma frase de Maquiavel, conforme o texto introdutório, ela não guarda qualquer relação com as noções de virtú e fortuna. d) O fragmento de Maquiavel expressa bem a noção de virtú, ao dizer que o príncipe deve ser prudente, mas não se relaciona com a noção de fortuna, pois em nenhum momento afirma que as “circunstâncias” podem mudar. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 11 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 12/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática 39. (Ifsp 2011) Reconhecido por muitos como fundador do pensamento político moderno, Maquiavel chocou a sociedade de seu tempo ao propor, em O Príncipe, que a) a soberania do Estado é ilimitada e que o monarca, embora submetido às leis divinas, pode interpretá- las de forma autônoma, sem a necessidade de recorrer ao Papa. b) a autoridade do monarca é sagrada, ilimitada e incontestável, pois o príncipe recebe seu poder diretamente de Deus. c) o Estado é personificado pelo monarca, que encarna a soberania e cujo poder não conhece outros limites que não aqueles ditados pela moral. d) a autoridade do príncipe deriva do consentimento dos governados, pois a função do Estado é promover e assegurar a felicidade dos seus súditos. e) a política é autonormativa, justificando seus meios em prol de um bem maior, que é a estabilidade do Estado. 40. (Unesp 2011) Analise o texto político, que apresenta uma visão muito próxima de importantes reflexões do filósofo italiano Maquiavel, um dos primeiros a apontar que os domínios da ética e da política são práticas distintas. “A política arruína o caráter”, disse Otto von Bismarck (1815-1898), o “chanceler de ferro” da Alemanha, para quem mentir era dever do estadista. Os ditadores que agora enojam o mundo ao reprimir ferozmente seus próprios povos nas praças árabes foram colocados e mantidos no poder por nações que se enxergam como faróis da democracia e dos direitos humanos: Estados Unidos, Inglaterra e França. Isso é condenável? Os ditadoreseram a única esperança do Ocidente de continuar tendo acesso ao petróleo árabe e de manter um mínimo de informação sobre as organizações terroristas islâmicas. Antes de condenar, reflita sobre a frase do mais extraordinário diplomata americano do século passado, George Kennan, morto aos 101 anos em 2005: “As sociedades não vivem para conduzir sua política externa: seria mais exato dizer que elas conduzem sua política externa para viver”. (Veja 02.03.201 1. Adaptado. ) A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel pode ser feita, pois o filósofo a) considerava a ditadura o modelo mais apropriado de governo, sendo simpático à repressão militar sobre populações civis. b) foi um dos teóricos da democracia liberal, demonstrando-se avesso a qualquer tipo de manifestação de autoritarismo por parte dos governantes. c) foi um dos teóricos do socialismo científico, respaldando as ideias de Marx e Engels. d) foi um pensador escolástico que preconizou a moralidade cristã como base da vida política. e) refletiu sobre a política através de aspectos prioritariamente pragmáticos. 41. (Ufsm 2011) “Desde 2008, iniciativas do Ministério da Justiça, da OAB, de entidades de direitos humanos e de grupos de juristas começaram a questionar a validade da interpretação que a Justiça deu à Lei de 1979 [Lei da Anistia]. Começou, então, um esforço de reflexão jurídica a respeito da possibilidade de responsabilização dos agentes do Estado por crimes contra a humanidade [tortura].” RODEGHERO, Carla. A Lei da Anistia, 31 anos depois. Zero Hora, 27 de agosto de 2010, p.21. O enunciado menciona o questionamento da validade da interpretação dada pela justiça à lei de 1979, sobre a anistia. O tema da questão está vinculado ao debate filosófico sobre as relações entre legalidade e legitimidade. A respeito dessa relação, analise as afirmativas: I. Nos Estados teocráticos, tanto a legalidade quanto a legitimidade provêm da vontade de um ser superior divino. II. Legalidade e legitimidade são conceitos que possuem extensão e compreensão diferentes. III. O questionamento da legalidade de uma norma jurídica (por exemplo, uma lei) tem como condição necessária o questionamento de sua legitimidade. IV. Nas democracias contemporâneas, a legitimidade do poder legal pode ser posta em questão pela vontade popular. Está (ão)correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas II e III. e) apenas II e IV. 42. (Ufsm 2011) A compreensão dos fenômenos físicos e químicos exige raciocínios sobre relações de causalidade e dependência entre substâncias, processos, etc. Em geral, pode-se dizer que os raciocínios desse tipo têm a forma "Se A, então B". Quando os filósofos falam em raciocínio, costumam referir-se a uma sequência de uma ou mais premissas e uma conclusão, e o papel das Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 12 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 13/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática premissas é o de sustentar racionalmente a conclusão. Coloque verdadeira (V) ou falsa (F) nas afirmativas sobre esse tema. ( ) "Se A, então B. A, logo B" é um raciocínio válido. ( ) A obtenção de uma conclusão verdadeira tem como condição suficiente a verdade das premissas. ( ) Nas argumentações dedutivas válidas, é possível que uma ou mais premissas não sejam verdadeiras. ( ) Na apresentação de um argumento, as premissas devem ser mostradas antes da conclusão. A sequência correta é a) V - V - V - F. b) F - V - V - V. c) V - F - V - F. d) F - F - V - V. e) V - V - F - F. 43. (Uema 2011) Leia e analise os itens abaixo e identifique o tipo de argumentação. I. A medicina é inútil. Meu tio gastou um milhão de reais com médico e morreu doente. II. Os homens jamais serão felizes. Felicidade não existe. III. A qualidade do ensino é péssima porque os professores são despreparados. IV. O fim de uma coisa é a sua perfeição; a morte é o fim da vida; logo, a morte é a perfeição da vida. V. A prata conduz eletricidade, e o zinco, o ferro, o ouro e o cobre também, logo, todos os metais conduzem eletricidade. É correto o que se afirma em: a) Apenas V é indução. b) Apenas I, II e III são deduções. c) Apenas I e II são induções. d) Apenas III, IV e V são deduções. e) Apenas I é indução. 44. (Ufsm 2011) Alcanos e cicloalcanos são substâncias extraídas do petróleo e usadas como combustíveis e matéria-prima industrial. Boa parte das indústrias contemporâneas depende de substâncias desse tipo, extraídas do petróleo. Em razão disso, os países exportadores de petróleo possuem grande influência nos rumos da economia mundial. Às vezes, esses países, deliberadamente, aumentam ou diminuem a produção de petróleo, com vistas a aumentar ou diminuir o preço desse produto no mercado internacional. Considere o seguinte argumento: É um fato que alguns países fazem isso. Portanto, os outros países também devem agir dessa maneira. Essa afirmação é um exemplo de a) petição de princípio. b) falácia naturalista. c) modus ponens. d) falácia de apelo à autoridade. e) falácia do jogador. 45. (Unioeste 2011) Texto: “A questão da verdade é do domínio da teoria do conhecimento, ou da filosofia da ciência. A questão da validade é do domínio da lógica. [...] A verdade e a falsidade das proposições dependem de investigação de significados e, em geral, de investigação empírica. A validade do argumento [conjunto de proposições], ao contrário, não depende da verdade ou falsidade dos enunciados – isoladamente encarados – mas depende do tipo de relação que entre eles se estabelece. Um argumento pode, perfeitamente, ser válido, embora tenha uma ou mais proposições falsas”. Leônidas Hegenberg. Silogismo: Todo inseto é hematófago. (premissa maior) A aranha marrom é um inseto. (premissa menor) A aranha marrom é hematófaga. (conclusão) Por meio do texto e do argumento silogístico (silogismo), considere as seguintes afirmativas: I. O silogismo é válido porque a estrutura formal do argumento está correta. II. O silogismo é inválido porque a aranha marrom não é um inseto e nem todos os insetos são hematófagos. III. As duas premissas são falsas porque empiricamente verifica-se que a aranha marrom não é um inseto e que nem todos os insetos são hematófagos. IV. A conclusão é falsa porque o silogismo é inválido. V. A conclusão tem que ser verdadeira porque o silogismo é válido. Das afirmativas feitas acima a) apenas I e III estão corretas. b) apenas I, II e III estão corretas. c) Apenas I, III e V estão corretas. d) todas as afirmativas estão corretas. e) todas as afirmativas estão incorretas. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Quem realmente ganha com o “bebê conforto”? Parece que agora vai. A partir de 1º de setembro, o Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 13 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 14/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática transporte de crianças em veículos deve seguir regras que serão rigorosamente verificadas. Crianças de até um ano irão numa cadeira especial batizada de bebê conforto. {...}. Explicitamente, táxis e coletivos estão desobrigados dessas cadeiras especiais. Como essas formas de transporte público, em particular os coletivos, são muito utilizadas pelas classes menos favorecidas, estaria sendo promovida – com a permissão de Charles Darwin – uma espécie de genocídio não natural que iria favorecer a sobrevivência não necessariamente dos mais aptos, porém dos mais “bebês confortados” ?. {...}. De fato, se o poder público estivesse comprometido com a segurança nos transportes, não permitiria que estradas, ruas e avenidas atingissem o estado de degradação em que elas se encontram hoje. Nem permitiria a circulação de veículos sem luzes, com pneus desgastados, para-choques amarradoscom barbantes. Construiria estradas com a necessária infraestrutura para pedestres, em vez de pontilhá-las de lombadas eletrônicas caça-níqueis. E adotaria uma legislação que enfatizasse a educação no trânsito e realmente tirasse do volante aqueles que já deram repetidas provas de que são uma ameaça, em vez de se preocupar em encher os cofres oficiais com multas por infrações tão insignificantes, nas condições de nosso trânsito, como dirigir momentaneamente com apenas uma das mãos. VILLAR, Lígia. Opinião. DP.29.08.10. 46. (Upe 2011) De que tipo é o raciocínio que procura desenvolver a autora no texto? a) Lógico indutivo. b) Lógico dedutivo. c) Analógico. d) Dialético. e) Lógico indutivo – dedutivo. 47. (Ufsm 2010) Os processos naturais que contribuem para a extinção de uma civilização são exemplos de males naturais, enquanto as guerras são exemplos de males morais. O argumento segundo o qual o padrão atual de utilização dos recursos naturais produzirá um desequilíbrio ecológico irreversível é um exemplo de argumento do tipo................ . O desmatamento indiscriminado das florestas é um exemplo de um mal............... . Assinale a alternativa que preenche, corretamente, as lacunas, dando sentido ao texto. a) indutivo - natural b) dedutivo - natural c) analógico - natural d) dedutivo - moral e) indutivo - moral 48. (Unicentro 2010) Sobre o conceito de ética, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s) I. Para Aristóteles, as ações humanas não são como as operações naturais. Na natureza cada ser segue necessariamente as exigências impostas por sua matéria e por sua forma, ou seja, o acidente é secundário. Em relação às ações humanas dá-se exatamente o contrário, nelas o acidente predomina, pois embora o homem possua vontade e poder de escolher a ação que deseja realizar, ele também se engana e pode não alcançar aquilo que almejou. II. A ética epicurista é basicamente um hedonismo. O motor e a meta da vida humana são identificados ao prazer. Prazer, mas prazer com medida e senso de limite. O hedonismo epicurista alia prazer e serenidade. III. A primeira e mais importante ideia geral do estoicismo é a exaltação da natureza, daí o primeiro princípio da ética estoica: todos devem viver em conformidade com a natureza. Nisto resume-se a virtude. Pautar a vida segundo as prescrições da natureza significa, para os estoicos, servir ao interesse geral da coletividade, antes que seu próprio. IV. O pensamento ético-teológico de São Tomás de Aquino afasta-se inteiramente do aristotelismo. O primeiro e inabalável postulado do sistema tomista é o de que o homem não foi dotado pelo Criador da capacidade de separar a verdade do erro, por isso o juízo ético está absolutamente ligado aos sentimentos e emoções. a) Apenas I, III e IV estão corretas. b) Apenas I está correta. c) Apenas I e IV estão corretas. d) Apenas I, II e III estão corretas. e) Apenas IV está correta. 49. (Enem 2ª aplicação 2010) “A ética exige um governo que amplie a igualdade entre os cidadãos. Essa é a base da pátria. Sem ela, muitos indivíduos não se sentem “em casa”, experimentam- se como estrangeiros em seu próprio lugar de nascimento”. SILVA, R. R. “Ética, defesa nacional, cooperação dos povos”. In: OLIVEIRA, E. R. (Org.). Segurança & defesa nacional: da competição à cooperação regional. São Paulo: Fundação Memorial da América Latina, 2007 (adaptado). Os pressupostos éticos são essenciais para a estruturação política e integração de indivíduos em uma sociedade. De acordo com o texto, a ética corresponde a Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 14 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 15/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática a) valores e costumes partilhados pela maioria da sociedade. b) preceitos normativos impostos pela coação das leis jurídicas. c) normas determinadas pelo governo, diferentes das leis estrangeiras. d) transferência dos valores praticados em casa para a esfera social. e) proibição da interferência de estrangeiros em nossa pátria. 50. (Unicentro 2010) “A modernidade pós- kantiana procura ‘dialetizar’ a certeza moral. Procurou-se contextualizar a realização moral no momento dialético do progresso da humanidade. Procurou-se encontrar uma medida para avaliar os diferentes graus de realização moral ao alcance do homem. Reconheceu-se que a civilização melhorou a qualidade moral do homem, cujos instintos animalescos foram sendo progressivamente domesticados. / Os principais representantes desse modelo relativista são os alemães Karl Marx e Sigmund Freud”. (CUNHA, J. A. Filosofia – Iniciação à investigação filosófica. São Paulo: Atual, 1992). Caracterize, a partir da leitura do texto acima, a concepção filosófica da ética contemporânea, assinalando a resposta correta. a) Parece mesmo que a civilização ocidental, ao tentar manter equidistância entre os dois princípios de transcendência que inspiraram suas primeiras conquistas culturais – o princípio de transcendência moral e o princípio de transcendência estética –, viu-se compelida a sustentar a própria ideia de crise como ideal civilizatório unificador. Por traz dessa ideia, está o homem concreto da ação moral, os valores da vida e a valorização do corpo e das paixões. b) A consciência, crescente nas décadas que se sucederam a Segunda Guerra Mundial, de que o “princípio da realidade” ou o “movimento dialético da história”, libertaram o homem da necessidade de realização moral, é a base de sustentação da ética contemporânea. A busca da felicidade não passa pela moral, mas sim pela realização econômico-social de caráter individualizante. c) A moralidade, sob a ótica contemporânea, figura no campo das compensações: ela retira o comportamento humano da determinação da realidade e o coloca sob orientação do princípio de prazer. A ética constitui, nesses termos, um conjunto preceitos que orientam os homens na busca pela satisfação responsável e consciente de seus apetites e desejos. d) O principal paradigma da moralidade, hoje, possui critérios de valoração regidos pelo seguinte princípio determinante: ou tudo ou nada. Ou o agente moral é obediente, e está moralmente justificado, ou é desobediente e está em falta. Nesses termos, qualquer falta põe em evidência a condição de que tal agente não é bom, pois não é absolutamente bom. e) Combater as superstições e o arbítrio de poder, defender o pluralismo e a tolerância das ideias, eis o paradigma da moralidade contemporânea. Com efeito, a tradição religiosa não lhe basta, os ideais morais devem ser filiados à moralidade de uma classe social, buscando o máximo de universalidade e socialização. A validade das normas deve estar filiada ao ideal universal de bem, sendo que a virtude resulta do trabalho reflexivo, isto é, do controle racional dos desejos e paixões. 51. (Uema 2010) Ao analisarmos o tema moralidade no interior das relações sociais, nos deparamos, geralmente, com o seguinte paradoxo: se admitimos exclusivamente a dimensão social da moral, caímos no dogmatismo e no legalismo. Se por outro lado, aceitamos que a regra moral é interrogada e aferida apenas pelo sujeito, incorremos no individualismo. Diante de tal dilema a alternativa correta é: a) Admitir a moral enquanto relação dialética entre o pessoal e o social, entre o determinismo e a liberdade, entre a aceitação e a recusa. b) Sobrepor o caráter social da moral à subjetividade. O sujeito obedece às determinações legais e normativas. c) Priorizar a escolha e determinação pessoal à revelia dos paradigmas sociais da moral. d) Estabelecer flexibilização absoluta à moral, de modo que esta funcione conforme as circunstâncias. e) Considerar que a ação moral correta do indivíduo depende exclusivamente da interpretação dos desígniosde Deus. 52. (Enem 2010) Na ética contemporânea, o sujeito não é mais um sujeito substancial, soberano e absolutamente livre, nem um sujeito empírico puramente natural. Ele é simultaneamente os dois, na medida em que é um sujeito histórico-social. Assim, a ética adquire um dimensionamento político, uma vez que a ação do sujeito não pode mais ser vista e avaliada fora da relação social coletiva. Desse modo, a ética se entrelaça, necessariamente, com a política, entendida esta como a área de avaliação dos valores que atravessam as relações sociais e que interliga os indivíduos entre si. SEVERINO. A. J. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1992 (adaptado). O texto, ao evocar a dimensão histórica do processo de formação da ética na sociedade contemporânea, ressalta Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 15 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 16/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática a) os conteúdos éticos decorrentes das ideologias político-partidárias. b) o valor da ação humana derivada de preceitos metafísicos. c) a sistematização de valores desassociados da cultura. d) o sentido coletivo e político das ações humanas individuais. e) o julgamento da ação ética pelos políticos eleitos democraticamente. 53. (Ufal 2010) A vida social requer regras e tradições. Há renovações políticas, desacordos, transgressões, mas a ética deve alimentar a convivência e a construção de valores que transcendam a desigualdade entre as pessoas. Nessa perspectiva, a conquista da cidadania é: a) fundamental para criar condições de convivência social equilibrada e incentivar movimentos de solidariedade. b) generalizada nas sociedades democráticas modernas, mas tem os limites impostos pela economia capitalista, predominante no mundo contemporâneo. c) marcada pela luta política, tendo como base as ideias da modernidade, que rompem com os ideais do mundo greco-romano. d) indispensável para o crescimento das liberdades sociais que existiram, de forma ampla, nas sociedades do século XX. e) ligada ao fim dos governos autoritários, embora suas propostas tenham-se afirmado apenas com a globalização da economia. 54. (Ueg 2010) O mundo grego no século IV a. C. era marcado por uma estrutura de cidades-Estado dispersas pelo território helênico. Essa fragmentação política levou os filósofos a procurarem estabelecer uma ideia sobre as formas de governo que fossem as mais adequadas. Entre essas ideias, pode-se destacar a) a democracia racional, defendida por Demócrito. b) a oligarquia comercial, defendida por Sócrates. c) o governo de filósofos, defendido por Platão. d) a aristocracia rural, defendida por Heráclito. 55. (Uel 2010) Leia o texto de Maquiavel a seguir: [Todo príncipe prudente deve] não só remediar o presente, mas prever os casos futuros e preveni-los com toda a perícia, de forma que se lhes possa facilmente levar corretivo, e não deixar que se aproximem os acontecimentos, pois deste modo o remédio não chega a tempo, tendo-se tornado incurável a moléstia. [...] Assim se dá com o Estado: conhecendo-se os males com antecedência o que não é dado senão aos homens prudentes, rapidamente são curados [...] (MAQUIAVEL, N. O Príncipe: Escritos políticos. São Paulo: Nova cultural, 1991, p.12.) Nas ações de todos os homens, máxime dos príncipes, onde não há tribunal para recorrer, o que importa é o êxito bom ou mau. Procure, pois, um príncipe, vencer e conservar o Estado. Os meios que empregar serão sempre julgados honrosos e louvados por todos, porque o vulgo é levado pelas aparências e pelos resultados dos fatos consumados. (MAQUIAVEL, N. O Príncipe: Escritos políticos. São Paulo: Nova cultural, 1991, p.75.) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o pensamento de Maquiavel acerca da polaridade entre virtú e fortuna na ação política e suas implicações na moralidade pública, considere as afirmativas a seguir: I. A virtú refere-se à capacidade do príncipe de agir com astúcia e força em meio à fortuna, isto é, à contingência e ao acaso nas quais a política está imersa, com a finalidade de alcançar êxito em seus objetivos. II. A fortuna manifesta o destino inexorável dos homens e o caráter imutável de todas as coisas, de modo que a virtú do príncipe consiste em agir consoante a finalidade do Estado ideal: a felicidade dos súditos. III. A virtú implica a adesão sincera do governante a um conjunto de valores morais elevados, como a piedade cristã e a humildade, para que tenha êxito na sua ação política diante da fortuna. IV. O exercício da virtú diante da fortuna constitui a lógica da ação política orientada para a conquista e a manutenção do poder e manifesta a autonomia dos fins políticos em relação à moral preestabelecida. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e IV são corretas. b) Somente as afirmativas II e III são corretas. c) Somente as afirmativas II e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas. 56. (Ufu 2010) Leia com atenção o texto a seguir. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 16 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 17/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática A finalidade da política não é, como diziam os pensadores gregos, romanos e cristãos, a justiça e o bem comum, mas, como sempre souberam os políticos, a tomada e manutenção do poder. O verdadeiro príncipe é aquele que sabe tomar e conservar o poder [...]. (CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2000, p. 396.) A respeito das qualidades necessárias ao príncipe maquiaveliano, é correto afirmar: a) O príncipe precisa ter fé, ser solidário e caridoso, almejando a realização da virtude cristã. b) O príncipe deve ser flexível às circunstâncias, mudando com elas para dominar a sorte ou fortuna. c) O príncipe precisa unificar, em todas as suas ações, as virtudes clássicas, como a moderação, a temperança e a justiça. d) O príncipe deve ser bondoso e gentil, angariando exclusivamente o amor e, jamais, o temor do seu povo. 57. (Unicentro 2010) Em sua obra O Príncipe, Nicolau Maquiavel (1496-1527) assim se expressa em relação à fortuna: “Não me é desconhecido que muitos têm tido e têm a opinião de que as coisas do mundo são governadas pela fortuna e por Deus, de sorte que a prudência dos homens não poderia corrigi-las, e mesmo não lhes traz remédio algum. (...) Às vezes, pensando nisso, me tenho inclinado a aceitá-la. Não obstante, e para que o nosso livre- arbítrio não desapareça, penso ser verdade que a fortuna seja árbitra de nossas ações, mas que, ainda assim, ela nos deixa governar a outra metade”. (MAQUIAVEL. O Príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1973 - p.109). Com base na leitura deste trecho e considerando outras informações presentes na obra de Maquiavel, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. I. De acordo com Maquiavel, somente a ação da fortuna pode reduzir os prejuízos causados pela própria fortuna. II. A reflexão apresentada acima pressupõe a presença do conceito de virtú, qualidade indispensável para o bom êxito do governo do príncipe em uma república, pois a fortuna pode, sim, oferecer ocasiões para as ações do governante, o qual terá que agir fazendo bom uso da virtú que lhe é própria. III. A virtú humana é capaz de agir e dominar, no momento certo, o curso natural das coisas, imprimindo as mudanças necessárias em relação à realização de grandes feitos e à conservação do poder. IV. A fortuna não depende em nada da ação humana para seguir seu curso natural. a) Apenas I e IV estão corretas. b) Apenas II, III e IV estão corretas. c) Apenas I e II estão corretas. d) Apenas I, II e III estão corretas. e) Apenas I e III estão corretas 58. (Unioeste 2010)“Um governante virtuoso procurará criar instituições que ‘facilitem’ o domínio. Consequentemente, sem virtù, sem boas leis, geradoras de boas instituições, e sem boas armas um poder rival poderá impor-se. [...] A força explica o fundamento do poder, porém é a posse da virtù a chave por excelência do sucesso do príncipe. Sucesso este que tem uma medida política: a manutenção do poder. O governante tem que se mostrar capaz de resistir aos inimigos e aos golpes da sorte, ‘construindo diques para que o rio não inunde a planície, arrasando tudo o que encontra no caminho’. O homem de virtù deve atrair os favores da cornucópia, conseguindo, assim, a fama, a honra e a glória para si e a segurança para seus governados. [...] Um príncipe sábio deve guiar-se pela necessidade – 'aprender os meios de não ser bom e de fazer uso ou não deles, conforme as necessidades’. Assim, a qualidade exigida do príncipe que deseja se manter no poder é, sobretudo, a sabedoria de agir conforme as circunstâncias. Devendo, contudo, aparentar possuir as qualidades valorizadas pelos governados […]. A virtù política exige também os vícios, assim como exige o reenquadramento da força. O agir virtuoso é um agir como homem e como animal. Resulta de uma astuciosa combinação da virilidade e da natureza animal. Quer como homem, quer como leão (para amedrontar os lobos), quer como raposa (para conhecer os lobos), o que conta é 'o triunfo das dificuldades e a manutenção do Estado. Os meios para isso nunca deixarão de ser julgados honrosos, e todos os aplaudirão'” (Weffort). A partir deste texto, seguem as seguintes proposições a respeito da filosofia política de Maquiavel: I. Um governante virtuoso mantém o seu domínio, com boas leis e boas instituições, sem necessidade de recorrer ao uso da força armada e sem se guiar pela necessidade, mas, com sabedoria, agir em conformidade com as circunstâncias. II. Um príncipe sábio, na manutenção do Estado e do poder, deve, para garantir sua honra, fama e glória, bem como para garantir a segurança de seus governados, ser sempre honesto e virtuoso, não levando em consideração as circunstâncias. III. O príncipe que quer triunfar na manutenção do Estado e manter-se no poder deve possuir a Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 17 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 18/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática sabedoria astuciosa de combinar sua virtù, que exige também vícios, com o uso da força, agindo, assim, quer como leão, quer como raposa, em conformidade com as circunstâncias. IV. Tendo por fim a manutenção do Estado, um príncipe sábio, com astúcia, aparenta possuir as qualidades que seus governados valorizam, obtendo, assim, a fama, honra e glória para si e a segurança de seus governados. V. A força explica o fundamento do poder, e é no seu uso permanente e de modo astucioso, sem nenhuma necessidade de considerar as circunstâncias nas quais ocorre a ação política, que reside a virtù, por excelência, do sucesso do príncipe para a sua manutenção no poder. Das afirmações feitas acima a) apenas a afirmativa I está correta. b) apenas a afirmativa II está correta. c) apenas as afirmativas III e IV estão corretas. d) apenas as afirmativas IV e V estão corretas. e) todas as afirmativas estão incorretas. 59. (Unicentro 2010) A partir da leitura do texto abaixo, considere o conceito de poder no domínio da política, assinalando a resposta incorreta. “Com a influência da nova classe burguesa no panorama político, passa-se a defender a separação entre o público e o privado. Enquanto na Idade Média o poder político pertencia ao senhor feudal, dono de terras, e era transmitido aos filhos como herança juntamente com seus bens, com as revoluções burguesas as esferas do público e do privado se dissociam e o poder não é mais herdado, mas conquistado pelo voto”. (ARANHA, M.L./ MARTINS, M. H. P. Filosofando – Introdução à Filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1993.) a) Isto é possível pela institucionalização do poder, que se dá quando aquele que o detém não mais se acha identificado com ele, sendo apenas o depositário da soberania popular. b) O poder se torna um poder de direito, e sua legitimidade repousa não no uso da violência, nem no privilégio, mas no mandato popular. c) Não havendo privilégios, todos são iguais e têm os mesmos direitos e deveres. O súdito transforma-se em cidadão, já que participa ativamente da comunidade cívica. d) Isto é possível porque o liberalismo burguês se mostrou eficiente na aplicação do ideal democrático, ao relacionar diretamente poder e propriedade. O poder torna-se legítimo quando emana do trabalho e, consequentemente, da propriedade adquirida. e) Sob o impacto do século das luzes, expande-se a defesa do constitucionalismo, entendido como a teoria e a prático dos limites do poder exercido pelo direito e pelas leis. Em outras palavras, para que não se possa abusar do poder, é preciso que o poder freie o poder. 60. (Unicentro 2010) Relacione os fragmentos e argumentos abaixo identificando-os com o pensamento político de seu respectivo autor. 1. Na obra Filosofia do Direito, em que são desenvolvidas as teorias sobre o Estado, encontramos uma crítica à tradição jurisnaturalista típica dos filósofos contratualistas. Ao contrário destas teorias, a obra em questão nega a anterioridade dos indivíduos na formação da sociedade, pois é o Estado que fundamenta a sociedade, ou seja, não existe o homem em estado de natureza, pois o homem é sempre um indivíduo social. (Cf. ARANHA/ MARTINS. Filosofando – Introdução à filosofia. 2ª. Ed., São Paulo, Moderna: 1993 – p. 234.). 2. “É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer, mas a liberdade política não consiste nisso. Num Estado, isto é, numa sociedade em que há leis, a liberdade não pode consistir senão em poder fazer o que se deve querer e não ser constrangido a fazer o que não se deve desejar. / Deve-se ter sempre em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder.” (Fragmento retirado da obra Do Espírito das Leis. São Paulo, Difel: 1962 - p. 179). 3. A ideia central da obra Segundo Tratado Sobre o Governo gira em torno do conceito de propriedade privada. Inicialmente, este conceito é usado num sentido muito amplo, indicando tudo o que pertence a cada indivíduo, isto é, seu corpo, suas capacidades, seu trabalho, seus bens, sua vida e liberdade. Segundo essa concepção, todos são proprietários, mesmo quem não possui bens, pois todos são proprietários de sua vida, de seu corpo, de seu trabalho. Nessa obra, aparece a distinção entre o público e o privado, que devem ser regidos por leis diferentes, de tal modo que o Estado não deve intervir, mas sim garantir e tutelar o livre exercício da propriedade. (Cf. ARANHA/ MARTINS. Filosofando – Introdução à filosofia. 2ª. Ed., São Paulo, Moderna: 1993 – p. 219). 4. “Nas minhas pesquisas cheguei à conclusão de que as relações jurídicas – assim como as formas de Estado – não podem ser compreendidas por si mesmas, nem pela dita evolução geral do espírito humano (...) A conclusão geral a que cheguei (...) pode formular-se resumidamente assim: na produção social de sua existência, os homens estabelecem relações determinadas, necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a um determinado Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 18 de 32 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 19/32 Lista de Exercícios : Filosofia | Revisão Temática grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais. (...) O modo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual em
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