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200 QUESTÕES DE FILOSOFIA e sociologia

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3 
QUESTÃO 1 
Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar 
crenças sem querer justificá-las 
racionalmente, pode-se desprezar as 
evidências empíricas. No entanto, depois de 
Platão e Aristóteles, nenhum homem 
honesto pode ignorar que uma outra atitude 
intelectual foi experimentada, a de adotar 
crenças com base em razões e evidências e 
questionar tudo o mais a fim de descobrir 
seu sentido último. ZINGANO, M. Platão e 
Aristóteles: o fascínio da filosofia. São 
Paulo: Odysseus, 2002. 
 
Platão e Aristóteles marcaram 
profundamente a formação do 
pensamento Ocidental. No texto, é 
ressaltado importante aspecto filosófico 
de ambos os autores que, em linhas 
gerais, refere-se à 
 
a) adoção da experiência do senso comum 
como critério de verdade. 
b) incapacidade de a razão confirmar o 
conhecimento resultante de evidências 
empíricas. 
c) pretensão de a experiência legitimar por 
si mesma a verdade. 
d) defesa de que a honestidade condiciona 
a possibilidade de se pensar a verdade. 
e) compreensão de que a verdade deve ser 
justificada racionalmente. 
 
QUESTÃO 2 
Lembremos a figura de Sócrates. Dizem que 
era um homem feio, mas, quando falava, 
exercia estranho fascínio. Podemos atribuir 
a Sócrates duas maneiras de se chegar ao 
conhecimento. Essas duas maneiras são 
denominadas de: 
 
a) doxa e ironia. 
b) ironia e maiêutica. 
c) maiêutica e doxa. 
d) maiêutica e episteme. 
QUESTÃO 3 
 Leia a letra da canção a seguir. 
 
Nada do que foi será 
De novo do jeito que já foi um dia 
Tudo passa 
Tudo sempre passará 
A vida vem em ondas 
Como um mar 
Num indo e vindo infinito 
Tudo que se vê não é 
Igual ao que a gente 
Viu há um segundo 
Tudo muda o tempo todo 
No mundo […] 
 
Fonte: SANTOS, Lulu; MOTTA, Nelson. 
Como uma onda. In: Álbum MTV ao vivo. 
Rio de Janeiro: Sony-BMG, 2004. 
 
Da mesma forma como canta o poeta 
contemporâneo, que vê a realidade 
passando como uma onda, assim também 
pensaram os primeiros filósofos conhecidos 
como Pré-socráticos que denominavam a 
realidade de physis. A característica dessa 
realidade representada, também, na 
música de Lulu Santos é o(a) 
 
a) fluxo 
b) estática. 
c) infinitude 
d) desordem 
e) multiplicidade 
 
QUESTÃO 4 
De um modo geral, o conceito de physis no 
mundo pré-socrático expressa um princípio 
de movimento por meio do qual tudo o que 
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4 
existe é gerado e se corrompe. A doutrina 
de Parmênides, no entanto, tal como 
relatada pela tradição, aboliu esse princípio 
e provocou, consequentemente, um sério 
conflito no debate filosófico posterior, em 
relação ao modo como conceber o ser. 
 
Para Parmênides e seus discípulos: 
 
a) A imobilidade é o princípio do não-ser, na 
medida em que o movimento está em tudo o 
que existe. 
b) O movimento é princípio de mudança e a 
pressuposição de um não-ser. 
c) Um Ser que jamais muda não existe e, 
portanto, é fruto de imaginação 
especulativa. 
d) O Ser existe como gerador do mundo 
físico, por isso a realidade empírica é puro 
ser, ainda que em movimento. 
 
QUESTÃO 5 
Trasímaco estava impaciente porque 
Sócrates e os seus amigos presumiam que 
a justiça era algo real e importante. 
Trasímaco negava isso. Em seu entender, 
as pessoas acreditavam no certo e no 
errado apenas por terem sido ensinadas a 
obedecer às regras da sua sociedade. No 
entanto, essas regras não passavam de 
invenções humanas. RACHELS. J. 
Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 
2009. 
 
O sofista Trasímaco, personagem 
imortalizado no diálogo A República, de 
Platão, sustentava que a correlação entre 
justiça e ética é resultado de 
 
a) determinações biológicas impregnadas 
na natureza humana. 
b) verdades objetivas com fundamento 
anterior aos interesses sociais. 
c) mandamentos divinos inquestionáveis 
legados das tradições antigas. 
d) convenções sociais resultantes de 
interesses humanos contingentes. 
 
e) sentimentos experimentados diante de 
determinadas atitudes humanas. 
 
QUESTÃO 6 
No século V a.C., Atenas vivia o auge de sua 
democracia. Nesse mesmo período, os 
teatros estavam lotados, afinal, as tragédias 
chamavam cada vez mais a atenção. Outro 
aspecto importante da civilização grega da 
época eram os discursos proferidos na 
ágora. Para obter a aprovação da maioria, 
esses pronunciamentos deveriam conter 
argumentos sólidos e persuasivos. Nesse 
caso, alguns cidadãos procuravam 
aperfeiçoar sua habilidade de discursar. 
Isso favoreceu o surgimento de um grupo de 
filósofos que dominavam a arte da oratória. 
Esses filósofos vinham de diferentes 
cidades e ensinavam sua arte em troca de 
pagamento. Eles foram duramente 
criticados por Sócrates e são conhecidos 
como 
 
a) maniqueístas (bem ou mal) 
b) hedonistas (busca pelo prazer) 
c) epicuristas 
d) sofistas 
e) Contratualistas 
 
QUESTÃO 7 
De onde vem o mundo? De onde vem o 
universo? Tudo o que existe tem que ter um 
começo. Portanto, em algum momento, o 
universo também tinha de ter surgido a partir 
de uma outra coisa. Mas, se o universo de 
repente tivesse surgido de alguma outra 
coisa, então essa outra coisa também devia 
ter surgido de alguma outra coisa algum dia. 
Sofia entendeu que só tinha transferido o 
problema de lugar. Afinal de contas, algum 
dia, alguma coisa tinha de ter surgido do 
nada. Existe uma substância básica a partir 
da qual tudo é feito? A grande questão para 
os primeiros filósofos não era saber como 
tudo surgiu do nada. O que os instigava era 
saber como a água podia se transformar em 
peixes vivos, ou como a terra sem vida podia 
se transformar em árvores frondosas ou 
flores multicoloridas. 
 
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5 
Adaptado de: GAARDER, J. O Mundo de 
Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1995. p.43-44. 
 
 Com base no texto e nos conhecimentos 
sobre o surgimento da filosofia, assinale 
a alternativa correta. 
 
a) Os pensadores pré-socráticos 
explicavam os fenômenos e as 
transformações da natureza e porque a vida 
é como é, tendo como limitador e princípio 
de verdade irrefutável as histórias contadas 
acerca do mundo dos deuses. 
b) Os primeiros filósofos da natureza tinham 
a convicção de que havia alguma substância 
básica, uma causa oculta, que estava por 
trás de todas as transformações na natureza 
e, a partir da observação, buscavam 
descobrir leis naturais que fossem eternas. 
c) Os teóricos da natureza que 
desenvolveram seus sistemas de 
pensamento por volta do século VI a.C. 
partiram da ideia unânime de que a água era 
o princípio original do mundo por sua 
enorme capacidade de transformação. 
d) A filosofia da natureza nascente adotou a 
imagem homérica do mundo e reforçou o 
antropomorfismo do mundo dos deuses em 
detrimento de uma explicação natural e 
regular acerca dos primeiros princípios que 
originam todas as coisas. 
e) Para os pensadores jônicos da natureza, 
Tales, Anaxímenes e Heráclito, há um 
princípio originário único denominado o 
ilimitado, que é a reprodução da aparência 
sensível que os olhos humanos podem 
observar no nascimento e na degeneração 
das coisas. 
 
QUESTÃO 8 
O sofista é um diálogo de Platão do qual 
participam Sócrates, um estrangeiro e 
outros personagens. Logo no início do 
diálogo, Sócrates pergunta ao estrangeiro, a 
que método ele gostaria de recorrer para 
definir o que é um sofista. 
 
Sócrates: – Mas dize-nos [se] preferes 
desenvolver toda a tese que queres 
demonstrar, numa longa exposição ou 
empregar o método interrogativo? 
 
Estrangeiro: – Com um parceiro assimagradável e dócil, Sócrates, o método mais 
fácil é esse mesmo; com um interlocutor. Do 
contrário, valeria mais a pena argumentar 
apenas para si mesmo. (Platão. O sofista, 
1970. Adaptado.) 
 
É correto afirmar que o interlocutor de 
Sócrates escolheu, do ponto de vista 
metodológico, adotar 
 
a) a maiêutica, que pressupõe a 
contraposição dos argumentos. 
b) a dialética, que une numa síntese final as 
teses dos contendores. 
c) o empirismo, que acredita ser possível 
chegar ao saber por meio dos sentidos. 
d) o apriorismo, que funda a eficácia da 
razão humana na prova de existência de 
Deus. 
e) o dualismo, que resulta no ceticismo 
sobre a possibilidade do saber humano. 
 
QUESTÃO 9 
Para Platão, o que havia de verdadeiro em 
Parmênides era que o objeto de 
conhecimento é um objeto de razão e não 
de sensação, e era preciso estabelecer uma 
relação entre objeto racional e objeto 
sensível ou material que privilegiasse o 
primeiro em detrimento do segundo. Lenta, 
mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias 
formava-se em sua mente. ZINGANO, M. 
Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. 
São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado). 
 
O texto faz referência à relação entre 
razão e sensação, um aspecto essencial 
da Doutrina das Ideias de Platão (427–346 
a.C.). De acordo com o texto, como 
Platão se situa diante dessa relação? 
 
a) Estabelecendo um abismo intransponível 
entre as duas. 
 
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6 
b) Privilegiando os sentidos e subordinando 
o conhecimento a eles. 
c) Atendo-se à posição de Parmênides de 
que razão e sensação são inseparáveis. 
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar 
conhecimento, mas a sensação não. 
e) Rejeitando a posição de Parmênides de 
que a sensação é superior à razão. 
 
QUESTÃO 10 
Platão: A massa popular é assimilável por 
natureza a um animal escravo de suas 
paixões e de seus interesses passageiros, 
sensível à lisonja, inconstante em seus 
amores e seus ódios; confiar-lhe o poder é 
aceitar a tirania de um ser incapaz da menor 
reflexão e do menor rigor. Quanto às 
pretensas discussões na Assembleia, são 
apenas disputas contrapondo opiniões 
subjetivas, inconsistentes, cujas 
contradições e lacunas traduzem bastante 
bem o seu caráter insuficiente.CHATELET, 
F. História das Ideias Políticas. Rio de 
Janeiro: Zahar, 1997, p. 17 
 
Os argumentos de Platão, filósofo grego 
da antiguidade, evidenciam uma forte 
crítica à: 
 
a) oligarquia 
b) república 
c) democracia 
d) monarquia 
e) plutocracia 
 
GABARITO 
1) E 
2) B 
3) A 
4) B 
5) B 
6) D 
7) B 
8) A 
9) D 
10) C 
 
1. (Unioeste 2013) “Quando dizemos que o 
homem se escolhe a si mesmo, queremos 
dizer que cada um de nós se escolhe a si 
próprio; mas com isso queremos também 
dizer que, ao escolher-se a si próprio, ele 
escolhe todos os homens. Com efeito, não 
há de nossos atos um sequer que, ao criar o 
homem que desejamos ser, não crie ao 
mesmo tempo uma imagem do homem 
como julgamos que deve ser. Escolher isto 
ou aquilo é afirmar ao mesmo tempo o valor 
do que escolhemos, porque nunca podemos 
escolher o mal, o que escolhemos é sempre 
o bem, e nada pode ser bom para nós sem 
que o seja para todos. Se a existência, por 
outro lado, precede a essência e se 
quisermos existir, ao mesmo tempo em que 
construímos a nossa imagem, esta imagem 
é válida para todos e para a nossa época. 
Assim, a nossa responsabilidade é muito 
maior do que poderíamos supor, porque ela 
envolve toda a humanidade”. Sartre. 
 
Considerando o texto citado e o 
pensamento sartreano, é INCORRETO 
afirmar que 
 
a) o valor máximo da existência humana é a 
liberdade, porque o homem é, antes de mais 
nada, o que tiver projetado ser, estando 
“condenado a ser livre”. 
b) totalmente posto sob o domínio do que 
ele é, ao homem é atribuída a total 
responsabilidade pela sua existência e, 
sendo responsável por si, é também 
responsável por todos os homens. 
c) o existencialismo sartreano é uma moral 
da ação, pois o homem se define pelos seus 
atos e atos, por excelência, livres, ou seja, o 
“homem não é nada além do conjunto de 
seus atos”. 
d) o homem é um “projeto que se vive 
subjetivamente”, pois há uma natureza 
humana previamente dada e predefinida, e, 
portanto, no homem, a essência precede a 
existência. 
e) por não haver valores preestabelecidos, o 
homem deve inventá-los através de 
escolhas livres, e, como escolher é afirmar o 
valor do que é escolhido, que é sempre o 
bem, é o homem que, através de suas 
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7 
escolhas livres, atribui sentido a sua 
existência. 
 
2. (Ufu 2012) Leia o excerto abaixo e 
assinale a alternativa que relaciona 
corretamente duas das principais 
máximas do existencialismo de Jean-
Paul Sartre, a saber: 
 
“a existência precede a essência” 
“estamos condenados a ser livres” 
 
Com efeito, se a existência precede a 
essência, nada poderá jamais ser explicado 
por referência a uma natureza humana dada 
e definitiva; ou seja, não existe 
determinismo, o homem é livre, o homem é 
liberdade. Por outro lado, se Deus não 
existe, não encontramos já prontos, valores 
ou ordens que possam legitimar a nossa 
conduta. […] Estamos condenados a ser 
livres. Estamos sós, sem desculpas. É o que 
posso expressar dizendo que o homem está 
condenado a ser livre. Condenado, porque 
não se criou a si mesmo, e como, no 
entanto, é livre, uma vez que foi lançado no 
mundo, é responsável por tudo o que faz. 
SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é 
um Humanismo. 3ª. ed. S. Paulo: Nova 
Cultural, 1987. 
 
a) Se a essência do homem, para Sartre, é 
a liberdade, então jamais o homem pode 
ser, em sua existência, condenado a ser 
livre, o que seria, na verdade, uma 
contradição. 
b) A liberdade, em Sartre, determina a 
essência da natureza humana que, 
concebida por Deus, precede 
necessariamente a sua existência. 
c) Para Sartre, a liberdade é a escolha 
incondicional, à qual o homem, como 
existência já lançada no mundo, está 
condenado, e pela qual projeta o seu ser ou 
a sua essência. 
d) O Existencialismo é, para Sartre, um 
Humanismo, porque a existência do homem 
depende da essência de sua natureza 
humana, que a precede e que é a liberdade. 
 
3. (Ufsj 2012) A angústia, para Jean-Paul 
Sartre, é 
 
a) tudo o que a influência de Shopenhauer 
determina em Sartre: a certeza da morte. O 
Homem pode ser livre para fazer suas 
escolhas, mas não tem como se livrar da 
decrepitude e do fim. 
b) a nadificação de nossos projetos e a 
certeza de que a relação Homem X natureza 
humana é circunstancial, objetiva, e pode 
ser superada pelo simples ato de se fazer 
uma escolha. 
c) a certificação de que toda a experiência 
humana é idealmente sensorial, 
objetivamente existencial e determinante 
para a vida e para a morte do Homem em si 
mesmo e em sua humanidade. 
d) consequência da responsabilidade que o 
Homem tem sobre aquilo que ele é, sobre a 
sua liberdade, sobre as escolhas que faz, 
tanto de si como do outro e da humanidade, 
por extensão. 
 
4. Até os doze anos a menina é tão robusta 
quanto os irmãos e manifesta as mesmas 
capacidades intelectuais; não há terreno em 
que lhe seja proibido rivalizar com eles. Se, 
bem antes da puberdade e, às vezes, 
mesmo desde a primeira infância, ela já se 
apresenta como sexualmente especificada, 
não é porque misteriosos instintos a 
destinem imediatamente à passividade, ao 
coquetismo, à maternidade: é porque a 
intervenção de outrem na vida da criança é 
quase original e desde seus primeiros anos 
sua vocação lhe é imperiosamente 
insuflada. (BEAUVOIR, Simone. O segundo 
sexo (Vol. 2). Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 1980, p. 9-10.) Os estudos de 
Simone de Beauvoir (1908-1986) 
contribuíram incontestavelmente para os 
debatesacerca da situação da mulher e a 
luta para a igualdade de gênero. A partir do 
trecho acima, assinale a opção que melhor 
demonstra o problema apresentado pela 
filósofa. 
 
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8 
a) Beauvoir afirma a distinção entre os 
sexos e inaugura o pensamento de uma 
feminilidade que faz parte da condição 
humana da mulher. A natureza feminina é 
que compõe seu ser enquanto mulher. 
b) Beauvoir discute a consolidação da 
posição social da mulher, pois, biológica e 
psiquicamente suas distinções se 
apresentam de forma clara para um 
tratamento diferenciado em relação aos 
homens. 
c) Não há, para Beauvoir, qualidades, 
valores, modos de vida especificamente 
femininos. Esse é um mito inventado pelos 
homens para prender as mulheres na sua 
condição de oprimidas. 
d) A ideia de que “ninguém nasce mulher: 
torna-se mulher” representa o ápice da 
filosofia feminista presente em O segundo 
sexo, afirmando que, por natureza, qualquer 
um pode-se tornar mulher socialmente. 
 
5. (ENEM 2016) Ser ou não ser — eis a 
questão. 
Morrer – dormir.—Dormir! Talvez sonhar. Aí 
está o obstáculo 
Os sonhos que hão de vir no sono da morte 
quando tivermos escapado ao tumulto vital 
nos obrigam a hesitar: e é essa a reflexão 
Que dá à desventura uma vida tão longa. 
SHAKESPEARE, W. Hamlet. Porto Alegre, 
L&PM, 2007 
 
Este solilóquio pode ser considerado um 
precursor do existencialismo ao enfatizar 
a tensão entre 
 
a) consciência de si e angústia humana. 
b) inevitabilidade do destino e incerteza 
moral. 
c) tragicidade da personagem e ordem do 
mundo. 
d) racionalidade argumentativa e loucura 
iminente. 
e) dependência paterna e impossibilidade 
de ação. 
 
6. (ENEM 2014) “Uma norma só deve 
pretender validez quando todos os que 
possam ser concernidos por ela cheguem 
(ou possam chegar), enquanto participantes 
de um discurso prático, a um acordo quanto 
à validade dessa norma”. (Habermas, J. 
Consciência moral e agir comunicativo. Rio 
de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989) 
 
Segundo Habermas, a validez de uma 
norma deve ser estabelecida pelo (a) 
 
a) Liberdade humana, que consagra a 
vontade. 
b) Razão comunicativa, que requer um 
consenso. 
c) Conhecimento filosófico, que expressa a 
verdade. 
d) Técnica científica, que aumenta o poder 
do homem. 
e) Poder político, que se concentra no 
sistema partidário. 
 
7. (ENEM 2012) regulação de matérias 
culturalmente delicadas, como, por 
exemplo, a linguagem oficial, os currículos 
da educação pública, o status das Igrejas e 
das comunidades religiosas, as normas do 
direito penal (por exemplo, quanto ao 
aborto), mas também em assuntos menos 
chamativos, como, por exemplo, a posição 
da família e dos consórcios semelhantes ao 
matrimônio, a aceitação de normas de 
segurança ou a delimitação das esferas 
pública e privada — em tudo isso reflete-se 
amiúde apenas o autoentendimento ético-
político de uma cultura majoritária, 
dominante por motivos históricos. Por causa 
de tais regras, implicitamente repressivas, 
mesmo dentro de uma comunidade 
republicana que garanta formalmente a 
igualdade de direitos para todos, pode 
eclodir um conflito cultural movido pelas 
minorias desprezadas contra a cultura da 
maioria. 
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9 
HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos 
de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002. 
 
A reivindicação dos direitos culturais das 
minorias, como exposto por Habermas, 
encontra amparo nas democracias 
contemporâneas, na medida em que se 
alcança 
 
a) a secessão, pela qual a minoria 
discriminada obteria a igualdade de direitos 
na condição da sua concentração espacial, 
num tipo de independência nacional. 
b) a reunificação da sociedade que se 
encontra fragmentada em grupos de 
diferentes comunidades étnicas, confissões 
religiosas e formas de vida, em torno da 
coesão de uma cultura política nacional. 
c) a coexistência das diferenças, 
considerando a possibilidade de os 
discursos de autoentendimento se 
submeterem ao debate público, cientes de 
que estarão vinculados à coerção do melhor 
argumento. 
d) a autonomia dos indivíduos que, ao 
chegarem à vida adulta, tenham condições 
de se libertar das tradições de suas origens 
em nome da harmonia da política nacional. 
e) o desaparecimento de quaisquer 
limitações, tais como linguagem política ou 
distintas convenções de comportamento, 
para compor a arena política a ser 
compartilhada. 
 
8. (ENEM 2017) O Conceito de democracia, 
no pensamento de Habermas, é construído 
a partir de uma dimensão procedimental, 
calcada no discurso e na deliberação. A 
legitimidade democrática exige que o 
processo de tomada de decisões políticas 
ocorra a partir de uma ampla discussão 
pública, para somente então decidir. Assim, 
o caráter deliberativo corresponde a um 
processo coletivo de ponderação e análise, 
permeado pelo discurso, que antecede a 
decisão. 
VITALE. D. Jugen. Habermas, modernidade 
el democracia deliberativa Cadernos do 
CRH (UFBA), v. 19, 2006 (adaptado) 
 
O Conceito de democracia proposto por 
Jürgen Habermas pode favorecer 
processos de inclusão social. De acordo 
com o texto, é uma condição para que 
isso aconteça o(a) 
 
a) participação direta periódica do Cidadão. 
b) debate livre e racional entre Cidadãos e 
Estado. 
c) interlocução entre os poderes 
governamentais. 
d) eleição de lideranças políticas com 
mandatos temporários. 
e) controle do poder político por cidadãos 
mais esclarecidos. 
 
9. (Enem PPL 2016) Quando refletimos 
sobre a questão da justiça, algumas 
associações são feitas quase 
intuitivamente, tais como a de equilíbrio 
entre as partes, princípio de igualdade, 
distribuição equitativa, mas logo as 
dificuldades se mostram. Isso porque a 
nossa sociedade, sendo bastante 
diversificada, apresenta uma 
heterogeneidade tanto em termos das 
diversas culturas que coexistem em um 
mundo interligado como em relação aos 
modos de vida e aos valores que surgem no 
interior de uma mesma sociedade. 
CHEDIAK, K. A pluralidade como ideia 
reguladora: a noção de justiça a partir da 
filosofia de Lyotard. Trans/Form/Ação, n. 1, 
2001 (adaptado). 
 
A relação entre justiça e pluralidade, 
apresentada pela autora, está indicada 
em: 
 
a) A complexidade da sociedade limita o 
exercício da justiça e a impede de atuar a 
favor da diversidade cultural. 
b) A diversidade cultural e de valores torna 
a justiça mais complexa e distante de um 
parâmetro geral orientador. 
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10 
c) O papel da justiça refere-se à 
manutenção de princípios fixos e 
incondicionais em função da diversidade 
cultural e de valores. 
d) O pressuposto da justiça é fomentar o 
critério de igualdade a fim de que esse valor 
tome-se absoluto em todas as sociedades. 
e) O aspecto fundamental da justiça é o 
exercício de dominação e controle, evitando 
a desintegração de uma sociedade 
diversificada. 
 
10. (Enem 2016) A promessa da tecnologia 
moderna se converteu em uma ameaça, ou 
esta se associou àquela de forma 
indissolúvel. Ela Vai além da constatação da 
ameaça física. Concebida para a felicidade 
humana, a submissão da natureza, na 
sobremedida de seu sucesso, que agora se 
estende à própria natureza do homem, 
conduziu ao maior desafio já posto ao ser 
humano pela sua própria ação. O novo 
continente da práxis coletiva que 
adentramos com a alta tecnologia ainda 
constitui, para a teoria ética, uma terra de 
ninguém. JONAS, H. O princípio da 
responsabilidade. Rio de Janeiro: 
Contraponto; Editora PUC-Rio, 2011 
(adaptado). 
 
As implicações éticas da articulação 
apresentada no texto impulsionam a 
necessidadede construção de um novo 
padrão de comportamento, cujo objetivo 
consiste em garantir o(a) 
 
a) pragmatismo da escolha individual. 
b) sobrevivência de gerações futuras. 
c) fortalecimento de políticas liberais. 
d) valorização de múltiplas etnias. 
e) promoção da inclusão social. 
 
11. (Enem 2013) 
TEXTO I 
Não é sem razão que o ser humano procura 
de boa vontade juntar–se em sociedade 
com outros que estão já unidos, ou 
pretendem unir–se, para a mútua 
conservação da vida, da liberdade e dos 
bens a que chamo de propriedade. 
LOCKE, J. Segundo tratado sobre governo: 
ensaio relativo à verdadeira origem, 
extensão e objetivo do governo civil. São 
Paulo: Abril Cultural, 1978 (adaptado). 
 
TEXTO II 
Para que essas classes com interesses 
econômicos em conflitos não destruam a si 
mesmas e à sociedade numa luta estéril, 
surge a necessidade de um poder que, na 
aparência, esteja acima da sociedade, que 
atenue o conflito, mantenha–o dentro dos 
limites da ordem. ENGELS, F. In: GALLINO, 
L. Dicionário de sociologia. São Paulo: 
Paulus, 2005 (adaptado). 
 
Os textos expressam duas visões sobre 
a forma como os indivíduos se 
organizam socialmente. Tais visões 
apontam, respectivamente, para as 
concepções: 
 
a) Liberal, em defesa da liberdade e da 
propriedade privada — Conflituosa, 
exemplificada pela luta de classes. 
b) Heterogênea, favorável à propriedade 
privada — Consensual, sob o controle de 
classes com interesses comuns. 
c) Igualitária, baseada na filantropia — 
Complementar, com objetivos comuns 
unindo classes antagônicas. 
d) Compulsória, na qual as pessoas 
possuem papéis que se complementam — 
Individualista, na qual as pessoas lutam por 
seus interesses. 
e) Libertária, em defesa da razão humana — 
Contraditória, na qual vigora o estado de 
natureza. 
 
12. (Enem PPL 2015) Na sociedade 
democrática, as opiniões de cada um não 
são fortalezas ou castelos para que neles 
nos encerremos como forma de 
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11 
autoafirmação pessoal. Não só temos de ser 
capazes de exercer a razão em nossas 
argumentações, como também devemos 
desenvolver a capacidade de ser 
convencidos pelas melhores razões. A partir 
dessa perspectiva, a verdade buscada é 
sempre um resultado, não ponto de partida: 
e essa busca inclui a conversação entre 
iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia. 
SAVATER, F. As perguntas da vida. São 
Paulo: Martins Fontes, 2001 (adaptado). 
 
A ideia de democracia presente no texto, 
baseada na concepção de Habermas 
acerca do discurso, defende que a 
verdade é um(a) 
 
a) alvo objetivo alcançável por cada pessoa, 
como agente racional autônomo. 
b) critério acima dos homens, de acordo 
com o qual podemos julgar quais opiniões 
são as melhores. 
c) construção da atividade racional de 
comunicação entre os indivíduos, cujo 
resultado é um consenso. 
d) produto da razão, que todo indivíduo traz 
latente desde o nascimento, mas que só se 
firma no processo latente educativo. 
e) resultado que se encontra mais 
desenvolvido nos espíritos elevados, a 
quem cabe a tarefa de convencer os outros 
 
GABARITO 
1. D 2. C 3. D 4. C 5. A 6. B 7. C 8. B 
9. B 10. B 11. A 12. C 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
“O homem nasce livre, e por toda a parte 
encontra-se a ferros. O que se crê senhor 
dos demais não deixa de ser mais escravo 
do que eles. (...) A ordem social, porém, é 
um direito sagrado que serve de base a 
todos os outros. (...) Haverá sempre uma 
grande diferença entre subjugar uma 
multidão e reger uma sociedade. Sejam 
homens isolados, quantos possam ser 
submetidos sucessivamente a um só, e não 
verei nisso senão um senhor e escravos, de 
modo algum considerando-os um povo e 
seu chefe. Trata-se, caso se queira, de uma 
agregação, mas não de uma associação; 
nela não existe bem público, nem corpo 
político.” (Jean-Jacques Rousseau, Do 
Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. 
Abril, 1973, p. 28,36.) 
 
 
1. (Unicamp 2012) No trecho 
apresentado, o autor 
a) argumenta que um corpo político existe 
quando os homens encontram-se 
associados em estado de igualdade 
política. 
b) reconhece os direitos sagrados como base 
para os direitos políticos e sociais. 
c) defende a necessidade de os homens se 
unirem em agregações, em busca de seus 
direitos políticos. 
d) denuncia a prática da escravidão nas 
Américas, que obrigava multidões de 
homens a se submeterem a um único 
senhor. 
 
2. (Enem PPL 2012) O homem natural é 
tudo para si mesmo; é a unidade numérica, 
o inteiro absoluto, que só se relaciona 
consigo mesmo ou com seu semelhante. O 
homem civil é apenas uma unidade 
fracionária que se liga ao denominador, e 
cujo valor está em sua relação com o todo, 
que é o corpo social. As boas instituições 
sociais são as que melhor sabem desnaturar 
o homem, retirar-lhe sua existência absoluta 
para dar-lhe uma relativa, e transferir o eu 
para a unidade comum, de sorte que cada 
particular não se julgue mais como tal, e sim 
como uma parte da unidade, e só seja 
percebido no todo. ROUSSEAU, J. J. Emílio 
ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 
1999. 
A visão de Rousseau em relação à 
natureza humana, conforme expressa o 
texto, diz que 
 
a) o homem civil é formado a partir do desvio 
de sua própria natureza. 
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12 
b) as instituições sociais formam o homem de 
acordo com a sua essência natural. 
c) o homem civil é um todo no corpo social, 
pois as instituições sociais dependem 
dele. 
d) o homem é forçado a sair da natureza para 
se tornar absoluto. 
e) as instituições sociais expressam a natureza 
humana, pois o homem é um ser político. 
 
3. (Unesp 2014) A China é a segunda 
maior economia do mundo. Quer garantir a 
hegemonia no seu quintal, como fizeram os 
Estados Unidos no Caribe depois da guerra 
civil. As Filipinas temem por um atol de 
rochas desabitado que disputam com a 
China. O Japão está de plantão por umas 
ilhotas de pedra e vento, que a China diz 
que lhe pertencem. Mesmo o Vietnã 
desconfia mais da China do que dos 
Estados Unidos. As autoridades de Hanói 
gostam de lembrar que o gigante americano 
invadiu o México uma vez. O gigante chinês 
invadiu o Vietnã dezessete. (André Petry. O 
Século do Pacífico. Veja, 24.04.2013. 
Adaptado.) 
 
A persistência histórica dos conflitos 
geopolíticos descritos na reportagem 
pode ser filosoficamente compreendida 
pela teoria 
 
a) iluminista, que preconiza a possibilidade de 
um estado de emancipação racional da 
humanidade. 
b) maquiavélica, que postula o encontro da 
virtude com a fortuna como princípios 
básicos da geopolítica. 
c) política de Rousseau, para quem a 
submissão à vontade geral é condição para 
experiências de liberdade. 
d) teológica de Santo Agostinho, que 
considera que o processo de iluminação 
divina afasta os homens do pecado. 
e) política de Hobbes, que conceitua a 
competição e a desconfiança como 
condições básicas da natureza humana. 
 4. (Unioeste 2013) “Através dos 
princípios de um direito natural preexistente 
ao Estado, de um Estado baseado no 
consenso, de subordinação do poder 
executivo ao poder legislativo, de um poder 
limitado, de direito de resistência, Locke 
expôs as diretrizes fundamentais do Estado 
liberal.” Bobbio. 
 
 Considerando o texto citado e o 
pensamento político de Locke, seguem 
as afirmativas abaixo: 
 
I. A passagem do estado de natureza para a 
sociedade política ou civil, segundo Locke, é 
realizada mediante um contrato social, 
através do qual os indivíduos singulares, 
livres e iguais dão seu consentimento para 
ingressar no estado civil. 
II. O livre consentimento dos indivíduos para 
formar a sociedade, a proteção dos direitos 
naturais pelo governo, a subordinaçãodos 
poderes, a limitação do poder e o direito à 
resistência são princípios fundamentais do 
liberalismo político de Locke. 
III. A violação deliberada e sistemática dos 
direitos naturais e o uso contínuo da força 
sem amparo legal, segundo Locke, não são 
suficientes para conferir legitimidade ao 
direito de resistência, pois o exercício de tal 
direito causaria a dissolução do estado civil 
e, em consequência, o retorno ao estado de 
natureza. 
IV. Os indivíduos consentem livremente, 
segundo Locke, em constituir a sociedade 
política com a finalidade de preservar e 
proteger, com o amparo da lei, do arbítrio e 
da força comum de um corpo político 
unitário, os seus inalienáveis direitos 
naturais à vida, à liberdade e à propriedade. 
V. Da dissolução do poder legislativo, que é o 
poder no qual “se unem os membros de uma 
comunidade para formar um corpo vivo e 
coerente”, decorre, como consequência, a 
dissolução do estado de natureza. 
 
Das afirmativas feitas acima 
 
a) somente a afirmação I está correta. 
b) as afirmações I e III estão corretas. 
c) as afirmações III e IV estão corretas. 
d) as afirmação II e III estão corretas. 
e) as afirmações III e V estão incorretas. 
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13 
 
5. (Ufsm 2013) Sem leis e sem Estado, 
você poderia fazer o que quisesse. Os 
outros também poderiam fazer com você o 
que quisessem. Esse é o “estado de 
natureza” descrito por Thomas Hobbes, 
que, vivendo durante as guerras civis 
britânicas (1640-60), aprendeu em primeira 
mão como esse cenário poderia ser 
assustador. Sem uma autoridade soberana 
não pode haver nenhuma segurança, 
nenhuma paz. Fonte: LAW, Stephen. Guia 
Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro: 
Zahar, 2008. 
 
Considere as afirmações: 
 
I. A argumentação hobbesiana em favor de 
uma autoridade soberana, instituída por um 
pacto, representa inequivocamente a defesa 
de um regime político monarquista. 
II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de 
natureza”, Hobbes e Rousseau, partilham a 
convicção de que o afeto predominante 
nesse “estado” é o medo. 
III. Um traço comum da filosofia política 
moderna é a idealização de um pacto que 
estabeleceria a passagem do estado de 
natureza para o estado de sociedade. 
 
Está(ão) correta(s) 
 
a) apenas I. 
b) apenas II. 
c) apenas III. 
d) apenas I e II. 
e) apenas II e III. 
 
6. (Ufsj 2013) “A soberania é a alma do 
Estado, e uma vez separada do corpo os 
membros deixam de receber dela seu 
movimento”. 
 
Esse fragmento representa o 
pensamento de 
 
a) Hume em sua memorável defesa dos 
valores do Estado e da sua ligação direta 
com a sua “alma”, tomada aqui por 
intransferível soberania. 
b) Hume e a descrição da soberania na 
perspectiva do sujeito em termos de 
impressões e ideias, que a partir daí cria um 
Estado humanizado que dá movimento às 
criações dos que nele estão inseridos. 
c) Nietzsche, em sua mais sublime 
interpretação do agón grego. Ao centro 
daquilo que ele propôs como sendo a alma 
do Estado e onde a indagação sobre o lugar 
da soberania, no permanente desafio da 
necessária orquestração das paixões, se faz 
urgente. 
d) Hobbes e o seu conceito clássico de 
soberania, entendido como o princípio que 
dá vida e movimento ao corpo inteiro do 
Estado, por sua vez criado pelo artifício 
humano para a sua proteção e segurança. 
 
7. (Ufsj 2013) Thomas Hobbes afirma 
que “Lei Civil”, para todo súdito, é 
 
a) “construída por aquelas regras que o Estado 
lhe impõe, oralmente ou por escrito, ou por 
outro sinal suficiente de sua vontade, para 
usar como critério de distinção entre o bem 
e o mal”. 
b) “a lei que o deixa livre para caminhar para 
qualquer direção, pois há um conjunto de 
leis naturais que estabelece os limites para 
uma vida em sociedade”. 
c) “reguladora e protetora dos direitos 
humanos, e faz intervenção na ordem social 
para legitimar as relações externas da vida 
do homem em sociedade”. 
d) “calcada na arbitrariedade individual, em 
que as pessoas buscam entrar num Estado 
Civil, em consonância com o direito natural, 
no qual ele – o súdito – tem direito sobre a 
sua vida, a sua liberdade e os seus bens”. 
 
8. (Unioeste 2013) “Com isto se torna 
manifesto que, durante o tempo em que os 
homens vivem sem um poder comum capaz 
de os manter a todos em respeito, eles se 
encontram naquela condição que se chama 
guerra; e uma guerra que é de todos os 
homens contra todos os homens. [...] E os 
pactos sem a espada não passam de 
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14 
palavras, sem força para dar segurança a 
ninguém. Portanto, apesar das leis da 
natureza (que cada um respeita quando tem 
vontade de respeitá-las e quando pode fazê-
lo com segurança), se não for instituído um 
poder suficientemente grande para nossa 
segurança, cada um confiará, e poderá 
legitimamente confiar apenas em sua 
própria força e capacidade, como proteção 
contra todos”. Hobbes. 
 
Considerando o texto citado e o 
pensamento político de Hobbes, seguem 
as afirmativas abaixo: 
 
I. A situação dos homens, sem um poder 
comum que os mantenha em respeito, é de 
anarquia, geradora de insegurança, 
angústia e medo, pois os interesses 
egoísticos são predominantes, e o homem é 
lobo para o homem. 
II. As consequências desse estado de guerra 
generalizada são as de que, no estado de 
natureza, não há lugar para a indústria, para 
a agricultura nem navegação, e há prejuízo 
para a ciência e para o conforto dos 
homens. 
III. O medo da morte violenta e o desejo de paz 
com segurança levam os indivíduos a 
estabelecerem entre si um pacto de 
submissão para a instituição do estado civil, 
abdicando de seus direitos naturais em favor 
do soberano, cujo poder é limitado e 
revogável por causa do direito à resistência 
que tem vigência no estado civil assim 
instituído. 
IV. Apesar das leis da natureza, por não haver 
um poder comum que mantenha a todos em 
respeito, garantindo a paz e a segurança, o 
estado de natureza é um estado de 
permanente temor e perigo da morte 
violenta, e “a vida do homem é solitária, 
pobre, sórdida, embrutecida e curta”. 
V. O poder soberano instituído mediante o 
pacto de submissão é um poder limitado, 
restrito e revogável, pois no estado civil 
permanecem em vigor os direitos naturais à 
vida, à liberdade e à propriedade, bem como 
o direito à resistência ao poder soberano. 
 
Das afirmativas feitas acima 
 
a) somente a afirmação I está correta. 
b) as afirmações I e III estão corretas. 
c) as afirmações II e IV estão incorretas. 
d) as afirmação III e V estão incorretas. 
e) as afirmações II, III e IV estão corretas. 
 
9. (Ufu 2013) Porque as leis de natureza 
(como a justiça, a equidade, a modéstia, a 
piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o 
que queremos que nos façam) por si 
mesmas, na ausência do temor de algum 
poder capaz de 14eva-las a ser respeitadas, 
são contrárias a nossas paixões naturais, as 
quais nos fazem tender para a parcialidade, 
o orgulho, a vingança e coisas semelhantes. 
 
HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. 
Tradução de João Paulo Monteiro e Maria 
Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Nova 
Cultural, 1988, p. 103. 
 
Em relação ao papel do Estado, Hobbes 
considera que: 
 
a) O seu poder deve ser parcial. O soberano 
que nasce com o advento do contrato social 
deve assiná-lo, para submeter-se aos 
compromissos ali firmados. 
b) A condição natural do homem é de guerra 
de todos contra todos. Resolver tal condição 
é possível apenas com um poder estatal 
pleno. 
c) Os homens são, por natureza, desiguais. 
Por isso, a criação do Estado deve servir 
como instrumento de realização da 
isonomia entre tais homens. 
d) A guerra de todos contra todos surge com o 
Estado repressor. O homem não deve se 
submeter de bom grado à violênciaestatal. 
 
10. (Enem 2013) O edifício é circular. Os 
apartamentos dos prisioneiros ocupam a 
circunferência. Você pode chamá-los, se 
quiser, de celas. O apartamento do inspetor 
ocupa o centro; você pode chamá-lo, se 
quiser, de alojamento do inspetor. A moral 
reformada; a saúde preservada; a indústria 
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15 
revigorada; a instrução difundida; os 
encargos públicos aliviados; a economia 
assentada, como deve ser, sobre uma 
rocha; o nó górdio da Lei sobre os Pobres 
não cortado, mas desfeito — tudo por uma 
simples ideia de arquitetura! BENTHAM, 
J. O panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 
2008. 
 
Essa é a proposta de um sistema 
conhecido como panóptico, um modelo 
que mostra o poder da disciplina nas 
sociedades contemporâneas, exercido 
preferencialmente por mecanismos 
 
a) religiosos, que se constituem como um 
olho divino controlador que tudo vê. 
 
b) ideológicos, que estabelecem limites pela 
alienação, impedindo a visão da 
dominação sofrida. 
 
c) repressivos, que perpetuam as relações 
de dominação entre os homens por meio 
da tortura física. 
 
d) sutis, que adestram os corpos no espaço-
tempo por meio do olhar como instrumento 
de controle. 
 
e) consensuais, que pactuam acordos com 
base na compreensão dos benefícios 
gerais de se ter as próprias ações 
controladas. 
 
(ENEM 2017) QUESTÃO 1 
 
Uma sociedade é uma associação mais ou 
menos autossuficiente de pessoas que em 
suas relações mútuas reconhecem certas 
regras de conduto com obrigatórias e que, 
na maioria das vezes, agem de acordo com 
elas. Uma sociedade é bom ordenada não 
apenas quando está planejada para 
promover o bem de seus membros, mas 
quando é também efetivamente regulada 
por uma concepção pública de justiça. Isto 
é, trata-se de uma sociedade na qual todos 
aceitam, e sabem que os outros aceitam, o 
mesmo princípio de justiça. RAWLS, J. Uma 
teoria da justiça. São Paulo: Martins 
Fontes, 1997. Adaptado. 
 
A visão expressa nesse texto do século 
XX remete a qual aspecto do pensamento 
moderno? 
 
a) A relação entre liberdade e autonomia do 
Liberalismo. 
b) A independência entre poder e moral do 
Racionalismo. 
c) A convenção entre cidadãos e soberano 
do Absolutismo. 
d) A dialética entre indivíduo e governo 
autocrata do Idealismo. 
e) A contraposição entre bondade e 
condições selvagem do Naturalismo. 
 
(ENEM 2015) QUESTÃO 2 
 
A filosofia grega parece começar com uma 
ideia absurda, com a proposição: a água é a 
origem e a matriz de todas as coisas. Será 
mesmo necessário deter-nos nela e levá-la 
a sério? Sim, e por três razões: em primeiro 
lugar, porque essa proposição enuncia algo 
sobre a origem das coisas; em segundo 
lugar, porque o faz sem imagem e 
fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque 
nela, embora apenas em estado de 
crisálida, está contido o pensamento: Tudo 
é um. NIETZSCHE. F. Crítica moderna. In: 
GABARITO 
1 – A 2 – A 3 – E 4 - E 
5 -C 6 – D 7 – A 8 - D 
9 – B 10 - D 
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16 
Os pré-socráticos. São Paulo: Nova 
Cultural. 1999 
 
O que, de acordo com Nietzsche, 
caracteriza o surgimento da filosofia 
entre os gregos? 
a) O impulso para transformar, mediante 
justificativas, os elementos sensíveis em 
verdades racionais. 
b) O desejo de explicar, usando metáforas, 
a origem dos seres e das coisas. 
c) A necessidade de buscar, de forma 
racional, a causa primeira das coisas 
existentes. 
d) A ambição de expor, de maneira 
metódica, as diferenças entre as coisas. 
e) A tentativa de justificar, a partir de 
elementos empíricos, o que existe no real. 
 
(ENEM 2012) QUESTÃO 3 
Na regulação de matérias culturalmente 
delicadas, como, por exemplo, a linguagem 
oficial, os currículos da educação pública, o 
status das Igrejas e das comunidades 
religiosas, as normas do direito penal (por 
exemplo, quanto ao aborto), mas também 
em assuntos menos chamativos, como, por 
exemplo, a posição da família e dos 
consórcios semelhantes ao matrimônio, a 
aceitação de normas de segurança ou a 
delimitação das esferas pública e privada – 
em tudo isso refere-se amiúde apenas o 
autoentendimento ético-político de uma 
cultura majoritária, dominante por motivos 
históricos. Por causa de tais regras, 
implicitamente repressivas, mesmo dentro 
de uma comunidade republicana que 
garanta formalmente a igualdade de direitos 
para todos, pode eclodir um conflito cultural 
movido pelas minorias desprezadas contra 
a cultura da maioria. 
HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos 
de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002. 
 
A reivindicação dos direitos culturais das 
minorias, como exposto por Habermas, 
encontra amparo nas democracias 
contemporâneas, na medida em que se 
alcança 
 
a) a secessão, pela qual a minoria 
discriminada obteria a igualdade de direitos 
na condição da sua concentração espacial, 
num tipo de independência nacional. 
b) a reunificação da sociedade que se 
encontra fragmentada em grupos de 
diferentes comunidades étnicas, confissões 
religiosas e formas de vida, em torno da 
coesão de uma cultura política nacional. 
c) a coexistência das diferenças, 
considerando a possibilidade de os 
discursos de autoentendimento se 
submeterem ao debate público, cientes de 
que estarão vinculados à coerção do melhor 
argumento. 
d) a autonomia dos indivíduos que, ao 
chegarem à vida adulta, tenham condições 
de se libertar das tradições de suas origens 
em nome da harmonia da política nacional. 
e) o desaparecimento de quaisquer 
limitações, tais como linguagem política ou 
distintas convenções de comportamento, 
para compor a arena política a ser 
compartilhada. 
 
(ENEM 2016) QUESTÃO 4 
 
TEXTO I 
 Até aqui expus a natureza do homem 
(cujo orgulho e outras paixões o obrigaram 
a submeter-se ao governo), juntamente com 
o grande poder do seu governante, o qual 
comparei com o Leviatã, tirando essa 
comparação dos dois últimos versículos do 
capítulo 41 de Jó, onde Deus, após ter 
estabelecido o grande poder do Leviatã, lhe 
chamou Rei dos Soberbos. Não há nada na 
Terra, disse ele, que se lhe possa comparar. 
HOBBES, T. O Leviatã. São Paulo: Martins 
Fontes, 2003. 
 
TEXTO II 
 Eu asseguro, tranquilamente, que o 
governo civil é a solução adequada para as 
inconveniências do estado de natureza, que 
devem certamente ser grandes quando os 
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17 
homens podem ser juízes em causa própria, 
pois é fácil imaginar que um homem tão 
injusto a ponto de lesar o irmão dificilmente 
será justo para condenar a si mesmo pela 
mesma ofensa.LOCKE, J. Segundo tratado 
sobre o governo civil . Petrópolis: Vozes, 
1994. 
 
Thomas Hobbes e John Locke, 
importantes teóricos contratualistas, 
discutiram aspectos ligados à natureza 
humana e ao Estado. Thomas Hobbes, 
diferentemente de John Locke, entende o 
estado de natureza como um(a) 
 
a) condição de guerra de todos contra todos, 
miséria universal, insegurança e medo da 
morte violenta. 
b) organização pré-social e pré-política em 
que o homem nasce com os direitos 
naturais: vida, liberdade, igualdade e 
propriedade. 
c) capricho típico da menoridade, que deve 
ser eliminado pela exigência moral, para que 
o homem possa constituir o Estado civil. 
d) situação em que os homens nascem 
como detentores de livre-arbítrio, mas são 
feridos em sua livre decisão pelo pecado 
original. 
e) estado de felicidade, saúde e liberdade 
que é destruído pela civilização, que 
perturba as relações sociais e violenta a 
humanidade. 
 
(ENEM 2018) QUESTÃO 5 
 
O filósofo reconhece-se pela posse 
inseparável do gosto da evidência e do 
sentido da ambiguidade.Quando se limita a 
suportar a ambiguidade, esta se chama 
equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo 
aqueles que pretenderam construir uma 
filosofia absolutamente positiva, só 
conseguiram ser filósofos na medida em 
que, simultaneamente, se recusaram o 
direito de se instalar no saber absoluto. O 
que caracteriza o filósofo é o movimento que 
leva incessantemente do saber à 
ignorância, da ignorância ao saber, e um 
certo repouso neste movimento. MERLEAU-
PONTY, M. Elogio da filosofia. Lisboa; 
Guimarães, 1998 (adaptado). 
 O texto apresenta um entendimento 
acerca dos elementos constitutivos da 
atividade do filósofo, que se caracteriza 
por 
 
a) reunir os antagonismos das opiniões ao 
método dialético. 
b) ajustar a clareza do conhecimento ao 
inatismo das ideias. 
c) associar a certeza do intelecto à 
imutabilidade da verdade. 
d) conciliar o rigor da investigação à 
inquietude do questionamento. 
e) compatibilizar as estruturas do 
pensamento aos princípios fundamentais. 
 
(ENEM 2014) QUESTÃO 6 
 
É o caráter radical do que se procura que 
exige a radicalização do próprio processo de 
busca. Se todo o espaço for ocupado pela 
dúvida, qualquer certeza que aparecer a 
partir daí terá sido de alguma forma gerada 
pela própria dúvida, e não será seguramente 
nenhuma daquelas que foram anteriormente 
varridas por essa mesma dúvida. SILVA, F. 
l. Descartes: a metafísica da modernidade. 
São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado). 
Apesar de questionar os conceitos da 
tradição, a dúvida radical da filosofia 
cartesiana tem caráter positivo por 
contribuir para o(a) 
 
a) dissolução do saber científico. 
b) recuperação dos antigos juízos. 
c) exaltação do pensamento clássico. 
d) surgimento do conhecimento inabalável. 
e) fortalecimento dos preconceitos 
religiosos. 
 
 
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18 
(ENEM 2015) QUESTÃO 7 
 
Trasímaco estava impaciente porque 
Sócrates e os seus amigos presumiam que 
a justiça era algo real e importante. 
Trasímaco negava isso. Em seu entender, 
as pessoas acreditavam no certo e no 
errado apenas por terem sido ensinadas a 
obedecer às regras da sua sociedade. No 
entanto, essas regras não passavam de 
invenções humanas. RACHELS, J. 
Problemas da Filosofia. Lisboa: Gradiva, 
2009. 
O sofista Trasímaco, personagem 
imortalizado no diálogo A República, de 
Platão, sustentava que a correlação entre 
justiça e ética é resultado de 
 
a) determinações biológicas impregnadas 
na natureza humana. 
b) verdades objetivas com fundamento 
anterior aos interesses sociais. 
c) mandamentos divinos inquestionáveis 
legados das tradições antigas. 
d) convenções sociais resultantes de 
interesses humanos contingentes. 
e) sentimentos experimentados diante de 
determinadas atitudes humanas. 
 
(ENEM 2013) QUESTÃO 8 
 
Os produtos e seu consumo constituem a 
meta declarada do empreendimento 
tecnológico. Essa meta foi proposta pela 
primeira vez no início da Modernidade, 
como expectativa de que o homem poderia 
dominar a natureza. No entanto, essa 
expectativa, convertida em programa 
anunciado por pensadores como Descartes 
e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, 
não surgiu “de um prazer de poder”, “de um 
mero imperialismo humano”, mas da 
aspiração de libertar o homem e de 
enriquecer sua vida, física e culturalmente. 
 
CUPANI, A. A tecnologia como problema 
filosófico: três enfoques, Scientiae Studia. 
São Paulo, v. 2 n. 4, 2004 (adaptado). 
Autores da filosofia moderna, 
notadamente Descartes e Bacon, e o 
projeto iluminista concebem a ciência 
como uma forma de saber que almeja 
libertar o homem das intempéries da 
natureza. Nesse contexto, a investigação 
científica consiste em 
 
a) expor a essência da verdade e resolver 
definitivamente as disputas teóricas ainda 
existentes. 
b) oferecer a última palavra acerca das 
coisas que existem e ocupar o lugar que 
outrora foi da filosofia. 
c) ser a expressão da razão e servir de 
modelo para outras áreas do saber que 
almejam o progresso. 
d) explicitar as leis gerais que permitem 
interpretar a natureza e eliminar os 
discursos éticos e religiosos. 
e) explicar a dinâmica presente entre os 
fenômenos naturais e impor limites aos 
debates acadêmicos. 
GABARITO 
1A, 2C,3C,4A, 5D,5D,7D,8C 
Questão 1 
(CEPERJ – 2011) Em sua Investigação 
acerca do entendimento humano, David 
Hume fala daquele que considera ser “o 
único princípio que torna útil nossa 
experiência e nos faz esperar, no futuro, 
uma série de eventos semelhantes àqueles 
que apareceram no passado”. 
 
Segundo Hume, esse princípio, que seria 
o grande guia da vida humana, é: 
a) a fé 
b) a razão 
c) a imaginação 
d) o costume 
e) o entendimento 
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19 
 
Questão 2 
(SP – CAIP – USCS) “Todas as nossas 
ideias derivam de uma ou de outra fonte. 
Parece que o entendimento não tem o 
menor vislumbre sobre quaisquer ideias se 
não as receber de uma das duas fontes. Os 
objetos externos suprem a nossa mente 
com as ideias das qualidades sensíveis, que 
são todas as diferentes percepções 
produzidas em nós, e a mente supre o 
entendimento com ideias através das 
próprias operações”. 
 
O texto citado retrata o empirismo de 
Jonh Locke. Para ele, existem duas 
fontes básicas de experiência: 
a) Percepção e idealização. 
b) Percepção e internalização. 
c) Sensação e reflexão. 
d) Sensação e memorização. 
 
Questão 3 
 
TEXTO I 
 
Experimentei algumas vezes que os 
sentidos eram enganosos, e é de prudência 
nunca se fiar inteiramente em quem já nos 
enganou uma vez. (DESCARTES, R. 
Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril 
Cultural, 1979). 
 
TEXTO II 
Sempre que alimentarmos alguma suspeita 
de que uma ideia esteja sendo empregada 
sem nenhum significado, precisaremos 
apenas indagar: de que impressão deriva 
esta suposta ideia? E se for impossível 
atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, 
isso servirá para confirmar nossa suspeita. 
(HUME, D. Uma investigação sobre o 
entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 
(adaptado).). 
 
Nos textos, ambos os autores se 
posicionam sobre a natureza do 
conhecimento humano. A comparação 
dos excertos permite assumir que 
Descartes e Hume 
 
a) defendem os sentidos como critério 
originário para considerar um conhecimento 
legítimo. 
b) entendem que é desnecessário suspeitar 
do significado de uma ideia na reflexão 
filosófica e crítica. 
c) são legítimos representantes do criticismo 
quanto à gênese do conhecimento. 
d) concordam que conhecimento humano é 
impossível em relação às ideias e aos 
sentidos. 
e) atribuem diferentes lugares ao papel dos 
sentidos no processo de obtenção do 
conhecimento. 
 
Questão 4 
 
O empirismo de Locke se opõe ao 
racionalismo de Descartes. Entre as 
divergências entre esses dois 
pensadores, é INCORRETO dizer que 
 
a) Descartes acreditava que Deus era uma 
ideia inata, já Locke pensava que essa era 
uma ideia oriunda da sensação. 
b) Descartes acreditava que a ideia de 
perfeição era uma ideia inata, já Locke 
acreditava que tinha origem na sensação. 
c) Locke afirmava que a mente humana não 
possui ideias inatas, pois é uma tábula rasa; 
Descartes, por outro lado, defendia a 
existência de ideias inatas. 
d) Locke defendia que, como o 
conhecimento tem origem na experiência, 
não podemos saber da existência de Deus; 
Descartes, como acreditava que a razão por 
si só é capaz de produzir conhecimento 
sobre o mundo, ela é capaz de demonstrar 
a existência de um ser perfeito. 
 
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20 
Questão 5 
 
(UNICAMP 2015) A maneira pela qual 
adquirimos qualquer conhecimento constitui 
suficiente prova de que não é inato.LOCKE, 
John. Ensaio acerca do entendimento 
humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, 
p.13. 
 
O empirismo, corrente filosófica da qual 
Locke fazia parte, 
 
a) afirma que o conhecimento não é inato, 
pois sua aquisição deriva da experiência. 
b) é uma forma de ceticismo, pois nega que 
os conhecimentos possam ser obtidos. 
c) aproxima-se do modelo científico 
cartesiano, ao negar a existência de ideias 
inatas. 
d) defende que as ideias estão presentes na 
razão desde o nascimento. 
 
Questão 6 
(Universidade da Amazônia) Para combater 
os erros provocados pelos ídolos, Francis 
Bacon propôs o método indutivo de 
investigação, que cumpriria algumas etapas 
consecutivas, como é o caso da 
alternativa: 
 
a) Observação da natureza, organização 
racional, explicações gerais (hipóteses) e 
experimentações. 
b) Observação da natureza, organização 
racional, explicações gerais (hipóteses) e 
introspecção. 
c) Concepção mística da natureza, 
organização racional, explicações gerais 
(hipóteses) e experimentações. 
d) Concepção emocional da natureza, 
organização racional, explicações gerais 
(hipóteses) e experimentações. 
 
 
Questão 7 
 
(Pucpr 2009) “Ciência e poder do homem 
coincidem, uma vez que, sendo a causa 
ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza 
não se vence, se não quando se lhe 
obedece. E o que à contemplação 
apresenta-se como causa é regra na 
prática.” Fonte: BACON. Novum 
Organum…, São Paulo: Nova Cultural, 
1999, p.40. 
 
Tendo em vista o texto acima, assinale a 
alternativa correta: 
 
a) Bacon estabelece que a melhor maneira 
de explicar os fenômenos naturais é recorrer 
aos princípios inatos da razão. 
b) Através do conhecimento científico, o 
homem aprende a aceitar o domínio dos 
princípios metafísicos de causalidade sobre 
a natureza. 
c) O conhecimento da natureza depende do 
poder do homem. Assim um rei conhece 
mais sobre a natureza do que um pobre 
estudante. 
d) Através da contemplação – observação – 
da natureza o homem aprende a conhecê-la 
e, então, reúne condições para dominar a 
natureza. 
e) Devemos ser práticos e obedecer à 
natureza, pois o conhecimento das relações 
de causa e efeito é impossível e sempre 
frustrante. 
 
Questão 8 
(ENEM 2015) Todo o poder criativo da 
mente se reduz a nada mais do que a 
faculdade de compor, transpor, aumentar ou 
diminuir os materiais que nos fornecem os 
sentidos e a experiência. Quando pensamos 
em uma montanha de ouro, não fazemos 
mais do que juntar duas ideias consistentes, 
ouro e montanha, que já conhecíamos. 
Podemos conceber um cavalo virtuoso, 
porque somos capazes de conceber a 
virtude a partir de nossos próprios 
sentimentos, e podemos unir a isso a figura 
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21 
e a forma de um cavalo, animal que nos é 
familiar. HUME, D. Investigação sobre o 
entendimento humano. São Paulo: Abril 
Cultural, 1995. 
 
Hume estabelece um vínculo entre 
pensamento e impressão ao considerar 
que 
 
a) os conteúdos das ideias no intelecto têm 
origem na sensação. 
b) o espírito é capaz de classificar os dados 
da percepção sensível. 
c) as ideias fracas resultam de experiências 
sensoriais determinadas pelo acaso. 
d) os sentimentos ordenam como os 
pensamentos devem ser processados na 
memória. 
e) as ideias têm como fonte específica o 
sentimento cujos dados são colhidos na 
empiria. 
 
Questão 9 
(UEL 2009) O pensamento moderno 
caracteriza-se pelo crescente abandono da 
ciência aristotélica. Um dos pensadores 
modernos desconfortáveis com a lógica 
dedutiva de Aristóteles – considerando que 
esta não permitia explicar o progresso do 
conhecimento científico – foi Francis Bacon. 
No livro Novum Organum, Bacon formulou o 
método indutivo como alternativa ao método 
lógico-dedutivo aristotélico. 
 
Com base no texto e nos conhecimentos 
sobre o pensamento de Bacon, é correto 
afirmar que o método indutivo consiste 
 
a) na derivação de consequências lógicas 
com base no corpo de conhecimento de um 
dado período histórico. 
b) no estabelecimento de leis universais e 
necessárias com base nas formas válidas 
do silogismo tal como preservado pelos 
medievais. 
c) na postulação de leis universais com base 
em casos observados na experiência, os 
quais apresentam regularidade. 
d) na inferência de leis naturais baseadas no 
testemunho de autoridades científicas 
aceitas universalmente. 
e) na observação de casos particulares 
revelados pela experiência, os quais 
impedem a necessidade e a universalidade 
no estabelecimento das leis naturais. 
 
GABARITO 
1 - D 
2 - C 
3 - E 
4 - D 
5 - A 
6 - A 
7 - E 
8 - E 
9 – C 
1. (Ufu 2013) A dialética de Hegel 
 
a) envolve duas etapas, formadas por 
opostos encontrados na natureza (dia-noite, 
claro-escuro, frio-calor). 
b) é incapaz de explicar o movimento e a 
mudança verificados tanto no mundo quanto 
no pensamento. 
c) é interna nas coisas objetivas, que só 
podem crescer e perecer em virtude de 
contradições presentes nelas. 
d) é um método (procedimento) a ser 
aplicado ao objeto de estudo do 
pesquisador. 
 
2. (Ufu 2007) Qual é a diferença entre o 
conceito de movimento histórico, em 
Hegel, e o de processo histórico, em 
Marx? 
 
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22 
a) Para Hegel, através do trabalho, os 
homens vão construindo o movimento da 
produção da vida material e, assim, o 
movimento histórico. Para Marx, a 
consciência determina cada época histórica, 
desenvolvendo o processo histórico. 
b) Para Hegel, a História pode sofrer 
rupturas e ter retrocessos, por isso utiliza-se 
do conceito de movimento da base 
econômica da sociedade. Marx acredita que 
o modo de produção encaminhe para um 
objetivo final, que é a concretização da 
Razão. 
c) Para Hegel, a História tem uma 
circularidade que não permite a 
continuidade. Para Marx, a História é 
construída pelo progresso da consciência 
dos homens que formam o processo 
histórico. 
d) Para Hegel, a História é teleológica, a 
Razão caminha para o conceito de si 
mesma, em si mesma. Marx não tem uma 
visão linear e progressiva da História, sendo 
que, para ele, ela é processo, depende da 
organização dos homens para a superação 
das contradições geradas na produção da 
vida material, para transformar ou 
retroceder historicamente. 
 
3. (Ufu 2005) Hegel, em seus cursos 
universitários de Filosofia da História, fez a 
seguinte afirmação sobre a relação entre a 
filosofia e a história: “O único pensamento 
que a filosofia aporta é a contemplação da 
história”. HEGEL, G. W. F. Filosofia da 
História. 2 ed. Brasília: Editora da UnB, 
1998, p. 17. 
 
De acordo com a reflexão de Hegel, é 
correto afirmar que 
I. a razão governa o mundo e, portanto, a 
história universal é um processo racional. 
II. a ação dos homens obedece a vontade 
divina que preestabelece o curso da história. 
III. no processo histórico, o pensar está 
subordinado ao real existente. 
IV. a ideia ou a razão se originam da força 
material de produção e reprodução da 
história. 
Assinale a alternativa que contém 
somente assertivas corretas. 
a) III e IV. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) I e III. 
 
4. (ENEM 2017) A moralidade, Bentham 
exortava, não é uma questão de agradar a 
Deus, muito menos de fidelidade a regras 
abstratas. A moralidade é a tentativa de criar 
a maior quantidade de felicidade possível 
neste mundo. Ao decidir o que fazer, 
deveríamos, portanto, perguntar qual curso 
de conduta promoveria a maior quantidade 
de felicidade para todos aqueles que serão 
afetados. (RACHELS, J. Os elementos da 
filosofia moral. Barueri-SP: Manole, 2006.) 
 
Os parâmetros da ação indicados no 
texto estão em conformidade com uma 
 
a) fundamentaçãocientífica de viés 
positivista. 
b) convenção social de orientação 
normativa. 
c) transgressão comportamental religiosa. 
d) racionalidade de caráter pragmático. 
e) inclinação de natureza passional. 
 
5. Nietzsche identificou os deuses 
gregos Apolo e Dionísio, 
respectivamente, como 
a) complexidade e ingenuidade: extremos 
de um mesmo segmento moral, no qual se 
inserem as paixões humanas. 
b) movimento e niilismo: polos de tensão na 
existência humana. 
c) alteridade e virtu: expressões dinâmicas 
de intervenção e subversão de toda moral 
humana. 
d) razão e desordem: dimensões 
complementares da realidade. 
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23 
 
 6. (UEG) No século XIX, o filósofo alemão 
Friedrich Nietzsche vislumbrou o advento do 
“super-homem” em reação ao que para ele 
era a crise cultural da época. Na década de 
1930, foi criado nos Estados Unidos o 
Super-Homem, um dos mais conhecidos 
personagens das histórias em quadrinhos. 
 
A diferença entre os dois “super-
homens” está no fato de Nietzsche 
defender que o super-homem 
 
a) agiria de modo coerente com os valores 
pacifistas, repudiando o uso da força física e 
da violência na consecução de seus 
objetivos 
b) expressaria os princípios morais do 
protestantismo, em contraposição ao 
materialismo presente no herói dos 
quadrinhos 
c) abdicar-se-ia das regras morais vigentes, 
desprezando as noções de “bem”, “mal”, 
“certo” e “errado”, típicas do cristianismo 
d) representaria os valores políticos e 
morais alemães, e não o individualismo 
pequeno burguês norte-americano 
 
7. UFSJ – De acordo com a discussão 
que Nietzsche realiza sobre a origem dos 
valores morais, pode-se afirmar que: 
 
 
a) na avaliação reativa, os fracos primeiro 
avaliam a si mesmos como bons e daí 
decorre a avaliação do outro, o forte, como 
mau. 
b) os gestos úteis foram inicialmente 
valorados como bons, tendo se tornado 
hábito passar a considerá-los como bons em 
si 
c) a moral escrava tem sua origem no 
cristianismo, religião na qual a oposição 
entre bem e mal foi primeiramente 
constituída 
d) a filologia mostra que as palavras usadas 
para designar a nobreza social adquiriram 
progressivamente o sentido de nobreza de 
espírito 
 
8. O utilitarismo é uma teoria moral que 
procura oferecer uma forma de 
diferenciar ações corretas e incorretas. 
 
Qual das alternativas abaixo define 
melhor o princípio básico do 
utilitarismo? 
 
a) Uma ação moralmente correta é aquela 
que está de acordo com a regra “não faça 
aos outros aquilo que não gostaria que 
fizessem para ti”. 
b) Uma ação moralmente correta é aquela 
que produz o maior saldo positivo de prazer 
ou bem-estar para todos os afetados pela 
ação, considerados imparcialmente. 
c) Uma ação moralmente correta é aquela 
está de acordo com o imperativo categórico. 
d) Uma ação moralmente correta é aquela 
que gera mais felicidade para o agente. 
e) Uma ação moralmente correta é aquela 
em que a pessoa age com honestidade. 
 
9. A aplicação do princípio utilitarista que 
diz que devemos maximizar o bem-estar 
ou as preferências dos envolvidos na 
ação exige que o agente utilize, para 
avaliar se está agindo corretamente, 
 
a)a fé. 
b)a razão. 
c)a intuição. 
d)o imperativo categórico. 
e)a emoção. 
 
10. Um dos argumentos geralmente 
utilizados pelos defensores dos direitos dos 
animais é de que a criação e abate de 
animais gera uma quantidade muito grande 
de sofrimento desnecessário. Se 
considerarmos imparcialmente, por 
exemplo, o saldo de prazer que temos ao 
comê-los e o desprazer gerado aos animais 
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24 
para satisfazer esse nosso desejo, 
concluiremos que usar animais para 
alimentação é, claramente, uma ação 
imoral. 
 
Qual teoria moral está por trás desse tipo 
de raciocínio? 
 
a) A teoria do bem-estar animal. 
b) O relativismo moral. 
c) O utilitarismo. 
d) A ética kantiana. 
 
GABARITO 
1 - A 
2 - D 
3 - D 
4 - D 
5 - D 
6 - C 
7 - D 
8 - B 
9 – B 
10 – C 
 
1. Se, pois, para as coisas que fazemos 
existe um fim que desejamos por ele mesmo 
e tudo o mais é desejado no interesse desse 
fim; evidentemente tal fim será o bem, ou 
antes, o sumo bem. Mas não terá o 
conhecimento, porventura, grande 
influência sobre essa vida? Se assim é, 
esforcemo-nos por determinar, ainda que 
em linhas gerais apenas, o que seja ele e de 
qual das ciências ou faculdades constitui o 
objeto. Ninguém duvidará de que o seu 
estudo pertença à arte mais prestigiosa e 
que mais verdadeiramente se pode chamar 
a arte mestra. Ora, a política mostra ser 
dessa natureza, pois é ela que determina 
quais as ciências que devem ser estudadas 
num Estado, quais são as que cada cidadão 
deve aprender, e até que ponto; e vemos 
que até as faculdades tidas em maior 
apreço, como a estratégia, a economia e a 
retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a 
política utiliza as demais ciências e, por 
outro lado, legisla sobre o que devemos e o 
que não devemos fazer, a finalidade dessa 
ciência deve abranger as das outras, de 
modo que essa finalidade será o bem 
humano. 
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: 
Pensadores. São Pauto: Nova Cultural, 
1991 (adaptado). 
 
Para Aristóteles, a relação entre o sumo 
bem e a organização da pólis pressupõe 
que 
a) o bem dos indivíduos consiste em cada 
um perseguir seus interesses. 
b) o sumo bem é dado pela fé de que os 
deuses são os portadores da verdade. 
c) a política é a ciência que precede todas 
as demais na organização da cidade. 
d) a educação visa formar a consciência de 
cada pessoa para agir corretamente. 
e) a democracia protege as atividades 
políticas necessárias para o bem comum. 
 
2. Uma sociedade é uma associação mais 
ou menos autossuficiente de pessoas que 
em suas relações mútuas reconhecem 
certas regras de conduto com obrigatórias e 
que, na maioria das vezes, agem de acordo 
com elas. Uma sociedade é bom ordenada 
não apenas quando está planejada para 
promover o bem de seus membros, mas 
quando é também efetivamente regulada 
por uma concepção pública de justiça. Isto 
é, trata-se de uma sociedade na qual todos 
aceitam, e sabem que os outros aceitam, o 
mesmo princípio de justiça. 
RAWLS, J. Uma teoria da justiça. São 
Paulo: Martins Fontes, 1997. Adaptado. 
 
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25 
A visão expressa nesse texto do século XX 
remete a qual aspecto do pensamento 
moderno? 
a) A relação entre liberdade e autonomia do 
Liberalismo. 
b) A independência entre poder e moral do 
Racionalismo. 
c) A convenção entre cidadãos e soberano 
do Absolutismo. 
d) A dialética entre indivíduo e governo 
autocrata do Idealismo. 
e) A contraposição entre bondade e 
condições selvagem do Naturalismo 
 
3. Hoje, a indústria cultural assumiu a 
herança civilizatória da democracia de 
pioneiros e empresários, que tampouco 
desenvolvera uma fineza de sentido para os 
desvios espirituais. Todos são livres para 
dançar e para se divertir do mesmo modo 
que, desde a neutralização histórica da 
religião, são livres para entrar em qualquer 
uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade 
de escolha da ideologia, que reflete sempre 
a coerção econômica, revela-se em todos os 
setores como a liberdade de escolher o que 
é sempre a mesma coisa. 
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética 
do esclarecimento: fragmentos filosóficos. 
Rio de Janeiro; Zahar, 1985 
 
A liberdade de escolha na civilização 
ocidental, de acordo com a análise do 
texto, é um(a) 
a) legado social. 
b) patrimônio politico. 
c) produto da moralidade. 
d) conquista da humanidade. 
e) ilusão da contemporaneidade. 
 
4. Ser ou não ser — eis a questão. 
Morrer — dormir— Dormir! Talvez sonhar. 
Aí está o obstáculo! 
Os sonhos que hão de vir no sono da morte 
Quando tivermos escapado ao tumulto vital 
Nos obriguam a hesitar: e é essa a reflexão 
Que dá à desventura uma vida tão longa. 
SHAKESPEARE, W. Hamlet. Porto Alegre: 
L&PM, 2007 
 
Este solilóquio pode ser considerado um 
precursor do existencialismo ao enfatizar a 
tensão entre 
a) consciência de si e angústia humana. 
b) inevitabilidade do destino e incerteza 
moral. 
c) tragicidade da personagem e ordem do 
mundo. 
d) racionalidade argumentativa e loucura 
iminente. 
e) dependência paterna e impossibilidade 
de ação. 
 
5. Para Platão, o que havia de verdadeiro 
em Parmênides era que o objeto de 
conhecimento é um objeto de razão e não 
de sensação, e era preciso estabelecer uma 
relação entre objeto racional e objeto 
sensível ou material que privilegiasse o 
primeiro em detrimento do segundo. Lenta, 
mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias 
formava-se em sua mente. 
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o 
fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 
2012 (adaptado). 
 
O texto faz referência à relação entre 
razão e sensação, um aspecto essencial 
da Doutrina das Ideias de Platão (427 
a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, 
como Platão se situa diante dessa 
relação? 
a) Estabelecendo um abismo intransponível 
entre as duas. 
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26 
b) Privilegiando os sentidos e subordinando 
o conhecimento a eles. 
c) Atendo-se à posição de Parmênides de 
que razão e sensação são inseparáveis. 
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar 
conhecimento, mas a sensação não. 
e) Rejeitando a posição de Parmênides de 
que a sensação é superior à razão. 
 
6. TEXTO I 
Experimentei algumas vezes que os 
sentidos eram enganosos, e é de prudência 
nunca se fiar inteiramente em quem já nos 
enganou uma vez. 
DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. 
São Paulo: Abril Cultural, 1979. 
 
TEXTO II 
Sempre que alimentarmos alguma suspeita 
de que uma ideia esteja sendo empregada 
sem nenhum significado, precisaremos 
apenas indagar: de que impressão deriva 
esta suposta ideia? E se for impossível 
atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, 
isso servirá para confirmar nossa suspeita. 
HUME, D. Uma investigação sobre o 
entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 
(adaptado). 
 
Nos textos, ambos os autores se posicionam 
sobre a natureza do conhecimento humano. 
A comparação dos excertos permite assumir 
que Descartes e Hume 
a) defendem os sentidos como critério 
originário para considerar um conhecimento 
legítimo. 
b) entendem que é desnecessário suspeitar 
do significado de uma ideia na reflexão 
filosófica e crítica. 
c) são legítimos representantes do criticismo 
quanto à gênese do conhecimento. 
d) concordam que conhecimento humano é 
impossível em relação às ideias e aos 
sentidos. 
e) atribuem diferentes lugares ao papel dos 
sentidos no processo de obtenção do 
conhecimento. 
 
7. Na regulação de matérias culturalmente 
delicadas, como, por exemplo, a linguagem 
oficial, os currículos da educação pública, o 
status das Igrejas e das comunidades 
religiosas, as normas do direito penal (por 
exemplo, quanto ao aborto), mas também 
em assuntos menos chamativos, como, por 
exemplo, a posição da família e dos 
consórcios semelhantes ao matrimônio, a 
aceitação de normas de segurança ou a 
delimitação das esferas pública e privada – 
em tudo isso reflete-se amiúde apenas o 
auto entendimento ético-político de uma 
cultura majoritária, dominante por motivos 
históricos. Por causa de tais regras, 
implicitamente repressivas, mesmo dentro 
de uma comunidade republicana que 
garanta formalmente a igualdade de direitos 
para todos, pode eclodir um conflito cultural 
movido pelas minorias desprezadas contra 
a cultura da maioria. 
HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos 
de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002. 
A reivindicação dos direitos culturais das 
minorias, como exposto por Habermas, 
encontra amparo nas democracias 
contemporâneas, na medida em que 
a) a secessão, pela qual a minoria 
discriminada obteria a igualdade de direitos 
na condição da sua concentração espacial, 
num tipo de independência nacional. 
b) a reunificação da sociedade que se 
encontra fragmentada em grupos de 
diferentes comunidades étnicas, confissões 
religiosas e formas de vida, em torno da 
coesão de uma cultura política nacional. 
c) a coexistência das diferenças, 
considerando a possibilidade de os 
discursos de auto entendimento se 
submeterem ao debate público, cientes de 
que estarão vinculados à coerção do melhor 
argumento. 
d) a autonomia dos indivíduos que, ao 
chegarem à vida adulta, tenham condições 
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de se libertar das tradições de suas origens 
em nome da harmonia da política nacional. 
e) o desaparecimento de quaisquer 
limitações, tais como linguagem política ou 
distintas convenções de comportamento, 
para compor a arena política a ser 
compartilhada 
 
8. Nasce daqui uma questão: se vale mais 
ser amado que temido ou temido que 
amado. Responde-se que ambas as coisas 
seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-
las, é muito mais seguro ser temido que 
amado, quando haja de faltar uma das duas. 
Porque dos homens que se pode dizer, 
duma maneira geral, que são ingratos, 
volúveis, simuladores, covardes e ávidos de 
lucro, e enquanto lhes fazes bem são 
inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os 
bens, a vida e os filhos, quando, como acima 
disse, o perigo está longe; mas quando ele 
chega, revoltam-se. 
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Rio de Janeiro: 
Bertrand, 1991. 
 
A partir da análise histórica do 
comportamento humano em suas relações 
sociais e políticas, Maquiavel define o 
homem como um ser 
a) munido de virtude, com disposição nata 
a praticar o bem a si e aos outros. 
b) possuidor de fortuna, valendo-se de 
riquezas para alcançar êxito na política. 
c) guiado por interesses, de modo que suas 
ações são imprevisíveis e inconstantes. 
d) naturalmente racional, vivendo em um 
estado pré-social e portando seus direitos 
naturais. 
e) sociável por natureza, mantendo relações 
pacíficas com seus pares. 
 
9. TEXTO I 
Há já algum tempo eu me aprecebi de que, 
desde meus primeiros anos, recebera 
muitas falsas opiniões como verdadeiras, e 
de que aquilo que depois eu fundei em 
princípios tão mal assegurados não podia 
ser senão mui duvidoso e incerto. Era 
necessário tentar seriamente, uma vez em 
minha vida, desfazer-me de todas as 
opiniões a que até então dera crédito, e 
começar tudo novamente a fim de 
estabelecer um saber firme e inabalável. 
DESCARTES, R. Meditações concernentes 
à Primeira Filosofia. São Paulo: Abril 
Cultural, 1973 (adaptado). 
 
TEXTO II 
É o caráter radical do que se procura que 
exige a radicalização do próprio processo de 
busca. Se todo o espaço for ocupado pela 
dúvida, qualquer certeza que aparecer a 
partir daí terá sido de alguma forma gerada 
pela própria dúvida, e não será seguramente 
nenhuma daquelas que foram anteriormente 
varridas por essa mesma dúvida. 
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da 
modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 
(adaptado). 
 
A exposição e a análise do projeto 
cartesiano indicam que, para viabilizar a 
reconstrução radical do conhecimento, 
deve-se 
a) retomar o método da tradição para 
edificar a ciência com legitimidade. 
b) questionar de forma ampla e profunda as 
antigas ideias e concepções. 
c) investigar os conteúdos da consciência 
dos homens menos esclarecidos. 
d) buscar uma via para eliminar da 
memória saberes antigos e ultrapassados. 
e) encontrar ideias e pensamentos 
evidentes que dispensam ser 
questionados. 
 
10. Até hoje admitia-se que nosso

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