Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Rio de Janeiro, 15 de Janeiro de 2019 Fernando Veiga Bauler André Arão Orientador: Rogerio Goldfeld Cardeman CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES SIMPLIFICADO ILUSTRADO Fernando Veiga Bauler André Arão Orientador: Rogerio Goldfeld Cardeman 1ª EDIÇÃO Rio de Janeiro, 2020 CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES SIMPLIFICADO ILUSTRADO Esse guia tem caráter informativo e por se tratar de uma obra acadêmica não pode ser considerado oficial. CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES SIMPLIFICADO ILUSTRADO PREFÁCIO Há milhares de anos a humanidade descobriu as conveniências de habitar coletivamente, entendendo que suas precariedades podem ser superadas pelo gesto solidário, que seus temores po- dem ser amenizados por este mesmo gesto, ainda que em am- biente muitas vezes hostil, quando domina a disputa das poucas oportunidades que as cidades concentram. Há muitos milênios ainda, percebemos que o afã e a necessidade de ocupar as áreas urbanas não pode ser conduzido pelo interesse de poucos, visto que são construção coletiva, patrimônio e bem comum, devendo portanto ser vistos por toda a sociedade, a partir de seus siste- mas tradicionais, rituais ou legais. Os Códigos Edilícios, já parte de nossa prática desde o séc. XIX, sempre visaram a vigilância e administração deste bem, a ser construído coletivamente, à partir de interesses diversos mas que necessitam ser consonantes em seus usos, ambiências e qualidades urbanas, como ainda convergentes com a defesa de seus recursos naturais e de resiliência. No entanto, a partir da determinação de posturas municipais, ciosas de um vocabulário douto em leis, este instrumento que deveria ser um manual de auxílio ao cidadão na construção de sua cidade, tornou-se um verdadeiro código cifrado, dificultando a compreensão de suas alternativas, assim como sua crítica a partir de um entendimento operacional do código legal. À recente busca de uma simplificação na definição de regras coletivas para construção na cidade do Rio de Janeiro, acres- centa-se agora essa valiosa contribuição de Fernando Bauler e André Arão, destacados alunos do Bacharelado em Arquitetu- ra e Urbanismo da Universidade Veiga de Almeida, onde foram orientados pelo prof. Rogerio Cardeman, já autor de vários títulos sobre a questão legal da arquitetura no Rio de Janeiro, que vem compartilhar aqui conosco o consistente resultado de meses de leitura e pesquisa do novo Código de Obras do Município do Rio de Janeiro. Trata-se de uma proposta de decupagem gráfica das normas le- gais ora em vigor no município, que objetiva seu melhor enten- dimento e domínio, facilitando assim sua crítica e seus futuros progressos, tornando-se por isso uma ferramenta importante na construção de nossa cidade. Alder Catunda SUMÁRIO Capítulo I Pág. 9 Capítulo II Pág. 19 Capítulo III Pág. 33 Capítulo IV Pág. 61 Capítulo V Pág. 65 Capítulo VI Pág. 71 Capítulo VII Pág. 75 Capítulo VIII Pág. 79 CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 10 11 LEI COMPLEMENTAR Nº 198 DE 14 DE JANEIRO DE 2019. DECRETO RIO Nº 45917 DE 03 DE MAIO DE 2019. Institui o Código de Obras e Edificações Simplificado do Município do Rio de Janeiro - COES. Autor: Poder Executivo. O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: Regulamenta a Lei Complementar nº 198, de 14 de janeiro de 2019, que ins- titui o Código de Obras e Edificações Simplificado do Município do Rio de Ja- neiro - COES, e dá outras providências. O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela legislação em vigor, e CONSIDERANDO que a Lei Complementar nº 198, de 14 de janeiro de 2019, que institui o Código de Obras e Edificações Simplificado do Município do Rio de Janeiro - COES, ao simplificar as regras existentes quanto à elaboração de projetos de construção e modificação de edificações no território Municipal, por agen- te particular ou público, dispôs sobre as condições indispensáveis para as edificações, conforme expresso no § 2º de seu art. 39; CONSIDERANDO a necessidade de detalhamento de matérias relativas à aplicação da Lei Complementar n° 198, de 2019; CONSIDERANDO o princípio da transparência quanto aos procedimentos da gestão pública, DECRETA: Obs: O decreto 45.917 estará grifado em azul ART 1º Esta Lei Complementar aprova o Código de Obras e Edificações Simplificado - COES do Município do Rio de Janeiro, que disciplina a elaboração de projetos, construção e modificação de edificações no território Mu- nicipal, por agente particular ou público. § 1º Esta Lei Complementar integra os instrumentos nor- mativos estabelecidos na Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro e na Lei Comple- mentar nº 111, de 1º de feve- reiro de 2011, que institui o Plano Diretor de Desenvol- vimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Ja- neiro. §2º Para os projetos de empreendimentos habita- cionais de interesse social, vinculados às políticas ha- bitacionais governamentais, prevalecerão os parâmetros definidos por legislação es- pecífica, quando menos res- tritivos. § 3º Além desta Lei Com- plementar, os profissionais responsáveis pelos projetos também deverão observar o disposto nas seguintes nor- mas: I - legislações de uso e ocu- pação do solo; II - legislações de preserva- ção do patrimônio natural e cultural; III - normas da Associação Brasileira de Normas Técni- cas - ABNT; IV - normas regulamentado- ras do Ministério do Trabalho ou órgão afim; V - Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico e demais regulamentos do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro - CBMERJ; VI - demais normas relacio- nadas ao uso específico da edificação. § 4º Toda edificação, cons- truída ou reformada, deverá adotar, preferencialmente, medidas de sustentabilidade, economia de recursos natu- rais e tecnologias de eficiên- cia energética. § 5º A construção, reforma ou ampliação das edifica- ções deverá ser executada de modo a garantir acessi- bilidade à pessoa com defi- ciência ou com mobilidade reduzida a todos os compar- timentos e equipamentos de 12 13 suas partes comuns, observa- da a legislação em vigor. Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei Complementar no 198, de 14 de janeiro de 2019, que institui o Código de Obras e Edificações Simplificado do Municí- pio do Rio de Janeiro - COES. ART 2º As edificações serão classifi- cadas de acordo com suas fun- ções e características em: I - edificação residencial: des- tinada a abrigar o uso residen- cial permanente, podendo ser: a)Unifamiliar – destinada a abrigar uma unidade residen- cial; b)Bifamiliar – destinada a abrigar duas unidades resi- denciais, superpostas ou jus- tapostas c)Multifamiliar - destinada a abrigar mais de duas unidades residenciais. II - Edificação mista: destina- da a abrigar o uso residencial juntamente com usos não re- sidenciais em unidades autô- nomas, desde que permitida a convivência dos usos; III - Edificação não residencial: destinada a abrigar os usos in- dustrial, comercial e de servi- ços, podendo ser: a) Edificação de uso exclusivo – destinada a abrigar um úni- co uso ou atividade não resi- dencial por lote, apresentando uma única numeração; b) Edificação constituída por unidades autônomas – edifica- ção destinada a abrigar usos e atividades não residenciais, apresentando mais de uma unidade autônoma. § 1º Será admitida a justapo- sição horizontal de unidades residenciais, inclusive com en- tradas independentes, sendo o conjunto destas unidades con- siderado como uma única edi- ficação multifamiliar para efei- to da aplicação da legislação. § 2o Hotel, exceto residencial com serviço, será considerado espaço não residencial desti- nado ao uso de serviços. § 3o No licenciamento e legali- zação de edificação residencial bifamiliar, fica facultado o par- celamentodo lote com metade da área do lote mínimo previs- to para o local. § 4o Nos locais em que for permitida a construção de edi- ficações residenciais multifa- miliares, será permitida a im- plantação do grupamento tipo vila, formado por edificações Unifamiliar Art. 2º-I b Art. 2º-II Art. 2º-I b Art. 2º-I c Art. 2º-§ 1º Art. 2º-I a Bifamiliar Justapostas Bifamiliar Superpostas Multifamiliar Edificação Mista Justaposição horizontal 14 15 unifamiliares ou bifamiliares, com unidades justapostas ou sobrepostas, dotadas de aces- sos independentes através de área comum descoberta, ob- servadas as seguintes condi- ções: I - área máxima do terreno: três mil metros quadrados; II - número máximo de unida- des: trinta e seis; III - máximo de duas unidades superpostas em cada edifica- ção; IV - gabarito: três pavimentos e onze metros de altura; V - atender ao disposto pe- las normas em vigor quanto a afastamentos frontal e de fun- dos e primas de ventilação e iluminação; VI - largura mínima da via in- terna: a) quando permitido tráfego de veículos: largura mínima de seis metros; b) quando permitido apenas tráfego de pedestres: 1 - quando houver edificações em apenas um dos lados da via: dois metros e cinquenta centímetros; 2 - quando houver edificações em ambos os lados da via: cin- co metros. § 5o A conservação de uma rua de vila, sua entrada e ser- viços comuns constituem obri- gação dos seus proprietários condôminos. § 6o Nas vilas situadas na Área de Planejamento 3 - AP 3, o ga- barito máximo permitido será de quatro pavimentos e altura máxima de quatorze metros, incluídos todos os elementos da edificação. Art. 2o O parcelamento de que trata o § 3o do art. 2o da Lei Complementar no 198, de 2019, deverá atender às seguin- tes condições: I - o lote original deverá atender às dimensões mínimas definidas pela legislação de uso e ocupação do solo para o local; II - cada lote só poderá ser parcelado uma única vez; III - os lotes resultantes não poderão sofrer parcelamentos subsequentes; IV - os lotes resultantes deverão aten- der às dimensões mínimas definidas pela legislação federal e poderão apresentar áreas com dimensões di- ferenciadas. Parágrafo único. Caso um dos lotes resultantes não possua testada para logradouro reco- nhecido, deverá ser prevista servidão de acesso com largura mínima de um metro e cinquenta centímetros. 1 2 * Variável AF 3 Pavou 11m (art 2º §6) AF -Edificações unifamiliares ou bifamiliares -Unidades justapostapostas ou sobrepostas Máximo de duas unidades superpostas Máximo de 36 unidades Acesso independente através de área comum descoberta Área máxima do lote 3.000 m² *Largura mínima da via interna: a) Quando permitido tráfego de veículos: larura mínima de 6,00m. b)Quando permitido apenas tráfego de pedestres: 1. quando houver edificações em apenas um dos lados da via: dois metros e cinquenta; 2. quando houver edificações em ambos os lados da via: cinco metros. Art. 2º-IV Art. 2º-§ 4º Art. 2º-§ 3º Servidão de AcessoParcelamento Facultativo Atender as dimensões mínimas AF AF Mín 1,5m 16 17 ART. 3º Para os fins desta Lei Com- plementar, os compartimentos serão sempre considerados pela sua utilização lógica na edificação e serão classifica- dos, conforme a função a que se destinam, em: I - compartimentos de perma- nência prolongada: quartos, salas, lojas, salas comerciais, quartos de hotel e aqueles de- finidos por legislação específi- ca referente a atividades espe- ciais; II - compartimentos de per- manência transitória: demais compartimentos. Parágrafo único. Os locais de reunião são definidos como os compartimentos que abri- guem atividades que envolvam grande quantidade de pessoas simultaneamente, como cine- mas, teatros, estádios, áreas de exposição, congressos e si- milares. Art. 3o As vilas mencionadas no § 4o do art. 2o da Lei Complementar no 198, de 2019, equivalem ao grupamento tipo vila relacionado no inciso XV do art. 50 da Lei Complementar no 111, de 1o de fevereiro de 2011, que dispõe sobre a Política Urbana e Ambiental do Muni- cípio, institui o Plano Diretor de De- senvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro e dá outras providências, observadas as seguintes condições: I - nas vilas previstas na legislação sobre Planos de Estruturação Urba- na - PEU - ou legislações específicas, prevalece o disposto na Lei Comple- mentar no 198, de 2019; II - caso não sejam atendidas as con- dições estabelecidas no § 4o do art. 2o da Lei Complementar no 198, de 2019, o empreendimento poderá ser enqua- drado como multifamiliar horizontal, a que se refere o § 1o do art. 2o da mes- ma Lei complementar. § 1o Para as vilas ou planos de vilas aprovados até 8 de junho de 1968, apli- ca-se o disposto no Capítulo XIII do Decreto no 322, de 3 de março de 1976, que aprova o Regulamento de Zonea- mento do Município do Rio de Janeiro, excetuando-se o disposto no § 6o do art. 2o da Lei Complementar no 198, de 2019. § 2o Para fins de licenciamento e regularização, são equivalentes os conceitos “área comum descoberta”, mencionado no § 4o do art. 2o da Lei Complementar no 198, de 2019, as vias internas do “grupamento tipo vila” e “rua de vila” a que se refere o § 5o do art. 2o da mesma Lei. CAPÍTULO II DAS CONDIÇÕES VOLUMÉTRICAS E EXTERNAS DAS EDIFICAÇÕES 20 21 Seção I Afastamentos e Prismas ART. 4º Os afastamentos são classifi- cados em: I - frontal: estabelecido em re- lação a todas as testadas do lote e será definido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo ou pelas legislações específicas para cada região; II - lateral e de fundos: estabe- lecidos em relação às divisas laterais e de fundos do lote e não poderão ser inferiores a dois metros e cinquenta cen- tímetros e, quando utilizados para ventilar ou iluminar com- partimentos, serão equivalen- tes, no mínimo, a um quinto da altura da edificação; III - entre edificações: estabe- lecido entre duas edificações no mesmo lote e será equiva- lente, no mínimo, a dois quin- tos da média das alturas das edificações, quando usados para iluminar ou ventilar com- partimentos, não podendo ser inferior a dois metros e cin- quenta centímetros. § 1o Quanto ao afastamento, as edificações são consideradas: I - afastada das divisas: aque- la que apresenta afastamentos mínimos das divisas laterais e de fundos dimensionados na forma estabelecida nesta Lei Complementar, haja ou não abertura de vãos de ilumina- ção e ventilação; II - não afastada das divisas: aquela que não apresenta afastamento mínimo exigido, dimensionado na forma es- tabelecida nesta Lei Comple- mentar, em relação a pelo me- nos uma das divisas do lote. § 2o Para aplicação do dispos- to no § 1o deste artigo, não será considerado o embasamento não afastado das divisas quan- do permitido por legislação es- pecífica. § 3o Fica permitida a utiliza- ção de elementos de composi- ção arquitetônica balanceados sobre os afastamentos das edificações, bem como sobre a área coletiva, destinados a proporcionar conforto térmico, economia energética ou con- tribuir para a maior diversida- de do conjunto arquitetônico do Município, que poderão ser fixos ou móveis, deverão ser vazados, poderão manter dis- tância máxima de um metro das fachadas e não poderão constituir piso utilizável nem resultar em aumento da área da edificação. Art. 4o Considera-se como “emba- Art. 4º-II Art. 4º-§1º -II Art. 4º-III Art. 4º-§1º -I Art. 4º-§2º Art. 4º I AF AF Min.2,5m Mi n. 2,5 m Mi n. 2,5 m AF AF A lt u r a h 1 A lt u r a h 2 AF AF AF AF Embasamento AF AF AF Afastamento frontal Afastamento lateral e de fundos Afastamento entre edificações Edificação afastada das divisas Edificação não afastada das divisas Embasamento AF AF Média das altura = (h1+h2)/2 Afastamento = 2 (média das alturas)/5 AF 22 23 samento não afastado das divisas”, de que trata o § 2o do art. 4o da Lei Complementarno 198, de 2019, os pavi- mentos inferiores mencionados na de- finição de embasamento do glossário da Lei Complementar no 198, de 2019, não sendo computados para efeito do cálculo do afastamento da edificação. ART. 5º Os prismas deverão se co- municar com o espaço aberto acima da edificação ou com as áreas de afastamento, não po- derão ser cobertos e são clas- sificados em: I - Prisma de Ventilação e Ilu- minação - PVI: proporciona condições de ventilação e ilu- minação a compartimento de permanência prolongada; II - Prisma de Ventilação - PV: proporciona condições de ven- tilação a compartimento de permanência transitória. ‘ § 1o A seção horizontal mínima dos prismas deverá ser cons- tante ao longo de toda a sua al- tura, ter seus ângulos internos maiores ou iguais a noventa graus e observará os seguin- tes limites: I - PVI: nenhum dos lados da figura formada pela seção ho- rizontal poderá ser menor do que um quarto da altura do prisma, não podendo sua me- dida ser menor que três metros; II - PV: nenhum dos lados da figura formada pela seção ho- rizontal poderá ser menor do que um vigésimo da altura do prisma, não podendo sua me- dida ser menor que um metro. § 2o Será admitido, nos pris- mas de ventilação e iluminação - PVIs com seção horizontal retangular, que a dimensão de um de seus lados seja reduzi- da a setenta por cento das di- mensões mínimas calculadas, desde que a dimensão do outro lado seja aumentada de modo a manter a área da seção ho- rizontal prevista no § 1° deste artigo. Art. 5o A aplicação do disposto no § 2o do art. 5o da Lei Complementar no 198, de 2019, é admitida desde que os lados resultantes dos prismas permaneçam atendendo às dimensões mínimas ab- solutas indicadas no seu § 1o. § 3o No caso da utilização de prismas para ventilação de es- tacionamentos: I - deverão ser exclusivos, não podendo servir para ventilar outro tipo de compartimento, exceto aqueles destinados a lixo ou depósitos; II - não poderão ser prolonga- mentos de prismas de ventila- Art. 5º-I Art. 5º-§2º Art. 5º-§3º -I, II Art. 4º-§3º Art. 5º-II Máx.1m Prism a Redução de até 70% Exclusivo Art. 5º-§3º-III Elementos de composição arquitetônica Prisma de ventilação e iluminação Prisma de ventilação Redução de prismas Prisma de ventilação de estacionamento Prisma protegido contra a chuva Mesma dimensão da seção do prisma A lt u r a h Prism a Mín. 1/20 de h e 1,00m A lt u r a h Mín. 1/4 de h e 3,00m 24 25 ção existentes na edificação; III - as saídas dos prismas po- derão ser protegidas contra a chuva, mantidas na abertura as dimensões mínimas calcu- ladas para a seção do prisma. § 4o Nenhum prisma poderá ter suas dimensões mínimas reduzidas ou ser ocupado por qualquer elemento construti- vo, inclusive em balanço. § 5o As reentrâncias em fa- chadas - frontais, laterais ou de fundos – não necessita- rão possuir seção horizontal constante em toda a sua altura e deverão ter sua largura cal- culada como prisma quando possuírem mais de um metro e cinquenta centímetros de profundidade e servirem para ventilação ou iluminação de compartimentos. ‘ ART. 6º A altura a ser considerada para o cálculo dos prismas e dos afastamentos lateral e de fundos será a medida entre o nível do piso do primeiro com- partimento iluminado ou venti- lado e o nível do piso acima do último pavimento ventilado ou iluminado. § 1º Não será considerado no cálculo o eventual pavimento de cobertura e o Pavimento de Uso Comum, ainda que possu- am cômodos que ventilem pelo prisma ou afastamento em questão. § 2º No caso de prismas de compartimentos situados no embasamento ou no subsolo e que se comuniquem c’om o es- paço aberto do embasamento - áreas de afastamento -, a altura será considerada en- tre o nível do piso do primeiro compartimento iluminado ou ventilado e o nível de abertu- ra do prisma para o espaço de afastamento. ART. 7º É aceito o direito real de servi- dão de áreas contíguas às di- visas do lote para ventilação e iluminação dos compartimen- tos, desde que haja concor- dância dos proprietários dos terrenos contíguos estabeleci- da por escritura pública devi- damente averbada no Registro Geral de Imóveis. § 1º A edificação deverá aten- der às condições mínimas de ventilação e iluminação para prismas ou afastamentos pre- vistas por esta Lei Comple- mentar. § 2º A edificação, nesse caso, será considerada não afastada das divisas. Art. 6º Art. 6º § 1º e § 2º Art. 7º Art. 5º-§5º Ventilação ou iluminação de compartimento <1,5m A ltu r a Altu ra con side rad a par a ca lcul o Edificação não afastada Servidão Reentrância nas fachadas Cálculo de prismas Cálculo de prismas Servidão de ventilação e iluminação 26 27 Seção II Varandas, Sacadas e Marqui- ses ART. 8º Será permitida a construção de varandas e sacadas aber- tas, em balanço ou reentran- tes. § 1º Sobre o afastamento fron- tal, as varandas e sacadas po- derão ocupar toda a fachada e deverão recuar, no mínimo, um metro da testada do terreno. § 2º Sobre os afastamentos lateral e de fundos, as varan- das e sacadas poderão ocupar toda a fachada e deverão dis- tar, no mínimo, dois metros e cinquenta centímetros das di- visas laterais e de fundos do lote. § 3º Para edificações não afas- tadas das divisas, as varandas e sacadas deverão guardar uma distância lateral mínima de um metro e cinquenta cen- tímetros das divisas laterais e de fundos do lote. § 4º As varandas e sacadas de unidades residenciais, quando em balanço ou reentrantes, não serão computadas na Área Total Edificável – ATE e na Taxa de Ocupação. § 5º Nas edificações não re- sidenciais e na parte não re- sidencial das edificações mis- tas, não serão computadas no cálculo da Área Total Edificável as varandas e sacadas com até vinte por cento da área útil das unidades. § 6º Será permitida a instala- ção, nas varandas e sacadas, de modo integrado à compo- sição estética da fachada, de churrasqueiras, de fechamen- to lateral do piso ao teto e de elementos decorativos de pro- teção à insolação, como brise- soleils, venezianas, treliças, cobogós, muxarabis ou simi- lares, que deverão ser vaza- dos, permitir a aeração de no mínimo cinquenta por cento do vão, e não serão considerados como fechamento destes es- paços, desde que efetuados na construção da edificação ou em reforma geral da fachada. § 7º As lajes do teto das varan- das e sacadas do último pavi- mento das edificações poderão ser incorporadas ao piso do pavimento de cobertura, quan- do permitido, como terraços descobertos. § 8º Serão permitidas lajes técnicas em balanço para co- locação de equipamentos de ar condicionado com distância máxima de um metro em rela- ção ao plano da fachada. Art. 8º § 1º Art. 8º § 2º Art. 8º § 3º Mí n 2,5 m Mín1m Pode ocupar toda a fachada Mín2,5m Mí n 1,5 m Mí n 1,5 m Varandas sobre afastamento frontal Varandas sobre afastamento lateral e de fundos Varandas em edificações não afastadas Art. 8º § 6º - Churrasqueiras Art. 8º § 6º - Cobogós Art. 8º § 6º - Brise-soleils 28 29 § 9º As varandas balanceadas acrescidas a edificações que tenham sua certidão de habi- te-se regularmente expedida há mais de cinco anos podem apresentar pilar de sustenta- ção nos afastamentos desde que: I - não sejam prejudicados os espaços destinados à circula- ção de pessoas e veículos; II - a seção horizontal acabada de cada pilar não ultrapasse a dimensão de trinta e cinco por trinta e cinco centímetros; III - os pilares estejam afasta- dos do corpo da edificação no máximo um metro e meio, con- tado a partir de sua face mais próxima ao plano da fachada; IV - seja apresentada, no ato do licenciamento, autorização condominial; V - a solução empregada seja uniforme para toda a fachada e seja executada em sua totali- dade de uma só vez. § 10. As varandas permitidas neste artigo poderão ser fe- chadas,sem necessidade de licenciamento, desde que aten- didos os seguintes requisitos: I - com painéis de vidro to- talmente retráteis instalados sem esquadrias de acordo com o disposto na Lei Complemen- tar nº 145, de 6 de outubro de 2014; II - o fechamento da varanda não poderá resultar em au- mento real da área da unidade, nem será admitida a incorpo- ração da varanda, total ou par- cialmente, aos compartimen- tos, de acordo com o disposto na Lei Complementar nº 145, de 2014. § 11. Quaisquer outros tipos de fechamento de varandas não previstos ou em desacordo com este artigo deverão ob- servar o disposto na Lei Com- plementar nº 192, de 18 de julho de 2018 e em suas regulamen- tações. Art. 6o Para fins de aplicação do art. 8o da Lei Complementar no 198, de 2019, a distância mínima entre varandas projetadas sobre o afastamento entre edificações é de cinco metros. ART. 9º As edificações poderão utilizar marquises como proteção para acesso e circulação, balancea- das sobre os afastamentos das edificações, dentro dos limites do lote, obedecidas as seguin- tes condições: I - terão altura útil mínima de dois metros e cinquenta centí- metros em toda sua extensão; Art. 8º § 9º - I, II, III PR O D U C ED B Y A N A U TO D ES K S TU D EN T VE R SI O N PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PR O D U C ED B Y A N A U TO D ESK STU D EN T VER SIO N PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION Art. 8º § 7º Art. 8º § 8º Ma x 1m Max 35c m Max35cm Max1,5m Teto da varanda do último pavimento Incorporação do teto das varandas e sacadas Lajes técnicas Acréscimo de Varandas Art. 8º § 6º - Muxarabis Art. 8º § 6º - Treliças Art. 8º § 6º - Venezianas 30 31 II - permitirão o escoamento das águas pluviais exclusiva- mente para dentro dos limites do lote; III - equipamentos e maquiná- rios só poderão ser colocados sobre a marquise até uma dis- tância de um metro do plano de fachada; IV - as marquises situadas so- bre os afastamentos laterais e de fundos deverão guardar distância mínima de um metro e cinquenta centímetros das divisas do lote. Seção III Demais Elementos Externos ART. 10º Os equipamentos e elemen- tos construtivos localizados nos pavimentos de cobertura e nos telhados deverão estar integrados à composição ar- quitetônica da edificação, terão altura máxima de quatro me- tros e cinquenta centímetros, calculada em relação ao nível superior do último pavimen- to habitável, e serão limitados aos planos das fachadas, ad- mitindo-se exceção para equi- pamentos e elementos que, justificadamente, requeiram por sua natureza técnica ou plástica altura superior. Parágrafo único. Será permi- tido o uso de telhado verde sobre a laje no teto do último pavimento das edificações, edículas e demais coberturas, que deverá ter vegetação natu- ral e poderá ser utilizado como jardim descoberto, prevendo área para circulação de aces- so a eventuais equipamentos técnicos. Art. 9º- IV Art. 10º - Parágrafo único Art. 10º - Caput Art. 10º - Caput Mín 1,50 m Ace sso à equ ipam ento Vegetação naturalL imit ado s ao p lano da fach ada Max 4,50 m Art. 9º- I Mín 2,50 m Art. 9º- III Até 1m Marquises Equipamentos sobre marquises Marquises sobre afastamento lateral e de fundos Equipamentos e elementos do telha- do e cobertura Equipamentos e elementos do telhado e cobertura Telhado verde Art. 8º § 10º Fechamento de varandas CAPÍTULO III DOS ELEMENTOS INTERNOS DA EDIFICAÇÃO 34 35 Seção I Unidades Residenciais e seus Compartimentos ART. 11º A área mínima útil das unida- des residenciais em edifica- ções multifamiliares ou mistas será de vinte e cinco metros quadrados, excluindo-se as varandas e terraços desco- bertos, excetuadas as seguin- tes situações: I - na Área de Planejamento 2 - AP2 deverá ser atendida ainda a área média mínima de trin- ta e cinco metros quadrados úteis para todas as unidades da edificação ou lote, excluin- do-se as varandas e terraços descobertos; II - as unidades residenciais nas edificações situadas em quadras limítrofes às favelas e Áreas de Especial Interes- se Social - AEIS das AP’s 2 e 4.2 ficam obrigadas apenas ao cumprimento de área mínima útil; III - na Área de Planejamento 4.2 - AP 4.2, onde permanecem em vigor as disposições conti- das nas legislações de uso do solo vigentes. § 1º A unidade residencial das edificações multifamiliares e mistas é constituída, no míni- mo, por um compartimento de permanência prolongada do- tado dos equipamentos rela- tivos a uma cozinha e por um banheiro sem superposição de peças. § 2º Permanecem em vigor os coeficientes de adensamento vigentes pela legislação es- pecífica, especialmente na XX Região Administrativa. Art. 7o Para fins de aplicação do dis- posto no inciso II do art. 11 da Lei Com- plementar no 198, de 2019, quando não houver formação de quadra, será utilizado como parâmetro o trecho de logradouro até duzentos metros de distância, em linha reta, dos acessos diretos às Áreas de Especial Interes- se Social e às favelas sem delimitação oficial. Parágrafo único. Serão considerados os terrenos localizados total ou par- cialmente no perímetro mencionado no inciso II do art. 11 da Lei Comple- mentar no 198, de 2019. ART. 12º Os compartimentos das uni- dades residenciais em edifica- ções multifamiliares ou mistas deverão atender às seguintes disposições quanto à altura útil mínima: I - para compartimentos de permanência prolongada: dois metros e cinquenta centíme- tros; UNIDADES RESIDENCIAIS E SEUS COM- PARTIMENTOS m² média Área mínima das unidades residenciais em edifica- ções multifamiliares ou mista 25m² X I - Área de Planejamento 2 - AP2 25m² 35m² II - Unidades nas edificações situadas em quadras limítrofes às favelas e AEIS das AP’s 2 e 4.2 (Quando não houver formação de quadra, será considerada a distância de até 200m em linha reta do acesso da área de especial interesse social. [Decreto]) 25m² X III - Área de planejamento 4.2 não alterada não alterada OBS: § 1º A unidade residencial das edificações multifamiliares e mistas é constituí- da, no mínimo, por um compartimento de permanência prolongada dotado dos equipamentos relativos a uma cozinha e por um banheiro sem superposição de peças. § 2º Permanecem em vigor os coeficientes de adensamento vigentes pela legis- lação específica, especialmente na XX Região Administrativa. Art. 12º I Art. 12º II Permanência Prolongada Ex: Sala Permanência Transitória Ex: Banheiro Mín 2,50 m Mín 2,20 m Art. 11º 36 37 II - para compartimentos de permanência transitória: dois metros e vinte centímetros. ART. 13º Fica facultado nos empreendi- mentos residenciais com mais de quarenta unidades resi- denciais, a destinação de uma unidade à edificação de uma academia voltada à prática de atividade física, com tamanho total mínimo ao equivalente à metragem de duas unidades imobiliárias. Parágrafo único. Para apura- ção do tamanho da unidade imobiliária que deve ser obe- decida no “caput”, considerar- se-á o tamanho médio geral de uma unidade imobiliária formada pela média aritméti- ca das unidades individuais de todo o empreendimento. Art. 8o A “academia” de que trata o art. 13 da Lei Complementar no 198, de 2019, quando projetada, deverá ser de uso exclusivo dos condôminos e con- formará área comum do condomínio. Seção II Unidades Não Residenciais e seus Compartimentos ART. 14º Os compartimentos das unida- des não residenciais deverão atender às alturas mínimas úteis estabelecidas abaixo: I - salas, quartos de unidades hoteleiras e demais comparti- mentos de permanência pro- longada: dois metros e ses- senta centímetros; II - lojas: três metros; III - banheiros, circulações internas e demais comparti- mentos de permanência tem- porária: dois metros e vinte centímetros. ART. 15º As salas, lojas e edificações hoteleiras deverão disporde sanitários, nos quais não po- derá haver sobreposição de peças. § 1º Os sanitários dispostos no “caput” poderão ser coletivos, desde que situados em cada pavimento, em área comum acessível a todas as unida- des respectivas, e seu número será calculado de acordo com o disposto na Seção IV deste Capítulo. § 2º Nos pavimentos em que for exigida a construção de sa- nitários de uso público, ao me- nos um banheiro será acessí- vel, de acordo com as normas técnicas de acessibilidade da Art. 14º Salas, quartos de unidades hoteleiras e demais compartimentos de permanência prolongada 2,60m Lojas 3,00m Banheiros, circulações internas e demais comparti- mentos de permanência temporária 2,20m Art. 15º ART. 16 - CAPUT PR O D U C ED B Y A N A U TO D ES K S TU D EN T VE R SI O N PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PR O D U C ED B Y A N A U TO D ESK STU D EN T VER SIO N PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION ART. 16 - I, II E IIIART. 16 - IV Art. 16º - Caput Art. 16º - I, II e III Art. 16º - IV Máx 3,00 m Jirau Mín 2,20 m Jirau Máx 50% Não computada no ATE Unidades não residenciais Vedada a sobreposição de peças Jiraus Regras para jiraus Jiraus não computado na ATE 38 39 ABNT. ART. 16º Serão permitidos jiraus em lojas, localizadas no térreo ou nos subsolos de edificações não residenciais ou mistas, que não serão considerados como um pavimento, desde que atendam aos seguintes re- quisitos: I - poderão ocupar até cinquen- ta por cento da área útil da loja onde forem construídos; II - terão altura útil máxima de três metros na parte superior; III - terão altura útil mínima de dois metros e vinte centíme- tros na parte inferior; IV - não terão suas áreas com- putadas na ATE; V - quando destinados a equi- pamentos técnicos, depósito ou compartimentos de per- manência transitória, não te- rão restrição quanto à altura mínima na parte superior e poderão dispor de escada de acesso móvel; VI - quando configurarem área aberta ao público ou comparti- mento de permanência prolon- gada, terão altura útil mínima de dois metros e vinte centí- metros no piso superior; VII - não poderão ter acesso independente para a circula- ção comum da edificação. § 1º Serão permitidos mediante pagamento de contrapartida, calculada de acordo com o dis- posto na Lei Complementar nº 192, de 2018 e suas regulamen- tações, jiraus nas seguintes situações: I - em lojas localizadas em qualquer nível de edificações não residenciais ou mistas; II - com até cem por cento de ocupação da área útil da loja em que forem construídos. § 2º Os jiraus previstos no § 1º deverão atender às condições previstas nos incisos II a VII deste artigo. § 3º Nas edificações desti- nadas a shopping centers, o licenciamento dos jiraus, de acordo com o disposto no § 1º, poderá ser realizado tendo por base a totalidade das áreas úteis das lojas da edificação e sendo livre a sua distribuição nos pavimentos. § 4º A aplicação do disposto no § 3º será regulamentada pelo Poder Executivo. Seção III Ventilação e Iluminação dos Compartimentos ART. 15 - V ART. 16 - VI ART. 16 - VII Art. 16º - VII Art. 16º - V Art. 16º - VI Não há cota min ima Escada de acesso móvel Jirau de permanência transitória Mín 2,20 m Aberto ao público Art. 17º § 1ºART. 17 - p. 1 ART. 18 - p7 Art. 18º § 4º Art. 18º § 7º Mín 2,20 m Mín1,30m Iluminação Totalidade do vão Ventilação Metade do vão Jiraus de permanência transitória Jiraus aberto ao público Vedado acesso independente Compartimentos Iluminados e Ventilados Iluminação e ventilação pelo terraço coberto Vãos mínimos de ventilação e iluminação Vão igual a soma dos vãos das janelas Vãos para prismas Vãos para afastamento 40 41 ART. 17º Os compartimentos serão iluminados e ventilados por aberturas, vãos ou janelas, cuja área deverá garantir con- dições de conforto ambiental, conforme a função a que se destinem. § 1º Os vãos de ventilação e ilu- minação dos compartimentos deverão se comunicar direta- mente ou através de varandas ou terraços com o espaço ex- terno, constituído por afasta- mentos, prismas ou pelo espa- ço aéreo acima da edificação. § 2º A ventilação dos comparti- mentos pode ser: I - natural, através de vãos abertos diretamente ou atra- vés de varandas ou terraços cobertos para prismas, afasta- mentos ou para o espaço ex- terno, ou através de dutos e rebaixos de outro comparti- mento, sem auxílio mecânico; II - mecânica, quando feita com o auxílio de equipamentos me- cânicos. § 3º Os compartimentos de permanência prolongada de- verão sempre possuir ventila- ção e iluminação natural, que não poderão ser feitas através de outro compartimento, com exceção das lojas e dos locais de reuniões, que estão isentos de iluminação e podem ser ventilados por sistema de ar condicionado ou outros equi- pamentos de mesma finalida- de. § 4º Os compartimentos de permanência transitória deve- rão sempre possuir ventilação, que poderá ser assegurada por dutos, sistemas de ar condi- cionado ou equipamentos me- cânicos, incluindo aparelhos tipo ventokit para banheiros. ART. 18º Os vãos mínimos de ventila- ção e iluminação dos compar- timentos serão os seguintes: (Quadro) § 1º Os dutos de ventilação na- tural poderão ser feitos sobre outros compartimentos e não poderão ter comprimento ho- rizontal maior de que seis me- tros. § 2º Os demais compartimen- tos de permanência transitó- ria, incluindo circulações in- ternas, closets, despensas e depósitos ficam dispensados de ventilação e iluminação. § 3º Os demais compartimen- tos não residenciais de perma- nência prolongada obedecerão às normas específicas em vi- ART. 20 COMPARTIMENTO ÁREA MÍNIMA DO VÃO (sobre a área do compartimento) Salas, Quartos, Salas Comerciais e demais compartimentos de perma- nência prolongada 1/8 Cozinha, Copa, Vestiários e Refeitó- rios 1/10 Conjunto Sala-Cozinha 1/8 da área do conjunto Banheiros e Lavabos (apenas a ventilação é obrigatória) 1/10 quando natural 1/8 quando por dutos Lojas (apenas a ventilação é obriga- tória) 1/8 - excluindo o jirau ou ar-condicio- nado Art. 18º Art. 19º Art. 20º Até 10m Mín.1,20m Até 15m 3,00m Mín3,00m Circulação horizontal de uso comum Circulação de acesso público às lojas Alt. Mínútil2,20m Quadro origirinal da Lei 42 43 gor para cada uso ou ativida- de, sendo permitida ventilação por ar condicionado para salas comerciais, teatros, cinemas, locais de reunião e quartos de hotel. § 4º Nas unidades residenciais, os terraços cobertos podem servir para iluminar e ventilar os compartimentos para eles voltados, desde que apresen- tem as seguintes condições: I - largura mínima de um me- tro e trinta centímetros; II - vão de ventilação e ilumi- nação equivalente, no mínimo, à soma dos vãos de ventilação e iluminação dos comparti- mentos ventilados; III - altura útil mínima igual a dois metros e vinte centíme- tros. § 5º As fachadas compostas de paramentos de vidro, em prédios dotados de sistema central de condicionamento de ar, deverão prever dispositivos que permitam a abertura de elementos destinados à ven- tilação dos compartimentos, cuja área não poderá ser infe- rior a 1/15 da área do piso dos compartimentos a que se des- tinam, devendo ser dispostos de modo a propiciar uma cor- reta distribuição da ventilação. § 6º Os estacionamentos deve- rão ter ventilação natural atra- vés de vãos com 1/25 da área de estacionamento, podendo ser reduzidos para 1/50 caso a ventilação se faça em faces opostas - cruzada -, ou terão equipamentos de exaustão mecânica. § 7º A iluminação deve ser ga- rantida na totalidade do vão e a ventilação, no mínimo, na me- tade deste, quando da abertura dos dispositivos – portas ou janelas. Seção IV Partes Comuns ART. 19º As circulações horizontais de uso comum serão projetadas livres de qualquer obstáculo de caráter permanente ou transi-tório e terão largura mínima de um metro evinte centímetros para os primeiros dez metros de comprimento, acrescen- tando-se dois centímetros por cada metro excedente. § 1º Nos locais de reunião, as circulações terão largura mí- nima de dois metros e cin- quenta centímetros, quando a área destinada ao público for igual ou inferior a quinhentos metros quadrados, excedida essa área, haverá acréscimo de cinco centímetros na largu- ART. 21 - I Art. 21º I Escadas de uso comum - Largura mínima ART. 21 - II Art. 21º II Escadas de uso comum - Passagem mínima ART. 21 - III Art. 21º III Escadas de uso comum - Lance máximo ART. 22 - I e II Art. 22º I e II Hall de Elevadores - Dimensões mínimas ART. 22 - III Art. 22º III Hall de Elevadores Mín 1,20 m Não permitido degraus em leque Mín 1,20m Mín 2,20 m ART. 21 - IV Art. 21º IV Escadas de uso comum - Corrimão Corrimão em ambos os lados de acordo com as normas técnicas ABNT Máximo 16 degraus entre patamares 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Não pode ser menor do que a circulação que lhe dá acesso. Mín 2,20 m Mín1,50m Circulação de acesso ao Hall Obrigatóriamente ligado à circulação vertical 44 45 ra, para cada dez metros qua- drados excedentes. § 2º O comprimento das cir- culações de uso comum será medido a partir do eixo da es- cada ou do eixo da porta da es- cada de uso comum ou escape até o eixo da porta de acesso da unidade e sua altura mínima útil será de dois metros e vinte centímetros. § 3º Todas as circulações ho- rizontais de uso comum serão interligadas verticalmente por escadas, rampas ou equipa- mento mecânico, acessível a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. § 4º Todas as unidades terão acesso direto às circulações de uso comum, exceto aquelas que tenham acesso direto pe- las áreas comuns externas da edificação. § 5º Nos locais de reunião, as portas de saída deverão ser ao menos duas, ambas com lar- gura mínima de dois metros e, no total, devem respeitar a re- lação de um metro de largura para cada cem espectadores. ART. 20º A circulação de acesso públi- co às lojas deverá observar às seguintes condições: I - possuir altura mínima útil de três metros; II - possuir largura mínima de três metros para uma exten- são máxima de quinze metros a contar do acesso mais próxi- mo; para cada cinco metros ou fração de acréscimo a esta ex- tensão, a largura será aumen- tada em trinta centímetros. Parágrafo único. As circula- ções que servirem para esco- amento de auditórios, cinemas, teatros ou locais de reunião pública deverão ter sua largu- ra dimensionada atendendo o que determinam as normas de Segurança contra Incêndio e Pânico do CBMERJ, sem preju- ízo do estabelecido na presen- te Lei Complementar. ART. 21º As escadas de uso comum, enclausuradas ou não enclau- suradas, deverão atender às seguintes condições: I - largura útil mínima de um metro e vinte centímetros em todo o seu desenvolvimento, não sendo permitido o uso de degraus em leque para mu- dança de direção; II - passagem livre com altura mínima de dois metros e vinte centímetros; III - lance máximo de dezes- seis degraus entre patamares; IV - possuir corrimão em am- bos os lados da escada, com as especificações previstas nas normas técnicas de acessibili- dade da ABNT. § 1o As edificações, quando isentas expressamente da ins- talação de elevadores, poderão se utilizar apenas de escadas de uso comum, não enclausu- radas, que deverão ser venti- ladas, e as circulações comuns dos pavimentos superiores ficam dispensadas de atendi- mento às normas de acessibi- lidade. § 2o As edificações residen- ciais com quatro ou mais pavi- mentos, isentas da instalação de elevadores, deverão garan- tir o espaço necessário para a futura instalação destes equi- pamentos. ART. 22º O hall dos elevadores deverá atender às seguintes especifi- cações: I - terá dimensão mínima de um metro e cinquenta centímetros e não poderá ser menor do que a dimensão mínima da circula- ção que lhe dá acesso; II - terá altura útil mínima de dois metros e vinte centíme- tros; III - será obrigatoriamente li- gado à circulação vertical - rampa ou escada - da edifica- ção. ART. 23º Nas edificações residenciais ou mistas as áreas para recre- ação e atividades de lazer são facultativas e, quando constru- ídas, deverão atender às nor- mas técnicas de acessibilidade e às seguintes condições: I - na parte coberta, a altura mínima útil deve ser de dois metros e cinquenta centíme- tros; II - deverão estar isoladas da circulação de veículos e dos locais de estacionamento por mureta ou gradil com altura mínima de um metro; III - não terão qualquer comu- nicação com compartimentos para depósito de lixo e para medidores de qualquer natu- reza, seja por vãos de ventila- ção ou portas de acesso; IV - serão iluminadas e ven- tiladas através de vãos com área mínima correspondente a um oitavo da área de recrea- ção projetada; V - poderão estar localizadas 46 47 nos afastamentos frontal, la- teral ou de fundos, desde que descobertas; VI – quando houver sanitários, nas áreas de recreação e ativi- dades de lazer, estes deverão atender as normas técnicas de acessibilidade previstas na ABNT. ART. 24º As edificações não residen- ciais destinadas a centro de compras com mais de qui- nhentos metros quadrados de área útil de lojas deverão possuir instalações sanitárias para uso público com as se- guintes características: I - a cada pavimento destinado a lojas, serão construídos no mínimo dois sanitários, cons- tituídos por vaso ou mictório e lavatório, com instalações separadas masculinas e fe- mininas e local adequado para troca de fraldas; II - a cada quatrocentos metros quadrados ou fração exceden- te, será acrescido um lavatório e um vaso ou mictório; III - se projetados, os sanitá- rios individualizados por lojas poderão ser considerados no cálculo da proporção mínima exigida para toda a edificação. § 1o Nos edifícios de salas co- merciais, quando forem cons- truídos sanitários coletivos, estes serão projetados na proporção de um para cada duzentos e cinquenta metros quadrados de área útil de sa- las. § 2o Em locais de reunião, será obrigatória a existência de ins- talações sanitárias em cada nível, independentes daquelas destinadas aos empregados, e sua proporção será de lavató- rio e um vaso, facultada a adi- ção de mictório, para cada cem metros quadrados de área de público ou para cada quinhen- tos espectadores. § 3o As instalações sanitárias de uso público atenderão às condições relativas à acessi- bilidade universal, de acordo com a legislação específica em vigor. ART. 25º As instalações e dependências para funcionários obedecerão às seguintes características em todas as edificações mul- tifamiliares, mistas ou não re- sidenciais: I - é obrigatória a construção de banheiro para funcionários, constituído ao menos de vaso, lavatório e chuveiro, sem su- perposição de peças; A cada pavimento de lojas Mínimo de dois sanitários A cada 400m² ou fração excedente Acrescer um lavatório e um vaso ou mictório (incluindo no cálculo os sanitários idividuais das lojas) Edificações não residenciais destinadas a centro de compras com mais de quinhentos metros quadrados de área útil de lojas Art. 24º § 1º Edificações de salas comerciais, quando houverem sanitários coletivos A cada 250m² de área útil de sala Mínimo de 1 sanitários coletivo § 2º Em locais de reunião A cada 100m² de área de público ou 500 es- pectadores Mínimo de 1 sanitários coletivo em cada nível da edificação, independente do sanitário dos funcionários Art. 23º I e II Art. 23º III e IV Art. 23º V Mín 2,50 m Mín 1,00 m Vedada comunicação com medidores Vedada comunicação com depósito de lixo Depósito de lixo Vãos com área mínima de 1/8 da área de recreação projetada. Lazer no afastamento sempre descoberto 48 49 II - deverão ser atendidasas normas contidas na legislação trabalhista relativas à disponi- bilidade de áreas de vestiário, refeitório e alojamento para os funcionários; III - é obrigatória a manuten- ção de apartamento para zela- dor nas edificações existentes da Cidade, ficando facultativa a construção de apartamento para zelador nas novas edifica- ções, que, caso seja executado, deverá atender às especifica- ções mínimas de ventilação e iluminação previstas nesta Lei Complementar; IV - em edifícios residenciais com até quatro pavimentos nas Subzonas A-1 e A-20 do Decreto n° 3.046, de 27 de abril de 1981, é obrigat ória a cons- trução de apartamento de ze- lador, com área privativa de no mínimo trinta metros quadra- dos; V - os compartimentos desti- nados a instalações e depen- dências para funcionários e ao uso comum do condomínio po- derão estar situados em qual- quer pavimento da edificação, inclusive subsolos, desde que sejam servidos por prismas adequados e tenham ligação direta com as circulações co- muns, vedado o acesso através de áreas de estacionamento e circulação de veículos. ART. 26º Será permitida a construção, ao nível do terreno ou sobre o embasamento, de edícu- las, com até dois pavimentos, destinadas a compartimentos de apoio às partes comuns da edificação, devendo aten- der aos afastamentos em re- lação à edificação, e observar o afastamento frontal exigido para o local. § 1o Será permitida a constru- ção de guaritas ou pórticos nas faixas de afastamento fron- tal, que deverão permitir livre passagem para os veículos de serviço e do Corpo de Bombei- ros, que não serão computa- dos na ATE. § 2o Será permitida a insta- lação, no afastamento frontal, de equipamentos e medidores exigidos pelas concessioná- rias de serviços públicos, des- de que: I - seja comprovadamente invi- ável sua instalação no interior da edificação; II - estejam colados aos muros das divisas laterais do terreno, salvo onde não houver divisa lateral, quando a localização será livre; Art. 26º Caput Edícula ao nível do terreno Edícula sobre embasamento Art. 26º § 1º e § 2º Guaritas, pórticos, equipamentos e medidores Pórtico deve permitir livre passagem aos veículos de serviço e bombeiros Até 2 pav . A.F. A.F. Até 2 pav . Em bas ame nto Máx. 2,10m Guarita permitida no afastamento frontal Permitido medidores colados à divisa lateral Ocupar no máximo 10% da testada do lote 50 51 III - tenham no máximo dois metros e dez centímetros de altura; IV - ocupem no máximo dez por cento da testada do lote, sem prejuízo da ventilação e permeabilidade, conforme o caso. Seção V Aparelhos de Transporte ART. 27º As edificações com seis ou mais pavimentos de qualquer natureza, excluindo os subso- los e incluindo os pavimentos de uso comum, estacionamen- to e cobertura com unidades independentes estão obriga- das a instalar ao menos um elevador. § 1o Para edificações com dez ou mais pavimentos, será exi- gida a instalação de ao menos dois elevadores. § 2o Para edificações cujo pa- vimento de acesso esteja situ- ado em um piso diferente do térreo, o número de pavimen- tos será calculado a partir do pavimento de acesso. § 3o Todas as unidades terão acesso direto aos elevadores pelas circulações horizontais dos pavimentos, e nenhum elevador, mesmo aqueles de uso exclusivo de uma ou mais unidades, poderá acessar uma circulação horizontal comum que não esteja diretamente li- gada à escada de incêndio. Seção VI Estacionamento de Veículos ART. 28º Os locais para estacionamento de veículos, quando projeta- dos, poderão ser cobertos ou descobertos e obedecerão às seguintes exigências: I - declividade dos pisos de es- tacionamentos não poderá ser superior a cinco por cento; II - a altura útil mínima dos es- tacionamentos, inclusive em toda a extensão das rampas de acesso será de dois metros e vinte centímetros; III - os espaços para acesso, circulação e estacionamento de veículos serão dimensio- nados e executados livres de qualquer interferência; IV - o estacionamento em sub- solo, desde que totalmente en- terrado, em edificações residenciais, será permiti- do nas áreas de afastamento frontal. § 1o As garagens em subsolo ou pavimento elevado deverão 2 3 4 1 5 6 Art. 27º Caput 6 ou mais pavimentos - Mínimo de 1 elevador 2 3 4 1 5 6 7 8 9 10 Art. 27º § 1º 10 ou mais pavimentos - Mínimo de 2 elevadores 2 3 4 1 5 6 7 8 Art. 27º § 2º Acesso em piso diferente do térreo Subsolo Acesso Cobertura Térreo Estacion. PUC Cobertura 6 Pav. ou mais Mín. 1 elevador Incluindo cobertu- ra com unidades independentes Incluindo PUC ou estaciona- mentos Excluindo os subsolos Mín. 2 elevadores Ace sso Cob ertu ra PUC Térr eo Número de pavimentos calculado à partir do Acesso 52 53 possuir acesso exclusivo para veículos através de rampas ou elevadores automotivos. § 2o As rampas destinadas à circulação de veículos obede- cerão aos seguintes parâme- tros: I - inclinação máxima de vin- te por cento, devendo sempre existir um trecho horizontal mínimo de seis metros entre dois lances de rampa; II - largura mínima de dois me- tros e cinquenta centímetros quando construída em linha reta e três metros quando em curva, cujo raio médio mínimo deverá ser de cinco metros e cinquenta centímetros; III - as rampas para acesso ao subsolo ou pavimento elevado deverão ter início no mínimo a cinco metros para o interior do alinhamento do lote. § 3o Os elevadores especiais para transporte de veículos devem observar: I - distância mínima de cinco metros até a linha de fachada, a fim de permitir as manobras necessárias ou a instalação de girador para que o veículo saia, obrigatoriamente, de frente para o logradouro; II - na entrada, antes da cabine do elevador, deverá ser reser- vada área destinada a acumu- lação com capacidade para ao menos dois veículos. § 4o Os locais para estaciona- mento ou guarda de veículos para fins comerciais, incluin- do edifícios garagem, deverão prever: I - a entrada será localizada antes dos serviços de controle e recepção e terá de ser re- servada área destinada à acu- mulação com espaço para um mínimo de dois veículos, den- tro da área do lote, podendo ocupar a área do afastamento mínimo frontal, desde que des- coberta; II - nos projetos, deverão constar, obrigatoriamente, as indicações gráficas referentes às localizações de cada vaga de veículos e dos esquemas de circulação desses veículos; III - deve ser garantida a aces- sibilidade a todos os pavimen- tos destinados ao público. § 5o Nas edificações destina- das a armazenagem, a carga e descarga de quaisquer merca- dorias e a área de acumulação deverão estar localizadas no interior do lote. § 6o As edificações situadas em um raio de distância de até Art. 28º CAPUT e § 1º Mín . 2,20 m Acesso exclusivo para veículos Acesso, circulação e estacionamento livres de qualquer interferência. Declive máx. 5% Permitido o uso em ed. residenciais se totalmente enterrado Art. 28º - § 2º I e II Mín.2,50m Mín . 6,00 m Declive máx. 20% Mín.2,50m Declive máx. 20% Art. 28º - § 2º I e II Rampa reta Rampa em curva Raio médio mín. 5,50mMín. 3,00m 54 55 oitocentos metros de estação metroviária, ferroviária, de Bus Rapid Transit - BRT ou de Veí- culo Leve sobre Trilhos - VLT, deverão obedecer à proporção de uma vaga para cada quatro unidades, desprezada a fração. § 7o O disposto no parágra- fo anterior passa a vigorar no prazo de cento e oitenta dias, a contar da data da publicação desta Lei Complementar. § 8o Excluem-se do disposto no § 6o as edificações situadas na XXIV Região Administrativa. § 9o Poderão ser exigidas, pelo órgão responsável pelos im- pactos na mobilidade urbana, por norma específica, vagas para: I - pessoas com deficiência; II - ônibus, ambulâncias e ca- minhões; III - carga e descarga. § 10. A legislação específica para cada localprevalecerá sobre o disposto no § 6o quan- do for menos restritiva. Art. 9o A aplicação do disposto no § 6o do art. 28 da Lei Complementar no 198, de 2019, obedecerá ao seguinte: I - a proporção de uma vaga para qua- tro unidades, desprezada a fração, corresponde ao mínimo exigido, po- dendo a edificação ter uma proporção maior de vagas; II - o raio de oitocentos metros será considerado a partir de qualquer ponto de acesso à estação ou da parada do respectivo meio de transporte; III - os terrenos, mesmo que parcial- mente atingidos pelo raio de oitocen- tos metros, enquadram-se no disposto no § 6o do art. 28 da Lei Complementar no 198, de 2019; IV - os ônibus do “Metrô na superfície” e as barcas são considerados como integrantes da malha de transportes de alta capacidade da Cidade e suas estações e paradas também são con- sideradas para fins de aplicação do disposto no § 6o do art. 28 da Lei Com- plementar no 198, de 2019. Parágrafo único. Nos demais casos aplicam-se as disposições relativas ao número mínimo de vagas da legislação para o local. ART. 29º As vagas de estacionamento, quando projetadas, terão as seguintes características: I - terão forma retangular, com dois metros e cinquenta centímetros de largura e cin- co metros de comprimento, ou, quando forem paralelas ao eixo da circulação, seis metros de comprimento; PR O D U C ED B Y A N A U TO D ES K S TU D EN T VE R SI O N PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PR O D U C ED B Y A N A U TO D ESK STU D EN T VER SIO N PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION Art. 29º Vagas de estacionamento Art. 29º Vagas de estacionamento - Baliza 5,00m Acesso direto e desimpedido 2,50 m 5,00m 2,50 m 2,50m Área livre de manobra Faix a de circ ulaç ão d e veíc ulos 6,00m2,5 0m Eixo da circulação Mín 3,00 m Art. 28º - § 2º III Distância mínima para início de rampa Mín.5,00m 56 57 II - conformarão área de ma- nobra, livre de quaisquer obs- táculos, contígua à menor di- mensão demarcada, de dois metros e cinquenta centíme- tros de largura por cinco me- tros de comprimento; III - deverão estar obrigato- riamente demarcadas, exceto quando estiver atendida a pro- porção mínima de vinte cinco metros quadrados de área de estacionamento por vaga, des- contadas as áreas com ele- mentos estruturais ou com di- mensões que inviabilizem sua utilização para este fim; IV - deverão ter acesso direto e desimpedido às faixas de cir- culação de veículos, que terão, no mínimo, dois metros e cin- quenta centímetros de largura; V - deverão manter o mínimo de vagas para pessoas com deficiência, prevista em Lei Federal, seguindo as normas técnicas de acessibilidade da ABNT. § 1o Nas edificações multifa- miliares, a disposição das va- gas deve observar: I - nos pavimentos de garagem com capacidade de até dezoi- to vagas será admitido que no máximo dois terços do número de vagas não tenham acesso direto a circulação, confor- mando filas com no máximo três vagas enfileiradas; II - nos pavimentos de gara- gem com capacidade de até trinta e duas vagas será admi- tido que no máximo metade do número de vagas exigidas não tenham acesso direto à circu- lação, conformando filas com no máximo duas vagas enfilei- radas; III - nos pavimentos de gara- gem com capacidade de trinta e três ou mais vagas todas as vagas deverão ter acesso dire- to à circulação, sendo admitido que as vagas pertencentes a uma mesma unidade estejam enfileiradas, com apenas uma delas acessando diretamente a circulação. § 2o Nos estacionamentos das edificações de uso comercial ou público, a disposição das vagas deve observar: I - na parte dos estacionamen- tos destinados a salas, sedes administrativas e edificações de uso exclusivo será admitido que no máximo dois terços das vagas necessárias não tenham aces- so direto à circulação, confor- mando filas com no máximo três vagas enfileiradas; II - as vagas de centros de Capacidade do pavimento garagem Máximo de vagas sem acesso direto a circulação Filas com no máximo x vagas enfileiradas 18 vagas 2/3 3 32 vagas 1/2 2 33 vagas ou mais 0 X* Art. 29º § 1o Vagas pertencentes a uma mesma unidade podem estar enfileiradas, com ape- nas uma delas acessando diretamente a circulação. § 1o Nas edificações multifamiliares, a disposição das vagas deve observar: Parte do estacionamento destinado a: Máximo de vagas sem acesso direto a circulação Filas com no máximo x vagas enfileiradas Salas, sedes administrativas e edificações de uso exclusivo 2/3 3 centro de compras 0 1 Art. 29º § 2o Obs: Serão reservados 2% do total de vagas P.N.E, sendo ao menos uma próxi- ma a entrada principal ou elevador com fácil acesso a circulação de pedestre. § 2o Nos estacionamentos das edificações de uso comercial ou público, a dispo- sição das vagas deve observar: 58 59 compras deverão ter acesso direto das vagas à circulação; III - serão reservados dois por cento do total de vagas para veículos que transportem pes- soa com deficiência, sendo assegurada, no mínimo, uma vaga, em locais próximos da entrada principal ou do eleva- dor e de fácil acesso à circula- ção de pedestres. § 3o No caso de vagas com acesso direto pelo logradouro, não será exigida a demarcação da faixa relativa à circulação. § 4o Fica permitida a instalação de equipamentos para estacio- namento de veículos, automa- tizados ou não, horizontais ou verticais, que, caso configurem edificação independente ou acréscimo volumétrico de edi- ficações existentes, deverão atender à volumetria e ao zo- neamento - equiparado a edi- fício garagem - previstos para o local e respeitar as diretrizes do órgão municipal de controle de trânsito. Art. 10. As vagas de estacionamento com acesso paralelo que possuam, no mínimo, seis metros de comprimento, podem ter área de manobra com lar- gura mínima de três metros ao longo de seu lado com maior dimensão. ART. 30º Deverá ser destinado local para guarda de bicicletas, tais como vagas, bicicletários, gan- chos ou similares, com as se- guintes capacidades mínimas: I - nas edificações residenciais multifamiliares e na parte re- sidencial das edificações mis- tas, espaço para uma bicicleta para cada unidade residencial; II - nas edificações não resi- denciais ou na parte não resi- dencial das edificações mistas, espaço para uma bicicleta para cada duzentos metros quadra- dos de ATE. Parágrafo único. Será permiti- do o uso da vaga de automóvel para estacionamento de bici- cleta quando o espaço não for utilizado para veículo de pas- seio. Art. 30º Caput Local para bicicletas-Vagas Art. 30º Caput Local para bicicletas-Bicicletários Art. 30º Caput Local para bicicletas-Ganchos CAPÍTULO IV DAS CONDIÇÕES ESPECIAIS 62 63 Seção I Condições das Edificações Unifamiliares e Bifamiliares ART. 31º As edificações residenciais unifamiliares e bifamiliares, desde que mantidas as condi- ções de salubridade e higiene da habitação, ficam dispensa- das das seguintes exigências: I - área mínima das unidades; II - dimensões mínimas das circulações, dos compartimen- tos, dos vãos de iluminação e ventilação e dos reservatórios d´água; III - vagas de estacionamento; IV - afastamento frontal, para estacionamento coberto de veículos, em telha vã, com um pavimento de altura; V - atendimento às normas técnicas de acessibilidade; VI - construção de instalação interna de gás. Parágrafo único. Os prismas de ventilação e iluminação e afas- tamentos laterais, de fundos e entre edificações, de edifica- ções unifamiliares ou bifami- liares, quando exigidos, serão de, no mínimo, um metro e cin- quenta centímetros, indepen- dente da altura da edificação. Seção II Postos de Abastecimento de Combustíveis ART. 32º Os postos de serviços e de abastecimento de veículos de- verão observar: I - o disposto nesta Lei Com- plementar, a legislação sobre inflamáveis e a legislaçãoso- bre despejo industrial; II - afastamento mínimo de três metros de todas as divi- sas e do alinhamento do lote para as bombas e os tanques de combustível; III - os passeios contíguos aos postos de abastecimento e serviços serão mantidos li- vres de qualquer obstáculo em toda sua extensão para passa- gem de pedestres, devendo os acessos de veículos ser clara- mente demarcados; IV - nas áreas de circulação de veículos, a instalação de coberturas de estrutura leve deverá guardar afastamento mínimo de três metros das di- visas e poderá ocupar as áreas correspondentes ao afasta- mento mínimo frontal, desde que em balanço. Art. 32º Posto de combustiveis Lote vizi nho Mín3,00m Mín 3,00 m Passeio Livre de obstáculos Mín3,00m Mín . 3,00 m Mín . 3,00 m Pas seio LoteVizinho Ace sso clar ame nte dem arca do CAPÍTULO V DA INFRAESTRUTURA, SEGURANÇA E ARBORIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES 66 67 Seção I Infraestrutura ART. 33º Toda edificação, atendendo à legislação específica em vigor e às normas das concessio- nárias de serviços públicos, é obrigada a possuir: I - sistema interno próprio de água potável ligado à rede de abastecimento público, pre- vendo a instalação de medido- res de consumo de água indi- viduais para todas as unidades da edificação; II - sistema próprio de coleta e destinação adequada de esgo- tos sanitários; III - sistemas de esgotamento das águas pluviais das áreas de telhado para dentro dos li- mites do terreno; IV - sistemas de reuso e re- tardo das águas pluviais, de acordo com as condições de- terminadas nas normas e na legislação específica vigentes; V - sistema de distribuição de energia elétrica, ligado à rede pública, e compartimentos para medidores; VI - meios necessários à ins- talação de sistemas de telefo- nia e de transmissão de dados para as unidades; VII - rede interna de distribui- ção de gás para as unidades residenciais, quando previsto pela legislação específica vi- gente, ligada à rede pública existente, quando possível, e compartimentos para medido- res; VIII - sistema próprio de coleta, separação e armazenamento de lixo, exceto para edificações unifamiliares e bifamiliares. Seção II Segurança e Proteção ART. 34º É obrigatório o isolamento e a colocação de elementos de se- gurança e proteção do canteiro de obras, como tapumes, gale- rias, andaimes e telas de acor- do com as normas vigentes. § 1º Não há necessidade de li- cença para instalação quando os elementos estiverem den- tro do limite do lote. § 2º A instalação dos elemen- tos de proteção não poderá prejudicar a visualização de placas de sinalização e de in- formação, a eficiência de equi- pamentos de iluminação e de sinalização, a arborização pú- blica e o acesso às instalações de concessionárias de servi- Art. 34º § 4º Galeria coberta sobre o passeio. Gal eria sob re o pa sse ioMín3,00m Mín0,50m Compartimento su- perposto provisório 68 69 ços públicos. § 3º A instalação de tapume fora dos limites do lote será admitida, excepcionalmente, quando estritamente necessá- rio e pelo menor tempo pos- sível, mediante licença para a sua instalação, nos seguintes casos: I - nas edificações construí- das no alinhamento e em ca- sos devidamente justificados, podendo ocupar, no máximo, a metade da largura do passeio, deixando largura livre mínima de um metro e cinquenta centí- metros para circulação de pe- destres; II - nos lotes atingidos por pro- jeto de alinhamento, o tapume poderá ocupar a área de recuo, a título precário, desde que não prejudique as condições locais de circulação e acessi- bilidade e seja recuado para o alinhamento projetado tão logo o acabamento externo da obra esteja concluído. § 4º A construção de gale- ria coberta para proteção dos transeuntes sobre o passeio, quando necessária, dependerá de licença e deverá atender às seguintes condições: I - largura mínima livre de um metro e cinquenta centímetros para circulação de pedestres; II - altura interna livre mínima de três metros; III - distância mínima do meio- fio de cinquenta centímetros; IV - será permitida a existência de compartimentos superpos- tos à galeria, como comple- mento da instalação provisória da obra. § 5º Os tapumes de obras pa- ralisadas por mais de cento e vinte dias, que estejam ocu- pando parcialmente o passeio, deverão ser removidos. Seção III Passeios e Arborização ART. 35º Os proprietários de terrenos edificados em logradouros do- tados de meio-fio são obriga- dos a construir passeios em toda a extensão da testada, obedecendo ao tipo, desenho, largura, declividade e demais especificações existentes na legislação em vigor. § 1º Ao executar obras em seus lotes, os proprietários são responsáveis pela manu- tenção dos passeios contíguos ao terreno, respeitando-se as características locais, e, após a execução de obras, devem reconstruí-los de acordo com o exigido pela legislação em vigor. § 2º É vedada a colocação ou construção de degraus, ram- pas de acesso ao lote e aber- tura de portões fora do alinha- mento dos terrenos. § 3º O rebaixamento de meio- fio somente será permitido nos locais estritamente ne- cessários para a travessia de pedestres e a entrada e saída de veículos, obedecida a legis- lação específica em vigor. § 4º Na construção de novas edificações, será obrigatória a arborização do passeio e o plantio de mudas no terreno, de acordo com as regras e as normas técnicas definidas pelo órgão municipal gestor de ar- borização urbana. § 5º O órgão municipal gestor da arborização urbana regu- lamentará os procedimentos de doação de mudas de árvore para compensação da constru- ção de novas edificações, a ser paga por ocasião do habite-se. § 6º Até a publicação da re- gulamentação prevista no parágrafo anterior, as novas construções deverão doar ao Município, de acordo com as normas vigentes, uma muda de árvore para cada cento e cin- quenta metros quadrados de ATE construídos, desconside- rando frações, a ser paga por ocasião do habite-se. CAPÍTULO VI DA RECONVERSÃO E READEQUAÇÃO DO POTENCIAL CONSTRUTIVO DE EDIFICAÇÕES TOMBADAS OU PRESERVADAS 72 73 ART. 36º Mediante lei específica, será permitida a reconversão de edificações tombadas ou pre- servadas, por meio da trans- formação de uso ou pelo desdobramento em unidades independentes, em condições especiais estabelecidas neste Capítulo ou legislação especí- fica, desde que garantidas as condições de proteção e inte- gridade do patrimônio cultural e aprovado pelo órgão de tute- la do patrimônio cultural e pe- los demais órgãos competen- tes, podendo ser dispensadas as seguintes exigências: I - afastamento frontal, recuos e gabarito, em casos de cria- ção de pisos, dentro da volu- metria original; II - circulações e escadas de uso comum; III - estacionamentos e demais compartimentos de uso co- mum; IV - medidores individuais de água para todas as unidades, quando considerado tecnica- mente inviável pelo órgão mu- nicipal de tutela do patrimônio cultural; V - acessibilidade, quando for comprovadamente impraticá- vel o atendimento às normas vigentes; VI - área mínima média das unidades residenciais; VII - outras disposições e pa- râmetros relativos às áreas internas da edificação, a crité- rio do órgão municipal respon- sável pelo patrimônio cultural e demais órgãos municipais competentes. § 1º A reconversão das edifica- ções tombadas ou preserva- das para o uso não residencial ou misto poderá permitir usos e atividades não previstos para a Zona onde se encontra o imóvel, mediante lei especifica. § 2º Os bens tombados e pre- servados deverão ter suas principais características ar- quitetônicas protegidas, sendo permitidas modificações in- ternas e acréscimos, inclusive criação de pisos, respeitada a volumetria original, desde que sejam aprovadas pelos órgãos de tutela do patrimônio cultu-ral e garantam boas condições de segurança, higiene, uso e habitabilidade da edificação. § 3º Os prismas de iluminação e ventilação existentes na edi- ficação tombada ou preserva- da poderão ser aproveitados para a iluminação e ventilação dos novos compartimentos, ainda que não atendam às di- mensões previstas nesta Lei Complementar, a critério do órgão de tutela do patrimônio cultural. § 4º Caso a adequação da edi- ficação às normas vigentes do CBMERJ exija a construção de novas instalações para escape e proteção contra incêndio e pânico, a área desses acrés- cimos não será computada na ATE, desde que seja compro- vadamente inviável a adapta- ção das instalações existentes e haja aprovação do órgão de tutela do patrimônio cultural. ART. 37º A critério do órgão de tutela do patrimônio municipal, será permitida a readequação de potencial construtivo no lote em que existirem edificações tombadas ou protegidas, cuja área construída não será com- putada no cálculo da ATE e da Taxa de Ocupação. § 1º Serão tolerados acrésci- mos acompanhando a altura existente de edificações tom- badas ou protegidas, ainda que a legislação local prescreva altura inferior, desde que apro- vados pelo órgão de tutela do patrimônio cultural. § 2º O espaço acima das edi- ficações tombadas e preser- vadas poderá ser utilizado para ventilação e iluminação de cômodos situados em no- vos pavimentos ou em novas edificações criadas no mesmo lote, em cujo caso o cálculo da altura ventilada de prismas e afastamentos será feito até a altura da edificação tombada ou preservada existente. CAPÍTULO VII DA RECONVERSÃO DE EDIFICAÇÕES - RETROFIT 76 77 ART. 38º Mediante lei específica, será permitida reconversão para o uso residencial multifamiliar, por meio da transformação de uso ou pelo desdobramento das unidades das edificações existentes regularmente cons- truídas e licenciadas. § 1º A volumetria existente le- galizada poderá ser aproveita- da e adequada ao novo uso sem restrições quanto à ATE, à Taxa de Ocupação e à área mínima das unidades, aplicando-se os índices urbanísticos vigentes apenas para os acréscimos. § 2º O uso multifamiliar será aceito em qualquer lugar do Município, desde que possa ser realizado sem risco à saúde de seus moradores. § 3º Ficam dispensadas as exi- gências relativas a vagas de estacionamento e áreas co- muns. § 4º Caso a adequação da edi- ficação às normas vigentes do CBMERJ exija a construção de novas instalações para escape e proteção contra incêndio e pânico, a área desses acrés- cimos não será computada na ATE, desde que seja compro- vadamente inviável a adapta- ção das instalações existentes. CAPÍTULO VIII DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS 80 81 ART. 39º A responsabilidade pelos di- ferentes projetos, cálculos e memórias relativos à execu- ção de obras e instalações cabe sempre e exclusivamente aos profissionais que os assi- narem, assim como a respon- sabilidade pela execução de obras de qualquer natureza será atribuída exclusivamen- te aos profissionais que, no respectivo projeto, assinarem com essa finalidade. § 1º O responsável técnico pela autoria do projeto, o responsá- vel técnico pela execução da obra e os proprietários assu- mem a completa responsabili- dade pelo cumprimento desta Lei Complementar e das de- mais normas em vigor aplicá- veis às obras e edificações. § 2º Esta Lei Complementar estabelece as condições que a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro considera indispensá- veis às edificações. § 3º Outros elementos ou con- dições não previstos e também não restringidos pela presente Lei Complementar serão per- mitidos, mediante lei específi- ca. § 4º As dimensões das edifi- cações serão sempre expres- sas nos projetos por valores em metros, correspondentes a medidas acabadas, não sendo admitidas medidas em osso. § 5º A altura, a projeção hori- zontal, os afastamentos, o nú- mero de pavimentos e demais condições volumétricas das edificações serão determi- nados pela Lei de Uso e Ocu- pação do Solo - LUOS ou por legislação local específica em vigor. § 6º O glossário com os con- ceitos e definições que devem ser observados na aplicação desta Lei Complementar cons- tam do Anexo Único. Art. 40. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. Art. 41. Ficam revogados: I – os Decretos nºs: a) 7.336, de 5 de janeiro de 1988; b) 8.272, de 19 de dezembro de 1988; c) 9.743, de 26 de outubro de 1990; d) 10.426, de 6 de setembro de 1991; e) 26.431, de 28 de abril de 2006; f) 28.485, de 25 de setembro de 2007. II - o Regulamento de Constru- ções e Edificações, disposto no Decreto “E” nº 3.800, de 20 de abril de 1970; III - as Leis nºs: a) 77, de 21 de dezembro de 1978; b) 179, de 22 de setembro de 1980; c) 213, de 9 de janeiro de 1981; d) 550, de 19 de junho de 1984; e) 615, de 18 de setembro de 1984; f) 749, de 14 de outubro de 1985; g) 1.024, de 14 de julho de 1987; h) 1.174, de 30 de dezembro de 1987; i) 1.196, de 4 de janeiro de 1988; j) 1.218, de 11 de abril de 1988; k) 1.393, de 16 de maio de 1989; l) 1.406, de 8 de junho de 1989; m) 1.426, de 25 de agosto de 1989; n) 2.333, de 30 de junho de 1995; o) 3.221, de 23 de abril de 2001; p) 3.666, de 13 de outubro de 2003; q) 4.041, de 11 de maio de 2005; r) 6.063, de 31 de março de 2016. IV - as Portarias nºs: a) DU / SPE / COTED 90, de 1º de julho de 1987; b) U/SPE 301, de 28 de maio de 1991. V) a Resolução Conjunta SMAC/SMU nº 14, de 30 de oU- tubro de 2009; VI) as Leis Complementares nºs: a) 65, de 16 de abril de 2003; b) 77, de 28 de abril de 2005; c) 112, de 17 de março de 2011; d) 134, de 24 de março de 2014; e) 156, de 6 de julho de 2015. MARCELO CRIVELLA D. O RIO 15.01.2019 Republ. em 18.01.2019 Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, 3 de maio de 2019 - 455o da Fundação da Cidade. MARCELO CRIVELLA D.O.RIO 06.05.2019 82 83 ANEXO ÚNICO GLOSSÁRIO ACESSIBILIDADE - Possibilida- de e condição de alcance, para utilização, com segurança e autonomia, deespaços, mobi- liários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, infor- mação e comunicação, inclusi- ve seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona ur- bana como na zona rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. ACESSO - Chegada, entrada, aproximação, transito, passa- gem. Em Arquitetura, significa o modo pelo qual se chega a um lugar ou se passa de um local a outro, por exemplo, do exterior para o interior ou de um pavimento para o seguinte. Em planejamento urbano é a via de comunicação através da qual um núcleo urbano se liga a outro. ACRÉSCIMO - Aumento de uma construção ou edificação em área ou em altura. AFASTAMENTO - É a distância mínima, determinada pela le- gislação em vigor, entre duas edificações ou entre uma edi- ficação e as linhas divisórias do terreno onde ela se situa; o afastamento é frontal, late- ral, ou de fundos quando essas divisórias forem, respectiva- mente, a testada, os lados ou os fundos do terreno. AFASTAMENTO FRONTAL - Corresponde à distância entre o plano da fachada da edifica- ção e o alinhamento do terreno onde se situa. AFASTAMENTOS LATERAIS E DE FUNDOS - Correspondem às distâncias entre os planos das fachadas da edificação e os limites das divisas laterais e de fundos do terreno onde se situa. ALINHAMENTO - Linha que de- fine o limite entre o terreno e o logradouro público. ALTURA DE UM COMPARTI- MENTO OU DE UM PAVIMENTO - É a distância vertical entre o piso e o teto desse comparti- mento ou desse pavimento. ALVARÁ - É a licença admi- nistrativa para realização de qualquer obra particular ou exercício de uma atividade, e caracteriza-se pela guia qui- tada referente
Compartilhar