Analise do Comportamento - Modelagem

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA
Luana Mayara Cunha Siqueira
Marina Corrêa Simonini do Amaral
Natalia Bulgarelli
Nicolas Dias Telles 
LEVANDO A UM NOVO COMPORTAMENTO POR MEIO DA MODELAGEM
CAMPINAS 
2021
Luana Mayara Cunha Siqueira
Marina Corrêa Simonini do Amaral
Natalia Bulgarelli
Nicolas Dias Telles 
LEVANDO A UM NOVO COMPORTAMENTO POR MEIO DA MODELAGEM
Trabalho apresentado à Pontifícia Universidade Católica de Campinas como parte das exigências para aprovação na disciplina de Análise do Comportamento, no curso de Psicologia.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Karina de Carvalho Magalhães
CAMPINAS 
2021
1. Introdução: 
1.1 Modelagem:
Modificação de alguma propriedade do responder através do reforçamento diferencial, em uma série de passos, de um desempenho inicial até um desempenho final, ou seja, é um processo de mudança gradativo do tipo de um comportamento específico em direção a um comportamento terminal produzido por reforçamento diferencial de aproximações sucessivas.
Skinner:
 O condicionamento operante é um processo em que uma determinada resposta de um indivíduo é alterada até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação, ou seja um hábito gerado por uma ação de um índividuo.Um exemplo desse condicionamento é um experimento que Skinner realizou com um rato preso dentro de uma caixa, que ficou conhecido como ‘Caixa de Skinner’. Dentro deste compartimento o ratinho ficava preso sem água e condicionando seu comportamento com reforçadores até que o ratinho aprendesse a pressionar a alavanca para obter água. 
 
Watson: 
O ambiente segundo os behavioristas, é qualquer elemento que cerca o indivíduo, seja objetos, pessoas, dentre outros. Estímulo (S) é qualquer um destes motivos que estejam presentes no ambiente e que modifiquem um comportamento inicial. Um exemplo dessa teoria é um experimento que Watson realizou dentro de uma caixa, com o rato Albert. O ratinho percebeu que quando a alavanca é acionada, o mesmo recebe comida, ele então percebeu que ao repetir o movimento recebe o alimento, então começou a fazer isso cada vez que quisesse saciar sua fome. Sendo o condicionamento operante um mecanismo de aprendizagem de novo comportamento, essa teoria se encaixa na modelagem
Através disso Watson estudava o comportamento da relação estímulo e resposta e dizia que através disso é possível entender e manipular o comportamento humano. No mesmo experimento com o pequeno Albert ele chegou à conclusão de que o estímulo (S) som estridente gera a resposta (R) inata de medo, ou seja, esta relação é um reflexo inato. 
Pavlov e o Condicionamento Clássico: 
Pavlov realizou uma experiência com um cão, uma campainha e um pedaço de carne, ele percebeu que ao ver o pedaço de carne, o cão começava a salivar, e denominou de reflexo não condicionado. Ele também observou que ao tocar a campainha (estímulo neutro) quando mostrava o pedaço de carne, o cão começou a associar a carne com a campainha, salivando sempre que a mesma era tocada, essa reação junto a um estímulo neutro foi chamada de reflexo condicionado.
É possível perceber que todas essas teorias possuem relação com a modelagem, pois em ambas reforçamos algumas respostas, a fim de ensinar um novo comportamento, sendo uma característica importante da modelagem a imediaticidade do reforço.
1.2 Fatores que influenciam na eficácia da modelagem:
Comportamento terminal ou comportamento final desejado, no caso do Carlos protagonista da análise o comportamento terminal dele seria correr 400 metros diariamente assim como havia pouca probabilidade de Carlos ou sua esposa desenvolver expectativas diferentes a respeito de seu progresso, falando disso pôde-se contestar que se diferentes pessoas esperam coisas diferentes a probabilidade do progresso ser mais lento.
Já o comportamento inicial não existe quando começa a sessão portanto é importante estabelecer um comportamento que se aproxime ao ponto de partida necessário, no entanto existe restrições, ou seja, não pode ser qualquer comportamento tem que ser um que ocorra com frequência para que assim o mesmo seja reforçado e deve ser semelhante ao comportamento final já que um é complemento do outro. 
Nesse contexto é importante escolher as etapas de moldagem é necessário que o modelador pense em cada passo que ele seguirá, pois não existe etapas corretas por assim dizer portanto qualquer hipótese e diretriz usada pelo modelador torna-se importante mantê-las durante todas as sessões e ser flexível caso quem está sendo treinado tenha um progresso lento. 
Definido e estabelecido é de suma importância avançar no ritmo certo, primeiro deve-se reforçar a aproximação diversas vezes, ou seja, evite o sub-reforçamento de uma etapa de modelagem. Evite também reforçar muitas vezes algum passo da modelagem, não precisa ter pressa na hora de modelar cada um tem um tempo. Caso perca um comportamento por estar indo rápido demais é necessário voltar uma aproximação anterior para assim retomar o comportamento.
1.3 Ciladas da Modelagem: 
A modelagem pode ser utilizada de forma errada e acidentalmente por pessoas que não tenham o conhecimento, como consequência um comportamento que seja prejudicial pode ser desenvolvido gradualmente. 
Um exemplo da utilização errada da modelagem é quando uma criança, que não recebe a devida atenção dos pais, venha a cair e bater a cabeça. Mesmo que a criança não tenha ferimentos graves, o pai ou a mãe pode acumular a criança com atenções exageradas. Com o passar do tempo a criança nota que ela não recebe atenção quando faz algo adequado, a possibilidade dela repetir a resposta de bater levemente a cabeça contra o piso aumentará, pois apenas assim ela receberia atenção dos pais. Nas primeiras vezes que isso acontecer, existe chances dos pais reforçarem a resposta dando atenção para a criança, mas aos poucos, ao ver que a criança não está realmente se machucando, provavelmente os pais parem de dar atenção, ou seja, parem de reforçá-la. A partir desse momento o comportamento da criança é colocado em extinção, fazendo com que a intensidade do mesmo venha a aumentar ou a diminuir, caso a intensidade aumente, - isso pode ser a criança batendo a cabeça ligeiramente mais forte para que o barulho se torne mais alto - e a criança perceba que recebe atenção de novo, eventualmente o comportamento de bater a cabeça na parede pode ficar mais intenso podendo causar danos físicos à criança.
Comportamentos autodestrutivos são imensamente difíceis de usar a extinção para que o mesmo pare de ocorrer, o mais fácil seria não permitir que esse comportamento se desenvolva.
Muitos comportamentos considerados indesejados - por exemplo: birra, agitação, machucar outras crianças, comportamentos autodestrutivos - são produtos da cilada da modelagem. 
Outro tipo de cilada é quando uma pessoa deixa de aplicar a modelagem quando esta deve ser aplicada. 
Por exemplo, alguns pais esperam que o seu filho diga “Pai” logo de cara, isso faz com que eles não fiquem impressionados quando a criança balbucia “pa-pa-pa”, o tipo oposto também pode ser frequente, ao contrário deste, os pais reforçam a criança de maneira não contingente.
A modelagem é um processo muito importante no crescimento de uma criança, pois se feito de maneira errada, é bem possível que a criança cresça com algum tipo de déficit de desenvolvimento.
1.4 Diretrizes para Aplicação Eficaz da Modelagem:
 O melhor plano de ação para a melhor aplicação da modelagem é primeiro, selecionar o comportamento a ser trabalhado que pode ser já existente, modificando o número de vezes no qual ele será apresentado, na latência e na intensidade, mas também pode ser um comportamento novo. 
Selecionar um reforçador adequado com a pessoa que está sob a aplicação da modelagem e fazer uma lista de comportamentos semelhantes do comportamento final desejado.
É importante deixar a pessoa a par do plano que está sendo traçado e começar reforçando momentaneamente após cada ocorrência de comportamento.Apenas passar para o próximo comportamento semelhante quando o aluno tiver domínio do comportamento anterior e não reforçar a mesma etapa excessivamente.
Caso ocorra do aluno parar de eliciar o comportamento, é possível que tenha avançado rápido demais dentre as etapas da lista ou que talvez o reforçador não esteja sendo eficaz. 
2. Referência: 
SKINNER E A MODELAGEM DO COMPORTAMENTO. Portal educação, 2020.
HÜBNER, Maria; MOREIRA, Borges; SILVARES, Edwiges; JUNIOR, Francisco; PRISZKULNIK, Léia. Levando a um novo comportamento por meio da modelagem, 2007/8.