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IMPÉRIO ROMANO: A TETRARQUIA, O CRISTIANISMO E A DIVISÃO FINAL No século III d.C., ocorreram uma série de revoltas dos Bagaudas, que consistiam em grupos de soldados e camponeses de regiões menos romanizadas, como a Gália e a Hispânia, onde pretendiam fugir de suas obrigações como cidadãos romanos, não pagando impostos. Os Bagaudas se aproveitaram das invasões bárbaras na extensão do Império Romano, quando o Estado se desorganizou, para iniciarem sua revolta. Durante o período de governo de Diocleciano (284 d.C. – 305 d.C.), Roma se tornou uma Tetrarquia, com o objetivo de restabelecer a ordem do Império. Assim, Maximiniano, que havia reprimido a revolta dos Bagaudas, e cada vez mais se tornava popular entre os romanos, ganhou o título de Diocleciano, de Augusto (divino), como forma de conter um golpe de Estado. Galério e Constâncio Cloro que se casaram com as filhas de Diocleciano e Maximiniano, também se tornaram imperadores, só que com o título de César, que estaria abaixado do título de Augusto. Na divisão, Diocleciano ficou com a Ásia Menor e o Egito, Constâncio ficou com a Gália e a Inglaterra, Maximiniano passou a governar a Itália, a Hispânia e Galério governou a região da Grécia. Mesmo com a divisão do Império em Tetrarquia, ainda havia disputas políticas, resultando na abdicação do trono em 305 d.C. de Diocleciano e Maximiniano. Assim, Galério e Constâncio se elevariam ao título de Augusto. Porém, Constantino, filho de Constâncio que almejava seguir os passos do pai e inicialmente se tornar César, foi descartado, e por isso, se aliou a Galério combatendo em guerras contra outros imperadores considerados usurpadores, como Magêncio, filho de Maximiniano. O sucesso de Constantino foi tão grande que ele recebeu o título de Augusto e governou Roma de 306 d.C. a 337d.C. Assim, reunificou o Império em 324 d.C., colocando fim na tetrarquia, porém, no ano de 330 d.C. devido ao aumento das invasões germânicas em Roma, transferiu a capital para o Oriente, fundando a cidade Constantinopla (Atual Istambul). No ano 311 d.C. ocorreu a assinatura do Édito de Tolerância, pelo imperador Galério, ao qual, o Estado se propunha a não mais perseguir os cristãos, que eram cada vez mais numerosos, mas eram perseguidos. Constantino foi o primeiro imperador romano a se converter ao cristianismo, e em 313 d.C., foi estabelecido Édito de Milão, junto ao seu cunhado Licínio e também Imperador, definindo o Império Romano Neutro em relação ao credo religioso. Assim, os templos confiscados dos cristãos, foram devolvidos e o paganismo deixou de ser religião oficial. No ano de 364 d.C. através do governo de Valentiniano, o Império foi dividido em duas partes, ocidental e oriental, e Teodósio (378 d.C. – 395 d.C. ) foi o último impearador a governar os dois territórios de uma vez. Após a sua morte em 395 d.C., seu filho Arcádio passou a governar o império Romano do oriente, com sede em Constantinopla, Honório, passou a governar o Império romano do Ocidente, com sede em Roma. Ainda no governo do Teodósio, no ano de 380 d.C. foi assinado o Édito de Tessalônica, que estabelecia a fé cristã como única religião permitida no Império Romano, além do estabelecimento do Estado Cristão. Assim, o próprio imperador também passou a se definir como autoridade cristã, convocando o Primeiro Concilio de Constantinopla, e iniciando a tradição do Cesaropapismo, que posteriormente seria muito comum no Império Romano do Oriente, durante a Idade Média.