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Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 1 Matemática I Derivação Aula 05 Profa. Fádua Ferreira faduafantonio@gmail.com FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 2 FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA A análise marginal é o estudo das taxas de variação das quantidades econômicas. Por exemplo, um economista está não apenas interessado no valor do produto interno bruto (PIB) de uma economia em dado instante de tempo, mas também está igualmente preocupado com a taxa com a qual ele está aumentando ou diminuindo. Da mesma maneira, um produtor está não só interessado no custo total correspondendo a certo nível de produção de um bem, mas também está interessado na taxa de variação do custo total com relação ao nível de produção e assim por diante. Vamos iniciar com um exemplo para explicar o significado do adjetivo marginal, tal como é usado pelos economistas. FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Funções Custo Exemplo Aplicado 1: Taxa de Variação de Funções Custo Suponha que o custo total semanal em dólares incorrido pela Polaraire para a fabricação de 𝑥 refrigeradores seja dado pela função custo total 𝐶 𝑥 = 8.000 + 200𝑥 − 0,2𝑥 (0 ≤ 𝑥 ≤ 400) a. Qual o custo total envolvido na fabricação do 251º refrigerador? b. Determine a taxa de variação da função custo total com relação a 𝑥 quando 𝑥 = 250. Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 3 FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Funções Custo O custo real envolvido na produção de uma unidade adicional de certo bem por uma fábrica que já opera com determinado nível de produção é chamado custo marginal. O valor desse custo é muito importante para a gerência em suas tomadas de decisão. Como vimos no Exemplo 1, o custo marginal é dado aproximadamente pela taxa de variação da função custo total em um ponto apropriado. Por essa razão, os economistas definiram a função custo marginal como a derivada da função custo total correspondente. Em outras palavras, se 𝐶 é a função custo total, então a função custo mar- ginal é definida como sua derivada 𝐶′. Assim, o adjetivo marginal é sinônimo de derivada de. FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Funções Custo Exemplo Aplicado 2: Funções Custo Marginal Uma subsidiária da Elektra Electronics fabrica uma calculadora de bolso programável. A gerência determinou que o custo total diário (em dólares) para produzir essas calculadoras é dado por 𝐶 𝑥 = 0,0001𝑥 − 0,08𝑥 + 40𝑥 + 5.000 onde 𝑥 é igual ao número de calculadoras produzidas. a. Determine a função custo marginal. b. Qual é o custo marginal quando x = 200, 300, 400 e 600? Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 4 FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Funções Custo Médio Seja 𝐶(𝑥) o custo total envolvido na produção de 𝑥 unidades de certo bem. O custo médio para produzir 𝑥 unidades do bem é obtido dividindo- se o custo total de produção pelo número de unidades produzidas. Isso nos conduz à seguinte definição: A derivada 𝐶′(𝑥) da função custo médio, chamada função custo médio marginal, mede a taxa de variação da função custo médio com relação ao número de unidades produzidas. Suponha que 𝐶(𝑥) seja a função custo total, então a função custo médio, denotada por 𝐶̅(𝑥) (leia-se “C barra de x”), é 𝐶̅(𝑥) = 𝐶(𝑥) 𝑥 FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Funções Custo Médio Exemplo Aplicado 3: Funções Custo Médio Marginal O custo total (em dólares) para produzir 𝑥 unidades de certo bem é dado por 𝐶(𝑥) = 400 + 20𝑥 a. Determine a função custo médio 𝑪. b. Determine a função custo médio marginal 𝐶′. Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 5 FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Funções Custo Médio Exemplo Aplicado 4: Funções Custo Médio Marginal Considere, mais uma vez, a subsidiária da Elektra Electronics. O custo total diário para produzir calculadoras programáveis é de 𝐶 𝑥 = 0,0001𝑥 − 0,08𝑥 + 40𝑥 + 5.000 dólares, onde 𝑥 denota o número de calculadoras produzidas (veja o Exemplo 2). a. Encontre a função custo médio 𝐶̅. b. Determine a função custo médio marginal 𝐶′. Calcule 𝐶′(500). FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Funções Receita Lembramos que uma função receita 𝑅(𝑥) fornece a receita obtida por uma empresa com a venda de 𝑥 unidades de certo bem. Se a empresa cobra 𝑝 dólares por unidade, então 𝑅 𝑥 = 𝑝𝑥 Entretanto, o preço que uma empresa pode cobrar por um produto depende do mercado onde esta opera. Caso a empresa seja uma de muitas - nenhuma das quais pode ditar o preço do bem - então neste ambiente de competição de mercado o preço é determinado pelo equilíbrio do mercado. Se, ao contrário, a empresa é a única fornecedora do bem, então, nessa situação de monopólio, ela pode manipular o preço do bem controlando a oferta. Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 6 FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Funções Receita O preço unitário de venda 𝑝 de um bem está relacionado com a quantidade de bens 𝑥 vendida. Esta relação entre 𝑝 e 𝑥 é chamada equação de demanda. Resolvendo a equação para 𝑝 em termos de 𝑥, obtemos a função preço unitário 𝑓, dada por 𝑝 = 𝑓(𝑥) e a função receita R é dada por 𝑅 𝑥 = 𝑝𝑥 = 𝑥𝑓(𝑥) FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Funções Receita A receita marginal é o faturamento conseguido com a venda de uma unidade a mais de um bem, dado que as vendas já se encontram em um nível específico. Por um argumento similar ao aplicado na função custo do Exemplo 1, você pode ser convencido de que a receita marginal é aproximada por 𝑅′(𝑥). Assim, definimos a função receita marginal como 𝑅′(𝑥), onde 𝑅 é a função receita. A derivada 𝑅′ da função 𝑅 mede a taxa de variação da função receita. Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 7 FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Funções Receita Exemplo Aplicado 5: Funções Receita Marginal Suponha que a relação entre o preço unitário 𝑝 em dólares e a quantidade demandada 𝑥 do sistema de caixas de som Acrosonic modelo F é dada pela equação 𝑝 = −0,02𝑥 + 400 (0 ≤ 𝑥 ≤ 20.000) a. Determine a função receita 𝑅. b. Determine a função receita marginal 𝑅′. c. Calcule 𝑅 2.000 . FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Funções Lucro A função lucro 𝐿 é dada por 𝐿 𝑥 = 𝑅 𝑥 − 𝐶(𝑥) onde R e C são as funções receita e custo, e 𝑥 é o número de unidades do bem produzidas e vendidas. A função lucro marginal 𝐿′(𝑥) mede a taxa de variação da função lucro 𝐿 e nos fornece uma boa aproximação do lucro ou da perda real em um momento da venda da ( 𝑥 + 1 )-ésima unidade do bem (assumindo que a 𝑥-ésima unidade já tenha sido vendida). Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 8 FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Funções Lucro Exemplo Aplicado 6: Funções Lucro Marginal Suponha que o custo de produção de 𝑥 unidades do sistema de caixas de som Acrosonic seja de 𝐶 𝑥 = 100𝑥 + 200.000 dólares a. Determine a função lucro 𝐿. b. Determine a função lucro marginal 𝐿′. c. Calcule 𝐿′(2.000). FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Elasticidade da Demanda Finalmente, vamos usar os conceitos marginais introduzidos nesta seção para obter um importante critério usado pelos economistas para analisar a função demanda: a elasticidade da demanda. No argumento que se segue, será conveniente escrever a função demanda 𝑓 na forma 𝑥 = 𝑓 𝑥 . Isto é, vamos pensar na quantidade demandada de certo bem como uma função de seu preço unitário. Como a quantidade demandada de um bem em geral decresce quando o seu preço unitário aumenta, temos que a função 𝑓 é tipicamente uma função decrescente de p. Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 9 FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Elasticidade da Demanda Suponha que o preço unitário de um bem aumente h dólares, de p dólares para (p + h) dólares. A quantidade demandada cai de 𝑓(𝑝) unidades para 𝑓(𝑝 + ℎ) unidades, uma variação [𝑓(𝑝 + ℎ) − 𝑓(𝑝)] de unidades. A variação percentual no preço unitário é igual a ℎ 𝑝 100 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑝 (100) e a variação percentual correspondente da quantidade demandada é igual a 100 𝑓(𝑝 +ℎ) − 𝑓(𝑝) 𝑓(𝑝) 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 quantidade demandada quantidade demandada 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑝 (100) FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Elasticidade da Demanda Uma boa maneira para medir o efeito que uma variação percentual de preços produz na variação percentual da quantidade demandada é olhar para a razão entre essa última variação e a primeira delas. Encontramos 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑎 quantidade demandada 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 = 100 𝑓(𝑝 + ℎ) − 𝑓(𝑝) 𝑓(𝑝) 100 ℎ 𝑝 = 𝑓(𝑝 + ℎ) − 𝑓(𝑝) 𝑓(𝑝) 𝑓(𝑝) 𝑝 Se 𝑓 é diferenciável em 𝑝, então 𝑓(𝑝 + ℎ) − 𝑓(𝑝) 𝑓(𝑝) ≈ 𝑓′(𝑝) Quando ℎ é pequeno. Assim, se ℎ é pequeno, a razão é aproximadamente igual a 𝑓 𝑝 = 𝑝𝑓 𝑝 𝑓(𝑝) Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 10 FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Elasticidade da Demanda Definição: Se 𝑓 é uma função demanda diferenciável definida por x = f(p), então a elasticidade da demanda para o preço p é dada por 𝐸 𝑝 = − 𝑝𝑓 𝑝 𝑓(𝑝) Mostraremos mais adiante que se 𝑓 é decrescente em um intervalo, então 𝑓 𝑝 < 0 para 𝑝 nesse intervalo. À luz desse fato, vemos que, como 𝑝 e 𝑓(𝑝) são positivos, a quantidade ( ) é negativa. Como os economistas preferem trabalhar com um valor positivo, a elasticidade da demanda 𝐸(𝑝) é definida como o negativo dessa quantidade • A demanda é dita elástica se 𝐸(𝑝) > 1. • A demanda é chamada unitária se 𝐸(𝑝) = 1. • A demanda é denominada inelástica se 𝐸(𝑝) < 1. FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Elasticidade da Demanda • Se a demanda é elástica em 𝑝[𝐸(𝑝) > 1] , então um pequeno aumento do preço unitário resulta em uma diminuição da receita, ao passo que um pequeno decréscimo do preço unitário causará um aumento da receita. • Se a demanda é inelástica em 𝑝[𝐸(𝑝) < 1], então um pequeno aumento do preço unitário resulta em um aumento da receita, ao passo que uma diminuição do preço unitário causará um decréscimo da receita. • Se a demanda é unitária em 𝑝[𝐸(𝑝) = 1], então um aumento do preço unitário não produz nenhuma variação da receita. Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 11 FUNÇÕES MARGINAIS EM ECONOMIA Elasticidade da Demanda Exemplo Aplicado 7: Elasticidade da Demanda Considere a equação da demanda 𝑝 = −0,02𝑥 + 400 (0 ≤ 𝑥 ≤ 20.000) que descreve a relação entre o preço unitário em dólares e a quantidade demandada 𝑥 do sistema de caixas de som Acrosonic modelo F. a. Determine a elasticidade da demanda 𝐸(𝑝). b. Calcule 𝐸 100 . c. Calcule 𝐸 300 . d. A demanda é elástica, unitária ou inelástica quando p = 100? E quando p = 300? e. Se o preço é de $ 100, então um pequeno aumento do preço unitário produz um aumento ou uma diminuição da receita? DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 12 DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR A derivada 𝑓′ de uma função 𝑓 também é uma função. Como tal, a diferenciabilidade de 𝑓′ pode ser considerada. Assim, a função 𝑓′ tem uma derivada 𝑓′′ em um ponto 𝑥 do domínio de 𝑓′ se o limite do quociente 𝑓′(𝑥 + ℎ) − 𝑓(𝑥) ℎ existe quando ℎ se aproxima de zero. Em outras palavras, é a derivada da primeira derivada. A função 𝑓′′ obtida dessa maneira é chamada segunda derivada da função 𝑓 , assim como a derivada 𝑓′ de 𝑓 é frequentemente denominada primeira derivada de 𝑓. DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR Continuando dessa maneira, somos levados a considerar a terceira, quarta e derivadas de ordem superior de 𝑓 sempre que existirem. Notações para a primeira, segunda, terceira e, em geral, n- ésima derivadas da função 𝑓 no ponto 𝑥 são 𝑓 𝑥 , 𝑓 𝑥 , 𝑓 𝑥 , … , 𝑓 (𝑥) ou 𝐷 𝑓 𝑥 , 𝐷 𝑓 𝑥 , 𝐷 𝑓 𝑥 , … , 𝐷 𝑓(𝑥) Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 13 DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR Atividade 1. Determine as derivadas de todas as ordens da função polinomial 𝑓 𝑥 = 𝑥 − 3𝑥 + 4𝑥 − 2𝑥 + 𝑥 − 8 2. Determine a derivada de ordem três da função 𝑓 definida por 𝑦 = 𝑥 / . 3. Encontre a segunda derivada da função 𝑦 = 2𝑥 + 3 DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR Exemplo Aplicado 8: Aceleração e Velocidade de um Objeto em Queda Livre Uma bola é lançada para o alto do topo de um edifício. A altura alcançada pela bola, medida a partir do chão, é dada por 𝑠 = −16𝑡 + 24𝑡 + 120 onde 𝑠 é medido em pés e 𝑡 em segundos. Determine a velocidade e a aceleração da bola três segundos após seu lançamento no ar. Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 14 DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR Exemplo Aplicado 9: Taxa de Inflação de uma Economia A função 𝑓 𝑡 = −0,2𝑡 + 3𝑡 + 100 (0 ≤ 𝑡 ≤ 9) fornece o IPC de uma economia, onde t = 0 corresponde ao início de 1995. a. Encontre a taxa de inflação no início de 2001 (t = 6). b. Mostre que a inflação estava diminuindo nesse instante. DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA E TAXA RELACIONADAS Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 15 DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA E TAXA RELACIONADAS Diferenciação Implicitamente Até agora, lidamos com funções expressas na forma 𝑦 = 𝑓(𝑥); isto é, a variável dependente 𝑦 está expressa explicitamente em termos da variável independente 𝑥. Entretanto, nem todas as funções são expressas dessa forma. Considere, por exemplo, a equação 𝑥 𝑦 + 𝑦 − 𝑥 + 1 = 0 Essa equação expressa 𝑦 implicitamente como uma função de 𝑥. Na verdade, resolvendo para 𝑦 em termos de 𝑥, obtemos 𝑥 + 1 𝑦 = 𝑥 − 1 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 𝑦 = 𝑓 𝑥 = 𝑥 − 1 𝑥 + 1 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 que fornece uma representação explícita para 𝑓 DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA E TAXA RELACIONADAS Diferenciação Implicitamente Considere agora a equação 𝑦 − 𝑦 − 𝑦 + 2𝑥 − 𝑥 = 8 Quando certas restrições são impostas a 𝑥 e 𝑦, essa equação define 𝑦 como uma função de 𝑥. Mas, nesse caso, teríamos grandes dificuldades para encontrar 𝑦 em termos de 𝑥. A seguinte pergunta aparece naturalmente: como então se pode calcular 𝑑𝑦/𝑑𝑥 nesse caso? Na verdade, graças à regra da cadeia, existe de fato um método para calcular a derivada de uma função diretamente da equação implícita que define a função. Esse método é chamado diferenciação implícita e será demonstrado nos próximos exemplos. Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 16 DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA E TAXA RELACIONADAS Atividade 1. Determine , dada a equação 𝑦 = 𝑥. 2. Encontre , dada a equação 𝑦 − 𝑦 + 2𝑥 − 𝑥 = 8. 3. Considere a equação 𝑥2 + 𝑦2 = 4 a. Determine 𝑑𝑦/𝑑𝑥 por diferenciação implícita. b. Estabeleça a declividade da reta tangente ao gráfico da função 𝑦 = 𝑓(𝑥) no ponto (1, 3 ). Observação: ( , ) c. Determine a equação da reta tangente da parte (b). DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA E TAXA RELACIONADAS Taxa Relacionadas A diferenciação implícita é uma técnica útil para resolver uma classe de problemas conhecida por problemas de taxas relacionadas. O que segue é um exemplo típico de problema envolvendo taxas relacionadas: Suponha que 𝑥 e 𝑦 sejam funções de uma terceira variável 𝑡. Além disso, suponha que tenhamos uma equação que forneça a relação entre 𝑥 e 𝑦. Podemos obter uma equação que fornece a relação entre 𝑑𝑥/𝑑𝑡 e 𝑑𝑦/𝑑𝑡? Em particular, se soubermos o valor específico de uma das taxas de variação para um valor de 𝑡 (por exemplo, 𝑑𝑥/𝑑𝑡), podemos encontrar a outra taxa, 𝑑𝑦/𝑑𝑡, para o mesmo valor de 𝑡? Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 17 DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA E TAXA RELACIONADAS Taxa Relacionadas Exemplo Aplicado 10: Taxa de Variação de Novas Construções Um estudo elaborado pela Associação Nacional de Agências Imobiliárias estima que o número de novas construções na região sudeste, N (r) (em milhões), nos próximos cinco anos está relacionado com a taxa de financiamento r(t) (por cento ao ano) pela equação 9𝑁 + 𝑟 = 36 Qual é a taxa de variação no tempo do número de novas construções quando a taxa de financiamento é de 11 % ao ano e aumenta à razão de 1,5% ao ano? DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA E TAXA RELACIONADAS Taxa Relacionadas RESOLVENDO PROBLEMAS DE TAXAS RELACIONADAS 1.Associe uma variável a cada quantidade. Desenhe um diagrama, se necessário. 2. Escreva os valores dados das variáveis e suas taxas de variação com relação a t. 3. Determine uma equação fornecendo a relação entre as variáveis. 4. Diferencie ambos os lados dessa equação implicitamente com relação a t. 5. Substitua as variáveis e suas derivadas pelos dados numéricos do passo 2 e resolva a equação para a taxa de variação pedida. Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 18 DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA E TAXA RELACIONADAS Taxa Relacionadas Exemplo Aplicado 11: Observando o Lançamento de um Foguete Um espectador está observando o lançamento de um foguete a uma distância de 4.000 pés do local de lançamento. Se o foguete levanta voo verticalmente e sobe a uma velocidade de 600 pés/s quando está a uma altitude de 3.000 pés, com que rapidez a distância entre o foguete e o espectador está variando nesse instante? DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA E TAXA RELACIONADAS Taxa Relacionadas Exemplo Aplicado 12: Um navio de passageiros e um petroleiro deixam um porto em algum momento da manhã, o primeiro indo em direção ao norte, e o segundo em direção a leste. Ao meio-dia, o navio de passageiros estava a 40 milhas do porto e movendo-se a 30 milhas por hora, enquanto o petroleiro estava a 30 milhas do porto e navegando a 20 mph. Com que rapidez a distância entre os navios estava aumentando? Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 19 DIFERENCIAIS DIFERENCIAIS Questões em que se deseja estimar a variação da variável dependente correspondendo a uma pequena mudança da variável independente, ocorrem em muitas aplicações da vida real. Por exemplo: um economista deseja saber como um pequeno aumento do gasto de certo país afetará o produto interno bruto. Para calcular essas variações e estimar seus efeitos, usamos a diferencial de uma função. Seja 𝑥 uma quantidade variável e suponha que 𝑥 varie de 𝑥 a 𝑥2. Essa variação em 𝑥 é chamada incremento de 𝑥 e é denotada pelo símbolo Δ𝑥 (leia-se “delta x”). Assim, Δ𝑥 = 𝑥 − 𝑥 Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 20 DIFERENCIAIS Diferenciais Podemos obter, de uma maneira relativamente rápida e simples, uma aproximação para Δ𝑦, a variação em 𝑦 devido a uma pequena variação Δ𝑥, examinando o gráfico da função 𝑓 mostrada na Figura abaixo. Observe que próximo ao ponto de tangência P, a reta tangente T está próxima do gráfico de 𝑓. Assim, se Δ𝑥 é pequeno, então 𝑑𝑦 é uma boa aproximação de Δ𝑦. DIFERENCIAIS Diferenciais Podemos encontrar uma expressão para 𝑑𝑦 como se segue: note que a declividade de T é dada por 𝑉𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 No entanto, a declividade de T é dada por 𝑓′(𝑥). Portanto, temos 𝑑𝑦 Δ𝑥 = 𝑓′(𝑥) ou seja, 𝑑𝑦 = 𝑓 𝑥 Δ𝑥. Assim, temos a aproximação Δ𝑦 ≈ 𝑑𝑦 = 𝑓 (𝑥)Δ𝑥 em termos da derivada de 𝑓 no ponto 𝑥. A quantidade 𝑑𝑦 é chamada diferencial de 𝑦. Matemática I Profa. Fádua Ferreira Derivação 21 DIFERENCIAIS Diferenciais Seja 𝑦 = 𝑓(𝑥) uma função diferenciável de 𝑥. Então, 1. A diferencial 𝑑𝑥 da variável independente 𝑥 é 𝑑𝑥 = Δ𝑥. 2. A diferencial 𝑑𝑦 da variável dependente 𝑦 é 𝑑𝑦 = 𝑓 𝑥 Δ𝑥 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 Observação: 1. Para a variável independente 𝑥: não existe diferença entre Δ𝑥 e 𝑑𝑥 — ambas medem a variação em 𝑥 de 𝑥 a 𝑥 + Δ𝑥. 2. Para a variável dependente 𝑦: Δ𝑦 mede a variação real em 𝑦 quando 𝑥 varia de 𝑥 a 𝑥 + Δ𝑥, enquanto 𝑑𝑦 mede a variação aproximada em 𝑦 correspondente à mesma variação de 𝑥. 3. A diferencial 𝑑𝑦 depende de 𝑥 e 𝑑𝑥, mas para 𝑥 fixado, 𝑑𝑦 é uma função linear de 𝑑𝑥. PRÓXIMA AULA: 2ª AVALIAÇÃO
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