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Apostila Planejamento e Avaliação 
de Políticas Públicas 
 
 
Conteúdo 
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Questões Comentadas 
+ 
Questões Gabaritadas 
 
Carta ao Leitor 
Concurseiros de serviço social elaboramos esse material sobre o 
tema: Planejamento e Avaliação de Políticas Sociais Assistentes 
Sociais. Esse conteúdo é sempre cobrado nos concursos de serviço 
social, dessa forma esse material auxiliará em sua aprovação. 
Concurseiros pedimos que não compartilhe esse material, nem com 
FINS LUCRATIVOS e nem SEM FINS LUCRATIVOS, esse 
material é protegido pela lei de direitos autorais, dessa forma a 
reprodução dele a terceiros sem a devida autorização do grupo 
concurseiros de serviço social, constitui-se crime e quem o pratica 
está sujeito as penalidades legais. 
Esperamos que esse material te ajude em sua aprovação. Conheça 
também os nossos outros materiais, temos certeza que vários 
deles poderão te ajudar, estamos enviando uma lista de 
nossos materiais para você. 
Concurseiro caso necessite tirar alguma dúvida, ou fazer alguma 
reclamação, sugestão etc, entre em contato conosco e teremos 
prazer em auxiliá-lo. 
 
 
REDES SOCIAIS 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
1. Planejamento e Avaliação nas competências e atribuições 
Profissionais 
Planejamento 
2. Planejamento: Definição 
3. Dimensões do Planejamento 
4. Planejamento: Fases metodológicas 
5. Planificação 
6. Noções de Eficiência, Eficácia e Efetividade 
7. Planejamento Estratégico 
Avaliação de Políticas Sociais 
8. Histórico 
9. Definição 
10. Metodologia 
11. Critérios de Avaliação 
12. Modalidades de Avaliação 
13. Avaliação X Pesquisa 
14. Tipos de Avaliação 
15. Avaliação Participativa 
16. Indicadores Sociais 
17. Monitoramento 
Questões Comentadas 
Questões Gabaritadas 
 
 
1. Planejamento e Avaliação nas competências e atribuições 
Profissionais 
Como competência do assistente social 
Art. 4° Lei 8.662/93 
 I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos 
da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e 
organizações populares; 
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que 
sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade 
civil; 
 VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais; 
 VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a 
análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais 
Como atribuição privativa do assistente social 
Art. 5° Lei 8.662/93 
 I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, 
planos, programas e projetos na área de Serviço Social; 
 II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de 
Serviço Social; 
 
 
Planejamento 
2. Planejamento: Definição 
De acordo com Myrian Veras Baptista o Planejamento na perspectiva 
lógico-racional diz respeito a um processo permanente e metódico de 
abordagem racional e científica de questões que se colocam no mundo social. 
“Refere-se, ao mesmo tempo à seleção das atividades necessárias para 
atender questões determinadas e à otimização seu inter-relacionamento, 
levando em conta os condicionantes impostos a cada caso; diz respeito, 
também, à decisão sobre os caminhos a serem percorridos pela ação e às 
providências necessárias à sua adoção, ao acompanhamento da execução, ao 
controle, à avaliação e à redefinição da ação” (BAPTISTA, 2007, p.13) 
Segundo Matus (apud Baptista, 2007) “o planejamento não é mais que a 
tentativa de viabilizar a intenção que o homem tem de governar a si próprio 
e ao futuro: de impor as circunstâncias a força da razão humana”. Neste 
enfoque o planejamento é a ferramenta para pensar e agir dentro de uma 
sistemática analítica própria, estudando as situações, prevendo seus limites 
e possibilidades, propondo-se objetivos, definindo-se estratégias”. 
Para Tragtenberg apud Baptista (2007, p.15) “o planejamento enquanto 
instrumento de decisão aparece ligado à modernidade, à revolução econômico-
social, às mudanças ideológicas e de estrutura de poder. 
 
3. Dimensões do Planejamento 
A partir da análise do processo de planejamento distingue-se quatro 
dimensões: 
 
 
 
Dimensão Racional 
A dimensão da racionalidade norteia-se pela natureza humana de sempre 
estar planejando mesmo sem se aperceber. A dimensão racional do 
planejamento determina a divisão desse processo em fases metodológicas. 
Dimensão Política 
A dimensão política do planejamento decorre do fato de que ele é um processo 
contínuo de tomada de decisões, o que caracteriza ou envolve uma função 
política, seja da área governamental, seja da área privada. 
Os momentos específicos de tomada de decisão ocorrem por ocasião da 
definição de objetivos e metas, da escolha de prioridades e alternativas de 
intervenção, de modificação nos níveis e/ou na composição de recursos, de 
distribuição de responsabilidades, etc. 
Nessa dimensão do processo de planejamento, cabe ao técnico o 
equacionamento e a operacionalização das opções assumidas pelo centro 
decisório. 
Dimensão Valorativa 
A dimensão valorativa ou ética decorre do fato do mesmo favorecer o 
desenvolvimento de uma tecnologia que, se por um lado, possibilita soluções 
científicas para os problemas de uma sociedade em permanente mudança, por 
outro lado, viabiliza a centralização do poder e o aumento de sua eficácia 
controladora. Envolve ainda, opções valorativas de conteúdo ético, uma vez 
que, envolve decisões sobre alternativas de intervenção propositadas em 
situações presentes, tendo em vista a mudança da situação futura 
determinados grupos sociais, os quais nem sempre tem acesso a essas 
decisões ou nelas influenciam. 
 
 
Essa perspectiva evidencia a necessidade do planejador ter presente, ao 
realizar seu trabalho, as ideias e o sistema de valores subjacentes as 
decisões norteadoras do planejamento e, ao mesmo tempo, procurar 
compreender a realidade em seu contexto mais universal. Determina, ainda, a 
necessidade de uma análise crítica do significado e das decorrências das 
novas propostas para aqueles que estiverem sob seu raio de influência e a 
importância da participação dos mesmos no processo decisório. 
Dimensão Técnico-administrativa 
Sob o aspecto administrativo, o planejamento é constituído pelas atividades 
que imprimem organização a ação, e que são realizadas pelos órgãos 
executores da política e da programação adotada. 
A organização técnico-administrativa da ação planejada pressupõe uma 
montagem que pode abranger diferentes níveis e setores, a partir da linha 
mestra da política de ação, que deve servir de base a todos os níveis de 
decisão. 
4. Planejamento: Fases metodológicas 
A Dimensão Racional do planejamento determina a organização desse 
processo em fases metodológicas. 
 
 
Estas operações se inter-relacionam em um processo dinâmico e 
contínuo, como representado abaixo: 
 
 
 
Reflexão 
Diz respeito ao conhecimento dos dados, à análise e escolha das alternativas, 
à superação e reconstrução de conceitos e técnicas de diversas disciplinas 
relacionadas com a explicação e quantificação dos fatos. 
Decisão 
Que se refere à escolha de alternativas, à determinação dos meios, à 
definição dos prazos e etc. 
Ação 
Relacionada à execução das decisões. É o foco central do planejamento. 
Orienta-se por momentos que a antecedem e é subsidiada pelas escolhas 
efetivadas na operação anterior quanto aos necessários processos de 
organização. 
Retomada de Reflexão 
Operação de crítica dos processos e dos efeitos da ação planejada, com vistas 
ao embasamento de ações posteriores. 
A análise desse processo leva-nos a identificar nessa dimensão de 
racionalidade a dimensão político-decisória que dá suporte ético-político à sua 
ação técnico-administrativa. 
O Planejamento como processo político 
Segundo Baptista(2007, p.17-18) “tradicionalmente, ao se tratar de 
planejamento a ênfase era dada aos seus aspectos técnicos, a ênfase era dada 
aos seus aspectos técnico-operativos, desconhecendo no seu processamento, 
as tensões e pressões embutidas nas relações dos diferentes sujeitos 
políticos em presença. Hoje tem-se clareza de que, para que o planejado se 
 
efetive na direção desejada, é fundamental que, além do conteúdo tradicional 
de leitura da realidade para o planejamento da ação, sejam aliados à 
apreensão das condições objetivas, o conhecimento e a captura das condições 
subjetivas do ambiente em que ela ocorre: o jogo de vontades políticas dos 
diferentes grupos envolvidos, a correlação de forças, a articulação desses 
grupos, as alianças ou as incompatibilidades existentes entre diversos 
segmentos”. 
 
Equacionamento 
Segundo Myrian Veras Baptista (2007, p.21) corresponde ao conjunto de 
informações significativas para a tomada de decisões, encaminhadas pelos 
técnicos de planejamento aos centros decisórios. 
Decisão 
 
Segundo Myrian Veras Baptista (2007, p.21) corresponde às diferentes 
escolhas necessárias no decorrer do processo. 
Operacionalização 
Segundo Myrian Veras Baptista (2007, p.23) a operacionalização relaciona-
se ao detalhamento das atividades necessárias a efetivação das decisões 
tomadas, cabendo aos técnicos sua consubstanciação em planos, programas, 
programas e projetos, e, na ocasião oportuna, em sistematização das medidas 
para sua implementação. 
Ação 
Segundo Myrian Veras Baptista (2007, p.24) refere-se ás providências que 
transformarão em realidade o que foi planejado 
O Planejamento enquanto processo técnico-político “ se realiza a partir de 
aproximações, que tem como centro de interesse a situação delimitada como 
objeto de intervenção. Essas aproximações consubstanciam o método e 
ocorrem em todos os tipos e níveis de planejamento”. (BAPTISTA, 2007, 
p.27). 
Quadro Síntese 
Processo Racional Fases Metodológicas Documentação 
Decorrente 
REFLEXÃO (RE) construção do 
objeto 
Estudo de Situação 
Estabelecimento de 
Prioridades 
Propostas Alternativas 
Proposta Preliminar 
Diagnóstico 
Estudo de Viabilidade 
Anteprojetos 
 
DECISÃO Escolha de Prioridades 
Escolha de alternativas 
Definição de objetivos 
e metas 
Planos 
Programas 
Projetos 
AÇÃO Implementação 
Implantação 
Execução 
Controle 
Roteiros 
Rotinas 
Normas/Manuais 
Relatórios 
RETOMADA DE 
REFLEXÃO 
Avaliação 
Retomada do processo 
Relatórios Avaliativos 
Novos planos, 
programas e projetos 
Quadro: Elaboração de Myrian Veras Baptista (2007, p.29) 
Implementação x Implantação 
Implementar segundo Baptista (2007, p.103) significa tomar providências 
concretas para a realização de algo planejado. Pode ser considerada como a 
busca, formalização e incorporação de recursos humanos, físicos, financeiros 
e institucionais que viabilizem o projeto, bem como a instrumentalização 
jurídico-administrativa do planejamento. 
Áreas de atuação: 
 Política 
 Administrativa 
 Provimento de Recursos (financeiros, humanos e materiais) 
Implementar, portanto, diz respeito a busca das condições objetivas 
necessárias para a viabilização do que foi planejado, ação realizada para que 
o plano seja executado na realidade. 
 
Implantar (Executar) é segundo Baptista (2007, p.103) o momento do 
processo no qual a ideia antecipada no pensamento e explicitada na 
planificação transforma-se em ação efetiva. A implantação é a operação, nos 
espaços e nos prazos determinados, das ações previstas no planejamento, das 
ações previstas no planejamento. Diz respeito a efetivação na ação daquilo 
que foi planejado. Nesta fase se dá a instalação e o funcionamento do 
empreendimento. 
 
Fases Metodológicas segundo Danilo Gandin (1994) 
 
Marco Referencial 
O que queremos alcançar? 
 Marco Situacional 
 Marco Doutrinal 
 Marco Operativo-Diagnóstico 
 
A que distância estamos do que queremos alcançar? 
Programação 
O que faremos em que prazo para diminuir a distância? 
5. Planificação 
Processo de sistematização das decisões em documentos específicos. No 
processo de planejamento é o momento da elaboração de planos, programas e 
projetos. De acordo com Baptista (2007, p.97) ela “é realizada no momento 
em que, após a tomada de um conjunto de decisões, definidas em face de uma 
realidade determinada, inicia-se o trabalho de sistematização das atividades 
e dos procedimentos necessários para o alcance dos resultados previstos. 
Essas decisões são explicitadas, sistematizadas, interpretadas e detalhadas 
em documentos que representam graus decrescentes de níveis de decisão: 
planos, programas e projetos. Nesse momento também ocorre um processo 
de negociação das propostas nele contidas. 
 
 
Plano, Programas e Projetos 
Documentos que representam níveis decrescentes de decisão que se 
relacionam e se diferenciam quanto ao âmbito, grau de agregação de variáveis 
e detalhamento. 
Plano 
Deve ser formulado de forma clara e simples, a fim de nortear os demais 
níveis de propostas, sendo tomado como um marco de referência para estudos 
setoriais e/ou regionais, com vistas à elaboração de programas e projetos 
específicos. É tomado como um marco de referência para estudos setoriais 
e/ou regionais, com vistas à elaboração de programas e projetos específicos, 
dentro de uma perspectiva de coerência interna da organização e externa em 
 
relação ao contexto no qual ela se insere. No plano são sistematizados e 
compatibilizados recursos e metas, procurando otimizar o uso dos recursos 
da organização planejadora. 
Componentes Estruturais do Plano segundo Lozzano e Martin (apud 
BAPTISTA, 2007, p. 99-100): 
 A síntese dos fatos e necessidades que o motivam e da importância da 
problemática para a instituição e para os grupos sociais que se 
beneficiarão do planejamento, fundamentado nela a formulação dos 
objetivos amplos da organização planejadora; 
 A formulação explícita da política de prioridades e as razões para a 
escolha, destacando aspectos de viabilidade institucional, política, 
administrativa e técnica; 
 O quadro ordenado, por itens, das mudanças a operar, quanto à 
expansão de diferentes níveis e modalidades de ação da organização, à 
estrutura e ao conteúdo dos setores e dos níveis de rendimento 
previstos; 
 O quadro cronológico das metas ou resultados a atingir ao término do 
período ou das etapas previstas; 
 Os tipos e a magnitude de recursos humanos, físicos e instrumentais 
indispensáveis, acompanhados, sempre que possível, de cronograma dos 
momentos de disponibilidade; 
 O volume e a composição das inversões e gastos para todo o período e 
para cada fase; 
 A especificação das fontes e/ou modalidades de financiamento; 
 A previsão de mudanças legais, institucionais e administrativas 
indispensáveis para sua viabilidade; 
 
 Atribuição das responsabilidades de execução, de controle e de 
avaliação dos resultados. Na medida em que o âmbito do plano abrange 
as execuções nos níveis de programa e projeto, o controle e avaliação 
da execução estão condicionados a um sistema de organização que 
permita o acompanhamento dos diferentes níveis de ação. 
Programa 
É, basicamente, um desdobramento do plano: os objetivos setoriais do plano 
irão constituir os objetivos gerais do programa. Permite projeções mais 
detalhadas à base de coeficientes e de informações mais específicas com 
relação aos diferentes níveis e modalidades e especificações de alcance 
setorial ou regional. 
Elementos Básicos do Programa (Baptista, 2007, p. 100-101) 
 A síntese das informações sobre a situação a ser modificada com a 
programação; 
 A formulação explícita das funções efetivamente consignadas aos 
órgãos e/ou serviços ligados ao programa, com responsabilidade em sua 
execução; 
 A formulação de objetivos gerais e específicos em seu nível e 
explicitaçãode sua coerência com as políticas, diretrizes e objetivos 
da organização e de sua relação com os demais programas de mesmo 
nível; 
 A estratégia e a dinâmica de trabalho a serem adotadas para a 
realização do programa; 
 As atividades e os projetos que comporão o programa, suas atividades 
e os projetos que comporão o programa, suas inter-relações, incluindo 
a apresentação sumária de seus objetivos e de suas ações; 
 
 Os recursos humanos físicos e materiais a serem mobilizados para a 
sua realização; 
 A explicitação das medidas administrativas necessárias para sua 
implantação e manutenção. 
Projeto 
É a unidade elementar do processo sistemático de racionalização das 
decisões. Constitui-se da proposição de produção de algum bem ou serviço 
com emprego de técnicas determinadas, com o objetivo de obter resultados 
definidos em um determinado período de tempo e de acordo com um 
determinado limite de recursos. 
Qualidades esperáveis do projeto, segundo Baptista (2007, p. 102) 
 Simplicidade e clareza na redação; 
 Disposição gráfica adequada; 
 Clareza e precisão nas ilustrações 
 Objetividade e exatidão nas informações, na terminologia e nas 
especificações técnicas; 
 Suficiência e Precisão: como guia para a ação, o projeto requer 
descrição adequada de cada operação; 
 Abrangência, ou seja, o projeto deve se referir de forma exaustiva a 
todos os aspectos da estrutura da questão a que se destina; 
 Ser compatível e coerente em suas relações entre as partes e em suas 
relações com os outros níveis da programação; 
 Ter relação visível entre as operações previstas e o alcance dos 
resultados desejados, expressos nos objetivos; 
 Apresentar limitação temporal e espacial 
 
O Plano é o documento que expressa o maior nível de agregação de decisões, 
e o projeto, por sua vez, apresenta o menor nível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Projeto possui o maior grau de detalhamento, o plano, por sua vez possui o 
menor nível de detalhamento.
 
De acordo com Myrian Veras Baptista (2007, p.98) “ quando o documento se 
refere a propostas relacionadas à estrutura organizacional por inteiro, 
consubstancia um plano; quando se dedica a um setor, a uma área ou a uma 
região, caracteriza-se como um programa; e, quando se detém no 
detalhamento de alternativas singulares de intervenção, é propriamente um 
projeto. O que significa que quanto maior o âmbito e menor o detalhe 
referido, mais o documento se caracteriza como um plano. Quanto menor o 
âmbito e maior o grau de detalhamento, mais ele tem características de 
projeto”. 
 
 
 
De acordo com Teixeira (2009) “ o planejamento é muitas vezes confundido 
com o plano, programa ou projeto, os quais são apenas os meios pelos quais o 
planejamento se expressa”. 
Teixeira (2009) estabelece a seguinte diferenciação entre planos, programas 
e projetos: 
Plano 
 É o documento mais abrangente e geral, que contém estudos, análises 
situacionais ou diagnósticos necessários à identificação dos pontos a serem 
atacados, dos programas e projetos necessários, dos objetivos, estratégias 
e metas de um governo, de um Ministério, de uma Secretaria ou de uma 
Unidade. 
Programa 
É o documento que indica um conjunto de projetos cujos resultados permitem 
alcançar o objetivo maior de uma política pública. 
Projeto 
É a menor unidade do processo de planejamento. Trata-se de um instrumento 
técnico-administrativo de execução de empreendimentos específicos, 
direcionados para as mais variadas atividades interventivas e de pesquisa no 
espaço público e no espaço privado. 
 
 
 
 
 
Aspectos em comum segundo Friedmann 
 
Friedmann (1960) destaca que Plano, programa e projeto apresentam três 
dimensões essenciais para sua organização segundo a ordem necessária para 
sua efetivação, com previsão de correspondências interdependências e 
subordinação. 
DICA PARA CONCURSO 
Dentro do tema planejamento os concursos costumam cobrar bastante 
questões relacionadas a planificação. Estes, em sua maioria, exigem do 
candidato que este saiba diferenciar as definições dos documentos. 
 
Quando se tratar de um plano a questão pode trazer expressões como: 
grandes linhas; estudos situacionais; diagnósticos; grande âmbito de 
atuação. 
 Quando se tratar de um programa a questão pode trazer expressões 
como: 
Setorização; Desdobramento do plano; Âmbito de atuação e grau de 
detalhamento intermediário. 
 Quando se tratar de um projeto a questão pode trazer expressões 
como: 
Menor unidade do planejamento; instrumental mais próximo da 
execução. 
 
6. Noções de Eficiência, Eficácia e Efetividade 
 
 
 
 DICA PARA CONCURSO 
As questões de concurso envolvendo as noções de eficácia e efetividade 
basicamente trocam as definições, por isso é importante estabelecer 
palavras ou expressões chaves: 
Eficiência – A questão pode trazer expressões como: 
Ausência de desperdícios; uso econômico dos recursos; menor quantidade 
de recursos para produzir mais resultados; fazer as coisas de maneira 
adequada 
Eficácia – A questão pode trazer expressões como: 
Capacidade de realizar objetivos; fazer as coisas certas 
Efetividade - A questão pode trazer expressões como: 
Impacto; mudança na realidade social. 
Exemplo de questão (TJ-MA, IESES, 2009) 
Os critérios mais usuais de avaliação de uma ação planejada estão 
relacionados com a eficiência, a eficácia e a efetividade. Considere a 
resposta que materializa o conceito de eficiência. 
a) A eficiência deve analisar a adequação da ação para o alcance dos 
objetivos e das metas previstos no planejamento e o grau que os mesmos 
foram ou não alcançados. 
b) A eficiência diz respeito ao estudo dos impactos, verificação dos 
objetivos e avaliação dos impactos financeiros. 
c) A eficiência diz respeito, mais propriamente, ao estudo do impacto 
planejado sobre a situação e à adequação dos objetivos definidos. 
d) A eficiência incide diretamente sobre a ação desenvolvida. Tem por 
objetivo reestruturar a ação para obter, ao menor custo e ao menor 
esforço, melhores resultados. 
 
Resposta letra D. A noção de eficiência está relacionada a ideia de custo 
diz respeito a capacidade de utilizar produtivamente os recursos. 
Letra A – A definição diz respeito a eficácia 
Letra B - A definição diz respeito a efetividade 
Letra C - A definição diz respeito a efetividade 
 
7. Planejamento Estratégico 
O planejamento estratégico é um estudo exploratório-descritivo 
acerca do referencial teórico-metodológico, de grande importância para a 
atuação do assistente social. 
 Orientar e presidir as principais decisões de uma organização; 
 Estabelecer os propósitos da organização; 
 Definir os domínios de atuação da organização; 
 Otimizar oportunidades e forças; 
 Minimizar e eliminar ameaças e fraquezas; 
 Diferenciar as tarefas gerenciais dos vários níveis hierárquicos da 
organização. 
O Planejamento estratégico segundo Teixeira (2009) “vem sendo entendido 
como a forma contemporânea de planificação”, na medida em que se 
desvaloriza o planejamento normativo buscando-se a superação do “enfoque 
de técnicas ou métodos, que, por si só, não permitia refletir e encaminhar 
ações no campo da estratégia política de gestão. Absorver a noção de 
estratégia implica, no caso das instituições governamentais e não 
governamentais, absorver um sentido político para a gestão pública, 
concebendo-se a unidade a ser gerida como uma unidade plural (não 
consensual), onde a inconformação está presente e a utopia é o horizonte. 
 
Além disso, a sociedade a quem se destinam as ações planejadas é também 
uma sociedade plural e multiétnica”. 
Atualmente, “enfrentando e absorvendo todas as críticas, retoma-se o 
planejamento para desvendar algumas de suas faces ocultas e de suas 
armadilhas, muito claras no planejamento tradicional, como o mito do 
instrumental técnico neutro, o mito do técnicoplanejador, o mito da previsão 
do futuro, etc., para inscrevê-lo como um exercício de liberdade e 
participação, necessário aos que governam e aos que não governam. É 
instrumento dos que querem tornar-se sujeitos e construir o presente e o 
futuro desde já, dos que não querem sucumbir às forças do acaso ou do 
mercado, ou à vontade estranha, ou aos desígnios dos donos do poder. O 
planejamento contemporâneo põe, claramente, no âmago de sua reflexão, o 
papel da estratégia no processo de tomada de decisões compartilhadas. 
Sendo válido destacar que “a categoria ‘estratégia’, além de conferir um 
sentido político para a gestão pública e para o planejamento, resgata a noção 
de combate”. 
Procedimentos relacionados ao ato de planejar: 
 Identificação do “terreno” ou “cenário” em que se desenvolverá a ação 
e suas tendências. 
 Identificação de “aliados”, “oponentes”, “interessados”, “neutros” e, 
em alguns casos, até “inimigos”, mapeando a natureza e consistência de 
seus vínculos. 
 Identificação do perfil das forças em confronto, seus recursos, suas 
técnicas, suas alianças (em magnitude e qualidade), sua capacidade 
operacional. 
 Identificação do tempo disponível (de luta). 
 
Planejamento Estratégico Situacional 
No Planejamento estratégico situacional formula-se o conceito de momentos 
para superar a ideia de “etapas”, considerada rígida, colocando o 
planejamento a partir de um enfoque dinâmico do seu processo. Desse modo 
se caracteriza pela permanente interação de seus momentos que são 
constantemente retomados. O Método PES prevê quatro momentos (Matus, 
1993, 1994) para o processamento técnico-político dos problemas: os 
momentos explicativo, normativo, estratégico e tático-operacional. 
 
 
Momento Explicativo 
O momento explicativo equivale ao diagnóstico no planejamento normativo, 
sendo o momento de identificação, seleção (valorando, priorizando e 
escolhendo), descrição e explicação dos problemas, com a apresentação dos 
nós críticos. Sendo o Nó crítico a causa do problema. 
Momento Normativo 
 
É o desenho do deve ser, uma definição de como se acredita que deveria ser 
a realidade. Nesse momento o mais importante é estabelecer objetivos em 
relação a cada problema ou grupo de problemas. E na medida em que se 
estabeleceu os objetivos, devem-se estabelecer as metas e as linhas de ação 
para cada objetivo especifico. Ainda nesse momento são identificados e 
quantificados os recursos necessários a consecução das ações. 
Momento Estratégico 
Nesse momento realiza-se a análise de como as operações necessárias poder 
conflituosas do ponto de vista político, as exigências que podem ser impostas 
do ponto de vista econômico, ou, ainda se apresenta grandes demandas de 
tecnologia de elevada complexidade. As reflexões realizadas objetivam a 
construção da viabilidade para as proposições decorrentes do momento 
normativo. 
Momento Tático-Operacional 
Para Matus o plano se completa na ação. Apenas a ação muda a realidade e 
este agir faz parte do plano. Este é momento de executar o que foi planejado. 
É também o momento de monitorar as operações e avaliar continuamente. 
Momentos do Planejamento Estratégico na perspectiva prática 
Momento Explicativo 
Análise dos limites e possibilidades do ambiente externo e interno; 
identificação e seleção de problemas estratégicos, montagem de fluxos de 
explicação dos problemas, construção da árvore de resultados, a partir de 
uma situação-objetivo (o que se pretende alcançar) 
Momento Operacional 
Desenvolver ações como solução para cada Nó Crítico, desenho das 
operações que serão realizadas, definindo para cada uma dessas operações 
 
os recursos necessários, produtos esperados, resultados previstos, 
construção dos cenários possíveis onde o plano será executado, analisar a 
trajetória conjunto das operações em cada cenário e tentar reduzir a 
vulnerabilidade do plano. 
Momento Estratégico 
Análise dos atores envolvidos no Plano (seus interesses, motivações e poder 
em cada uma das operações e cenários imaginados), definição da melhor 
estratégia. Estabelecer um programa direcional para o plano, construir 
viabilidade estratégica para alcançar a Situação-objetivo 
Momento Tático-operacional 
Debate sobre as formas organizativas, cultura organizacional e modus 
operandi com vistas a garantia da execução do Plano. Temas desse momento 
(funcionamento da agenda de direção, sistema de prestação de contas, 
participação dos envolvidos, gerenciamento do cotidiano, sala de situações, 
análise sistemática da conjuntura). 
Exemplo de Questão sobre o Planejamento Estratégico Situacional em 
sua perspectiva prática. (INSS, 2016, Cespe/UNB 
Na perspectiva do planejamento estratégico situacional, o momento 
explicativo é representado pelo desenho de ações ou projetos específicos 
e pela definição dos produtos e resultados esperados. 
ERRADO. A questão descreve as ações realizadas no Momento Operacional 
e não as do Momento Explicativo que seriam: visualização dos limites e 
possibilidades tanto no ambiente interno quanto externo, identificação, 
seleção e explicação dos problemas, construção da árvore de resultados 
baseada no vislumbre da realidade que se deseja atingir) 
 
 
 
As quatro premissas do planejamento estratégico situacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação de Políticas Sociais 
8. Histórico 
A avaliação de programas públicos e em particular de programas sociais, 
historicamente não se apresentou como uma preocupação do Estado. Os 
estudos para as melhorias técnicas das políticas públicas sempre estiveram 
mais voltados para o processo de planejamento do que para a implementação 
e avaliação. No entanto, com a crise dos anos 1980 as mudanças estruturais 
ocorridas em 1990 e com isso a agudização dos problemas sociais colocou-se 
“a necessidade crucial e urgente de se obter maior eficiência e maior impacto 
nos investimentos governamentais em programas sociais. A avaliação 
sistemática, contínua e eficaz desses programas pode ser um instrumento 
fundamental para se alcançar melhores resultados e proporcionar uma melhor 
utilização e controle dos recursos neles aplicados, além de fornecer aos 
formuladores de políticas sociais e aos gestores de programas dados 
importantes para o desenho de políticas mais consistentes e para a gestão 
pública mais eficaz”. (COSTA; CASTANHAR, 2003, p. 271) 
9. Definição 
Segundo Costa e Castanhar (2003) a definição de avaliação não apresenta 
grandes divergências, que segundo a UNICEF (1990) “trata-se do exame 
sistemático e objetivo de um projeto ou programa, finalizado ou em curso, 
que contemple o seu desempenho, implementação e resultados, com vistas à 
determinação de sua eficiência, efetividade, impacto, sustentabilidade e a 
relevância de seus objetivos” (COSTA; CASTANHAR, 2003, p. 972). 
Lima Junior et all apud Figueiredo e Figueiredo (1986, p.) define avaliação 
como "a análise crítica do programa (política) com o objetivo de apreender, 
 
principalmente, em que medida as metas estão sendo alcançadas, a que custo, 
quais os processos ou efeitos colaterais que estão sendo ativados (previstos 
ou não previstos, desejáveis ou não desejáveis) indicando novos cursos de 
ação mais eficazes" 
Segundo Aguilar e Ander-Egg (1994), a avaliação é uma forma de pesquisa 
social aplicada, sistemática, planejada e dirigida; destinada a identificar, 
obter e proporcionar de maneira válida e confiável dados e informações 
suficientes e relevantes para apoiar um juízo sobre o mérito e o valor de 
diferentes componentes de um programa (tanto na fase de diagnóstico, 
programação e execução) ou de um conjunto de atividades específicas que se 
realizam, foram realizadas ou se realizarão, com o propósito de produzir 
efeitos e resultados concretos; comprovando a extensão e o grau em que se 
deram estas conquistas, de tal forma que sirva de base ou para a tomadade 
decisões racional e inteligente entre cursos de ação, ou para solucionar 
problemas e promover o conhecimento e a compreensão dos fatores 
associados ao êxito ou fracasso de seus resultados. 
10. Metodologia 
Segundo Figueiredo e Figueiredo (1986) a avaliação utiliza os métodos 
próprios da pesquisa social, destacadamente: 
 Pesquisa de populações por amostragem; 
 Análise de dados agregados; 
 Análise de conteúdo; 
 Observação participante. 
A ESCOLHA DO MÉTODO: Condicionada aos objetivos da avaliação. 
A ênfase encontra-se no estabelecimento de CONEXÕES LÓGICAS entre: 
Os objetivos da avaliação, os critérios de avaliação e os modelos analíticos. 
Tais conexões devem ser capazes de oferecer uma resposta à pergunta: a 
política ou programa social sob observação foi um sucesso ou um fracasso? 
 
11. Critérios da Avaliação 
De acordo com Costa e Castanhar (2003) critérios são medidas de aferição 
dos resultados obtidos, não havendo um consenso na literatura sobre eles. 
Costa e Castanhar (2003) destacam os critérios listados no manual do Unicef 
que são os seguintes: 
 Eficiência 
Significa a menor relação custo/benefício possível para o alcance dos 
objetivos estabelecidos no programa. 
 Eficácia 
Medida do grau em que o programa atinge seus objetivos e metas. 
 Impacto (ou Efetividade) 
Indica se o projeto tem efeitos positivos no ambiente externo em que 
interveio, em termos técnicos, econômicos, socioculturais, 
institucionais e ambientais. 
 Sustentabilidade 
Mede a capacidade de continuidade dos efeitos benéficos alcançados 
através do programa social após o seu término 
 Análise custo-efetividade 
Comparação de formas alternativas da ação social para a obtenção de 
determinados impactos, para ser selecionada, aquela atividade/projeto 
que atenda os objetivos com o menor custo. 
 Satisfação do beneficiário 
Avalia a atitude do usuário em relação a qualidade do atendimento que 
está recebendo do programa. 
 
 
 
 
 Equidade 
Procura avaliar o grau em que os benefícios de um programa estão 
sendo distribuídos de maneira justa e compatível com as necessidades 
do usuário. 
12. Modalidades de avaliação 
 
ASPECTO COMUM: Toda e qualquer avaliação é necessariamente um 
julgamento, consiste em atribuir um valor (positivo ou negativo / aprovando 
ou desaprovando) a partir de um determinado critério de justiça 
estabelecido. 
Avaliação Política 
De acordo com Figueiredo e Figueiredo (1986) por avaliação política entende-
se “ análise ou elucidação do critério ou critérios que fundamentam 
determinada política: as razões que a tornam preferível a qualquer outra: 
Segundo Arretche (2001) nessa modalidade de avaliação pode ser enfatizada 
 
tanto o caráter político decisório que implicou na adoção de uma dada política, 
quanto os valores e critérios políticos identificados. Por não objetivar 
analisar a engenharia institucional nem tampouco os seus resultados prováveis 
essa modalidade de avaliação prescinde do exame da operacionalidade 
concreta ou da implementação do programa sob análise, pois sua análise 
centra-se no exame dos pressupostos e fundamentos políticos de um 
determinado curso de ação pública. 
Análise de Políticas Públicas 
Segundo Arretche (2001) o exame da engenharia institucional e dos traços 
constitutivos dos programas. Qualquer política pública pode ser formulada e 
implementada de diversos modos. A análise de políticas públicas busca 
reconstituir estas diversas características, de forma a apreendê-las em um 
todo coerente e compreensível. Ou melhor dizendo, de forma a dar sentido e 
entendimento ao caráter errático da ação pública 
Avaliação de Políticas Públicas 
Segundo Arretche (2001) ainda que a análise da engenharia institucional 
possa atribuir resultados prováveis a uma dada política pública somente a 
avaliação de política pública pode estabelecer uma relação de causalidade 
entre um dado programa e um dado resultado. 
Particularidade da Avaliação de Políticas Públicas 
Consiste na adoção de métodos e técnicas de pesquisa que permitam 
estabelecer uma relação de causalidade entre um programa x e um 
resultado y, ou ainda, que, na ausência do programa x, não teríamos o 
resultado y. 
 
13. Avaliação x Pesquisa 
 
A avaliação e pesquisa, segundo Faria (2001, p.42) apresentam muitas 
afinidades e podemos mencionar entre outras, o conteúdo substantivo dos 
fenômenos estudados; as técnicas de coleta, organização e análise de dados; 
e a utilização de resultados. 
Especificidades da Avaliação em três dimensões (FARIA, 2001, p.42): 
 Do ponto de vista metodológico 
A avaliação é uma atividade que obtém, combina e compara dados de 
desempenho com um conjunto de metas escalonadas 
 Do ponto de vista de sua finalidade 
A avaliação responde a questões sobre a eficácia/efetividade dos 
programas e, neste sentido, sua tarefa é julgar e informar 
 Do ponto de vista de seu papel 
A avaliação detecta eventuais falhas e afere os méritos dos programas 
durante sua elaboração. Neste sentido, sua tarefa é formativa, 
permitindo a correção ou confirmação de rumos. 
Pesquisas orientadas para decisão Pesquisas orientadas para conclusão 
São aquelas que oferecem subsídios 
para formuladores e 
implementadores de políticas e 
programas. 
São aquelas que surgem do interesse 
teórico dos pesquisadores e têm por 
finalidade primordial submeter à 
prova hipóteses explicativas de 
determinados fenômenos. 
Quadro: elaboração a partir do texto Avaliação de Programas Sociais: Evoluções e 
Tendências de Regina M. Faria (p. 43) 
14. Tipos de Avaliação 
 Tipos de avaliação segundo Figueiredo e Figueiredo (1986) 
 
As pesquisas de avaliação se enquadram em dois tipos básicos: Avaliação 
de Processo e Avaliação de Impactos 
 Avaliação de Processos – Visa a aferição da eficácia, verificar 
em que medida o programa ou projeto está sendo implementado 
de acordo com a diretrizes previamente estabelecidas, o alcance 
das metas. Sua importância deriva da impossibilidade de antever 
os possíveis entraves de uma dada política antes de sua execução 
 
No âmbito da avaliação de processos temos três tipos: 
Avaliação de metas ou resultados; 
Avaliação de meios-metodologia de implantação; 
Avaliação de relação custo/benefício e/ou custo/resultado. 
Avaliação de metas ou resultados; 
A avaliação de metas talvez seja o tipo mais simples e comum, e o mais 
difundido. Em geral é feita pelos próprios órgãos encarregados da execução 
da política. 
O critério de sucesso usado é o da eficácia objetiva, isto é, se as metas 
atingidas são iguais, superiores ou inferiores às metas propostas. O modelo 
analítico empregado para a aferição do sucesso ou fracasso do programa 
consiste em medir se a diferença entre a meta atingida e a proposta está 
dentro de limites toleráveis. Estes limites ditam a faixa do 
sucesso/fracasso da política. 
Avaliação de meios-metodologia de implantação; 
Em pesquisas com este objetivo temos três critérios de eficácia: 
Funcional, Administrativa e Contábil. Quando a intenção da avaliação está 
na moralidade executória, os critérios da eficácia administrativa e 
contábil são os usados. Nestes casos os modelos analíticos de aferição 
 
são os de auditoria. No caso da intenção instrumental o critério adequado 
é o da eficácia funcional, cujos modelos analíticos são construídos para 
aferir se os meios e a metodologia de implantação do programa estão sendo 
empregados de acordo com as estratégias previamente definidas. 
Avaliação de relação custo/benefício e/ou custo/resultado. 
Os estudos de avaliação que visam estabelecer relação ótima entre os 
custos da implantação de uma política e os benefícios derivados de seus 
resultados são efetivamente os menos utilizados na avaliação de políticas 
sociais. 
 
 Avaliação de Impacto - diz respeito aos efeitos do programa 
sobre a população-alvo e tem, subjacente,a intenção de 
estabelecer uma relação de causalidade entre a política e as 
alterações nas condições sociais. 
 Tipos de avaliação segundo Costa e Castanhar (2003) 
 Avaliação de Meta (realização de produção ou de produtos) 
É o tipo mais tradicional e tem como propósito medir o grau de 
êxito que um programa obtém com relação ao alcance de metas 
previamente estabelecidas. 
Metas do programa são os produtos mais imediatos (ou 
concretos) que dele decorrem. 
Essa modalidade de avaliação pressupõe que se atribuam valores 
a um conjunto de metas, definindo-se o êxito relativo do 
programa em função do grau em que tais metas tenham sido 
cumpridas. Trata-se, portanto, de uma avaliação ex-post facto, 
ou seja, requer que o programa (ou uma etapa do mesmo) tenha 
sido concluído para se poder avaliá-lo. 
 
Entre as principais limitações desse tipo de avaliação, pode-se 
citar: a dificuldade de especificar as metas de forma precisa; a 
existência de várias metas; a seleção de metas a serem incluídas 
no processo de avaliação; mudanças nas metas ao longo da 
própria execução do programa. 
 Avaliação de Impacto (alcance do propósito ou missão) 
A avaliação de impacto procura identificar os efeitos produzidos 
sobre uma população-alvo de um programa social. Busca-se 
verificar não apenas se as atividades previstas foram 
executadas, como também se os resultados finais que se 
esperavam foram igualmente alcançados. O foco desse tipo de 
estudo é, em síntese, detectar mudanças nas condições de vida 
de um grupo-alvo ou de uma comunidade, como resultado de um 
programa e em que medida as mudanças ocorreram na direção 
desejada. O problema central a investigar nesse caso é a 
efetividade do programa e, para conseguir esse intento, se 
recorre a mecanismos que permitam estabelecer relações 
causais entre as ações de um programa e o resultado final 
obtido. O objetivo desse tipo de avaliação pode ser definido 
como sendo o de identificar os efeitos líquidos de uma 
intervenção social. À semelhança da avaliação de metas, descrita 
anteriormente, essa abordagem é realizada após o 
encerramento do programa ou de etapas do mesmo. 
 Avaliação de Processos 
Essa modalidade de avaliação investiga de forma sistemática o 
desenvolvimento de programas sociais com o propósito de: medir 
a cobertura do programa social; estabelecer o grau em que está 
alcançando a população beneficiária; e, principalmente, 
 
acompanhar seus processos internos. Seu objetivo é detectar 
possíveis defeitos na elaboração dos procedimentos, identificar 
barreiras e obstáculos à sua implementação e gerar dados 
importantes para sua reprogramação, através do registro de 
eventos e de atividades. Assim, o uso adequado das informações 
produzidas durante o desenvolvimento do programa permite 
introduzir mudanças no seu conteúdo durante a própria 
execução. Ao contrário, portanto, dos enfoques anteriores, essa 
modalidade de avaliação se realiza simultaneamente com o 
desenvolvimento do programa, sendo também chamada de 
avaliação formativa. 
 Tipos de avaliação segundo Marta Arretche (2001) 
 Avaliação de Eficiência 
Entende-se a avaliação da relação entre o esforço empregado na 
implementação de uma dada política e os resultados alcançados 
 Avaliação de Eficácia 
Entende-se a avaliação da relação entre os objetivos e 
instrumentos explícitos de um dado programa e seus resultados 
efetivos. 
A avalição de eficácia é seguramente a mais usualmente aplicada 
nas avaliações correntes de políticas públicas. 
Esse tipo de avaliação pode ser realizada a partir de dois 
enfoques: 
-Metas propostas e metas alcançadas 
-Instrumentos propostos e instrumentos efetivamente 
empregados. 
 Avaliação de Efetividade 
 
Entende-se o exame da relação entre a implementação de um 
determinado programa e seus impactos e/ou resultados, isto é, 
seu sucesso ou fracasso em termos de uma efetiva mudança nas 
condições sociais prévias da vida das populações atingidas pelo 
programa sob avaliação. 
Nas avaliações de efetividade, a maior dificuldade metodológica 
não consiste em distinguir produtos de resultados. De fato, a 
principal dificuldade metodológica consiste precisamente em 
demonstrar que os resultados encontrados (sejam eles no 
sentido do sucesso ou do fracasso) estão causalmente 
relacionados aos produtos oferecidos por uma dada política sob 
análise. Por esta razão, estudos confiáveis sobre efetividade 
dos programas são muito difíceis, e mesmo raros; 
 Tipos de Avaliação segundo Regina M. Faria (2001) 
 O primeiro conhecido como ex-ante, consiste no levantamento 
das necessidades e estudos de factibilidade que irão orientar a 
formulação e o desenvolvimento do programa. Inclui a definição 
de seus objetivos, âmbito de aplicação, caracterização dos 
beneficiários e suas necessidades (p.44); 
 O segundo inclui atividades destinadas ao acompanhamento e 
monitoramento dos programas. Em geral, esse tipo de avaliação 
busca a adequação entre o plano e sua execução. Trata-se de 
avaliar a eficiência. É o fazer certo as coisas certas, posto que 
a atividade de monitoramento permite intervir no processo da 
execução, corrigindo os rumos cada vez que desvios são 
detectados (p.44); 
 O terceiro pode ser identificado como avaliação formativa, 
avaliação de processo ou de eficácia e tem por objetivo fazer as 
 
coisas certas. A essência do trabalho do avaliador é acompanhar, 
observar e testar o ‘desempenho’ do programa para aprimorá-lo. 
Este acompanhamento inclui o diagnóstico das eventuais falhas 
dos instrumentos, procedimentos, conteúdos, bem como da 
adequação do público-alvo e do impacto do programa, 
aumentando sua adequação aos seus objetivos e metas (p.45); 
 O quarto conjunto é identificado como avaliação somativa de 
resultado, ou ex-post. Envolve estudos comparativos entre 
programas rivais, subsidia a decisão e avalia, principalmente a 
maior ou menor efetividade de diferentes ‘tratamentos’ 
oferecidos ao grupo-alvo. Seu objetivo é permitir a melhor 
escolha do programa para alcançar as metas de média e longo 
prazos (p. 45). 
Crítica realizada por Boschetti (2009) 
A autora crítica a grande preocupação de muitos autores em tipificar a 
avaliação e enfatizar os métodos e técnicas adequadas na sua condução 
afirmando que “mais que conhecer e dominar tipos e métodos de avaliação 
ou diferenciar análise e avaliação, é fundamental reconhecer que as 
políticas sociais têm um papel imprescindível na consolidação do Estado 
democrático de direito e que, para exercer essa função, como seu objetivo 
primeiro, devem ser entendidas e avaliadas como um conjunto de 
programas, projetos e ações que devem universalizar direitos. 
Para tanto, toda e qualquer avaliação de políticas sociais (ou de programas 
e projetos) deve se sobrepor à mera composição de técnicas e 
instrumentos, e se situar no âmbito da identificação da concepção de 
Estado e de política social que determina seu resultado”. Afirma ainda que 
essas avaliações com abordagem mais tecnicista, não analisando as políticas 
 
sociais como formas de garantia de direitos e o dever do Estado em sua 
provisão “não consideram que a relação custo-benefício não pode se aplicar 
às políticas sociais públicas com o rigor e intencionalidade com que se aplica 
ao mercado, visto que seu objetivo não é (e não deve ser) o de atender o 
maior número de pessoas com o menor dispêndio e recursos. Ao contrário, 
a avaliação de políticas sociais públicas deve ser orientada pela 
intencionalidade de apontar em que medida as políticas e programas sociais 
são capazes e estão conseguindo expandir direitos, reduzir a desigualdade 
social e propiciar a equidade. 
 
Crítica a abordagem sequencial segundo Boschetti (2009) 
A abordagem sequencial “trata as políticas sociais como um conjunto de 
ações que possuem início, meio e fim, e não como processo de formulação,execução e consolidação de direitos e serviços sociais que devem ser 
permanentes e universais” 
A abordagem sequencial “explica as políticas sociais como sucessão linear 
de ações que, invariavelmente, seguiriam as seguintes etapas: a) 
identificação do problema (construção da agenda com base nas demandas); 
b) formulação de objetivos adaptados ao problema identificado; c) tomada 
de decisão; d) implementação/execução; e) avaliação de processo e/ou 
impacto; f) extinção ou manutenção da política, em decorrência da 
avaliação. Alguns autores consideram que “a abordagem sequencial tem a 
vantagem de propor um quadro de análise simples, que atribui ordem ao 
complexo processo de ações e decisões no campo da formulação, 
implementação e avaliação de políticas sociais, os limites da abordagem 
sequencial, contudo, são muito mais expressivos: a) apresenta visão linear e 
etapista, não considerando a complexidade dos fenômenos sociais e do 
 
processo de construção de respostas às questões sociais; b) postura 
teórica simplista, que concebe as políticas sociais como instrumentos de 
resolução de problemas individuais; c) supervaloriza as funções das 
políticas sociais e desconsidera que o enfrentamento das desigualdades 
sociais é muito mais complexo e se situa no âmbito da estrutura econômica 
e social” (MULLER; SUREL, 1998). 
 
15. Avaliação Participativa 
Segundo Carvalho (2001) o surgimento da avaliação participativa guarda 
estreita vinculação com a pesquisa-ação e, por causa disso apresenta 
propósitos, princípios, procedimentos e estratégias semelhantes as utilizadas 
nesse tipo de pesquisa. Apresenta como eixo metodológico fundante: o 
envolvimento e participação dos formuladores, gestores, implementadores e 
beneficiários no próprio processo avaliativo. 
Apresenta como objetivos centrais: 
 Incorporar os sujeitos implicados nas ações públicas – decisores, 
implementadores, beneficiários e outros agentes sociais envolvidos 
direta ou indiretamente nas decisões e impactos destas ações 
 Desencadear um processo de aprendizagem social 
16. Indicadores Sociais 
Definição 
De acordo com Januzzi (2009, p.22) “os indicadores sociais são medidas 
usadas para permitir a operacionalização de um conceito abstrato ou demanda 
de interesse programático na área social. Os indicadores apontam, indicam, 
aproximam, traduzem em termos operacionais as dimensões sociais de 
 
interesse definidas a partir de escolhas teóricas ou políticas realizadas 
anteriormente. Eles se prestam a subsidiar as atividades de planejamento 
público e a formulação de políticas sociais nas diferentes esferas de governo, 
possibilitam o monitoramento das condições de vida e bem-estar da população 
por parte do poder público e sociedade civil e permitem o aprofundamento da 
investigação acadêmica sobre a mudança social e sobre os determinantes dos 
diferentes fenômenos sociais. Um indicador busca através de um número 
retratar determinado aspecto da realidade social”. 
Costa e Castanhar (2003) trazem algumas exemplificações sobre Tipos de 
Indicadores: 
 Segundo Schwartzman 
 Simples 
Aqueles que são expressos em termos absolutos 
 De desempenho 
Aqueles que requerem um padrão ou um objetivo para 
comparação e são relativos 
 Gerais 
Aqueles que são gerados fora da instituição (ou programa), com 
base em estatísticas gerais ou em opiniões de especialistas 
 Segundo Rob Vos 
 Indicadores de Resultado 
Refletem os níveis de satisfação de necessidades básicas 
alcançados 
 Indicadores de Insumo 
Referem-se aos meios (recursos) disponíveis para se obter um 
determinado padrão de vida. 
 Indicadores de acesso 
 
Identificam os determinantes que permitem tornar efetiva (e 
em que grau) a utilização de recursos disponíveis para atender 
determinadas necessidades básicas. 
 
 Propriedades dos Indicadores 
Relevância para discussão da agenda da política social; 
Confiabilidade dos dados usados na sua construção; 
Validade em representar o conceito indicado; 
Ter um grau de cobertura populacional adequado aos propósitos a que se 
presta; 
Sensibilidade às políticas públicas implementadas; 
Especificidade a efeitos de programas setoriais; 
Inteligibilidade para os agentes e públicos-alvo das políticas; 
 
Comunicabilidade; 
Atualizável periodicamente, a custos factíveis; 
 
Desagregabilidade em termos geográficos, sócio demográficos e 
Socioeconômicos; 
 
Historicidade para possibilitar comparações no tempo. 
 
Quadro: Elaboração a partir do texto de Paulo Januzzi (2012, p. 35) 
17. Monitoramento 
De acordo com Garcia (2000, p.33) monitoramento é o “processo sistemático 
e contínuo que, produzindo informações sintéticas e em tempo eficaz, 
 
permite a rápida avaliação situacional e a intervenção oportuna que confirma 
ou corrige as ações monitoradas” 
Itens Monitoramento Avaliação 
Frequência Regular Episódica 
 
Ação principal Acompanhamento/vigilância Apreciação, 
Julgamento 
Propósito 
Principal 
 
Melhorar eficiência, 
ajustar plano de trabalho 
Melhorar 
efetividade, 
impacto e 
programação futura 
 
Foco Insumos, produtos, processos, 
efeitos, plano de trabalho 
Efetividade, 
relevância, impacto, 
custo- Efetividade, 
 
Fontes de 
informação 
Sistemas regulares, sítios 
sentinelas, observação, 
relatórios progresso, 
apreciações 
As mesmas, mais 
estudos e 
pesquisas 
específicas 
 
Realizados por Gerentes e coord. de 
programas, comunidade 
(beneficiários), supervisores, 
Financiadores. 
 
Gerentes e 
coordenadores de 
programas, 
supervisores, 
 
financiadores, 
avaliadores 
externos, 
comunidade 
(beneficiários) 
 
Informa a Gerentes e coordenadores 
de programas, técnicos e 
comunidade (beneficiários), 
supervisores, financiadores 
 
Gerentes e 
coordenadores 
de programas, 
supervisores, 
financiadores, 
tomadores de 
decisão, 
beneficiários, 
comunidade 
 
FONTE: BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para o monitoramento e avaliação de 
programa 
Tipos de Monitoramento 
 Estratégico – baseado em medidas de desempenho relacionadas ao 
cumprimento da missão institucional 
 Gerencial - voltado ao acompanhamento de metas e prazos de ações 
 Analítico – “exercício sistemático de análise de séries temporais de 
indicadores de esforços e de processos” (JANUZZI, 2011, p.57) 
Conceitos Importantes relacionados a temática da Avaliação 
Abordagem Qualitativa 
 
Busca descrever significados que são socialmente construídos, e por causa 
disso é definida como subjetiva. Apresenta características não 
estruturadas, abordando o contexto e as interações nele estabelecidas. A 
partir da coleta de dados qualitativos obtém-se respostas 
semiestruturadas ou não-estruturadas. As técnicas de análise são 
indutivas, orientadas pelo processo, e os resultados não são generalizáveis. 
A abordagem qualitativa não deve ser confundida com a avaliação da 
qualidade dos serviços que foi desenvolvida por Avedis Donabedian que se 
ancora em dados quantitativos e adota os sete pilares da qualidade: 
otimização, eficácia, efetividade, eficiência, equidade, legitimidade e 
aceitabilidade. 
Abordagem Quantitativa 
Busca descrever significados que são considerados inerentes ao objeto e 
atos, e por causa disso é definida como objetiva. Apresenta como 
característica uma abordagem focalizada, pontual e estruturada, utilizando 
dados quantitativos, sendo a coleta de dados realizada através da obtenção 
de respostas estruturadas. As técnicas de análise são dedutivas e 
orientadas pelos resultados, sendo os resultados generalizáveis. 
Abordagem Pluralista 
É a tendência atual, na medida em que se busca um tipo de avaliação que não 
apenas mensure quantitativamente benefícios ou malefícios de um 
programa ou ação, mas que também qualifique decisões, processos, 
resultados e impactos sociais. (ALMEIDA, 2005). 
Avaliação de DesempenhoRefere-se ao que se faz com relação a uma política, programa ou projeto. 
Compreende dois subtipos: 
 
Desempenho Institucional - tem como finalidade apreciar em que medida 
uma instituição realiza a missão que lhe foi atribuída, mediante a 
consecução dos seus objetivos e o cumprimento de suas metas. 
Desempenho Individual ou Pessoal - destina-se a averiguar em que medida 
cada indivíduo em uma instituição cumpre suas atribuições e contribui para 
o alcance dos objetivos e metas da instituição. Também focaliza a 
produtividade do desempenho pessoal e a qualidade dos serviços prestados. 
(RUA, 2010). 
Avaliação de Marco Zero 
A Avaliação Marco Zero ocorre antes da instalação de um determinado 
programa e serve para orientar a equipe responsável por ele no 
planejamento das ações, garantindo o máximo de proximidade às reais 
necessidades e expectativas dos futuros usuários. Serve também para a 
formação de um banco de dados inicial sobre o contexto e as necessidades 
e condições básicas do público a ser servido pelo programa, que 
possibilitará o estabelecimento de parâmetros para orientar futuras 
comparações dos resultados alcançados pelo programa. (Chianca, Marino e 
Schiesari, 2005) 
Avaliação Matriz 
Destina-se a identificar os pontos fortes e as fraquezas de uma 
intervenção. A informação coletada refere-se ao desenho e implementação 
da política/programa ou projeto, de modo a julgar a sua eficácia. O objetivo 
é verificar se alguma mudança é necessária a fim de aperfeiçoar a 
política/programa/projeto. Pode ser realizada como monitoramento ou a 
posteriori, periodicamente. (RUA, 2010) 
Avaliação Multicêntrica 
 
Corresponde a uma forma de avaliação realizada em diversos locais por meio 
de estudos experimentais, em larga escala, de grandes programas sociais. 
Avaliação por triangulação de métodos 
Os dois aspectos principais são a busca da apreensão das dimensões 
objetivas e subjetivas e a superação da falsa dicotomia entre o sujeito e o 
objeto da pesquisa. Pode combinar métodos e fontes de coleta de dados 
qualitativos e quantitativos (entrevistas, questionários, observação e notas 
de campo, documentos, além de outras), assim como diferentes métodos de 
análise dos dados: análise de conteúdo, análise de discurso, métodos e 
técnicas estatísticas descritivas e/ou inferenciais, etc. Seu objetivo é 
contribuir não apenas para o exame do fenômeno sob o olhar de múltiplas 
perspectivas, mas também enriquecer a nossa compreensão, permitindo 
emergir novas ou mais profundas dimensões. Ela contribui para estimular a 
criação de métodos inventivos, novas maneiras de capturar um problema 
para equilibrar com os métodos convencionais de coleta de dados. 
(MINAYO et all, 2005) 
Marco Lógico 
O marco lógico é uma ferramenta para facilitar o processo de 
conceptualização, elaboração, execução e avaliação de projetos. Seu 
objetivo é dar estrutura ao processo de planejamento e informação 
essencial relativa ao projeto. Pode ser utilizado em todas as etapas de 
preparação do projeto: programação, identificação, orientação, análise, 
apresentação perante os comitês de revisão, execução e avaliação ex-post. 
(BANCO MUNDIAL, 2004). 
 
 
 
Questões Comentadas 
1. Defensoria Pública da União - DPU 2016 Cargo: Analista Judiciário - Área 
Apoio Especializado - Especialidade: Serviço Social Banca: Centro de Seleção 
e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) 
No processo de planejamento, o programa consiste em um documento mais 
abrangente e geral, que contém estudos, análises situacionais ou diagnósticos 
necessários à identificação dos pontos a serem atacados. 
C. Certo 
E. Errado 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: 
O Plano é o documento mais abrangente do processo de planejamento 
Programa é um documento intermediário que expressa a setorização do plano 
Projeto é a menor unidade do processo de planejamento 
 Nível de agregação de decisões (abrangência) 
Plano > Programa > Projeto 
 Nível de detalhamento 
Projeto > Programa > Projeto 
2. Defensoria Pública da União - DPU 2016 Cargo: Assistente Social Banca: 
Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) 
A estratégia incorporada pelo planejamento estratégico relaciona-se à noção 
de mobilização, de negociação, de movimento, de manejo de técnicas e 
recursos e dos meios necessários para se enfrentar uma situação complexa. 
 
C. Certo 
E. Errado 
Gabarito: CERTO 
Comentário: 
Segundo Teixeira (2009, p. 559) O planejamento estratégico absorve a 
categoria estratégia e lhe dá visibilidade por agregar ao processo a noção de 
mobilização, de negociação, de movimento, de manejo de 
técnicas, recursos, enfim, todos os meios táticos para enfrentar os 
oponentes ou uma situação complexa. 
 
 3. Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão - MPOG 2015 Cargo: 
cargo 16 Assistente Social Banca: Centro de Seleção e de Promoção de 
Eventos UnB (CESPE) 
A respeito da avaliação que consta nos processos de planejamento, 
implementação e monitoramento de serviços e instituições, julgue os itens 
que se seguem. 
As avaliações de impacto são consideradas tecnicamente simples, com baixo 
custo e abordam os efeitos de uma intervenção de curto prazo. 
C. Certo 
E. Errado 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: 
Avaliações de impacto são consideradas complexas onde “a principal 
dificuldade metodológica consiste precisamente em demonstrar que os 
 
resultados encontrados (sejam eles no sentido do sucesso ou do fracasso) 
estão causalmente relacionados aos produtos oferecidos por uma dada 
política sob análise. Por esta razão, estudos confiáveis sobre efetividade dos 
programas são muito difíceis, e mesmo raros” (ARRETCHE, 2001). 
4. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) 2008 
Cargo: Atividade Técnica Complexidade Intelectual 
Banca: Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) 
Julgue os itens seguintes, relativos às atividades de avaliação, monitoramento 
e controle de políticas sociais. 
Avaliação e o monitoramento se confundem na medida em que o objetivo de 
ambas se restringe ao estudo dos resultados das atividades de gestão. 
C. Certo 
E. Errado 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: 
 Monitoramento e avaliação são complementares, sendo o monitoramento 
necessário para uma avaliação bem realizada. No entanto, o monitoramento 
não é suficiente para a avaliação, a avaliação precisa de complementação de 
outras fontes. 
 
5. Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão - MPOG 2015 Cargo: 
cargo 16 Assistente Social Banca: Centro de Seleção e de Promoção de 
Eventos UnB (CESPE) 
No que se refere ao planejamento como processo técnico-político, julgue os 
próximos itens. 
 
O plano delineia as decisões de caráter geral do sistema, suas linhas políticas, 
suas estratégias, suas diretrizes e responsabilidades, e o programa é a 
setorização do plano, já que detalha, por setor, a política, as diretrizes e as 
medidas instrumentais. 
C. Certo 
E. Errado 
Gabarito: CERTO 
Comentário: 
 De acordo com Myrian Vera Baptista (2007, p. 99) O Plano delineia as 
decisões de caráter geral do sistema, suas grandes linhas políticas, suas 
estratégias, suas diretrizes e precisa suas responsabilidades. 
O Programa é o documento que detalha por setor, a política, diretrizes, metas 
e medidas instrumentais. É a setorização do plano. 
6. Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão - MPOG 2015 Cargo: 
cargo 16 Assistente Social Banca: Centro de Seleção e de Promoção de 
Eventos UnB (CESPE) 
No que se refere ao planejamento como processo técnico-político, julgue os 
próximos itens. 
A sintonia da gestão pública democrática com o planejamento estratégico 
pode ser explicada pela necessidade de se ultrapassar a democracia 
representativa, combinando-a com a democracia participativa ou direta. 
C. Certo 
E. Errado 
Gabarito: CERTO 
 
Comentário: 
De acordo com Teixeira (2009) O planejamento estratégicovem sendo 
entendido como a forma contemporânea da planificação. Os estudos 
permitiram que a temática do planejamento pudesse ressurgir com renovada 
importância no contexto sociopolítico e institucional, nos níveis local, 
estadual, nacional e mundial, quer no âmbito da Administração Pública, quer 
no do setor privado. Sabe-se que a gestão pública democrática sintoniza com 
o planejamento estratégico. Primeiro, porque tende a romper, nas 
organizações, com as hierarquias verticais rígidas de comando, promovendo 
um tipo de comunicação horizontal intensiva (colegiada). Segundo, porque 
busca ultrapassar a democracia representativa, combinando-a com a 
democracia participativa ou direta. 
 
7. Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão - MPOG 2015 Cargo: 
cargo 16 Assistente Social Banca: Centro de Seleção e de Promoção de 
Eventos UnB (CESPE) 
No que se refere ao planejamento como processo técnico-político, julgue os 
próximos itens. 
O planejamento — como processo permanente e metódico de abordagem 
racional e científica — supõe uma ação contínua sobre um conjunto de 
situações em determinado momento histórico. 
C. Certo 
E. Errado 
Gabarito: CERTO 
Comentário: 
De acordo com Myrian Veras Baptista (2007, p. 13) 
 
O termo “planejamento”, na perspectiva lógico-racional, refere-se ao 
processo permanente e metódico de abordagem racional e científica de 
questões que se colocam no mundo social 
Enquanto processo permanente, supõe ação contínua sobre um conjunto 
dinâmico de situações em um determinado momento histórico. Como processo 
metódico de abordagem racional e científica, supõe uma sequência de atos 
decisórios, ordenados em momentos definidos e baseados em conhecimentos 
teóricos, científicos e técnicos. 
8. Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão - MPOG 2015 Cargo: 
cargo 16 Assistente Social Banca: Centro de Seleção e de Promoção de 
Eventos UnB (CESPE) 
No que se refere ao planejamento como processo técnico-político, julgue o 
próximo item. 
 
Os personagens centrais do processo de planejamento atual, 
diferentemente do planejamento tradicional, são os profissionais 
envolvidos na operacionalização dos planos e projetos. 
Gabarito: ERRADO 
Comentário: 
De acordo com Myrian Veras Baptista "é importante enfatizar que, enquanto 
no planejamento tradicional perdia-se a referência concreta ao sujeito - a 
população entrava como "usuária", "demandante", "clientela", mas nunca como 
ser histórico-, no planejamento agora proposto a população é personagem 
central do processo. (BAPTISTA, 2007, p. 21) 
 
 
9. Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina- TJ-SC 2015 Cargo: 
Assistente Social Banca: Fundação Getúlio Vargas (FGV) 
Segundo Teixeira (2009: 2-3), “(...) a formulação de políticas sociais, com 
as atuais exigências de democratização do espaço público, tende a 
atravessar o espaço estatal e civil da sociedade brasileira, deixando de ser 
cada vez mais decisão adstrita ao âmbito da gestão e do poder. Cabe, 
entretanto, a gestores e técnicos, processar teórica, política e eticamente 
as demandas sociais, dando-lhes vazão e conteúdo no processo de 
planejamento e gestão, orientando a sua formatação e execução. Não 
bastam pronunciamentos políticos gerais e abstratos que afirmem 
intenções sociais. É necessário que sejam materializadas por meio de um 
cuidadoso processo de planejamento institucional, com alcance capilar, 
indicando desde concepções globais até ações (na ponta), de execução de 
políticas públicas.” 
Em consonância com os princípios do Projeto Ético Político hegemônico na 
profissão, o planejamento é legítimo apenas quando é: 
A) um instrumental técnico neutro; 
B) atribuição executada por um técnico governamental; 
C) capaz de prever o futuro; 
D) desenvolvido em instituições públicas; 
E) um exercício de liberdade e participação da sociedade. 
Gabarito: E 
Comentário: 
De acordo com Teixeira (2009) hoje, enfrentando e absorvendo todas as 
críticas, retoma-se o planejamento para desvendar algumas de suas faces 
ocultas e de suas armadilhas, muito claras no planejamento tradicional, como 
o mito do instrumental técnico neutro, o mito do técnico planejador, o mito 
 
da previsão do futuro, etc., para inscrevê-lo como um exercício de liberdade 
e participação, necessário aos que governam e aos que não governam. É 
instrumento dos que querem tornar-se sujeitos e construir o presente e o 
futuro desde já, dos que não querem sucumbir às forças do acaso ou do 
mercado, ou à vontade estranha, ou aos desígnios dos donos do poder. O 
planejamento contemporâneo põe, claramente, no âmago de sua reflexão, o 
papel da estratégia no processo de tomada de decisões compartilhadas. 
10. Tribunal de Justiça do Estado da Bahia – TJ-BA 2015 Cargo: Analista 
Judiciário - Assistente Social Banca: Fundação Getúlio Vargas (FGV) 
Dentre as formas atuais de planificação, o planejamento estratégico é aquele 
que vem sendo defendido no âmbito das políticas públicas porque insere: 
A) uma delimitação entre as instituições e os movimentos sociais; 
B) o instrumental técnico neutro; 
C) uma hierarquização vertical de comando; 
D) a democracia representativa; 
E) um sentido político para a gestão pública. 
Gabarito: E 
Comentário: 
Segundo Teixeira (2009, s/p) absorver a noção de estratégia implica, no caso 
das instituições governamentais e não governamentais, absorver um sentido 
político para a gestão pública, concebendo-se a unidade a ser gerida como uma 
unidade plural (não consensual), onde a inconformação está presente e a 
utopia é o horizonte. Além disso, a sociedade a quem se destinam as ações 
planejadas é também uma sociedade plural e multiétnica. 
Sabe-se que a categoria “estratégia”, além de conferir um sentido político 
para a gestão pública e para o planejamento, resgata a noção de combate. A 
 
partir dela, pode-se reconhecer as instituições como trincheiras específicas 
de luta, naturalmente, com mediações. 
11. Tribunal de Justiça do Estado da Bahia – TJ-BA 2015 Cargo: Analista 
Judiciário - Assistente Social Banca: Fundação Getúlio Vargas (FGV) 
As políticas sociais assumem grande relevância no século XX, com sua 
expansão crescente em termos de direitos para a classe trabalhadora. Nesse 
sentido, para Boschetti (2009), qualquer avaliação de políticas, programas ou 
projetos sociais pelo assistente social deve: 
A) partir de uma equipe multiprofissional apta a verificar cada ângulo da 
política a ser implementada; 
B) processar informações primárias coletadas nos movimentos sociais e 
organizações dos trabalhadores; 
C) contar com um arsenal de técnicas e instrumentos que possibilitem aferir 
a eficácia das políticas; 
D) manter um conjunto de dados cujos vetores indiquem tendências de 
efetividade das políticas; 
E) priorizar a identificação da concepção de Estado e de política social que 
lhe dá substrato. 
Gabarito: E 
Comentário: 
Segundo Boschetti (2009) A avaliação de uma política social pressupõe inseri-
la na totalidade e dinamicidade da realidade. Mais que conhecer e dominar 
tipos e métodos de avaliação ou diferenciar análise e avaliação, é fundamental 
reconhecer que as políticas sociais têm um papel imprescindível na 
consolidação do Estado democrático de direito e que, para exercer essa 
função, como seu objetivo primeiro, devem ser entendidas e avaliadas como 
um conjunto de programas, projetos e ações que devem universalizar direitos. 
 
Para tanto, toda e qualquer avaliação de políticas sociais (ou de programas e 
projetos) deve se sobrepor à mera composição de técnicas e instrumentos, e 
se situar no âmbito da identificação da concepção de Estado e de política 
social que determina seu resultado. 
12. SEDS-TO 2014 Cargo: Analista em Defesa Social - Serviço Social Banca: 
FUNCAB 
No que se refere à discussão acerca da relevância do planejamento 
estratégico compreendido como um meio contemporâneo deplanificação, 
podem-se sinalizar as seguintes características no seu desenvolvimento: 
A) abarca a questão da interlocução com atores distintos, a construção de um 
consenso único e recursos táticos distintos para enfrentar a complexidade 
de questões sociais. 
B) articula teoria e método na pactuação dos interesses distintos, requer o 
manejo de técnicas específicas para a resolução dos problemas sociais. 
C) envolve, no processo, a noção de mobilização, de negociação, de movimento, 
de manejo de técnicas, recurso e meios táticos necessários para enfrentar 
uma situação complexa. 
D) condensa esforços mútuos entre atores coletivos, processos de pactuação, 
estratégias e instrumentos para a resolução de conflitos gerados 
institucionalmente. 
Gabarito: C 
Comentário: 
Segundo Teixeira (2009) O planejamento estratégico absorve a categoria 
estratégia e lhe dá visibilidade por agregar ao processo a noção de 
mobilização, de negociação, de movimento, de manejo de técnicas, recursos, 
enfim, todos os meios (táticos) necessários para enfrentar o(s) oponente(s) 
ou uma situação complexa. 
 
13. Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro – TJ-RJ 2014 Cargo: 
Analista Judiciário – Especialidade Assistente Social Banca: Fundação Getúlio 
Vargas (FGV) 
Na gestão de políticas e de projetos sociais os processos de 
monitoramento e avaliação utilizam indicadores sociais. Tais indicadores 
podem ser definidos como 
A) recurso metodológico sem referência empírica, dotado para medir 
aspectos mais subjetivos da realidade social. 
B) uma medida, em geral quantitativa, dotada de significado social 
substantivo, usado para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito 
social abstrato, de interesse teórico ou programático. 
C) evidência empírica do fenômeno observado, mas não permite uma relação 
com os modelos explicativos do campo teórico em função do seu foco na 
subjetividade. 
D) dados rígidos que devem ser utilizados de forma igualitária para todas as 
políticas sociais, pois a flexibilização na definição de indicadores dificulta o 
acompanhamento sistemático e a comparação entre diferentes políticas. 
E) medidas rígidas e simetricamente mensuráveis de uma dada realidade 
social e de uma dada política social, tendo por base um único parâmetro e 
modelo teórico. 
Gabarito: B 
Comentário: 
De acordo com Januzzi (2001) “um indicador social é uma medida em geral 
quantitativa dotada de significado social substantivo, usado para substituir, 
quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato, de interesse 
teórico (para pesquisa acadêmica) ou programático (para formulação de 
políticas). É um recurso metodológico, empiricamente referido, que informa 
 
algo sobre um aspecto da realidade social ou sobre mudanças que estão se 
processando na mesma”. 
14. Tribunal de Justiça do Estado do Amapá – TJ-AP 2014 Cargo: Analista 
Judiciário – Área de Apoio Especializado Serviço Social Banca: Fundação 
Getúlio Vargas (FCC) 
No cotidiano profissional o assistente social utiliza-se, com frequência, o 
planejamento, que pode ser compreendido como 
 
 
I. processo de decisão essencialmente técnica que depende de informações 
precisas, de transparência, de diferentes visões e busca de soluções 
conjuntas. 
 
II. processo dinâmico e contínuo com dimensão político-decisória que dá 
suporte ético-político à sua ação técnico-administrativa. 
 
III. instrumento de decisão que exige a compreensão precisa entre a 
constituição desse campo tecnológico e a natureza de um espaço tomado 
como objeto de intervenção. 
 
 
Está correto o que se afirma em 
A) I e II, apenas. 
B) III, apenas. 
C) II e III, apenas. 
D) I e III, apenas. 
E) I, II e III. 
Gabarito: C 
 
Comentário: 
A I afirmação é FALSA, pois o planejamento para além de um processo 
essencialmente técnico constitui também um processo político. 
A II afirmação é VERDADEIRA, pois segundo Myrian Veras Baptista (2007) 
o planejamento na perspectiva lógico-racional refere-se ao processo 
permanente e metódico de abordagem racional e científica que se colocam no 
mundo social. Por ser um processo permanente implica ação contínua sobre 
um conjunto dinâmico de situações em um determinado momento histórico. 
Por ser um processo metódico de abordagem racional e científica, supõe uma 
sequência de atos decisórios, ordenados em momentos definidos e baseados 
em conhecimentos teóricos, científicos e técnicos. Deriva da sua dimensão de 
racionalidade a sua organização em operações complexas e interligadas: 
reflexão-decisão-ação-retomada de reflexão. Estas operações se inter-
relacionam em um processo dinâmico e contínuo, onde na análise desse 
processo é possível identificar, a dimensão político-decisória que dá suporte 
ético-político à sua ação técnico-administrativa. 
 
A III é afirmação é VERDADEIRA, pois de acordo com Tragtenberg (apud 
Baptista, 2007, p.15) o planejamento é um instrumento de decisão ligado à 
modernidade, e nesse sentido Merhy assinala (apud Baptista, 2007, p.15) a 
amplitude dos espaços de aplicação do planejamento vai exigir uma 
compreensão precisa da relação entre a constituição desse campo de saber 
tecnológico, que é o planejamento, e a natureza do espaço tomado como 
objeto de intervenção. 
15. Prefeitura de Paulista - PE 2014 Cargo: Assistente Social Banca: 
UPENET 
Para Baptista (2007), a dimensão política do planejamento decorre do fato 
de que ele é um processo contínuo de tomadas de decisões, inscritas nas 
 
relações de poder, o que caracteriza ou envolve uma função política. De 
acordo com a autora sobre o processo de planejamento, é CORRETO afirmar 
que 
A) em planejamento, equacionamento corresponde às diferentes escolhas 
necessárias no decorrer do processo. 
B) operacionalização refere-se às providências que transformarão em 
realidade o que foi planejado. 
C) ação é o conjunto de informações significativas para a tomada de decisões, 
encaminhadas pelos técnicos de planejamento aos centros decisórios. 
D) decisão relaciona-se ao detalhamento das atividades necessárias à 
efetivação das decisões tomadas. 
E) a função essencial do planejamento, como instrumento técnico, é aumentar 
a capacidade e melhorar a qualidade do processo de adoção de decisões. 
Gabarito: E 
Comentário: 
Myrian Veras Baptista (2007, p. 21) tomando como referência o pensamento 
de Lozano e Martin afirma que a função essencial do planejamento, como 
instrumento técnico é aumentar a capacidade e melhorar a qualidade do 
processo de adoção de decisões, oferecendo dados básicos da situação e 
necessidades, elementos do juízo para apreciar situações e dados para 
aferição das tendências e projeções futuras. 
16. FUNCAB - 2014 - PRODAM-AM - Assistente Social 
Contemporaneamente, os assistentes sociais vêm, cada vez mais, sendo 
chamados a atuar no âmbito da formulação e gestão das políticas públicas. Tal 
inserção exige que seja realizado, por parte do profissional, um cuidadoso 
planejamento institucional que é expresso por meio de: 
A) sistemas, benefícios e serviços. 
 
B) planos, programas e projetos. 
C) métodos, técnicas e instrumentos. 
D) benefícios, programas e documentos. 
E) intervenção, avaliação e retroalimentação. 
Gabarito: B 
Comentário: 
O planejamento se expressa no processo de planificação em planos, 
programas e projetos. 
17. CONSULPLAN - 2014 - CBTU-METROREC - Analista de Gestão - 
Assistente Social 
Na gestão social, o planejamento consiste em definir ideias, desejos e 
compromissos, envolvendo pessoas que tomam decisões técnicas, políticas, 
éticas e administrativas de forma coerente com as conquistas e dificuldades 
do processo de construção de uma política pública. Considerando que o 
planejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar 
deficiências, analise as alternativas em relação ao conceito de eficiência, 
eficácia e efetividade. 
I. Eficiência

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