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RESUMO de Respostas QUESTÕES pós-dir adm

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RESUMO QUESTÕES ADM 
Tópicos Dir Adm:
1. As prerrogativas da Administração Pública resultam da supremacia e indisponibilidade do interesse público. 
O ato administrativo pode ser conceituado como declaração do Estado no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas complementares da lei, a título de lhe dar cumprimento, e sujeitas a controle de legitimidade por órgão jurisdicional
Os atos administrativos repercutem efeitos especiais, que não são conferidos aos atos privados comuns. São chamados atributos dos atos administrativos.
2. O interesse público primário é relacionado à satisfação das necessidades coletivas, ao passo que o interesse público secundário corresponde ao interesse individual do próprio Estado.
3. Pelo princípio da autotutela, a Administração realiza o controle de seus  próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
A Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal determina que "A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial".
De acordo com o princípio da indisponibilidade do interesse público, temos que a Administração Pública é mera gestora de bens e interesses públicos, que pertencem ao povo, e não pode abrir mão da busca incessante da satisfação do interesse público primário, nem da conservação do patrimônio público.
4. O ato administrativo vinculado Possui todos os seus elementos, prévia e expressamente, definidos por lei. 
5. No Direito Público, a regra é o formalismo moderado. 
No Direito Privado, a liberdade de forma é a regra.
Forma é o modo de exteriorização do ato administrativo, conforme entendimento de parte da doutrina.
6. Motivo é a situação de fato que deflagra a manifestação da Administração. 
Motivação é a justificativa do pronunciamento tomado com o ato administrativo. 
Na motivação, aliunde o ato administrativo não possui motivação própria, mas adota como sua a motivação de outro ato, ao qual faz referência. 
7. É o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. Conceito de Dir Adm para Hely Lopes 
8. O ato administrativo vinculado é aquele cujos pressupostos necessários à sua formalização são previamente determinados pela lei.
9. A competência para exercer o poder de polícia é da mesma pessoa que possui competência para regular a matéria. 
Quando a competência para regular determinada matéria for concorrente, a matéria poderá dar ensejo ao exercício conjunto do poder de polícia, por pessoas federativas diversas. 
É competente o município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.
10. São o conjunto de prerrogativas de direito público, que a ordem jurídica confere aos agentes administrativos, para o fim de permitir que o Estado alcance seus fins.
No exercício dos Poderes Administrativos, a Administração não pode ir além dos limites do estritamente necessário à busca do interesse público, sob pena de incorrer em abuso de poder. 
O abuso de poder pode decorrer de conduta comissiva ou omissiva da autoridade administrativa.
O servidor público que comete uma infração poderá ser exonerado do cargo.
- Serviços 
- LICITAÇÕES, CONTRATOS ADM, CONVENIOS E CONSORCIOS
1.Modalidade Concorrência: ampla publicidade e universalidade; a publicação do aviso do edital deverá ser feita com antecedência mínima de 30 dias, salvo quando se tratar licitação do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”, hipótese que esse prazo será de 45 dias e poderão participar quaisquer interessados que na fase de habilitação comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital. 
O Decreto nº 9.412/2018 atualizou os seus valores, bem como de outras modalidades licitatórias. Obras e serviços de engenharia: acima de 3 milhões e 300 mil; Compras e serviços que não sejam de engenharia: acima de 1 milhão e 430 mil
2. A Lei 8.666/93 previu as seguintes modalidades licitatórias: concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. A Lei 10.520/2002 criou o pregão. A consulta é prevista nas Leis 9.472/1997 e 9.986/2000.A concorrência é a modalidade licitatória adequada para contratações de grande vulto. Quanto maiores os valores envolvidos na licitação, maior nível de publicidade e maiores prazos fixados para a realização do procedimento.
3. Licitações de pequeno valor podem ser destinadas exclusivamente à micro empresas. 
Micro e pequenas empresas podem ser dispensadas da habilitação. 
Quando uma micro ou pequena empresa deixar de ser vencedora na licitação, perdendo por uma diferença de até 10% para a proposta vencedora (no pregão será a perda para a diferença de até 5%) a micro ou pequena empresa melhor colocada terá o direito de apresentar, sozinha, mais um lance extra, depois de encerrada a disputa. 
Em razão do interesse no desenvolvimento nacional sustentável, são possíveis mecanismos que favoreçam, nas licitações, os produtos ou serviços nacionais ou que possuam tecnologia desenvolvida no País, bem como empresas que empreguem fontes renováveis ou energia limpa.
4. Nos termos da Lei n. 8.666/93, artigo 3º, a finalidade da licitação é a seguinte: Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. Como se vê, são três as finalidades fundamentais: 1) Buscar a melhor proposta, estimulando a competitividade entre os potenciais contratados, a fim de atingir o negócio mais vantajoso à Administração. 2) Promover a isonomia nas disputas: serão tratados igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, conferindo a todos as mesmas chances na disputa. 3) A promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
5.Contrato Administrativo: Presença da Administração em um dos polos da relação contratual
; Finalidade pública (direta); Regido por normas de direito público, aplicando-se o direito privado de modo supletivo; Presença obrigatória de cláusulas exorbitantes, as quais estarão presentes na relação contratual mesmo que não estejam expressas no instrumento contratual.
6. Dispensa de licitação: para que seja viável a contratação direta por dispensa de licitação, devem estar presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos: 1) Efetivação de licitação em que tenha havido ausência de interessados; 2) impossibilidade de se realizar novo procedimento licitatório porque seria prejudicial ao interesse público; 3) sejam mantidas na contratação direta as mesmas condições constantes do instrumento convocatório da licitação deserta
LICITAÇÃO DESERTA: a licitação é iniciada, mas ninguém comparece para disputá-la. 
LICITAÇÃO FRACASSADA: a disputa ocorre, mas não há participante habilitado que possa ser contratado.
7. Convite: O convite é a modalidade licitatória utilizada para contratações que envolvam pequenos valores. Por meio dele, a unidade administrativa responsável pela licitação convoca para a disputa, mediante a expedição das cartas-convite, pelo menos três interessados do ramo de atividade econômica pertinente ao objeto licitado, cadastrados ou não. A unidade administrativa também afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório, estendendo a convocação aos demais cadastrados na correspondente especialidade, que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas (art.22, § 3º). No convite podemos distinguir duas espécies de participantes: a) Os convidados pela Administração (que podem ser cadastrados ou não). b) Os não convidados. Estes últimos, obrigatoriamente, deverão ser cadastrados e demonstrar seu interesse em participar do certame, com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas, hipótese em que também serão considerados convidados para a licitação. No convite, a unidade administrativa convoca os interessados, por meio da expedição das cartas-convite e, no que concerne aos não convidados, por meio da afixação do instrumento convocatório no local apropriado da repartição pública. Assim, no convite, o instrumento convocatório é a própria carta-convite. Não se exige edital.
Concurso: A Lei 8.666/1993 define o concurso como a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de um prêmio, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial, com antecedência mínima de 45 dias. Portanto, a modalidade licitatória concurso é definida pelo seu objeto. A Administração somente poderá premiar o vencedor do concurso se este ceder os direitos autorais do trabalho ao Estado. O procedimento do concurso deve estar previsto em regulamento próprio, a ser obtido pelo interessado no local indicado no edital. O regulamento deverá indicar a qualificação exigida dos participantes, as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho, as condições de realização do concurso, e os prêmios a serem concedidos (art. 52, § 1º). Ainda, o edital do concurso deve ser publicado na imprensa oficial, com uma antecedência mínima de 45 dias, em relação à entrega dos trabalhos. O julgamento será feito por uma comissão especial, que não precisa ser composta por servidores públicos, mas seus membros devem ser pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame.
8.Princípios da Licitação: O art. 3º da Lei 8.666/1993 informa que, a licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável, e será processada e julgada de acordo com os seguintes princípios básicos: legalidade impessoalidade moralidade igualdade publicidade probidade administrativa vinculação ao instrumento convocatório julgamento objetivo outros princípios correlatos aos anteriores
9.São casos de dispensa de licitação: A) Licitação Deserta (artigo 24, V do Estatuto); B) Contratação de Ínfimo Valor: Na Lei de Licitações a modalidade “carta convite” é aquela a que se destina à contratação de pequenos valores regulados em lei. Quando a contratação for inferior a 10% do limite, para a modalidade convite, ao invés de disputar, o administrador poderá contratar diretamente, uma vez que realizar a disputa custaria mais caro; C) Compra de produtos perecíveis O ente público que esporadicamente adquire produtos perecíveis, poderá contratar diretamente por dispensa, desde que no dia da compra realize a cotação de preços, em no mínimo três fornecedores. Porém, quando o produto perecível for de aquisição permanente, tal como ocorre com a merenda escolar, não será permitida a dispensa da licitação. A Administração deverá realizar uma Ata de Preços Registrada; D) Forças Armadas A aquisição de armamento, produtos e serviços propriamente militares envolve questões de defesa e soberania, razão pela qual não será realizada a disputa pelas Forças Armadas. No entanto, para a aquisição de produtos e serviços comuns, tal como material de escritório e bens de consumo, será preciso licitar. E) Remanescente de Obra Para a realização de uma obra, a Administração Pública realiza a licitação e contrata o vencedor, que deverá iniciar a execução da obra. Caso este vencedor cometa uma infração grave (art. 78 da Lei 8666/93) , dará causa à rescisão, por caducidade contratual. A parte inacabada da obra constituirá o seu remanescente, que não será licitada, mas oferecida nos termos e condições da proposta vencedora, aos demais participantes daquela licitação. Os licitantes que participaram da licitação não têm a obrigação de aceitar o contrato. Caso ninguém o aceite, poderá ocorrer a dispensa por licitação deserta ou ainda, a possibilidade de realização de nova licitação; F) Circunstâncias Extraordinárias É dispensável a licitação em casos de guerra ou grave perturbação da ordem; G) Quando pessoa jurídica de direito público interno pretende adquirir bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública.
10. Tomada de preços: a modalidade de licitação entre interessados, devidamente cadastrados ou que atendam a todas as condições exigidas para cadastramento, até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação”. A aprovação do pedido de registro cadastral importa o reconhecimento pela Administração de que o interessado, independentemente de uma licitação específica, atende aos requisitos de idoneidade e capacitação para contratar com o poder público. Isso garante maior agilidade a essa modalidade licitatória, pois, quando a Administração decidir realizar a licitação, não necessitará proceder a uma fase de habilitação específica dos licitantes. Todavia, objetivando assegurar a maior competitividade a essa modalidade licitatória, a lei estendeu o direito de participar da tomada de preços àqueles que “atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas”. A Tomada de Preços pode ser adotada nos contratos de médio valor, e é facultativa nos contratos de pequeno valor.
- Intervenção do Estado na Propriedade e na Atividade econômica
1. A desapropriação confiscatória incide sobre propriedades rurais e urbanas de qualquer região do país onde forem localizadas: a) culturas ilegais de plantas psicotrópicas; ou b) a exploração de trabalho escravo na forma da lei. É feita sem qualquer indenização ao proprietário. Quando fundada em existência de culturas psicotrópicas, a desapropriação confiscatória seguirá o procedimento previsto na Lei 8.257/1991.
2. Imissão provisória na posse: permite ao expropriante obter a posse do bem antes de finalizado o processo expropriatório. Em virtude disso, a imissão provisória na posse deve ser registrada no competente cartório do Registro de Imóveis. Com o registro, o fato passa a produzir efeitos erga omnes, permitindo a qualquer interessado tomar conhecimento da severa restrição imposta à propriedade. Pressupostos:a) A declaraçãoda urgência com requerimento ao juízo competente; e b) o depósito do valor de acordo com o arbitramento do juiz. 
Normalmente, a urgência é declarada no próprio decreto expropriatório, mas pode ser feita a qualquer tempo, inclusive depois de proposta a ação judicial de desapropriação. Nos termos do art. 15, § 2.º, do Decreto-lei 3.365/1941, é estabelecido que após a declaração de urgência, o expropriante deverá, no prazo improrrogável de 120 dias, requerer ao juiz a imissão provisória na posse.
Ainda que o expropriado discorde do valor da indenização proposta pelo expropriante, poderá requerer ao juiz o levantamento de até 80% do valor depositado para fins de imissão provisória na posse (Decreto-lei 3.365/1941, art. 33, § 2.º).
3. As servidões administrativas podem ser constituídas de três maneiras: a) diretamente pela lei; b) por acordo entre as partes; ou c) por decisão judicial, quando não houver acordo entre o Poder Público e o particular.
4. O direito de propriedade confere ao seu titular, pessoa física ou jurídica, a faculdade de usar, gozar e dispor de uma coisa, corpórea ou incorpórea, bem como de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. A propriedade é direito fundamental, contudo, como qualquer direito, não é absoluto, e sofre limitações. Veja que o artigo art. 5º, XXII da CF garante o direito de propriedade. Já, no inciso XXIII deste mesmoartigo, a CF/88 determina que a propriedade atenderá a sua função social. Finalmente, o inciso XXIV, também do artigo 5º, determina que” a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição”. Ainda, nos termos do inciso XXV, a Constituição prevê que “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano”. 
A União Federal é titular da competência privativa para legislar sobre direito civil (inclusive direito de propriedade), desapropriação e requisições de bens (CF, art. 22, I, II e III). No entanto, a competência para legislar sobre as restrições e os condicionamentos ao uso da propriedade não é privativa da União, sendo dividida entre todos os entes da federação.
5. A caducidade é a perda dos efeitos jurídicos de um ato em razão da ocorrência de alguma situação descrita na lei, via de regra, o passar do tempo. Conforme previsto no art. 10 do Decreto-lei 3.365/1941, o prazo de caducidade do decreto expropriatório na desapropriação por necessidade ou utilidade pública é de cinco anos, contados da data de expedição. Nesse prazo, o expropriante deverá firmar acordo ou ajuizar a ação de desapropriação, providenciando a citação do expropriado. Se não adotar estas providências no prazo previsto, o decreto será caduco e o bem somente poderá ser objeto de nova declaração expropriatória depois de decorrido um ano (Decreto-lei 3.365/1941, art. 10). 
No caso da desapropriação por interesse social, o prazo de caducidade da declaração expropriatória é de dois anos (Lei 4.132/1962, art. 3.º), contados a partir da emissão da declaração expropriatória. Dentro desse prazo legal, o expropriante deve não só efetivar a aludida desapropriação, como também iniciar as providências para o aproveitamento do bem expropriado.
6. As principais características da requisição administrativa são as seguintes: a) é direito pessoal da Administração; b) seu pressuposto é o perigo público imediato ou iminente; c) incide sobre bens imóveis, móveis ou serviços; d) possui natureza transitória; e) a indenização, se houver, é paga posteriormente, e depende da existência de dano.
A requisição tem natureza transitória e, por isso, deve durar somente enquanto estiver presente o perigo público. Contudo, não há a especificação legal de um prazo certo para sua duração.
A requisição civil é aquela que objetiva evitar danos à vida, à saúde e aos bens da coletividade, enquanto a requisição militar tem por escopo o resguardo da segurança interna e a manutenção da soberania nacional. 
O objeto da requisição pode ser a utilização de bens móveis, imóveis ou serviços.
 A requisição, como regra, não dá direito à indenização pelo uso do bem. A indenização somente será cabível se houver prejuízo, caso em que será paga posteriormente, se provada a existência do dano. É assim pois a requisição é medida de urgência, incompatível com o processo de apuração prévia do valor a ser indenizado.
7. Os juros compensatórios na desapropriação são aqueles fixados com o objetivo de compensar o proprietário em razão da ocorrência de imissão provisória na posse. Os juros compensatórios devem ser contados desde a data de imissão na posse.
O STF julgou o mérito da ADI 2332/DF e resolveu alterar a decisão liminar que havia tomado em 2001. Assim, em 2018, o STF, ao julgar em definitivo a ADI 2332/DF, decidiu que é constitucional o percentual fixo de 6% previsto no art. 15-A do DL 3.365/1941.
8. A ocupação temporária é a forma de intervenção estatal na propriedade, em que se transfere de maneira compulsória e temporária a posse, mediante indenização, por razões de interesse público.
É medida interventiva de caráter transitório, devendo ser liberado o uso do imóvel ao seu proprietário tão logo cesse a finalidade pela qual foi instituída. Não confunda a ocupação temporária com a requisição: a ocupação temporária difere da requisição por não ter como requisito situação presente ou iminente de perigo público.
José dos Santos Carvalho Filho, hão de se distinguir duas hipóteses: a primeira é a ocupação temporária vinculada a um processo de desapropriação. Nesse caso, em razão da expressa previsão contida art. 36 do Decreto-lei 3.365/1941, o uso da propriedade deve ser indenizado pelo Poder Público; a segunda hipótese é da ocupação temporária desvinculada da desapropriação, em que se aplica a mesma regra da servidão administrativa, ou seja, de modo geral não haverá direito à indenização, exceto se ficar comprovado que o proprietário do imóvel ocupado sofreu algum prejuízo.
a) é direito pessoal; b) incide sobre a propriedade imóvel; c) tem caráter transitório; d) a indenização varia de acordo com a modalidade de ocupação: se for vinculada à desapropriação, haverá dever indenizatório e, se não for, inexistirá em regra esse dever, a menos que haja prejuízos para o proprietário.
9. requisição
10. Desapropriação por interesse social, para o fim específico de promover a reforma agrária, a competência para a declaração expropriatória é exclusiva da União Federal, como registram o art. 184 e parágrafos da CF. Repitase, portanto: somente para a reforma agrária a União tem competência privativa; se a desapropriação for por interesse social para outro fim que não o de reforma agrária (e a lei relaciona outros casos de interesse social), as demais pessoas federativas também terão competência para a respectiva declaração expropriatória e, por conseguinte, para promover a desapropriação.
A competência para declarar a utilidade pública de imóvel para fins urbanísticos é do Município, o que encontra fundamento nos arts. 30, I (interesse local) e VIII (ordenamento do solo), e 182, caput (política de desenvolvimento urbano), e § 3º, da Constituição.
A competência executória é a competência mais ampla que as demais. Nos termos do art. 3º da lei geral expropriatória, a intenção do legislador foi a de permitir que pessoas delegadas do Poder Público, às quais interessasse a transferência do bem, pudessem, elas mesmas, adotar as medidas necessárias à consumação da desapropriação. São pessoas delegadas: a) As entidades da Administração Indireta (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas), cuja delegação é de natureza legal; e b) os concessionários e permissionários de serviços públicos, cuja atividade resulta de delegação negocial (concessões e permissões de serviços públicos). Sendo assim, além das pessoas federativas, as autarquias, as empresas públicas e demais pessoas da Administração Indireta, bem como as empresas que executem serviços públicos através de concessão ou permissão podem ser autoras em ação de desapropriação, cabendo-lhes em consequência todos os direitos, obrigações, deveres e ônus atribuídos às partes dentro do processo, inclusive o relativo ao pagamento da indenização.
onômica

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