comercial unidade 4

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PROJETO DE INTERIORES -PROJETO DE INTERIORES -
COMERCIALCOMERCIAL
ESTUDO E EXECUÇÃOESTUDO E EXECUÇÃO
DAS ETAPAS DEDAS ETAPAS DE
PROJETO: DETALHESPROJETO: DETALHES
CONSTRUTIVOS,CONSTRUTIVOS,
MEMORIAIS,MEMORIAIS,
ESPECIFICAÇÕES E OESPECIFICAÇÕES E O
PROJETO FINALPROJETO FINAL
Autor: Me. Cidomar Biancardi Fi lho
Revisor : Danyeverson Phel ipe
I N I C I A R
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introduçãoIntrodução
O foco desta unidade é concluir um projeto de interiores comerciais. Nesse
contexto, primeiramente, passamos pelo estudo da interação entre cliente e
designer, pela necessidade da boa relação entre as partes e da comunicação
sempre muito objetiva. Vimos também as fases iniciais de projeto, e agora
�nalizamos e apresentaremos um projeto completo para o cliente. Sendo
assim, estudaremos como �nalizar e apresentar um projeto executivo de
interiores. Além disso, veremos mais sobre os detalhes construtivos,
necessários para a boa execução de um projeto, e também a elaboração de
memoriais e especi�cações, complementares às peças grá�cas produzidas. E,
por �m, entenderemos como se apresenta um projeto executivo.
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Começamos a nos aproximar da conclusão e consolidação de um projeto de
interiores comercial completo. Sendo assim, pudemos entender as fases do
projeto, desde o brie�ng até o estudo preliminar, cuja aprovação libera o
designer de interiores a começar a desenvolver o anteprojeto.
Vamos, agora, entender os detalhes construtivos, que são os desenhos que
irão compor a entrega �nal de um projeto, chamada de projeto executivo,
objeto de estudo um pouco mais à frente.
Todo projeto de interiores deve apresentar entregáveis grá�cos que
chamamos de detalhes construtivos, que entendemos que são os
entregáveis macro (todos os entregáveis), como planta, corte e elevações que
nos permitem ter a ideia do todo do projeto, ou seja, os detalhes que irão nos
permitir entender e executar pormenores. Como principais elementos que
devem ser alvo de detalhes construtivos, temos:
DetalhesDetalhes
Construtivos: Forro,Construtivos: Forro,
Vidro, Mobiliário eVidro, Mobiliário e
PisoPiso
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Forro
Todo projeto de interiores deve detalhar forros, sendo de gesso, de madeira,
de palha, de tecido ou de qualquer outro material especi�cado pelo designer.
O detalhamento de forro permite, junto com o projeto de iluminação,
interpretar e executar corretamente o forro do espaço projetado pelo
designer. Vejamos na Figura 4.1, a seguir:
Figura 4.1 - Planta de forro e detalhes 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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A Figura 4.1 representa uma planta de forro de uma suíte de hotel,
desenvolvida por um designer de interiores, em que no quadrante esquerdo
temos a planta do espaço, com as cotas (dimensões) e elementos que irão
compor o forro.
No quadrante superior direito, temos os detalhes de projeto de forro (Figura
4.2), devidamente indicados em planta, que irão compor a representação
grá�ca necessária para execução do forro.
No quadrante inferior direito, temos a legenda de materiais (Figura 4.3), que
apresenta coerência grá�ca entre a planta de forro e a legenda do material
que foi especi�cado pelo designer e que deverá compor o entregável. Nessa
legenda, o designer deverá escrever não apenas qual o material, mas também
qual acabamento previsto, qual a área, fabricante, especi�cação etc.
Figura 4.2 - Detalhes especí�cos de forro 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Figura 4.3 - Legenda de planta de forro 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Na Figura 4.3, podemos observar que a representação grá�ca de cada
material refere-se de maneira 100% idêntica àquela em planta.
Vidro
Juntamente com os detalhes de forro, detalhar também como o projeto prevê
a aplicação de elementos de vidraçaria é de extrema importância para o
designer.
Um projeto de interiores, via de regra, é contratado para que o pro�ssional
apresente soluções exclusivas ao cliente, em relação a todos os materiais e
elementos que o compõem, e com o vidro não é diferente.
Caberá ao designer especi�car de maneira correta, simples e direta como
deverá ser a aplicação de espelhos, box de banheiros, tampos e outros
elementos de vidro. Vejamos mais detalhes na Figura 4.4:
O detalhamento de vidro, assim como de outros materiais, deverá sempre ser
apresentado para deixar 100% clara a intenção do designer, ao projetar um
elemento de mobiliário ou o todo.
Figura 4.4 - Ampliação, em escala 1/2 (o desenho foi reduzido duas vezes em
relação à escala real 1/1) de �xação de vidros em uma prateleira de loja de
shopping 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Mobiliário
Detalhamento de mobiliário é de tal importância em projetos de interiores
que há disciplinas de graduação e pós-graduação inteiramente dedicadas a
essa especialidade, pois, pensando que um projeto de interiores deve
imprimir exclusividade e e�cácia na sua execução, bem como detalhamento
de mobiliário, é essencial o cumprimento dessas premissas.
O designer deve ter, para tanto, profundo conhecimento dos materiais que
está manipulando (madeira, ferro, vidro, pedras naturais etc.), e também
conhecimento das técnicas de execução disponíveis na sociedade na qual
trabalha. É importante também que o designer tenha conhecimento e
proponha coerência entre os mobiliários detalhados e o orçamento do
cliente, tendo em consideração que boa parte do orçamento de um projeto
de interiores é destinado ao mobiliário.
Sendo assim, as Figuras 4.5 e 4.6 referem-se a duas imagens 3D da copa de
um escritório, desenvolvido pelo designer de interiores. Essas imagens
ajudam e potencializam o entendimento do projeto não apenas pelo cliente,
mas também pelas equipes de execução, que podem ser diversas, a depender
do desenho do mobiliário proposto.
Figura 4.5 - Visualização em 3D da copa de um escritório, vista a partir da
esquerda 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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A Figura 4.7 é o projeto técnico da mesma copa do escritório, em caráter de
desenho executivo. Nele, podemos veri�car que um ou outro material não
tem maior importância, apenas trabalham juntos para melhor visualização e
entendimento.
Piso
Figura 4.6 - Visualização em 3D da copa de um escritório, vista de topo 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Figura 4.7 - Projeto técnico da copa do escritório em referência, representada
em 3D nas Figuras 4.5 e 4.6
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Por �m, e não menos importante, a planta de piso e seus detalhamentos
pertinentes. O piso de qualquer ambiente desenvolvido e projetado pelo
designer de interiores deve ser alvo de detalhamento, bem como seus
elementos complementares (rodapés, soleiras, degraus etc.). Explicar para o
cliente e para as equipes de execução como devem ser feitas as paginações,
os encontros de materiais e demais especi�cidades referentes ao piso é a
principal responsabilidadedesse detalhamento.
Sendo assim, na Figura 4.8, trata-se da planta de piso de uma suíte de hotel.
Da mesma maneira que a planta de forro, deverá estar acompanhada pela
legenda de pisos, como mostra a Figura 4.9:
Figura 4.8 - Planta de piso de uma suíte de hotel 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Lembre-se de que será sempre necessário detalhar todo elemento de projeto
que você, designer, julgar pertinente para uma boa execução do seu projeto.
praticarVamos Praticar
Uma das disciplinas que compõem um detalhamento de projeto é a marcenaria.
Para realizar um excelente projeto de marcenaria, o designer deve considerar a
rotina dos usuários do espaço que está sendo projetado, e isso não é uma tarefa
fácil. O projeto de uma cozinha, por exemplo, tem in�uência direta na vida das
famílias, a�nal a cozinha é talvez o ambiente de maior uso da casa: ali preparamos e
fazemos refeições, recebemos nossos amigos mais íntimos, reservamos um tempo
para colocar o dia a limpo numa reunião familiar etc.
Sabendo que marcenaria é um dos itens de maior valor num orçamento de projeto,
não é descartável, nem tão fácil e pouco custosa de se reformular, como trocar a cor
de uma parede pintada, vemos a enorme importância de produzir um
Figura 4.9 - Legenda de pisos, que deverá, obrigatoriamente, acompanhar a
planta de piso 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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detalhamento e�caz, dentro das necessidades do cliente, e pensando em custo e
execução. Considerando o contexto apresentado, assinale a alternativa correta.
a) Detalhamento de projeto contempla apenas ambientes de maior uso pelo cliente.
b) Apenas itens de maior valor agregado, como a marcenaria, devem ser alvo de detalhamento
de projeto.
c) Ao detalhar uma disciplina como a marcenaria, o designer deve fazer prevalecer soluções mais
econômicas, mesmo que o cliente não esteja de pleno acordo.
d) Toda disciplina de um projeto executivo que vier a ser detalhada deverá ser rigorosamente
adaptada às necessidades do usuário para o qual o projeto está sendo feito.
e) O equilíbrio entre custo e exequibilidade nem sempre deve ser equacionado num
detalhamento de projeto, pois são fatores incompatíveis.
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Um projeto não é composto apenas de desenhos. Na verdade, um projeto
executivo é o somatório de diversos entregáveis, entre eles o memorial
descritivo.
O memorial descritivo é o entregável textual e grá�co que vai complementar
todos os entregáveis, puramente executivos, de um projeto de interiores.
Sendo assim, imagine que, para cada desenho produzido, há um memorial
correspondente. Para isso, tomemos como exemplo a planta de piso e seus
entregáveis.
Sabemos que um detalhamento de piso é composto pela planta de piso, sua
legenda e demais detalhes construtivos. Imagine agora que esse entregável
está a caminho da obra, já passou pela fase orçamentária e deverá ser
executado.
Há, via de regra, uma equipe de compras que dá suporte à equipe de obra,
por isso, destacamos a importância do memorial descritivo na cadeia de
Projeto Executivo:Projeto Executivo:
MemorialMemorial
DescritivoDescritivo
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projeto e a obra iniciada pelo designer quando começa a desenvolver um
projeto.
No memorial, não apenas a equipe de compras, como também o cliente,
equipes de execução e demais envolvidos deverão atestar que o que foi
escrito nos projetos é realmente o especi�cado pelo designer.
Nesse contexto, vejamos a seguir um exemplo de memorial descritivo para a
execução de um banheiro completo, por exemplo (Figuras 4.10 e 4.11): 
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Figura 4.10 - Primeira parte do memorial descritivo do banheiro de um
projeto genérico 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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A partir das Figuras 4.10 e 4.11, �ca evidente que o memorial descritivo é
quase uma tabela de referência e apoio ao projeto, pois, na maioria das
especi�cações, há referência ao desenho e/ou material descrito
anteriormente em desenho (planta, corte ou imagem ilustrativa). 
Figura 4.11 - Segunda parte do memorial descritivo do banheiro de um
projeto genérico 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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saibamaisSaiba mais
Há uma nova geração de softwares
dedicados a projeto, chamados de geração
BIM, do inglês Building Information
Management ou Gerenciamento de
Informação do Edifício, em português.
Nesses softwares, enquanto você constrói o
modelo tridimensional do projeto em
desenvolvimento, deve também, de maneira
complementar, alimentar a biblioteca de
materiais e famílias do software, que estão
diretamente ligadas aos objetos que você usa
para projetar. Completando um projeto em
plataforma BIM, você poderá não apenas
produzir desenhos e projetos, mas também
solicitar ao software que forneça planilhas e
memoriais quantitativos e qualitativos, em
consonância com aquilo que foi desenhado.
Essa tecnologia é, hoje, o que há de mais
avançado e e�ciente em produção de
projetos, uma vez que o modelo gerado
sempre estará de acordo com quantitativos e
qualitativos. Seus memoriais descritivos
sempre sem con�itos com o projeto!
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O memorial deve ser de formatação grá�ca bastante simples, visando a fácil
leitura e interpretação das informações contidas nele. O ideal é fazer SEMPRE
uma revisão bastante criteriosa entre os projetos e memorial, para que não
haja nenhuma discrepância e consequente incoerência de informações. 
praticarVamos Praticar
O memorial descritivo é um documento que deve ser emitido junto com o projeto
ao qual faz referência, sendo, inclusive, obrigatório por lei para empreendimentos
imobiliários, desde o ano de 1964 (Lei 4.591/64). Sua elaboração deve contemplar,
de forma detalhada e aprofundada, todos os temas abordados no projeto.
Entendendo a importância desse documento, e que o designer deve deixá-lo
sempre atualizado, assinale a alternativa correta.
a) Através de softwares de geração BIM, é possível atualizar em tempo real as informações de
projeto e quantitativas/qualitativas.
b) Emitir um memorial descritivo definitivo e mudar o projeto somente após a construção
concluída.
c) Emitir as revisões de projeto mediante as mudanças de obra, e fazer a emissão final de um
memorial pouco antes da obra estar concluída.
d) Combinar com o cliente que, mesmo após mudanças de projeto, ninguém mais consultará o
memorial descritivo.
e) Deixar claro que, após a conclusão das compras da obra, não há mais necessidade de revisão
do memorial descritivo.
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Especi�cações são, na verdade, um complemento adicional aos desenhos que
compõem o projeto executivo e ao memorial descritivo. Portanto, lembre-se
sempre que, durante toda a sua vida pro�ssional de designer, tudo que está
na sua cabeça durante a elaboração de um projeto deverá ser transformado
em informaçãode projeto. Pois tudo que parece óbvio para você, designer,
pode ser ilegível para o cliente ou qualquer outra pessoa envolvida no
processo de produção e execução de um projeto de interiores. Portanto, seja
exaustivamente informativo na elaboração de um projeto e nunca pense que
a informação está subentendida.
Tudo aquilo que não é dito (ou escrito, no caso de um projeto) gera margem
para diferentes interpretações, que, consequentemente, poderão produzir
um projeto muito diferente daquele que você idealizou, enquanto designer.
As especi�cações, via de regra, estão nos projetos e nos memoriais. Nos
projetos, podemos encontrá-las e mostrá-las, mais facilmente, por meio de
linhas de chamada.
Projeto Executivo:Projeto Executivo:
Especi�caçõesEspeci�cações
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Nesse contexto, vejamos as Figuras 4.12 a 4.15, que ilustram o assunto
abordado, referente às especi�cações de projeto. 
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Figura 4.12 - Folha de projeto executivo de uma loja de shopping 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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As regiões destacadas em verde são linhas de chamada repletas de
especi�cações, tanto em planta como em corte. Veja as imagens a seguir: 
Observe que as linhas de chamada especi�cam tudo o que é pertinente ser
informado, mesmo que pareça óbvio. 
Figura 4.13 - Uma das áreas de destaque da Figura 4.12 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Representação de especi�cações de linha de chamada em corte. 
Sendo assim, nas �guras, podemos perceber que as linhas de chamada não
se alteram para planta, corte ou vista. E, consequentemente, também não vão
sofrer alteração quando o desenho em questão é um detalhamento ou uma
ampliação.
Figura 4.14 - Representação em planta, lado oposto à �gura anterior 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Figura 4.15 - Também uma das áreas de destaque da Figura 4.12 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Por isso, informar o cliente e todos os envolvidos no processo de projeto é
fundamental para o sucesso da execução e implantação de qualquer projeto
de interiores. 
praticarVamos Praticar
Todo projeto de interiores é formado por uma complexa rede de pessoas, que
começa no cliente e termina com o pessoal de execução. Informar e manter a
informação atualizada para todas as pessoas envolvidas nessa rede é uma das
responsabilidades do designer de interiores.
Considerando que as especi�cações cumprem um papel de fundamental
importância no processo informativo de projeto, assinale a alternativa correta.
a) Uma vez que todas as especificações de mobiliário já estão no detalhamento, é desnecessário
repeti-las no memorial e linhas de chamada.
b) Lembrar que deve haver coerência e atualização constante entre projeto, memoriais e
especificações é uma das maneiras de manter o processo de projeto sempre em dia.
Feedback: alternativa correta, pois, independente das informações
constantes em cada fase de projeto, deve-se lembrar que todas as
informações pertencem a todas as fases.
c) Especificar acabamentos de elétrica não faz parte do projeto de Interiores, uma vez que o
projetista de elétrica deve fazer isso.
d) Entender que tudo o que está escrito e tabulado no memorial descritivo não precisa estar
repetido nos desenhos.
e) Tudo o que está especificado em um desenho de projeto executivo não faz parte integrante
do memorial, que deve se concentrar em especificações.
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Agora, falaremos sobre o projeto executivo, momento em que o designer verá
como compilar toda a informação que foi produzida, e como entregá-la para o
cliente e demais envolvidos no processo.
Recapitulando, desde que o cliente fez a contratação inicial do seu projeto, foi
necessário fazer:
Brie�ng.
Estudo preliminar / layout.
Anteprojeto.
Imagens em 3D.
Memoriais.
Especi�cações.
Mediante a produção que foi foco das seis etapas acima, e as respectivas
aprovações com clientes, especi�cações e validações de materiais, preços,
prazos de entrega e equalizações com outros projetistas, é chegado o
momento de você, designer, produzir o que chamamos de projeto executivo.
Projeto ExecutivoProjeto Executivo
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O intuito principal dessa fase, a julgar pela sua própria nomenclatura, é
produzir documentos para a execução de um projeto, e esse jogo completo
de entregáveis deverá ser composto de:
Projetos
Projetos, sendo:
Plantas de todos os pavimentos que compõem o projeto.
Cortes (no mínimo dois) em sentidos opostos (longitudinal e
transversal), sempre corretamente indicados em planta.
Vistas e/ou elevações, em complemento àquelas produzidas pelos
cortes.
Imagens 3D, produzidas a partir de plataformas digitais, explicando
aos interlocutores a materialização dos projetos todos.
Plantas complementares de detalhes (piso, forro, iluminação etc.),
sempre tendo em vista que algo que é inédito deverá ser mostrado
em desenho.
Detalhamentos – todas as disciplinas que julgar necessário detalhar,
como marcenaria, vidraçaria, marmoraria, serralheria etc., com o
intuito claro de mostrar pormenores do projeto que permitam a
correta execução do pensamento do designer.
Memoriais
Memoriais, sendo:
Memoriais descritivos qualitativos: intuito de especi�car
fornecedores e equipamentos, acabamentos e outros elementos
componentes do projeto;
Memoriais descritivos quantitativos: em complemento ao
memorial qualitativo, visa especi�car a quantidade de cada elemento
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do qual o projeto é composto, com o intuito de embasar as planilhas
orçamentárias.
Orçamento global: esse item deve estar previamente acordado com
o cliente, pois, em alguns casos, servirá de apoio para tomada de
decisões e o cliente designará alguém da sua equipe para comprar a
obra, ou o designer deverá executar as compras, mediante acordo
prévio e remuneração adequada por esse trabalho.
Documentos
Documentos, sendo:
Termo de entrega e aceite do projeto: sendo o projeto um
documento construtivo, é importante o designer prever a entrega e
assinatura de um termo de entrega, que servirá de base legal da
formalização de entrega de um serviço prestado pelo designer, cujo
cliente está de acordo, �nalizando, formalmente, a necessidade de
futuros pedidos de revisão pelo cliente sem a adequada
remuneração do designer.
O exposto apresentado é um entregável mínimo e padrão de um projeto
executivo, mas é sempre importante acordar com o cliente, quando da
contratação do projeto, o que é esperado como entrega por parte dele, e o
que é previsto como entrega, por parte do designer.
Haverá casos em que clientes exigirão entregas mais completas e complexas,
e o designer deverá cobrar honorários por isso. Haverá também casos de
projetos mais simpli�cados e de caráter mais orientativo para o cliente, que
pode estar em um momento de tomada de decisão e contrata o projeto mais
simples para ajudá-lo nesse processo.
Em ambos os casos, o designerdeve cobrar proporcionalmente menos ou
mais, de acordo com o trabalho previamente acordado e desenvolvido e
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entregue.
Lembre-se de que tudo o que é dito e acordado inicialmente não gera
nenhum tipo de contratempo. Manter o cliente informado de boas notícias é
tão importante quanto mantê-lo informado sobre atrasos ou situações
inesperadas. Dá muito trabalho comunicar todos a tempo, mas a boa gestão
pede que todos estejam cientes do �uxo de trabalhos que está em curso.
Sendo assim, vejamos, a seguir, um exemplo grá�co de um entregável de
projeto executivo, de um pequeno escritório de propaganda e marketing
(Figuras 4.16 e 4.17).
reflitaRe�ita
O fazer do designer de interiores é
diretamente proporcional à qualidade
de vida do ser humano e deve
promover não apenas beleza e
conforto, mas também re�exão sobre
o mundo em que vivemos. Um mundo
melhor exige educação para todos, e
você, designer, é também responsável
por isso!
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Figura 4.16 - Planta de layout 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Figura 4.17 - Planta de forro 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Observe que estamos caminhando pelos diferentes elementos que formam a
entrega de um projeto. Continue acompanhando, e veja que todos os
desenhos têm uma relação muito forte entre eles, ou seja: cada um deles é
parte importante e essencial para o entendimento do projeto como um todo.
Figura 4.18 - Planta de iluminação 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Figura 4.19 - Planta de piso 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Figura 4.20 - Planta de infraestrutura 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Figura 4.21 - Planta de drywall – paredes 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Figura 4.22 - Detalhamento marcenaria copa 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Figura 4.23 - Detalhamento marcenaria mesa multiuso 1/2 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Figura 4.24 - Detalhamento marcenaria mesa multiuso 2/2 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Figura 4.25 - Detalhamento isométrico de marmoraria 
Fonte: Elaborada pelo autor.
Figura 4.26 - Imagem 3D tipo “bird view” (aérea) 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Por �m, você, designer, deve estar imbuído sempre de um espírito de
inquietude e evolução permanente. Saiba que, hoje, você fez seu melhor para
este momento, mas que estagnar e não progredir é sinal de atraso. Sempre,
dia após dia, busque seu melhor.
praticarVamos Praticar
Projeto executivo é o conjunto de documentos que serão entregues para o cliente e
demais interlocutores do processo projetual com o claro intuito de que todo
trabalho do designer de interiores seja perfeito e adequadamente construído, sem
nenhum tipo de alteração projetual, a não ser que seja de anuência do autor do
projeto.
Entendendo que o projeto executivo é composto de desenhos, memoriais e
documentos formais, assinale a alternativa que apresenta qual dos conjuntos de
entregáveis a seguir refere-se à fase de projeto executivo:
Figura 4.27 - Imagem 3D tipo “bird view” (aérea), de ângulo oposto à anterior 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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a) Planta de piso e layout preliminar.
b) Planta de forro e briefing.
c) Detalhamento de marcenaria e briefing.
d) Planta de iluminação e memoriais descritivos.
Feedback: alternativa correta, pois ambos são entregáveis �nais e devem
compor o projeto executivo.
e) Layout preliminar e memorial descritivo.
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indicações
Material
Complementar
FILME
Reforme na Baixa, Fature na Alta: Reality
Show
Ano: 2018
Comentário: trata-se de um reality show exibido pela
Net�ix, no qual pessoas reais, com espaços reais,
submetem-se à avaliação de um especialista em
marketing e uma designer de interiores.
Essa dupla vai potencializar espaços feios e sem graça,
para que possam ser locados por temporada,
proporcionando lucratividade e vida ao espaço. Através
de aplicação de conceitos de hotelaria, misturados com
pitadas de marketing transformado em design de
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interiores, é uma série que vale a pena ser vista por
todos os designers de interiores.
T R A I L E R
LIVRO
1000 chairs (1000 cadeiras)
Editora: Taschen
Autor: Charlotte Fiell e Peter Fiell
ISBN: 9783822841037
Comentário: um dos clássicos da série 1000, da editora
alemã Taschen, o livro traz a história do design de
mobiliário contada através de 1000 cadeiras.
Apresenta a cadeira como elemento máximo do design
de mobiliário, sua importância ergonômica e histórica
na vida das sociedades. É quase um catálogo vivo da
produção humana de mobiliário desde a Antiguidade
até os dias de hoje. Título incrível para compor a
biblioteca de um bom designer de interiores.
https://www.netflix.com/br/title/80201870
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conclusão
Conclusão
Você deve ter entendido, no decorrer do processo, que ser designer de
interiores é mais do que praticar uma pro�ssão que deixa a vida das pessoas
mais belas e organizadas, mas é, antes de tudo, ser um pro�ssional
responsável com a materialização do sonho alheio, e também com a gestão
do tempo e do dinheiro das pessoas. Sendo assim, aprendemos como se
consolida e entrega um projeto �nal e entendemos que, todos os dias,
aprendemos algo novo. Essas inovações vêm por meio de novos clientes,
novos problemas, novos sucessos e fracassos. Portanto, um bom pro�ssional,
em qualquer pro�ssão, é aquele que cresce e aprende com seus erros, e que
persiste na busca da perfeição.
referências
Referências
Bibliográ�cas
BRASIL. Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964. Dispõe sobre o condomínio
em edi�cações e as incorporações imobiliárias. Diário O�cial da União.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4591.htm. Acesso
em: 15 fev. 2020.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4591.htm
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FIELL, C.; FIELL, P. 1000 chairs (1000 cadeiras). Berlin: Taschen, 2011.
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