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Tanatologia forense

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· Cronotanatognose, comoriência e premoriência
Cronotanatognose: é o capítulo da Tanatologia que estuda os meios de determinação do tempo transcorrido entre a morte e o exame necroscópico. 
Comoriência: ocorre, quando não é possível identificar o momento das mortes dos envolvidos, num evento fático, com morte de duas ou mais pessoas, reciprocamente herdeiras umas das outras, presumindo-se então que falecerem no mesmo evento, e no mesmo momento. A comoriência é definida como a morte simultânea de dois ou mais indivíduos em um mesmo episódio
Premoriência: ocorre quando é possível determinar que, também em um mesmo episódio, um dos indivíduos faleceu primeiro. Pode-se tomar como exemplo um acidente de trânsito com morte de pai e filho, em que faz-se mister o uso dos exames que estimam o tempo de morte para destinar uma possível herança ou bens materiais.
Tanatologia: Estuda a morte e suas consequências jurídicas. Morte: é cessação dos fenômenos vitais, por parada das funções cerebral, respiratória e circulatórias, com surgimento de fenômenos abióticos, lentos e progressivos, que causam lesões irreversíveis nos órgãos e tecidos.
· Modalidades do evento morte
Morte aparente: estado patológico do organismo simula a morte.
Morte relativa: ocorre parada circulatória, respiratória e nervosa.
Morte absoluta ou real: desaparecimento de atividade biológica.
· Fenômenos cadavéricos
Abióticos imediatos: Perda da consciência, imobilidade, relaxamento muscular, relaxamento dos esfíncteres, parada cardíaca e ausência de pulso, parada respiratória, insensibilidade, fáceis hipocrática, diminuição ou perda da tensão do globo ocular, entre outros.
Abióticos consecutivos: resfriamento do corpo, rigidez cadavérica (rigor mortis) causada pela desidratação muscular, presença de livores e manchas de hipóstases, desidratação cadavérica.
Destrutivos: autólise, putrefação (ação de micróbios) e maceração (enrugamento se expostas em líquidos).
Conservadores: mumificação (dessecação natural ou artificial, pele seca e dura), saponificação (consistência mole), calcificação (petrificação ou calcificação) e corificação (urnas metálicas fechadas com zinco).
· Natureza do evento morte
Morte natural: (Causas patológicas ou doenças).
Morte suspeita: (forma inesperada). 
Morte súbita: (imprevista por segundos ou minutos).
Morte agônica: extinção desarmônica das funções vitais, vem de forma esperada e devagar (doença ou evolução de um traumatistmo).
Morte reflexa: ocorre através de uma tensão emocional, ou seja, uma irritação nervosa de origem externa, provocando parada circulatória e respiratória.
Morte violenta: ocorre através de uma ação exógena e lesiva.
· Inumação, exumação, cremação e embalsamento
Inumação: sepultamento de cadáver.
Exumação: desenterramento de cadáver. Pode ser feita em qualquer tempo pelo delegado após ordem judicial.
Cremação: incineração do cadáver reduzindo a cinzas.
Embalsamento: introduzir nas artérias líquidos desinfetantes para impedir a putrefação do cadáver.
· Causa jurídica da morte
Entende-se por causa jurídica da morte toda e qualquer causa violenta homicídio e suicídio - ou acidental, capaz de determinar a morte, revestindo-se a sua elucidação de fundamental importância, pois as consequências legais variam conforme seja a hipótese figurada. A necropsia (observação e exame do cadáver) constitui-se numa etapa de grande importância, onde as lesões internas e externas deverão ser descritas e analisadas cuidadosamente. Necroscopia (é o exame ou dissecação completa do cadáver).
	
· Os fenômenos cadavéricos são úteis para o diagnóstico da morte, podendo indicar a probabilidade ou a certeza da ocorrência desta. Neste sentido. assinale a alternativa correta. A putrefação é considerada um fenômeno cadavérico que indica a certeza da morte. A putrefação é um fenômeno cadavérico transformativo destrutivo e certamente indica a certeza da morte de um indivíduo.
· Sobre a rigidez cadavérica, é correto afirmar que esta situação: desaparece com o início da putrefação. A rigidez cadavérica é um fenômeno cadavérico abiótico consecutivo. Inicia-se após a morte e tem duração média de 24 horas. Após este período inicia-se a putrefação (fenômeno cadavérico destrutivo), desaparecendo a rigidez.
· Segundo a literatura médico-legal, a cronotanatognose é utilizada para: determinar o tempo aproximado de morte da vítima.
· A perda da tensão do globo ocular, o enrugamento da córnea e a mancha negra da esclerótica caracterizam um fenômeno abiótico consecutivo denominado desidratação cadavérica. Com a desidratação cadavérica, ocorrem os fenômenos de modificação dos globos oculares (formaçao da tela viscosa, a perda da tensao do globo ocular, a turvação e o enrugamento da cornea e a mancha negra da esclera (Sinal de Sommer e Larcher), que traduz-se por uma mancha enegrecida com formato circular, oval ou triangular no quadrante externo ou interno do olho.
· Um cadáver de homem adulto, exumado, apresentava redução do peso, pele dura, seca, enrugada e de tonalidade enegrecida; A sua face conservava, de maneira vaga, os traços fisionômicos mostrados em vida. O fenômeno transformativo caracterizado pela descrição é de mumificação. Os sinais indicam um tipo de processo cadavérico conservativo denominado de mumificação. A perda de água e a pele dura e seca são típicos deste fenômeno.
· A putrefação é o processo de decomposição da matéria orgânica por bactérias e pela fauna macroscópica, sendo um fenômeno destrutivo e transformativo, que acaba por devolvê-la à condição de matéria inorgânica. Alguns fatores podem influir e alterar esse processo, dentre eles a temperatura ambiente. Podemos então afirmar corretamente que temperaturas abaixo de zero grau celsius tendem a conservar indefinidamente o corpo. Temperaturas abaixo de zero grau celsius tendem a diminuir drasticamente a ação das enzimas na destruição das células, retardando o processo de autólise, e consequentemente o de putrefação, condição que contribui para uma melhor conservação do corpo.
· Determinada delegacia de polícia, comunicada da existência de um cadáver em estado de putrefação jogado em um canavial de sua circunscrição, deve tomar providências para levantar informações — como, por exemplo, a certificação de tratar-se de pessoa, e não de animal, e o estabelecimento da causa da morte —, além de realizar diligências diversas. Assinale a opção correta acerca das atividades médico-legais nesse caso. Mesmo estando o cadáver em adiantado estado de putrefação, é possível, conforme a especificidade, estabelecer, pelo exame médico-legal, a causa jurídica da morte — suicídio, homicídio, acidente ou morte natural.
· Assinale a alternativa que contém um exemplo de fenômeno cadavérico abiótico consecutivo. Rigidez cadavérica
· Em certa fase da investigação penal, surgem dúvidas quanto à verdadeira causa da morte da vítima de homicídio. Assim, o Juiz determina que o Delegado de Polícia busque os dados que precisa através da: exumação, que pode ser feita a qualquer tempo. 
· A tanatologia forense usa de diversas e poderosas ferramentas para tentar estabelecer a identificação de um cadáver, o mecanismo e a causa da morte, o diagnóstico diferencial médico-legal, entre outras. Com essas considerações, é correto afirmar: a rigidez cadavérica resulta da supressão de oxigênio às células e acúmulo de ácido lático. Embora variável, de maneira geral, começa entre 1 e 3 horas após a morte, em condições de temperatura ambiente usual. Inicia-se na mandíbula e na nuca e progride no sentido craniocaudal, desaparecendo após 24 horas, eventualmente após 36 a 48 horas. 
· Considere a situação em que um cadáver é encontrado por seus familiares em domicílio, 4 dias após a morte. Assinale a alternativa que corresponde ao fenômeno cadavérico que já se desfez, nesse período (4 dias). Rigidez cadavérica. A rigidez cadavérica não será observada no cadáver encontrado no caso, uma vez que tal fenômeno cadavérico desaparece progressivamente do corpo após 24 a 48 horas da morte.
· É muito importanteem Medicina Legal a estimativa do tempo aproximado de permanência de um corpo dentro da água e sua transformação após a morte. Mesmo tendo em conta as múltiplas variáveis que podem atuar, o tempo aproximado de morte e permanência em meio líquido de um corpo que mostrou as seguintes características: “pequenas crostas arredondadas de sais calcários sobre remanescentes da pele” é de três meses de morte. * 1 mês - pele pardecenta ou amarelada, apergaminada, rugosa e friável. * 3 meses - pequenas crostas arredondadas de sais calórico
· Denomina-se o processo especial de transformação, que ocorre no cadáver do feto retido no útero materno, do sexto ao nono mês de gravidez: Maceração. 
· Para se realizar transplante de órgãos, além de seguir as normas legais e éticas vigentes, considera-se como sinal de morte do doador: A suspensão irreversível da atividade encefálica.
· No processo de putrefação do cadáver se sucedem as seguintes fases, pela ordem: Cromática, gasosa, coliquativa e de esqueletização.
· Verificou-se em um cadáver os seguintes fenômenos: rigidez generalizada, esboço de mancha verde abdominal, reforço da fragmentação venosa e desaparecimento das artérias do fundo de olho. Com base apenas nessas observações e desconsiderando outros fatores ambientais, a morte teria ocorrido mais de 16 e menos de 24 horas.
· Um cadáver de homem adulto apresenta rigidez generalizada, manchas de hipóstase fixas no dorso, ausência de mancha verde abdominal e desaparecimento das artérias do fundo de olho. Qual o provável tempo de morte em horas? Mais de oito e menos de dezesseis. 
	
· A presença de coágulos brancos (fibrinosos) nos vasos da base do coração, em um exame de autópsia, denota uma morte agônica. A morte agônica (é a que ocorre lentamente, apresentando vários sintomas da fase terminal) pode ser determinada através de informações hospitalares, exames anatomopatológicos, exames laboratoriais e docimasias (hepática, analisando a taxa de glicogênio; suprarrenal, determinando taxa média de adrenalina; urinária; presença de glicogênio na urina). No caso em tela a visualização de coágulos brancos nos vasos cardíacos.
· Um homem de 25 anos morreu com um fígado preservado quanto à sua reserva de glicogênio, apurada pela docimásia hepática química. Diante dessa informação, pode-se concluir que a morte se deu de forma instantânea. A docimasia hepática de Meissner analisa a taxa de glicogênio. Em caso de morte súbita resulta em positivo para o glicogênio no fígado (se foi instantânea não há tempo para gastar o estoque de glicogênio hepático).
· Assinale a alternativa que contém um achado sugestivo de fenômeno abiótico consecutivo ou mediato pós-morte, bem como a sua correta explicação. Livores de hipóstase de tonalidade violácea encontradas na parte de declive dos cadáveres, causados pela formação do hidrogênio sulfurado combinado com a hemoglobina. Estes livores podem servir para avaliar tempo de morte, causa de morte entre outras informações.
· Constitui um fenômeno transformativo destrutivo observado nos cadáveres: Autólise. As células começam a se autodestruir, em função da acidificação do meio. As enzimas digestórias internas das células são liberadas, acelerando o feômeno.
· Estudando a evolução temporal da putrefação cadavérica, denominamos o seu primeiro sinal externo visível de mancha verde abdominal. A putrefação é uma das etapas de decomposição cadavérica. Divide-se, temporalmente em quatro etapas: cromática, enfisematosa, coliquativa e esqueletização. Na etapa cromática temos o surgimento da mancha verde abdominal, na fossa ilíaca direita. Esse é primeiro sinal visível da putrefação.
· São designados processos Tanatólogicos, conservadores: Saponificação e mumificação. 
· Em uma exumação realizada em um cemitério, o médico-legista se deparou com um caixão hermeticamente selado. Tão logo abriu a tampa superior, verificou que o corpo havia sofrido um fenômeno transformativo típico desse tipo de urna metálica. Trata-se de corificação. A corificação é o tipo de fenômeno transformativo conservador observado no cadáver exumado, descrito na enunciado da questão. Trata-se de um fenômeno o qual pode ocorrer em cadáveres acondicionados em urnas ou caixões metálicos e hermeticamente fechados, principalmente de zinco. O cadáver vai apresentar pele de cor e aspecto do couro curtido, bem conservado.
· Assinale a alternativa correta em relação à saponificação. Transforma o cadáver em uma substância de consistência untosa, mole e quebradiça. é um fenômeno cadavérico transformativo conservador, ocorrendo geralmente em ambientes úmidos e em solos argilosos, com baixa aeração. O cadáver saponificado apresenta aspecto de cera, apresentando coloração amarela, escura e/ou acinzentado, quebradiço e com consistência untuosa e mole, além de odor de queijo rançoso, em face da hidrólise de gorduras.
· São fenômenos transformativos destrutivos: autólise e putrefação. 
· Considera-se morte relativa a abolição efetiva e duradoura de algumas funções vitais, sendo possível a recuperação de algumas delas. Na morte relativa ocorre a parada de alguns centros vitais de forma duradoura, mas ainda reversíveis, ou seja, ainda sendo possível resgatar a vítima com vida.
· Não é atribuição do I.M.L. investigar as causas da morte nos seguintes casos: Mortes presumidamente naturais ocorridas em hospitais com pacientes identificados.
· O estudo da morte na medicina legal é realizado pela Tanatologia forense; Dentro do estudo dos fenômenos cadavéricos, é CORRETO afirmar que: A maceração é o fenômeno destrutivo concomitante à putrefação, resultante da umidade ou excesso de água sobre o cadáver. A maceração é o fenômeno destrutivo, o qual pode ocorrer concomitantemente com a putrefação basicamente em situações onde vítimas se encontram mortas submersas em meio líquido contaminado, ou em fetos (vida intrauterina) retidos a partir do 5º mês de gestação, apresentando características bastante peculiares que descrevem este fenômeno cadavérico.

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