Buscar

Sistema muscular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O tecido muscular se diferencia dos demais tecidos 
diante de algumas funções e características específicas: 
 
● Capacidade de excitabilidade : sinais nervosos e/ou 
outros estímulos, tem a capacidade de gerar um 
potencial de excitabilidade, e é isto que inicia o processo 
de contração muscular. 
● Propriedade de extensibilidade e elasticidade: de 
maneira geral é a capacidade do músculo de “esticar” e 
“contrair”, sem se romper até certo limite. 
● Capacidade de contrair: Esta capacidade é mais 
desenvolvida em células musculares, por conta de sua 
composição de miofilamentos, que são tipos específicos de microfilamentos 
responsáveis pelo encurtamento das células musculares. 
 
E para uma diferenciação de atuações no corpo, existem três tipos de tecido 
muscular: 
● Estriado esquelético: Estão intrinsecamente 
ligados ao sistema esquelético, e são 
responsáveis pela movimentação das 
estruturas envolvidas. As células musculares 
deste tipo de tecido representam o músculo 
estriado, que possui estrias escuras e claras 
que cortam transversalmente essas células. O 
músculo esquelético é inervado pela divisão 
voluntária do sistema nervoso e está sujeito ao 
controle consciente; você consegue controlar 
esse tecido muscular de acordo com a sua 
vontade. Componentes: 
- Ventre muscular : é a porção contrátil 
do músculo, formada por fibras 
musculares que se contraem. 
- Tendão : é um elemento de tecido conjuntivo, que serve para a fixação do 
ventre, em ossos, tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. 
- Aponeurose: um tendão semelhante a uma lâmina plana. 
- Bainhas Tendíneas: são estruturas que formam pontes ou túneis nas 
superfícies ósseas, sobre as quais deslizam os tendões. 
- Bolsas sinoviais: são pequenas bolsas, forradas por uma membrana serosa 
que possibilita o deslizamento muscular. 
● Estriado cardíaco: Se faz presente nas paredes do coração, é um músculo com 
fibras estriadas, que realiza contração involuntária. Na verdade, o músculo cardíaco 
consegue contrair sem nenhum estímulo nervoso. 
● Liso : É um tecido que não contêm estrias, e se encontra na maioria das paredes 
dos órgãos internos. Do mesmo modo que no músculo cardíaco, a divisão 
involuntária do sistema nervoso inerva o músculo liso. 
Anatomi� muscular  
 
 
 
Visando que o estudo está focado no subtipo de tecido muscular que expressa o 
movimento. Neste sentido, várias bainhas de tecido conjuntivo mantêm as fibras de um 
músculo esquelético unidas. Dentre elas estão: 
- Epimísio: camada mais externa. 
- Perimísio: separa as fibras formando os fascículos. 
- Endomísio: cada fibra no fascículo é coberta por esta camada. 
- Fáscia superficial: separa os músculos da pele. 
- Fáscia muscular: circunda o músculo. 
 
E por fim, todas as três bainhas convergem e formam o tendão, a estrutura de tecido 
conjuntivo que une os músculos esqueléticos aos ossos. As bainhas também conferem a 
um músculo grande parte de sua elasticidade natural e carregam os vasos sanguíneos e 
nervos que suprem as fibras musculares. Outrossim, cada músculo esquelético é suprido 
por um nervo, uma artéria e uma ou mais veias, estes ramificam-se no tecido conjuntivo 
intramuscular, com os ramos menores suprindo cada fibra muscular. 
Os músculos e sua conexão com o sistema 
esquelético, requer que cada músculo esquelético 
estenda-se de um osso a outro, atravessando pelo 
menos uma articulação móvel . Assim, quando o 
músculo se contrai, ele faz que um dos ossos se 
movimente, enquanto o outro osso normalmente 
continua fixo. Desta maneira, ocorre uma divisão de 
nomenclatura para entendermos melhor como o 
movimento vai funcionar e compreender a mecânica 
do movimento. 
- A conexão de um músculo ao osso menos 
móvel chama-se origem (inserção proximal) do 
músculo, enquanto a conexão ao osso mais móvel 
se chama inserção (inserção distal) do músculo. 
Assim, quando o músculo se contrai, sua inserção é 
empurrada na direção da origem desse músculo. 
Em suma, os músculos conectam-se às suas origens e inserções por meio de tecido 
conjuntivo fibroso e forte que se estende até o periósteo fibroso do osso. Em ligações 
diretas , os cordões de fixação do tecido conjuntivo são tão curtos que os próprios 
 
fascículos musculares parecem se conectar diretamente ao osso. Nas conexões indiretas , 
o tecido conjuntivo estende-se bem além do final das fibras musculares, formando a 
aponeurose . 
  
A fibra muscular é formada por células 
alongadas, se forma a partir de centenas de 
células embrionárias e por conta disso, contêm 
diversos núcleos, que estão situados na periferia 
de cada fibra. No microscópio, as estrias claras e 
escuras nas fibras musculares esqueléticas são 
claramente visíveis. 
 
 
 
E estas são resultantes de uma 
estrutura interna conhecida como 
organelas longas, chamadas 
miofibrilas , e são organelas contráteis 
especializadas e exclusivas do tecido 
muscular. Estas estruturas são 
formadas por miofilamentos , que são 
a parte contrátil do tecido. As 
miofibrilas, em uma fibra, são 
separadas umas das outras por 
principalmente mitocôndria e 
glicossomos, ambos fornecendo 
energia para a contração. Em suma, 
uma miofibrila é composta de 
segmentos repetidos, chamados 
sarcômeros , que são a unidade 
básica de contração no músculo esquelético. 
Nas extremidades entre os sarcômeros encontramos a banda Z, e conectados a 
este estão os miofilamentos chamados filamentos de actina . No meio dos sarcômeros por 
cima dos filamento de actina, estão as proteínas miosina. Eles também contêm enzimas 
ATPase que quebram o ATP para liberar a energia necessária para a contração muscular. 
Ademais, a região de cada sarcômero chama-se banda A , a parte mais central desta, na 
qual nenhum filamento alcança, é chamada de banda H. A linha M no centro da banda H 
contém bastonetes minúsculos que unem os filamentos de miosina. As duas regiões em 
ambos os lados da banda A, que contêm apenas filamentos de actina, são chamadas 
banda I . 
Cada fibra muscular esquelética contém dois conjuntos de túbulos que participam da 
regulação da contração muscular: o retículo sarcoplasmático e o sistema de túbulostransversos. 
- Retículo sarcoplasmático (RS): é um retículo endoplasmático liso elaborado, que 
circunda a miofibrina e segue longitudinalmente ao longo da miofibrila. Outros 
túbulos do RS, chamados cisternas terminais, formam grandes e perpendiculares 
Histologi� d� tecid� muscular  
 
canais cruzados sobre a junção entre cada banda A. O retículo sarcoplasmático e as 
cisternas terminais armazenam grandes quantidades de íons cálcio, que são 
liberados quando o músculo é estimulado a se contrair. 
- Sistema de túbulos transversos (túbulos T): são invaginações profundas do 
sarcolema localizadas entre cada par de cisternas terminais. Como os túbulos T são 
continuações do sarcolema, eles conduzem cada impulso até as regiões mais 
profundas da fibra muscular, garantindo assim que as miofibrilas profundas 
contraiam simultaneamente com as superficiais. 
 
Dando continuidade, há vários tipos de fibras musculares esqueléticas são 
categorizados de acordo com duas características: como produzem energia (ATP) e com 
que velocidade se contraem. Algumas fibras musculares produzem predominantemente 
ATP de modo aeróbico e, portanto, são chamadas fibras oxidativas . Outras produzem o 
ATP de modo anaeróbio via glicólise, sendo chamadas fibras glicolíticas . Com base 
nessas características, as fibras musculares são divididas em três classes gerais: fibras 
lentas oxidativas (LO), fibras rápidas glicolíticas (RG) e fibras rápidas oxidativas (RO) . 
 
Quanto a localização: 
1. Superficiais ou cutâneos 
Estão logo abaixo da pele e apresentam 
no mínimo uma das suas inserções na camada 
profunda da derme. Estão localizados na 
cabeça, pescoço e nas mãos. Exemplo é o 
platisma apresentado na imagem ao lado. 
2. Profundos ou Subaponeuróticos 
São músculos que não apresentam 
inserções na camada profunda da derme, e em 
grande parte das vezes se inserem nos ossos. 
Ademais, estão localizados na fáscia superficial. 
Um exemplo é o pronador quadrado. 
 
Quanto a forma: 
1. Longos 
São encontrados principalmente 
nos membros, os que estão mais 
superficiais são mais longos. Exemplo é 
o bíceps braquial. 
2. Curtos 
Encontra-se nas articulação 
onde os movimentos tem pouca 
amplitude, o que não exclui força nem 
especialização. 
3. Largos 
Caracteriza-se por ser laminar, são encontrados nas paredes de grandes cavidades, 
um exemplo é o diafragma. 
 
Classificaçã� d� múscul�  
 
Quanto à disposição da fibra: 
1. Reto : Paralelo à linha média. 
2. Transverso: perpendicular à linha 
média. 
3. Oblíquo: Diagonal à linha média. 
 
Quanto a função: 
1. Agonistas: são os músculos principais que ativam um movimento específico do 
corpo, eles se contraem ativamente para produzir o movimento desejado. 
2. Antagonistas: são aqueles que se opõem às ações dos agonistas, quando o 
agonista contrai, o antagonista relaxa e assim por diante. 
3. Sinergistas: são aqueles que estabilizam as articulações, para que não ocorram 
movimentos indesejáveis. 
4. Fixadores: estabilizam a origem do agonista de modo que sua ação seja m ais 
eficiente. Assim, estabilizando a parte proximal do membro quando move-se para a 
parte distal. 
 
 
 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
 
 
 
Moment� decoreb� anatomi�  
Face 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pescoço 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dorso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Membros superiores 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tórax 
 
 
 
Membros superiores 
 
 
Ombro 
 
 
 
 
 
Braço 
 
Antebraço 
 
 
 
 
 
Mão 
 
 
 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
 
 
 
Quadril 
 
Membros inferiores 
 
Coxa 
 
 
Perna 
 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
 
 
 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
 
Pé 
 
 
Contraçã� Muscular   
 
Posso subdividir a contração muscular em duas partes para melhor exemplificar, a 
junção neuromuscular e visão proteica. Na visão neurológica, para que ocorra a contração 
necessariamente deve ocorrer sinapse, portanto, o axônio de um neurônio motor 
ramifica-se e inerva uma série de fibras no músculo esquelético. Esse neurônio motor, 
produz a acetilcolina a partir dos produtos da respiração celular na mitocôndria e a 
proteína extracelular “colina”, esse neurotransmissor 
entre suas diversas funções está a transmissão do 
impulso nervoso, abrindo canais na membrana 
permitindo a passagem de Na+ e K+ , gerando o 
potencial de ação. 
Neste âmbito, a adição de carga positiva líquida 
à fibra muscular despolarizada gera o potencial da 
placa terminal (PPT), esse potencial é conduzido ao 
longo da superfície da fibra muscular e para os túbulos 
T, por conta da abertura sequencial de canais de 
Na+ , tornando o meio externo negativo e dentro do 
sarcolema positivo. Durante esse processo, o receptor 
de di-hidropiridina (DHP) presente na membrana do 
túbulo T, que é sensível a este sinal elétrico, altera sua 
conformação, abrindo os canais de liberação de Ca2+ 
do retículo sarcoplasmático, controlados pelo receptor 
de rianodina (RyR) que é conectada mecanicamente a 
DHP. 
Com o aumento de Ca2+ no citosol, começa a fase 
integralmente proteica, onde esse íon se conecta a 
proteína troponina presente na actina (proteína 
contrátil presente na fibra muscular), gerando a 
mudança de posição da proteína tropomiosina , também presente na actina, e que antes 
da presença do cálcio fica sobreposta aos sítios de ligação miosina/actina. Porém, para que 
a contração ocorra existe ainda a necessidade de um estado energizado, sendo assim, 
após uma contração, as duas proteínas ficam conectadas, miosina e actina, situação essa 
chamada de estado de rigidez, onde não tem energia para que a contração ocorra. 
Ademais, o ATP se liga a cabeça da miosina, e nesse processo ela se desprende da 
actina, assim que o ATP se acopla, enzimas o hidrolisam, sintetizando ADP e Pi, a cabeça 
da miosina gira e liga-se novamente a actina, ficando engatilhada, pronta para que o 
processo de contração ocorra esperando o sinal de cálcio para que a proteína contrátil 
deslize e ocorra a contração efetivamente. Agora, com a atividade elétrica engatilhada, 
somado ao sinal de cálcio e a liberação dos sítios de ligação livres, ocorre o movimento de 
força, onde a actina desliza em direção da linha M (linha central) sobre a miosina e os dois 
disco Z em cada extremidade se aproximam, gerando a contração da fibra. 
 
Explicando a fisiologia para o paciente 
Eu como estudante de medicina explicaria para o/a (nome do paciente) da seguinte 
forma: Os músculos são estruturas formadas por proteínas que têm a capacidade de se 
esticar e contrair. Para que isso aconteça, nosso cérebro manda mensagens para a 
membrana dos nossos músculos, que recebem esse sinal elétrico, e liberam cálcio para a 
região das fibras que se contraem utilizando energia. Dessa maneira, é necessária uma 
 
 
 
 
alimentação balanceada, que forneça energia e substrato proteico para a realização 
desse processo que é tão básico para o movimento. 
Questão ACD 
Após alguns dias, ao retornar a casa da Família Damásio, Gisele foi recebida por Dona 
Clementina que estava sentada na rede, observando a Bisneta ensaiar golpes do Judô. 
As duas estavam sozinhas em casa, visto que Sônia acompanhou Sabrina à fisioterapia. 
Dona Clementina com lentidão e dificuldades se levantou da rede e demorou para 
encontrar no molho de chaves a que abriria o cadeado do portão: 
- Boa tarde, Dona Clementina, como a senhora está? 
- Ai minha filha.. estou bem mas com umas dores nas costas e nas pernas. Essa menina, 
mesmo magrinha, me dá um trabalho. Ela não para quieta, fica ensaiando esses golpes o 
dia todo e pedindo pra eu imitar. Eu passo o dia correndo atrás dela, da cozinha pro 
quarto, do quarto pra sala. Estou sempre cansada, ainda bem que nossa casa é 
pequena, tem só 4 cômodos. 
- Criança é assim mesmo, Dona Clementina - diz Gisele. 
- Mas essa é demais, esse judô deixa a menina cansada, mas ela não pode falar senão a 
mãe fica brava. Ela vai para o treino 3 dias da semana, passa 2 horas lá e os demais dias 
vive treinando os passos aqui em casa, mais de 4 e 5 horas treinando. Ela não come 
direito, pois diz que não pode engordar. E ela está reclamando de uma dor no tornozelo. 
Até a professora da escola disse que ela não acompanha os coleguinhas da escola, ela 
 
 
A dor do crescimento é uma das causas mais comuns de dor musculoesquelética na 
infância, geralmente é bilateral, localizada na coxa ou na perna. Ocorre em média com 
crianças entre os três e os 12 anos de idade. Ademais, a origem das dores de crescimento 
é desconhecida. Contudo, aparentemente essa dor não têm a ver com o crescimento pois: 
não coincidem com os períodos de maior crescimento (primeiros dois anos de vida e 
puberdade); raramente afetam os membros superiores e outras zonas do corpo, que 
também crescem; e não afetam o crescimento das crianças que as têm. O seu diagnóstico 
é clínico, com base em critérios de inclusão e de exclusão. Outras etiologias também são 
aceitas como responsáveis pela dor do crescimento a de origem por fadiga, por 
hiperatividade, fatores anatômicos, ou psicogênicos e pode ser acompanhada por cefaléia 
ou dor abdominal. Em muitos casos bastará o esclarecimento da família acerca da natureza 
benigna destes episódios, evitando deste modo preocupações e medos desnecessários. 
Muitascrianças obtêm alívio da dor com a massagem das zonas dolorosas ou através da 
aplicação de calor local. Na maioria dos casos não está indicada a administração de 
qualquer medicamento pois as dores são de curta duração. 
 
É a incapacidade de o músculo esquelético gerar elevados níveis de força muscular 
ou manter esses níveis no tempo designa-se por fadiga neuromuscular. Podemos 
classificá-la inicialmente em fadiga crônica ou aguda. A crônica é formada por diversos 
processos de recuperação incompleta durante um período longo de treinamento intenso. Os 
principais sintomas são indisposição, cansaço, gripes e resfriados constantes. Ademais, a 
nem sabe identificar a letra do nome dela. 
1. Mediante o relato da bisavó, justifique o aparecimento de dores no tornozelo de 
Anne. 
As dores de Anne são provavelmente causadas pelo excesso de treino de judô que ela 
realiza, sendo entre 4 a 5 horas por dia. Gastando muita energia, gerando uma fadiga 
muscular excessiva, o que causa a dor. Essa fadiga tem como principal causa fisiológica, 
a diminuição dos níveis de ATP, durante o exercício intenso, o glicogênio dessa região é 
depletado, diminuindo a ressíntese de ATP e, consequentemente a liberação de cálcio, 
dificultando o processo contrátil do músculo.Entende-se essa fadiga muscular excessiva 
mediante o treino, como overtraining, acredita-se que a gênese da síndrome de 
overtraining esteja diretamente relacionada com uma estratégia de treinamento 
denominada “teoria da supercompensação”, que se fundamenta no princípio da 
sobrecarga progressiva. Algumas orientações que podem ser dadas para esse caso são 
nutricionais, para que os músculos tenham energia suficiente para que ocorra a 
contração, sem essa energia, o músculo fica em estado de rigidez, ocasionando essa 
fadiga intensa. Portanto, uma alimentação balanceada e com alimentos energéticos 
presentes como carboidratos e lipídios, ajudam no suprimento necessário na atividade 
física. Ademais, essa ausência de energia por falta de carboidratos e gordura, pode 
ocasionar a degradação de proteínas, desestruturando desde o sistema imune ao tecido 
muscular. Não esquecer também, de manter-se hidratado, mediante a perda volêmica 
pelo suor, e para manter os níveis de eletrólitos adequados. E lembrar a Anne que o 
tempo de recuperação é tão importante quanto o tempo de treinamento, além de aliviar 
efeitos psicológicos de sobrecarga, fornece mais tempo para que o músculo se recupere 
da intensa atividade realizada. 
Dor d� cresciment�  
Fadig�   
 
fadiga aguda está relacionada com a incapacidade em realizar determinada atividade em 
uma única sessão de treinamento, e é causada por alterações fisiológicas que 
impossibilitam a continuidade do exercício, está ainda pode ser dividida em central e 
periférica. 
A fadiga central refere-se às alterações no funcionamento cerebral, ocasionadas 
pelo exercício intenso ou prolongado, um exemplo comum é a diminuição da secreção de 
neurotransmissores na fenda pré-sináptica. A fadiga de origem central traduz-se numa falha 
voluntária ou involuntária na condução do impulso que promove (i) uma redução do número 
de unidades motoras ativas e (ii) uma diminuição da frequência de disparo dos motores 
neurônios. Quanto à fadiga periférica, esta caracteriza-se pelas alterações decorrentes do 
exercício relacionadas à liberação e reabsorção da acetilcolina, propagação do potencial 
elétrico na fibra muscular, liberação e reabsorção de cálcio nas cisternas do retículo 
sarcoplasmático, acúmulo de metabólitos e depleção de glicogênio muscular durante o 
processo de contração muscular. 
Ocorre principalmente pela diminuição dos níveis de ATP, durante o exercício 
intenso, o glicogênio dessa região é depletado, diminuindo a ressíntese de ATP e, 
consequentemente, a liberação de cálcio. Isso acontece mediante a deficiência da 
reposição de ATP durante a atividade física, uma grande quantidade de fosfato inorgânico 
livre acumula-se, ocasionando a precipitação do cálcio, que ocorre dentro do lúmen do 
retículo sarcoplasmático, diminuindo a quantidade de cálcio livre para ser utilizado na 
contração. Mas em contraposição, o aumento excessivo de quantidade de Ca2 + livre, pode 
diminuir a reabsorção deste íon da zona de ligação entre actina e miosina, aumentando 
risco de toxicidade intracelular. 
Quase concomitante ao início do exercício, o ATP começa a ser ressintetizado 
diante da hidrólise da fosfocreatina (CP), formando creatina e fosfato inorgânico. Ou seja, 
uma concentração relativamente baixa de CP induz uma ressíntese de ATP menor e mais 
lenta, diminuindo inevitavelmente a intensidade do exercício realizado. Ademais, ainda 
envolvendo a CP, o acúmulo de ADP após a ação contrátil, ocasiona indiretamente a 
depleção de CP e consequente diminuição na velocidade de ressíntese de ATP. Esse ADP, 
em altas concentrações, dificulta o “desprendimento” da cabeça da miosina dos sítios ativos 
da actina e, consequentemente, diminui a velocidade de contração. 
 
Obs.: o aumento das concentrações de íons H+ e diminuição do pH dificulta a ressíntese de 
ATP 
 
 
Endomorfo: 
• são pessoas que possuem facilidade para engordar 
• Dificuldade para conseguir definição 
• Maior acúmulo de gordura corporal 
• Metabolismo lento e dificuldade para controlar a ingestão de calorias. 
• Possui formas arredondadas e acúmulo de gorduras. 
• O abdome é proporcionalmente maior que o tórax e os braços e pernas são 
curtos e flácidos. 
Ectomorfo: 
• Estrutura óssea pequena, peitoral reto, ombros pequenos, metabolismo 
acelerado e dificuldade para ganhar massa muscular. 
• As características das fibras musculares dos ectomorfos possuem o 
predomínio oxidativo, ou seja, mais mitocôndrias e alta capacidade oxidativa 
geralmente. 
• Possui corpo e membros longilíneos, com os ombros largos e caídos. 
Mesomorfo: 
• Possui corpo musculoso com formas angulosas. 
• O peito é proporcionalmente mais largo que o abdome. 
• Os membros são musculosos e fortes, os quais possuem estrutura óssea 
grande, mais massa muscular e aparência esportiva. 
• Este biotipo corporal tem facilidade tanto para hipertrofia muscular quanto parametabolizar gordura. 
• Os mesomorfos poderão ingerir mais calorias que o necessário sem se 
preocupar tanto com ganho indesejado de gordura já que o corpo consegue 
otimizar o metabolismo dos nutrientes. 
Biótip�   
 
 
Acredita-se que a gênese da síndrome de overtraining esteja diretamente 
relacionada com uma estratégia de treinamento largamente utilizada pela grande maioria 
dos treinadores, denominada “teoria da supercompensação”, que se fundamenta no 
princípio da sobrecarga progressiva. Essa teoria afirma que as reservas energéticas gastas 
durante o processo de contração muscular são refeitas ou repostas apenas no período de 
recuperação, ou seja, de descanso. Essa reposição, por sua vez, não é feita em proporção 
igual à condição anterior ao exercício, mas acima dessa condição, o que caracteriza o 
processo de supercompensação. 
Contudo, a interrupção antecipada dos períodos de recuperação, aliada ao aumento 
progressivo do volume ou da intensidade de treinamento, torna a rotina do atleta cada vez 
mais extenuante. Essa “exaustão” temporária induzida pelo excesso de treinamento tem 
sido denominada overreaching, uma condição facilmente recuperada em curto prazo. 
Infelizmente, em diversos casos os atletas submetidos a essa sobrecarga de treinamento 
não se recuperam da maneira planejada e passam a apresentar os sintomas da síndrome 
de overtraining, tais como fadiga generalizada, depressão, apatia, dores musculares e 
articulares, infecções do trato respiratório superior e diminuição de apetite, dentre outros. 
 
Overtraining: Algumas hipóteses propostas como as possíveis causadoras da 
ativação desses sistemas, tais como: Lesão, inflamação e citocinas; Redução dos estoques 
muscular e hepático de glicogênio; Diminuição da disponibilidade de glutamina durante o 
exercício; Hipótese da fadiga central. 
Orientações 
• Alimentação: A nutrição é crucial para o atleta, para que os músculos tenham energia 
suficiente para que ocorra a contração, sem essa energia, o músculo fica em estado de 
rigidez, ocasionando essa fadiga intensa. Portanto, uma alimentação balanceada e com 
alimentos energéticos presentes como carboidratos e lipídios, ajudam no suprimento 
necessário na atividade física. Ademais, essa ausência de energia por falta de carboidratos 
e gordura, pode ocasionar a degradação de proteínas, desestruturando desde o sistema 
imune ao tecido muscular. Não esquecer também, de manter-se hidratado, mediante a 
perda volêmica pelo suor, e para manter os níveis de eletrólitos adequados. 
• Quantidade de treinos: O tempo de recuperação é tão importante quanto o tempo de 
treinamento, além de aliviar efeitos psicológicos de sobrecarga, fornece mais tempo para 
que o músculo se recupere da intensa atividade realizada. 
Overtrainin� � overreachin�

Continue navegando