Buscar

Acidente em Pediatria

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PEDIATRIA 
ACIDENTES NA INFÂNCIA 
PRINCIPAIS RISCOS EM RELAÇÃO A FAIXA ETÁRIA 
- Lactentes → queimaduras, intoxicações, quedas 
- Pré-escolar → atropelamentos, quedas de lugares altos, ferimentos com brinquedos, queimaduras 
- Escolar → atropelamentos, quedas de bicicleta, traumatismos dentários, ferimentos com arma de fogo 
- Adolescente → desastre de automóveis e motocicleta, atropelamentos, queda de bicicleta, fraturas 
associadas a práticas esportivas, afogamento, homicídio, intoxicações por drogas 
ORIENTAÇÕES PARA OS PAIS DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA 
- 0-1 ano: 
- Nunca deixar a criança sozinha. 
- Grades protetoras no berço; 
- Baixar o estrado e o colchão do berço, assim que o bebê estiver sentando sem apoio; 
- Não deixar travesseiros, brinquedos ou objetos soltos no berço; 
- Espaço entre as grades não deve ser maior do que 8 – 9 cm; 
- Andadores devem ser contra indicados. 
- 1-4 anos: 
- Proteção nas janelas, escadas, travas 
- Manter portas trancadas, com acesso à cozinha e lavanderia restrito 
- 5-9 anos: 
- Prestar atenção onde anda ou corre 
- Cuidado com trânsito 
- Acima de 9 anos: 
- Desencorajar brincadeiras e jogos em varandas ou terraços 
- Equipamentos de segurança nas atividades de esporte e lazer 
- Evitar atividades sobre efeito de medicamentos que produzam sonolência 
PRINCIPAIS CUIDADOS 
CUIDADOS GERAIS NA ALIMENTAÇÃO DO BEBÊ 
- Sempre testar a temperatura de mamadeiras no dorso da mão antes de oferece-las ao bebê 
- Colocar o bebê em posição elevada para mamar e deixá-lo sentado durante outras refeições 
- Após as mamas ou refeições, deixar o bebê levantado por alguns minutos para evitar que engasgue 
com leite ou alimento eventualmente regurgitado 
- Nunca deixar o bebê ou criança mamando ou alimentando-se sozinha, sem supervisão 
- Se usar cadeirão: manter vigilância constante e prender a criança com cinto de segurança, além de 
encostar o cadeirão na parede para evitar que balance e tombe 
CUIDADOS NA HORA DO BANHO 
- Testar a temperatura da água do banho (mergulhando seu cotovelo na água) antes de colocar o bebê 
na banheira 
- Colocar no máximo 15 cm de água na banheira 
- Nunca deixa o bebê sozinho na banheira, para evitar que escorregue e se afogue 
- Sempre esvaziar a banheira após o uso 
- Na hora de trocar as roupas, não deixar o bebê ou criança sozinhos em lugares altos, pois poderão 
cair 
CUIDADOS COM OBJETOS 
- Não colocar cordões, correntes ou fitas ao redor do pescoço do bebê e não usar pulseiras nos braços 
- Não usar prendedores de cabelos muito pequenos 
- Afastar qualquer objeto pequeno para evitar que a criança leve à boca 
- Dar para a criança apenas brinquedos adequados para a sua idade, de acordo com as instruções do 
fabricante e com selo do Inmetro 
CUIDADOS COM MEDICAMENTOS 
- Não dar medicamentos para a criança sem orientação médica 
- Nunca dar medicamentos no escuro, sempre ler o rótulo antes 
- Não deixar medicamentos em locais de fácil acesso 
AMBIENTES 
COZINHA 
- É o ambiente mais perigoso da casa 
- Para evitar queimaduras: 
- Não permitir crianças na cozinha quando se estiver cozinhando 
- Manter as panelas nas bocas de trás do fogão, com os cabos voltados para dentro ou para o centro do 
fogão 
- Não permitir que crianças brinquem com fósforos, isqueiros ou outros objetos que produzam 
chamas 
- Para evitar ferimentos: 
- Ficar, garfos e outros utensílios devem ser mantidos em gavetas trancadas 
- Colocar protetores nas arestas dos móveis da cozinha se eles tiverem pontas 
- Copos, travessas e utensílios que possam quebrar devem ser mantidos em armários altos e fechados 
- Manter o piso limpo de óleo ou água para evitar quedas 
- Para prevenir intoxicações e contaminações: 
- Manter sabão, detergente e outros produtos de limpeza em armários trancados 
- Manter o recipiente de lixo tampado 
- Manter o botijão de gás fora da cozinha e fechar a válvula de segurança quando ele não estiver em 
uso 
BANHEIRO 
- É o segundo lugar mais perigoso da casa 
- Manter sempre a porta fechada e evitar que as crianças pequenas entrem no banheiro sem a companhia 
de um adulto 
- Tirar a chave da porta para evitar que as crianças se tranquem no banheiro 
- Colocar piso ou tapete antiderrapante na banheira e no chuveiro 
- Verificar se pia e vaso sanitário estão bem presos e não deixar que a criança se pendure na pia 
- Não deixar cadeiras ou banquinhos no banheiro 
- Guardar tesoura, lâminas e aparelhos de barbear em armários altos e trancados 
QUARTO DA CRIANÇA 
- Para evitar sufocação: 
- Usar berços com vão estreitos entre as barras das grades (no máximo 6cm de distância) 
- Não deixar fraldas, plástico e outros objetos soltos nos berços ou na cama 
- Para prevenir quedas: 
- Manter altura adequada do estrado e do colchão do berço, para que a criança não pule ou debruce 
sobre a grade 
- Evitar que crianças pequenas durmam na porção superior do beliche, pois é grande o risco de queda 
- Instalar grades de proteção e escada no beliche 
EM TODOS OS CÔMODOS 
- Para prevenir quedas: 
- Colocar grades ou redes de proteção nas janelas, varandas e sacadas 
- Não permitir que crianças subam em móveis 
- Cuidado com brincadeiras de pular na cama ou sofá 
- Não deixar móveis próximos das janelas e sacadas que não tenham tela de proteção 
- Desestimular uso de andadores 
- Instalar portões no topo e na base das escadas e corrimão nos dois lados 
- Evitar o uso de tapetes e, quando colocá-los, usar aqueles com proteção antiderrapante 
- Para evitar ferimentos e queimaduras: 
- Não ter móveis com arestas ou pontas que possam ferir as crianças, ou então colocar protetores 
nas pontas dos mesmo 
- Não permitir o acesso de crianças a objetos que tenham pontas ou extremidades ou faces cortantes 
ou que produzam chamas 
- Não ter armas de fogo em casa 
NO QUINTAL 
- Portão de saída deve ser mantido permanentemente trancado 
- Ter muros altos ao redor da casa 
- Em caso de prédios ou condomínios, não permitir que as crianças usem as escadas ou o elevador sem a 
supervisão de um adulto 
- Para evitar intoxicações e contaminações: 
- Não ter plantas tóxicas no jardim ou em vasos, ao alcance das crianças 
- Ensinar as crianças a não colocarem plantas na boca 
- Manter as crianças afastadas das plantas que foram tratadas 
- Não juntar lixo no quintal 
- Manter o recipientes de lixo sempre tampado 
- Não permitir o acesso de crianças a fogueiras e fogos de artifício 
- Não permitir que crianças subam ou brinquem na laje que não tenha barreira de proteção 
- Não deixar a chave do carro no contato 
- Manter ferramentas, instrumentos de jardinagem e churrasqueiras portáreis em armários altos e 
trancados 
- Se tiver piscina, ela deverá ser cercada, com portão trancado e coberta com proteção quando não 
estiver em uso. Além disso, deve-se vigiar constantemente as crianças na piscina 
NO ENTORNO DA CASA 
- Nunca deixar as crianças sem a supervisão de adultos 
- Não permitir que as crianças brinquem, corram, joguem bola ou andem de bicicleta em ruas com 
trânsito de veículos motores 
- Acompanhar as crianças à escola, na ida e na volta, até pelo menos os 12 anos de idade, ou até depois 
dessa idade se for necessário atravessar grandes avenidas 
- Ao atravessar a rua, segurar no punho da criança. Encontra o local mais seguro para atravessar e, 
quando existirem, usar a faixa de pedestre e passarelas 
- Orientar os adolescentes que, se usarem a rua, trafeguem sempre na direita, sempre no mesmo sentido 
dos veículos, sempre durante o dia e portando equipamento de segurança 
ACIDENTES 
FERIMENTOS DE PARTES MOLES 
- São lesões que comprometem os tecidos de revestimento. Raramente oferecem riscos de morte, 
entretanto podem evoluir com sequelas 
- Faz parte da avaliação secundária no ABCDE do trauma 
- Tratamento: 
- Limpeza: água com sabão ou SF 0,9% 
- Compressão local e sutura apenas para aproximar os tecidos 
- Remoção de tecido desvitalizado 
- Uso de antimicrobiano 
- Retirada de corpo estranho 
- Orientação paraos pais: 
- Não subestimar a profundidade e extensão do ferimento, retardando o atendimento médico 
- Ferimentos limpos podem se tornar potencialmente contaminados 
- Lave bem o ferimento com água corrente 
- Ferimento sangrante: compressão no local 
- Equívocos mais comuns: 
- Retirada precoce ou tardia dos pontos 
- Suturar mordedura de animal, exceto em situações especiais 
- Suturar ferimentos profundos em um único plano 
- Assepsia e antissepsia insuficientes 
- Esquecer de checar imunização contra tétano 
FRATURAS 
- O que fazer com a criança com suspeita de fratura: 
- Observar a presença de edema no local, dor e dificuldade de movimentação do membro 
- Movimentar o local afetado delicadamente e depois fazer a criança repetir o movimento. Caso se 
observe dificuldade da criança movimentar-se, considerar fratura → raio-X e imobilização 
- O que fazer com a criança com fratura definida: 
- Imobilizar o local da fratura, usar talas que poderão ser feitas com papel ou papelão, almofadas 
- Se necessário, cortar a roupa da criança ou retirá-la para facilitar a circulação do membro fraturado 
- Não tentar colocar o membro em posição correta quando a fratura for nas articulações 
- Verificar compressão vascular (se o membro mudou de cor) 
QUEIMADURA 
- Um dos acidentes mais frequentes na pediatria 
- Menores de 5 anos 
- Lesão por escaldura 
- Maioria dos acidentes fatais é associada com a chama, que determina queimadura mais profunda 
- Principal agente → álcool 
- Queimadura elétrica (3-12%) → grave 
- Atendimento inicial no local do acidente: 
- Apagar o fogo e afastar a criança do agente agressor 
- Retirar roupas ou substâncias aderidas à pele queimada 
- Resfriar a lesão 
- Envolver com lençol, agasalhar 
- Encaminhar para atendimento médico 
- Resfriamento com água fria é o melhor tratamento de urgência da queimadura → aliviar a dor, 
diminuição a profundidade da lesão, edema e mortalidade. Duração do banho deve ser de 15 a 60 
minutos 
- No hospital: 
- Manter a permeabilidade das vias aéreas 
- Administrar O2 
- Avaliar necessidade de intubação 
- Terapia hídrica → controle de diurese 
- Tratamento hospitalar para casos de → 2º grau mais que 10% da superfície corporal, 3º grau em 
mais que 3% da superfície corporal ou ainda queimadura de face, mãos, pés, genitais, pacientes 
diabéticos, desnutridos ou queimaduras elétrica 
- Prevenção de queimadura: 
- Não deixe fios desencapados dentro de casa e coloque tampas de proteção nas tomadas 
- Nunca solte pipa perto de rede elétrica 
- Evitar exposição solar entre 10 e 16 horas 
- Nunca use álcool para acender churrasqueira 
- Lamparinas e velas devem estar longe do alcance das crianças 
CHOQUE ELÉTRICO 
- Principalmente crianças abaixo de 5 anos 
- Fios desencapados, introdução de objetos condutores nas tomadas 
- Fatores → resistência da pele (conforme idade, peso, contato com água, espessura da pele, local do 
corpo), intensidade da corrente e duração do estímulo 
- Corrente alternada é mais grave → tetania, impedindo a vítima de se afastar 
- Quadro clínico: 
- Queimaduras → todos os órgãos podem ser atingidos. Pode haver lesão mínima superficial e graves 
lesões internas 
- Cardíaco → infarto, FV, arritmias transitórias, taquicardia, hipertensão, sudorese (liberação de 
catecolaminas) 
- Pulmonares → pneumonia aspirativa, lesões térmicas pulmonares com insuficiência respiratória 
grave 
- Neurológicas → agitação, perda de consciência, amnésia, cefaléia, convulsões 
- Lesões músculo-esqueléticas → fraturas, luxações 
- Infecções → Clostridium, Pseudomonas e estafilococos 
- Mioglobinúria levando a IRA 
- Tratamento pré-hospitalar: 
- Retira a vitima da fonte de corrente, observando manobras de segurança → desligar a chave geral e 
retirar o fio da tomada, remover o fio em contato com a criança utilizando um objeto isolante 
- Observe movimentos respiratórios, batimentos cardíacos e pulsos periféricos 
- Estado de consciência 
- Locais de possível entrada e saída da corrente 
- Extensão dos ferimentos 
- Tratamento hospitalar 
- ABCDE 
- Apnéia: RCP, monitorizar, FV x Assistolia (diferentes abordagens) 
- Reposição da volemia → avaliar sinais de perfusão tecidual, fazer expansões de modo agressivo 
- SNG 
- Avaliar edema cerebral 
- Medidas neuroprotetoras 
- Mioglobinúria (necrose muscular) → uso de diuréticos osmóticos 
- Avaliar sinais de traumatismo 
ACIDENTES DE TRÂNSITO 
- A partir do primeiro ano de vida o trauma é a maior causa de morbimortalidade 
- Trânsito ocasiona a cada ano mais de um milhão de mortes e cerca de 10 milhões de lesões 
incapacitantes 
- Locais mais vulneráveis → cabeça e pescoço 
- Equívocos mais comuns dentro do carro: 
- Conduzir a criança no colo ou no banco dianteiro 
- Não usar o assento de segurança adequado para cada faixa etária 
- Permitir que: adolescentes usem o cinto de forma não apropriada, crianças andem sozinhas nas ruas 
antes dos 12 anos, adolescente não habilitado dirija, criança usar cinto de segurança de adulto antes 
da hora, altura mínima de 1,45m para estar no banco da frente 
ACIDENTES POR SUBMERSÃO 
- Segundo OMS: 4ª causa de morte entre 5-14 anos 
- No Brasil: 3ª causa de morte em todas as idades e 2ª causa em crianças de 1-14 anos 
- Distribuição bimodal: < 4 anos e 15-19 anos 
- Predomínio masculino: 3:1 crianças e 4:1 adolescentes 
- Maioria em água doce 
- Afogamento ocorre quando a criança é deixada sozinha por alguns instantes e muitos pais ou 
responsáveis não compreendem que a ocorrência é silenciosa 
- Menores de 1 ano: 
- Banheira, vaso sanitário, baldes, tanques 
- Podem morrer em recipientes com 5 cm de água 
- 1 a 4 anos: piscinas, banheiras, reservatórios e oceano 
- 5 a 14 anos: piscinas, lago, represa e oceano 
- Adolescentes: mar aberto, lagos, rios e esportes aquáticos, uso de bebida álcoolica em 25-50% dos 
casos 
- Prognóstico depende de fatores como: temperatura da água, tempo de submersão, ocorrência de 
cianose ou apnéia e intervalo até ser iniciado a ressuscitação cardiopulmonar 
- Conscientes: bom prognóstico 
- Confuso: 90% bom prognóstico 
- Em coma: 1/3 morrem e 1/5 apresentam déficit neurológico 
- Alta chance de mortalidade em casos de: 
- Submersão com intervalo de tempo superior a 25 min 
- RCP sem sucesso por mais de 25 minutos 
- Entrada no hospital em parada cardiorrespiratória 
- Tratamento: 
- Prioridade: via aérea, com RCP ainda na água se possível 
- Se estiver em apneia → ABC com respiração boca a boca e massagem cardíaca, além de colocar o 
paciente em superfície rígida 
- Vias aéreas devem ser limpas 
- Evitar manobras de retirada de água dos pulmões 
- Pacientes inconscientes → suspeitar de traumatismo crânio facial, colocar em posição neutra, 
superfície rígida e manobra de elevação da mandíbula 
- No hospital: manter RCP. Intubação. Ventilação mecânica com altos parâmetros. Exames 
complementares (gasometria, raio X de tórax, HC, eletrólitos, função renal, glicemia) 
ASPIRAÇÃO DE CORPO ESTRANHO 
- Lactentes e crianças menores: 
- Pico: 6 meses e 3 anos 
- Mais no sexo masculino (2:1) 
- Obstrução total ou parcial: dependendo da idade, tipo de corpo estranho e localização nas vias aéreas 
- Quadro: tosse paroxístico seguida por período assintomática. 
- Na árvore brônquica: tosse e sibilos unilaterais 
- Alojado na laringe: obstrução completa (45% de óbito) ou parcial (roncos, rouquidão, afonia, 
odinofagia, hemoptise e dispneia) 
- Atendimento inicial: ambiente pré-hospitalar e suporte básico 
- Obstrução leve (criança consciente, responsiva e tosse eficaz) → encorajar a vítima a continuar a 
tossir e não enfiar a mão na laringe às cegas 
- Obstrução grave → quando a tosse for ineficiente ou ausente, ruído agudo e alto ou ausência total 
de ruído, cianose, incapacidade de falar, apneia 
- Conduta na apneia: golpes no dorso e compressão no tórax (crianças de até 1 ano) e Manobra de 
Heimlich (acima de 1 ano) 
- Se a vitima ficar inconsciente → iniciar RCP 
INGESTÃO DE CORPO ESTRANHO 
- Maioriaé eliminado espontaneamente. 10-20% com retirada endoscópica e 1% ou menos necessita de 
cirurgia 
- Pico: 6 meses a 3 anos 
- Assintomático 
- Estudo radiológico (corpos radiopacos) 
- No estômago: 
- Não perfurante: aguardar até 3 semanas 
- Perfurante: aguardar jejum para retirar 
- Bateria de aparelho eletrônico: retirar imediatamente 
PENETRAÇÃO DE CORPO ESTRANHO 
- Olhos: 
- Casos os olhos apresentem-se apenas congestionados (vermelhos) sem sinais de ferimentos, deve-
se lavá-los com solução fisiológica estéril e realizar encaminhamento 
- Caso os olhos apresentem sinais de ferimentos com ou sem saída de sangue ou secreção → 
umedecer uma gaze estéril com soro fisiológico, realizar um curativo fechado (tipo tampão) e 
encaminhar a criança 
- Cerca de um terço de todos os casos de cegueira em crianças acontecem por acidentes evitáveis 
- O tipo de acidente ocular mais comum é o decorrente do lançamento de brinquedo ou areia 
- Ouvidos: 
- Casos o corpo estranho esteja visível, com o auxílio de uma pinça deve-se tentar retirá-lo, porém 
caso se encontre resistência não deve-se insistir → encaminhar a criança 
- A avaliação da equipe de saúde está indicada, pois há o risco de lesão ou perfuração da membrana 
timpânico, principalmente no caso de sangramento 
- Nariz: 
- Caso o corpo estranho esteja visível, com o auxílio de uma pinça, tentar retirá-lo, porém se encontrar 
resistência ou, não insistir no procedimento e encaminhar a criança 
- Observar se a narina apresenta-se obstruira, com secreção fétida e sanguinolenta 
ACIDENTE CÁUSTICO 
- 2 grandes grupos: álcalis (soda cáustica, hidróxido de potássio e cosméticos) e ácidos (ácido clorídrico, 
sulfúrico, acético) 
- Sensação de queimadura, edema e hiperemia nos lábios, boca e faringe, odinofagia, disfagia, sialorréia. 
vômitos e hemorragias. 
- Abordagem inicial: 
- Assegurar vias aéreas 
- Face e boca devem ser lavadas com água fria 
- Não induzir vômitos 
- A neutralização é contra-indicada 
- Avaliação radiológica (pneumonite) 
- Exames complementares 
- Endoscopia entre 12-48 horas após a ingestão 
- Não introduzir SNG antes da confirmação endoscópica

Continue navegando