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INTRODUÇÃO Á ANATOMIA HUMANA

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(
Wendel Costa Ferreira
Email
: 
wendelferreira2209@gmail.com
) 
 (
INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA
)
Introdução ao Estudo Da Anatomia Humana 1- Anatomia Humana
1.1 Conceito
É a ciência que estuda a constituição, a conformação, o desenvolvimento e vários aspectos funcionais do ser organizado.
Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência.
1.2 Etimologia
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome .
Ana = através de ou em partes
Tome = cortar
Dissecação deriva do latim dissecare.
Dis = separar ou em partes
Secare = cortar
1.3 Divisão
O ser organizado pode ser estudado de várias maneiras, sob vários enfoques e com a utilização de vários métodos de estudo.
Atualmente, a Anatomia pode ser dividida em dois grandes grupos: Anatomia macroscópica e Anatomia microscópica .
1.3.1 Anatomia Macroscópica
A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou não recursos tecnológicos os mais variáveis possíveis.
· Anatomia sistêmica ou descritiva - é o método de estudo do corpo por sistemas, por exemplo, sistema circulatório e reprodutor. Estuda as estruturas que contribuem para uma função comum e que são reunidas em sistemas ex. sistema circulatório ( coração, artérias, veias e linfáticos).
· Anatomia topográfica ou regional - é o método de estudo do corpo por regiões ( tórax e o abdome) estuda as estruturas próximas situadas numa determinada região do corpo, mesmo que pertencentes a sistemas diferentes.
· Anatomia por imagens - estuda as estruturas através de suas imagens projetadas por meios físicos. Ex. radiografias, ultrassonografias.
· Anatomia por imagem em cortes - imagens de exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética.
· Anatomia Comparada - estuda uma mesma estrutura em diferentes espécies animais. Ex. comparar o coração de peixe, mamífero, réptil etc. Importante para genética e embriologia.
· Anatomia Pediátrica - estuda as particularidades das estruturas no corpo de crianças.
· Anatomia do Desenvolvimento - estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma adulta. Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o nascimento.
· Anatomia de superfície – procura identificar as estruturas anatômicas através da pele. É importante no exame físico do paciente, aplicação de injeções, tomada de pressão arterial e pulsação, enfim tem enorme aplicação para todos os profissionais que trabalham em saúde.
· Anatomia Clínica: enfatiza a estrutura e a função à medida que se relacionam com a prática da medicina e outras ciências da saúde.
1.3.2 Anatomia Microscópica
A Anatomia Microscópica é aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de instrumental para ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo é dividido em Citologia (estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formação de órgãos).
1.4 Normas de Padronização para o Estudo e Descrições do Corpo Humano
A Anatomia é uma ciência normativa isto é, determina normas que devem ser seguidas pelos profissionais da área da saúde para que haja uma padronização universal de comunicação e de descrições. Assim sendo, temos: a posição anatômica, a terminologia anatômica e os planos e eixos do corpo humano.
2- Divisão do corpo humano
Classicamente o corpo humano é dividido em: cabeça, pescoço, tronco e membros. O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:
· Esqueleto axial: formado pelos ossos do crânio e face, 7 vértebras cervicais, osso hióide, osso esterno, 12 pares de costelas, 12 vértebras torácicas, 5 vértebras lombares, sacro e cóccix
· Esqueleto apendicular: formado pelos membros superiores e membros Inferiores.
Membro superior: A cintura escapular ou singulo do membro superior é formado pela clavícula e pela escápula .
A clavícula e a escápula são a parte fixa do membro superior ou também clamado de raiz do membro superior.
A parte livre do membro superior é composta pelo úmero, rádio, ulna, 8 ossos do carpo, 5 metacarpos e as falanges que formam os dedos.
Membro inferior: A cintura pélvica ou singulo do membro inferior é formada pelo osso do quadril.
O osso do quadril é a parte fixa do membro inferior ou também chamado de raiz do membro inferior.
A parte livre do membro inferior é composta pelo fêmur, patela, tibia, fibula, 7 ossos do tarso, 5 metatarsos e as falanges que formam os dedos.
 (
osso do quadril
clavícula 
e escápula
)
Quadro1- Divisão do Corpo Humano
3- Posição Anatômica
A posição anatômica é uma posição de referência, que dá significado aos termos direcionais utilizados na descrição nas partes e regiões do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se movimenta, sua postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo como um todo está numa posição específica chamada POSIÇÃO ANATÔMICA. Deste modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição padronizada.
· Posição Anatômica: Indivíduo ereto (em pé, posição ortostática ou bípede) cabeça voltada para frente, olhar no horizonte, membros superiores pendentes lateralmente ao corpo, palmas das mãos voltadas para frente, membros inferiores justapostos com os calcaneos ligeiramente afastados e os dedos dos pés para frente.
Figura 1- Posição Anatômica
4- Terminologia Anatômica
A primeira tentativa concreta de simplificação da nomenclatura ocorreu em 1895, durante o encontro de anatomistas de vários países europeus na cidade da Basiléia
- Suíça. A relação que resultou dessa reunião chamou-se – Basle Nomina Anatômica mais conhecida por BNA. Lançada pelos alemães esse esforço de unificação só foi bem sucedido em países de influência científica alemã, não conseguiu unanimidade entre franceses e ingleses. Estes últimos, em 1933, lançariam uma revisão denominada Birmingham Revision (BR). Nova tentativa de unificação e simplificação dos termos verificou-se por iniciativa dos alemães na cidade de Yena, Alemanha em 1935 com a Nomenclatura Anatômica de Yena (YNA), mas ainda desta vez não se conseguiu a pretendida globalização. Em 1939 com a deflagração da segunda guerra mundial o assunto foi relegado.
Finalmente a reunião decisiva e concreta realizou-se durante o VI Congresso de Anatomia na cidade de Paris em 1955 ocasião em que foi aprovada a PNA, Nomenclatura Anatômica de Paris que apesar de algumas modificações introduzidas nos Congressos de Anatomia subsequentes é a nomenclatura atualmente adotada universalmente. Ela foi ratificada na cidade de São Paulo em 1997 pela Comissão Federativa da Terminologia Anatômica. Sendo editada em língua portuguesa em 2001 e será a que adotaremos em nosso curso.
	Nome antigo
	Nomenclatura Atual
	Omoplata
	Escápula
	Cúbito
	Ulna
	Metacárpio
	Metacarpal
	Ilíaco
	Ílio
	Rótula
	Patela
	Peroneo
	Fíbula
	Astrágalo
	Tálus
Quadro 2- Nomenclatura anatômica
Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que não sejam apenas sinais para a memória, mas tragam também alguma informação ou descrição sobre a referida estrutura. Dentro deste princípio, foram abolidos os epônimos (nome de pessoas para designar coisas) e os termos indicam: a forma (músculo trapézio); a sua posição ou situação (nervo mediano); o seu trajeto (artéria circunflexa da escápula); as suas conexões ou inter-relações (ligamento sacroilíaco); a sua relação com o esqueleto (artéria radial); sua função (m. levantador da escápula); critério misto (m. flexor superficial dos dedos – função e situação). Entretanto, há nomes impróprios ou não muito lógicos que foram conservados, porque estão consagrados pelo uso.
	Epônimos
	Nomenclatura Anatômica Atual
	Aqueduto de Sylvius
	Aqueduto do Mesencéfalo
	Canal de Falópio
	Canal do Nervo Facial
	Círculo de Willis ou Polígono de Willis
	Círculo Arterial do Cérebro
	Pomo de Adão
	Proeminência Laríngea
	Tendão de Aquiles
	Tendão do calcâneo
	Trompade Eustáquio
	Tuba auditiva
	Trompa de Falópio
	Tuba uterina
	Veia de Galeno
	Veia Cerebral Magna
Quadro 3- Epônimos
5- Planos Anatômicos
5.1 Planos Tangenciais: suponhamos, agora, que o indivíduo, em posição anatômica, esteja dentro de uma caixa retangular de papelão. As seis paredes que constituem o retângulo representariam os planos tangenciais:
Figura 2 - Planos de delimitação do corpo humano
· Plano Superior ou Cranial: seria o plano que está por cima da cabeça. É horizontal passando rente ao couro cabeludo.
· Plano Inferior ou podálico: é o que se situa por baixo dos pés. É horizontal passando pela planta do pé.
Obs.: O termo podálico é mais utilizado quando a peça anatômica está seccionada ao nível do cóccix.
· Plano Anterior, Ventral ou Frontal Anterior ou Coronal Anterior: é vertical e passa pela frente do corpo.
· Plano Posterior, Dorsal, Frontal Posterior ou Coronal Posterior: é vertical e é o plano que tangencia as costas do indivíduo.
· Plano Lateral Direito: é vertical tangencial ao lado direito do corpo
· Plano Lateral Esquerdo: é vertical tangencial ao lado esquerdo do corpo
5.2 Planos Seccionais do Corpo Humano
Figura 3- Planos de secção do corpo humano
Figura 4- Planos de secção do corpo humano
Planos Sagitais: são planos verticais que passam através do corpo, paralelos ao plano sagital mediano.
Todos os planos paralelos e contidos entre os planos lateral direito e lateral esquerdo são chamados de planos sagitais.
O plano sagital que passa exatamente pelo meio do corpo dividindo-o em duas metades direita e esquerda chama-se sagital mediano.
Planos Frontais (Coronais): são planos verticais que passam através do corpo em ângulos retos com o plano mediano, dividindo-o em partes anterior (frente) e posterior (de trás).
Todos os planos paralelos e contidos entre os planos anterior e posterior são chamados planos frontais ou coronais
Planos Transversos (Horizontais): são planos que passam através do corpo em ângulos retos com os planos coronais e mediano. Divide o corpo em partes superior e inferior.
Todos os planos paralelos e contidos entre os planos superior e inferior são chamados transversais.
Figura 5- Planos de secção do corpo humano
Figura 6- Planos de secção do corpo humano
6- Eixos Anatômicos
Unindo-se os dois pontos que ocupam os centros de planos paralelos obtemos 3 eixos.
· Eixo Sagital: é o eixo que une o centro do plano frontal anterior ao centro do plano frontal posterior. Todos os eixos paralelos a ele são sagitais em qualquer parte, órgão ou articulação do corpo. É heteropolar pois em suas extremidades temos porções diferentes do corpo.
· Eixo Longitudinal: é o eixo que une o centro do plano superior ao centro do plano inferior. Todos os eixos paralelos a ele são ditos longitudinais em qualquer parte, órgão ou articulação do corpo. É heteropolar pois em suas extremidades temos porções diferentes do corpo.
· Eixo Transversal: é o eixo que une o centro de plano lateral direito ao centro do plano lateral esquerdo. Todos os eixos paralelos a ele são ditos transversais em qualquer parte, órgão ou articulação do corpo. É homopolar pois em suas extremidades temos porções semelhantes do corpo.
7- Termos Anatômicos
7.1 Termos de Posição
Amparados por normas anatômicas padronizadas: de posição, de terminologia e dos planos e eixos poderemos entender os termos de posição mais usados em anatomia:
Medial: mais próximo do plano sagital mediano
Lateral: mais afastado do plano sagital mediano
Mediano: situado ao longo do plano sagital mediano
Intermédio: entre uma estrutura lateral e uma estrutura medial
Figura 7- Termos de Posição: medial, lateral, mediano e intermédio
Superior: mais próximo do plano superior
Inferior: mais próximo do plano inferior
Anterior: mais próximo do plano anterior, ventral, frontal anterior ou coronal anterior Posterior: mais próximo do plano posterior, dorsal, frontal posterior ou coronal posterior.
 
Figura 8- Termos de Posição: superior, inferior, anterior e posterior
Interno: no interior de uma cavidade
Externo: no exterior de uma cavidade
Superficial: externamente à fáscia muscular ( tecido conjuntivo que envolve os músculos) ou mais próximo da superfície do corpo.
Profundo: internamente à fáscia muscular ou mais afastado da superfície do corpo.
Figura 9- Termos de Posição: superficial, profundo, interno e externo
Proximal: mais próximo da raiz (origem) do membro Distal: mais afastado da raiz (origem) do membro Médio: entre proximal e distal, ou entre superior e inferior
Figura 10- Termos de Posição: Proximal, Distal e Médio
8- Tipos Constitucionais
Os seres humanos apresentam, durante o desenvolvimento, diferenças físicas em sua conformação, geralmente, de causas hereditárias, endócrinas e ambientais conciliando genótipos e fenótipos, resultando naquilo que denominamos de tipos constitucionais ou biótipo, e que são três: longilíneo, brevilíneo e mediolíneo.
7.1 Longilíneo
Apresenta	pescoço	longo,	tórax	achatado	ânteroposteriormente,	existe predominância do tórax sobre o abdome, o tamanho dos membros predomina em relação ao tronco. Em geral, mas não necessariamente, são altos e magros.
7.2 Brevilíneo
Apresenta pescoço curto, tórax cilíndrico, existe predominância do abdome sobre o tórax, o tamanho do tronco predomina em relação aos membros. Em geral, mas não necessariamente, são baixos e obesos.
7.3 Mediolíneo
Características intermediárias entre os dois tipos anteriores
9- Conceito de normal, anomalia, variação anatômica e monstruosidade
9.1 Normal
É um conceito estatístico e funcional. Uma estrutura é normal em anatomia quando sua apresentação é mais frequente e está apta para a função.
Figura 11- Exemplo de Fígado normal
9.2 Variação Anatômica
Uma estrutura é considerada variação quando sua apresentação não é a mais frequente na população mas está apta para a função.
Figura 13- Exemplos de variações anatômicas
9.3 Anomalia
É a estrutura pouco frequente e não está apta para a função ( ex.: dedos e costelas supranumerários).
Figura 12- Exemplos de anomalias
9.4 Conceito de Monstruosidade
É a estrutura que apresenta, várias e graves anomalias que, em geral, no conjunto tornam a vida impossível ( ex. anencefalia). Pertence a outro campo de estudo chamado Teratologia.
A anencefalia é caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural nas primeiras semanas da formação embrionária.

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