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Resumo de fisiologia Guyton - A microcirculação e o Sitema linfático: capilares, líquido intersticial e fluxo de linfa (capítulo 16)

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RESUMO DE FISIOLOGIA 
Cap. 16 – Sistema Linfático 
Rossana Sousa 
Medicina - UEMA 
 
 
 
 
 
1. Introdução 
O sistema linfático corresponde a uma via acessória que permite o fluxo de 
líquido dos espaços intersticiais para o sangue. Os linfáticos transportam para fora 
dos espaços teciduais proteínas e grandes partículas que não podem ser removidas 
por absorção direta pelos capilares sanguíneos. O retorno da proteína para o sangue, 
que se encontrava nos espaços intersticiais, é fundamental. 
 
2. Canais Linfáticos do Corpo 
Os tecidos corporais apresentam canais linfáticos responsáveis por drenar o 
excesso de líquido presente nos espaços intersticiais. Há exceções como: porções 
superficiais da pele, o sistema nervoso central, o endomísio dos músculos e os ossos. 
Porém, mesmos esses tecidos existem canais minúsculos conhecidos como pré-
linfáticos, por onde o líquido intersticial pode fluir, sendo levado posteriormente para 
os vasos linfáticos (no caso do encéfalo, para o líquido cerebroespinal, e dele 
diretamente de volta para o sangue). 
Ducto torácico – Todos os vasos linfáticos da parte inferior do corpo, lado 
esquerdo da cabeça, do braço esquerdo e de partes da região torácica escoam por 
fim nesse ducto. O ducto torácico vai escoar na junção da veia jugular interna 
esquerda com a veia subclávia esquerda para escoar para o sistema venoso de 
sangue. 
Ducto linfático direito – Lado direita da cabeça e pescoço, braço direito e 
partes do hemitórax direito possuem seus vasos linfáticos escoando no ducto linfático 
direito. O ducto escoa na junção da veia subclávia com a veia jugular interna direita. 
Capilares linfáticos terminais e sua permeabilidade – Um decido do líquido 
filtrado no corpo vai para os capilares linfáticos e retorna para o sangue pelo sistema 
linfática, podendo atingir de 2 a 3 litros por dia. O líquido que retorna pelo sistema 
linfático contem substâncias de alto peso molecular, como proteínas (não podem ser 
absorvidas por outra via). Essa permeabilidade ocorre devido a estrutura espacial dos 
capilares linfáticos, que apresentam células endoteliais presas por filamentos de 
ancoragem ao tecido conjuntivo que o circunda. Nas junções entre as células 
endoteliais adjacentes, a borda e uma célula vai se sobrepor á borda da seguinte, de 
maneira que essa borda sobreposta fica livre para se dobrar pra dentro, formando 
uma válvula que se abre para o interior do capilar linfático. Líquido+proteínas podem 
pressionar e abrir a válvula, fluindo para dentro do capilar linfático. Porém, qualquer 
refluxo fecha a válvula, o que causa dificuldade para que o líquido deixe o capilar. 
Assim, os linfáticos têm válvulas nas extremidades dos capilares linfáticos terminais, 
bem como válvulas ao longo de seus vasos mais grossos até o ponto em que se 
escoam para a circulação sanguínea. 
 
3. Formação da Linfa 
A linfa é derivada do líquido intersticial que flui para os linfáticos, apresentando 
praticamente a mesma composição desse. A linfa do ducto torácico apresenta 
concentração de proteínas de 3 a 5 g/dL. 
O sistema linfático é também uma das principais vias de absorção de nutrientes 
vindo do trato gastrointestinal, especialmente em relação aos lipídios, absorvendo 
quase todos. 
Além disso, bactérias podem passar através das células endoteliais e entras 
nos capilares linfáticos e desse modo chegar à linfa. À medida que a linfa passa pelos 
linfonodos, essas partículas são quase inteiramente removidas e destruídas. 
 
4. Intensidade do Fluxo Linfático 
Total estimado do fluxo linfático é de 120mL/h, ou 2 a 3 litros por dia. 
Efeito da pressão – Qualquer fato que aumente a pressão do líquido intersticial 
também aumenta o fluxo linfático se os vasos linfáticos estiverem funcionando 
normalmente. Fatores são: pressão hidrostática capilar elevada, pressão 
coloidosmótica diminuída do plasma, pressão coloidosmótica aumentada do líquido 
intersticial e permeabilidade aumentada dos capilares. Esses fatores fazem com que 
o balanceamento das trocas de líquido na membrana capilar sanguínea favoreça o 
movimento de líquido para o interstício, com aumento ao mesmo tempo do volume e 
da pressão líquido intersticial e o fluxo linfático. Quando a pressão intersticial fica 
maior que a pressão atmosférica, o fluxo linfático para de aumentar, mesmo sob 
pressões maiores. Isso ocorre porque o aumento da pressão tecidual não somente 
aumenta a entrada de líquido para os capilares linfáticos, mas comprime também as 
superfícies externas dos grandes linfáticos, impedindo o fluxo da linfa. Atinge a 
intensidade/velocidade máxima do fluxo linfático. 
Aumento do fluxo da linfa pela bomba linfática – Quando o linfático coletor 
ou vaso linfático maior é estirado pelo líquido, o músculo liso na parede desse vaso 
se contrai automaticamente. Cada segmento do vaso linfático entre as válvulas 
sucessivas funciona como uma bomba automática isolada, ou seja, mesmo o pequeno 
enchimento de um segmento provoca sua contração, e o líquido é bombeado pela 
válvula para o segmento linfático seguinte, ocorrendo ao longo de todo vaso linfático, 
até que o líquido escoe. 
 
5. Compressão externa dos Linfáticos 
Qualquer fator externo que comprima os vasos linfáticos, também de forma 
intermitente, pode provocar o bombeamento. Em ordem de importância: contração 
dos músculos esqueléticos, movimento de partes do corpo, pulsação de artérias 
adjacentes aos linfáticos e compressão dos tecidos por objetos externos ao corpo. A 
bomba linfática fica muito ativa durante o exercício e, quando em repouso, o fluxo 
linfático pode ser quase nulo. 
Bomba Capilar Linfática – O capilar linfático terminal também é capaz de 
bombear linfa. As paredes dos capilares linfáticos aderem firmemente às células do 
tecido circundante através dos filamentos de ancoragem. Assim, cada vez que o 
excesso de líquido chega ao tecido e o incha, os filamentos de ancoragem puxam a 
parede do capilar linfático, e o líquido flui para o terminal linfático pelas junções entre 
as células endoteliais. Quando o tecido é comprimido, a pressão no interior do capilar 
aumenta e faz com que as bordas sobrepostas das células endoteliais se fechem 
como válvulas. Por esse motivo, a pressão empurra a linfa para frente em direção ao 
linfático coletor em vez e para trás, em direção às junções celulares. As células 
endoteliais do capilar linfático possuem alguns filamentos contráteis de actomiosina. 
É provável que pelo menos parte do bombeamento resulte da contração das células 
endoteliais dos capilares linfáticos, além da contração dos linfáticos musculares 
maiores. 
 
 
 
6. O papel do sistema linfático no controle da concentração de proteínas, do 
volume e da pressão do líquido intersticial 
Uma pequena quantidade de proteínas extravasa continuamente, somente 
uma quantidade muito pequena retorna para a circulação pelas extremidades venosas 
dos capilares sanguíneos. Por isso, as proteínas tendem a se acumular no líquido 
intersticial, aumentando a pressão coloidosmótica nesse. 
Consequentemente, o aumento da pressão coloidosmótica desloca o balanço 
das forças na membrana do capilar sanguíneo em favor da filtração de líquido para o 
interstício. Assim, ocorre a translocação osmótico de líquido causada pela proteína 
para fora da parede capilar em direção ao interstício, aumentando o volume e a 
pressão do líquido intersticial. 
A elevação da pressão do líquido intersticial provoca grande aumento da 
intensidade do fluxo linfático, que por sua vez elimina o líquido intersticial e a proteína 
em excesso que se acumularam nos espaços.

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