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DIREITO CONSTITUCIONAL III UNIDADE IV COMUNICAÇÃO SOCIAL, MEIO AMBIENTE, FAMÍLIA & ÍNDIOS PROF. IGOR MOURA RODRIGUES TEIXEIRA igormoura.r@gmail.com mailto:igormoura.r@gmail.com 2 1. COMUNICAÇÃO SOCIAL O direito fundamental à liberdade de pensamento (art. 5.º, IV), de expressão artística, intelectual e de comunicação (art. 5.º, IX) está representado neste tópico, o qual a Constituição tratou em quatro artigos (art. 220 ao 224). Uma vez que a Constituição de 1988 protege amplamente a manifestação de pensamento, assim como a criação, a expressão e a informação, desde que compatibilizada com os demais direitos fundamentais, torna-se vedado o monopólio ou o oligopólio dos meios de comunicação social. Também é objeto de vedação constitucional qualquer prática de censura, seja ela de ordem política, ideológica ou artística. Isso, é claro, não se confunde com a fixação de faixas etárias para as diversões e espetáculos públicos, que fica a cargo do Poder Público. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios: ➔ (a) preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; ➔ (b) promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; ➔ (c) regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei; e ➔ (d) respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família. 3 ATIVIDADE JORNALÍSTICA – RE 511.961 - ADPF 130 Em 17/06/2009, por 8 x 1, o STF derrubou a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista, sustentando tratar-se de profissão diferenciada por sua estreita vinculação ao pleno exercício das liberdades de expressão e de informação. (LENZA, 2021) PROPRIEDADE DE EMPRESA JORNALÍSTICA E DE RADIODIFUSÃO SONORA E DE SONS E IMAGENS. De acordo com a nova redação conferida ao art. 222, caput, pela EC n. 36/2002, a propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa: 4 CONCESSÃO, PERMISSÃO E AUTORIZAÇÃO O art. 223, caput, reforça a regra fixada no art. 21, XII, “a”, e estabelece, conforme já visto, que cabe ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens (TV), observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal. O prazo da concessão ou permissão será de 10 anos para as emissoras de rádio e de 15 anos para as de televisão, podendo ser renovado por igual período e desde que cumpridos os preceitos fixados nas leis do setor (art. 223, § 5.º). A autorização, por seu turno, na medida em que se trata de ato unilateral e precário, não se submete a prazo, podendo ser cancelada unilateralmente e a qualquer tempo. FAKE NEWS E LIBERDADE DE EXPRESSÃO igorm Marcador de texto 5 2. MEIO AMBIENTE “...a expressão meio ambiente se manifesta mais rica de sentido (como conexão de valores) do que a simples palavra ambiente. Esta exprime o conjunto de elementos; aquela expressa o resultado da interação desses elementos. O conceito de meio ambiente há de ser, pois, globalizante, abrangente de toda a natureza original e artificial, bem como os bens culturais correlatos, compreendendo, portanto, o solo, a água, o ar, a flora, as belezas naturais, o patrimônio histórico, artístico, turístico, paisagístico e arqueológico”. (SILVA, José Afonso). "A dignidade da pessoa humana apresenta-se, além disso, como a pedra basilar da edificação constitucional do Estado (social, democrático e ambiental) de Direito brasileiro, na medida em que, sob a influência das luzes lançadas por Kant, o constituinte reconheceu que é o Estado que existe em função da pessoa humana, e não o contrário, já que o ser humano constitui a finalidade precípua, e não meio da atividade estatal 5, o que, diga-se de passagem, demarca a equiparação de forças na relação Estado- cidadão, em vista da proteção e afirmação existencial desse último, especialmente no que tange aos seus direitos fundamentais." (SARLET, Ingo Wolfgang) NECESSIDADE DE REPENSAR A CONCEPÇÃO INDIVIDUALISTA E ANTROPOCÊNTRICA DE DIGNIDADE E AVANÇAR RUMO A UMA COMPREENSÃO ECOLÓGICA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E DA VIDA EM GERAL 6 Sobre os espaços territoriais especialmente protegidos, supramencionados, e presentes no art.225 § 1º, lll da CR/88: a) Áreas de Preservação Permanente; b) Áreas de Reserva Legal; e c) Unidades de Conservação 7 PROTEÇÃO JURÍDICA AOS ANIMAIS NÃO HUMANOS FARRA DO BOI RINHAS OU BRIGAS DE GALO RODEIOS DE ANIMAIS Nos termos do art. 1.º, parágrafo único, da Lei nº 10.519/2002, “consideram-se rodeios de animais as atividades de montaria ou de cronometragem e as provas de laço, nas quais são avaliados a habilidade do atleta em dominar o animal com perícia e o desempenho do próprio animal”. O CASO DA VAQUEJADA — ADI 4.983 E A EC N. 96/2017 a Lei n. 15.299/2013 regulamentou a vaquejada como atividade desportiva e cultural, definindo-a como “evento de natureza competitiva, no qual uma dupla de vaqueiro a cavalo persegue animal bovino, objetivando dominá-lo”, devendo a competição “ser realizada em espaço físico apropriado, com dimensões e formato que propiciem segurança aos vaqueiros, animais e ao público” (art. 2.º e § 2.º). 8 igorm Nota sinalizadora CONTEÚDO DA AV2 9 Combate o risco de perigo em potencial Princípio da Precaução O princípio da precaução é estabelecido sob dois fundamentos: 1. Objetivo → insuficiência, imprecisão e inconclusão sobre os possíveis danos. Existência do risco em si. Medo do dano. 2. Político → a decisão política referente a permissão ou não da sociedade em suportar o possível dano. Tomada de decisão por precaução a um possível dano. 10 DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE: 1. Interestatal; 2. Geracional; 3. Intergeracional. PILARES - SUSTENTABILIDADE EM SENTIDO AMPLO: 1. Ecológica; 2. Econômica; 3. Social. A JURIDICIDADE AMBIENTAL TEM AS SEGUINTES DIMENSÕES: 1. Dimensão garantístico-defensiva; 2. Dimensão positivo-prestacional; 3. Dimensão jurídica irradiante para todo o ordenamento; 4. dimensão jurídico-participativa. 11 12 3. DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E DO IDOSO AS DECISÕES DA UNIÃO ESTÁVEL HOMOAFETIVA E DA CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA E TRANSFOBIA NOS TERMOS DA LEI 7.716/89: O STF deu interpretação conforme a Constituição para o art. 1.723 do Código Civil para excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impeça 0 reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. Reconhecimento que deve ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva. ADI 4277 (que encampou a ADPF 132) sobre o tema em comento, nos termos da ementa: 1. Proibição de discriminação das pessoas em razão do sexo, seja no plano da dicotomia homem/mulher (gênero), seja no plano da orientação sexual de cada qual deles. 2. Liberdade para dispor da própria sexualidade, inserida na categoria dos direitos fundamentais do indivíduo, expressão que é da autonomia de vontade. 3. Tratamento constitucional da instituição da família. Reconhecimento de que a Constituição Federal não empresta ao substantivo "família" nenhum significado ortodoxo ou da própria técnica jurídica. 4. Isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos. 5. Imperiosidade da interpretação não reducionista do conceito de família como instituição que também se forma por vias distintas do casamento civil. 6. Sobre o termo constitucional "união estável" e a normação constitucional referida a homem e mulher. Segundo o STF, 0 propósito constitucional é o de estabelecer relações jurídicashorizontais ou sem hierarquia entre as duas tipologias do gênero humano. Daí a defesa da identidade constitucional dos conceitos de "entidade familiar" e "família". 13 14 [...] [...] 15 4. ÍNDIOS
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