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Edição 2023.1 Revisada Atualizada Ampliada PA RT E DIREITO CONSTITUCIONAL CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 1 CONSTITUCIONAL – PARTE II APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................. 13 DIREITOS INDIVIDUAIS EM ESPÉCIE ............................................................................................ 14 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 14 2. DESTINATÁRIOS ...................................................................................................................... 14 3. DIREITO À VIDA ........................................................................................................................ 15 PREVISÃO CONSTITUCIONAL ......................................................................................... 15 ÂMBITO DE PROTEÇÃO ................................................................................................... 16 INVIOLABILIDADE x IRRENUNCIABILIDADE .................................................................. 17 RESTRIÇÕES AO DIREITO À VIDA .................................................................................. 18 3.4.1. Pena de morte no caso de guerra declarada .............................................................. 18 3.4.2. Aborto ........................................................................................................................... 18 3.4.3. Interrupção da gravidez de feto com anencefalia ....................................................... 20 3.4.4. Aborto e microcefalia causada pelo zika vírus ............................................................ 23 3.4.5. Pesquisas com células-tronco embrionárias ............................................................... 24 4. DIREITO À IGUALDADE ............................................................................................................ 24 PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES ......................................................................... 24 EVOLUÇÃO HISTÓRIA ...................................................................................................... 25 CONCEPÇÃO MATERIAL .................................................................................................. 25 ÂMBITO DE PROTEÇÃO E INTERVENÇÃO .................................................................... 27 DESTINATÁRIOS DO DEVER DE IGUALDADE ............................................................... 30 4.5.1. Igualdade perante a lei ................................................................................................ 31 4.5.2. Igualdade na lei ............................................................................................................ 31 IGUALDADE COMO RECONHECIMENTO ....................................................................... 31 AÇÕES AFIRMATIVAS ....................................................................................................... 33 4.7.1. Conceito ....................................................................................................................... 33 4.7.2. Exemplos de ações afirmativas ................................................................................... 34 4.7.3. Sistemas de cotas ........................................................................................................ 34 4.7.4. Lei Maria da Penha ...................................................................................................... 35 5. DIREITO À PRIVACIDADE ........................................................................................................ 36 PREVISÃO .......................................................................................................................... 36 GRAU DE PROTEÇÃO ....................................................................................................... 36 5.2.1. Locais públicos e reservados ...................................................................................... 36 5.2.2. Pessoas públicas e comuns ........................................................................................ 36 5.2.3. Fatos de interesse público e de mero interesse público ............................................. 37 5.2.4. Teoria das esferas ....................................................................................................... 38 5.2.5. Honra ............................................................................................................................ 38 5.2.6. Imagem ........................................................................................................................ 38 DISTINÇÕES CONCEITUAIS............................................................................................. 40 5.3.1. Interceptação ambiental............................................................................................... 40 5.3.2. Gravação clandestina .................................................................................................. 40 5.3.3. Quebra de sigilo de dados ........................................................................................... 41 5.3.4. Interceptação de comunicações .................................................................................. 46 INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO ................................................................................... 52 6. DIREITO DE LIBERDADE.......................................................................................................... 56 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 59 CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 2 LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO ................................................... 60 6.2.1. Previsão constitucional ................................................................................................ 60 6.2.2. Âmbito de proteção ...................................................................................................... 60 6.2.3. Restrições .................................................................................................................... 63 LIBERDADE DE INFORMAÇÃO ........................................................................................ 66 6.3.1. Conceito ....................................................................................................................... 66 6.3.2. Liberdade de informação jornalística........................................................................... 66 LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, CRENÇA E CULTO ..................................................... 66 6.4.1. Conceitos ..................................................................................................................... 67 6.4.2. Escusa de consciência (art. 5º, VIII, da CF) ................................................................ 67 6.4.3. Dever de neutralidade do Estado ................................................................................ 69 LIBERDADE DE REUNIÃO E ASSOCIAÇÃO .................................................................... 74 6.5.1. Conceito ....................................................................................................................... 74 6.5.2. Reunião x associação (diferenças e semelhanças) .................................................... 75 6.5.3. Reunião ........................................................................................................................ 75 6.5.4. Associação ................................................................................................................... 76 6.5.5. Sindicato .......................................................................................................................78 7. DIREITO DE PROPRIEDADE .................................................................................................... 79 ÂMBITO DE PROTEÇÃO ................................................................................................... 79 RESTRIÇÕES ..................................................................................................................... 80 7.2.1. Função social (art. 5º, XXII, da CF) ............................................................................. 80 7.2.2. Requisição.................................................................................................................... 82 7.2.3. Desapropriação (art. 5º, XXIV, da CF) ........................................................................ 82 7.2.4. Expropriação-sanção e confisco (art. 243 da CF - “desapropriação confiscatória”) .. 84 7.2.5. Usucapião .................................................................................................................... 85 8. DIREITO À PROTEÇÃO DOS DADOS PESSOAIS .................................................................. 86 EMENDA CONSTITUCIONAL 115/2022 ............................................................................ 86 DIREITO FUNDAMENTAL À PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS ................................. 87 CLÁUSULA PÉTREA .......................................................................................................... 88 NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA ..................................................................................... 88 COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA DA UNIÃO PARA ORGANIZAR E FISCALIZAR A PROTEÇÃO E O TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS .......................................................... 89 COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA LEGISLAR ................................................................. 89 AUTORIZAÇÃO PARA OS ESTADOS LEGISLAREM SOBRE O ASSUNTO .................. 89 GARANTIAS INDIVIDUAIS ............................................................................................................... 90 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 90 2. FINALIDADE ............................................................................................................................... 90 3. GARANTIAS RELACIONADAS À SEGURANÇA JURÍDICA .................................................... 90 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ............................................................................................ 90 3.1.1. Previsão legal ............................................................................................................... 90 3.1.2. Objetivo ........................................................................................................................ 90 3.1.3. Significado .................................................................................................................... 90 3.1.4. “Lei” .............................................................................................................................. 91 3.1.5. Restrições expressas ................................................................................................... 91 3.1.6. Princípio da reserva legal ............................................................................................ 92 PRINCÍPIO DA NÃO RETROATIVIDADE DAS LEIS ........................................................ 93 3.2.1. Objetivo ........................................................................................................................ 93 3.2.2. Previsão ....................................................................................................................... 93 CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 3 3.2.3. Abrangência da eficácia retroativa .............................................................................. 93 3.2.4. Direito adquirido ........................................................................................................... 94 3.2.5. Ato jurídico perfeito ...................................................................................................... 96 3.2.6. Coisa julgada ............................................................................................................... 96 4. GARANTIAS DE NATUREZA PENAL ....................................................................................... 98 PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA .......................................................................................... 98 4.1.1. Finalidade ..................................................................................................................... 98 4.1.2. Disposições normativas ............................................................................................... 98 4.1.3. Posição do STF ............................................................................................................ 99 4.1.4. Presunção de inocência e eliminação de concurso público ..................................... 102 5. MANDADOS CONSTITUCIONAIS DE NÃO CRIMINALIZAÇÃO ........................................... 103 CONCEITO ........................................................................................................................ 103 CRIMES INAFIANÇÁVEIS E IMPRESCRITÍVEIS ........................................................... 104 CRIMES INAFIANÇÁVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA ..................... 104 6. AÇÕES CONSTITUCIONAIS ................................................................................................... 105 CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................... 105 HABEAS DATA ................................................................................................................. 105 6.2.1. Considerações e previsão ......................................................................................... 105 6.2.2. Legitimidade ativa ...................................................................................................... 105 6.2.3. Legitimidade passiva ................................................................................................. 106 6.2.4. Objeto ......................................................................................................................... 106 6.2.5. Objetivo ...................................................................................................................... 107 6.2.6. Hipóteses de cabimento ............................................................................................ 107 6.2.7. Interesse de agir ........................................................................................................ 109 6.2.8. Decisão liminar ........................................................................................................... 110 6.2.9. Decisão de mérito ...................................................................................................... 110 AÇÃO POPULAR .............................................................................................................. 110 6.3.1. Considerações ........................................................................................................... 110 6.3.2. Legitimidade ativa ...................................................................................................... 110 6.3.3. Legitimidade passiva ................................................................................................. 111 6.3.4. Objeto ......................................................................................................................... 112 6.3.5. Objetivo ...................................................................................................................... 113 6.3.6. Requisitos específicos ...............................................................................................113 6.3.7. Competência .............................................................................................................. 114 6.3.8. Decisão liminar ........................................................................................................... 115 6.3.9. Decisão de mérito ...................................................................................................... 116 DIREITOS SOCIAIS ........................................................................................................................ 118 2. FINALIDADE ............................................................................................................................. 119 3. EFICÁCIA ................................................................................................................................. 119 4. INTERVENÇÃO JUDICIAL....................................................................................................... 120 PRIMEIRA FASE: AUSÊNCIA DE NORMATIVIDADE DOS DIREITOS SOCIAIS CONSAGRADOS EM NORMAS PROGRAMÁTICAS. ............................................................... 120 SEGUNDA FASE: INTERVENÇÃO ATUANTE DO PODER JUDICIÁRIO, MAS SEM O ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS. ...................................................................................... 120 TERCEIRA FASE: CONSOLIDAÇÃO DE PARÂMETROS. ............................................ 120 ARGUMENTOS CONTRA INTERVENÇÃO JUDICIAL ................................................... 121 4.4.1. Separação dos poderes e a atuação do Poder Judiciário como legislador positivo 121 4.4.2. Ausência de legitimidade democrática do Poder Judiciário...................................... 121 4.4.3. Desenho e capacidades institucionais ...................................................................... 121 CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 4 4.4.4. Acesso restrito ao Poder Judiciário ........................................................................... 122 4.4.5. Custo dos direitos e reserva do possível .................................................................. 122 PARÂMETROS PARA A JUDICIALIZAÇÃO DO DIREITO SOCIAL À SAÚDE (STF).... 122 4.5.1. Fornecimento pelo Poder Judiciário de medicamentos não presentes na lista do SUS– Decisão do STJ .............................................................................................................. 122 4.5.2. Fornecimento pelo Poder Judiciário de medicamentos não presentes na lista do SUS – Decisão do STF ..................................................................................................................... 123 4.5.3. Responsabilidade pelo fornecimento do medicamento ou pela realização do tratamento de saúde ................................................................................................................. 128 4.5.4. Fornecimento de medicamentos não registrados pela ANVISA............................... 130 4.5.5. Fornecimento de medicamentos off label ................................................................. 131 5. NORMAS CONSTITUCIONAIS PROGRAMÁTICAS ATRIBUTIVAS DE DIREITOS SOCIAIS E ECONÔMICOS ................................................................................................................................ 134 6. RESERVA DO POSSÍVEL ....................................................................................................... 135 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 135 DIMENSÕES ..................................................................................................................... 136 6.2.1. Possibilidade fática .................................................................................................... 136 6.2.2. Possibilidade jurídica ................................................................................................. 136 6.2.3. Razoabilidade da exigência e proporcionalidade da prestação ............................... 137 QUEM ALEGA A RESERVA DO POSSÍVEL? ................................................................. 137 NÃO APLICAÇÃO DA TEORIA DA RESERVA DO POSSÍVEL ...................................... 137 7. MÍNIMO EXISTENCIAL ............................................................................................................ 139 CONCEITO ........................................................................................................................ 139 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA E O MÍNIMO EXISTENCIAL ............................. 140 RESERVA DO POSSÍVEL X MÍNIMO EXISTENCIAL ..................................................... 140 8. VEDAÇÃO DE RETROCESSO SOCIAL ................................................................................. 141 NOMENCLATURAS E CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................... 141 FUNDAMENTOS ............................................................................................................... 141 DEFINIÇÃO ....................................................................................................................... 141 ACEPÇÕES ....................................................................................................................... 142 DIREITOS DE NACIONALIDADE ................................................................................................... 143 NACIONALIDADE PRIMÁRIA OU ORIGINÁRIA ............................................................. 143 NACIONALIDADE SECUNDÁRIA OU ADQUIRIDA ........................................................ 144 1.2.1. Naturalização tácita ................................................................................................... 144 1.2.2. Naturalização expressa ............................................................................................. 145 1.2.3. Naturalização especial ............................................................................................... 146 1.2.4. Naturalização provisória ............................................................................................ 146 2. “QUASE NACIONALIDADE” .................................................................................................... 146 3. DIFERENÇAS DE TRATAMENTO ENTRE BRASILEIRO NATO E NATURALIZADO .......... 147 CARGOS PRIVATIVOS .................................................................................................... 147 CONSELHO DA REPÚBLICA........................................................................................... 148 PROPRIEDADE DE EMPRESA JORNALÍSTICA E DE RADIODIFUSÃO SONORA..... 148 EXTRADIÇÃO ................................................................................................................... 149 4. PERDA DA NACIONALIDADE ................................................................................................. 154 AÇÃO DE CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO ..................................................... 154 AQUISIÇÃO DE OUTRA NACIONALIDADE .................................................................... 154 DIREITOS POLÍTICOS .................................................................................................................... 156 2. DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS ........................................................................................ 156 SUFRÁGIO ........................................................................................................................ 156 CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 5 ALISTABILIDADE .............................................................................................................. 157 ELEGIBILIDADE ............................................................................................................... 159 3. DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS ......................................................................................160 INELEGIBILIDADES ......................................................................................................... 161 PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS ................................................... 165 4. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL ..................................................................... 166 CONCEITO ........................................................................................................................ 166 FINALIDADE ..................................................................................................................... 166 CLÁUSULA PÉTREA ........................................................................................................ 166 5. PARTIDOS POLÍTICOS ........................................................................................................... 167 EC 117/2022 ...................................................................................................................... 171 5.1.1. Manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres ................................................................................................................................... 171 5.1.2. Cota de gênero e as campanhas eleitorais ............................................................... 173 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ........................................................................................................ 179 FORMAS DE GOVERNO ................................................................................................. 179 SISTEMAS DE GOVERNO ............................................................................................... 179 FORMAS DE ESTADO ..................................................................................................... 181 2. TIPOS DE FEDERALISMO ...................................................................................................... 182 QUANTO AO SURGIMENTO ........................................................................................... 182 2.1.1. Federalismo por agregação ....................................................................................... 182 2.1.2. Federalismo por segregação ..................................................................................... 182 QUANTO À CONCENTRAÇÃO DE PODER.................................................................... 183 2.2.1. Federalismo centrípeto (ou centralizador) ................................................................. 183 2.2.2. Federalismo centrífugo .............................................................................................. 183 2.2.3. Federalismo de equilíbrio .......................................................................................... 183 QUANTO À REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS........................................................... 183 2.3.1. Federalismo dualista ou dual ..................................................................................... 183 2.3.2. Federalismo por integração ....................................................................................... 183 2.3.3. Federalismo cooperativo............................................................................................ 183 QUANTO À HOMOGENEIDADE NA DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ................ 184 2.4.1. Federalismo simétrico ou homogêneo ...................................................................... 184 2.4.2. Federalismos assimétrico ou heterogêneo ............................................................... 184 QUANTO ÀS CARACTERÍSTICAS DOMINANTES ........................................................ 184 2.5.1. Federalismo simétrico ................................................................................................ 184 2.5.2. Federalismo assimétrico ............................................................................................ 184 QUANTO ÀS ESFERAS DE COMPETÊNCIA ................................................................. 185 2.6.1. Federalismo típico (bidimensional, bipartite ou de segundo grau) ........................... 185 2.6.2. Federalismo atípico (tridimensional, tripartite ou de terceiro grau) .......................... 185 3. CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA FEDERAÇÃO ........................................................... 185 DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA FIXADA PELA CONSTITUIÇÃO 185 PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO ...................................................................................... 185 AUTO-ORGANIZAÇÃO POR MEIO DE CONSTITUIÇÕES PRÓPRIAS (PRINCÍPIO DA AUTONOMIA) ............................................................................................................................... 185 REQUISITOS PARA A MANUTENÇÃO DA FEDERAÇÃO ............................................. 186 4. SOBERANIA X AUTONOMIA .................................................................................................. 186 5. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA ........................................................................................ 186 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 186 CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 6 CRITÉRIOS PARA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ............................................... 187 5.2.1. Campos específicos de competências administrativas e legislativas ...................... 187 5.2.2. Possibilidade de delegação ....................................................................................... 191 5.2.3. Competências comuns .............................................................................................. 192 5.2.4. Competências concorrentes ...................................................................................... 192 6. ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ..................................................................... 197 FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL ................................................................................ 197 ESTADOS ......................................................................................................................... 198 6.2.1. Limites à autonomia ................................................................................................... 199 6.2.2. Princípios constitucionais sensíveis .......................................................................... 199 6.2.3. Princípios constitucionais extensíveis ....................................................................... 200 6.2.4. Princípios constitucionais estabelecidos ................................................................... 201 DISTRITO FEDERAL ........................................................................................................ 201 MUNICÍPIOS ..................................................................................................................... 202 TERRITÓRIOS .................................................................................................................. 206 7. CRIAÇÃO DE ESTADOS E MUNICÍPIOS ............................................................................... 206 INCORPORAÇÃO, SUBDIVISÃO E DESMEMBRAMENTO DE ESTADOS .................. 206 7.1.1. Previsão ..................................................................................................................... 206 7.1.2. Distinções ................................................................................................................... 207 7.1.3. Requisitos................................................................................................................... 207 7.1.4. Procedimento ............................................................................................................. 208 CRIAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E DESMEMBRAMENTO DEMUNICÍPIOS ..... 209 7.2.1. Previsão e considerações .......................................................................................... 209 7.2.2. Requisitos................................................................................................................... 210 8. INTERVENÇÃO ........................................................................................................................ 210 CONCEITO ........................................................................................................................ 210 CARACTERÍSTICAS ......................................................................................................... 211 INTERVENÇÃO FEDERAL ............................................................................................... 211 8.3.1. Pressupostos materiais.............................................................................................. 212 8.3.2. Pressupostos formais ................................................................................................ 212 8.3.3. Casuísticas ................................................................................................................. 213 8.3.4. Espécies de intervenção ............................................................................................ 213 8.3.5. Controle ...................................................................................................................... 214 INTERVENÇÃO ESTADUAL ............................................................................................ 214 8.4.1. Pressupostos materiais.............................................................................................. 215 8.4.2. Pressupostos formais ................................................................................................ 216 ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ................................................................................................... 217 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 217 2. IMPROPRIEDADE DA EXPRESSÃO TRIPARTIÇÃO DOS PODERES ................................ 217 3. FINALIDADE DA SEPARAÇÃO DE PODERES ...................................................................... 218 LIMITAR O PODER DO ESTADO .................................................................................... 218 LEGITIMAR O EXERCÍCIO DO PODER E MELHORAR O DESEMPENHO DO PODER NO ESTADO ................................................................................................................................ 218 PODER LEGISLATIVO .................................................................................................................... 219 1. ATRIBUIÇÕES DO LEGISLATIVO: FISCALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA. COMISSÕES PARLAMENTARES .................................................................................................. 219 FISCALIZAÇÃO PELO LEGISLATIVO ............................................................................. 219 CLASSIFICAÇÕES DAS COMISSÕES PARLAMENTARES .......................................... 219 1.2.1. Quanto à duração da comissão ................................................................................. 219 CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 7 1.2.2. Quanto à composição ................................................................................................ 220 2. ESPÉCIES DE COMISSÃO PARLAMENTAR ......................................................................... 220 COMISSÃO TEMÁTICA OU EM RAZÃO DA MATÉRIA (ART. 58, § 2º, DA CF) ........... 220 COMISSÃO REPRESENTATIVA OU DE REPRESENTAÇÃO ....................................... 220 COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI) ...................................................... 221 3. ESTUDOS DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI) .................................... 221 CPI E OS “PODERES PRÓPRIOS DAS AUTORIDADES JUDICIAIS”........................... 221 MANDADO DE SEGURANÇA OU HABEAS CORPUS EM FACE DA CPI .................... 222 OBJETIVOS DA CPI ......................................................................................................... 222 COMPOSIÇÃO DA CPI .................................................................................................... 223 SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO PELA CPI ..................................................................... 223 REQUISITOS PARA A INSTAURAÇÃO DA CPI ............................................................. 223 PODERES DA CP ............................................................................................................. 225 LIMITES DA CPI ............................................................................................................... 229 3.8.1. Cláusula de reserva de jurisdição (jurisprudência do STF) ...................................... 229 3.8.2. Autonomia federativa e separação de poderes ........................................................ 230 3.8.3. Direitos e garantias Individuais .................................................................................. 230 3.8.4. Medidas acautelatórias .............................................................................................. 230 3.8.5. Acusações .................................................................................................................. 231 QUADRO SOBRE A CPI .................................................................................................. 231 CPI NO ÂMBITO ESTADUAL ........................................................................................... 232 3.10.1. Requisitos................................................................................................................... 232 3.10.2. Poderes da CPI estadual ........................................................................................... 232 3.10.3. HC e MS ..................................................................................................................... 232 CPI NO ÂMBITO MUNICIPAL .......................................................................................... 233 3.11.1. Fundamentos ............................................................................................................. 233 3.11.2. Poderes ...................................................................................................................... 233 3.11.3. HC e MS ..................................................................................................................... 233 TÉRMINO DOS TRABALHOS DA CPI ............................................................................. 233 4. GARANTIAS DO PODER LEGISLATIVO ................................................................................ 234 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS ....................................................................................... 234 SENADORES E DEPUTADOS FEDERAIS ..................................................................... 235 4.2.1. Foro por prerrogativa de função ................................................................................ 235 4.2.2. Imunidade material .................................................................................................... 237 4.2.3. Imunidade formal ....................................................................................................... 239 4.2.4. Outras garantias......................................................................................................... 242 DEPUTADOS ESTADUAIS E DISTRITAIS ...................................................................... 242 4.3.1. Previsão legal e considerações ................................................................................. 242 4.3.2. Foro por prerrogativa de função ................................................................................243 IMUNIDADES DOS VEREADORES................................................................................. 245 4.4.1. Foro por prerrogativa de função ................................................................................ 245 4.4.2. Imunidade material .................................................................................................... 245 4.4.3. Imunidade formal ....................................................................................................... 246 5. PERDA DE MANDATO ............................................................................................................ 246 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 246 CASSAÇÃO DO MANDATO ............................................................................................. 248 5.2.1. Conceito ..................................................................................................................... 248 5.2.2. Hipóteses de cassação .............................................................................................. 248 CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 8 EXTINÇÃO DO MANDATO .............................................................................................. 249 RENÚNCIA DO PARLAMENTAR ..................................................................................... 250 6. PROCESSO LEGISLATIVO ..................................................................................................... 250 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 250 ESPÉCIES DE PROCESSOS LEGISLATIVOS ............................................................... 251 6.2.1. Processo legislativo ordinário .................................................................................... 251 6.2.2. Processo legislativo sumário ..................................................................................... 252 6.2.3. Processos legislativos especiais ............................................................................... 253 7. PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ORDINÁRIO ...................................................................... 253 FASE INTRODUTÓRIA (INICIATIVA) .............................................................................. 253 FASE CONSTITUTIVA...................................................................................................... 256 7.2.1. Discussão ................................................................................................................... 256 7.2.2. Votação ...................................................................................................................... 257 7.2.3. Aprovação .................................................................................................................. 258 7.2.4. Sanção/veto do Poder Executivo .............................................................................. 260 FASE COMPLEMENTAR ................................................................................................. 261 8. MEDIDAS PROVISÓRIAS (MP’s) ............................................................................................ 262 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 262 EFEITOS IMEDIATOS DA MEDIDA PROVISÓRIA ......................................................... 262 PRAZO DA MEDIDA PROVISÓRIA ................................................................................. 263 REGIME DE URGÊNCIA .................................................................................................. 265 TRÂMITE DA MEDIDA PROVISÓRIA .............................................................................. 266 REVOGAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA ...................................................................... 268 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS ............... 269 8.7.1. Aspectos formais........................................................................................................ 269 8.7.2. Aspectos materiais ..................................................................................................... 269 LIMITES MATERIAIS ........................................................................................................ 270 MEDIDA PROVISÓRIA NOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS .......... 273 9. LEIS DELEGADAS ................................................................................................................... 274 CONCEITO ........................................................................................................................ 274 PROCESSO LEGISLATIVO DE LEIS DELEGADAS ....................................................... 274 ESPÉCIES DE DELEGAÇÃO ........................................................................................... 275 LIMITAÇÕES MATERIAIS ................................................................................................ 275 10. DECRETO LEGISLATIVO x RESOLUÇÕES....................................................................... 276 PODER EXECUTIVO ...................................................................................................................... 281 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 281 2. SISTEMAS OU REGIMES DE GOVERNO ............................................................................. 281 SISTEMA DE “ASSEMBLEIA” .......................................................................................... 282 PARLAMENTARISMO x PRESIDENCIALISMO .............................................................. 282 PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO ............................................................................. 283 3. REQUISITOS PARA SER PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................... 283 4. ELEIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ..................................................................... 284 5. POSSE DO PRESIDENTE ....................................................................................................... 286 6. SUCESSÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ................................................................... 286 7. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ............................................................... 290 8. MANDATO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ..................................................................... 293 9. VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA ..................................................................................... 294 10. MINISTROS DE ESTADO .................................................................................................... 295 REQUISITOS .................................................................................................................... 295 COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 295 CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 9 CRIAÇÃO DE CARGOS ................................................................................................... 295 CONSELHO DA REPÚBLICA E CONSELHO DE DEFESA NACIONAL ........................ 296 11. CRIMES DE RESPONSABILIDADE .................................................................................... 298 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 298 DIPLOMAS NORMATIVOS QUE TIPIFICAM CRIMES DE RESPONSABILIDADES .... 299 SUJEITOS QUE PODEM PRATICAR CRIMES DE RESPONSABILIDADE E COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO ...................................................................................... 299 12. CRIMES DERESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ......................... 301 NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 301 COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 301 SANÇÃO............................................................................................................................ 301 CONDUTAS QUE IMPORTAM CRIME DE RESPONSABILIDADE ................................ 302 DUPLO REGIME SANCIONATÓRIO ............................................................................... 302 PROCEDIMENTO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS ..................................................... 303 12.6.1. Oferecimento da denúncia ......................................................................................... 303 12.6.2. Acolhimento do pedido .............................................................................................. 303 12.6.3. Instalação da Comissão Especial .............................................................................. 304 12.6.4. Notificação do Presidente da República ................................................................... 304 12.6.5. Votação do relatório final ........................................................................................... 304 12.6.6. Decisão do Plenário ................................................................................................... 304 PROCEDIMENTO NO SENADO FEDERAL .................................................................... 305 12.7.1. Instauração................................................................................................................. 305 12.7.2. Rito ............................................................................................................................. 306 12.7.3. Presidência................................................................................................................. 307 12.7.4. Absolvição .................................................................................................................. 307 12.7.5. Condenação ............................................................................................................... 307 12.7.6. Renúncia .................................................................................................................... 308 13. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS GOVERNADORES DE ESTADO ..................... 308 INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS ................................................................. 308 PROCEDIMENTO ............................................................................................................. 308 JULGAMENTO .................................................................................................................. 309 SANÇÕES ......................................................................................................................... 311 14. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS MUNICIPAIS ............................... 311 PREVISÃO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 311 TIPOS DE INFRAÇÕES QUE PODEM SER COMETIDAS POR PREFEITOS .............. 312 PROCEDIMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO PREFEITO ............... 312 CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS NO DECRETO-LEI 201/67 ..... 314 15. PROCESSO E JULGAMENTO CRIMES COMUNS ............................................................ 315 PRATICADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................... 315 15.1.1. Irresponsabilidade penal relativa ............................................................................... 316 15.1.2. Competência .............................................................................................................. 317 15.1.3. Necessidade de autorização ..................................................................................... 317 15.1.4. Procedimento ............................................................................................................. 318 15.1.5. Crimes abrangidos pela expressão “infração penal comum” ................................... 320 CRIMES PRATICADOS PELO GOVERNADOR .............................................................. 320 CRIMES PRATICADOS PELO PREFEITO ...................................................................... 322 16. RECALL ................................................................................................................................ 324 CONSIDERAÇÕES E CONCEITO ................................................................................... 324 CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 10 RECALL x IMPEACHMENT .............................................................................................. 324 PODER JUDICIÁRIO ....................................................................................................................... 325 1. GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO ................................................................................... 325 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 325 GARANTIAS FUNCIONAIS DOS MAGISTRADOS ......................................................... 325 1.2.1. Garantias de independência ...................................................................................... 325 1.2.2. Garantias da imparcialidade ...................................................................................... 327 GARANTIAS INSTITUCIONAIS ....................................................................................... 329 1.3.1. Garantia de autonomia orgânico-administrativa ....................................................... 329 1.3.2. Garantia de autonomia financeira ............................................................................. 330 2. ÓRGÃO ESPECIAL DO PODER JUDICIÁRIO ....................................................................... 331 3. QUINTO CONSTITUCIONAL ................................................................................................... 331 4. FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO ...................................................................................... 333 FUNÇÕES TÍPICAS .......................................................................................................... 333 4.1.1. Exercício da jurisdição ............................................................................................... 333 4.1.2. Proteção de direitos fundamentais ............................................................................ 334 4.1.3. Defesa da força normativa da Constituição .............................................................. 334 4.1.4. Edição da “legislação judicial” ................................................................................... 334 FUNÇÕES ATÍPICAS ....................................................................................................... 334 4.2.1. Administrativa ............................................................................................................. 334 4.2.2. Legislativa .................................................................................................................. 334 5. ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO ............................................................................. 335 6. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ........................................................................................... 335 ATRIBUIÇÕES DO STF .................................................................................................... 335 COMPOSIÇÃO E REQUISITOS PARA SER MEMBRO DO STF ................................... 336 7. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ......................................................................................337 ORIGEM E OBJETIVO DO STJ ....................................................................................... 337 COMPOSIÇÃO DO STJ .................................................................................................... 337 PROCEDIMENTO DE ESCOLHA .................................................................................... 338 7.3.1. Desembargadores...................................................................................................... 338 7.3.2. Advogados ................................................................................................................. 338 7.3.3. Ministério Público ....................................................................................................... 338 8. JUSTIÇA COMUM FEDERAL .................................................................................................. 338 2º GRAU DE JURISDIÇÃO: TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS ................................ 338 1º GRAU DE JURISDIÇÃO: JUÍZES FEDERAIS ............................................................. 339 9. JUSTIÇA COMUM ESTADUAL ............................................................................................... 340 2º GRAU DE JURISDIÇÃO: TRIBUNAIS DE JUSTIÇA ................................................... 340 1º GRAU DE JURISDIÇÃO: JUIZ DE DIREITO ............................................................... 340 10. JUSTIÇA ELEITORAL .......................................................................................................... 340 TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL................................................................................ 341 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL ................................................................................ 342 JUÍZES ELEITORAIS ........................................................................................................ 342 JUNTAS ELEITORAIS ...................................................................................................... 344 11. JUSTIÇA MILITAR ................................................................................................................ 344 SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR ..................................................................................... 344 12. JUSTIÇA DO TRABALHO .................................................................................................... 345 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ......................................................................... 345 TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO ....................................................................... 345 JUÍZES DO TRABALHO ................................................................................................... 346 CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 11 13. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA ................................................................................ 346 NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 346 ATRIBUIÇÕES .................................................................................................................. 346 COMPOSIÇÃO .................................................................................................................. 350 CONSTITUCIONALIDADE DO CNJ ................................................................................. 353 COMPETÊNCIA PARA JULGAR AS AÇÕES CONTRA O CNJ ..................................... 354 14. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO ........................................................ 356 COMPOSIÇÃO .................................................................................................................. 356 DIFERENÇAS NAS REGRAS DE NOMEAÇÃO E DESTITUIÇÃO DO PROCURADOR- GERAL DA REPÚBLICA E DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA .................................... 357 CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES ...................................................................................... 358 15. RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL .................................................................................... 363 ORIGEM ............................................................................................................................ 363 NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 363 OBJETO DA RECLAMAÇÃO............................................................................................ 364 15.3.1. Preservação de competência .................................................................................... 364 15.3.2. Garantir a autoridade das decisões ........................................................................... 365 LEGITIMIDADE ATIVA...................................................................................................... 366 16. SÚMULA VINCULANTE ....................................................................................................... 367 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 367 NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 367 OBJETO ............................................................................................................................ 367 REQUISITOS .................................................................................................................... 368 16.4.1. Reiteradas decisões sobre matéria constitucional .................................................... 368 16.4.2. Iniciativa ..................................................................................................................... 368 16.4.3. Quórum ...................................................................................................................... 369 16.4.4. Publicação .................................................................................................................. 369 16.4.5. Efeito vinculante ......................................................................................................... 369 CANCELAMENTO ............................................................................................................ 370 17. RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E RECURSOS ESPECIAIS ........................................ 370 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 371 PREQUESTIONAMENTO ................................................................................................. 374 PRÉVIO ESGOTAMENTO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS ........................................ 375 IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS ........................................... 376 REPERCUSSÃO GERAL ................................................................................................. 376 HIPÓTESES DE CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO.............................. 377 HIPÓTESES DE CABIMENTO DE RECURSO ESPECIAL ............................................. 379 17.7.1. EC 125/2022 .............................................................................................................. 381 DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS ............................................... 383 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 383 2. NORMAS GERAIS COMUNS AO SISTEMA CONSTITUCIONAL DAS CRISES .................. 383 TEMPORARIEDADE ......................................................................................................... 383 PROPORCIONALIDADE .................................................................................................. 384 DELIMITAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS .........................................................385 MOTIVAÇÃO ..................................................................................................................... 386 3. ESTADO DE DEFESA ............................................................................................................. 386 CONCEITO ........................................................................................................................ 386 EFEITOS ........................................................................................................................... 387 CONTROLE ....................................................................................................................... 388 CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 12 4. ESTADO DE SÍTIO................................................................................................................... 389 CONCEITO ........................................................................................................................ 389 EFEITOS ........................................................................................................................... 389 RESPONSABILIZAÇÃO PELAS MEDIDAS EXECUTIVAS ............................................. 390 CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 13 APRESENTAÇÃO Olá! Inicialmente gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja útil na sua preparação, em todas as fases. Quanto mais contato temos com uma mesma fonte de estudo, mais familiarizados ficamos, o que ajuda na memorização e na compreensão da matéria. O Caderno Sistematizado de Direito Constitucional, que está dividido em Parte I e Parte II, possui como base as aulas do Prof. Marcelo Novelino (G7) e as aulas do Prof. Bernardo Fernandes. Além disso, foram utilizadas as seguintes fontes complementares: a) Constituição Federal para Concursos, 2020, (Marcelo Novelino e Dirley da Cunha Jr.); b) Curso de Direitos Constitucional, 2018, (Dirley da Cunha Júnior); e c) Curso de Direito Constitucional, 2020 (Bernardo Gonçalves Fernandes). Em relação à jurisprudência, a fonte utilizada foi o site do Buscador do Dizer o Direito (https://www.buscadordizerodireito.com.br). Destacamos que é importante você se manter atualizado com os informativos. Por isso, recomendamos que você reserve um dia da semana para ler os informativos no site do Dizer o Direito. Como você pode perceber, reunimos diversas fontes (aulas, doutrina, informativos, lei seca e questões) em um único material, para otimizar o seu tempo e garantir que você faça uma boa prova. Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não se esqueça de fazer questões. É muito importante! As bancas costumam repetir certos temas. Vamos juntos! Bons estudos! Equipe Cadernos Sistematizados. CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 14 DIREITOS INDIVIDUAIS EM ESPÉCIE 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Dentro dos direitos individuais, serão estudados os direitos à vida, à igualdade, à privacidade, à liberdade e à propriedade. Os direitos individuais estão elencados, expressamente, no art. 5º, caput, da CF. Além disso, os direitos fundamentais serão analisados sob o prisma do âmbito de proteção (bem jurídico protegido pela Constituição Federal), bem como das restrições (intervenções constitucionais legítimas no âmbito de proteção dos direitos). Finalmente, o direito à segurança está previsto no art. 5º, caput, da CF, porém se refere à segurança jurídica, que não é um direito individual, e sim uma garantia para que os direitos sejam protegidos. A título de exemplo, cita-se o habeas corpus, que protege o direito de liberdade. Dessa forma, o tema será analisado em tópico separado. OBS.: A segurança pública, prevista no art. 6º da CF, será analisada na parte dos direitos sociais. 2. DESTINATÁRIOS 1 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) A interpretação literal do art. 5º, caput, da CF excluiria os estrangeiros não residentes no Brasil do rol de destinatários desses direitos. Todavia, esse entendimento é oposto à pretensão contemporânea de se promover uma cultura forte e globalizado dos direitos humanos. Os direitos individuais existem para proteger diretamente a dignidade da pessoa humana. O conceito de pessoa humana é dotado de universalidade, relativo a qualquer indivíduo, e não apenas ao cidadão. O princípio da dignidade da pessoa humana afasta a possibilidade de quaisquer discriminações, inclusive, entre nacionais e estrangeiros. Por conseguinte, é necessário fazer uma interpretação extensiva do art. 5º, caput, da CF, para assegurar os direitos e garantias individuais, quando cabíveis, a todas as pessoas que estejam em território brasileiro, e não apenas aos brasileiros e estrangeiros residentes no país. O STF é firme no sentido de que a condição jurídica de estrangeiro aliada ao fato de não ter domicílio no Brasil não inibe, por si só, o acesso aos instrumentos processuais de tutela da liberdade 1 NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 16 ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Editora Juspodivm, 2021, p. 348-349. CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 15 e tampouco subtrai o Poder Público do dever de respeitar as prerrogativas da ordem jurídica e as garantias de índole constitucional que o ordenamento jurídico assegura a qualquer pessoa. Nesse sentido, é ilegítima a adoção de tratamento arbitrário ou discriminatório por parte do Brasil a qualquer indivíduo, independentemente de sua origem ou domicílio. STF – HC 94.016/SP: O súdito estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a preservação do status libertatis e a observância, pelo Poder Público, da cláusula constitucional do due process. [...] A condição jurídica de não nacional do Brasil e a circunstância de o réu estrangeiro não possuir domicílio em nosso país não legitimam a adoção, contra tal acusado, de qualquer tratamento arbitrário ou discriminatório. A inexistência de justificativa legítima para exclusão de estrangeiros não residentes do âmbito de proteção dos direitos e garantias individuais não se dá em relação aos demais direitos e garantias fundamentais. Alguns direitos sociais, como os trabalhistas e previdenciários, não são dirigidos aos estrangeiros sem residência no país. Por outro lado, os direitos políticos somente podem ser usufruídos por aqueles que detêm a nacionalidade brasileira (art. 14, § 2º, da CF). Noutro giro, ainda que originariamente os direitos e garantias fundamentais tenham sido pensados em relação às pessoas físicas, atualmente é incontestável a possibilidade de também serem titularizados, conforme a sua natureza, por pessoas jurídicas. No que se refere às pessoas jurídicas de direito público, a problemática é mais complexa. Na sua concepção original, os direitos foram pensados para proteger os indivíduos dos poderes públicos, porém é incompatível com o atual paradigma do Estado Democrático de Direito qualquer exercício abusivo de autoridade em matéria de limitação ou supressão de direitos. Por conseguinte, certos direitos fundamentais, em particular os de natureza procedimental, devem ser assegurados às pessoas jurídicas de direito público, em particular. STF - AC 2.395 MC/PB: A imposição de restrições de ordem jurídica, pelo Estado, quer se concretize na esfera judicial, quer se realize no âmbito estritamente administrativo (como sucede com a inclusão de supostos devedores em cadastros públicos de inadimplentes), supõe, paralegitimar-se constitucionalmente, o efetivo respeito, pelo Poder Público, da garantia indisponível do ‘due process of law’, assegurada, pela Constituição da República (art. 5º, LIV), à generalidade das pessoas, inclusive às próprias pessoas jurídicas de direito público, eis que o Estado, em tema de limitação ou supressão de direitos, não pode exercer a sua autoridade de maneira abusiva e arbitrária. Doutrina. Precedentes. 3. DIREITO À VIDA PREVISÃO CONSTITUCIONAL Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 16 inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; (...) ÂMBITO DE PROTEÇÃO O conceito de vida, para fins de proteção constitucional, está ligado à existência física do ser humano. A inviolabilidade do direito à vida não se refere a toda e qualquer forma de existência, e sim à existência humana em seu sentido biológico, cuja proteção começa antes do nascimento e termina com a morte. A inviolabilidade consiste na proteção do direito à vida contra violações por parte do Estado e de terceiros. O âmbito de proteção do direito à vida tem dupla acepção. a) Acepção negativa: É o direito assegurado a todo e qualquer ser humano de permanecer vivo. Trata-se de direito de defesa que confere status negativo ao indivíduo, ou seja, o direito à não intervenção em sua existência física por parte do Estado e de outros particulares. O direito à vida, além de ser direito fundamental autônomo, é pressuposto elementar para o exercício de todos os demais direitos. A proibição da pena de morte é uma posição jurídica específica que integra o direito à vida em sua acepção negativa (art. 5º, XLVII, “a”, da CF); b) Acepção positiva: Está ligada ao direito à existência digna. O indivíduo tem direito de acessar os bens e as utilidades indispensáveis à vida em condições minimamente dignas. No entanto, essa acepção não se limita à garantia do mínimo existencial, pois também atua no sentido de assegurar ao indivíduo pretensões de caráter material e jurídico. Nesse sentido, os poderes públicos têm o dever de adotar medidas positivas de proteção da vida, de amparo material em espécie (art. 203, V, da CF), de bens ou serviços (art. 79 do ADCT), bem como de emissão de normas de caráter protetivo e incriminador de condutas que atentem contra a vida. Na acepção positiva, há relação íntima do direito à vida com a dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF) e outros direitos fundamentais. O direito fundamental à vida tem duas dimensões: a) Dimensão subjetiva: O direito à vida deve ser pensado sob a perspectiva do indivíduo, enquanto posição jurídica de que este é titular perante o Estado; b) Dimensão objetiva: O direito à vida também deve ser pensado do ponto de vista da comunidade, enquanto bem jurídico essencial que impõe os poderes públicos e à sociedade o dever de adotar medidas de proteção contra práticas que atentem contra o direito à vida e de promoção dos meios indispensáveis à vida humana com dignidade e qualidade. Em relação à dimensão subjetiva, a ADI 3.510 teve como objeto a Lei 11.101/2005 (Lei da Biossegurança), a qual permite as pesquisas com células-tronco embrionárias. Nesse julgamento, o então Ministro Ayres Britto analisou o direito à vida em sua dimensão subjetiva. Por outro lado, o então Ministro Ricardo Lewandowski analisou o direito à vida sob o prisma objetivo. CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 17 STF - ADI 3.510 (Ayres Britto): “o Magno Texto Federal não dispõe sobre o início da vida humana ou o preciso instante em que ela começa. Não faz de todo e qualquer estádio da vida humana um autonomizado bem jurídico, mas da vida que já é própria de uma concreta pessoa, porque nativiva (teoria ‘natalista’, em contraposição às teorias ‘concepcionista’ ou da ‘personalidade condicional’)”. De acordo com o Ministro Ayres Britto, a Constituição Federal não indica o exato momento do início da vida humana. Todavia, em todas as oportunidades, a Constituição Federal se refere à vida das pessoas que já nasceram, e não à vida do embrião ou do feto (interpretação sistemática da Constituição). Logo, o embrião e o feto não têm o direito à vida protegido pela Constituição Federal. Além disso, a legislação infraconstitucional é responsável por proteger o direito à vida do embrião e do feto. Em contrapartida, o Ministro Ricardo Lewandowski entendeu que o direito à vida deve ser analisado sob o prisma da coletividade, e não em sua dimensão subjetiva. Lewandowski se baseou na perspectiva objetiva do direito fundamental. STF - ADI 3.510 (Lewandowski): Creio que o debate deve centrar-se no direito à vida entrevisto como um bem coletivo, pertencente à sociedade ou mesmo à humanidade como um todo, sobretudo tendo em conta os riscos potenciais que decorrem da manipulação do código genético humano. INVIOLABILIDADE x IRRENUNCIABILIDADE O direito à vida é, além de inviolável, irrenunciável. A inviolabilidade se refere à existência humana em seu sentido biológico. Trata-se da proteção do direito à vida contra violações por parte do Estado e de terceiros. A irrenunciabilidade, por sua vez, é uma característica distintiva dos direitos fundamentais que os protege, inclusive em face de seu próprio titular. Não é possível renunciar, de forma total e permanente, à titularidade de um direito. O que se admite, prima facie, é apenas a renúncia parcial e temporária de um direito. No caso do direito à vida, não é possível a renúncia parcial e temporária do direito. O direito à vida pode colidir com outros direitos fundamentais. É o que ocorre, por exemplo, com as testemunhas de Jeová. Com base em uma interpretação bíblica, as testemunhas de Jeová consideram o sangue como “algo especial”, cuja aceitação, mesmo de componentes primários (glóbulos brancos e vermelhos, plaquetas e plasma), violaria as leis de Deus. Se houver uma forma alternativa de tratamento eficaz a ser utilizada na situação em concreto, o direito de escolha do paciente deverá ser respeitado. O problema surge quando não há opção, diversa da transfusão de sangue, para a manutenção da vida. A propósito sobre o tema, confira o enunciado 403 do CJF: Enunciado 403 do CJF. O direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde que observados os seguintes critérios: CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 18 a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou assistente; b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c) oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do declarante”. De forma sintética: INVIOLABILIDADE IRRENUNCIABILIDADE Proteção contra violação por parte de terceiros e do Estado Protege contra o próprio titular. Em princípio, a pessoa não possui o direito de renunciar sua própria vida. RESTRIÇÕES AO DIREITO À VIDA As restrições consistem em intervenções constitucionalmente legítimas no âmbito da proteção do direito. Essas intervenções podem ser autorizadas de forma expressa ou de forma implícita. O direito à vida, apesar de sua importância axiológica e de ser pressuposto elementar para o exercício de todos os demais direitos, não possui caráter absoluto. No caso de colisão com o mesmo bem jurídico titularizado por terceiros, ou ainda, com outros princípios de peso relativo maior, o direito à vida poderá sofrer restrições no seu âmbito de proteção.
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