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Artigo Pós Graduação

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FALCUDADE DE FILOSOFIA DE BOA ESPERANÇA
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA
AFETIVIDADE NUM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO
FRANCINALVA DE JESUS MACEDO
CURRAL NOVO - PI
2019
FRANCINALVA DE JESUS MACEDO
AFETIVIDADE NUM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO
Trabalho de Conclusão de Curso, submetido à Coordenação de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia de Boa Esperança FAFIBE, como requisito para obtenção do Grau de Pós-Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional sob orientação da Prof. Esp. Erineide Lima 
CURRAL NOVO – PI
2019
FRANCINALVA DE JESUS MACEDO
AFETIVIDADE NUM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO
Artigo científico apresentado e _______________________ como exigência parcial para a obtenção do grau de Pós-Graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional.
Data de Aprovação
CURRAL-NOVO - PI, ____ de ____________ de _______
_________________________________________________________________
(Membro)
_________________________________________________________________
 (Membro)
_________________________________________________________________
 (Membro)
RESUMO
A pesquisa deste presente artigo tem como objetivo investigar a contribuição da Afetividade Num Olhar Psicopedagógico, que faz parte do processo de ensino e aprendizagem como no convívio social durante a intervenção do psicopedagogo. A metodologia é composta por referenciais teóricos e bibliográficas de pesquisadores da área da educação e psicologia mediante análise sistemática de livros, sites da internet, tendo como base autores. A partir dados analisados nos permitem constatar que o uso da afetividade como instrumento melhora e proporciona qualidade na aprendizagem, trazendo retornos positivos na aquisição de conhecimentos dos conteúdos e na formação do indivíduo para a vida, sabendo articular respeito, amor e carinho em uma interação com as demais pessoas buscando assim um mundo melhor. 
Palavras chave: Afetividade. Aprendizagem. Psicopedagogia
ABSTRACT
The aim of this research is to investigate the contribution of Affectivity in a Psychopedagogical View, which is part of the teaching and learning process as social interaction during the intervention of the psychopedagogue. The methodology is composed of theoretical and bibliographical references of researchers in the area of ​​education and psychology through systematic analysis of books, internet sites, based on authors. From the analyzed data, we can see that the use of affectivity as an instrument improves and provides quality in learning, bringing positive returns in the acquisition of knowledge of the contents and in the formation of the individual for life, knowing how to articulate respect, love and affection in an interaction with the other people looking for a better world.
Keywords: Affectivity. Learning. Psychopedagogy
SUMÁRIO
1. Introdução ..............................................................................................................6
2. Materiais é métodos ..............................................................................................8
3. Resultados discussão .........................................................................................15
4. Considerações finais ..........................................................................................17
Referências...............................................................................................................18
INTRODUÇÃO 
O presente trabalho abordará o tema afetividade num olhar psicopedagógico nos seus mais diferentes aspectos enfatizando a investigar a contribuição como ele acontece em relação ao vínculo afetivo e a sua importância para a aprendizagem. Não é um tema fácil, apesar de inúmeros estudos estarem se voltando para a importância do afeto no ato do aprender atualmente.
Trata-se de uma abordagem que se faz necessária analisar para auxiliar o indivíduo a conhecer-se melhor, aprimorando suas habilidades e dessa forma conseguir mais autonomia, tornando o aprendizado de fato eficiente e com qualidade. E tem como finalidade primordial tratar sobre as questões envolvendo a afetividade, que faz parte de um trabalho psicomotor da aprendizagem. Este propósito será alcançado a partir da revisão bibliográfica, assegurando o devido embasamento teórico ao tema proposto e a legitimidade das informações que serão utilizadas para elaboração desta pesquisa.
A investigar a respeito da afetividade na aprendizagem é estabelecer o vínculo familiar como principal do aliado do psicopedagogo, com isso os indivíduos que a compõe devem ser reconhecidos como seres dotados de emoção e afeto e não apenas de aspectos cognitivos o que faz com que muitas vezes o convívio escolar se torne insignificativo. Nesse contexto, a afetividade, como aliada da aprendizagem, vem sendo cada vez mais valorizada, pois é uma forma de reconhecer e desenvolver aptidões na busca das competências individuais e sociais. 
Nessa perspectiva, é também papel da escola formar a personalidade do indivíduo e isso ocorre a partir da interação com o outro. Dessa forma, entendemos que as relações sociais dependem de como as pessoas se percebem, já que essas percepções sofrem influências de preconceitos e valores.
Ao psicopedagogo cabe estimular o desenvolvimento de relações interpessoais, que se relacionar entre o estabelecimento de vínculos, e a utilização de métodos de ensino que procurem envolver a equipe escolar, ajudando a ampliar o olhar em torno do aluno e das circunstâncias de produção de conhecimento. Nesse sentido, estará ajudando a superar os obstáculos que interpõe o seu processo de aprendizagem. A afetividade vai determinar a interação desse aluno com o meio educativo e de convívio do qual faz parte, contribuindo para o desenvolvimento do mesmo, nos seus aspectos psicológicos e sociais, bem como os que envolvam o aprendizado de conteúdos institucionais.
No processo de desenvolvimento e aprendizado, a afetividade leva o indivíduo a descobrir suas potencialidades e desenvolvê-las através de sua interação com o outro, bem como o seu autoconhecimento. Dessa forma, o aspecto afetivo é um elemento importante que deve ser considerado no processo de aprendizagem.
É necessário que o indivíduo tenha um afeto constante e se motive no sentido de tornar-se um criador de uma personalidade eficiente, para atuar de modo útil, elaborando em si mesmo, as imagens e estímulos recebidos no qual é transmitido para a sua própria existência.
Descrevemos a seguir a visão de vários autores sobre a afetividade existente num olhar psicopedagógico, ou seja, a afetividade que permeia essa relação durante o ato de ensinar e aprender, respectivamente. Bem como a necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem do indivíduo, e como a afetividade colabora para que aconteça efetivamente de forma qualitativa e quantitativa.
2 MATERIAL E MÉTODO 
O estudo foi feito através das pesquisas bibliográficas e qualitativa, propomo-nos a investigar a função da afetividade num olhar psicopedagógico, visto que a afetividade tem um papel fundamental no desenvolvimento humano. Para atingir tal propósito, foi-se a busca de livros na área de vários especialistas e psicopedagogos na educação, como também nas bases de dados Google Acadêmico. As análises bibliografias analisadas nos apontou a necessidade da afetividade para se promover mudanças na educação e na sociedade, começando pela conscientização familiar de forma direta ou indireta, contextualizadas percebe como ser humano precisa de meios que proporcione a construção do seu conhecimento e da sua história. Desta forma, os trabalhos que serviram de base para esta obra compreenderam um período de 1984 a 2017.
2.1 A Afetividade: Conceito 
Segundo o dicionário Aurélio a afetividade é: conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sobre as formas de emoções, sentimentos, e paixões, acompanhados sempre de impressões de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado,de alegria ou tristeza.
Conceitualmente, a afetividade deve ser distinguida de suas manifestações, diferenciando-se dos seus sentimentos, a afetividade é um campo mais amplo, que exerce um papel fundamental nas correlações psicossomáticas básicas, além de influenciar, decisivamente a percepção, a memória, a vontade e a ação, sendo assim, um componente essencial da harmonia e do equilíbrio da personalidade humana.
Afetividade constitui um fator essencial na vida escolar, portanto é de vital importância para o desenvolvimento da cognição, bem como para a superação de dificuldades dessa natureza. O desenvolvimento intelectual envolve, além do cérebro e corpo, as emoções. Sua função é a comunicação nos primeiros meses de vida, por meio de impulsos emocionais, estabelecendo os primeiros contatos da criança com o mundo, tendo assim um papel imprescindível no seu processo de desenvolvimento.
 	As relações estabelecidas entre o psicopedagogo e a criança devem ser sustentadas por enorme porção de afetividade, pois a interação desses pares concebe o suporte para a aquisição do conhecimento. Ao adquirir novos conhecimentos, a criança passa pelo processo de aprendizagem, sendo capaz de desenvolver competências e mudar seu comportamento. A afetividade deve ser o fio condutor que impulsiona a criança ao conhecimento.
Wallon (1978) defende que a afetividade é a fonte do conhecimento e que a criança acessa o mundo simbólico por meio das ma­nifestações afetivas que permeiam a media­ção que se estabelece entre ela e os adultos que a rodeiam.
Por ser uma manifestação de sentimentos, carinhos ou cuidados, a afetividade pressupõe que cultivemos aptidões próprias do coração humano, que nos permite demonstrar nossos sentimentos e emoções a outro ser ou objeto.	Já na psicologia afetividade é um termo que designa a suscetibilidade que o ser humano experimenta perante determinadas alterações que acontecem no mundo exterior ou em si próprio.
Segundo Ferreira (2013), a afetividade é o conjunto dos fenômenos afetivos (tendências, emoções, sentimentos paixões entre outro). Força constituídas por esses fenômenos, no íntimo de um caráter individual.
Psicanaliticamente falando, o ser humano não nasce ponto, é através de suas relações sociais e familiares que ele se forma, dentro desde contexto afetividade é um conjunto de fenômenos psíquicos manifestados sob a forma de emoções ou sentimentos e acompanhados da impressão de prazer ou dor, satisfação ou insatisfação, agrado ou desagrado e alegria e tristeza.
Para Piaget, o afeto desempenha um papel essencial no funcionamento da inteligência, pois segundo ele: “vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distintas. E são inseparáveis porque todo o intercâmbio com o meio pressupõe ao mesmo tempo estruturação e valorização .... Assim é que não se poderia racionar, inclusive em matemática, sem vivenciar certos sentimentos, e que, por outro lado, não existem afeições sem um mínimo de compreensão... O ato de inteligência pressupõe, pois, uma regulação energética interna (interesse, esforço, facilidade) ... (PIAGET,1977, p16. 
2.2 Papel da afetividade no desenvolvimento infantil
Para Winnicott a afetividade assume um papel fundamental no desenvolvimento humano, determinado necessidades e interesses pessoais. Desta forma ao desenvolver-se o indivíduo transforma as necessidades afetivas em cognitivas e a integração afetividade-inteligência permite à criança atingir níveis de evolução mais elevados.
Ainda, de acordo com Winncott ( 1971 ), a personalidade e o crescimento emocional se distanciam conforme a criança cresce e é possível perceber esta grande distância entre o recém-nascido e a criança de 5 anos. Para que esta distância seja coberta determinadas condições devem ser preenchidas.
Essas condições só precisam ser suficientemente boas, dado que a inteligência da criança se torna cada vez mais apta para ter em conta a possibilidade de fracassos e para dominar a frustação diante uma previa preparação, como se sabe, as condições que são necessárias para o crescimento individual da criança não são estáticas, assentes e fixas em si mesmas; encontram-se num estado de transformação qualitativa e quantitativa, em relação à idade da criança e as necessidades em constante mutação(WINNICOTT,1971,p, 203).
Vigotsky é considerado um cognitivo por se preocupar principalmente com os aspectos do funcionamento do pensamento. Porem ele sempre questionou o dualismo entre as dimensões afetivas e cognitivas ao mencionar que a psicologia tradicional peca em separar os aspectos intelectuais dos afetivo-volitivos. 
2.3 Relações afetivas entre sujeitos e interferência no desenvolvimento da inteligência
Para Vigostdgy as relações interpessoais têm influência direta no intelecto e ainda afirma que os processos pelos qual o afeto e o intelecto se desenvolvem estão inteiramente enraizados em suas inter-relações e influencia mútuas.
Atualmente é visto que os educadores estão retomando as contribuições de Wallon, Piaget e Vigotsky, de modo a entender a percepção intuitiva de professores e pais que as experiências e os laços afetivos influenciam nos processos de ensino-aprendizagem.
Homens, mulheres e crianças existem para viver em sociedade. Nesse convívio se desenvolvem os laços afetivos. Assim, percebe-se que a afetividade acompanha o indivíduo desde o seu nascimento. Garcia (Apud Miranda, 2006) diz que em todos os tempos tanto homens quanto mulheres, sem levar em conta suas idades, raça, credo, opção sexual, ao fazerem escolhas, estando conscientes ou não, são impulsionados também pelos laços afetivos. Conforme Arantes (2003, p.23), “nesse sentido o longo aprendizado sobre emoções e afetos se inicia nas primeiras horas de vida de uma criança e se prolonga por toda a sua existência”.
As pessoas desenvolvem a personalidade conforme é o ambiente afetivo que as circunda. Rossini (2004), afirma que a afetividade exerce domínio na percepção, memória, vontade, ação, na sensibilidade do corpo, porque ela representa o equilíbrio harmônico da personalidade.
Dessa forma, pode-se dizer que há uma simetria entre a afetividade e o desenvolvimento da inteligência. Segundo Piaget (apud ROSSINI, 2004, p. 9), “parece existir um estreito paralelismo entre o desenvolvimento afetivo e o intelectual, com este último determinando as formas de cada etapa da afetividade”. Entende-se, portanto, que está se refere às emoções e aos sentimentos do ser humano, ou seja, à subjetividade. Ao se falar desses temas afetivos, faz-se necessário destacar a diferença entre ambos:
As emoções são expressões afetivas acompanhadas de reações intensas e breves do organismo, em resposta a um acontecimento inesperado ou, às vezes, a um acontecimento muito aguardado (fantasiado) e que, quando acontece.... Nas emoções é possível observar uma relação entre os afetos e a organização corporal, ou seja, as reações orgânicas, as modificações que ocorrem no organismo, como distúrbios gastrointestinais, cardiorrespiratórios, sudorese, tremor. Um exemplo comum é a alteração do batimento cardíaco (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 1999, p.194).
Observa-se, assim, que esses vínculos afetivos são de extrema importância na vida das pessoas. Que as atitudes e os valores sociais quando entendidos por gostos, hábitos, crenças formam as regras gerais da conduta humana. Sem emoções e sentimentos, a vida não faria o menor sentido.
A afetividade, além de nortear o cotidiano do ser humano, oferece-lhe a chance de uma aprendizagem significativa. Beauclair (2008b) afirma que ela só ocorre quando o educador desempenha dois importantes e difíceis papeis: o de aceitar e o de compreender as diferenças entre os seus educandos, trabalhando com ambas as situações, além de reconhecer na diversidade um elemento rico para o desenvolvimento humano.
 Conforme a explanação acima, compreende-se que a afetividade se faz presente no cotidiano do ser humano, e é fundamental para o desenvolvimento da inteligência.
Entretanto, caso haja conflitos e falta de diálogo, fatores como insegurança emedo podem acompanhar o sujeito pela vida toda. Para Campos (1983) se o ambiente em que a criança vive for cercado de angústias incessantes, ela será uma pessoa ansiosa, podendo aumentar a proporção de seus medos.
Sabendo-se que o desenvolvimento afetivo e intelectual da criança está intimamente ligado à maneira como se dá a relação familiar em que ela vive, e que isso é fator decisivo para a vida adulta, os pais deveriam optar por um convívio no qual houvesse muito amor e compreensão. Os laços afetivos, na maioria das vezes, representam um fator que revoluciona e transforma a realidade do ser humano.
Observa-se, então, que o afeto é um bem precioso nas relações humanas. É por isso que ele “[...] deveria reger todos os relacionamentos, todas as ações, todos os vínculos. Afeto por se saber parte de algo maior. Afeto por se saber centelha divina e partícula de amor no espaço universal” (CHALITA, 2003, p.15). Assim, pode-se dizer que o vínculo afetivo na família contribui para um desenvolvimento saudável da criança nos aspectos físico e mental.
2.4 Consequências da carência afetiva
Ao que é visto ao logo da nossa infância nós perdemos a capacidade de nos admiramos com as coisas do mundo já que na maioria das vezes o afeto não é presente em cotidiano familiar, com isso perdemos uma coisa essencial pois em algum lugar dentro de nós alguma coisa nos diz que a vida é um grande enigma. E já experimentamos isto muito antes de aprendemos a pensar.
Dia após dia tentamos responder com nossas ações. E encontramos vínculos que estabelecemos, no contato com o outro nos dramas da vida, seja como for que realizemos em nossa existência, os papeis que desempenhamos, nossos dramas comedias, tragédias ou conflitos, tudo está permeado pela a afetividade. 
NOVAES (1984) nos mostra que:
 		A carência afetiva determina uma série de fatores que prejudicam o desenvolvimento global da criança, tanto no âmbito físico como psíquico. Essa carência pode ser identificada pela incapacidade do indivíduo em manter trocas afetivas normais com outros seres humanos. Segundo ela, esses sintomas diagnosticados na escola é consequência de um descontrole na relação mãe-filho, pois tanto a carência como o excessivo cuidado pode acarretar problemas emocionais graves na criança pequena.
Tanto o excesso como a falta de afeto podem prejudicar a aprendizagem. Por isso, sua maturidade afetivo-emocional deve estar até certo ponto desenvolvida quando esta é levada a ingressar na escola. Esse grau de maturidade é o que vai definir os rumos do desenvolvimento cognitivo da criança e para que tudo corra bem ela precisa ter um clima de segurança emocional tanto em casa como na escola.
São as vivencias afetivas que é o fundamento da nossa existência pode ser heroica como aprisionada no automatismo. São as marcas afetivas que dão vitalidade, sentido e um colorido a nossas ações e aos nossos vínculos afetivos.
Jacob Levy Moreno, criador da Socionomia, ciência que estuda a articulação entre o individual e o coletivo, afirma que nos relevamos e nos estruturamos por meio da ação, que se constitui do cumprimentos de papeis . 
Portanto, no palco da existência, somos atores que desempenhamos papeis diretamente ligados ao “eu”. Nossa personalidade é a resultante dos vínculos de afetividade que estabelecemos, do conjunto de papeis que exercemos, dos papeis que que contidos ou até mesmo reprimidos, da nossa modalidade vincular e das nossas predisposições hereditárias. 
Ressaltar Cury ( 2003) o que gera afetividade e vinculo inconsciente não é só que você diz a eles, mas também o que eles veem em você.
A importância da afetividade está no fato de que toda ação humana visa a manutenção de um equilíbrio, quando respondemos as situações especificas, buscamos atualizar nossos potenciais criativos em todas as dimensões existências, por meio da redução dos conflitos, sofrimentos e das tensões nos vínculos afetivos, no ambiente de nosso convívio.
Para Piaget o afeto é uma importante energia para o desenvolvimento cognitivo, Piaget nos diz:
	(...) a afetividade constitui a energética das condutas, cujo aspecto cognitivo se refere apenas as estruturas .Não existe, portanto,nenhuma conduta, por mais intelectual que seja, que não comporte,na qualidade de móveis,fatores afetivos:mas, reciprocamente ,não poderia haver estados afetivos sem a intervenção de percepções ou compreensão, que constituem a estrutura cognitiva.A conduta,é portanto,uma,mesmo que,reciprocamente,esta não tome aquelas em consideração:os dois aspectos afetivo e cognitivo são, ao mesmo tempo, inseparáveis e irredutíveis.(ARANTES,p.77,2002).
A afetividade constitui um fator essencial na vida sócia e escolar, portanto é de vital importância para o desenvolvimento da cognição, bem como para a superação de dificuldades dessa natureza. O desenvolvimento intelectual envolve, além do cérebro e corpo, as emoções. Sua função é a comunicação nos primeiros meses de vida, por meio de impulsos emocionais, estabelecendo os primeiros contatos da criança com o mundo, tendo assim um papel imprescindível no seu processo de desenvolvimento.
As atitudes os comportamentos dos pais em relação a afetividade, podem ensejar uma aprendizagem de compreensão com conteúdo muito valioso, principalmente na área da moralidade, a intenção de que aprendam alguma coisa em decorrência da maneira pela qual se comportam.
CURY, Augusto (2008,pg.16) afirmar que:
É em família que uma criança constrói seus primeiros vínculos e com a aprendizagem forma o seu sentido de aprender. Nenhuma criança nasce sabendo o que bom ou ruim e muito menos sabendo do que gosta e do que não gosta. A tarefa dos pais, dos professores e dos familiares e a de favorece uma consciência moral, pausada em uma lógica socialmente aceita, para que, quando essa criança tiver que decidir, saiba como e por que está tomando determinados caminhos e decisões. 
É muito importante que a família dispõe de tempo para dar a base afetiva para o indivíduo, para que ele possa sentir que pertencem a uma família, construídas através de laços e afetos, no sentido mais amplo, no sentido de estarem juntas podendo se tornar mais humanas e aprender a viver o jogo da afetividade de modo, mais adequado.
Alguns elementos são essenciais para a construção da afetividade, como o diálogo que fará essa aproximação para haver um reconhecimento mutuo de igualdade de uma afetividade verdadeira.
A afetividade no ambiente de convivência dá a oportunidade de se viver algo que no hoje está se perdendo, devemos sempre criar o hábito de bom afeto dialogando e viabilizando a construção de um bom desenvolvimento educacional, fortalecendo os aspectos cognitivos em sociedade.
 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Esta pesquisa é de caráter bibliográfico e encontra-se referenciada em ideias de autores que deram embasamento teórico-científico como suporte para a construção dos valores presentes no desenvolvimento desta investigação. Dessa forma, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, fundamentada em renomados autores do meio acadêmico, que se referem ao cenário da afetividade.
Conforme explana Severino (2007), entende-se por pesquisa bibliográfica aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como: livros, artigos, dissertações, teses, utilizando dados e categorias teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente registradas, da qual os textos tornam-se fontes dos temas a serem investigados pelo atual pesquisador.
Ao analisar as bibliografias fica clara a importância da afetividade no contexto a qual está. Inserido. Mesmo. Percebendo a dificuldade que alguns apresentam em estabelecer uma relação afetiva com os alunos, porém eles reconhecem a importância da presença da afetividade na relação professor-aluno- família, uma vez que, o ambiente escolar e familiar é um espaço carregado de emoções, onde cada indivíduo que o compõe traz consigo uma gama delas. 
Nesse sentido, a afetividade é um fator que contribui significativamente para o processode ensino e aprendizagem. Então, o êxito da aprendizagem está relacionado com os vínculos afetivos que o educando e quem educa estabelece entre si. 
Os referidos bibliográficos também afirmaram que uma postura afetiva funciona como motivação e estímulo, ou seja, desperta o interesse e o desejo de aprender, uma vez que, a partir da construção dos vínculos afetivos desenvolve-se também uma relação de confiança que repercute no desempenho dos indivíduos em sala de aula como em sociedade em que vive.
É visto que a afetividade manifestada nas relações é um fator muito importante no processo de construção do conhecimento e é um elemento fundamental para a formação de pessoas felizes, éticas, seguras e capazes de conviver com os outros
Na concepção de Wallon (1962 apud DANTAS, 1992), a afetividade constitui também uma conduta com profundas raízes na vida orgânica: os componentes vegetativos dos estados emocionais são bem conhecidos, a caracterização que apresenta a atividade emocional é complexa e paradoxal; ela é simultaneamente social e biológica em sua natureza: realiza a transição entre o estado orgânico do ser e a sua etapa cognitiva, racional, que só pode ser atingida através da mediação cultural, isto é, social. 
A consciência afetiva é a forma pela qual o psiquismo emerge da vida orgânica: corresponde a sua primeira manifestação. Pelo vínculo mediato que instaura com o ambiente social, ela garante o acesso ao universo simbólico da cultura, elaborado e acumulado pelos indivíduos ao longo de sua história. Dessa forma é ela que permitirá a tomada de posse dos instrumentos com os quais, trabalha a atividade cognitiva. 
Por conseguinte, reforça-se que esse tipo de pesquisa oportuniza a apropriação dos subsídios teórico-científicos sobre a temática em estudo e, após a leitura crítica e constante, escreveu-se o trabalho acerca da afetividade num olhar psicopedagógico que ora o leitor atento se debruça uma vasta investigação em diferentes opiniões de vários autores e diferentes abordagens.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Com base nas discussões acima, vale explicitar que a afetividade num olhar psicopedagógico é um processo bem complexo, porém indispensável nas relações humana. 
Desde do nascimento, o indivíduo já tende a querer se comunicar e participar do meio que o cerca e, a partir da afetividade, para que possa dialogar também. Desse modo, esse processo é fundamental, para que o indivíduo se insira na sociedade e exerça sua cidadania durante todo o seu desenvolvimento.
A afetividade na educação, como em sociedade proporciona confiança e estabilidade psíquica e emocional trazendo um autocontrole na aprendizagem, uma vez que é através dela e que o indivíduo sentem-se segurança e assim iniciam o desenvolvimento da intelectualidade e aprimoramento das capacidades, como pode ser visto nos autores analisados neste estudo.
Desta forma, conclui-se que é fundamental a participação de um psicopedagogo na escola, pois além de orientar os docentes, trabalha a família, buscando sempre o afeto como via para despertar o interesse do indivíduo.
REFERÊNCIA 
ARANTES,V.A. A afetividade no cenário da educação. São Paulo: Summus, 2003.
REGO,T.C.(Org).In:Psicologia,educação e as temáticas da vida contemporânea. São Paulo: Moderna,2002.
CAPELASSO, R.R / NOGUEIRA, S.A. Afetividade e aprendizagem. Presidente Prudente, 2013
CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. 17. ed. São Paulo: Gente, 2003.
CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Ed. Sextante. 2003
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
NERY,Maria da Penha .Vínculo e afetividade. São Paulo: Editora Ágora 2003/2004
NOVAES, M. H. Psicologia Escolar. 8 ed. Rio de Janeiro: Vozes. 1984
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2007.
DANTAS, Heloysa. Afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de Wallon. In: DE LA TAILLE, Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.

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