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Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)

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Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) – 29.03
Define as diretrizes para organização e funcionamento da atenção básica.
A representação gráfica poliárquica facilita a compreensão da interdependência e inter-relação entre os níveis de atenção à saúde.
Compete à atenção primária coordenar toda a rede e ordenar os serviços.
Compete a quem atua na APS, porta de entrada preferencial da rede, resolver cerca de 80 a 85% das demandas dos usuários.
Os paciente que apresentam questões que não forem possíveis serem resolvidas pela APS serão referenciados aos profissionais que estão nos demais níveis de atenção à saúde.
Segundo a nova PNAB de 2017, os termos APS (atenção primária à saúde) e AB (atenção básica) são equivalentes.
Existe diferença de equipes que atuam nas unidades básicas de saúde e as equipes que atuam nas unidades de saúde da família (UBS ≠ USF). São equipes com composição e carga horária diferentes.
A UBS não possui equipe de saúde da família.
A modalidade prioritária do ministério é que gradativamente todos os estabelecimentos identificados como UBS sejam transformados em estabelecimentos identificados como saúde da família.
Independente de que equipe seja (UBS ou USF), irá cuidar de pessoas de um território, vinculadas àquela unidade de saúde. As equipes que trabalham com APS criam vínculos com essas pessoas, conhecem o contexto de vida, facilitando a resolutividade do cuidado e o estabelecimento dos planos terapêuticos.
Esses profissionais irão conhecer o modo de vida das pessoas, o contexto social, fazer busca ativa, ações de educação e promoção de saúde...
O médico que fez residência em medicina de família e comunidade ou especialização em saúde da família é especialista!
Não há obrigatoriedade de que o médico que faz parte da equipe multiprofissional que atua na rede de atenção básica seja especialista em saúde da família nem que tenha feito a residência. É desejável, mas não há obrigatoriedade.
Primeira PNAB foi a de 2006.
É um documento que possui dinamicidade, pois vai se adequando em função do que a realidade do processo de trabalho mostra como viável ou não.
Em 1991 surge o programa de agentes comunitários de saúde, havendo redução da mortalidade infantil e da desnutrição.
Foi a partir dos bons resultados desse programa de agentes comunitários de saúde no Brasil e em demais países que o programa de saúde da família foi instituído.
A terceira edição da PNAB, de 2017, traz diversos avanços e alguns retrocessos também.
Como vantagem, existem diversas modalidades de ofertar os serviços de atenção básica, mas o modelo prioritário é a estratégia de saúde da família.
Nem todos os gestores tem como fazer a transição para USF, pois há necessidade de um médico 40 horas/semana para que uma unidade seja classificada como saúde da família. 
Características da atenção básica
Ter uma UBS próximo às residências, onde o indivíduo se sinta acolhido, as UBSs devem estar amplamente distribuídas nos municípios.
Deve ser o contato preferencial dos usuários, de onde ele pode ser referenciado aos demais níveis de atenção.
Orienta-se pelos princípios da universalidade, integralidade da atenção, da equidade, da participação social, pela acessibilidade, vínculo, continuidade do cuidado, responsabilização e relação médico-paciente humanizada.
A AB considera que o sujeito deve ser o centro do cuidado, pois ele tem especificidades e deve ser cuidados em suas singularidades.
Conjunto de ações de saúde nos âmbitos individual, coletivo e familiar.
Todas as ações ao alcance da equipe multidisciplinar da APS devem ser realizadas/operacionalizadas – promoção da saúde (qualificar a população para melhorar suas condições de vida), prevenção de agravos (relacionada à determinada doença), diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde.
A APS se caracteriza por tecnologia de baixa densidade tecnológica, não que seja menos complexo, pois precisa sensibilizar o indivíduo a mudar hábitos de vida.
Atributos da APS – peculiares, inerentes à APS
Atributos essenciais 
Ser a porta de entrada preferencial.
Longitudinalidade – cuidar das pessoas ao longo de suas vidas, nos seus diferentes ciclos vitais.
Coordenação do cuidado – profissional que ordena o serviço, orientando se o usuário vai caminhar ou não nessa rede.
Integralidade – se quem tá na APS é quem referencia o usuário, garante o atendimento às necessidades desse usuário.
ICSAP – internações condições sensíveis à atenção primária
As ICSAPs podem ser reduzidas se a atenção primária for resolutiva
Atributos derivados
Orientação familiar – indivíduo faz parte de um grupo social, do qual a família é o primeiro deles. A família é um recurso terapêutico. A resolutividade do cuidado às vezes só é possível se a família fizer parte do plano terapêutico.
O prontuário na USF é da família e, no interior, tem os prontuários individuais.
Um problema de um indivíduo da família pode ser comum a outros membros dessa mesma família.
Orientação comunitária – o sujeito é fruto do meio. Condições que o paciente vai apresentar podem decorrer do seu meio de vida, então devemos conhecer esse meio. Capital social – as pessoas se ajudam, se apoiam, se empoderam ou não. 
Competência cultural – existem características culturais, étnicas, culturais da população que habita aquele território que precisam ser levadas em consideração e respeitadas.
Barreiras ao acesso aos serviços de saúde – dificultam o acesso do usuário.
Geográficas
Econômicas
Funcionais – horário de funcionamento ou dias específicos de marcação de consulta.
Culturais
De que modo o médico precisa respeitar e incentivar a autonomia do paciente, respeitando suas peculiaridades culturais, lembrando que existem condutas médicas que precisam ser instituídas – competência cultural.
Tipos de equipes que podem atuar no primeiro nível de atenção à saúde:
eSF – equipe de saúde da família.
eAP – equipe de atenção primária.
eSB – equipe de saúde bucal
NASF-AB – núcleo ampliado de saúde da família e atenção básica
EACS – estratégia de agentes comunitários de saúde
Equipes de atenção básica para populações específicas – diversas modalidades, como atenção à população ribeirinha, consultórios de rua, equipe prisional...
Os cuidados prestados por essas equipes podem ser feitos em uma unidade básica de saúde ou unidade de saúde da família, em unidade básica de saúde fluvial ou unidade odontológica móvel.
Existem diferenças entre uma equipe que vai atuar numa unidade básica de saúde/unidade de atenção primária e uma equipe que vai atuar numa unidade de saúde da família.
Independente de onde atua (eAP ou eSF), a equipe pode ser classificada como mínima ou ampliada.
Ampliada – possui em sua composição uma equipe de saúde bucal.
Na equipe de atenção primária (eAP) não há obrigatoriedade de cumprimento de 40 horas semanais pelos profissionais de saúde.
Na equipe de saúde da família, obrigatoriamente, todos os profissionais de saúde devem cumprir 40 horas semanais.
O agente comunitário de saúde (ACS), seja ele vinculado a uma eAP ou a uma eSF, deve cumprir 40 horas semanais.
Composição mínima eSF:
1 médico preferencialmente especialista em MFC (não obrigatoriamente)
1 enfermeiro preferencialmente especialista em SF
1 auxiliar ou técnico de enfermagem
Pelo menos 1 agente comunitário de saúde (ACS) 
Não é obrigatório ter agentes de controle de endemia (ACE) e a equipe de saúde bucal (ESB).
Se possuir equipe de saúde bucal passa a ser uma equipe ampliada.
Composição mínima eAP:
1 médico preferencialmente especialista em MFC
1 enfermeiro preferencialmente especialista em SF
1 auxiliar ou técnico de enfermagem, ACE, ACS e ESB são opcionais e podem ser contratados desde que seja compactuado com o conselho de saúde.
A eAP pode ser: 
Modalidade I, com carga horária mínima individual de 20 horas semanais 
Modalidade II, com carga horária mínima individual de 30 horas semanais 
Funcionamento da atenção básica:
Carga horária mínima: 40 horas semanais, 5 dias por semana nos 12 meses do ano
O gestor pode oferecer horáriosalternativos (sábado, domingo, até à noite...) – Programa saúde na hora
A população que essa equipe vai cuidar varia de 2000 a 3500 pessoas
Municípios com menos de 2 mil pessoas irão montar uma unidade de saúde da família ou uma unidade de APS.
As unidades podem ter carga horária de 60 ou até 75 horas semanais.
E a integralidade à saúde?
Se o indivíduo precisa de algum profissional que não componha a eSF ou a eAP?
Esses profissionais se encontram num núcleo chamado núcleo ampliado da saúde da família e atenção básica (NASF-AB), que não é uma entidade independente, é uma equipe multiprofissional, com outros profissionais que não atuam nas unidades de saúde da família e que vão prestar o cuidado aos usuários de várias unidades de saúde da família.
Não é porta aberta! Para o NASF prestar atenção ao usuário, isso tem que ser solicitado pela equipe de referência (eSF ou eAP).
No NASF não tem médicos generalistas.
Especialistas com conhecimentos específicos que o médico generalista não tem.
O NASF tem como objetivo aumentar a resolutividade.
Interdependência no cuidado ao paciente
Desde a PNAB 2017 e das portarias que sucederam a PNAB, o gestor municipal passa a ter autonomia para compor suas equipes multiprofissionais, definindo os profissionais, a carga horária e os arranjos de equipe.
Financiamento da Atenção Básica
A portaria de 2019 instituiu o programa Previne Brasil, que diz respeito ao financiamento e verbas de custeio da APS.
Antes havia uma verba fixa pelo número de habitantes, chamado PAB fixo, e uma verba que variava em função dos programas que o município oferecesse, chamado PAB variável.
A partir de 2019, houve uma mudança em que a verba chega baseada em 3 critérios:
Captação ponderada, que é o número de pessoas cadastradas nas unidades de saúde da família e nas unidades de atenção primária à saúde, levando em consideração a vulnerabilidade, demografia e localização do município.
Pagamento por desempenho – indicadores. Se o município cumpriu todos, recebe 100% da verba, se cumpriu parcialmente, recebe uma parcela da verba.
Incentivo às ações estratégicas – verba que chega incentivando a implementação de programas.
Ambiência é uma das diretrizes da política nacional de humanização e se refere ao ambiente saudável, não só para o usuário, mas para os trabalhadores de saúde.
Não só o espaço físico, mas onde as relações interpessoais são saudáveis.
-espaço físico, entendido como lugar social, profissional e de relações interpessoais; 
-deve proporcionar uma atenção acolhedora e humana para as pessoas; 
-ambiente saudável para o trabalho dos profissionais de saúde;
-recepção sem grades; 
-identificação dos serviços existentes; 
-escala dos profissionais;
-horários de funcionamento e sinalização de fluxos; 
-conforto térmico e acústico; 
-espaços adaptados para as pessoas com deficiência.
A PNAB diz que há necessidade de verificar a satisfação do usuário, empoderando as pessoas a darem sua opinião sobre o serviço prestado.
A nova PNAB traz também a nova figura do gerente de atenção básica, que é um profissional que não faz parte da equipe de saúde e que cuida da parte administrativa da unidade.
A nova PNAB traz também algumas ações que o ACS pode fazer desde que seja capacitado para isso.
O ACS é sempre supervisionado pelo enfermeiro.
- aferição de PA
- medir temperatura axilar 
- dosagem de glicemia capilar 
- realizar curativo
- orientação administração medicamento
Em local visível na unidade devem estar disponíveis as informações para o usuário:
1- Identificação e horário de atendimento;
2- Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe;
3- Identificação do Gerente da Atenção Básica e dos integrantes da equipe;
4- Relação de serviços disponíveis; 
5- Escalas de atendimento de cada equipe

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