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A1 - RELAÇÃO ENTRE A REGULAÇÃO NEURO-HORMONAL DA MUCOSA GÁSTRICA E DUODENAL COM A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA

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Universidade Potiguar
Curso de Nutrição
Disciplina: Sistema Digestório e Endócrino
Aluna: Catharina Pinto Fernandes Guedes do Rêgo
ATIVIDADE 1
ESTABELEÇA UMA RELAÇÃO ENTRE A REGULAÇÃO NEURO-HORMONAL DA MUCOSA GÁSTRICA E DUODENAL COM A DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA.
A principal função do sistema digestório consiste na obtenção de moléculas necessárias para o crescimento, manutenção e obtenção de energia do organismo, por meio dos alimentos ingeridos durante as nossas refeições. É o processo pelo qual há a quebra e absorção das macromoléculas, ou seja, o processo de digestão consiste na quebra do alimento em moléculas menores, passíveis de serem absorvidas pelo revestimento do trato gastrointestinal, principalmente pelo intestino delgado.
As micromoléculas provenientes da digestão das macromoléculas são capazes de serem absorvidas pelo revestimento do intestino delgado, passando para o líquido intersticial. De lá elas vão para o sangue ou para a linfa e são distribuídos para todo o corpo, sendo utilizadas em diversas funções envolvidas no crescimento e manutenção do organismo. Além disso, água, vitaminas e sais minerais são também absorvidos pelo epitélio dos órgãos do sistema digestório.
A digestão dos alimentos envolve dois mecanismos principais que são: digestão mecânica e digestão química. Esta última envolve a participação de proteínas com capacidade enzimática que serão responsáveis por degradar as moléculas dos alimentos.
Para que tudo isso ocorra de maneira eficaz, os órgãos do trato digestório precisam manter intima ligação com os órgãos anexos e glândulas acessórias, como o fígado e o pâncreas.
É no estomago onde ocorrerá grande parte do processo digestivo das macromoléculas. Ele tem funções endócrinas e exócrinas. Suas funções exócrinas estão diretamente relacionadas à digestão dos alimentos que envolverá tanto a digestão mecânica quanto a química. Assim, o estômago irá continuar na digestão de carboidratos inicializado na boca, pela enzima amilase salivar. Além disso, glândulas gástricas irão sintetizar ácido clorídrico, que será responsável pela a acidificação do líquido gástrico, ativando enzimas (pepsina) que atuarão no início da digestão de proteínas. A digestão de lipídios também é continuada no estômago devido a atuação da lipase gástrica. É interessante lembrar, que a digestão dos triglicerídeos também é realizada pela lipase lingual.
A mucosa gástrica é revestida por epitélio simples colunar; este sofre invaginações em direção à sua lâmina própria, formando depressões denominadas fossetas gástricas, nas quais são liberadas secreções produzidas pelas glândulas ramificadas gástricas. As células desse epitélio sintetizam um muco alcalino que possui a função de proteger o tecido de revestimento da acidez do ácido clorídrico, bem como das enzimas digestivas - pepsina, lipase lingual e gástrica (JUNQUEIRA et al., 2011; DEE SILVERTHORN et al., 2017).
Geralmente, quando ocorre erosão em um segmento de mucosa gástrica, acontece uma condição denominada úlcera péptica. Caso essa lesão se localize no estômago, ela recebe o nome de úlcera gástrica e no duodeno de úlcera duodenal. Vários são os agentes causadores dessas úlceras, dentre eles, a bactéria Helicobacter pylori, etanol ou uso de anti-inflamatórios não esteroides, que inibem a produção de prostaglandinas do tipo E, importantes para a alcalinização da camada de muco. Os sintomas consistem tipicamente em dor epigástrica, queimação, em geral aliviada com a alimentação (DEESILVERTHORN , 2017).
Ou seja, vemos que H. pylori e os anti-inflamatórios não esteroides (AINE) prejudicam as defesas e a capacidade de reparação da mucosa, tornando-a mais suscetível ao ácido gástrico. H. pylori é a causa da infecção em 50 a 70% dos pacientes com úlcera duodenal e em 30 a 50% dos pacientes com úlcera gástrica. Mas o tabagismo também é um fator de risco do desenvolvimento de úlceras e suas complicações. O tabagismo interfere ainda na cicatrização e aumenta a incidência de recorrência.
Temos então que a desregulação hormonal da mucosa gástrica e duodenal, faz com que o ácido estomacal danifique o revestimento do trato digestivo, ocasionando as úlceras gástricas, como a doença ulcerosa péptica.
Como mencionado, a úlcera péptica é uma lesão na camada mucosa do esôfago, do estômago ou do duodeno – a parte inicial do intestino –, decorrente de falhas no sistema de proteção desse revestimento.
Numa situação normal, o aparelho digestório produz muco e substâncias neutralizantes para não ser agredido pelo suco gástrico liberado para digestão dos alimentos, composto principalmente de ácido clorídrico e pepsina. No entanto, a presença continuada de alguns agressores desequilibra esse mecanismo, de um lado aumentando a produção do suco digestivo e, de outro, reduzindo a espessura da parede da mucosa – pela ausência da camada de muco –, o que facilita a penetração dos ácidos que, em última instância, causam a lesão.
O tratamento das úlceras gástricas e duodenais requer justamente a erradicação do H. pylori quando presente (ver também as diretrizes do American College of Gastroenterology para o tratamento de infecção por Helicobacter pylori ) e redução da acidez gástrica, assim como evitar alguns hábitos, como o não fumar, evitar alimentos que estimule, tais como café, refrigerantes e bebidas alcoólicas substância que estimule a produção de mais ácido e controlar o nível de estresse.

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