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Fisiologia Digestiva da Criança MSc. Elizabete Silva Introdução No período intrauterino o feto é “alimentado” através da circulação placentária. A placenta filtra do sangue materno os nutrientes necessários, que entram na circulação fetal em forma imediatamente utilizável. Introdução A glicose é a principal fonte de energia e os aminoácidos livres são usados na síntese de proteínas. Devido a este mecanismo, o feto não precisa ingerir, digerir ou absorver alimentos, nem de sistema excretor. O trato gastrointestinal e funções renais se desenvolvem progressivamente antes do nascimento, preparando-se para serem usados. Ao nascer O bebê passa a se alimentar, digerir e absorver nutrientes e ter rins funcionantes. Assim, conseguem excretar metabólitos e mantêm a homeostasia de água e eletrólitos. O sistema digestivo e excretor não estão completamente maduros, a margem de tolerância para água e solutos específicos é muito restrita comparada à de bebês maiores e crianças. Os rins não concentraram urina ao nascer e por vários meses depois. Adaptação Primeiros meses de vida extrauterina; Crescimento rápido e necessidades nutricionais aumentadas Os reflexos de sucção, presentes ao nascimento e atuantes nos primeiros meses de vida, condicionam o bebê à nutrição líquida. Outros alimentos oferecidos nessa fase são geralmente regurgitados Fatores Sensoriais Lembrar que os conhecimentos básicos do processo digestivo da criança não ficam restrito aos fenômenos bioquímicos gastrintestinais, mas também estão ligados à vida sensorial e emocional da criança Alimentação, Nutrição e Metabolismo Energético • Nos períodos de crescimento as necessidades energéticas são expressas por quilo de peso corporal; Após 10 anos: 50 kcal/kg de peso Ao nascimento: 12 kcal/kg de peso Ritmo Alimentar Trabalho digestivo está sujeito ao ritmo circadiano Recém nascido é exceção, sequência rítmica de ciclos digestivos obedece ao compasso fome ↔choro Aos poucos a criança se adapta ao ritmo circadiano com padrão alimentar diurno Mecanismos Digestivos • Sucção, deglutição, salivação e amamentação; • Coordenadas nas primeiras 24 horas de vida; • Eficientes em torno do terceiro dia (prematuro 7º dia); Calor de seio materno Sucção Sensações táteis Estímulos gustativos provocado s pelo leite Passagem do leite pelo esôfago Chegada no estomago e saciedade final Fisiologia da amamentação Influxos nervosos aferentes tingem SNC Geram as primeiras formas de memória molecular (ligadas aos circuitos emocionais) Provocam sensação de bem-estar e gratificação na criança → melhoram relação materno-infantil; Sob outras formas, esses fenômenos se manifestarão no desenrolar de toda a vida. Fisiologia da amamentação Reflexo de sucção integrado ao processo de deglutição e a respiração. Dependente de uma boa adaptação oro labial ao seio materno e a sucção; Sucção decorrente da pressão negativa oral e a movimentação rítmica mandibular; Ejeção do leite e deglutição (breve inibição da respiração). Fisiologia Digestiva Ritmo dos fenômenos da deglutição, sua frequência varia com a fase alimentar do desenvolvimento da criança. Aparentemente se assemelha a do adulto jovem (automática). Salivação e pouco estudada, porem e bastante estimulada durante a amamentação ou mastigação. A secreção salivar lubrifica os segmentos oro esofágicos, embebe os alimentos e da inicio ao processo digestivo (amilase). Fisiologia Digestiva Dentição e Mastigação Processo mastigatório a principio e de modo reflexo. Progressivamente → regulado por controle voluntario e por movimentos altamente coordenados. Com o decorrer do tempo a atividade exercida pelos molares para fragmentação de alimentos sólidos aumenta progressivamente. Fisiologia Digestiva Dentição e Mastigação Eficiência mastigatória e completa aos 10 anos (75%) e aos 16 anos (100%); Mastigação→ mistura alimentos com amilase – pH alcalino do bolo alimentar se prolonga no estomago→ prolonga a ação da amilase (pequena, na fase oral). Fisiologia Digestiva Fase Gástrica (motricidade e esvaziamento) Capacidade gástrica difícil de estabelecer (↑no recém nascido); Movimentos gástricos aumentam progressivamente com o crescimento; Até duas semanas de vida a atividade peristáltica (rara) e detectada durante o sono ou provocada por leve massagem no abdome. Fisiologia Digestiva Fase Gástrica (motricidade e esvaziamento) Esses movimentos são seguidos por eructação de grande quantidade de ar. Esvaziamento gástrico em tempo variável (controle e receptores duodenais → mais rápido com leite materno Sofre influencia da natureza e composição do quimo, bem como do volume de alimento ingerido Digestão e absorção de nutrientes QUALIDADE POTEICA Conteúdo em AA essenciais e não essenciais QUALIDADE LIPIDICA Conteúdo em ácidos graxos essenciais (linoleico, linolênico e araquidônico) QUALIDADE GLICIDICA 60% em amido, 30% em sacarose, 10% em lactose (amamentacao – 40% em lactose) Aspectos psicológicos/ alimentação infantil Alimentação forcada → violência contra o desenvolvimento emocional da criança. Alimento ministrado em ambiente agradável e posição confortável; Alimentação nem muito rápida nem muito lenta; Alimento em temperatura adequada e em quantidade conforme o apetite e idade da criança; Observar as preferencias e rejeições da criança, oferecer diversas vezes um alimento, mesmo diante da recusa infantil; Aspectos psicológicos/ alimentação infantil Obrigada!!
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