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SEMIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

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Abordagem diagnóstica 
Preenchimento da ficha de identificação do 
animal. 
 Espécie 
 Raça 
 - pastor belga – epilepsia idiopática 
(não tem uma razão de acontecer). 
 - raças condrodistróficas – doenças 
agudas do disco vertebral. 
 - Bulldog francês, bulldog inglês 
 Idade 
 - em animais jovens podem apresentar 
- anomalias congênitas 
- doenças hereditárias 
- intoxicações 
- doenças infecciosas 
 - em animais idosos 
- neoplasias 
- doenças degenerativas 
 Sexo 
- fêmeas = metástase de neoplasias 
mamárias. 
 Estilo de vida 
Anamnese 
Obter o histórico completo do paciente 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exame físico geral 
 
 Parâmetros vitais 
 Inspeção abdominal 
 Mucosas  Linfonodos 
 TPC Avaliação de mamas 
 Estado de hidratação 
 Frequência cardíaca e pulmonar 
 
 
 
 
 
O sistema nervoso é dividido, 
anatomicamente, em sistema nervoso central 
e sistema nervoso periférico. 
 
Uma vez determinado as alterações do 
paciente e localizar a lesão, apontaremos os 
possíveis diagnósticos diferenciais 
adequados ao caso clínico observado. Para 
tanto, pode-se utilizar o acrônimo “DINAMITV”: 
 
Semiologia do Sistema Nervoso 
 Progressão da doença  Ambiente em que vive 
 Início dos sinais clínicos  Defecação, diarreias 
 Tratamentos já realizados  Micção 
 Contactantes  Alimentação 
 Vacinação  Vômitos 
 Vermifugação  Secreção nasal 
 Tosse ou espirros 
A filmagem realizada pelos tutores durante os 
eventos de alterações neurológicas será de 
grande auxílio. 
O exame neurológico específico será realizado em 
seguida. O objetivo é descrever as anomalias 
neurológicas apresentadas pelo paciente e, 
principalmente, localizar a lesão. 
Desse modo, é fundamental que o clínico conheça 
detalhadamente os aspectos relativos à 
neuroanatomia em cães e gatos. 
Considerando os diagnósticos diferenciais 
para cada paciente, o clínico deverá 
escolher quais exames complementares serão 
necessários para o diagnóstico definitivo e 
prognóstico do paciente. 
Os exames complementares frequentemente 
utilizados são: 
 Líquor  RX 
 Mielografia  TC 
 Mielotomografia  RM 
 Exames laboratoriais  Eletro diagnóstico 
 Biópsias 
Exame físico mental e comportamental 
Os instrumentos abaixo estão relacionados 
com a avaliação física mental e 
comportamental em relação aos aspectos 
neurológicos. 
 Martelo neurológico  Lanterna 
 Haste de algodão 
 Pinça Hemostática 
Os principais componentes a serem 
avaliados são: 
1. estado mental e comportamento 
2. Postura e atitude 
3. Locomoção 
4. Nervos cranianos 
5. Reações posturais 
(propriorecepções- como o animal irá se 
comportar naquele ambiente). 
6. Reflexos espinhais 
7. Sensibilidade dolorosa (último item 
a ser avaliado). 
 
 
 
Retirar o animal da mesa de atendimento 
para avaliar os componentes do exame 
neurológico, tais como comportamento, 
postura, marcha e reações posturais. 
Cuidado em manipular os animais com 
alterações em coluna vertebral. 
 
 
 
Avaliação do estado mental 
 
 
 
 
 
 
 
Postura e Atitude 
É realizada por meio da avaliação do olho 
e da cabeça do animal em relação à 
posição do restante do corpo. Head tilt (o 
animal balança a cabeça só para um lado) 
e Head press (a cabeça do animal é 
pressionada sobre a parede) posições 
anormais e frequentemente observadas. 
A postura deve ser avaliada observando-se 
todo o corpo do animal. 
Dentre as posturas anormais podemos citar: 
 Rigidez de descerebração: 
- o animal apresenta 
opistótono(posição anormal causada por 
fortes espasmos musculares), extensão rígida 
Em pacientes politraumatizados, a ordem do 
exame deverá ser alterada para minimizar 
movimentações excessivas que podem agravar as 
lesões. 
Em felinos a avaliação pode ser realizado na mesa 
de atendimento, mas é importante que essa esteja 
coberta com material antiderrapante. 
Preciso associar o estado mental do paciente ao 
seu comportamento: 
 agressividade 
 andar compulsivo 
 delírio. 
Para isso, é necessário que permita ao animal 
andar livremente pelo consultório. 
dos 4 membros e alteração de estado 
mental, estupor ou coma. 
- causas: lesões no tronco encefálico. 
 Rigidez de descerebelação 
 - o animal apresenta opistótono, 
aumento do tônus extensor em membros 
torácicos, quadril flexionado e estado mental 
normal. 
- causas: lesões cerebelares. 
 Postura de Schiff-Sherrington 
 - animal apresenta aumento do tônus 
extensor em membros torácicos, sinais de 
neurônio motor superior em membros pélvicos 
(alterações em membros posteriores também). 
- causas: lesões na medula espinhal torácica 
ou lombar cranial. 
Outras alterações em postura 
Cifose, lordose e escoliose podem indicar dor 
cervical ou tóraco-lombar, fraqueza de 
músculos epaxiais e má-formação congênita. 
Postura com base ampla podem indicar 
doenças cerebelares ou vestibulares (afeta 
diretamente o equilíbrio do animal). 
Posições palmígrada ou plantígrada (o 
animal anda com a “palma da mão”) podem 
indicar doenças do sistema nervoso 
periférico como, por exemplo, a 
polineuropatia diabética. 
Lateralização da cabeça 
 
Marcha 
Importante que o animal caminhe em 
superfície plana e não escorregadia, 
fazendo voltas e desvios. 
 
Verificaremos: 
 - A marcha do paciente está normal? 
 - Caso esteja anormal, quais os 
membros estão acometidos? 
 - Qual é o problema? 
Os problemas de locomoção mais frequentes 
em animais com alterações neurológicas são: 
 Claudicação  Ataxia 
 Paresia/Plegia  Andar em círculos 
Classificação do paciente em relação á 
avaliação da marcha e aos membros 
afetados: 
Tetra (paresia/plegia): paralização de 
membros torácicos e pélvicos. 
Para (paresia/plegia): paralização de 
membros pélvicos. 
Hemi (paresia/plegia): paralização de 
membros torácicos e pélvicos do mesmo lado. 
Mono (paresia/plegia): paralização de 
apenas um dos membros. 
Ataxia e movimentos anormais 
A ataxia ocorre quando o animal não é 
capaz de realizar a atividade motora normal 
e coordenada devido a lesões no cerebelo, 
sistema vestibular ou em tratos 
proprioceptivos gerais (medula espinhal e 
tronco cerebral caudal). 
Tipos de ataxia: 
 Proprioceptiva 
 - o animal perde a noção da 
localização dos membros no espaço. Pode 
apresentar estação em base ampla e arrasta 
e cruza os membros acometidos ao andar. 
 Cerebelar 
 - o animal apresenta inabilidade para 
controlar a taxa e amplitude de movimentos. 
A estação é em base ampla com ocorrência 
de oscilações do tronco, tremores de 
intenção na cabeça e hipermetria. 
 Vestibular 
 - o animal pode apresentar 
lateralização da cabeça, postura 
agachada com base ampla, perda de 
equilíbrio com inclinação, queda, rolamento 
lateral e andar em círculos. 
Durante o exame neurológico, os animais 
também podem apresentar movimentos 
anormais que devem ser caracterizados pelo 
clínico, entre eles: tremores, miotomias, 
mioclonias. 
Pares de nervos cranianos 
O próximo passo é a avaliação dos pares 
de nervos cranianos. Há 12 pares: 
- geralmente se avalia até o oitavo nervo 
craniano. 
 
Nervo olfatório 
O teste do nervo olfatório é feito cobrindo-
se os olhos do paciente e aproximando-se 
um pouco de alimento diante de suas 
narinas. Animais saudáveis farejam o 
alimento. 
 
 
 
 
Nervo Óptico 
Para avaliar o nervo óptico, é feito o teste 
de reflexo de ameaça em que o clínico deve 
tampar um dos olhos do animal com uma das 
mãos. Com a outra mão, faz um movimento de 
ameaça e aproximação repentina em 
direção aos olhos do animal. Animais 
saudáveis respondem fechando a pálpebra. 
 
O teste de algodão também é utilizado para 
verificara integridade nervo óptico. Pode ser 
feito colocando-se um chumaço de algodão 
no alto, ao lado do cão, soltando-o para 
verificar se o paciente acompanha ou segue 
o movimento do objeto. 
 
Ao avaliar o posicionamento ocular, o 
médico deve verificar se os dois pontos de 
reflexão da luz nas córneas localizam-se no 
mesmo local do globo ocular; em animais 
estrábicos, isso não acontece. 
 
Para avaliação do reflexo óculo-cefálico, é 
necessário movimentar a cabeça do animal 
de um lado para o outro e de cima para 
baixo. O objetivo é observar se o globo 
ocular faz movimentos rápidos na mesma 
direção do movimento da cabeça. 
 
Substâncias com odor forte, tais como amônia ou 
álcool, não devem ser utilizadas no teste, pois 
podem estimular terminações nervosas do 
trigêmeo e causar falsos resultados. 
A avaliação do reflexo pupilar à luz é feita 
tampando-se ambos os olhos do paciente 
com uma das mãos enquanto aguarda-se a 
ocorrência de midríase (pupila dilatada) 
bilateral. 
Em seguida, o clínico deve manter um dos 
olhos do paciente fechado e remover a 
posição da mão do outro olho, iluminando-o 
com a luz de uma lanterna. Espera-se que 
ocorra a miose. 
 
5º par de nervo craniano – trigêmeo 
É dividido em duas porções: motora e 
sensitiva. 
A porção motora do trigêmeo pode ser 
avaliada com o exame de palpação dos 
músculos temporais e masseter, em busca de 
atrofia ou assimetria, e abrindo- se a boca 
do animal para verificar o tônus muscular. 
Animais com lesão na parte motora do 
trigêmeo podem não ser capazes de fechar 
a boca. 
 
A porção sensitiva do trigêmeo é dividida 
em três ramos: oftálmico, maxilar e 
mandibular. 
Para avaliar o ramo oftálmico, utiliza-se a 
haste de algodão tocando a comissura 
palpebral medial, nessa avaliação, a 
resposta do animal saudável é piscar. 
 
 
 
 
 
Para avaliar o ramo maxilar do trigêmeo, a 
haste de algodão deverá tocar a comissura 
lateral do olho e a resposta normal do 
paciente é piscar. 
 
O ramo mandibular do trigêmeo é avaliado 
tocando-se com a haste de algodão em 
região próxima à base da orelha do animal. 
A resposta, em animais saudáveis, é piscar. 
 
Outros testes que avaliam os ramos oftálmico 
e maxilar são feitos com a haste de algodão 
tocando o septo nasal, porção externa da 
narina. Os olhos do animal deverão estar 
cobertos e sua resposta deverá ser o 
movimento de afastar a cabeça. 
 
Pode-se também embeber a haste de algodão em 
solução fisiológica estéril e tocar a córnea do 
animal. A resposta, em animais saudáveis, é a 
retração do globo ocular que depende da função 
normal do nervo abducente. 
O exame neurológico do par de nervos 
facial é feito ao verificar se o animal 
apresenta assimetria facial, como por 
exemplo, ptose de orelha, ptose de pálpebra 
e ptose de lábios. Observe na imagem a 
seguir, como a lesão do par de nervos facial 
levou o animal a desenvolver ptose em várias 
regiões da face: 
 
O nervo facial também é responsável pela 
enervação da glândula lacrimal. Por isso, 
animais com lesão nesse par tendem a 
apresentar ceratoconjuntivite seca de 
origem neurogênica. Nesse sentido, o teste 
lacrimal de Schirmer é indicado para 
avaliação do nervo facial. 
O nervo vestibulococlear apresenta duas 
porções: coclear e vestibular. 
Durante a avaliação do ramo coclear, o 
examinador produz um barulho atrás do 
animal. Esse deve responder virando a 
cabeça ou as orelhas em direção ao 
barulho. É importante conversar com o 
proprietário a respeito de mudanças na 
capacidade auditiva do animal. 
Para avaliar o ramo vestibular, o clínico deve 
verificar a ocorrência de inclinação de 
cabeça, estagna anormal e estrabismo 
posicional. 
Para avaliar a presença de head tilt ou 
inclinação da cabeça, é necessário 
posicionar uma folha de papel na altura dos 
olhos do animal e observar o posicionamento 
dos olhos em relação à folha. 
Além disso, pode-se observar o globo ocular 
do animal para determinar a presença de 
nistagmo patológico. O veterinário deverá 
determinar se o nistagmo é horizontal, 
vertical ou rotacional; se ocorre mudança de 
direção e qual é o lado da fase rápida do 
nistagmo. 
Otites média-internas são a causa mais 
comum de SVP. Prognóstico é bom se mantido 
antibioticoterapia prolongada (mínimo 3 
meses). Algumas vezes há necessidade de 
drenagem do conteúdo a partir de uma 
osteotomia de bula timpânica. 
Pólipos nasofaríngeos inflamatórios são 
frequentes em felinos de 1 a 5 anos de idade 
e podem apresentar sinais vestibulares além 
de déficits auditivos e sinais respiratórios. 
Normalmente há necessidade de retirada 
cirúrgica. 
Doenças vestibulares idiopáticas nos cães 
idosos são também conhecidas como 
“doença vestibular do cão idoso” e 
frequentemente referidas como “AVCs” por 
seu início agudo em animais de idade mais 
avançada. O diagnóstico é feito pela 
exclusão de todas as outras causas de SVP. 
O tratamento é de suporte e o prognóstico 
é bom. A melhora costuma acontecer em 2 ou 
3 semanas podendo permanecer alguma 
inclinação de cabeça. 
Reações Posturais 
Esses testes determinam se os indivíduos 
podem reconhecer o posicionamento de seus 
membros no espaço (propriocepção). 
Teste de propriocepção consciente em cães 
Para avaliação da propriocepção 
consciente, é importante que o animal esteja 
fora da mesa de exame. A avaliação dos 
membros pélvicos ocorre com o médico 
posicionando a mão embaixo da pelve do 
paciente para sustentar o peso do animal. 
Em seguida, o clínico puxa a ponta de um 
dos membros pélvicos do paciente e, 
soltando-a, verifica o seu retorno à posição 
normal no chão. 
 
Para avaliação da propriocepção 
consciente dos membros torácicos, também é 
importante que o peso do animal seja 
sustentado. 
 
Teste de saltitar 
Teste de saltitar e teste de posicionamento 
tátil em felinos 
Em felinos, os testes de reações posturais 
podem ser feitos em cima da mesa, desde 
que sua superfície seja revestida com 
material antiderrapante. 
O teste de saltitar é feito segurando-se o 
paciente e permitindo que apenas um dos 
membros pélvicos esteja liberado para o 
teste. Deve-se fazer o movimento lateral com 
o animal e observar se o membro liberado 
saltita. 
Membro pélvico Membro torácico 
 
O teste de posicionamento tátil é feito 
segurando-se o animal no colo e liberando 
um dos membros (pélvico ou torácico) para 
o teste. 
Posicione o paciente lateralmente em 
relação à mesa, encostando levemente a 
parte superior de um dos membros na 
beirada da mesma. Erga um pouco o animal 
roçando na mesa. O paciente deve 
responder erguendo o membro e colocando-
o acima da mesa. 
 
 
O teste de posicionamento tátil também 
deve ser feito, da mesma maneira, com os 
membros torácicos. 
Durante a verificação do posicionamento 
tátil, o médico não deve permitir que o 
animal veja a mesa. O paciente deve 
apenas sentir a sua superfície. 
 
Reflexos espinhais 
A avaliação dos reflexos espinhais é a forma 
mais confiável para classificar distúrbios 
neurológicos relacionados à lesão de 
neurônio motor superior (NMS) ou lesão de 
neurônio motor inferior (NMI), sendo que: 
NMS: leva o animal a apresentar paresia ou 
plegia com membros espásticos, presença de 
tônus muscular aumentado e reflexos 
espinhais normais ou aumentados. 
NMI: causa paresia ou plegia com membros 
flácidos, diminuição ou ausência do tônus 
muscular e reflexos espinhais reduzidos ou 
ausentes. 
Para que o clínico possa fazer a avaliação 
de reflexos espinhais, o animal deve estar 
contido em decúbito lateral, calmo e 
relaxado. Para avaliação dos reflexos 
espinhais, são realizados os seguintes testes: 
 Avaliação de tônus muscular 
 Avaliação do reflexo patelar 
 Reflexos de retirada de membros torácicos 
e pélvicos. 
 Reflexo cutâneo do tronco 
 Reflexo perineal 
Reflexode retirada de membros torácicos e 
pélvicos. 
Deve-se pinçar o espaço interdigital do 
dígito lateral e do dígito medial dos membros 
pélvicos e torácicos do animal. Em resposta, 
o animal deve tentar flexionar todo o 
membro. 
 
Caso o animal apresente lesão de neurônio 
motor superior, pode-se observar a 
ocorrência do reflexo extensor cruzado, ou 
seja, à medida que o animal flexiona o 
membro pinçado, estica o membro contrário. 
 
Nos membros torácicos do animal, os reflexos 
mais confiáveis para avaliação neurológica 
são o reflexo flexor e o reflexo de retirada. 
Repete-se o mesmo movimento de pinçar o 
espaço interdigital do dígito lateral do 
membro torácico e aguardar a resposta de 
retração por parte do animal. 
 
 
 
Reflexo cutâneo do tronco 
A avaliação do reflexo cutâneo do tronco é 
feita com o auxílio de uma pinça 
hemostática. Pinça-se a pele do animal na 
altura da região lombossacra e espera-se 
que haja contração bilateral do músculo 
cutâneo do tronco. Se o reflexo estiver 
presente na região lombossacra, não há 
necessidade de continuar o exame 
cranialmente. 
 
Reflexo perineal 
Utiliza-se a pinça hemostática para pinçar a 
região perineal do cão e verificar a 
ocorrência de contração dos músculos do 
períneo e da cauda. 
 
Palpação da coluna 
Exames que podem provocar dor no animal, 
tais como palpação da coluna vertebral e 
avaliação da sensibilidade dolorosa, devem 
ser realizados ao final do exame neurológico. 
A palpação epaxial (acima do eixo do 
esqueleto) da coluna tem como objetivo a 
diferenciação entre doenças neurológicas 
com ou sem a presença de dor espinhal. Os 
seguimentos vertebrais torácico, lombar e 
lombossacro devem ser palpados durante o 
exame. 
A palpação se inicia nas vértebras T1 e T2 
seguindo em direção caudal, sempre 
mantendo os dedos em formato de V 
invertido, posicionando-os no espaço 
intervertebral para pressionar as raízes 
nervosas. 
A palpação da coluna é realizada em três 
fases: 
 Palpação leve  Palpação mediana 
 Palpação intensa 
Palpação leva: avaliar a presença de 
crepitação, dores muito intensas e desvios 
angulares da coluna. Caso algumas dessas 
alterações manifestem, a coluna deve ser 
palpada com extremo cuidado, e, se houver 
necessidade, deve-se interromper o exame. 
 
 
Próxima etapa, na palpação mediana e 
palpação intensa aplica-se maior pressão 
durante o exame com o objetivo de 
investigar pontos de dor na coluna espinhal. 
A palpação da coluna cervical é feita 
palpando-se a face ventral do pescoço do 
animal. 
 
 
 
 
 
 
Dor profunda 
Ao final do exame neurológico, é avaliada a 
presença ou ausência de dor profunda. 
O teste de dor profunda é realizado 
principalmente em pacientes com paralisias 
ou em animais com graves déficits motores. 
Utilize uma pinça hemostática e pince a 
extremidade distal dos dígitos dos membros 
- torácicos e pélvicos - do animal. 
Deve-se observar o comportamento e a 
resposta do paciente: vocalização, virar a 
cabeça em direção ao membro, tentar 
morder o examinador. A resposta positiva ao 
teste envolve mais ações por parte do 
paciente que simplesmente a flexão e 
retirada do membro. 
 
 
 
Em animais com dores cervicais, deve-se 
evitar a manipulação excessiva do 
pescoço, tais como elevar a cabeça do 
animal ou mover o pescoço de um lado 
para o outro, para não piorar a sensação 
de dor no paciente e agravar a lesão na 
coluna cervical. 
O exame de dor profunda é um importante 
parâmetro para indicar o prognóstico de 
doenças, sendo que, animais que não sentem dor 
apresentam prognóstico pior que animais 
capazes de sentir dor profunda.

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