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Resumo Apostila do Idoso

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CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITAITUBA – LTDA 
FACULDADE DE ITAITUBA - FAI 
CURSO DE BACHAREL EM DIREITO 
FÁBIA LÚCY SILVA SOARES DOS SANTOS 
Resumo Apostila Direito do Idoso
Marco Antônio Vilas Boas
2021
FÁBIA LÚCY SILVA SOARES DOS SANTOS 
 Trabalho apresentado ao Curso de
Bacharel em Direito como requisito de
avaliação à obtenção de nota parcial na
disciplina de Direito da Criança, do
Adolescente e do Idoso, Pesquisa
orientada pela Professora Gilvana Alves
.
2021
Introdução
O envelhecimento é uma característica humana. Como assegura o art. 8º da
Lei 10.741/2003, o envelhecimento é, além disso, um direito personalíssimo. Ademais,
sua proteção é um direito social. Dessa forma, é obrigação da sociedade garantir a
efetivação desse direito de forma digna. Mas também é obrigação do Estado a efetivação
de políticas que contribuam para a garantia deles.
Nesse sentido, neste resumo, à luz da apostila do autor Marco Antônio Vilas
Boas, apresento alguns pontos importantes do Estatuto do Idoso.
O direito à liberdade compreende, entre outros, os seguintes aspectos:
faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas
as restrições legais; opinião e expressão; crença e culto religioso; prática de esportes e de
diversões; participação na vida familiar e comunitária; participação na vida política, na
forma da lei; faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação. É comum o poder público
instalar em praças e outros centros, mesas e outros tipos de construções para que os
idosos tenham uma vida social contínua em seus afazeres físicos, seja realizando
esportes ou não. A idéia do poder público municipal é implementar a felicidade para o
idoso, livrando-o do terrível isolamento em residência.
O direito a saúde é assegurado a atenção integral à saúde do idoso, por
intermédio do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo-lhe o acesso universal e
igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção,
promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças
que afetam preferencialmente os idosos. A prevenção e a manutenção da saúde do idoso
serão efetivadas por meio de cadastramento da população idosa; atendimento geriátrico e
gerontológico em ambulatórios; unidades geriátricas de referência, com pessoal
especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social; atendimento domiciliar,
incluindo a internação, para a população que dele necessitar e esteja impossibilitada de
se locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituições públicas,
filantrópicas ou sem fins lucrativos e eventualmente conveniadas com o Poder Público,
nos meios urbano e rural; reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para
redução das sequelas decorrentes do agravo da saúde. Em decorrência do direito à
saúde, incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos,
especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos
relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. É vedada a discriminação do idoso
nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade. 
Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a acompanhante,
devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua
permanência em tempo integral, segundo o critério médico. Caberá ao profissional de
saúde responsável pelo tratamento conceder autorização para o acompanhamento do
idoso ou, no caso de impossibilidade, justificá-la por escrito.
 A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será proporcionada
mediante descontos de pelo menos 50% (cinquenta por cento) nos ingressos para
eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso preferencial aos
respectivos locais. O Ministério Público e demais legitimados para a ação civil pública
devem fiscalizar de perto, pois é praxe a fraude de meia-entrada, pois os
estabelecimentos enunciam que todos pagarão meia-entrada, o que nada mais é que
disfarçar a cobrança de entrada pelo valor inteiro. 
 Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para
prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício
mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei de Organização da Assistência Social
– LOAS, Lei 8.742, de 07 de dezembro de 1993. Existe, assim, a previsão do pagamento
do benefício da prestação continuada ao idoso carente e sem renda para se manter ou
ser mantido pela família. A idade fixada foi de 67 (sessenta e sete) anos, mas com a
entrada em vigor do Estatuto do Idoso, a idade passou a ser de 60 (sessenta anos). 
 É assegurada a prioridade do idoso no embarque no sistema de transporte
coletivo. Diz o art. 39 que aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a
gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos, exceto nos serviços
seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. Para ter
acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer documento pessoal que faça
prova de sua idade. Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão
reservados 10% (dez por cento) dos assentos para os idosos, devidamente identificados
com a placa de reservado preferencialmente para idosos. 
Estabelece a Constituição, art. 230, § 2º: aos maiores de 65 anos é garantida a
gratuidade dos transportes coletivos urbanos. Basta o idoso mostrar sua idade de 65
anos, independentemente de cadastro, pois essa norma é de eficácia plena. O § 3o do
art. 39 estabelece que no caso das pessoas compreendidas na faixa etária entre 60
(sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficará a critério da legislação local dispor sobre
as condições para exercício da gratuidade nos meios de transporte previstos. No sistema
de transporte coletivo interestadual observar-se-á, nos termos da legislação específica a
reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a 2
(dois) salários-mínimos; desconto de 50% (cinquenta por cento), no mínimo, no valor das
passagens, para os idosos que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior
a 2 (dois) salários-mínimos. Estabelece ainda o Estatuto em seu art. 41 que “é
assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5% (cinco por cento)
das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas
de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso”
A função do Ministério Público na proteção dos direitos do idoso é imposta,
primeiramente, pela CFRB, devendo para tanto, o Ministério Público de cada cidade atuar
com prioridade em defesa dos direitos do idoso, assim como está fazendo o Ministério
Público do Estado de Santa Catarina.
Dentre outras atribuições expressas no Estatuto do Idoso, foram destacadas:
determinação de medida de proteção, legitimação para a ação civil pública, fiscalização
das entidades e a celebração da transação de alimentos. A Medida de Proteção, é um
instrumento que permite ao Ministério Público dar agilidade aos casos que muitas vezes
não podem esperar até a apreciação judicial. 
O Ministério Público possui legitimidade conferida pela CRFB/88 para propor Ação
Civil Pública (Lei n.º 7.347/85), bem como praticar todos os atos necessários a garantia
dos interesses difusos ou coletivos dos idosos. A transação de alimentos poderá ser
referendada pelo Promotor de Justiça, a qual terá efeito de título executivo extrajudicial.
A fiscalização dos estabelecimentos que abrigam os idosos em regime asilar, é
uma das mais importantes atribuições do Ministério Público, já que deve ser observada a
condição especial de vida o idoso como pessoafrágil. Contudo, pode-se ainda destacar
que a maioria dos idosos ainda não descobriu que são os atores principais para a
efetivação de seus direitos e para que isto aconteça é fundamental a conscientização
tanto dos operadores jurídicos da sua importância, como também dos próprios idosos, os
quais precisam conhecer seus direitos para exercê-los e reivindicá-los.
Os crimes previstos no Estatuto do Idoso receberão tratamento processual
semelhante aos demais crimes previstos na legislação ordinária, ou seja, atenderá à
regra. Cabe uma ressalva específica do Estatuto do Idoso. O seu art. 94 estabelece que
“Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4
(quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei n.9.099, de 26 de setembro de
1995”. Dessa forma, o legislador autorizou o processamento dos crimes com pena
máxima até quatro anos no Juizado Especial Criminal. O Estatuto do Idoso prevê, no art.
70, a possibilidade de criação de varas especializadas e exclusivas do idoso. Tais varas
permitiriam, em tese, imprimir mais celeridades aos processos de interesse da pessoa
idosa, para quem o tempo, é um fator desfavorável. 
O idoso é pessoa em peculiar condição de envelhecimento. É indiscutível que seu
estado físico, seu estado psicológico, seu estado emocional, seu estado social e muitas
vezes o seu estado econômico, o coloca numa notória situação de vulnerabilidade.
Situação esta que o torna mais suscetível de ser vitimado pelas pessoas que o cercam.
Por esta razão, não pode ser considerada normal qualquer atitude suspeita. Aquele que
preferir não interferir pessoalmente, deve comunicar a suspeita de violação ao direito do
idoso ao Conselho dos Direitos do Idoso, à Polícia, ao Ministério Público ou mesmo ao
Posto de Saúde da Comunidade do Idoso. Não se trata de estimular o denuncismo, uma
prática nefasta que pode se transformar em arma nas mãos de indivíduos de má-fé, mas
sim de um ato de solidariedade em favor de alguém que pode realmente sofrer uma grave
violação à sua integridade física, psicológica, emocional, patrimonial etc. 
CONCLUSÃO
No referido Estatuto encontramos conquistas como entre as normas gerais a
busca da proteção do idoso e a sua inclusão social, tal como valor menor em passagens.
Ademais representa um incentivo ao desenvolvimento de políticas públicas para os
ocupantes dessa faixa etária.
Por fim, é possível observar com o exposto a inversão de valores trazida com
relação ao idoso dentro da sociedade, marcado principalmente com as mudanças
ocorridas com a Revolução Industrial. A desvalorização ocorrida com a sociedade da
produção e do consumo, trouxe como consequência a negligência no tratamento dos que
obtêm maior idade.
Observou-se que a desvalorização veio paulatinamente junto ao despertar e debate
das questões que envolvem o novo lugar do idoso no mundo atual, ao passo que
vagarosamente é possível notar a conquista de novos direitos e a conscientização de um
maior respeito no trato dos que ocupam essa parcela. Apesar dos passos dados, é
imprescindível ter o desenvolvimento de políticas públicas que efetivem uma maior
dignidade à terceira idade, além da previsão de sanções, uma educação para que a
sociedade esteja preparada para um convívio com uma população de idade cada vez
mais avançada.

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