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Roteiro de Estudos Gestão de processos, projetos e obras

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27/09/2020 Roteiro de Estudos
https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/18
Seja bem-vindo(a) à disciplina Gestão: Projetos, Processos e Obras!
O foco desta disciplina é apresentar a você, por meio de estudo de caso, como decisões
in�uenciam na cadeia produtiva de um projeto de obras. Nele veremos a necessidade de se
atentar para os serviços preliminares, muitas vezes ignorados no planejamento dos projetos,
e suas interfaces com a gestão do cronograma e caminho crítico, gestão de contratos e, na
sequência, gestão de con�itos e necessidade de negociação. Esperamos que você aproveite
os conceitos e os ensinamentos.
Caro estudante, ao ler este roteiro de estudos, esperamos que você:
compreenda o que signi�cam Serviços Preliminares nas Obras;
estude os tipos de cronogramas de obras e suas aplicações;
re�ita sobre os caminhos críticos de projetos;
aprenda tópicos de Gestão de Contratos em Obras;
aprimore o entendimento em Gestão de Con�itos.
Introdução
Em Construção Civil, são muitas as interdependências nas etapas dos projetos. Compreender
como cada fase de projeto compromete outra(s) permite cuidados que se mostram
importantes desde a concepção, que culminam no conhecimento do caminho crítico,
Gestão: Projetos, Processos E Obras
Roteiro deRoteiro de
EstudosEstudos
Autor: Moacir Porto Ferreira
Revisor: Betânia Queiroz da Silva
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cronograma realizado x previsto, orçamento previsto x real, e outros marcos importantes em
gestão de projetos. Outro fator é a necessidade de percepção de que muitas di�culdades
envolvidas na Construção Civil ocorrem em fatores que não são exatamente relacionados à
indústria da construção de forma direta, como os serviços preliminares, por exemplo.
Em obras, é comum o uso de terceiros na execução dos contratos. A entrada destes ao
canteiro depende de formalização da relação comercial, por contratos de serviços. Em geral,
essas relações necessitam da existência de preposto, elementos indicados por cada parte,
que se inter-relacionam, a �m de que as decisões dos serviços contratados sejam de comum
acordo, em respeito aos termos de contrato. Isso impõe a necessidade de haver uma perfeita
harmonia entre as partes, com relações cordiais e pautadas pelos termos do contrato
celebrado.
Estudo dos Serviços Preliminares
-  A Importância da Sondagem
Técnica
Toda informação que detenha poder de impacto num empreendimento deve ser observada.
O conhecimento das condições prévias do terreno e de seu entorno, antes de se iniciar uma
construção, mostra-se imprescindível. Isso porque, quando previamente compreendidas tais
condições, as ações de correções são mais ágeis, previsíveis e menos custosas.
Dessa forma, alguns procedimentos iniciais se denotam importantes para o bom andamento
do seu projeto, e devem sempre ser buscados pelo gestor de obras.
Saber, por exemplo, como é a topogra�a local – isto é, as condições do relevo do terreno –
permite dimensionar serviços como movimentação de terra, por exemplo, homens e
equipamentos direcionados a fornecer ao terreno o per�l topográ�co desejado.
Há vários serviços que devem seguir preliminarmente à execução de obras. Tais serviços
permitem conhecer dados que permeiam de informações a equipe de projeto. Citamos
alguns deles:
a) Informações sobre a capacidade de fornecimento de água e energia ao
futuro empreendimento: é de fundamental percepção este levantamento
prévio, cujas respostas terão impactos relevantes no dimensionamento das
redes hidráulicas e elétricas; são obtidos com pesquisas junto ao
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concessionário.
b) Limitações sobre IAT (Índice de Aproveitamento do Terreno), Gabaritos e
Taxas de Ocupação de terrenos: entendimento de quais os limites impostos
pela administração pública para a ocupação de seu imóvel, no terreno em
questão. Devem-se incluir, também, as dimensões propriamente ditas do
terreno, em conformidade com a escritura.
c) Pluviometria e Rede de Drenagens: perceber a vulnerabilidade de seu lote ser
frequentemente surpreendido com enchentes, por exemplo.
d) Per�l Geológico do Solo: obtido através de Sondagens Técnicas, detém a
importância de permitir aos envolvidos no projeto o conhecimento das
camadas do solo, como: 
i) Formação (geológica) e espessura das camadas; 
ii) Identi�cação do nível do lençol freático (N.A);
iii) Conhecimento da resistência das camadas do solo, que são fundamentais
para o dimensionamento da fundação dos prédios.
A sondagem técnica, então, é um estudo preliminar que antecede o projeto das fundações.
Sua relevância tem impactos não apenas no projeto, mas diretamente nos custos de
execução da obra.
Existem diversos tipos de fundações possíveis a uma obra; e entre esses tipos de fundações
outros vários tipos de dimensionamento a que tais fundações podem estar sujeitas. Assim, a
escolha do tipo de fundação, bem como o seu adequado dimensionamento (per�l
geométrico, tipo de material, dimensões, etc) são dependentes, além de outros, do tipo de
solo que se encontra abaixo de sua construção. E apenas a sondagem técnica pode trazer
uma amostragem próxima da realidade do que há no seu subsolo.
Mazzarone e Danzinger (2017, p. 16) rati�cam a importância das fundações como elementos
dos mais importantes da concepção estrutural, dado que ela é a conexão dos esforços
causados pelo peso das estruturas com o solo, transmitindo-os dos pilares para o terreno.
Para se obter o conhecimento do subsolo e evitar tais erros, é necessário que
se façam investigações geotécnicas adequadas, possibilitando a
identi�cação e a classi�cação das diversas camadas que compõem o terreno
de fundação, e posteriormente avaliar as suas propriedades geotécnicas.
(MAZZARONE; DANZINGER, 2017, p. 16, grifo nosso).
As fundações são classi�cadas em diretas (rasas ou profundas), cujo exemplo mais típico é a
sapata; e indiretas, cujo exemplo se concentra nas estacas.
As decisões do tipo, como já vimos, além de outros fatores, dependem fundamentalmente do
per�l das camadas do subsolo, obtido com as sondagens.
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A ABNT NBR 8036 (1983) – Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos
para fundações de edifícios – determina, no item 4.1.1.2, que as sondagens devem ser, no
mínimo, de uma para cada 200 m² de área da projeção em planta do edifício, até 1.200 m² de
área. Entre 1.200 m² e 2.400 m², deve-se fazer uma sondagem para cada 400 m² que
excederem 1.200 m². Acima de 2.400 m², o número de sondagens deve ser �xado de acordo
com o plano particular da construção. Ainda prossegue a ABNT NBR 8036 (1983) que o
número mínimo de sondagens deve ser de dois, para projeções abaixo de duzentos metros
quadrados.
Milito (2020) resume os informes sobre o número de sondagem na obra no quadro a seguir:
Quadro 1 - Resumo sobre o número de sondagem:
Fonte: Adaptado de Milito (2010).
As sondagens possuem duas etapas: perfuração e amostragem. Na perfuração, o
equipamento utilizado é introduzido no solo à profundidade desejada, até que se obtenham
dados de resistência adequados ou que se atinja uma profundidade que seja entendida como
su�ciente para o estudo. A amostragem é obtida na retirada do equipamento perfurante, de
maneira que ele traga um estrato com as camadas do solo �dedignamente apresentadas,
através da coleta de parte do seu per�l pelo próprio equipamento.
Os per�s de amostragem bem como a resistência do solo aos processos de perfuração
denotam a capacidade de carga do solo. Esta capacidade de carga permitirá que os
elementos de fundação sejam projetados para suportar a carga predial estimada.
Vale lembrar que o solo é um elemento extremamente heterogêneo, e que isso implicaem
aplicação de fatores de segurança elevadíssimo, dado que, ainda que exista a sondagem, ela
Número de Sondagens Necessárias
Área Construída (em m²) Número de Furos de Sondagem
< 200 m² mínimo de 2 furos
entre 200 m² e 1200 m² 1 furo de sondagem a cada 200 m²
acima de 1200 m² até 2400 m² aplicar 1 furo de sondagem a cada 400 m²na parcela que exceder 1200 m²
acima de 2400 m² Conforme orientação do plano deconstrução.
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pode não necessariamente determinar o per�l das camadas do solo, induzindo a erros.
Outro aspecto que deve ser atentado é que a Norma adverte à necessidade de sondagens, e
ao número mínimo de furos. Cabe à equipe técnica veri�car se tais números, bem como a
profundidade dos furos, fornecem informações su�cientes e seguras para o projeto. Em geral,
quando se observa uma grande variação no per�l do solo – muitas camadas de materiais
heterogêneos –, é conveniente aumentar o número de furos de sondagem, conferindo maior
segurança aos resultados obtidos.
Assim, caro gestor, neste tópico, desejou-se que você conhecesse a relevância da sondagem
técnica, que pode ser assim representada pelo infográ�co a seguir:
Figura 1 - Infográ�co importância da sondagem
Fonte: Elaborada pelo autor.
A sondagem técnica representa uma importante etapa no processo de construção. Com ela,
vimos que podem ser obtidas informações básicas  para o dimensionamento das fundações,
sobre a qual se assentará toda a construção.
A supressão da sondagem, além de ser uma decisão contra a Norma Técnica, torna-se um
equívoco na gestão de obras, com possibilidades de atrasos severos e problemas diversos,
durante ou após a construção.
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LIVRO
Engenharia de Fundações
Autores: Paulo José Rocha de Albuquerque e Jean Rodrigo
Garcia
Editora: GEN LTC
Ano: 2020
Comentário: excelente livro, em que os autores expressam os
tipos de sondagens, trazem questões práticas de utilização das
sondagens em uma linguagem de fácil compreensão. Atenção
especial deve ser dada aos esquemas que diferem as
sondagens no campo, bem como a alguns cuidados com os
quinze centímetros iniciais da prospecção. Vale muito a pena a
leitura! Recorram às páginas 32 a 60 (capítulo 5).
Disponível em: Biblioteca Virtual da Laureate.
LIVRO
Fundações
Autores: Eduardo Alcides Peter e Diego Guimarães
Ano: 2018
Comentário: outro livro interessante. Os autores descrevem os
critérios que devem ser observados na escolha dos tipos de
fundações, adequadas aos tipos de solos de�nidos pelas
sondagens. Recorram às páginas 14 a 24.
Disponível em: Biblioteca Virtual da Laureate
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Cronograma de Obras: Aspectos
Ao se pensar em construção, é necessário planejamento. Em obras, Planejamento é a arte de,
na medida do possível, prever etapas a serem executadas, dentro dos custos e prazos
desejados.
A atividade de planejamento necessita de conhecimentos técnicos que convertam as ações; a
seguir a sequência racional do processo produtivo. Assim, por exemplo, ao se desejar uma
etapa de pintura, não se pode eximir da necessidade de que aquilo que será pintado esteja
pronto.
O que parece óbvio num primeiro momento torna-se um desa�o, pois a percepção de todos
os processos inerentes a uma obra, bem como suas interfaces, seja in�uenciando ou sendo
in�uenciado, culminam numa grande di�culdade de percepção de dois dos itens mais
relevantes numa edi�cação: quando �cará pronta e quanto custará ao �nal.
Este acompanhamento em tempo real é possível através de cronogramas, que permitem
estimar custos e prazos, e compará-los com a realidade do processo de construção.
A importância do cronograma no planejamento de um projeto é retratada por Madureira
(2010, p. 19):
Planejamento do projeto - nessa primeira fase, são colocados os objetivos para
o programa de projeto: produto (necessidades, funções e atributos), mercado a
que se destina, prazo para a implantação, ciclo de vida, recursos para o
desenvolvimento, investimentos na implantação, custos de fabricação e
lucratividade global desejada para o programa (MADUREIRA, 2020, p. 19).
Ao Gestor de Projetos, Processos e Obras, o cronograma é uma ferramenta vital,
indispensável para o processo de gestão. Com o cronograma, o gestor detém um
instrumento capaz de fornecer auxílio na Gestão do Tempo, atividade entendida como
planejamento, desenvolvimento e controle do tempo, bem como estimativas e
sequenciamento de recursos e atividades, conforme mostra a �gura a seguir:
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Figura 2 - Componentes do Gerenciamento de Tempo
Fonte: Elaborada pelo autor.
Dessa forma, as atividades de de�nição, desenvolvimento e controle do cronograma fazem
parte de uma atividade macro, denominada gerenciamento do tempo, em que são
consideradas, também, a de�nição e o sequenciamento das atividades e dos recursos
necessários.
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ARTIGO
Competências dos Gerentes de Projetos na Construção Civil: Estudo de Caso em
uma Construtora da Cidade de São Paulo
Autor: Eduardo Shimabuku
Ano: 2018
Comentário: esse artigo versa sobre qualidades de um gestor; entre elas, o controle do
cronograma. Relata um fato de um fracasso num empreendimento por atraso no
cronograma. Para você, gestor(a) de projetos, processos e obras, é um bom relato sobre
competências e desa�os na condução de um empreendimento. O artigo se encontra no
volume 14(1), nas páginas 176 a 188 da revista eletrônica abaixo citada. Vale a pena a leitura.
ACESSAR
LIVRO
Custos e Planejamentos
Autor: Gabriel Lima Giambastiani
Editora: Sagah
Ano: 2020
Comentário: nos capítulos iniciais, o livro explicita como o
planejamento, e, em consequência, o cronograma são de
grande relevância à gestão de obras. Esses informes podem lhe
ser úteis nas tomadas de decisão sobre alteração nas etapas
produtivas, algumas vezes necessárias para que o cronograma
não �que atrasado. Recorram às páginas de 14 a 21.
Disponível em: Biblioteca Virtual da Laureate
https://revista.feb.unesp.br/index.php/gepros
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Caminho Crítico de Projetos
Vimos no tópico anterior a importância do gerenciamento do tempo em projetos, culminando
no controle absoluto dos processos, tempos e custos através do cronograma.
O cronograma de projetos possui diversi�cadas versões, as quais se aplicam aos diferentes
tipos de empreendimentos executados e/ou sua necessidade de supervisão. Isso se a�rma
porque os diferentes interessados no projeto podem desejar informações mais ou menos
detalhadas, que podem, por sua vez, culminar em menores ou maiores níveis de
detalhamento. Listam-se, nessas tipologias, entre outros:
a. Cronograma de Barras: também conhecido como grá�co de Gantt. É composto por uma
tabela analítica, com a descrição da etapa, e um grá�co em barras, mostrando o intervalo
cronológico dessa atividade.
b. Cronograma de Marcos: também conhecido por milestone chart. Nesse tipo de
cronogramas, apenas os intervalos em grupos, chamados de marco de projeto (milestones),
são indicados, cuja evolução do cronograma é o resultado de todas as etapas que o
compõem.
Aos cronogramas são informadas as atividades que os precedem e os sucedem,
caracterizando as interdependências de projeto. Tais interdependências são conhecidas em
Gestão de Projetos – incluindo de obras – como metodologia CPM - Critical Path Method, ou
Método do Caminho Crítico.
Tais interdependênciascriam uma rede que culmina num maior ou menor grau de criticidade
à operação do projeto. Isso porque, quando essas atividades sofrem quaisquer alterações no
cronograma, em geral, atrasos, criam um efeito cascata na agenda das demais tarefas
posteriores, podendo culminar em atrasos no tempo total da execução do empreendimento.
Algumas dessas atividades possuem este “poder” mais intenso em que, sendo elas afetadas,
todo o processo também sofre atrasos. Em gestão de obras, o cuidado maior deve ser cedido
às atividades de infraestrutura (fundações) e superestrutura, sem as quais não há
materialização das demais atividades construtivas.
Na concepção do �uxograma do caminho crítico, percebe-se que, entre as células, há a
incidência de setas, no sentido do �uxograma. Isso indica as ações predecessoras e
sucessoras, que, em síntese, demonstram a dependência que um grupo de ações
(sucessoras) detém sobre a conclusão de outro grupo (predecessoras). Desse modo, para
que seja realizada uma ação sucessora, esta somente ocorrerá após a conclusão de sua(s)
ação(ões) predecessora(s).
Dessa forma, sobre o caminho crítico de projeto, descreve Lopes (2017):
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Trata-se de uma sequência de atividades que devem ser desempenhadas
sucessivamente até que o projeto chegue ao �nal. Dentro dessa sequência,
existem algumas atividades que pressupõem �exibilidade, enquanto outras
não. Isso também deve ser reconhecido para o cumprimento correto do
caminho determinado. [...] Caso o projeto não �que pronto no prazo esperado,
isso signi�ca que alguma das tarefas intermediárias não foi cumprida com
base no caminho crítico (LOPES, 2017, on-line).
Sendo assim, grupos de atividades são denominados caminho crítico; signi�ca que, havendo
intervenções em seus cronogramas, há a probabilidade real dessas intervenções, ainda que
em menor intensidade, causarem semelhante impacto no cronograma como um todo.
LIVRO
Gestão de Projetos: As Melhores Práticas
Autor: Harold Kerzner
Editora: Bookman
Ano: 2014
Comentário: neste livro, os conceitos de melhores práticas são
muito úteis ao gestor de obras. Com ele, podemos obter
melhor compreensão dos elementos do projeto, auxiliando na
melhoria da compreensão do caminho crítico. Sugerimos a
leitura da página 12, em especial.
Disponível em: Biblioteca Virtual da Laureate.
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ARTIGO
Análise de Risco em Projetos de Engenharia: Uso do PERT/CPM com Simulação
Autor: Walter Roberto Hernández Vergara
Ano: 2017
Comentário: estudo de caso sobre a aplicação do caminho crítico em projetos de obras.
Também outra boa fonte de leitura, para a consolidação do entendimento em caminho crítico
em obras. Recomendamos a leitura das páginas 1 a 14.
ACESSAR
Gestão de Contratos
Uma obra possui diversas disciplinas, como sabemos e temos discutido: fundações,
estruturas, alvenaria, instalações elétricas, instalações hidráulicas e muitas outras. Algumas
sequer têm ligações de a�nidade com outras, e propor ao seu time que ele detenha expertise
em todas estas disciplinas pode ser custoso. Ademais, cada etapa dessa tem um tempo de
ocorrer na obra, o que tornaria também mais complicada a admissão do corpo funcional.
Dessa forma, a terceirização dos serviços é um recorrente artifício adotado quando se deseja
atuar em construção, seja por competência ou por custo-benefício. Na sua casa, você já
recorreu também à terceirização, ao contratar um pedreiro, um bombeiro hidráulico ou um
eletricista.
A questão importante na terceirização é a formalização que ela requer, com de�nições claras
de papéis e responsabilidades de ambas as partes. Este processo é formalizado por um
documento chamado contrato.
Segundo Gido (2018, p. 71), o contrato é um compromisso celebrado entre o contratado, que
concorda em realizar o projeto e fornecer um produto ou serviço (resultados), e o cliente, que
concorda em pagar ao contratado certa quantia em troca.
https://www.redalyc.org/pdf/810/81050129006.pdf
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A gestão de contratos é outro campo que exige do gestor severa atenção, em especial aos
aspectos:
a. De�nição do escopo: clareza e registro nas atividades que serão efetuadas
pelo contrato, com preço, prazo e seguindo as especi�cações técnicas.
b. Especi�cação técnica: modus operandi de como algo será feito. Nela se
especi�cam os materiais, a metodologia de aplicação, as normas vigentes que
devem ser respeitadas, teste e todas as atividades que garantam que o que foi
contratado seja entregue da maneira desejada. É o centro técnico do contrato,
onde não podem faltar informações relevantes que possam gerar dúvidas nas
expectativas das partes.
c. Acordos comerciais: valor do contrato, multas e penalizações, prazos de
pagamento, sigilo, condições de reajustes, atribuições administrativas, rito de
medição, prazos de contrato, aditivos de escopo, de prazo e de valores,
responsabilidade civil, condições de rescisão e vários outros termos de
natureza jurídica devem ser observados. Os termos comerciais regem a
harmonia jurídica do contrato e devem ser respeitados por ambas as partes,
indistintamente.
Uma vez adotado um contrato, é obrigação do gestor de obras dominar todo o seu escopo,
incluindo os termos jurídicos. Isso se faz necessário, pois a legislação confere àquele que
contrata responsabilidade solidária, ou seja: falhas efetuadas pelo contratado com ligação
ao exercício do contrato podem – e geralmente o são – computadas ao contratante e
cobradas dele, na ausência de solução por parte do contratado.
Assim, uma empresa contratada, que tenha empregados executando obras para a
contratante, e que, por exemplo, deixe de cumprir obrigações trabalhistas daquele grupo de
empregados, pode obrigar a contratante a arcar, judicialmente, com os prejuízos causados
aos trabalhadores, uma vez que eles foram desassistidos pela contratada no exercício claro e
direto ao contrato �rmado.
Dessa forma, o gestor deve se ocupar em gerir e �scalizar e�cazmente, além dos termos do
contrato propriamente dito, outros aspectos, como recolhimentos integrais dos tributos e
contribuições legais, condições de trabalho dos empregados da contratada (saúde e
segurança), locais de trabalho e condições de transporte, entre outros.   Essas atividades,
além de outras, denominamos gestão de contratos.
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LIVRO
Gestão de Projetos
Autores: Jack Gido, Jim Clements e Rose Baker
Editora: Cengage Learning
Ano: 2017
Comentário: explicita diversas tipologias de contratos. Um
excelente material pelo qual você, gestor(a), será familiarizado
aos termos e de�nições envolvidos com os tipos de contratos,
como preço global, por administração etc. Poderá ajudar na
decisão, no futuro, sobre quais tipos de contrato são viáveis às
suas obras. Recorram, em especial, às páginas 71 a 73.
Disponível em: Biblioteca Virtual Laureate.
LIVRO
Administração Estratégica: Da Teoria à Prática no
Brasil
Autor: Marco Moutinho Abdalla
Ano: 2019
Comentário: um bom registro na caracterização de obras e
serviços na construção civil. Outro livro que pode auxiliar na
compreensão da gestão de contratos, como ferramenta da
estratégia empresarial. Sugerimos leitura das páginas 61 a 70.
Disponível em: Biblioteca virtual da Laureate.
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Gestão de Con�itos
Em toda sociedade, é natural haver divergências entre partes. Até em meio familiar isso é
observado.
Em relações comerciais, como relações de trabalho primário ou terceirizado, relações entre
clientese fornecedores, entre a individualidade e a coletividade, en�m, sempre nos
deparamos com situações em que os interesses não possuem congruência, que exijam que
tenhamos habilidades de negociação.
Para minimizar a gestão de con�itos, ideal é que haja habilidade de negociação. Negociação é
a arte de ceder sem perder, de forma que o que foi conquistado seja muito maior do que
aquilo que foi concedido. E é um exercício contínuo, necessário às partes.
Vimos no tópico anterior que um contrato tem por objetivo selar um acordo comercial entre
as partes, com gerenciamento de expectativas de ambas as partes.
Mas e quando estas expectativas não são atendidas, quaisquer que sejam os motivos? Por
exemplo, o contratado fornecer um preço aquém da realidade de mercado, e deseja rever
consideravelmente os valores do contrato? Deixá-lo rescindir o contrato, ainda que sob o
pagamento de multas, é o meu real desejo como gestor? Este é um típico con�ito, em que as
partes precisam ter habilidade de negociação.
Segundo Tajra (2014), um bom negociador sabe lidar com diferentes percepções, sentimentos
de frustração e de raiva, bem como pessoas que têm di�culdade para se comunicar e, ainda,
convivem com interesses opostos.
Outra questão corriqueira em gestão de con�itos em obras se deve às relações pessoais
entre contratado e contratante. Em geral, este tende a manter relações constrangedoras
àquele, por se sentir empoderado pelo poder do dinheiro. Um erro grave. Ao denotar
desrespeito pelo contratado, as relações comerciais �cam abaladas, e certamente trarão
in�uência sobre o objeto de contrato. A relação entre o contratado e o contratante, ou entre
líder e subordinados, deve sempre ser pautada pela ética, impessoalidade, harmonia e
respeito mútuo. Quando uma dessas etapas é perdida, os con�itos comerciais �cam mais
exacerbados.
Dessa forma, percebe-se que a gestão de con�itos urge habilidade de negociação, respeito
mútuo e cordialidade entre as partes.
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LIVRO
Gestão de Projetos: As Melhores Práticas
Autor: Harold Kerzner
Editora: Bookman
Ano: 2016
Comentário: contém dicas interessantes sobre excelência
comportamental. O autor descreve, através das melhores
práticas, como o comportamento e a cultura organizacional
interferem na forma de negociação e gestão de con�itos.
Recomendadas as páginas 81 a 83.
Disponível em: Biblioteca Virtual da Laureate
LIVRO
Comunicação e Negociação: Conceitos e Práticas
Organizacionais
Autor: Sanmya Feitosa Tajra
Ano: 2014
Comentário: auxílio na compreensão da in�uência da gestão
de con�ito na gestão de negociação entre partes interessadas.
Explicita bem os modelos de negociação e de negociadores,
corriqueiro na gestão de obras. Recomenda-se a leitura das
páginas 81 a 85.
Disponível em: Biblioteca Virtual da Laurete.
27/09/2020 Roteiro de Estudos
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Conclusão
Prezado(a) estudante, neste material, vimos cinco importantes atenções a que o gestor de
projetos, processos e obras deve manter: não subestimar os serviços preliminares; atentar
ao cronograma e gestão do tempo; atuar intensamente nos caminhos críticos de projeto;
dominar o escopo dos contratos de serviços sob sua responsabilidade e ter habilidade e
�exibilidade para solucionar con�itos em seu empreendimento. Tendo foco em tais
habilidades, a probabilidade não é de redução da quantidade dos problemas no seu canteiro,
mas de maior agilidade e habilidade na resolução deles.
É importante a compreensão de que os tópicos citados neste capítulo não são su�cientes
para se fazer uma boa gestão de projetos, processo e obras. Mas eles podem, quando
percebidas outras situações semelhantes, auxiliar nas decisões que os gestores devam
tomar. Em geral, a boa gestão começa e termina com respeito aos envolvidos no projeto.
Dessa forma, as informações, naturalmente, são divididas e debatidas.
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27/09/2020 Roteiro de Estudos
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