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www.princexml.com Prince - Personal Edition This document was created with Prince, a great way of getting web content onto paper. MARIA BERENICE DIAS É gaúcha, nascida em Santiago. Decidida a seguir a carreira de seu pai e de seu avô, precisou empreender uma verdadeira cruzada até se tornar a primeira mulher a ingressar na Magistratura do Rio Grande do Sul. Também foi a primeira Desembargadora do Estado. Dedicou toda sua carreira a questionar leis e decisões, jamais aceitando qualquer tipo de discriminação com relação à mulher e aos segmentos vulneráveis. Para isso, ingressou no movimento femin- ista. Criou o Jornal Mulher, que chegou à 48.ª edição, e o JusMulher, trabalho voluntário de atendimento jurídico e psicológico às vítimas de violência doméstica. Participou dos debates quando da elabor- ação da Lei Maria da Penha. Com a aposentadoria, passou a advogar nas áreas de Direito das Famílias, das Sucessões e Direito Homoafetivo. Desenvolve um pro- jeto pioneiro: intervenção conciliatória, em que presta assessoria às partes e a seus advogados na busca de uma solução extrajudicial dos conflitos. É Mestre e Pós-graduada em Processo Civil pelaPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC-RS. Foi uma das fundadoras e é Vice-Presidente Nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM. Presidenta da Comissão da Diversidade Sexual do Conselho Federal da OAB criou mais de 160 Comissões no âmbito das Sec- cionais e Subseções da OAB em todo o país. Coordenou a Comissão Científica que elaborou o Projeto do Estatuto da Diversidade Sexual e lidera o movimento que está col- hendo assinaturas para apresentá-lo ao Congresso Nacional por ini- ciativa popular. Parente e família Sempre me emociono quando reparo o quanto filhos adotivos passam a se parecer com os seus responsáveis. Ninguém diz que foram adotados: o mesmo olhar, o mesmo andar, a mesma forma de soletrar a respiração. Há um DNA da ternura mais intenso do que o próprio DNA. Os traços mudam conforme o amor a uma voz ou de acordo com o aconchego de um abraço. Não subestimo a força da convivência. Família é feita de presença mais do que de registro. Há pais ausentes que nunca serão pais, há padrastos atentos que sempre serão pais. Não existem pai e mãe por decreto, representam conquistas sucessivas. Não existem pai e mãe vitalícios. A paternidade e a maternidade significam favoritismo, só que não se ganha uma partida por antecipação. É preciso jogar dia por dia, rodada por rodada. Já perdi os meus filhos por distração, já os reconquistei por insistência e esforço. Família é uma coisa, ser parente é outra. Identifico uma diferença fundamental. Amigos podem ser mais irmãos do que os irmãos ou mais mães do que as mães. Família vem de laços espirituais; parente se caracteriza por laços sanguíneos. As pessoas que mais amo no decorrer da minha existência formarão a minha família, mesmo que não tenham nada a ver com o meu sobrenome. Família é chegada, não origem. Família se descobre na velhice, não no berço. Família é afinidade, não determinação biológica. Família é quem ficou ao lado nas dificuldades enquanto a maioria desapareceu. Família é uma turma de sobreviventes, de eleitos, que enfrentam o mundo em nossa trincheira e jamais mudam de lado. Já parentes são fatalidades, um lance de sorte ou azar. Nascemos tão somente ao lado deles, que têm a chance natural de se tornarem família, mas nem todos aproveitam. Árvore genealógica é o início do ciclo, jamais o seu apogeu. Importante também pousar, frequentar os galhos, cuidar das folha- gens, abastecer as raízes: trabalho feito pelas aves genealógicas de nossas vidas, os nossos verdadeiros familiares e cúmplices de segredos e desafios. Dividir o teto não garante proximidade, o que assegura a afeição é dividir o destino. Fabrício Carpinejar 7/1276 Caríssimo leitor Eu sei, um livro não começa por uma carta. Ainda mais em se tratando de uma obra jurídica. Até parece que conversar com o leitor retira um pouco da seriedade do trabalho. Talvez por isso, a cada nova edição, prometo a mim mesma excluir este espaço de diálogo. Mas recebo tantas manifestações de quem me lê, dizendo que se sente próximo a mim, que não consigo. E não tem jeito, este é o meu jeito. Todo mundo diz - e é a pura verdade - que na vida deve-se ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Filhos, tenho três, maravilhosos: César, Suzana e Denise, e que já estão rendendo frutos, com a chegada do Felipe. Árvores, já plantei tantas, que sombra tenho assegurada. Assim, cumprindo a tradição, cabe dizer, afinal, a que vem este que resolvi intitular de Manual de Direito das Famílias. Foi nos idos de 2005, quando ainda era magistrada e presidia a 7.ª Câmara de Direito de Família do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. O volume de trabalho era tanto, que relutei em acatar a sugestão de escrever um livro sobre o tema que sempre me cativou: os vín- culos afetivos e seus reflexos no direito. Queria, já no título, evidenciar o desejo de abordar a família den- tro de uma concepção atual, por isso preferi falar em famílias, daí: Direito das Famílias. Foi algo tão estranho que o meu editor achou que eu havia cometido um erro de digitação e me ligou todo constrangido. Claro que fui muito criticada, mas, a expressão se popularizou e vários autores assim começaram a se referir a este ramo do Direito. Magistrados passaram a identificar sua Vara como Vara das Famílias e alguns Cursos de Direito já assim nominam a disciplina como Direito das Famílias. Afinal, a família é mesmo plural. Mas o título tem outra peculiaridade. A expressão manual traz consigo cheiro de peça de museu. Parece não combinar comigo, pois, afinal, tenho a mania de inventar nomes novos. Mas manual também significa manusear, portar nas mãos, o que faz com que comece a ter um significado mais simpático. Aquilo que é feito com as mãos tem um pouco de quem faz. Fazer com as mãos é dar muito de si. Trabalhos manuais têm o valor da criatividade e o sabor de tudo ser elaborado com cuidado. Assim, o que se faz com as mãos tem um componente de afeto. Por essa razão, acabei acatando não só a ideia de escrever um livro sobre as famílias, como também resolvi chamá-lo de manual. Por tudo isso, este não é um manual no sentido convencional do termo, mas foi feito com muito carinho. Procurei trazer minha experiência de muitos anos no exercício da magistratura e as inquietações da carreira na advocacia. 9/1276 Que todos o recebam de minhas mãos com um gesto de afetividade. Sintam-se acarinhados ao manuseá-lo. Berenice 10/1276 Apresentação Lá se vão vários anos da primeira edição, que data de 2005. A sucessividade das edições justifica-se em face das constantes mudanças legais e dos avanços doutrinários que acabam reper- cutindo em sede jurisprudencial. Mas somente quando as alterações são significativas é que faço uma nova publicação. Por isso não lanço uma nova edição a cada ano, como muitos me questionam. Prefiro que sejam feitas novas tiragens. Nova edição significa novidades, atualizações e uma releitura de toda a obra. Assim, muitas vezes os leitores podem se defrontar com mudanças de posicionamentos e de opinião. É que estou sempre questionando, até o que eu penso. É necessário ter humildade de reconhecer equívocos. É o que chamo de amadurecimento. Apesar de esta ser a sua 11.ª edição, ainda assim, são indis- pensáveis algumas palavras sobre como surgiu a ideia - ou melhor, o desafio - de escrever um Manual de direito das famílias. Confesso que eu mesmo questionei o porquê alguém se debruça durante meses sobre um computador, cerca-se de inúmeros livros, pesquisa em várias fontes, garimpa a jurisprudência. Lá se vão horas de sono e de descanso. E, é claro, abre-se mão de inúmeros espaços de lazer, do convívio familiar e da tão prazerosa companhia dos amigos. Sempre digo que me tornei uma pessoa ingrata para com os meus afetos. Talvez toda esta "mão de obra" é que faz se chamar um livro de "obra".Implico um pouco com este termo, pois, apesar de todo o esforço, é enorme a satisfação de manusear um livro que traz o seu nome como autor. Não há como deixar de tocá-lo de modo carinhoso. Sempre fui muito irrequieta e questionadora, além de um pouco irreverente, é claro. Com os olhos voltados ao justo, minha eterna preocupação sempre foi com uma justiça equânime. Minha tendência é duvidar de tudo o que está posto de forma indiscutível e pacífica. Tenho grande dificuldade de, simplesmente, repetir o que vem sendo dito, aceitar como corretas teorias e posições, ainda que cristaliza- das pela jurisprudência. O simples fato de algum tema já ter sido enfrentado e decidido em determinado sentido nunca me convence de ser esta a melhor e a única solução, de que ali se encontra a justiça, a dispensar uma reflexão a partir de outro enfoque. Talvez por isso, de maneira muito frequente, recebia de quem tomava conhecimento de minhas ideias, em palestras, escritos e jul- gados, pedidos de indicações bibliográficas. Ao elencar uma série de trabalhos de renomados juristas sobre os mais significativos temas do direito de família, a reação, principalmente dos alunos, sempre surgia: não dá para adquirir várias obras para estudar uma única matéria dentre as inúmeras disciplinas que são ministradas em um curso que se prolonga por alguns anos. Sobre o impasse, conversei com minha filha Denise, então estudante de direito e hoje Juíza de Direito. Ela confirmou a dificuldade e, de forma insistente - característica toda sua -, sugeriu que eu escrevesse um livro. Segundo ela, durante as aulas, na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, vez por outro surgiam discussões a respeito de assuntos polêmicos por mim sustentados e sobre os temas difíceis que tenho a mania de enfrentar. Bem, aceitar desafios é quase uma marca em minha trajetória de vida. Daí o Manual de direito das famílias. 12/1276 Muitos questionamentos surgiram pelo fato de, pela primeira vez ser usada a expressão "direito das famílias". É que para mim a expressão "direito de família" já perdeu significado. Aliás, na coletânea Conversando sobre... já havia usado a expressão no plural. O terceiro volume se intitula Conversando sobre o direito das famílias. Mesmo depois de a Constituição Federal ter enlaçado no con- ceito de entidade familiar várias estruturas de convívio, o Código Civil continua falando em direito de família e trata quase que exclu- sivamente de uma modalidade de família: a constituída pelo casamento. Ora, um olhar acaba levando a uma comunhão de vidas, ao comprometimento mútuo e a responsabilidades recíprocas, que o Direito se arvora na obrigação de regular. Cada vez mais a ideia de família afasta-se da estrutura do casamento. O divórcio e a possibilidade do estabelecimento de novas formas de convívio revolucionaram o conceito sacralizado de matrimônio. A constitucionalização da união estável e do vínculo monoparental operou verdadeira transformação na própria família. Assim, na busca do conceito de entidade familiar, é necessário ter uma visão pluralista, que albergue os mais diversos arranjos vivenciais. Tornou-se preciso achar o elemento que autorizasse reconhecer a origem dos relacionamentos interpessoais. O grande desafio foi descobrir o toque diferenciador destas estruturas, a permitir inseri-las em um conceito mais amplo de família. Ao falar em família é necessário render tributo ao Instituto Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM, que surgiu da preocu- pação de proceder a uma releitura do conceito de família e dos direitos que dele defluem a partir da ótica da contemporaneidade. Como a lei não acompanha as mudanças por que passa a família, acaba nas mãos da doutrina e da jurisprudência a responsabilidade de construir toda uma nova base doutrinária que atenda aos reclamos de uma sociedade sempre em ebulição. 13/1276 O afeto foi reconhecido como o ponto de identificação da família. É o envolvimento emocional que subtrai um relacionamento do âmbito do direito obrigacional - cujo núcleo é a vontade - e o conduz para o direito das famílias, cujo elemento estruturante é o sentimento de amor, o elo afetivo que funde almas e confunde patrimônios, fazendo gerar responsabilidades e comprometimentos mútuos. Sob esta ótica é que a própria disposição dos temas aqui aborda- dos tem uma apresentação diferenciada da convencional e não obe- dece a ordem eleita pela lei. Por exemplo, não dá para tratar a união estável no local em que a colocou o codificador: no último capítulo que trata da família, em evidente posição de desprestígio. Igual- mente, ao falar de família, não mais cabe deixar de trazer as famílias homoafetivas, expressão de afetividade que vem obtendo respeitabil- idade social e visibilidade jurídica, graças ao Poder Judiciário. Também são trazidos assuntos que normalmente não aparecem em compêndios de direito de família. Antes mesmo de adentrar no estudo da família, é indispensável traçar a trajetória da mulher. Foi a libertação feminina que levou à decadência do viés patriarcal da família. A luta feminista foi a responsável pela imposição do império da liberdade e da igualdade. Talvez o capítulo que cause maior estranheza seja o intitulado "Família, moral e ética". Todavia, ninguém duvida do compromisso ético da família na formação do cidadão. Não é mais possível con- fundir moralismo com família. Muito menos se pode admitir que a Justiça, em nome da preservação de um moralismo conservador, chegue a resultados totalmente afastados da ética, referendando posturas maliciosas e chancelando o enriquecimento injustificado. Desde a primeira edição procurei escrever sob a ótica da legis- lação em vigor, sem a intenção de mostrar como as coisas eram antes de serem removidas pela evolução da sociedade e incineradas por novas leis. Não tive a menor preocupação em fazer uma abord- agem comparativa entre o Código Civil atual e o anterior. O mesmo 14/1276 ocorre agora, com a promulgação do novo Código de Processo Civil. Todas as referências dizem com a Lei 13.105, de 16/03/2015. Escrevo preocupada com o novo, olhando para o futuro. Ainda assim, vi-me na contingência de fazer breves considerações sobre a evolução de alguns temas, até porque, para entender determinados institutos, é indispensável conhecer suas matrizes históricas. Dessa forma, são feitas algumas incursões ao passado, mas somente para avaliar situações presentes e se ter uma ideia das mudanças leva- das a efeito. A tentativa é mostrar o grande impulso que ensejou a enorme evolução - quase uma revolução - do direito das famílias. É esta preocupação com o novo que levou à exclusão do capítulo da separação, quando da extinção do instituto pela reforma constitucional. É uma tarefa extremamente difícil assimilar novidades e desmisti- ficar condicionamentos que têm raízes na educação e na cultura. Estratificações sociais, preconceitos arraigados há tanto tempo impe- dem ver que existem outras formas de viver, diversos modos de bus- car a felicidade. Essa verdadeira missão vem sendo cumprida com sucesso pelo IBDFAM, que agrega significativo número de cabeças pensantes, sem medo de ver a realidade e criar novos paradigmas. Foi nessa fonte - que se pode chamar da nova escola do direito das famílias - onde fui buscar subsídios. Procuro trazer o pensamento de todos os que se dispõem a ver a família em sua conotação atual. O colorido multifacetário que adquiriu a família tornou necessária a busca de diversos referenciais, enlaçando outras ciências que tam- bém se dedicam ao estudo do ser humano, não só como sujeito de direitos, mas como sujeito de desejos. É necessário adequar a justiça à vida e não engessar a vida den- tro de normas jurídicas, muitas vezes editadas olhando para o pas- sado, na tentativa de reprimir o livre exercício da liberdade. O direito das famílias lida com gente, gente dotada de sentimentos, movida 15/1276 por medos e inseguranças, gente que sofre desencantos e frus- trações e busca no Judiciário ouvidos a seus reclamos.Minha proposta é, de forma bastante didática, como é a maneira de me expressar, fazer um passeio pelo atual direito das famílias, sempre tomando posições sobre os pontos mais polêmicos. Mas as novidades mais significativas estão assinaladas. Por uma questão de lealdade intelectual, e para não afastar o caráter científico que o tra- balho exige, faço referência às posições divergentes da doutrina e às distintas orientações jurisprudenciais. Sempre sonhei com uma Justiça mais rente à realidade da vida, mais sensível, mais retributiva e menos punitiva. Este sonho, que serviu de norte a toda a minha trajetória, conduziu-me primeiro à magistratura e depois à advocacia. Dedico este trabalho aos jovens - de idade e de espírito -, pois serão eles os lidadores do direito de amanhã, os artífices da justiça do futuro. Minha esperança é que as novas gerações consigam ver o direito mais próximo do cânone maior do nosso sistema jurídico: respeito à dignidade da pessoa. Deposito-o nas mãos de quem não tem medo de ousar para cumprir a sublime missão de dar a cada um o que é seu, sem olvidar que o seu de cada um é o direito de todos à felicidade. Maria Berenice Dias www.mbdias.com.br www.mariaberenice.com.br www.direitohomoafetivo.com.br www.estatutodiversidadesexual.com.br 16/1276 Sumário 1. DIREITO DAS FAMÍLIAS 1.1. Origem do direito 1.2. Lacunas 1.3. Origem da família 1.4. Origem do direito das famílias 1.5. Evolução legislativa 1.6. Tentativa conceitual 1.7. Natureza jurídica 1.8. Conteúdo 1.9. Constitucionalização Leitura complementar 2. PRINCÍPIOS DO DIREITO DAS FAMÍLIAS 2.1. Princípios constitucionais 2.2. Princípios e regras 2.3. Princípios constitucionais e princípios gerais de direito 2.4. Monogamia 2.5. Princípios constitucionais da família 2.5.1. Da dignidade humana 2.5.2. Da liberdade OEBPS/Text/../Text/111491655.html#sigil_toc_id_5 OEBPS/Text/../Text/111491655.html#sigil_toc_id_6 OEBPS/Text/../Text/111491655.html#sigil_toc_id_7 OEBPS/Text/../Text/111491655.html#sigil_toc_id_8 OEBPS/Text/../Text/111491655.html#sigil_toc_id_9 OEBPS/Text/../Text/111491655.html#sigil_toc_id_10 OEBPS/Text/../Text/111491655.html#sigil_toc_id_11 OEBPS/Text/../Text/111491655.html#sigil_toc_id_12 OEBPS/Text/../Text/111491655.html#sigil_toc_id_13 OEBPS/Text/../Text/111491655.html#sigil_toc_id_14 OEBPS/Text/../Text/111491655.html#sigil_toc_id_15 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_22 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_23 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_24 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_25 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_25 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_26 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_27 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_28 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_29 2.5.3. Da igualdade e respeito à diferença 2.5.4. Da solidariedade familiar 2.5.5. Do pluralismo das entidades familiares 2.5.6. Da proteção integral a cri- anças, adolescentes, jovens e idosos 2.5.7. Da proibição de retrocesso social 2.5.8. Da afetividade Leitura complementar 3. FAMÍLIA, MORAL E ÉTICA 3.1. Moral, ética e direito 3.2. Família e ideologia 3.3. Família e moral 3.4. Família e ética 3.5. Boa-fé objetiva Leitura complementar 4. FAMÍLIA NA JUSTIÇA 4.1. Lei e família 4.2. A jurisdição de família 4.3. Interdisciplinaridade 18/1276 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_30 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_30 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_31 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_32 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_32 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_33 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_33 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_34 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_34 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_35 OEBPS/Text/../Text/111491682.html#sigil_toc_id_36 OEBPS/Text/../Text/111491695.html#sigil_toc_id_42 OEBPS/Text/../Text/111491695.html#sigil_toc_id_43 OEBPS/Text/../Text/111491695.html#sigil_toc_id_44 OEBPS/Text/../Text/111491695.html#sigil_toc_id_45 OEBPS/Text/../Text/111491695.html#sigil_toc_id_46 OEBPS/Text/../Text/111491695.html#sigil_toc_id_47 OEBPS/Text/../Text/111491695.html#sigil_toc_id_48 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_54 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_55 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_56 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_57 4.4. Mediação e conciliação 4.5. Especialização 4.6. Ações de família 4.6.1. Ações litigiosas 4.6.2. Ações consensuais 4.7. Competência 4.7.1. Vara das Famílias ou da Infân- cia e Juventude 4.8. Questões probatórias 4.9. Tutela provisória, de urgência, ante- cipada, cautelar e de evidência 4.10. Recursos 4.11. Ministério Público 4.12. Defensoria Pública Leitura complementar 5. CULPA 5.1. Culpado ou inocente? 5.2. Anulação do casamento 5.3. Separação 5.4. Nome 5.5. Alimentos 5.6. Sucessão 19/1276 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_58 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_59 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_60 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_61 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_62 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_63 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_64 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_64 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_65 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_66 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_66 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_67 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_68 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_69 OEBPS/Text/../Text/111491709.html#sigil_toc_id_70 OEBPS/Text/../Text/111491711.html#sigil_toc_id_75 OEBPS/Text/../Text/111491711.html#sigil_toc_id_76 OEBPS/Text/../Text/111491711.html#sigil_toc_id_77 OEBPS/Text/../Text/111491711.html#sigil_toc_id_78 OEBPS/Text/../Text/111491711.html#sigil_toc_id_79 OEBPS/Text/../Text/111491711.html#sigil_toc_id_80 OEBPS/Text/../Text/111491711.html#sigil_toc_id_81 6. DANO MORAL 6.1. O preço da dor 6.2. Deveres do casamento e da união estável 6.3. Noivado e namoro 6.4. Dano moral e alimentos 6.5. Abandono afetivo 6.6. Perda de uma chance Leitura complementar 7. SITUAÇÃO JURÍDICA DA MULHER 7.1. A trajetória da mulher 7.2. Na legislação pretérita 7.3. Frente à Constituição Federal 7.4. Na lei atual 7.5. Omissões injustificáveis 7.6. No Judiciário 7.7. A Lei Maria da Penha Leitura complementar 8. NOME 8.1. Tentativa conceitual 8.2. Composição 8.3. Nomes da família 20/1276 OEBPS/Text/../Text/111491724.html#sigil_toc_id_87 OEBPS/Text/../Text/111491724.html#sigil_toc_id_88 OEBPS/Text/../Text/111491724.html#sigil_toc_id_89 OEBPS/Text/../Text/111491724.html#sigil_toc_id_89 OEBPS/Text/../Text/111491724.html#sigil_toc_id_90 OEBPS/Text/../Text/111491724.html#sigil_toc_id_91 OEBPS/Text/../Text/111491724.html#sigil_toc_id_92 OEBPS/Text/../Text/111491724.html#sigil_toc_id_93 OEBPS/Text/../Text/111491724.html#sigil_toc_id_94 OEBPS/Text/../Text/111491734.html#sigil_toc_id_101 OEBPS/Text/../Text/111491734.html#sigil_toc_id_102 OEBPS/Text/../Text/111491734.html#sigil_toc_id_103 OEBPS/Text/../Text/111491734.html#sigil_toc_id_104 OEBPS/Text/../Text/111491734.html#sigil_toc_id_105 OEBPS/Text/../Text/111491734.html#sigil_toc_id_106 OEBPS/Text/../Text/111491734.html#sigil_toc_id_107 OEBPS/Text/../Text/111491734.html#sigil_toc_id_108 OEBPS/Text/../Text/111491734.html#sigil_toc_id_109 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_117 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_118 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_119 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_120 8.4. Nome da mulher 8.5. Casamento 8.6. União estável 8.7. Divórcio 8.8. Anulação do casamento 8.9. Nome do homem 8.10. Reintegração do nome 8.11. Viuvez 8.12. Nome dos filhos 8.12.1. Casamento dos pais 8.12.2. Divórcio dos pais 8.12.3. Adoção 8.13. Declaração de paternidade 8.14. Adoção do nome do padrasto 8.15. TransexualidadeLeitura complementar 9. FAMÍLIAS PLURAIS 9.1. Breve justificativa 9.2. Família constitucionalizada 9.3. Conceito atual de família 9.4. Matrimonial 9.5. Informal 21/1276 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_121 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_122 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_123 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_124 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_125 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_126 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_127 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_128 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_129 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_130 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_131 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_132 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_133 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_134 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_135 OEBPS/Text/../Text/111491760.html#sigil_toc_id_136 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_144 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_145 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_146 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_147 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_148 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_149 9.6. Homoafetiva 9.7. Paralelas ou simultâneas 9.8. Poliafetiva 9.9. Monoparental 9.10. Parental ou anaparental 9.11. Composta, pluriparental ou mosaico 9.12. Natural, extensa ou ampliada 9.13. Substituta 9.14. Eudemonista Leitura complementar 10. CASAMENTO 10.1. Visão histórica 10.2. Tentativa conceitual 10.3. Natureza jurídica 10.4. Espécies 10.4.1. Civil 10.4.2. Religioso com efeitos civis 10.4.3. Por procuração 10.4.4. Nuncupativo ou in extremis 10.4.5. Putativo 10.4.6. Homossexual 10.4.7. Consular 22/1276 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_150 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_151 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_152 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_153 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_154 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_155 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_156 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_157 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_158 OEBPS/Text/../Text/111491762.html#sigil_toc_id_159 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_169 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_170 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_171 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_172 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_173 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_174 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_175 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_176 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_177 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_178 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_179 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_180 10.4.8. De estrangeiros 10.5. Conversão da união estável em casamento 10.6. Capacidade 10.7. Impedimentos 10.7.1. Impedimentos absolutos 10.7.2. Causas suspensivas 10.8. Processo de habilitação 10.9. Celebração 10.10. Posse do estado de casado 10.11. Estado civil Leitura complementar 11. EFICÁCIA DO CASAMENTO 11.1. Visão histórica 11.2. Tentativa conceitual 11.3. Direitos e deveres 11.3. 1. Fidelidade 11.3. 2. Vida em comum no domicílio conjugal 11.3. 3. Mútua assistência, consider- ação e respeito 23/1276 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_181 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_182 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_182 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_183 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_184 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_185 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_186 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_187 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_188 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_189 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_190 OEBPS/Text/../Text/111491786.html#sigil_toc_id_191 OEBPS/Text/../Text/111491811.html#sigil_toc_id_197 OEBPS/Text/../Text/111491811.html#sigil_toc_id_198 OEBPS/Text/../Text/111491811.html#sigil_toc_id_199 OEBPS/Text/../Text/111491811.html#sigil_toc_id_200 OEBPS/Text/../Text/111491811.html#sigil_toc_id_201 OEBPS/Text/../Text/111491811.html#sigil_toc_id_202 OEBPS/Text/../Text/111491811.html#sigil_toc_id_202 OEBPS/Text/../Text/111491811.html#sigil_toc_id_203 OEBPS/Text/../Text/111491811.html#sigil_toc_id_203 11.3. 4. Sustento, guarda e educação dos filhos Leitura complementar 12. INVALIDADE DO CASAMENTO 12.1. Tentativa conceitual 12.2. Casamento inexistente 12.2. 1. Diversidade de sexo 12.2. 2. Autoridade competente 12.2. 3. Declaração de vontade 12.3. Casamento existente 12.4. Casamento nulo e anulável 12.4. 1. Nulo 12.4. 2. Anulável 12.5. Efeitos quanto aos filhos 12.6. Casamento putativo 12.7. Ação de nulidade e de anulação 12.7. 1. Legitimidade 12.7. 2. Ônus da prova 12.7. 3. Interesse de agir 12.7. 4. Efeitos da sentença 12.8. Alimentos Leitura complementar 24/1276 OEBPS/Text/../Text/111491811.html#sigil_toc_id_204 OEBPS/Text/../Text/111491811.html#sigil_toc_id_204 OEBPS/Text/../Text/111491811.html#sigil_toc_id_205 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_210 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_211 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_212 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_213 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_214 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_215 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_216 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_217 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_218 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_219 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_220 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_221 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_222 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_223 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_224 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_225 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_226 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_227 OEBPS/Text/../Text/111491822.html#sigil_toc_id_228 13. DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO 13.1. Visão histórica 13.2. O extinto instituto da separação 13.2. 1. Reconciliação 13.2. 2. Conversão da separação em divórcio 13.2. 3. Aspectos intertemporais 13.3. Fim do casamento 13.4. Separação de fato 13.5. Separação de corpos 13.6. Divórcio 13.7. Divórcio por mútuo consentimento 13.7.1. Recusa de homologação 13.8. Divórcio judicial 13.8.1. Legitimidade extraordinária 13.9. Ação de divórcio 13.9.1. Divórcio consensual 13.9.2. Divórcio contencioso 13.10. Divórcio extrajudicial 13.11. Morte Leitura complementar 14. UNIÃO ESTÁVEL 25/1276 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_243 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_244 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_245 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_246 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_247 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_247 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_248 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_249 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_250 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_251 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_252 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_253 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_254 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_255 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_256 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_257 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_258 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_259 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_260 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_261 OEBPS/Text/../Text/111491862.html#sigil_toc_id_262 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_271 14.1. Visão histórica 14.2. Aspectos constitucionais 14.3. Legislação infraconstitucional 14.4. Tentativaconceitual 14.5. Questões terminológicas 14.6. Características 14.7. Estado civil 14.8. Nome 14.9. Impedimentos 14.10. Direitos e deveres 14.11. Efeitos patrimoniais 14.12. Reflexos sucessórios 14.13. Contrato de convivência 14.14. Contrato de namoro 14.15. Indenização por serviços prestados 14.16. A Súmula 380 14.17. Conversão em casamento 14.18. Ação de reconhecimento e dissolução 14.19. Partilha de bens 14.20. Obrigação alimentar 26/1276 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_272 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_273 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_274 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_275 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_276 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_277 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_278 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_279 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_280 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_281 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_282 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_283 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_284 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_285 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_286 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_286 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_287 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_288 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_289 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_289 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_290 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_291 14.21. Tutelas provisórias Leitura complementar 15. FAMÍLIA HOMOAFETIVA 15.1. Tentativa conceitual 15.2. Previsão constitucional 15.3. Omissão legal 15.4. Via judicial 15.5. Avanços jurisprudenciais 15.6. As decisões das Cortes Superiores 15.7. Legalização 15.8. Estatuto da Diversidade Sexual Leitura complementar 16. FAMÍLIAS SIMULTÂNEAS 16.1. Família invisível 16.2. Sociedade de afeto e não sociedade de fato 16.3. Poliamor 16.4. Partilha de bens Leitura complementar 17. FAMÍLIA MONOPARENTAL 17.1. Origem e conceito 17.2. Divórcio 27/1276 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_292 OEBPS/Text/../Text/111491864.html#sigil_toc_id_293 OEBPS/Text/../Text/111491872.html#sigil_toc_id_299 OEBPS/Text/../Text/111491872.html#sigil_toc_id_300 OEBPS/Text/../Text/111491872.html#sigil_toc_id_301 OEBPS/Text/../Text/111491872.html#sigil_toc_id_302 OEBPS/Text/../Text/111491872.html#sigil_toc_id_303 OEBPS/Text/../Text/111491872.html#sigil_toc_id_304 OEBPS/Text/../Text/111491872.html#sigil_toc_id_305 OEBPS/Text/../Text/111491872.html#sigil_toc_id_306 OEBPS/Text/../Text/111491872.html#sigil_toc_id_307 OEBPS/Text/../Text/111491872.html#sigil_toc_id_308 OEBPS/Text/../Text/111491976.html#sigil_toc_id_315 OEBPS/Text/../Text/111491976.html#sigil_toc_id_316 OEBPS/Text/../Text/111491976.html#sigil_toc_id_317 OEBPS/Text/../Text/111491976.html#sigil_toc_id_317 OEBPS/Text/../Text/111491976.html#sigil_toc_id_318 OEBPS/Text/../Text/111491976.html#sigil_toc_id_319 OEBPS/Text/../Text/111491976.html#sigil_toc_id_320 OEBPS/Text/../Text/111492022.html#sigil_toc_id_325 OEBPS/Text/../Text/111492022.html#sigil_toc_id_326 OEBPS/Text/../Text/111492022.html#sigil_toc_id_327 17.3. Adoção 17.4. Solteiros 17.5. Inseminação artificial 17.6. Uniões homoafetivas 17.7. Irmãos, tios e avós 17.8. Proteção estatal Leitura complementar 18. REGIME DE BENS 18.1. Visão histórica 18.2. Tentativa conceitual 18.2.1. Meação 18.3. Disposições gerais 18.3.1. Diferenças entre os regimes 18.3.2. Administração 18.3.3. Vedações - Bens imóveis 18.3.4. Vedações - Aval e fiança 18.3.5. Vedações - Doações 18.4. Pacto antenupcial 18.5. Comunhão parcial 18.6. Comunhão universal 18.7. Participação final nos aquestos 18.8. Separação de bens 28/1276 OEBPS/Text/../Text/111492022.html#sigil_toc_id_328 OEBPS/Text/../Text/111492022.html#sigil_toc_id_329 OEBPS/Text/../Text/111492022.html#sigil_toc_id_330 OEBPS/Text/../Text/111492022.html#sigil_toc_id_331 OEBPS/Text/../Text/111492022.html#sigil_toc_id_332 OEBPS/Text/../Text/111492022.html#sigil_toc_id_333 OEBPS/Text/../Text/111492022.html#sigil_toc_id_334 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_344 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_345 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_346 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_347 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_348 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_349 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_350 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_351 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_352 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_353 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_354 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_355 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_356 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_357 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_358 18.9. Separação obrigatória de bens 18.10. A Súmula 377 18.11. Alteração do regime de bens 18.11. 1. Ação de alteração Leitura complementar 19. PARTILHA DE BENS 19.1. Questões patrimoniais 19.2. Mancomunhão 19.3. Uso exclusivo de bem comum 19.4. Sub-rogação 19.5. Dívidas e encargos 19.6. FGTS, verbas rescisórias e créditos trabalhistas 19.7. Ativos financeiros 19.8. Acervo societário 19.9. Outros bens e direitos 19.10. Desconsideração da personalidade jurídica: Disregard 19.11. Edificação em imóvel de terceiros 19.12. Promessa de doação 19.13. Usucapião familiar 19.14. Aspectos processuais 29/1276 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_359 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_360 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_361 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_362 OEBPS/Text/../Text/111492480.html#sigil_toc_id_363 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_369 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_370 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_371 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_372 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_373 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_374 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_375 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_375 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_376 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_377 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_378 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_379 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_379 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_380 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_381 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_382 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_383 19.14.1. Ação de partilha 19.14.2. Ação de anulação da partilha Leitura complementar 20. BEM DE FAMÍLIA 20.1. Tentativa conceitual 20.2. Mínimo vital 20.3. Espécies de impenhorabilidade 20.4. Convencional 20.4.1. Instituição 20.4.2. Extinção 20.5. Legal 20.6. Beneficiários 20.7. Rural 20.8. Dívida alimentar 20.9. Aspectos processuais Leitura complementar 21. RELAÇÕES DE PARENTESCO 21.1. Tentativa conceitual 21.2. Classificação 21.2.1. Natural e civil 21.2.2. Biológico ou consanguíneo 30/1276 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_384 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_385 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_385 OEBPS/Text/../Text/111492585.html#sigil_toc_id_386 OEBPS/Text/../Text/111492610.html#sigil_toc_id_392 OEBPS/Text/../Text/111492610.html#sigil_toc_id_393 OEBPS/Text/../Text/111492610.html#sigil_toc_id_394 OEBPS/Text/../Text/111492610.html#sigil_toc_id_395 OEBPS/Text/../Text/111492610.html#sigil_toc_id_396 OEBPS/Text/../Text/111492610.html#sigil_toc_id_397 OEBPS/Text/../Text/111492610.html#sigil_toc_id_398 OEBPS/Text/../Text/111492610.html#sigil_toc_id_399 OEBPS/Text/../Text/111492610.html#sigil_toc_id_400 OEBPS/Text/../Text/111492610.html#sigil_toc_id_401 OEBPS/Text/../Text/111492610.html#sigil_toc_id_402 OEBPS/Text/../Text/111492610.html#sigil_toc_id_403 OEBPS/Text/../Text/111492610.html#sigil_toc_id_404 OEBPS/Text/../Text/111492625.html#sigil_toc_id_410OEBPS/Text/../Text/111492625.html#sigil_toc_id_411 OEBPS/Text/../Text/111492625.html#sigil_toc_id_412 OEBPS/Text/../Text/111492625.html#sigil_toc_id_413 OEBPS/Text/../Text/111492625.html#sigil_toc_id_414 21.2.3. Linha reta 21.2.4. Linha colateral 21.2.5. Grau 21.3. Afinidade 21.4. Obrigação alimentar Leitura complementar 22. FILIAÇÃO 22.1. Filiação e reconhecimento dos filhos 22.2. Visão histórica 22.3. Tentativa conceitual 22.4. Planejamento familiar 22.5. Presunções da paternidade 22.6. Estado de filiação e origem genética 22.6.1. Biológica 22.6.2. Registral 22.7. Reprodução assistida 22.7.1. Homóloga 22.7.2. Heteróloga 22.7.3. Gestação por substituição 22.8. Posse do estado de filho 22.9. Socioafetiva 22.10. Homoparental 31/1276 OEBPS/Text/../Text/111492625.html#sigil_toc_id_415 OEBPS/Text/../Text/111492625.html#sigil_toc_id_416 OEBPS/Text/../Text/111492625.html#sigil_toc_id_417 OEBPS/Text/../Text/111492625.html#sigil_toc_id_418 OEBPS/Text/../Text/111492625.html#sigil_toc_id_419 OEBPS/Text/../Text/111492625.html#sigil_toc_id_420 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_429 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_430 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_431 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_432 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_433 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_434 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_435 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_436 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_437 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_438 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_439 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_440 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_441 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_442 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_443 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_444 22.11. Pluriparental ou multiparental Leitura complementar 23. RECONHECIMENTO DOS FILHOS 23.1. Distinções legais 23.2. Reconhecimento voluntário 23.3. Legitimidade 23.4. Formas 23.5. Consentimento 23.6. Impugnação Leitura complementar 24. DECLARAÇÃO DA PARENTALIDADE 24.1. Uma justificativa 24.2. Interesses em conflito 24.3. Verdade real, jurídica, presumida e afetiva 24.4. Ação do filho 24.5. Ação do pai 24.6. Ação da mãe 24.7. Ação declaratória da ascendência genética 24.8. Declaratória da filiação socioafetiva 24.9. Relativização da coisa julgada 32/1276 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_445 OEBPS/Text/../Text/111492640.html#sigil_toc_id_446 OEBPS/Text/../Text/111492654.html#sigil_toc_id_452 OEBPS/Text/../Text/111492654.html#sigil_toc_id_453 OEBPS/Text/../Text/111492654.html#sigil_toc_id_454 OEBPS/Text/../Text/111492654.html#sigil_toc_id_455 OEBPS/Text/../Text/111492654.html#sigil_toc_id_456 OEBPS/Text/../Text/111492654.html#sigil_toc_id_457 OEBPS/Text/../Text/111492654.html#sigil_toc_id_458 OEBPS/Text/../Text/111492654.html#sigil_toc_id_459 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_466 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_467 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_468 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_469 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_469 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_470 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_471 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_472 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_473 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_473 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_474 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_475 24.10. Prescrição 24.11. Competência 24.12. Litisconsórcio 24.13. Ônus da prova 24.14. Exceptio plurium concubentium 24.15. Revelia 24.16. Exame de DNA 24.17. Desistência da ação 24.18. Averiguação judicial da paternidade 24.19. Alimentos Leitura complementar 25. PODER FAMILIAR 25.1. Visão histórica 25.2. Tentativa conceitual 25.3. Código Civil e Estatuto da Criança e do Adolescente 25.4. Pais separados 25.5. Exercício 25.5.1. Responsabilidade civil 25.6. Usufruto e administração de bens 25.7. Suspensão e extinção 33/1276 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_476 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_477 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_478 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_479 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_480 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_481 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_482 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_483 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_484 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_484 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_485 OEBPS/Text/../Text/111492679.html#sigil_toc_id_486 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_491 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_492 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_493 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_494 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_494 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_495 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_496 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_497 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_498 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_499 25.7.1. Suspensão 25.7.2. Perda 25.8. Lei da palmada ou Lei Menino Bernardo 25.9. Ação de suspensão e destituição Leitura complementar 26. ADOÇÃO 26.1. Visão histórica 26.1.1. A realidade atual 26.2. Tentativa conceitual 26.3. Unilateral 26.4. De maiores 26.5. Internacional 26.6. Póstuma 26.7. "À brasileira" ou afetiva 26.8. Dirigida ou intuitu personae 26.9. Homoparental 26.10. Filho de "criação" 26.11. De nascituro 26.12. Lei Nacional da Adoção 26.13. Cadastros 26.14. Procedimentos para a adoção 34/1276 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_500 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_501 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_502 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_502 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_503 OEBPS/Text/../Text/111492685.html#sigil_toc_id_504 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_517 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_518 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_519 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_520 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_521 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_522 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_523 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_524 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_525 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_526 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_527 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_528 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_529 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_530 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_531 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_532 26.14.1. Habilitação 26.14.2. Ação de adoção 26.14.3. Recursos 26.15. Manifestação de vontade da genitora 26.16. Destituição do poder familiar 26.17. Declaração da ascendência genética 26.18. Benefícios legais 26.19. Parto anônimo Leitura complementar 27. PROTEÇÃO DOS FILHOS 27.1. Visão histórica 27.2. Tentativa conceitual 27.3. Guarda (convivência familiar) 27.4. Guarda unilateral 27.5. Convivência compartilhada 27.5.1. Igualdade parental 27.6. Direito de convivência (visitas) 27.7. Estatuto da Criança e do Adolescente 27.8. Competência 35/1276 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_533 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_534 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_535 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_536 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_536 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_537 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_538 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_538 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_539 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_540 OEBPS/Text/../Text/111492698.html#sigil_toc_id_541 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_555 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_556OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_557 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_558 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_559 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_560 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_561 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_562 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_563 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_563 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_564 27.9. Ação de estabelecimento do regime de convivência (guarda) 27.10. Execução do regime de convivên- cia (visitas) 27.11. Busca e apreensão 27.12. Autorização de viagem 27.13. Dano afetivo 27.14. Alienação parental Leitura complementar 28. ALIMENTOS 28.1. Visão histórica 28.2. Tentativa conceitual 28.3. Natureza jurídica 28.4. Naturais e civis 28.5. Características 28.5.1. Direito personalíssimo 28.5.2. Solidariedade 28.5.3. Reciprocidade 28.5.4. Proximidade 28.5.5. Alternatividade 28.5.6. Periodicidade 28.5.7. Anterioridade 36/1276 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_565 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_565 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_566 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_566 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_567 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_568 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_569 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_570 OEBPS/Text/../Text/111492700.html#sigil_toc_id_571 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_586 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_587 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_588 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_589 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_590 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_591 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_592 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_593 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_594 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_595 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_596 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_597 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_598 28.5.8. Atualidade 28.5.9. Inalienabilidade 28.5.10. Irrepetibilidade 28.5.11. Irrenunciabilidade 28.5.12. Transmissibilidade 28.6. Culpa 28.7. Casamento 28.8. Divórcio 28.9. Nulidade do casamento 28.10. União estável 28.11. Obrigação dos pais 28.12. Paternidade socioafetiva 28.13. Nascituro 28.14. Alimentos gravídicos 28.15. Obrigação dos avós 28.16. Obrigação dos parentes 28.16.1. Obrigação dos irmãos, tios, sobrinhos e primos 28.16.2. Obrigação dos parentes por afinidade 28.17. Em favor do idoso 28.18. Obrigação do Estado 37/1276 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_599 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_600 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_601 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_602 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_603 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_604 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_605 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_606 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_607 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_608 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_609 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_610 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_611 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_612 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_613 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_614 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_615 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_615 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_616 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_616 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_617 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_618 28.19. Compensatórios 28.20. Transitórios 28.21. Intuitu familiae 28.22. Quantificação 28.23. Proporcionalidade-necessidade- possibilidade 28.24. Ação de alimentos 28.24.1. Legitimidade 28.24.2. Procedimento155 28.25. Competência 28.26. Ônus da prova 28.27. Definitivos e provisórios 28.28. Termo inicial 28.29. Base de incidência 28.29.1. Imposto de renda 28.30. Litisconsórcio 28.31. Chamamento a integrar a lide 28.32. Oferta de alimentos 28.33. Extinção da obrigação alimentar 28.34. Título executivo 28.35. Liquidez e certeza 28.36. Execução 38/1276 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_619 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_620 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_621 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_622 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_623 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_623 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_624 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_625 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_626 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_627 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_628 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_629 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_630 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_631 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_632 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_633 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_634 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_635 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_636 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_637 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_638 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_639 28.36.1. Cumprimento da sentença 28.36.2. Execução de título extrajudicial 28.36.3. Coação pessoal 28.36.4. Expropriação 28.36.5. Uma solução viável 28.37. Exceção de pré-executividade 28.38. Crime de abandono 28.39. Prescrição 28.40. Ação revisional e exoneratória 28.41. Coisa julgada 28.42. Proporcionalidade e coisa julgada 28.43. Prestação de contas Leitura complementar 29. DIREITO DO IDOSO 29.1. Tentativa conceitual 29.2. Doutrina da proteção integral 29.3. Estatuto do Idoso 29.4. Idoso na justiça 29.5. Alimentos 29.6. Direito de casar 39/1276 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_640 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_641 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_641 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_642 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_643 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_644 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_645 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_646 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_647 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_648 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_649 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_650 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_651 OEBPS/Text/../Text/111492715.html#sigil_toc_id_652 OEBPS/Text/../Text/111492728.html#sigil_toc_id_658 OEBPS/Text/../Text/111492728.html#sigil_toc_id_659 OEBPS/Text/../Text/111492728.html#sigil_toc_id_660 OEBPS/Text/../Text/111492728.html#sigil_toc_id_661 OEBPS/Text/../Text/111492728.html#sigil_toc_id_662 OEBPS/Text/../Text/111492728.html#sigil_toc_id_663 OEBPS/Text/../Text/111492728.html#sigil_toc_id_664 29.7. Alienação parental e abandono afetivo 29.8. Tutela e curatela Leitura complementar 30. DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS AVÓS 30.1. Aspectos históricos 30.2. Direito à ancestralidade 30.3. Obrigação alimentar 30.4. Direito de convivência (visitas) 30.5. Guarda 30.6. Tutela e curatela Leitura complementar 31. TUTELA 31.1. Tentativa conceitual 31.2. Doutrina da proteção integral 31.3. Estatuto da Criança e do Adolescente 31.4. Compartilhada 31.5. Espécies 30.5.1. Documental 30.5.2. Testamentária 31.5.3. Legítima 40/1276 OEBPS/Text/../Text/111492728.html#sigil_toc_id_665 OEBPS/Text/../Text/111492728.html#sigil_toc_id_665 OEBPS/Text/../Text/111492728.html#sigil_toc_id_666 OEBPS/Text/../Text/111492728.html#sigil_toc_id_667 OEBPS/Text/../Text/111492741.html#sigil_toc_id_673 OEBPS/Text/../Text/111492741.html#sigil_toc_id_674 OEBPS/Text/../Text/111492741.html#sigil_toc_id_675 OEBPS/Text/../Text/111492741.html#sigil_toc_id_676OEBPS/Text/../Text/111492741.html#sigil_toc_id_677 OEBPS/Text/../Text/111492741.html#sigil_toc_id_678 OEBPS/Text/../Text/111492741.html#sigil_toc_id_679 OEBPS/Text/../Text/111492741.html#sigil_toc_id_680 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_685 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_686 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_687 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_688 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_688 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_689 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_690 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_691 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_692 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_693 31.5.4. Dativa 31.6. Impedimentos 31.7. Direito de recusa 31.8. Manifestação do tutelado 31.9. Encargos 31.10. Ação de nomeação do tutor 31.11. Exercício 31.12. Prestação de contas 31.13. Cessação 31.14. Destituição Leitura complementar 32. CURATELA 32.1. Tentativa conceitual 32.1.1. Pessoas com deficiência 32.1.2. Pródigo 32.1.3. Casamento 32.2. Espécies 32.2.1. Autocuratela 32.2.2. Curatela compartilhada 32.2.3. Tomada de decisão apoiada 32.2.4. 4Enfermo e pessoa com deficiência 41/1276 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_694 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_695 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_696 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_697 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_698 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_699 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_700 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_701 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_702 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_703 OEBPS/Text/../Text/111492743.html#sigil_toc_id_704 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_716 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_717 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_718 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_719 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_720 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_721 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_722 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_723 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_724 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_725 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_725 32.2.5. Nascituro 32.3. Legitimidade para o exercício da curatela 32.3.1. Cônjuge ou companheiro 32.3.2. Parentes ou tutores 32.3.3. Representante de entidade de abrigamento 32.3.4. Ministério Público 32.4. Exercício 32.5. Prestação de contas 32.6. Ação de curatela 32.6.1. Eficácia da sentença 32.7. Levantamento da curatela 32.8. Incapacidade provisória Leitura complementar 33. ASPECTOS INTERNACIONAIS 33.1. Casamento 33.1.1. No estrangeiro 33.1.2. De estrangeiros 33.2. Divórcio 33.2.1. Partilha de bens 33.3. Guarda e visitação 42/1276 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_726 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_727 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_727 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_728 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_729 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_730 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_730 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_731 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_732 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_733 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_734 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_735 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_736 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_737 OEBPS/Text/../Text/111492746.html#sigil_toc_id_738 OEBPS/Text/../Text/111492749.html#sigil_toc_id_742 OEBPS/Text/../Text/111492749.html#sigil_toc_id_743 OEBPS/Text/../Text/111492749.html#sigil_toc_id_744 OEBPS/Text/../Text/111492749.html#sigil_toc_id_745 OEBPS/Text/../Text/111492749.html#sigil_toc_id_746 OEBPS/Text/../Text/111492749.html#sigil_toc_id_747 OEBPS/Text/../Text/111492749.html#sigil_toc_id_748 33.4. Sequestro Internacional 33.5. Reflexos sucessórios Leitura Complementar 34. QUESTÕES INTERTEMPORAIS Leitura complementar Bibliografia 43/1276 OEBPS/Text/../Text/111492749.html#sigil_toc_id_749 OEBPS/Text/../Text/111492749.html#sigil_toc_id_750 OEBPS/Text/../Text/111492749.html#sigil_toc_id_751 OEBPS/Text/../Text/111492752.html#sigil_toc_id_773 OEBPS/Text/../Text/111492752.html#sigil_toc_id_774 OEBPS/Text/../Text/111493810.html 1. DIREITO DAS FAMÍLIAS SUMÁRIO: 1.1 Origem do direito - 1.2 Lacunas - 1.3 Origem da família - 1.4 Origem do direito das famílias - 1.5 Evolução legislativa - 1.6 Tentativa conceitual - 1.7 Natureza Jurídica - 1.8 Conteúdo - 1.9 Constitucionalização - Leitura complementar. Referências legais: CF 226; CC 1.511 a 1.783; CPC 178 I, 53 I e II, 189 II, 345 II, 392, 506, 528 a 533, 693 a 699, 731 a 734, 747 a 764, 911 a 913, 1.048 I e II; L 11.340/06 5.º III. 1.1. Origem do direito O direito é a mais eficaz técnica para o Estado cumprir sua im- portante função de organizar a vida em sociedade. Para isso impõe pautas de condutas, nada mais do que regras de comportamento a serem respeitadas por todos. O ordenamento jurídico - verdadeiro in- terdito proibitório dos impulsos que podem inviabilizar o convívio social1 - possibilita a vida em sociedade. É composto de uma infinid- ade de normas que, na bela comparação de Norberto Bobbio, como as estrelas no céu, jamais alguém consegue contar.2 O legislador "carimba" - para usar a expressão de Pontes de Mir- anda - os fatos da vida, transformando-os em normas jurídicas mediante o estabelecimento de sanções. O direito adjetiva os fatos para que sejam jurídicos.3 Ainda que o Estado tenha o dever de regular as relações in- terpessoais, precisa respeitar a dignidade, o direito à liberdade e à igualdade de todos e de cada um. Tem a obrigação de garantir o direito à vida, não só vida como mero substantivo, mas vida de forma adjetivada: vida digna, vida feliz! A norma escrita não tem o dom de aprisionar e conter os desejos, as angústias, as emoções, as realidades e as inquietações do ser humano.4 Daí o surgimento de normas que não criam deveres, mas simplesmente descrevem valores, tendo os direitos humanos se tornado a espinha dorsal da produção normativa contemporânea.5 1.2. Lacunas Em tese, o Direito deve abarcar todas as situações fáticas em seu âmbito de regulamentação. Daí a instituição de modelos preestabelecidos de relações juridicamente relevantes, a sustentar o mito da completude do ordenamento legal. Mas há um descom- passo. A realidade sempre antecede o direito. Atos e fatos tornam-se jurídicos a partir do agir das pessoas de modo reiterado. Ainda que a lei tente prever todas as situações dignas de tutela, as relações soci- ais são muito mais ricas e amplas do que é possível conter uma le- gislação.6 A realidade é dinâmica e a moldura dos valores juridica- mente relevantes torna-se demasiado estreita para a riqueza dos fa- tos concretos.7 A existência de lacunas no direito é decorrência ló- gica do sistema e surge no momento da aplicação do direito a um caso sub judice não previsto pela ordem jurídica.8 Quando o legislador se omite não se está a frente do que se chama de silêncio eloquente: que determinada situação da vida não é merecedora de reconhecimento. Não. Muitas vezes é mero desleixo ou preconceito. Vã tentativa de fazer desaparecer situações de vida dignas de tutela. O fato de não haver previsão legal para situações específicas não significa inexistência de direito. A falta de previsão legislativa não pode servir de justificativa para o juiz negar a prestação jurisdicional ou deixar de reconhecer a existência de direito merecedor da chancela jurídica. O silêncio do legislador deve ser suprido pelo juiz, que cria a lei para o caso que se apresenta a julgamento. Como esta atividade ligiferante ao caso concreto é 45/1276 determinada pela lei, não há que se falar em ativismo judicial sempre que o juiz decide sem que disponha de previsão legal. Aliás, esta é a sua missãomaior, constitui a função criadora da Justiça. Por isso as lacunas precisam ser colmatadas, isto é, preenchi- das pelo juiz, que não pode negar proteção e nem deixar de asse- gurar direitos sob a alegação de ausência de lei. É o que se chama de non liquet.9 Toda a vez que o juiz se depara com uma lei defi- ciente, está autorizado a exercer, dentro de certos limites, a função de legislador, a efetuar, no seu lugar, juízos de valor e decisões de vontade.10 Ausência de lei não quer dizer ausência de direito, nem impede que se extraiam efeitos jurídicos de determinada situação fática. A lei processual deixou de indicar os caminhos a percorrer (CPC 140), como faz a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 4.º: analogia, costumes e princípios gerais de direito. Ainda as- sim deve o juiz se socorrer dos princípios constitucionais que es- tão no vértice do sistema. No contexto de um Estado Democrático de Direito, em que impera a legalidade material, os princípios servem de parâmetro normativo para aferição da validade de toda e qualquer norma jurídica, ocasionando a inconstitucionalidade de todos os dis- positivos que lhes são contrários.11 Com a constitucionalização do direito civil, os princípios elenca- dos na Constituição tornaram-se fontes normativas. Diante do vazio da lei, nem a interpretação gramatical, nem a sistemática, nem a histórica servem. O moderno jurista prefere o chamado método tele- ológico, que se constituiu em um método pluridimensional.12 Surge daí a proibição de retrocesso social, como garantia constitucional. 46/1276 1.3. Origem da família Manter vínculos afetivos não é uma prerrogativa da espécie hu- mana. Sempre existiu o acasalamento entre os seres vivos, seja em decorrência do instinto de perpetuação da espécie, seja pela ver- dadeira aversão que todos têm à solidão. Parece que as pessoas só são felizes quando têm alguém para amar. Mesmo sendo a vida aos pares um fato natural, em que os indi- víduos se unem por uma química biológica, a família é um agrupa- mento informal, de formação espontânea no meio social, cuja estru- turação se dá através do direito. No dizer de Giselda Hironaka, não importa a posição que o indivíduo ocupa na família, ou qual a es- pécie de grupamento familiar a que ele pertence - o que importa é pertencer ao seu âmago, é estar naquele idealizado lugar onde é possível integrar sentimentos, esperanças, valores e se sentir, por isso, a caminho da realização de seu projeto de felicidade.13 A lei, como vem sempre depois do fato e procura congelar a real- idade, tem um viés conservador. Mas a realidade se modifica, o que necessariamente acaba se refletindo na lei. Por isso a família juridic- amente regulada nunca consegue corresponder à família natural, que preexiste ao Estado e está acima do direito. A família é uma construção cultural. Dispõe de estruturação psíquica, na qual todos ocupam um lugar, possuem uma função - lugar do pai, lugar da mãe, lugar dos filhos -, sem, entretanto, estarem necessariamente ligados biologicamente.14 É essa estrutura familiar que interessa investigar e preservar em seu aspecto mais significativo, como um LAR: Lugar de Afeto e Respeito. A própria organização da sociedade se dá em torno da estrutura familiar. Em determinado momento histórico o intervencionismo es- tatal instituiu o casamento como regra de conduta.15 Uma con- venção social para organizar os vínculos interpessoais. A família 47/1276 formal era uma invenção demográfica, pois somente ela permitiria à população se multiplicar.16 Essa foi a forma encontrada para impor limites ao homem, ser desejante que, na busca do prazer, tende a fazer do outro um objeto. É por isso que o desenvolvimento da civiliz- ação impõe restrições à total liberdade, e a lei jurídica exige que ninguém fuja dessas restrições.17 Em uma sociedade conservadora, para merecer aceitação social e reconhecimento jurídico, o núcleo familiar dispunha de perfil hier- arquizado e patriarcal. Necessitava ser chancelado pelo que se convencionou chamar de matrimônio. A família tinha formação ex- tensiva, verdadeira comunidade rural, integrada por todos os par- entes, formando unidade de produção, com amplo incentivo à procriação. Tratava-se de uma entidade patrimonializada, cujos membros representavam força de trabalho. O crescimento da família ensejava melhores condições de sobrevivência a todos. Este quadro não resistiu à revolução industrial, que fez aument- ar a necessidade de mão de obra, principalmente para desempenhar atividades terciárias. Foi assim que a mulher ingressou no mercado de trabalho, deixando o homem de ser a única fonte de subsistência da família. A estrutura da família se alterou. Tornou-se nuclear, re- strita ao casal e a sua prole. Acabou a prevalência do seu caráter produtivo e reprodutivo. A família migrou do campo para as cidades e passou a conviver em espaços menores. Isso levou à aproximação dos seus membros, sendo mais prestigiado o vínculo afetivo que envolve seus integrantes. Surge a concepção da família formada por laços afetivos de carinho, de amor.18 A valorização do afeto deixou de se limitar apenas ao momento de celebração do matrimônio, de- vendo perdurar por toda a relação. Disso resulta que, cessado o afeto, está ruída a base de sustentação da família, e a dissolução do vínculo do casamento é o único modo de garantir a dignidade da pessoa.19 48/1276 1.4. Origem do direito das famílias Como a linguagem condiciona o pensamento, é necessário sub- trair qualquer adjetivação ao substantivo família e simplesmente falar em famílias. Como refere Jones Figueirêdo Alves, apenas uma consoante a mais sintetiza a magnitude das famílias em suas multifa- cetadas formatações.20 Deste modo a expressão direito das famílias é a que melhor atende à necessidade de enlaçar, no seu âmbito de proteção, as famílias, todas elas, sem discriminação, tenha a formação que tiver. A família é o primeiro agente socializador do ser humano.21 So- mente com a passagem do estado da natureza para o estado da cul- tura foi possível a estruturação da família. A primeira lei de direito das famílias é conhecida como a lei-do-pai, uma exigência da civiliz- ação na tentativa de reprimir as pulsões e o gozo por meio da supressão dos instintos.22 A interdição do incesto funda o psiquismo e simboliza a inserção do ser humano no mundo da cul- tura.23 A família é cantada e decantada como a base da sociedade e, por essa razão, recebe especial proteção do Estado (CF 226). A pró- pria Declaração Universal dos Direitos do Homem estabelece (XVI 3): A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado. Sempre se considerou que a maior missão do Estado é preservar o organismo familiar sobre o qual repousam suas bases.24 A família é tanto uma estru- tura pública como uma relação privada, pois identifica o indivíduo como integrante do vínculo familiar e também como partícipe do con- texto social. O direito das famílias, por dizer respeito a todos os cidadãos, revela-se como o recorte da vida privada que mais se presta às expectativas e mais está sujeito a críticas de toda sorte.25 49/1276 O influxo da chamada globalização impõe constante alteração de regras, leis e comportamentos. No entanto, a mais árdua tarefa é mudar as regras do direito das famílias. Isto porque é o ramo do direito que diz com a vida das pessoas, seus sentimentos, enfim, com a alma do ser humano. O legislador não consegue acompanhar a realidade social nem contemplar as inquietações da família contemporânea. A sociedade evolui, transforma-se, rompe com tradições e amar- ras, o que gera a necessidade de oxigenaçãodas leis. A tendência é simplesmente proceder à atualização normativa, sem absorver o espírito das silenciosas mudanças alcançadas no seio social, o que fortalece a manutenção da conduta de apego à tradição legalista, moralista e opressora da lei.26 Quando se fala de relações afetivas - afinal, é disso que trata o direito das famílias -, a missão é muito maisdelicada, em face dos reflexos comportamentais que interferem na própria estrutura da sociedade. Como adverte Sérgio Gischkow Pereira, o regramento jurídico da família não pode insistir, em perni- ciosa teimosia, no obsessivo ignorar das profundas modificações cul- turais e científicas, petrificado, mumificado e cristalizado em um mundo irreal, ou sofrerá do mal da ineficácia.27 Porém, é preciso demarcar o limite de intervenção do direito na organização familiar para que as normas estabelecidas não inter- firam em prejuízo da liberdade do "ser" sujeito.28 A esfera privada das relações conjugais começa a repudiar a interferência do público.29 Ainda que tenha o Estado interesse na preservação da família, cabe indagar se dispõe de legitimidade para invadir a auréola de privacidade e de intimidade das pessoas. É necessário redesenhar o seu papel, devendo ser redimensionado, na busca de implementar, na prática, participação minimizante de sua faceta in- terventora no seio familiar.30 Compreender a evolução do direito das famílias deve ter como premissa a construção e a aplicação de 50/1276 uma nova cultura jurídica, que permita conhecer a proposta de pro- teção às entidades familiais, estabelecendo um processo de reper- sonalização dessas relações, devendo centrar-se na manutenção do afeto, sua maior preocupação.31 Talvez não mais existam razões morais, religiosas, políticas, físicas ou naturais, que justifiquem a excessiva e indevida ingerência na vida das pessoas. Uma verdadeira estatização do afeto. O grande problema reside em encontrar, na estrutura formalista do sis- tema jurídico, o modo de proteger sem sufocar e de regular sem en- gessar.32 O formato hierárquico da família cedeu lugar à sua demo- cratização, e as relações são muito mais de igualdade e de respeito mútuo. O traço fundamental é a lealdade. 1.5. Evolução legislativa O antigo Código Civil, que datava de 1916, regulava a família do início do século passado. Em sua versão original, trazia estreita e discriminatória visão da família, limitando-a ao casamento. Impedia sua dissolução, fazia distinções entre seus membros e trazia quali- ficações discriminatórias às pessoas unidas sem casamento e aos filhos havidos dessas relações.33 As referências feitas aos vínculos extramatrimoniais e aos filhos ilegítimos eram punitivas e serviam exclusivamente para excluir direitos, na vã tentativa da preservação da família constituída pelo casamento. A evolução pela qual passou a família acabou forçando suces- sivas alterações legislativas. A mais expressiva foi o Estatuto da Mulher Casada (L 4.121/62), que devolveu a plena capacidade à mulher casada e deferiu-lhe bens reservados a assegurar-lhe a pro- priedade exclusiva dos bens adquiridos com o fruto de seu trabalho. 51/1276 A instituição do divórcio (EC 9/77 e L 6.515/77) acabou com a in- dissolubilidade do casamento, eliminando a ideia da família como in- stituição sacralizada. A Constituição Federal de 1988, como diz Zeno Veloso, num único dispositivo, espancou séculos de hipocrisia e preconceito.34 Instaurou a igualdade entre o homem e a mulher e esgarçou o conceito de família, passando a proteger de forma igualitária todos os seus membros. Estendeu proteção à família constituída pelo casamento, bem como à união estável entre o homem e a mulher e à comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes, que recebeu o nome de família monoparental. Consagrou a igualdade dos filhos, havidos ou não do casamento, ou por adoção, garantindo-lhes os mesmos direitos e qualificações. Essas profundas modificações acabaram derrogando inúmeros dispositivos da legis- lação então em vigor, por não recepcionados pelo novo sistema jurídico. Como lembra Luiz Edson Fachin, após a Constituição, o Código Civil perdeu o papel de lei fundamental do direito de família.35 O fato de não ter sido alterada a legislação infraconstitucional não emprestou sobrevida à separação, mas a resistência de alas conser- vadoras insistem em afirmar a permanência do instituto já sepultado pela jurisprudência. O Código Civil, pelo tempo que tramitou e pelas modificações profundas que sofreu, já nasceu velho. Procurou atualizar os aspec- tos essenciais do direito de família, mas não deu o passo mais ou- sado, nem mesmo em direção aos temas constitucionalmente con- sagrados: operar a subsunção, à moldura da norma civil, de con- struções familiares existentes desde sempre, embora completamente ignoradas pelo legislador infraconstitucional.36 Talvez o grande ganho tenha sido excluir expressões e concei- tos que causavam grande mal-estar e não mais podiam conviver 52/1276 com a nova estrutura jurídica e a moderna conformação da so- ciedade. Foram sepultados dispositivos que já eram letra morta e que retratavam ranços e preconceitos, como as referências desigual- itárias entre o homem e a mulher, as adjetivações da filiação, o re- gime dotal etc. A possibilidade de a dissolução do casamento ocorrer extrajudi- cialmente37 subtraiu do Judiciário o monopólio de acabar com a so- ciedade conjugal. Mas foi a Emenda Constitucional 6638 que final- mente eliminou o arcaico instituto da separação, consagrando o di- vórcio como a única forma de acabar com o matrimônio. Com isso não há nem prazos, nem a necessidade de identificar causas para dissolver-se o vínculo matrimonial. O Código de Processo Civil, de forma equivocada, sete vezes faz referência à separação, o que, às claras, não faz ressuscitar este instituto. A lei de ritos não tem este condão. Necessário reconhecer que as referências dizem com a separação de fato e a separação de corpos. Mas no âmbito do direito das famílias, o estatuto processual tem um mérito. Concedeu um capítulo às ações de família (CPC 693 a 699), impõe que as partes, ao se qualificarem, declinem se vivem em união estável. O maior pecado foi não agilizar a execução de alimen- tos, mesmo trazendo o cumprimento da decisão judicial que fixa ali- mentos (CPC 528 a 533) e a execução de título executivo extrajudi- cial (CPC 911 a 914). De resto, pouco avanços trouxe. 1.6. Tentativa conceitual Dispondo a família de formatações das mais diversas, também o direito das famílias precisa ter espectro cada vez mais abrangente. Assim, é difícil sua definição sem incidir num vício de lógica. Como esse ramo do direito disciplina a organização da família, conceitua- 53/1276 se o direito de família com o próprio objeto a definir.39 Em con- sequência, mais do que uma definição, acaba sendo feita a enumer- ação dos vários institutos que regulam não só as relações entre pais e filhos, mas também entre cônjuges e conviventes, ou seja, a relação das pessoas ligadas por um vínculo de consanguinidade, afinidade ou afetividade. Como a sociedade só aceitava a família constituída pelo mat- rimônio, a lei regulava somente o casamento, as relações de filiação e o parentesco. O reconhecimento social dos vínculos afetivos form- ados sem o selo da oficialidade fez as relações extramatrimoniais ingressarem no mundo jurídico por obra da jurisprudência, o que le- vou a Constituição a albergar no conceito de entidade familiar o que chamou de união estável. Viu-se então o legislador na contingência de regulamentar esse instituto e integrá-lo no Livro do Direito de Família. No entanto, olvidou-se de disciplinar as famílias monopar- entais, reconhecidas pela Constituição como entidades familiares. Igualmente, nada traz sobre as famílias homoafetivas, que de há muito foram inseridas no âmbito do direito das famílias por obra da jurisprudência. O fato é que a família, apesar do que muitos dizem, não está em decadência. Ao contrário, houve a repersonalização das relações fa- miliares na busca do atendimento aos interesses mais valiosos das pessoas humanas: afeto, solidariedade, lealdade, confiança, respeito e amor. 1.7. Natureza jurídica Apesar de constantemente ser denunciada a irrelevância ou o de- saparecimento da importância de tal classificação, persiste a antiga discussão: o direito das famílias pertence ao direito público
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