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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS – CCT GEOGRAFIA – LICENCIATURA DISCIPLINA: GEOMORFOLOGIA LITORÂNEA NOME: GRAZIELA FERREIRA DE SOUZA RESENHA: PANORAMA DA EROSÃO COSTEIRA NO BRASIL (CAPÍTULO: CEARÁ) BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Ceará. In: Panorama da erosão costeira no Brasil. Org. Dieter Muehe. Biblioteca do Ministério do Meio Ambiente. Brasília, 2018. Em 2018 o Ministério do Meio Ambiente lançou um ebook intitulado: “Panorama da erosão costeira no Brasil”. O livro aborda o cenário da erosão costeira ao longo de alguns Estados brasileiros, entre eles o Estado do Ceará. O capítulo concernente ao Ceará foi subdividido em dois tópicos: a caracterização fisiográfica, e a compartimentação do litoral. O segundo tópico (compartimentação do litoral) se refere aos 4 setores que foram compartimentados ao longo do livro, que tiveram como sustentação o limite das bacias hidrográficas, as mudanças na direção da linha de costa, e a ocupação do litoral. Os setores são os seguintes: linha de costa entre os municípios de Barroquinha e Acaraú (Setor 1), linha de costa entre os municípios de Itarema e Paracuru (Setor 2), linha de costa entre os municípios de São Gonçalo do Amarante e Cascavel (Setor 3), e por fim, a linha de costa entre os municípios de Beberibe e Icapuí (Setor 4). No resumo do Capítulo abordado, é destacado sobre os aspectos descritivos das principais feições fisiográficas e geoambientais da zona costeira cearense. De acordo com o texto, a costa é classificada como retilínea, com praias arenosas, com dunas de várias gerações, planícies estuarinas, entre outras classificações. É sabido que as rochas de praia (beachrocks) constituem algumas das evidências da variação do nível relativo do mar, e também constituem os depósitos quaternários, assim como as dunas, as praias, entre outros. No que concerne ao Pré-cambriano, no texto é citado que na praia de Jericoacoara, ele está representado por um serrote de considerável altitude, e o Cenozoico é representado pelo morro Caruru. Ainda sobre algumas das características geoambientais da zona costeira, aponta-se as lagoas, que estão associadas aos aquíferos dunares, as oscilações sazonais das condições climáticas e flutuações do lençol freático, no litoral de Itarema por exemplo, quando as lagoas entram em contato com as águas do mar, possibilitam a colonização de espécies de mangues. (BRASIL, 2018). No tópico 2, que se refere a compartimentação do litoral, é discorrido sobre os setores compartimentados de maneira individual. No setor 1, situado entre as praias dos municípios de Barroquinha e Acaraú, salienta-se que ele recebe contribuição das bacias hidrográficas do rio Coreaú e Acaraú, e também de algumas drenagens que deságuam na linha de costa. Também é destacado que os sedimentos variam entre areias finas e médias, recebendo contribuição das dunas frontais. A faixa de praia é exposta e apresenta plataformas de abrasão e pontais rochosos, os processos de erosão predominam no litoral do município de Acaraú. (BRASIL, 2018). É explanado que na região de Itarema, localizada no setor 2 (entre os municípios de Itarema e Paracuru), há o predomínio de ambientes de cordões arenosos largos, os ambientes que se desenvolvem no contato dos cordões com as drenagens fluviais são chamados de sistemas estuarinos, que “suscitam” em ambientes de manguezais. As atividades da carcinicultura tem influenciado diretamente no desmatamento das áreas com manguezais, provocando também a salinização dos aquíferos. No município de Paracuru, especificamente no setor oeste, foram observados geoindicadores de erosão costeira em setores com ausência de ocupação, com faixas de praia planas e com campos de dunas à retaguarda. (BRASIL, 2018). Vale ressaltar que a erosão costeira pode ser natural, ou/e antrópica, sendo esta última, prejudicial tanto para o ambiente, como para a própria sociedade. No texto é destacado que o setor 3, situado entre os municípios de São Gonçalo do Amarante e Cascavel, apresenta uma elevada vulnerabilidade erosiva, em virtude da urbanização costeira e dos processos de refração nos pontais rochosos. Nesse setor também estão situados o Porto do Mucuripe, o Complexo Portuário e Industrial do Pecém, e várias estruturas de proteção costeira. Os impactos das obras de engenharia associados ao aumento da especulação imobiliária na área de dunas e na pós-praia, promoveram o recuo de aproximadamente 300m da linha de costa nas praias de Itarema, Pacheco e Icaraí. (BRASIL, 2018). Por fim, de acordo com o texto, no setor 4, localizado entre os municípios de Beberibe e Icapuí, há um considerável aumento dos processos erosivos, em virtude da especulação imobiliária, dos passeios de Buggys e devido a extração irregular das areias coloridas. É destacado alguns exemplos dos processos erosivos em algumas localidades, tais como: nas praias de ponta grossa e ponta redonda, com o predomínio dos processos de refração de ondas. No litoral de Icapuí, a linha de costa é caracterizada por praias precedidas por falésias ativas e não ativas, com altimetrias e grau de resistência diferenciados. (BRASIL, 2018). Em resumo, há uma considerável preocupação com o recuo da linha de costa, como uma das consequências do balanço sedimentar negativo. Como visto anteriormente, a erosão pode ocorrer por causas naturais ou antrópicas. A erosão costeira natural ocorre de forma integrada a própria dinâmica da zona costeira. Já a erosão antrópica, se refere as influências da atividade humana na zona costeira, intensificada com a urbanização e as próprias obras de proteção costeira. No final do texto é concluído que: aproximadamente 30% da extensão da linha de costa do Ceará apresentam erosão, 17% tendência erosiva, e 10% são áreas com progradação”. Referência bibliográfica BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Ceará. In: Panorama da erosão costeira no Brasil. Org. Dieter Muehe. Biblioteca do Ministério do Meio Ambiente. Brasília, 2018. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS – CCT GEOGRAFIA – LICENCIATURA RESENHA: Referência bibliográfica
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