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Sistemática Fiscal na Importação

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Prévia do material em texto

DESCRIÇÃO
Análise criteriosa dos tributos federais e despesas incidentes nos processos de importação de mercadorias.
PROPÓSITO
Compreender a sistemática de cálculo e pagamento de tributos incidentes na importação, o detalhamento das despesas incidentes nas
operações de importação e a dinâmica de cálculo para formação do custo.
PREPARAÇÃO
Ao iniciar o conteúdo deste tema, é necessário ter em mãos uma calculadora, recursos computacionais com acesso à Internet, e acesso
ao portal aduana e comércio exterior da Receita Federal do Brasil (RFB) para consultar e atualizar a legislação aplicada.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os custos componentes do preço das importações
MÓDULO 2
Calcular os tributos incidentes nas importações brasileiras
INTRODUÇÃO
A entrada de mercadorias no Brasil é controlada pelo Estado brasileiro por intermédio de suas alfândegas, as quais se encontram
administrativamente sob a responsabilidade do Ministério da Fazenda, mais precisamente da Secretaria da Receita Federal do Brasil. O
objetivo desse controle é o cumprimento das formalidades de nacionalização, dando aos produtos um tratamento administrativo (não
tarifário) e tributário (tarifário) em equivalência ao produto nacional.
O tratamento administrativo visa utilizar controles sobre os operadores do comércio exterior brasileiro para, previamente à importação,
identificar a natureza econômica e jurídica de cada operação e verificar se estão coerentes com as políticas praticadas pelo governo
brasileiro, segundo os seus interesses econômicos internos ou externos. Como exemplo, temos a proibição da importação de bens
usados quando há a fabricação de tais bens similares por nossas indústrias. O objetivo primordial é preservar o nosso mercado contra a
concorrência desleal e, por fim, manter nossa geração de empregos.
O tratamento tributário ou tarifário ocorre à medida que os importadores cruzam nossas fronteiras com bens ou mercadorias estrangeiras
e sofrem a imposição dos tributos incidentes na importação. Os tributos são pagos na proporção definida pelo Estado, mediante
legislação aduaneira e fiscal.
Em regra, as cobranças fiscais ocorrem no exato momento do início do processo de liberação das mercadorias nas alfândegas brasileiras.
Com o Programa Portal Único de Comércio Exterior, todas as exigências, licenças ou autorizações diretamente incidentes sobre
operações de comércio deverão ser demandadas aos operadores por meio do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).
Assim, os intervenientes privados nas transações de comércio exterior terão conhecimento de todos os requisitos que deverão cumprir
para concluir suas operações. A disponibilização de toda informação necessária em um único local diminui ainda os custos para a sua
obtenção, e a segurança de que todas as exigências são por meio do Siscomex torna as operações mais previsíveis e seguras. Além
disso, a disponibilidade da legislação atualizada, dos manuais e dos simuladores possibilitam a compreensão do sistema tributário das
importações brasileiras.
MÓDULO 1
 Identificar os custos componentes do preço das importações
TRIBUTOS E ENCARGOS INCIDENTES
1. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II)
O Imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira, inclusive sobre bagagem de viajante e sobre bens enviados como presente
ou amostra, ou a título gratuito. A incidência é o alvo, a área de abrangência do imposto.
Note que o texto da legislação dispõe que “o imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira”, ou seja, se não for mercadoria
e/ou não for estrangeira, não incide.
São consideradas mercadorias estrangeiras para fins de incidência do imposto de importação toda mercadoria procedente do exterior,
inclusive mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao país, salvo se:
 
Fonte: Imagine Photographer / Shutterstock
Enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado;

Devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição;

Por motivo de modificações na sistemática de importação, por parte do país importador;
 

Por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou

Por outros fatores alheios à vontade do exportador.
FATO GERADOR DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
O fato gerador do Imposto de Importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território.
 
Fonte: Maxx-Studio/Shutterstock
Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador:
I
Na data do registro da Declaração de Importação de mercadoria submetida a despacho para consumo;
II
No dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de: 
 
a) Bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum; 
b) Bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada;
c) Mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade
aduaneira; 
d) Mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração de importação, na hipótese em que tenha sido consumida ou
revendida, ou não seja localizada;
III
Na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado;
IV
Na data do registro da declaração de admissão temporária para utilização econômica. Parágrafo único. O disposto no inciso I aplica-se,
inclusive, no caso de despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação, e de mercadoria contida em remessa
postal internacional ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação comum.
 RESUMINDO
Em outras palavras, o fato gerador é o verbo, a ação que precisa ocorrer para que seja gerada a obrigação do pagamento do imposto.
O território aduaneiro é todo o território nacional, que se divide em duas zonas (primária e secundária).
Zona primária é o ponto de passagem obrigatória por onde todas as mercadorias e veículos devem entrar e sair do país. São pontos
exclusivos de entrada e saída de veículos e mercadorias, com controle aduaneiro permanente e ostensivo, compreendendo: 
 
- Área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, compreendida pelos portos alfandegados; 
- Área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados; e 
- Áreas adjacentes aos pontos de fronteira alfandegados.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
A zona secundária compreende a parte restante do território aduaneiro, incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo. Tem um controle
continuado, ou seja, será exercido em qualquer dia ou hora em que haja manuseio ou movimentação de mercadorias.
BASE DE CÁLCULO PARA O IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
Quando a alíquota for ad valorem, é o valor aduaneiro apurado; e
Quando a alíquota for específica, é a quantidade apurada de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida.
 IMPORTANTE
Toda mercadoria submetida a despacho de importação está sujeita ao controle do correspondente valor aduaneiro, para assegurar sua
conformidade com as regras estabelecidas no acordo de valoração aduaneira.
O valor aduaneiro é composto da seguinte forma:
O custo pago pela mercadoria no país de aquisição;

O custo de transporte da mercadoria importada até o porto ou aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado
onde serão cumpridas as formalidades de entrada no país;

Os gastos relativos à carga, à descarga e ao manuseio, associados ao transporte de mercadoria importada, até a chegada no país;

O custo do seguro de mercadoria durante as operações de carga, descarga e transporte internacional.
Quando a Declaração de Importação (DI) se referir a mercadorias classificadas em mais de um código da Nomenclatura Comum do
Mercosul (NCM):
 
Fonte: sirastock /Shutterstock
O custo do transporte de cada mercadoria será obtido mediante a divisão do valor total do transporte proporcionalmente aos pesos
líquidos das mercadorias; e
 
Fonte: Autor/Shutterstock
O custo do seguro de cada mercadoria será obtido mediante a divisãodo valor total do seguro proporcionalmente aos valores das
mercadorias, carregadas, no local de embarque.
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde:
VMLE  valor da mercadoria no local de embarque.
FRETE  assim entendido, para fins de valoração aduaneira, o valor referente a remuneração do transporte internacional da carga,
acrescido dos valores referentes à carga, descarga e manuseio da origem ao destino (frete all in).
SEGURO  assim entendido o valor do prêmio do seguro do transporte internacional, averbado no embarque.
O valor do seguro deverá compor o valor aduaneiro, porém, se não houver a contratação do seguro, não há parcela de seguro a ser
acrescida.
Para melhor compreensão, precisamos associar que a partir do preço na condição de venda (Incoterms) precisaremos acrescentar ou
deduzir despesas para compor o valor aduaneiro.
A Resolução Camex n°21/2011 dispõe sobre Incoterms e estabelece que nas exportações e importações brasileiras serão aceitas
quaisquer condições de venda praticadas no comércio internacional, desde que compatíveis com o ordenamento jurídico nacional.
Segue a lista de Incoterms utilizados nas operações de comércio exterior:
EXW/EX WORKS (NAMED PLACE OF DELIVERY) − NA ORIGEM (LOCAL DE
ENTREGA NOMEADO)
O vendedor limita-se a colocar a mercadoria à disposição do comprador no seu domicílio, no prazo estabelecido. Não se responsabiliza
pelo desembaraço para exportação nem pelo carregamento da mercadoria em qualquer veículo coletor, representando a necessidade do
acréscimo das despesas que ocorram desde a coleta no estabelecimento do exportador até o local de embarque + o valor do frete + o
valor do seguro (se houver).
 
Fonte: Autor
FCA/FREE CARRIER (NAMED PLACE OF DELIVERY) − LIVRE NO
TRANSPORTADOR (LOCAL DE ENTREGA NOMEADO)
O vendedor completa suas obrigações e encerra sua responsabilidade quando entrega a mercadoria, desembaraçada para a exportação,
ao transportador ou a outra pessoa indicada pelo comprador, no local nomeado do país de origem. Utilizável em qualquer modalidade de
transporte.
FAS/FREE ALONGSIDE SHIP (NAMED PORT OF SHIPMENT) − LIVRE AO LADO
DO NAVIO (PORTO DE EMBARQUE NOMEADO)
O vendedor encerra suas obrigações no momento em que a mercadoria é colocada, desembaraçada para exportação, ao longo do
costado do navio transportador indicado pelo comprador, no cais ou em embarcações utilizadas para carregamento da mercadoria, no
VA  =  VMLE  +  FRETE  +  SEGURO
porto de embarque nomeado pelo comprador. Utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo ou hidroviário interior).
FOB/FREE ON BOARD (NAMED PORT OF SHIPMENT) − LIVRE A BORDO
(PORTO DE EMBARQUE NOMEADO)
O vendedor encerra suas obrigações e responsabilidades quando a mercadoria desembaraçada para a exportação é entregue, arrumada,
a bordo do navio no porto de embarque — ambos indicados pelo comprador —, na data ou dentro do período acordado. Utilizável
exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo ou hidroviário interior).
 
Nos termos FCA, FAS e FOB, descritos anteriormente, o preço equivale ao valor da mercadoria no local de embarque, devendo ser
acrescidos o valor do frete e do seguro (se houver a contratação) para montar o valor aduaneiro.
 
Fonte: Autor
CFR/COST AND FREIGHT (NAMED PORT OF DESTINATION) − CUSTO E FRETE
(PORTO DE DESTINO NOMEADO)
Além de arcar com obrigações e riscos previstos para o termo FOB, o vendedor contrata e paga frete e custos necessários para levar a
mercadoria até o porto de destino combinado. Utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo ou hidroviário interior).
CPT/CARRIAGE PAID TO (NAMED PLACE OF DESTINATION) − TRANSPORTE
PAGO ATÉ (LOCAL DE DESTINO NOMEADO)
Além de arcar com obrigações e riscos previstos para o termo FCA, o vendedor contrata e paga frete e custos necessários para levar a
mercadoria até o local de destino combinado. Utilizável em qualquer modalidade de transporte.
 
A diferença entre o preço CFR e CPT é somente a utilização. Note que o CFR é exclusivo no transporte sobre águas e o CPT pode ser
utilizado em qualquer modal de transporte.
 
Se não houver a contratação do seguro, o preço CPT ou CFR equivalerá ao valor aduaneiro.
 
Fonte: Autor
CIF/COST, INSURANCE AND FREIGHT (NAMED PORT OF DESTINATION) −
CUSTO, SEGURO E FRETE (PORTO DE DESTINO NOMEADO)
Além de arcar com obrigações e riscos previstos para o termo FOB, o vendedor contrata e paga frete, custos e seguro relativos ao
transporte da mercadoria até o porto de destino combinado. Utilizável exclusivamente no transporte aquaviário (marítimo ou hidroviário
interior).
CIP/CARRIAGE AND INSURANCE PAID TO (NAMED PLACE OF DESTINATION) −
TRANSPORTE E SEGURO PAGOS ATÉ (LOCAL DE DESTINO NOMEADO)
Além de arcar com obrigações e riscos previstos para o termo FCA, o vendedor contrata e paga frete, custos e seguro relativos ao
transporte da mercadoria até o local de destino combinado. Utilizável em qualquer modalidade de transporte.
 
Mantendo a mesma diferença, o termo CIF é exclusivo para o modal aquaviário, e o CIP pode ser utilizado em qualquer modal de
transporte.
DAT/DELIVERED AT TERMINAL (NAMED TERMINAL AT PORT OR PLACE OF
DESTINATION) − ENTREGUE NO TERMINAL (TERMINAL NOMEADO NO PORTO
OU LOCAL DE DESTINO)
O vendedor completa suas obrigações e encerra sua responsabilidade quando a mercadoria é colocada à disposição do comprador, na
data ou dentro do período acordado, num terminal de destino nomeado (cais, terminal de contêineres ou armazém, dentre outros),
descarregada do veículo transportador, mas não desembaraçada para importação. Utilizável em qualquer modalidade de transporte.
 
Nas condições de venda CIF, CIP e DAT o preço declarado equivale ao valor aduaneiro.
 
Fonte: Autor
DAP/DELIVERED AT PLACE (NAMED PLACE OF DESTINATION) − ENTREGUE
NO LOCAL (LOCAL DE DESTINO NOMEADO)
O vendedor completa suas obrigações e encerra sua responsabilidade quando coloca a mercadoria à disposição do comprador, na data
ou dentro do período acordado, num local de destino indicado que não seja um terminal, pronta para ser descarregada do veículo
transportador e não desembaraçada para importação. Utilizável em qualquer modalidade de transporte.
 
O preço DAP é um termo que garante a entrega, logo todas as despesas que ocorram no Brasil, a partir do local da descarga, deverão
ser deduzidas do valor aduaneiro. A dedução mais usual é o transporte interno da zona primária até o local de entrega.
 
Fonte: Autor
DDP/DELIVERED DUTY PAID (NAMED PLACE OF DESTINATION) − ENTREGUE
COM DIREITOS PAGOS (LOCAL DE DESTINO NOMEADO)
O vendedor completa suas obrigações e encerra sua responsabilidade quando a mercadoria é colocada à disposição do comprador, na
data ou dentro do período acordado, no local de destino designado no país importador, não descarregada do meio de transporte. O
vendedor, além do desembaraço, assume todos os riscos e custos, inclusive impostos, taxas e outros encargos incidentes na importação.
Utilizável em qualquer modalidade de transporte.
 ATENÇÃO
Em virtude de o vendedor estrangeiro não dispor de condições legais para providenciar o desembaraço para entrada de bens do País,
esse termo não pode ser utilizado na importação brasileira, devendo ser escolhido o DAT ou o DAP no caso de preferência por
condição disciplinada pela ICC.
 
Fonte: Rattanasak Khuentana/Shutterstock
CÁLCULO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
O Imposto de Importação será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC), obtidas através
classificação NCM, sobre o valor aduaneiro apurado em moeda estrangeira, devidamente convertido em moeda nacional conforme taxa
de câmbio vigente na data do fato gerador (registro da DI).
 ATENÇÃO
Taxa de câmbio: Os valores expressos em moeda estrangeira serão convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data em
que se considerar ocorrido o fato gerador (registro da Declaração de Importação).
De acordo com o disposto na PortariaMF 6 de 26.01.99, essa taxa é fixada com base na cotação diária para a venda da respectiva
moeda e produzirá efeitos no dia subsequente, sendo divulgada por intermédio da tabela específica “Taxa de Conversão de Câmbio” do
Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).
Ao preencher a solicitação da Declaração no Siscomex, o importador deverá atentar para o preenchimento dos valores na aba “Carga” da
Declaração de Importação, representada a seguir:
ABA "CARGA"
É formada pelos seguintes campos:

VALOR TOTAL DAS MERCADORIAS NO LOCAL DE EMBARQUE
Valor total das mercadorias objeto do despacho no local de embarque, na moeda negociada, conforme a tabela "Moedas", administrada
pelo BACEN. Quando as mercadorias objeto da declaração tiverem sido negociadas em moedas diversas, esse valor deve ser informado
em reais.
FRETE TOTAL
Custo do transporte internacional das mercadorias objeto do despacho, na moeda negociada, de acordo com a tabela "Moedas",
administrada pelo BACEN. As despesas de carga, descarga e manuseio associadas a esse trecho devem ser incluídas no valor do frete.


VALOR PREPAID NA MOEDA NEGOCIADA
Valor do frete constante do conhecimento de transporte, pago no exterior antecipadamente ao embarque, inclusive "valor em território
nacional", se for o caso.
VALOR COLLECT NA MOEDA NEGOCIADA
Valor do frete constante do conhecimento de transporte, a ser pago no Brasil, inclusive "valor em território nacional", se for o caso.


VALOR EM TERRITÓRIO NACIONAL NA MOEDA NEGOCIADA
Valor da parcela do frete destacada no conhecimento, correspondente ao transporte dentro do território nacional.
SEGURO TOTAL
Valor do prêmio de seguro internacional relativo às mercadorias objeto do despacho, na moeda negociada, de acordo com a tabela
"Moedas", administrada pelo BACEN.

 
Fonte: Site da Receita Federal do Brasil.
 Conteúdo da Solicitação da Declaração no Siscomex
O pagamento do Imposto de Importação será efetuado através de débito automático em conta.
O representante do importador deverá cumprir as formalidades bancárias para inclusão da autorização do débito, que variam de banco
para banco. Atualmente, essa autorização encontra-se nas plataformas digitais dos bancos.
Após o preenchimento das informações, o próprio Siscomex informa os valores que deverão ser debitados, já convertidos à taxa de
cambio vigente no dia do registro.
ABA "PAGAMENTO"
Contém os dados relativos aos valores a recolher calculados pelo sistema e os dados para débito em conta a serem preenchidos pelo
usuário.
O pagamento dos tributos, taxas, direitos antidumping e multas são feitos por meio de débito em conta, por código de recolhimento,
conforme especificidades da DI.
 
Fonte: Site da Receita Federal do Brasil
 Conteúdo da aba "Pagamento"
 EXEMPLO
Dados: 
NCM 9608.10.00 Canetas Esferográficas 
Imposto de Importação 18% 
Preço FOB = US$800.00 
Frete Internacional = US$180.00 
Seguro Internacional = US$20.00 
Taxa de Câmbio em 26/09/2020 = US$ = R$5,5667
 RESPOSTA
Valor Aduaneiro = Preço FOB + Frete Internacional + Seguro Internacional 
Preço FOB = (US$800.00 X R$5,5667) = R$4.453,37 
Frete Internacional = (US$150.00 X R$5,5667) = R$835,00 
Seguro Internacional = (US$50.00 X R$5,5667) = R$278,33 
Valor Aduaneiro = (R$4.453,37 + R$1.002,00 + R$111,33) = R$5.566,70 
Imposto de Importação 18% = (R$5.566,70 x 18%) = R$1.002,01
VALOR ADUANEIRO E A RELAÇÃO COM OS INCOTERMS
Assista ao vídeo e perceba a importância da declaração do Valor Aduaneiro e sua relação com os Inconterms.
REGIME DE TRIBUTAÇÃO SIMPLIFICADA
O Regime de Tributação Simplificada (RTS) é o que permite o pagamento do Imposto de Importação de bens contidos em remessa
internacional, destinada à pessoa física ou jurídica, mediante aplicação da alíquota única de 60% (sessenta por cento). Os bens contidos
em remessa internacional deverão ter valor total de até US$3.000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente
em outra moeda.
 
Fonte: Rattanasak Khuentana /Shutterstock
No caso da importação por remessa internacional, por pessoa física para uso próprio ou individual, de produtos acabados pertencentes às
classes de medicamentos no valor de até US$10.000.00, ou o equivalente em outra moeda, a alíquota do Imposto de Importação será de
0%, desde que cumpridos todos os requisitos estabelecidos pelos órgãos de controle administrativo.
Saliente-se que, embora os valores do frete e do seguro integrem o valor tributável dos bens, estes não devem ser considerados para fins
de cálculo dos limites acima estabelecidos.
A base de cálculo do Imposto de Importação é o valor aduaneiro da totalidade dos bens contidos na remessa internacional. O valor
aduaneiro, por sua vez, corresponderá ao valor dos bens, acrescido do valor do frete e do seguro até o local de destino no país, exceto
quando já estiverem incluídos.
O valor dos bens será:
O preço de aquisição, no caso de bens adquiridos no exterior pelo destinatário da remessa.
OU
O valor declarado pelo remetente, no caso de bens recebidos do exterior pelo destinatário da remessa a título não oneroso, incluindo
brindes, amostras ou presentes, desde que o valor seja compatível com os preços normalmente praticados na aquisição de bens
idênticos ou similares.
Aplica-se a alíquota única de 60% sobre o valor aduaneiro, independentemente da classificação tarifária, ressalvadas as importações de
medicamentos no valor de até US$10.000.00, ou o equivalente em outra moeda, por pessoa física, onde a alíquota do Imposto de
Importação será de 0%.
Para efeitos de conversão cambial do valor aduaneiro, a taxa aplicada será a do câmbio vigente na data de registro da declaração. Os
cálculos serão realizados automaticamente pelos sistemas da RFB. Esquematizando, tem-se:
 
Fonte: Site da Receita Federal do Brasil
 Esquema do Regime de Tributação Simplificada
O preço de aquisição dos bens será comprovado mediante a apresentação da correspondente fatura comercial ou documento de efeito
equivalente (página da Internet de confirmação do pedido, comprovante de pagamento, extrato de cartão de crédito etc., desde que os
documentos possam ser associados aos bens).
Durante a conferência aduaneira (incluído o processo de revisão), em caso de não apresentação ou não localização de documentação
comprobatória do preço de aquisição ou do valor do bem, ou quando a documentação ou declaração apresentada contiver indícios de
inexatidão, a fiscalização da RFB poderá interromper o despacho, registrando a exigência de apresentação dos respectivos documentos,
ou determinar o valor aduaneiro, mediante arbitramento.
REGIME DE TRIBUTAÇÃO ESPECIAL
Os bens tributáveis de bagagem desacompanhada que chegarem ao país como remessa internacional poderão, caso haja opção pelo
contribuinte, se submeter ao Regime de Tributação Especial (RTE), desde que os bens estejam de acordo com os requisitos previstos na
norma específica de bagagem e que não tenha ocorrido o desembaraço da Declaração de Importação em outro regime.
O despacho ocorrerá mediante o registro de DSI no Siscomex Importação.
O destinatário deverá indicar aos Correios (ECT) ou à empresa de courier sua intenção de utilizar o RTE, mediante comunicação na forma
prevista pelo serviço de atendimento ao cliente da respectiva empresa.
O viajante que tiver bens a declarar é obrigado a preencher a Declaração Eletrônica de Bens de Viajantes (e-DBV). Ao chegar no Brasil,
deverá escolher um dos canais: "Nada a Declarar" ou "Bens a Declarar".
 
Fonte: Site da Receita Federal do Brasil
 Declaração de bens
 ATENÇÃO
Nos locais onde não houver o canal "Bens a Declarar", o viajante deve dirigir-se à fiscalização aduaneira e apresentar a sua declaração
de bens antes de iniciado qualquer procedimento de fiscalização por parte da Aduana.
 
Bens de uso ou consumo pessoal são os artigos de vestuário, higiene e demais bens de caráter manifestamente pessoal, em natureza e
quantidade compatíveis com as circunstânciasda viagem.
 
Fonte: Travel mania /Shutterstock
REGIME DE TRIBUTAÇÃO UNIFICADA
A opção pelo Regime de Tributação Unificada (RTU) foi simplificada a partir da publicação da IN RFB 1.698/2017. Trata-se de um regime
especial de tributação regido pela Lei 11.898/2009, regulamentada pelo Decreto 6.956/2009 . Este foi alterado pelo Decreto 9.525/2018,
trazendo nova lista de produtos abrangidos pelo RTU.
São beneficiários desse regime:
 
Fonte: Olena Yakobchuk /shutterstock
Empresas microimportadoras;
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Fonte: Dmytro Zinkevych /shutterstock
Microempreendedores individuais (MEI);
 
Fonte: mavo /shutterstock
Empresários individuais; e
 
Fonte: Jacob Lund /shutterstock
Empresas enquadradas no Simples Nacional.
O importador poderá peticionar sua habilitação ao RTU em qualquer unidade da RFB, exclusivamente por protocolo de processo
eletrônico. Posteriormente, será encaminhado para a unidade aduaneira da RFB em que mantiver seu domicílio tributário, salvo
determinações da mesma que visem maior agilidade de análise processual.
 IMPORTANTE
Em hipótese alguma, os e-processos serão analisados, deferidos ou indeferidos no local de desembaraço aduaneiro. As áreas reservadas
para o RTU e as bagagens são destinadas apenas para inspeções após percurso automotivo ou pedestre na Ponte Internacional da
Amizade (PIA).
Os produtos importados por meio do RTU estão sujeitos à tributação de 32% sobre o valor total das faturas emitidas por lojas de Ciudad
del Este, no Paraguai, sendo:
25% destinada à União;
7% destinada ao estado onde o importador mantiver sua inscrição estadual.
 
Fonte: Atstock Productions /Shutterstock
2. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI)
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um tributo de competência federal e incide sobre as mercadorias relacionadas em sua
tabela de incidência (TIPI) − que é baseada na NCM −, independentemente do processo de industrialização ter ocorrido dentro das
fronteiras do país ou no exterior.
Justifica-se a cobrança desse imposto sobre mercadorias importadas em razão da necessidade de se promover a equalização dos custos
dos produtos industrializados importados em relação aos de fabricação nacional.
 
Fonte: Joe Techapanupreeda/Shutterstock
O IPI incide sobre produtos industrializados de procedência estrangeira. Na importação, além da função arrecadatória, visa atender aos
objetivos da política industrial, especialmente no que diz respeito à promoção de tratamento tributário isonômico para a importação e a
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
produção nacional.
 
Fonte: Vergani Fotografia/Shutterstock
O IPI atende ao princípio da não cumulatividade. Assim, o valor pago no momento da importação é creditado pelo importador para
posterior compensação com o imposto devido em operações que ele realizar e que forem sujeitas a esse tributo.
 
Fonte: Vintage Tone/Shutterstock
O IPI atende também ao princípio da seletividade. Em outras palavras, o ônus do imposto é diferente em razão da essencialidade do
produto, podendo a alíquota chegar até zero para os produtos mais essenciais.
O fato gerador do IPI, na importação, é o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira. Como não podemos determinar
quando ocorrerá o desembaraço aduaneiro, antecipamos o recolhimento para a data do registro da Declaração de Importação.
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do IPI, na importação, é o valor que servir ou que serviria de base para cálculo do Imposto de Importação, por ocasião
do despacho aduaneiro, acrescido do montante desse imposto e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele
exigíveis.
O imposto será calculado mediante aplicação das alíquotas, constantes da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos
Industrializados, sobre a base de cálculo. É contribuinte do imposto, na importação, o importador, em relação ao fato gerador decorrente
do desembaraço aduaneiro.
 
Fonte: Nuamfolio/Shutterstock
Após o preenchimento das informações, o próprio Siscomex informa os valores que deverão ser debitados, já convertidos à taxa de
cambio vigente no dia do registro.
BASE DE CÁLCULO DO 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
 EXEMPLO
Dados: 
NCM 9608.10.00 Canetas Esferográficas 
Imposto de Importação 18% 
IPI 20% 
Preço FOB = US$800.00 
Frete Internacional = US$180.00 
Seguro Internacional = US$20.00 
Taxa de Câmbio em 26/09/2020 = U$ = R$5,5667
IPI  =  V alor aduaneiro  +  II
 RESPOSTA
Valor Aduaneiro = Preço FOB + Frete Internacional + Seguro Internacional 
Valor Aduaneiro = (R$4.453,37 + R$1.002,00 + R$111,33) = R$5.566,70 
Imposto de Importação 18% = (R$5.566,70 x 18%) = R$1.002,00 
Base de Cálculo IPI = VA + I.I. (R$5.566,70 + R$1.002,00) = R$6.568,70 
IPI 20% = (R$ 6.568,70 x 20%) = R$1.313,74
 
Fonte: SFIO CRACHO/Shutterstock
3. PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL (PIS) NA IMPORTAÇÃO E
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE
SOCIAL (COFINS) NA IMPORTAÇÃO
A COFINS-Importação e o PIS-Importação são contribuições sociais de competência federal para financiamento da seguridade social,
incidentes sobre a importação de produtos estrangeiros. Essas contribuições dão tratamento tributário isonômico entre os bens
produzidos no país, que sofrem a incidência destas, e os bens importados, que são tributados às mesmas alíquotas dos bens nacionais.
Tais contribuições sociais atendem também ao princípio da não cumulatividade e, assim, os valores pagos no momento da importação
podem ser creditados pelo importador para posterior compensação com as contribuições por ele devidas.
A Lei 10.865/2004 instituiu a Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público
incidente na Importação de Produtos Estrangeiros — PIS/PASEP-Importação — e a Contribuição Social para o Financiamento da
Seguridade Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros — COFINS-Importação.
Consideram-se também estrangeiros:
I - Bens nacionais ou nacionalizados exportados, que retornem ao país, salvo se:
A)
B)
C)
D)
E)
Enviados em consignação e não vendidos no prazo autorizado;
Devolvidos por motivo de defeito técnico para reparo ou para substituição;
Por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador;
Por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou
Por outros fatores alheios à vontade do exportador;
O fato gerador será a entrada de bens estrangeiros no território nacional, sendo estes os que constem como tendo sido importados e cujo
extravio venha a ser apurado pela administração aduaneira.
Para efeito de cálculo das contribuições, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação de bens
submetidos a despacho para consumo.
A base de cálculo será o valor aduaneiro.
BASE DE CÁLCULO DO 
BASE DE CÁLCULO DO 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
As contribuições serão calculadas mediante aplicação das alíquotas:
a) 2,1% (dois inteiros e um décimo por cento), para a Contribuição para o PIS/PASEP-Importação; e

b) 9,65% (nove inteiros e sessenta e cinco centésimos por cento), para a COFINS-Importação;
O artigo 8º da Lei que instituiu as contribuições relaciona as exceções nos parágrafos subsequentes.
 EXEMPLO
Dados: 
NCM 9608.10.00 Canetas Esferográficas 
PIS-Importação 
COFINS-Importação 
Preço FOB = US$800.00 
Frete Internacional = US$180.00 
Seguro Internacional = US$20.00 
Taxa de Câmbio em 26/09/2020 = US$ = R$5,5667
 RESPOSTA
Valor Aduaneiro = Preço FOB + Frete Internacional + Seguro Internacional 
Valor Aduaneiro = (R$4.453,37 + R$1.002,00 + R$111,33) = R$5.566,70 
PIS-Importação 2,10% = (R$5.566,70 x 2,10%) = R$116,90 
COFINS-Importação 9,65% = (R$5.566,70 x 9,65%) = R$537,19
4. ADICIONAL AO FRETE PARA RENOVAÇÃO DA MARINHA
MERCANTE (AFRMM)
O Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) foi instituídopelo Decreto-lei 2.404/87 e disciplinado pela Lei
10.893/2004. É uma das Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) para atender aos encargos da intervenção da
União no apoio ao desenvolvimento da marinha mercante e da indústria de construção e reparação naval brasileiras, e constitui fonte
básica do Fundo de Marinha Mercante (FMM).
Com as modificações introduzidas na Lei 10.893/2004 pelas Leis 12.599/2012 e 12.788/2013, a administração do AFRMM passou a ser
de responsabilidade da Receita Federal do Brasil. O exercício dessa competência foi disciplinado pelo Decreto 8.257/2014, publicado no
Diário Oficial da União em 30/05/2014. Assim, os pedidos de restituição, concessão de benefícios e demais solicitações referentes ao
AFRMM deverão ser encaminhados às unidades da Receita Federal do Brasil, conforme procedimentos descritos nesse manual e nos
atos normativos expedidos pela RFB.
PIS  =  V alor Aduaneiro
COFINS  =  V alor Aduaneiro
INCIDÊNCIA
O AFRMM incide sobre o frete, que é a remuneração do transporte aquaviário da carga de qualquer natureza descarregada em porto
brasileiro.
Entende-se por remuneração do transporte aquaviário: o frete para o transporte marítimo da carga; todas as despesas portuárias com a
manipulação de carga e as despesas anteriores e posteriores a esse transporte; e outras despesas de qualquer natureza a ele
pertinentes.
 
Fonte: Avigator Fortuner/Shutterstock
FATO GERADOR
O fato gerador do AFRMM é o início da operação de descarregamento da embarcação em porto brasileiro — que pode ser proveniente do
exterior — em navegação de longo curso, em navegação de cabotagem ou em navegação fluvial e lacustre.
Base de cálculo => Remuneração do transporte aquaviário − Frete Internacional (constante no B/L)
O AFRMM deverá ser pago no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data do início efetivo da operação de descarregamento da
embarcação.
Alíquota => 25%
O pagamento do AFRMM, acrescido das taxas de utilização do Sistema Eletrônico de Controle de Arrecadação do Adicional ao Frete para
a Renovação da Marinha Mercante, de R$1,20, será efetuado pelo contribuinte antes da liberação da mercadoria pela Secretaria da
Receita Federal.
O Decreto 5324 de 29/12/2004, que dispõe sobre o MERCANTE, estabelece que a partir de 01 de janeiro de 2005 deverá ser recolhido
juntamente com o pagamento do AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante) o valor de R$20,00 por emissão de
Conhecimento de Embarque (CE) Mercante.
 
Fonte: SasinTipchai/Shutterstock
MERCANTE
O sistema MERCANTE é um instrumento que fornece o suporte informatizado para o controle e arrecadação ao adicional ao frete,
desde o registro do Conhecimento de Embarque (CE) até o efetivo crédito nas contas vinculadas ao Fundo da Marinha Mercante
(FMM). Uma vez apropriados os dados, o sistema efetua o cálculo do valor do AFRMM de cada conhecimento de embarque e
registra o valor apurado na base de dados.
ALÍQUOTAS
O AFRMM será calculado sobre a remuneração do transporte aquaviário, aplicando-se as alíquotas previstas no artigo 6º da Lei
10.893/2004, que são:
I − 25% (vinte e cinco por cento) na navegação de longo curso;
II − 10% (dez por cento) na navegação de cabotagem; e
III − 40% (quarenta por cento) na navegação fluvial e lacustre, quando do transporte de granéis líquidos nas regiões Norte e Nordeste.
Na navegação de longo curso, quando o frete estiver expresso em moeda estrangeira, a conversão para o padrão monetário nacional
será feita com base na tabela “taxa de conversão de câmbio” do Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen), utilizada pelo
Siscomex, vigente dois dias anteriores à data do efetivo pagamento do AFRMM.
javascript:void(0)
Exemplo: 
Dados: 
NCM 9608.10.00 Canetas Esferográficas 
AFRMM 25% 
Preço FOB = US$800.00 
Frete Internacional = US$180.00 
Seguro Internacional = US$20.00 
Taxa de Câmbio em 26/09/2020 = US$ = R$5,5667
Cálculo: 
Valor Frete Internacional = (US$180.00 x R$5,5667) = R$1.002,01 
AFRMM 25% = (R$1.002,01 x 25%) = R$250,50 (+) TUM = R$1,20 
(+) CE Mercante = R$20,00 
Valor total (R$250,50 + R$1,20 + R$20,00) = R$271,70
 
Fonte: lovelyday12 /Shutterstock
5. TAXA DE UTILIZAÇÃO DO SISCOMEX (TUS)
A Taxa de Utilização do Siscomex foi instituída pelo artigo 3º da Lei 9.716, de 26 de novembro de 1998, e regulamentada pelo art. 306 do
Decreto 6.759, de 2009, com o objetivo de custear a operação e os investimentos do sistema.
Essa taxa tem como fato gerador a utilização do sistema em questão e é devida independentemente da ocorrência de tributo a recolher,
sendo debitada em conta corrente, junto com os demais tributos regularmente incidentes na importação, à razão de:
I − R$185,00 (cento e oitenta e cinco reais) por DI; 
II − R$29,50 (vinte e nove reais e cinquenta centavos) para cada adição de mercadoria à DI, observados os seguintes limites:
a) Até a 2ª adição − R$29,50;

b) Da 3ª à 5ª − R$23,60;

c) Da 6ª à 10ª − R$17,70;
 

d) Da 11ª à 20ª − R$11,80;

e) Da 21ª à 50ª − R$5,90; e

f) A partir da 51ª − R$2,95.
 EXEMPLO
Dados: 
DI 1 adição = (R$185,00 + R$29,50) = R$214,50 
DI 4 adições = (R$185,00 + R$29,50 + R$29,50 + R$23,60 + R$23,60) = R$291,20 
DI 7 adições = (R$185,00 + R$29,50 + R$29,50 + R$23,60 + R$23,60 + R$23,60 + R$17,60 + R$17,60) = R$350,00
6. CIDE-COMBUSTÍVEIS (CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO
DOMÍNIO ECONÔMICO INCIDENTE SOBRE AS OPERAÇÕES
REALIZADAS COM COMBUSTÍVEIS)
As Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) são tributos de competência federal que possuem caráter regulatório. A
CIDE-Combustíveis incide sobre a importação e comercialização de derivados de petróleo.
A CIDE-Combustíveis também atende ao princípio da não cumulatividade. Assim, o valor pago no momento da importação é creditado
pelo importador para compensação com as contribuições devidas em operações posteriores que ele realizar com as mercadorias.
A base de cálculo da CIDE-Combustíveis é a quantidade comercializada do produto expressa nas unidades de medida constantes dos
Anexos I e II da Instrução Normativa SRF 422/04.
CIDE-COMBUSTÍVEIS
A Lei 10.336, de 19 de dezembro de 2001, instituiu a CIDE-Combustíveis, contribuição de intervenção no domínio econômico
incidente sobre a importação e a comercialização de gasolina e suas correntes, diesel e suas correntes, querosene de aviação e
outros querosenes, óleos combustíveis (fuel-oil), gás liquefeito de petróleo (GLP) — inclusive o derivado de gás natural e de nafta —
e álcool etílico combustível.
FATO GERADOR
A CIDE-Combustíveis tem como fatos geradores as seguintes operações, realizadas com os combustíveis elencados no art. 3º da Lei
10.336, de 2001 (gasolinas, diesel, querosene etc.):
a) A comercialização no mercado interno; e 
b) A importação.
CONTRIBUINTE
São contribuintes da CIDE-Combustíveis: o produtor, o formulador e o importador (pessoa física ou jurídica).
javascript:void(0)
BASE DE CÁLCULO
Nas operações relativas à importação, a base de cálculo é a unidade de medida, para cada um dos produtos sobre os quais incide a
contribuição.
CIDE-Combustíveis = Alíquota CIDE x Quant. Prod.
PAGAMENTO
Na importação, a CIDE-Combustíveis deverá ser paga na data do registro da Declaração de Importação (DI), por meio de débito em conta
com os demais tributos federais.
 
Fonte: Nuamfolio /Shutterstock
7.ENCARGOS RELATIVOS À DEFESA COMERCIAL
ANTIDUMPING
COMPENSATÓRIOS
SALVAGUARDAS
Considera-se prática de dumping a introdução de um bem no mercado doméstico, inclusive sob as modalidades de drawback, a preço de
exportação inferior ao valor normal. O direito antidumping consiste em um montante igual ou inferior à margem de dumping apurada,
cobrado com o fim exclusivo de neutralizar os efeitos danosos desse tipo de importações. Pode ser calculado mediante a aplicação de
alíquotas ad valorem ou específicas, fixas ou variáveis, ou pela conjugação de ambas. No caso da alíquota ad valorem, ela é aplicada
sobre o valor aduaneiroda mercadoria.
Podem ser aplicados direitos compensatórios com o objetivo de compensar subsídio concedido — direta ou indiretamente —, no país
exportador, à fabricação, à produção, à exportação ou ao transporte de qualquer produto, cuja exportação ao Brasil cause danos à
indústria doméstica. O direito compensatório consiste em montante igual ou inferior ao subsídio acionável apurado, cobrado com o fim de
neutralizar o dano causado pelo subsídio. Seu cálculo também é feito mediante a aplicação de alíquotas ad valorem ou específicas, fixas
ou variáveis, ou pela combinação de ambas. No caso da alíquota ad valorem, ela é aplicada sobre o valor aduaneiro da mercadoria.
Podem ser aplicadas medidas de salvaguarda a um produto se, de uma investigação, resultar a constatação de que as importações deste
aumentaram em tais quantidades — em termos absolutos ou em relação à produção nacional — e em tais condições que causem ou
ameacem causar prejuízo grave à indústria doméstica de bens similares ou diretamente concorrentes. As medidas de salvaguarda são
aplicadas, na extensão necessária, para prevenir ou reparar o prejuízo grave e facilitar o ajustamento da indústria doméstica, da seguinte
forma:
a) Elevação do Imposto de Importação, por meio de adicional à TEC, sob a forma de alíquota ad valorem, de alíquota específica ou da
combinação de ambas; 
b) Restrições quantitativas.
Não se aplicam medidas de salvaguarda contra produto procedente de países em desenvolvimento quando a parcela que lhe
corresponda nas importações do produto considerado não for superior a 3%, desde que a participação do conjunto dos países em
desenvolvimento não represente, em conjunto, mais do que 9% das importações do produto considerado.
 EXEMPLO
Dados: 
NCM 8414.51.10 Ventiladores de mesa 
País de Origem: China 
Direito Aplicado: Alíquota específica de US$ 11,76/unidade. 
Preço FOB = US$800.00 
Frete Internacional = US$180.00 
Seguro Internacional = US$20.00 
Taxa de Câmbio em 26/09/2020 = U$ = R$5,5667 
Quantidade: 100
 RESPOSTA
Antidumping por unidade = (US$11.76 x R$5,5667) = R$65,46 
Antidumping Total = (R$65,46 x 100) = R$6.546,00
 
Fonte: Nuamfolio /Shutterstock
8. ICMS NA IMPORTAÇÃO
O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é um tributo de competência estadual, cobrado em cima da circulação
de mercadorias e bens importados de outros lugares. Isso significa que cada estado brasileiro legisla de modo diferente esse imposto, no
tocante, principalmente, às alíquotas e suas exceções.
Cada estado tem a responsabilidade de estipular a porcentagem a ser cobrada, assim cada localidade possui a sua própria tarifa, o que
pode trazer dúvidas a quem comercializa produtos para outros estados.
Na prática, ele é um imposto cobrado de forma indireta, ou seja, seu valor é adicionado ao preço do produto ou serviço prestado. O valor
só é cobrado quando a mercadoria ou o serviço é prestado para o consumidor, que passa a ser o titular deste item ou do resultado da
atividade realizada.
Em relação ao ICMS-Importação, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a competência é do estado onde está estabelecido o
contribuinte que adquiriu a mercadoria no exterior. Para isso, primeiramente, devemos definir o local onde está localizado o contribuinte
para definirmos a legislação aplicável.
CONCEITOS BÁSICOS DO ICMS NA IMPORTAÇÃO
Existem alguns conceitos básicos com relação a esse cálculo que precisam ser considerados.
 
Fonte: sirastock /Shutterstock
FATO GERADOR:
O ICMS na importação tem seu fato gerador no momento do desembaraço aduaneiro da mercadoria.
 
Fonte: sirastock /Shutterstock
INCIDÊNCIA:
Incide sobre a entrada de bem ou mercadoria importada do exterior por pessoa física ou jurídica. Ainda que não seja contribuinte habitual
do imposto, ele incide sobre qualquer finalidade.
 
Fonte: sirastock /Shutterstock
BASE DE CÁLCULO:
Embora esse imposto seja estabelecido por cada estado, os regulamentos apresentam características tributárias semelhantes. Existe
diferenciação em relação a algumas isenções e alíquotas, mas basicamente os seguintes termos valem para todo o Brasil:
Na composição da base de cálculo do ICMS, deve-se considerar o valor da mercadoria que consta do documento de importação,
acrescido do valor dos impostos de importação. Deve-se incluir também quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas
aduaneiras. Uma curiosidade é que o próprio ICMS integra sua base de cálculo; e
Despesas aduaneiras são aquelas efetivamente pagas à repartição alfandegária até o momento do desembaraço da mercadoria,
incluindo as diferenças de peso, classificação fiscal de mercadorias e multas por infrações.
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Alíquotas de ICMS por Estado:
ICMS no Acre – 17%
ICMS em Alagoas – 17%
ICMS no Amazonas – 18%
ICMS no Amapá – 18%
ICMS na Bahia – 18%
ICMS no Ceará – 18%
ICMS no Distrito Federal – 18%
VA  +  TRIBUTOS FEDERAIS  +  DESPESAS ADUANEIRAS  +  ICMS
ICMS no Espírito Santo – 17%
ICMS em Goiás − 17%
ICMS no Maranhão – 18%
ICMS no Mato Grosso – 17%
ICMS no Mato Grosso do Sul – 17%
ICMS em Minas Gerais – 18%
ICMS no Pará – 17%
ICMS na Paraíba – 18%
ICMS no Paraná – 18%;
ICMS em Pernambuco – 18%
ICMS no Piauí – 18%;
ICMS no Rio Grande do Norte – 18%
ICMS no Rio Grande do Sul – 18%
ICMS no Rio de Janeiro – 18%
ICMS em Rondônia – 17,5%
ICMS em Santa Catarina – 17%
ICMS em São Paulo – 18%
ICMS em Sergipe – 18%
ICMS no Tocantins – 18%
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Exemplo: 
Dados: 
NCM 8414.51.10 Ventiladores de mesa 
País de Origem: China 
Direito Aplicado: Alíquota específica de US$11.76/unidade. 
I.Importação 20% 
IPI 15% 
PIS 2,10% 
COFINS 9,65% 
AFRMM 25% 
TAXA SISCOMEX DI com 1 adição 
ICMS 18% 
Preço FOB = US$800.00 
Frete Internacional = US$150.00 
Seguro Internacional = US$50.00 
Taxa de Câmbio em 26/09/2020 = U$ = R$5,5667 
Quantidade: 100 unidades
Cálculo:
Valor Aduaneiro = R$5.566,70 
(US$800.00 + US$150.00 + US$50.00) x R$5.5667
I. Importação 20% = R$1.113,34 
(R$5.566,70 x 20%)
I.P.I. 15 % = R$1.002,01 
(R$ 5.5667,70 + R$ 1.113,34) x 15 %
PIS 2,10% = R$116,90 
(R$5.566,70 x 2,10%)
COFINS 9,65% = R$537,19 
(R$5.566,70 x 2,10%)
AFRMM 25% = R$271,70 
((US$180.00 x R$5,5667) x 25%) + R$1,20 + R$20,00)
TAXA SISCOMEX = R$214,50 
(R$185,00 + R$29,50)
ANTIDUMPING = R$6.546,00 
(US$11.76 x R$ 5,5667) = R$65,46 x 100 unidades
ICMS 18% = R$3.373,54
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Primeiro somamos todos os tributos e despesas aduaneiras em R$15.368,34
(R$5.566,70 + R$1.113,34 + R$1.002,01 + R$116,90 + R$537,19 + R$271,70 + R$214,50 + R$6.546,00) = R$15.368,34
Em seguida, acrescentamos o ICMS na base de cálculo. Neste caso, como a alíquota é 18%, dividimos o somatório por 0,82, que é a
representação da seguinte proporcionalidade
O somatório representa 82% do valor da base de cálculo, que representa 100%
(R$15.368,34 / 0,82 ) = R$18.741,88
Após obtermos a base de cálculo com o valor acrescido do ICMS, aplicar a alíquota de 18%
R$18.741,88 x 18% = R$3.373,54
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O VALOR ADUANEIRO É FORMADO PELA SOMA DAS SEGUINTES PARCELAS:
A) Valor da Mercadoria no Local de Despacho + Frete Internacional + Seguro Internacional.
B) Valor da Mercadoria no Local de Embarque + Frete Internacional + Seguro Internacional.
C) Valor da Mercadoria no Incoterms Negociado.
D) Valor FOB (Free on Board).
E) Valor EXW (Ex Works).
2. O FATO GERADOR DO IPI É:
A) A entrada da mercadoria importada no território nacional.
B) O registro da Declaração de Importação.
C) O desembaraço aduaneiro.
D) O embarque da mercadoria no exterior.
E) O produto a ser industrializado.
GABARITO
1. O valor aduaneiro é formado pela soma das seguintes parcelas:
A alternativa "B " está correta.
 
O controle do valor aduaneiro é realizado para qualquermercadoria importada. Este é formado pelo valor da mercadoria no próprio local
de embarque, acrescido de frete internacional e de seguro internacional do transporte. Seu controle é a averiguação da consistência do
valor aduaneiro declarado pelo importador com as regras estabelecidas no acordo de valoração aduaneira.
2. O fato gerador do IPI é:
A alternativa "C " está correta.
 
O fato gerador do IPI, na importação, é o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira. O pagamento é que é
antecipado para a data do registro da Declaração de Importação (DI).
MÓDULO 2
 Calcular os tributos incidentes nas importações brasileiras 
 
Fonte: TMLsPhotoG /Shutterstock
CÁLCULO DOS TRIBUTOS E ENCARGOS INCIDENTES
Para efetuar o cálculo dos tributos incidentes em uma importação brasileira, é necessário:
Definir a classificação NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul)

Analisar o Incoterms e o modal de transporte; e

Definir o estado onde está localizado o importador.
A seguir, um exemplo dos tributos incidentes na importação aérea de perfumes para o estado de Minas Gerais.
1. QUADRO DEMONSTRATIVO DO CÁLCULO DE TRIBUTOS INCIDENTES NA
IMPORTAÇÃO AÉREA DE PERFUMES PARA O ESTADO DE MINAS GERAIS
NCM 3303.00.10
Tributos: 
II = 18% 
IPI = 42% 
PIS = 3,52% 
COFINS = 16,48% 
ICMS MG = 25%
Incoterms FCA US$15.000.00 
Frete Internacional US$2.000.00 
Seguro Internacional US$300.00
1º) Valor aduaneiro em US$:
Procedimentos Valores
O Incoterms FCA representa Free Carrier, que significa que o valor do frete e do seguro deverão ser
acrescentados
Valor da Mercadoria no Local de Embarque (VMLE) = $ FCA US$15.000.00
Frete Internacional US$2.000.00
Seguro Internacional US$300.00
Valor Aduaneiro US$17.300.00
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2º) Obter o valor aduaneiro em reais:
Procedimentos Valores
Converter o valor em US$ pela taxa de câmbio fiscal do dia (por exemplo: 26/09/2020)
Cotação de 26/09/2020: US$1.00 = R$5,5667
US$17.300.00 x R$5,5667 = R$96.303,91
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
3º) Calcular o Imposto de Importação (II) aplicando-se a alíquota da TEC em vigor sobre o valor aduaneiro em reais:
Procedimentos Valores
Valor Aduaneiro x Alíquota da TEC: R$96.303,91 x 18% = R$17.334,70
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
4º) Calcular o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aplicando-se a alíquota em vigor sobre o valor aduaneiro em reais somado ao
valor obtido do II:
Procedimentos Valores
(Valor Aduaneiro + Imp. Importação) x Alíquota do IPI
(R$96.303,91 + R$17.334,70) x 42%
R$113.638,61 x 42% = R$47.728,22
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 COMENTÁRIO
O fato gerador do IPI é o desembaraço aduaneiro, mas esse imposto é recolhido juntamente com o Imposto de Importação, no ato do
registro da DI.
5º) Calcular o PIS-Importação aplicando-se a alíquota em vigor sobre o valor aduaneiro em reais:
Procedimentos Valores
Valor Aduaneiro x Alíquota PIS-Importação
R$96.303,91 x 3,52% = R$3.389,90
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
6º) Calcular a COFINS-Importação aplicando-se a alíquota em vigor sobre o valor aduaneiro em reais:
Procedimentos Valores
Valor Aduaneiro x Alíquota COFINS-Importação
R$96.303,91 x 16,48% = R$ 15.870,88
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
7º) Calcular a Taxa de Utilização do Siscomex, considerando Declaração de Importação (DI) com 1 adição:
Procedimentos Valores
DI + 1 adição
R$185,00 + R$ 29,50 = R$214,50
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
8º) Calcular o ICMS aplicando-se a alíquota sobre o valor aduaneiro em reais, acrescido do II, do IPI, do PIS, da COFINS, da Taxa de
Utilização do Siscomex e do ICMS:
Procedimentos Valores
(Valor Aduaneiro + II + IPI + PIS + COFINS + Tx. Siscomex + ICMS) x 25% 
(96.303,91 + 17.334,70 + 47.728,22 + 3.389,90 + 15.870,88 + 214,50 + ICMS) x 25%
Calculando a inclusão do ICMS na base de cálculo, temos: 
96.303,91 + 17.334,70 + 47.728,22 + 3.389,90 + 15.870,88 + 214,50 = 
R$180.842,11 = 75% da Base de Cálculo 
Base de Cálculo = R$180.842,11 / 0,75 = 
Base de Cálculo = R$241.122,81
ICMS = R$241.122,81 x 25% = R$60.280,70
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 COMENTÁRIO
O ICMS é um imposto estadual e pode variar dependendo do local onde esteja localizado o importador.
A seguir, um exemplo dos tributos incidentes na importação marítima de aparelho de televisão para o Estado de Santa Catarina.
2. QUADRO DEMONSTRATIVO DO CÁLCULO DE TRIBUTOS INCIDENTES NA
IMPORTAÇÃO MARÍTIMA DE APARELHO DE TELEVISÃO PARA O ESTADO DE
SANTA CATARINA
NCM 8525.50.29
II = 12% 
IPI = 15% 
PIS = 2,10% 
COFINS = 9,65% 
AFRMM = 25% 
ICMS SC = 17%
Incoterms CIF US$50.000.00 
Frete Internacional US$2.700.00 
Seguro Internacional US$300.00
1º) Obter o valor aduaneiro em US$:
Procedimentos Valores
O Incoterms CIF representa Cost, Insurance and Freight, que significa que o valor do frete e do seguro já estão
incorporados ao preço
Não sendo necessário acréscimos ou deduções
Valor Aduaneiro US$50.000.00
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2º) Obter o valor aduaneiro em reais:
Procedimentos Valores
Converter o valor em US$ pela taxa de câmbio fiscal do dia (por exemplo: 26/09/2020)
Cotação de 26/09/2020: US$1.00 = R$5,5667
US$50,000.00 x R$5,5667 = R$278.335,00
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3º) Calcular o Imposto de Importação (II) aplicando-se a alíquota da TEC em vigor sobre o valor aduaneiro em reais:
Procedimentos Valores
Valor Aduaneiro x Alíquota da TEC
R$278.335,00 x 12% = R$33.400,20
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
4º) Calcular o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aplicando-se a alíquota da TIPI em vigor sobre o valor aduaneiro em reais
somado ao valor obtido do II:
Procedimentos Valores
(Valor Aduaneiro + Imp. Importação) x Alíquota do IPI
(R$278.335,00 + R$33.400,20) x 15%
R$311.735,20 x 15% = R$46.760,28
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 COMENTÁRIO
O fato gerador do IPI é o desembaraço aduaneiro, mas esse imposto é recolhido juntamente com o Imposto de Importação, no ato do
registro da DI.
5º) Calcular o PIS-Importação aplicando-se a alíquota em vigor sobre o valor aduaneiro em reais:
Procedimentos Valores
Valor Aduaneiro x Alíquota PIS-Importação
R$278.335,00 x 2,10% = R$5.845,03
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
6º) Calcular a COFINS-Importação aplicando-se a alíquota em vigor sobre o valor aduaneiro em reais:
Procedimentos Valores
Valor Aduaneiro x Alíquota COFINS-Importação
R$ 278.335,00 x 9,65% = R$26.859,33
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
7º) Calcular a Taxa de Utilização do Siscomex, considerando Declaração de Importação (DI) com 2 adições:
Procedimentos Valores
DI + 1 adição + 1 adição
R$185,00 + R$29,50 + R$29,50 = R$244,00
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8º) Calcular o Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) aplicando-se a alíquota em vigor sobre o valor
aduaneiro em Reais, acrescido de R$1,20 pela utilização do sistema mercante e R$20,00 pela geração do CE-Mercante:
Procedimentos Valores
Valor do Frete em US$ x Taxa de Câmbio
(US$2.700.00 x R$5,5667) = Valor do Frete em R$15.030,09
Valor do Frete em R$ x AFRMM 25%
R$ 15.030,09 x 25% = R$3.757,52
Utilização do sistema Mercante R$1,20
Geração do CE-Mercante R$20,00
Valor Total = R$3.778,72
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
9º) Calcular o ICMS aplicando-se a alíquota sobre o valor aduaneiroem Reais acrescido do II, do IPI, do PIS, da COFINS, da Taxa de
Utilização do Siscomex, do AFRMM e do ICMS:
Procedimentos Valores
(V.Aduaneiro + II + IPI + PIS + COFINS + Tx Siscomex + AFRMM + ICMS) x 17% (278.335,00 + 33.400,20 +
46.760,28 + 5.845,03 + 26.859,33 + 244,00 + 3.778,72 + ICMS) x 17%
Calculando a inclusão do ICMS na base de cálculo, temos: 
278.335,00 + 33.400,20 + 46.760,28 + 5.845,03 + 26.859,33 + 244,00 + 3.778,72 = R$395.222,56
R$ 395.222,56 = 83% da Base de Cálculo 
Base de Cálculo = R$395.222,56 / 0,83 = Base de Cálculo = R$476.171,75
R$476.171,75 x 17% = R$80.949,20
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 COMENTÁRIO
O ICMS é um imposto estadual e pode variar dependendo do local onde esteja localizado o Importador
ELABORANDO PLANILHA DE CUSTOS
Assista ao vídeo no qual o especialista demonstra como isso ocorrerá de forma prática.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA QUE INDICA O VALOR EM REAIS DA BASE DE CÁLCULO DA
COFINS-IMPORTAÇÃO, CONSIDERANDO AS SEGUINTES INFORMAÇÕES: 
 
VALOR FCA US$2.000.00, FRETE INTERNACIONAL US$900.00, SEGURO INTERNACIONAL US$100.00 
II = 12%, IPI = 5%, PIS-IMPORTAÇÃO = 2,10% E COFINS-IMPORTAÇÃO = 9,65% 
TAXA DE CÂMBIO US$ = R$5,00
A) R$3.000,00
B) R$10.000,00
C) R$17.640,00
D) R$16.800,00
E) R$15.000,00
2. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA, QUE CORRESPONDE AO VALOR DO ICMS DE 12%, CALCULADO
EM REAIS, CONSIDERANDO AS SEGUINTES INFORMAÇÕES: 
 
VALOR ADUANEIRO R$10.000,00 
II = 14% / IPI = 8% / PIS-IMPORTAÇÃO = 2,10% / COFINS-IMPORTAÇÃO = 9,65% 
TAXA SISCOMEX = R$214,50 / AFRMM = R$271,20
A) R$1.905,37
B) R$1.676,72
C) R$13.972,70
D) R$15.878,07
E) R$ 1.618,44
GABARITO
1. Assinale a alternativa correta que indica o valor em reais da base de cálculo da COFINS-Importação, considerando as
seguintes informações: 
 
Valor FCA US$2.000.00, Frete Internacional US$900.00, Seguro Internacional US$100.00 
II = 12%, IPI = 5%, PIS-Importação = 2,10% e COFINS-Importação = 9,65% 
Taxa de Câmbio US$ = R$5,00
A alternativa "E " está correta.
 
A base de cálculo da COFINS-Importação é o valor aduaneiro, o qual é formado pelo somatório do valor FCA, do Frete Internacional e do
Seguro Internacional, convertido pela taxa de câmbio.
2. Assinale a alternativa correta, que corresponde ao valor do ICMS de 12%, calculado em reais, considerando as seguintes
informações: 
 
Valor Aduaneiro R$10.000,00 
II = 14% / IPI = 8% / PIS-Importação = 2,10% / COFINS-Importação = 9,65% 
Taxa Siscomex = R$214,50 / AFRMM = R$271,20
A alternativa "A " está correta.
 
O valor do ICMS é calculado sobre o somatório em reais do valor aduaneiro, do II, do IPI, do PIS-Importação, da COFINS-Importação, da
Taxa Siscomex, do AFRMM e do ICMS, multiplicado pela alíquota do ICMS vigente no estado do importador.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, foram apresentados os custos que compõem o preço das importações, incluindo os tributos e os encargos incidentes nessas
operações e o cálculo de seus valores nas importações brasileiras.
Além disso, foi verificada a importância da interpretação dos Incoterms na composição do valor aduaneiro e da classificação fiscal de
mercadorias (NCM) para determinação das alíquotas vigentes para o cálculo dos tributos. Por fim, foi possível compreender a incidência,
o fator gerador, a base de cálculo e o mecanismo de recolhimento dos tributos.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Economia. Receita Federal. Manuais aduaneiros. Consultado em meio eletrônico em: 12 out. 2020.
FARO, F.; FARO, R. Curso de comércio exterior: visão e experiência brasileira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
LIMA, M. Manual de comércio exterior e negócios internacionais. São Paulo: Saraiva, 2017.
EXPLORE+
Para aprofundar a formação de custos na importação, revise os cálculos apresentados e utilize o simulador de tratamento tributário na
importação do site da Receita Federal.
CONTEUDISTA
Naila Meyre de Céia Freire Sanderson
 CURRÍCULO LATTES
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