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ATIVIDADE 1 - DIREITO FINANCEIRO RESPONDA AS PROPOSIÇÕES A SEGUIR. VALOR (2,0) USE O E-MAIL INSTITUCIONAL, POR GENTILEZA, PARA FACILITAR A CORREÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE CADA ALUNO. GRATA PELA COMPREENSÃO. PROFª GLEICY. ESTABELEÇA A NATUREZA E FUNÇÕES DA ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO * O Estado Democrático de Direito fundamenta-se em leis para o exercício de suas atividades, de modo que só lhe é permitido fazer aquilo que a lei permite. É a lei que estabelece os limites de atuação do governo. O que caracteriza o início do Estado Democrático é a luta por liberdade, igualdade e desejos capitalistas. Nesse sentido, o Estado passa a possuir características próprias que denotam sua importância para o efetivo exercício da democracia, sendo estas: a soberania nacional, a unidade do ordenamento jurídico, a divisão dos poderes estatais, a superioridade da lei sobre outras fontes jurídicas, o reconhecimento do Direito como valor político fundamental, a igualdade formal dos cidadãos perante a lei, o reconhecimento e a proteção de direitos individuais, civis e políticos, a garantia constitucional, a distinção entre público e privado e a afirmação da propriedade privada e da liberdade de iniciativa econômica. Nesse sistema, o titular do poder é o povo, que o exerce diretamente ou por seus representantes. As funções do Estado são orientadas sempre pela busca do bem comum, através da adoção de políticas públicas que atendam às necessidades de seu povo. E, justamente para cumprir com seu papel fundamental, o Estado necessita de recursos para subsidiar suas despesas. Essa arrecadação (receita) ocorre através das taxas, impostos e contribuições, que constituem a “res publica”. O planejamento para a aplicação desses recursos, por meio do orçamento público, é fundamental para a saúde financeira do Estado e aplicação correta dos recursos públicos. A principal arrecadação do Estado vem dos tributos, receita amparada na soberania estatal. Ressalte-se que qualquer atuação do Estado depende de prévia previsão legal, sendo assim, regida pelo princípio da legalidade. As fontes de arrecadação disponíveis ao Estado serão estabelecidas pelo Poder Legislativo. Nesse sentido, a atividade financeira do Estado é regida pelo Direito Financeiro, ramo do Direito Público, que regula e analisa a arrecadação e gastos públicos em determinado período, definindo a destinação do erário. O Direito Financeiro regulamenta a atividade financeira e orçamentária do ente público, visando a satisfação das necessidades públicas pelo Estado e mantendo um elo com o Direito Tributário, que se delimita às arrecadações tributárias, bem como as relações jurídicas derivadas a fim de limitar a arrecadação. O Poder Público deve executar as necessidades sociais do Estado através de funções nitidamente estatais, quais sejam, prestação de serviços públicos, delegáveis ou não a particulares, sem perder, contudo, a natureza de essencialidade. Assim, o Estado poderá exercer outras funções, até mesmo de ordem econômica, que não afetem a sua existência, e possam lhe render receitas para cobrir os custos com a prestação dos serviços públicos. EXPLIQUE A FORMA DE ATUAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ESTADUAIS E LEIS ORGÂNICAS MUNICIPAIS * A República é a forma de governo adotada no Brasil. Portanto, na República, o poder político é exercido direta ou indiretamente, por meio de seus representantes. A forma do Estado brasileiro é federativa, onde um ente central, a União, e outros entes descentralizados, os Estados-membros, que gozam de certa autonomia e organização. As Constituições Estaduais fixam a forma de atuação e as normas de governança no território de um determinado estado, refletindo a autonomia política das unidades federadas, estando sujeitas às restrições impostas pela Constituição Federal. De fato, essas Constituições estão hierarquicamente situadas no ápice do ordenamento jurídico estadual, não sendo passíveis de alteração senão por meio do procedimento especial de emenda ou reforma, disciplinado por elas próprias. A rigor, o controle abstrato estadual se ocupa, unicamente, do confronto entre leis ou atos normativos estaduais (ou municipais) e normas autônomas da Constituição Estadual, tanto as que não encontram paradigma na Constituição Federal, quanto as que consubstanciam normas de reprodução facultativa (normas de imitação). Todavia, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, sob severa crítica doutrinária, alargou o âmbito do controle abstrato estadual, ao admitir que a alegação de inconstitucionalidade tenha como parâmetro normas de reprodução obrigatória de preceitos da Constituição da República. Não se admitiu, contudo, que leis ou atos normativos municipais possam ser confrontados diretamente com a Constituição Federal por meio de ações diretas de nível estadual, julgadas pelos Tribunais de Justiça dos Estados. Na esfera municipal, não existe uma constituição, mas sim uma lei orgânica que é uma norma própria de maior importância política. Por se tratar de uma lei, seus fundamentos encontram-se na Constituição da República, conforme dispõe o art. 29 da CF/88, devendo essas exigências serem respeitadas pelo legislador municipal na elaboração da Lei Orgânica, o que limita a autonomia municipal e garante a participação popular no processo legislativo municipal. As leis orgânicas regulam a vida política municipal, sempre respeitando as Constituições do Estado e a Constituição Federal, sendo um instrumento que obriga o poder público a atender as necessidades locais em favor da população. Conforme autorização constitucional, é possível propor e alterar leis, até mesmo a lei orgânica, desde que 5% dos eleitores do município se manifestem, reunindo assinaturas em favor de um projeto de lei, o que pode ocorrer com a ajuda da tecnologia. Por fim, a lei orgânica se trata de uma forma de regular a autonomia de cada município e atender ao interesse público dos moradores da cidade.
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