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CONTABILIDADE GERENCIAL
Professor Me. Silvio César de Castro
GRADUAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO
PROCESSOS GERENCIAIS
MARINGÁ-PR
2012
Reitor: Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor: Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração: Wilson de Matos Silva Filho
Presidente da Mantenedora: Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria do NEAD: Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Coordenação Pedagógica: Gislene Miotto Catolino Raymundo
Coordenação de Marketing: Bruno Jorge
Coordenação Comercial: Helder Machado
Coordenação de Tecnologia: Fabrício Ricardo Lazilha
Coordenação de Curso: Reginaldo Aparecido Carneiro
Supervisora do Núcleo de Produção de Materiais: Nalva Aparecida da Rosa Moura
Capa e Editoração: Daniel Fuverki Hey, Fernando Henrique Mendes, Luiz Fernando Rokubuiti, Renata Sguissardi e Thayla 
Daiany Guimarães Cripaldi
Supervisão de Materiais: Nádila de Almeida Toledo 
Revisão Textual e Normas: Cristiane de Oliveira Alves, Gabriela Fonseca Tofanelo, Janaína Bicudo Kikuchi, Jaquelina 
Kutsunugi e Maria Fernanda Canova Vasconcelos.
 
 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação
 a distância:
 
C397 Contabilidade gerencial/ Silvio César de Castro.Maringá 
 - PR,2012.
 222 p.
 “Graduação em Administração - EaD”.
 
 
 
 1. Contabilidade gerencial. 2. Patrimônio contábil. 3. EaD. I. 
Título.
 CDD - 22 ed. 657 
 CIP - NBR 12899 - AACR/2
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central - CESUMAR
“As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir dos sites PHOTOS.COM e SHUTTERSTOCK.COM”.
Av. Guedner, 1610 - Jd. Aclimação - (44) 3027-6360 - CEP 87050-390 - Maringá - Paraná - www.cesumar.br
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CONTABILIDADE GERENCIAL
Professor Me. Silvio César de Castro
5CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
APRESENTAÇÃO DO REITOR
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. 
A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para 
liderança e solução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no 
mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos 
nossos fará grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Cesumar – Centro Universitário de Maringá – assume o compromisso 
de democratizar o conhecimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos 
brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária” –, o Cesumar busca a integração do ensino-pesquisa-
extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que 
contribua para o desenvolvimento da consciência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade.
Diante disso, o Cesumar almeja ser reconhecido como uma instituição universitária de 
referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição 
de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; consolidação 
da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-
estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrativa; 
compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do 
trabalho, como também pelo compromisso e relacionamento permanente com os egressos, 
incentivando a educação continuada.
Professor Wilson de Matos Silva
Reitor
6 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Caro aluno, “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua 
produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p. 25). Tenho a certeza de que, no Núcleo de 
Educação a Distância do Cesumar, você terá à sua disposição todas as condições para se 
fazer um competente profissional e, assim, colaborar efetivamente para o desenvolvimento da 
realidade social em que está inserido.
Todas as atividades de estudo presentes neste material foram desenvolvidas para atender o 
seu processo de formação e contemplam as diretrizes curriculares dos cursos de graduação, 
determinadas pelo Ministério da Educação (MEC). Desta forma, buscando atender essas 
necessidades, dispomos de uma equipe de profissionais multidisciplinares para que, 
independente da distância geográfica que você esteja, possamos interagir e, assim, fazer-se 
presentes no seu processo de ensino-aprendizagem-conhecimento.
Neste sentido, por meio de um modelo pedagógico interativo, possibilitamos que, efetivamente, 
você construa e amplie a sua rede de conhecimentos. Essa interatividade será vivenciada 
especialmente no ambiente virtual de aprendizagem – AVA – no qual disponibilizamos, além do 
material produzido em linguagem dialógica, aulas sobre os conteúdos abordados, atividades de 
estudo, enfim, um mundo de linguagens diferenciadas e ricas de possibilidades efetivas para 
a sua aprendizagem. Assim sendo, todas as atividades de ensino, disponibilizadas para o seu 
processo de formação, têm por intuito possibilitar o desenvolvimento de novas competências 
necessárias para que você se aproprie do conhecimento de forma colaborativa.
Portanto, recomendo que durante a realização de seu curso, você procure interagir com os 
textos, fazer anotações, responder às atividades de autoestudo, participar ativamente dos 
fóruns, ver as indicações de leitura e realizar novas pesquisas sobre os assuntos tratados, 
pois tais atividades lhe possibilitarão organizar o seu processo educativo e, assim, superar os 
desafios na construção de conhecimentos. Para finalizar essa mensagem de boas vindas, lhe 
estendo o convite para que caminhe conosco na Comunidade do Conhecimento e vivencie 
a oportunidade de constituir-se sujeito do seu processo de aprendizagem e membro de uma 
comunidade mais universal e igualitária.
Um grande abraço e ótimos momentos de construção de aprendizagem!
Professora Gislene Miotto Catolino Raymundo
Coordenadora Pedagógica do NEAD- CESUMAR
7CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
APRESENTAÇÃO
Livro: Contabilidade Gerencial
Professor Me. Silvio César de Castro
Olá, prezado acadêmico! Seja bem-vindo ao livro de Contabilidade Gerencial. Pelo fato deste 
livro ter sido organizado, especialmente, para o seu estudo, procuro aqui mostrar qual é a 
melhor maneira para estudá-lo, e, desta forma, lhe proporcionar maior aproveitamento. 
Eu sou o professor Silvio César de Castro, trabalho junto ao Cesumar, no ensino da contabilidade 
por mais de dez anos e fiquei imensamente feliz em poder construir este material para nossos 
alunos. Essa satisfação se dá, tendo em vista que com isso tive a liberdade de incorporar todos 
os aspectos que acredito serem importantes aos nossos acadêmicos em relação ao ensino 
da contabilidade.
Agora, faço um breve relato, para facilitar o entendimento da obra por você, acadêmico leitor. 
Na unidade I, chamada CONTABILIDADE - ASPECTOS INTRODUTÓRIOS, procurei introduzir 
os aspectos básicos e conceituais da contabilidade geral, focando sua função principal, que 
é evidenciar a informação necessária para a tomada de decisão, ou seja, para a gestão do 
negócio. Por isso, iniciei o assunto com a Contabilidade e seu posicionamento científico, 
demonstrando que a contabilidade é uma ciência social com objeto de estudo e objetivos 
próprios, assim como mencionamos o seu campo de atuação. Trabalhamos, também, nas 
questões com os princípios contábeis, dando foco ao regime da competência. Foi abordado 
também, os aspectos relacionados aos atributos da informação contábil que pode, inclusive, 
ser ampliado a qualquer tipo de informação utilizada para a tomada de decisão.
Por fim, nosso foco foi a Informação
Contábil, elencando os usuários e os principais atributos 
da informação contábil.
Portanto, nosso propósito, neste capítulo, é que você compreenda as bases da contabilidade 
e a sua função de apoio à gestão.
Na unidade II, denominada de PATRIMÔNIO CONTÁBIL, inserimos subsídios relacionados ao 
objeto de estudo da contabilidade, o patrimônio. Dessa forma, iniciamos, primeiramente, com 
a definição e conceitos do Patrimônio Contábil, que se refere, logicamente, ao patrimônio da 
8 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
própria empresa, divididos em bens, direitos e obrigações. Juntamente, é discorrido de forma 
introdutória aquilo que será foco na próxima unidade, ou seja, o Balanço Patrimonial. 
Na unidade III, a qual denominei de BALANÇO PATRIMONIAL, explicarei de forma detalhada, 
porém simples e bem ilustrada, como é constituído o Balanço Patrimonial de uma entidade por 
meios de seus respectivos grupos: Ativo e Passivo. Os prazos de classificação e sua estrutura 
de apresentação. Também aprofundamos nos subgrupos que compõem os grupos do Ativo 
e do Passivo, focando na liquidez e nos prazos. Será apresentado um importante aspecto, o 
das origens e aplicações de recursos, demonstrando de onde vêm e onde são utilizados os 
recursos das entidades, o qual é a base e princípio do Balanço Patrimonial.
Utilizamos, também, a metodologia de Balanços Sucessivos com o propósito de evidenciar 
a você como se forma o Balanço Patrimonial de uma empresa e sua variação após qualquer 
evento ou fato ocorrido na empresa.
Na unidade IV, chamada de DEMONSTRATIVO DE RESULTADO apresento a Demonstração 
do Resultado do Exercício, cuja finalidade principal é demonstrar o Lucro ou Prejuízo que a 
empresa auferiu em um determinado período. Neste ponto, falamos também sobre Receitas, 
Despesas, Custos e Impostos e a consequente formação do resultado da empresa.
O propósito da apuração do resultado está ligado à eficiência econômica da empresa, por 
isso, esta demonstração não tem finalidade financeira, ou seja, compor um fluxo de caixa, das 
entradas e saídas de dinheiro no período.
Desta forma, o objetivo é que você compreenda a importância, a estrutura e os itens que 
compões este relatório oferecido pela contabilidade.
Na unidade V, chamada de ATIVO PERMANENTE: IMOBILIZADO, nos aprofundaremos em 
um dos grupos do Ativo do Balanço Patrimonial, que contém os bens que têm a finalidade de 
gerar receitas futuras. É o grupo que compõe os bens físicos da empresa: imóveis, veículos, 
equipamentos, maquinários, benfeitorias, ou seja, a infraestrutura da entidade.
A finalidade deste aprofundamento é entendermos um pouco dos ajustes que a contabilidade 
faz ao patrimônio, especificamente, as perdas de valor decorridas por uso, obsolescência ou 
ação da natureza.
Discorremos sobre os conceitos da Amortização em geral. Os cálculos para chegar a estes 
9CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
valores e os percentuais definidos na legislação fiscal sobre os limites para estas reduções, 
têm como contrapartida reduzir o resultado, ou seja, são custos ou despesas.
Citamos exemplos para a depreciação, exaustão e amortização e seus respectivos cálculos.
Atrelado a isso, também investimos um espaço para falar sobre o controle de bens, que são 
formulários destinados a descrever a “vida” destes bens, desde sua aquisição, amortização e 
venda, se for o caso.
Na unidade VI, nomeada CONTROLE DE ESTOQUE, é tratado basicamente do mérito do 
controle dos estoques e sua respectiva avaliação. Mérito face à importância que tem, porém, 
pouco observada de forma geral pelos gestores. Comento sobre o Custo pela média ponderada 
móvel, o PEPS e o UEPS (veja os significados destas siglas no capítulo em questão). Além 
disso, quais os reflexos no resultado da empresa em se utilizar cada uma dessas formas de 
avaliação de estoque.
Na unidade VII, CONTABILIDADE DE CUSTOS: INTRODUÇÃO E INSUMOS, é tratado de um 
assunto importantíssimo para a Contabilidade Gerencial, devido à sua respectiva importância 
para a gestão de um negócio, que é o conhecimento dos elementos que compõem o custo de 
produtos e serviços
A grande importância deste assunto está no fato de que custos estão diretamente relacionados 
a gastos na produção que, por sua vez, influenciam a apuração da margem bruta do produto.
Abordamos, neste capítulo, itens como terminologias, classificação e os elementos/insumos 
que são considerados custos.
A unidade VIII, apresenta um tema muito discutido na gestão de custos das empresas, pois 
a maior dificuldade quando se fala em acumular custos a um produto é o rateio dos custos 
indiretos, ou seja, aqueles que não têm uma relação diretamente proporcional à produção. Aí, 
entram os critérios de rateio. Veremos instrumentos que auxiliarão na tomada de decisão no 
que se refere à produção e ao produto. Conheceremos, também, a formação da Margem de 
Contribuição, isto é, o quanto cada produto contribui para que a empresa possa arcar com os 
seus gastos fixos. 
Na sequência, entenderemos como encontramos o Ponto de Equilíbrio. Você já parou para 
pensar em qual fase de um mês, ou em qual mês (no caso específico da agricultura e pecuária), 
10 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
o empresário sabe que sua empresa tem condições de pagar seus gastos fixos, e daí o que 
vier é lucro?
Vamos conhecer também os pontos de equilíbrio contábil, financeiro e econômico que têm o 
mesmo princípio, mas peculiaridades distintas.
Por fim, vamos conversar sobre a Alavancagem Operacional. Como saber até onde minha 
empresa pode crescer em vendas sem aumentar os seus gastos fixos? Vamos te mostrar 
como calcular e como encontrar o índice Grau de Alavancagem Operacional, que vai dizer 
quantas vezes crescerá o lucro em decorrência do crescimento das vendas, dentro do mesmo 
gasto fixo.
Bom, é isso, caro acadêmico! Esperamos que esta iniciação ao conhecimento da contabilidade 
seja de grande valia para sua vida profissional. 
Qualquer dúvida, estarei à disposição juntamente com nossa equipe.
UNIDADE I
CONTABILIDADE - ASPECTOS TRODUTÓRIOS
CONTABILIDADE E SEU POSICIONAMENTO CIENTÍFICO 19
OBJETIVOS, OBJETO E CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE 20
USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 31
ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 33
UNIDADE II
PATRIMÔNIO CONTÁBIL
CONCEITO DE PATRIMÔNIO CONTÁBIL 41
DIREITOS 43
OBRIGAÇÕES 44
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 44
UNIDADE III
BALANÇO PATRIMONIAL
BALANÇO PATRIMONIAL – ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 55
 ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 56
ATIVO 57
PASSIVO 57
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 57
PRAZOS NO BALANÇO PATRIMONIAL 60
ORIGENS E APLICAÇÕES 63
 BALANÇO PATRIMONIAL: GRUPO DE CONTAS 64
ESTRUTURA PATRIMONIAL 65
ATIVO 66
ATIVO CIRCULANTE 66
ATIVO NÃO CIRCULANTE 67
PASSIVO 70
CONTAS DEDUTIVAS, REDUTORAS OU RETIFICADORAS 72
PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO 75
BALANÇOS SUCESSIVOS 76
 APRESENTAÇÃO DA METODOLOGIA 77
UNIDADE IV
DEMONSTRATIVO DE RESULTADO
DRE – DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO: ASPECTOS CONCEITUAIS 87
RECEITAS 88
CUSTOS 88
DESPESAS 89
OBJETIVO 91
OBRIGATORIEDADE 91
CONTEÚDO 91
 FORMA DE PREPARAÇÃO DO DRE 93
FORMA DE APRESENTAÇÃO 95
COMENTÁRIOS SOBRE OS ITENS QUE COMPÕEM O DRE 98
 DEDUÇÕES DAS VENDAS 98
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS E DOS SERVIÇOS PRESTADOS 99
DESPESAS OPERACIONAIS 101
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 102
EXEMPLO – RESULTADO DA ATIVIDADE EM DETERMINADO PERÍODO E SEU REFLEXO NO 
BALANÇO PATRIMONIAL 103
UNIDADE V
ATIVO PERMANENTE: IMOBILIZADO
ATIVO PERMANENTE 114
DEPRECIAÇÃO ACELERADA 118
AMORTIZAÇÃO 119
EXAUSTÃO 121
CONTROLE DE BENS 123
CONSIDERAÇÕES FINAIS 127
UNIDADE VI
CONTROLE DE ESTOQUE
CONTROLE DE MATERIAL/ MATÉRIA-PRIMA/ MERCADORIAS 135
CUSTO MÉDIO PONDERADO MÓVEL 139
P.E.P.S – PRIMEIRO A ENTRAR, PRIMEIRO A SAIR 139
U.E.P.S – ÚLTIMO QUE ENTRA, PRIMEIRO QUE SAI 140
UNIDADE VII
CONTABILIDADE DE CUSTOS: INTRODUÇÃO E INSUMOS
CONCEITOS E TERMINOLOGIAS UTILIZADAS 147
EMPRESAS INDUSTRIAIS 149
GASTOS 149
INVESTIMENTOS 152
RECEITAS
153
PERDAS 153
DESEMBOLSO 154
CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS 154
GASTOS VARIÁVEIS (DESPESAS / CUSTOS VARIÁVEIS) 157
UNIDADE VIII
RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO CIF´s
RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO – CIF´s 175
 MÉTODOS DE CUSTEIO 179
CUSTEIO POR ABSORÇÃO 180
SOLUÇÃO 183
CUSTEIO VARIÁVEL 185
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 190
PONTO DE EQUILÍBRIO 199
PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL (PEC) 200
PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO (PEF) 201
PONTO DE EQUILÍBRIO MULTIPRODUTOS 211
CONCLUSÃO 219
REFERÊNCIAS 221
UNIDADE I
CONTABILIDADE - ASPECTOS TRODUTÓRIOS
Professor Me. Silvio César de Castro
Objetivos de Aprendizagem
Entender os conceitos da teoria de Conjunto.
•	 Contabilidade	e	seu	posicionamento	científico.
•	 Objetivos,	objeto	e	campo	de	atuação	da	Contabilidade.
•	 Usuários	da	Contabilidade.
•	 Atributos	da	Informação	Contábil.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
•	 Reconhecer	a	Contabilidade	como	ciência	social
•	 Conhecer	o	objetivo	da	Contabilidade	e	sua	abrangência
•	 Identificar	os	usuários	da	Contabilidade	e	os	atributos	da	informação	contábil
19CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
INTRODUÇÃO
Tem-se percebido que a maioria das pessoas que nunca teve contato com a literatura a respeito 
da Contabilidade, julgam-na como uma ciência exata. No entanto, tendo a Contabilidade objeto 
próprio de estudo, o Patrimônio das entidades (pessoas físicas e jurídicas), que o examina de 
forma mais intensa qualitativamente (buscando descrever e explicar as mutações patrimoniais), 
do que quantitativamente, faz com que a mesma seja considerada como uma ciência social. 
CONTABILIDADE E SEU POSICIONAMENTO CIENTÍFICO
A Resolução 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade, em seu apêndice, descreve que:
Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos 
obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas, em 
nível qualitativo semelhante às demais ciências sociais. A Resolução alicerça-se na premissa de que 
a Contabilidade é uma Ciência Social com plena fundamentação epistemológica. Por consequência, 
todas	as	demais	 classifi	cações	–	método,	 conjunto	de	procedimentos,	 técnica,	 sistema,	arte,	 para	
citarmos as mais correntes – referem-se a simples facetas ou aspectos da Contabilidade, usualmente 
concernentes à sua aplicação prática, na solução de questões concretas.
O Patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – por exemplo, da Economia, da Adminis-
tração e do Direito – que, entretanto, o estudam sob ângulos diversos daquele da Contabilidade, que, 
o estuda nos seus aspectos, quantitativos e qualitativos. A Contabilidade busca, primordialmente, 
Fo
nt
e:
 P
HO
TO
S.
CO
M
20 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
apreender,
no sentido mais amplo possível, e entender as mutações sofridas pelo Patrimônio, tendo em mira, 
muitas vezes, uma visão prospectiva de possíveis variações. As mutações tanto podem decorrer da 
ação do homem, quanto, embora quase sempre secundariamente, dos efeitos da natureza sobre o 
patrimônio.
OBJETIVOS, OBJETO E CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE
A Contabilidade é considerada um sistema com objetivo de fornecer informações a uma gama 
de usuários. As informações são elaboradas com base no objeto de estudo da Contabilidade, 
ou seja, o patrimônio das entidades. Em relação ao patrimônio, que será objeto de estudo da 
próxima unidade, pode-se informar por hora, que são os bens, os diretos e as obrigações de 
cunho financeiro, ou seja, mesuráveis em moeda corrente, das entidades (FIPECAFI, 2000).
Essas informações a respeito do patrimônio são disponibilizadas em forma de relatórios/
demonstrações, impressas ou não, podendo ser analisadas pelos usuários sob a ótica 
financeira, econômica e de produtividade entre outros aspectos da entidade em questão e tem 
como objetivo as tomadas de decisão (FIPECAFI, 2000).
Nesse contexto, a Contabilidade Gerencial é um dos segmentos da contabilidade geral ou 
Fo
nt
e:
 P
HO
TO
S.
CO
M
21CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
financeira que se relaciona mais ao registro, controle e gerenciamento do patrimônio das 
organizações. A contabilidade gerencial visa avaliar financeiramente a empresa, controlar 
e levantar custos, orçamentos, ou seja, de forma geral, tem um enfoque voltado para a 
emissão de relatórios gerenciais. Os seguintes aspectos organizacionais são englobados pela 
contabilidade gerencial:
•	 Contabilidade	de	Custos	Industriais.
•	 Sistema	Orçamentário.
•	 Fluxos	de	Caixa	e	Orçamentos	de	caixa	da	empresa.
•	 Avaliação	financeira	e	de	resultados	segmentada.
Auxiliar a gerência nas tomadas de decisão é o objetivo principal da contabilidade gerencial. 
A identificação dos fatos contábeis e sua quantificação para estabelecer as diretrizes a serem 
adotadas pelos administradores devem acompanhar, passo a passo, o cotidiano empresarial. 
Nesse sentido, compete ao contador gerencial evidenciar aquilo que é relevante ou irrelevante 
para ser objeto de análise, aliás, a simples aglomeração de dados é algo extremamente simples 
de se obter por meio dos atuais sistemas de informações computacionais. A relevância da 
contabilidade gerencial reside na identificação daquilo que realmente vai fazer a diferença nas 
decisões das empresas como, por exemplo, fabricar um bem ou adquirir de terceiros, deixar 
de produzir uma linha de produtos, terceirizar, enfim, cabe ao contador atuar para subsidiar o 
modelo para a decisão entre diferentes linhas de ação.
22 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Quadro 1 - Aspectos da informação: contabilidade financeira x gerencial
Fator Contabilidade
Financeira
Contabilidade
Gerencial
Usuário dos relatórios. Externo e Internos Internos
Objetivo dos relatórios. Facilitar a análise 
financeira para as 
necessidades dos 
usuários externos.
Objetivo especial de facilitar o planejamento, 
controle, avaliação de desempenho e tomada 
de decisão internamente.
Forma dos relatórios. Balanço Patrimonial, 
Demonstração dos 
Resultados, 
Demonstração das 
Origens e Aplicações 
de Recursos e 
Demonstração das 
Mutações do 
Patrimônio Líquido.
Orçamentos, contabilidade por 
responsabilidade, relatórios de desempenho, 
relatórios de custo, relatórios especiais não 
rotineiros para facilitar a tomada de decisão.
Freqüência dos 
relatórios. 
Anual, trimestral e 
ocasionalmente 
mensal.
Quando necessário pela administração.
Custos ou valores 
utilizados.
Primariamente 
históricos (passados)
Históricos e esperados (previstos)
Bases de mensuração 
usadas para quantificar 
os dados
Moeda corrente. Várias bases (moeda corrente, moeda 
estrangeira — moeda forte, medidas físicas, 
índices etc.).
Restrições nas 
informações fornecidas.
Princípios Contábeis 
Geralmente Aceitos.
Nenhuma restrição, exceto as determinadas 
pela administração.
Arcabouço teórico e 
técnico.
Ciência Contábil. Utilização pesada de outras disciplinas, como 
economia, finanças, estatística, pesquisa 
operacional e comportamento organizacional.
Características da 
informação fornecida.
Deve ser objetiva 
(sem viés), 
verificável, relevante 
e a tempo.
Deve ser relevante e a tempo podendo ser 
subjetiva, possuindo menos verificabilidade e 
menos precisão.
Perspectiva dos 
relatórios.
Orientação histórica. Orientada para o futuro para
facilitar o planejamento, controle e avaliação de 
desempenho antes do fato (para impor
metas), acoplada com uma orientação histórica 
para avaliar os resultados reais (para o
controle posterior do fato).
Fonte: Padovese, 1997.
23CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Nesse ponto é importante relatar que a contabilidade, independentemente de sua aplicação 
e especialização, é regida por meio de princípios. A resolução do Conselho Federal de 
Contabilidade nº750 de 29/12/1993 dispõe sobre tais princípios:
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício
de suas atribuições legais e regimen-
tais.
CONSIDERANDO que a evolução da última década na área da Ciência Contábil reclama a atualiza-
ção substantiva e adjetiva dos Princípios Fundamentais de Contabilidade a que se refere a Resolução 
CFC 530-81.
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA
Art. 1° Constituem PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE (PFC) os enunciados por 
esta Resolução.
§	1°	A	observância	dos	Princípios	Fundamentais	de	Contabilidade	é	obrigatória	no	exercício	da	profi	s-
são e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
§ 2° Na aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade a situações concretas, a essência 
das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais.
CAPÍTULO II
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO
Art. 2° Os Princípios Fundamentais de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias 
relativas	à	Ciência	da	Contabilidade,	consoante	o	entendimento	predominante	nos	universos	científi	co	
e	profi	ssional	de	nosso	País.	Concernem,	pois,	à	Contabilidade	no	seu	sentido	mais	amplo	de	ciência	
social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades.
Art. 3° São Princípios Fundamentais de Contabilidade:
I - o da ENTIDADE;
II - o da CONTINUIDADE;
III - o da OPORTUNIDADE;
IV - o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V - o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;
24 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
VI - o da COMPETÊNCIA e
VII - o da PRUDÊNCIA.
Seção I
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Art.	4°	O	Princípio	da	ENTIDADE	reconhece	o	Patrimônio	como	objeto	da	Contabilidade	e	afirma	a	
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos 
patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, 
uma	sociedade	ou	 instituição	de	qualquer	natureza	ou	 finalidade,	 com	ou	sem	fins	 lucrativos.	Por	
consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprie-
tários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único. O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma 
ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade 
de natureza econômico-contábil.
Seção II
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Art.	5°	A	CONTINUIDADE	ou	não	da	ENTIDADE,	bem	como	sua	vida	definida	ou	provável,	devem	
ser	 consideradas	 quando	 da	 classificação	 e	 avaliação	 das	mutações	 patrimoniais,	 quantitativas	 e	
qualitativas.
§	1°	A	CONTINUIDADE	 influencia	o	valor	econômico	dos	ativos	e,	em	muitos	casos,	o	valor	ou	o	
vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, 
previsto ou previsível.
§ 2° A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta aplicação do Princípio 
da	COMPETÊNCIA,	por	efeito	de	se	relacionar	diretamente	à	quantificação	dos	componentes	patri-
moniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de 
geração de resultado.
Seção III
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
Art. 6° O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade 
do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a 
extensão correta, independentemente das causas que as originaram.
Parágrafo único. Como resultado da observância do Princípio da OPORTUNIDADE:
I - desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na 
hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência;
25CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
II - o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos 
e monetários;
III - o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da 
ENTIDADE, em um período de tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao 
processo decisório da gestão.
Seção IV
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Art. 7° Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações 
com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avalia-
ção	das	variações	patrimoniais	posteriores,	inclusive	quando	configurarem	agregações	ou	decompo-
sições no interior da ENTIDADE.
Parágrafo único. Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:
I - a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, consi-
derando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes;
II - uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus va-
lores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, 
parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;
III - o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, 
inclusive quando da saída deste;
IV - os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são 
compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o 
valor de entrada;
V - o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo 
de homogeneização quantitativa dos mesmos.
Seção V
O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
Art. 8° Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos 
registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patri-
moniais.
Parágrafo único. São resultantes da adoção do Princípio da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA:
I - a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante 
em termos do poder aquisitivo;
II - para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais (art. 7°), é 
26 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
necessário	atualizar	sua	expressão	formal	em	moeda	nacional,	a	fim	de	que	permaneçam	substantiva-
mente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do patrimônio líquido;
III - a atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-somente, o ajustamento dos 
valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores, ou outros elementos 
aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período.
Seção VI
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
Art. 9° As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que 
ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento 
ou pagamento.
§ 1° O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam 
em	 aumento	 ou	 diminuição	 no	 patrimônio	 líquido,	 estabelecendo	 diretrizes	 para	 classificação	 das	
mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da OPORTUNIDADE.
§ 2° O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é conseqüuência 
natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.
§ 3° As receitas consideram-se realizadas:
I - nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso 
firme	de	efetivá-lo,	quer	pela	investidura	na	propriedade	de	bens	anteriormente	pertencentes	à	ENTI-
DADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados;
II - quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desapare-
cimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;
III - pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros;
IV - no recebimento efetivo de doações e subvenções.
§ 4° Consideram-se incorridas as despesas:
I - quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para 
terceiro;
II - pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;
III - pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.
Seção VII
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do 
ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas 
para	a	quantificação	das	mutações	patrimoniais	que	alterem	o	patrimônio	líquido.
27CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
§ 1° O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, 
quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais 
de Contabilidade.
§ 2° Observado o disposto no art. 7°, o Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações 
posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPE-
TÊNCIA.
§	3°	A	aplicação	do	Princípio	da	PRUDÊNCIA	ganha	ênfase	quando,	para	defi	nição	dos	valores	relati-
vos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável.
Art. 11. A inobservância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade constitui infração às alíneas 
“c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n° 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao Código 
de	Ética	Profi	ssional	do	Contabilista.
Art. 12. Revogada a Resolução CFC n° 530-81, esta Resolução entra em vigor a partir de 1° de janeiro 
de 1994.
Brasília, 29 de dezembro de 1993.
 IVAN CARLOS GATTI – Presidente
(1) Publicada no DOU, de 31-12-93 e de 07-02-94.
Em relação ao princípio da competência, existem dois regimes:
a) Regime de competência: as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do 
resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlaciona-
rem, independentemente de recebimento ou pagamento.
b) Regime de caixa é o regime contábil que apropria as receitas e despesas no período de seu 
recebimento ou pagamento (embolso ou desembolso), respectivamente, independente-
mente do momento em que são realizadas.
A despesa só é considerada no regime de caixa, quando for paga, independente do momento 
que esta foi realizada. O que considera aqui é o momento em que foi paga.
A receita só é considerada no regime de caixa quando for recebida, independente do momento 
que esta foi realizada. O que considera aqui é o momento em que foi recebida e não o momento 
em que foi efetuado o negócio e emitido a nota fiscal de venda.
28 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Exemplos:
a) Vamos supor que a assinatura anual de um jornal custou R$ 120,00 e esta quantia foi paga 
para a editora em 4 vezes sem juros de R$ 30,00. No regime de caixa, respectivamente 
no	fluxo	de	caixa,	os	valores	pagos	serão	considerados	e	agendados	no	momento	em	que	
ocorrerá seu pagamento, ou seja, R$ 30,00 por mês. Já no regime de competência, a des-
pesa deverá ser R$ 10,00 por mês, perfazendo um total de R$ 120,00 (período de um ano 
de assinatura), independente de como ela foi paga.
b) Havendo a venda de um bem para pagamento futuro, ou seja, uma venda a prazo, no 
regime de caixa, a receita só será considera quando for recebida, ou seja, no dia que a 
parcela correspondente for quitada pelo cliente. Esse agendamento do recebimento da 
parcela,	será	efetuado	junto	ao	fluxo	de	caixa.	Já	no	regime	de	competência,	a	receita	é	
considerada receita ganha no momento da negociação, ou seja, o total da emissão da nota 
fiscal	de	venda,	independente	do	momento	que	será	paga.
A contabilidade é uma ciência de natureza econômica que tem por objetivo produzir informação 
para possibilitar o conhecimento do passado, presente e futuro da realidade econômica em 
termos quantitativos e qualitativos de todos os seus níveis organizativos, mediante a utilização 
de um método específico apoiado em bases suficientemente testadas, com o fim de adoção 
das decisões financeiras externas e as de planejamento e controles internos.
29CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Preocupa-se com todos os acontecimentos que possam influenciar o equilíbrio patrimonial e por 
isso os identifica, seleciona, analisa e promove medidas, processos, avaliação e comunicação 
de dados, facilitando a tomada de decisão. A contabilidade desempenha um papel essencial 
na condução da gestão das entidades, no exame da sua eficácia e resultados.
Nesse sentido, Silvério e Viceconti (2000, p. 2) expõem que o campo de atuação da 
Contabilidade são as 
entidades econômico-administrativas, assim chamadas aquelas que, para atingirem 
seu objetivo, seja econômico ou social, utilizam bens patrimoniais e necessitam de um 
órgão administrativo, que pratica atos de natureza econômica necessários aos seus 
fins.
Silva (2002, p. 3) esclarece que as entidades econômico-administrativas são assim 
classificadas:
a) Entidades com fins lucrativos – chamadas empresas, que visam lucros para 
preservar e/ou aumentar o seu patrimônio líquido. Exemplo: empresas comerciais, 
industriais, de serviços, agrícolas etc.
b) Entidades com fim socioeconômico – intituladas instituições, visam atingir superávit 
que reverterá em benefício de seus integrantes. Exemplo: associações de classe, 
clubes sociais etc.
c) Entidades com fins sociais também chamadas instituições, que têm por obrigação 
atender às necessidades da coletividade a que pertencem. Exemplo: a União, os 
Estados e os Municípios. 
Diante do exposto, pode-se afirmar que os objetivos da contabilidade são:
•	 proceder	ao	registro	da	estrutura	societária	da	organização,	bem	como,	alterações	futuras;
•	 registrar,	analisar	e	controlar	o	patrimônio	das	entidades;
•	 gerar	informações	para	tomada	de	decisão	da	administração;
•	 gerar	 informações	para	 terceiros	com	vínculo	de	 interesse	para	com	o	empreendimento	
(acionistas, investidores, fornecedores, governo etc.).
Silva (2002, p. 2) afirma que a Contabilidade pode ser estudada de modo geral (para todas 
30 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
as empresas) ou em particular (aplicada em certo ramo de atividade ou setor da economia). 
Assim, no estudo da Contabilidade pode-se enfocar, dentre outros, os seguintes ramos:
•	 Contabilidade	Comercial	e	de	Serviços.
•	 Contabilidade	Industrial.
•	 Contabilidade	Bancária.
•	 Contabilidade	Hospitalar.
•	 Contabilidade	Pública.
•	 Contabilidade	Agropecuária.
•	 Contabilidade	Securitária.
•	 Contabilidade	de	Transporte	(rodoviário,	marítimo,	aéreo).
•	 Contabilidade	das	Pessoas	Físicas	-	Atividade	Rural.
•	 Contabilidade	de	Autônomos.
31CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Anteriormente, foi informado que as informações contábeis são destinadas aos usuários para 
tomadas de decisão.
Segundo Silva (2002, p.3), usuários 
compreendem todas as pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, 
tenham interesse na avaliação da situação e do desenvolvimento da entidade, como 
titulares (empresas individuais), sócios acionistas, administradores, governo (fisco), 
fornecedores, bancos etc.
No entanto, verifica-se que pode existir uma variedade de usuários com necessidades de 
informações específicas. Nessa variedade, existem dois grupos distintos: internos e externos. 
A Resolução 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade conceitua: 
“Os usuários internos incluem os administradores de todos os níveis, que usualmente se valem 
de informações mais aprofundadas e específicas acerca da Entidade, notadamente aquelas 
relativas ao seu ciclo operacional”.
Segundo Miranda (2002), usuários Internos são todas as pessoas ou grupos de pessoas 
relacionadas com a empresa e que têm facilidade de acesso às informações contábeis, tais 
como:
•	 Gerentes:	para	as	tomadas	de	decisão.
Fo
nt
e:
 P
HO
TO
S.
CO
M
32 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
•	 Funcionários:	com	interesse	em	pleitear	melhorias.
•	 Diretoria:	para	a	execução	de	planejamentos	organizacionais.
O usuário interno principal da informação contábil é a alta administração, que pela proximidade 
à Contabilidade, pode solicitar a elaboração de relatórios e demonstrativos de acordo com suas 
necessidades específicas,
auxiliando-lhes na gestão do negócio. Os relatórios específicos 
podem, além de abranger quaisquer áreas de informação (fluxo financeiro, disponibilidades, 
contas a pagar, contas a receber, aplicações financeiras, compra e vendas no dia ou no período 
e os gastos gerais de funcionamento), ser elaborados diariamente ou em curtos períodos de 
tempo (semana, quinzena, mês etc.), de acordo com as necessidades administrativas.
Os usuários externos concentram suas atenções, de forma geral, em aspectos mais genéricos, 
expressos nas demonstrações contábeis.
Para Miranda (2002), usuários Externos são todas as pessoas ou grupos de pessoas 
sem facilidade de acesso direto às informações, mas que as recebem de publicações das 
demonstrações pela entidade, tais como:
•	 Bancos:	 interessados	nas	demonstrações	financeiras	a	 fim	de	analisar	a	 concessão	de	
financiamentos	e	medir	a	capacidade	de	retorno	do	capital	emprestado.
•	 Concorrentes:	interessados	em	conhecer	a	situação	da	empresa	para	poder	atuar	no	mer-
cado.
•	 Governo:	que	necessita	obter	 informações	sobre	as	 receitas	e	as	despesas	para	poder	
atuar sobre o resultado operacional no que concerne a sua parcela de tributação.
•	 Fornecedores:	interessados	em	conhecer	a	situação	da	entidade	para	poder	continuar	ou	
não as transações comerciais com a entidade, além de medir a garantia de recebimento 
futuro.
•	 Clientes:	interessados	em	medir	a	integridade	da	entidade	e	a	garantia	de	que	seu	pedido	
será	atendido	nas	suas	especificações	e	no	tempo	acordado.
33CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
Como a RESOLUÇÃO Nº 785/95 do Conselho Federal de Contabilidade que aprova a NBC T 
1 (Normas Brasileiras de Contabilidade – Técnicas) – Características da Informação Contábil, 
descreve, de forma completa, sobre os seus atributos e características, a mesma encontra-se 
reproduzida a seguir na íntegra: 
1.1 – DO CONCEITO E CONTEÚDO
1.1.1 – A Contabilidade, na sua condição de ciência social, cujo objeto é o patrimônio, busca, por 
meio	da	apreensão,	da	quantifi	cação,	da	classifi	cação,	do	registro,	da	eventual	sumarização,	da	de-
monstração, da análise e relato das mutações sofridas pelo patrimônio da entidade particularizada, 
a geração de informações quantitativas e qualitativas sobre ela, expressas tanto em termos físicos, 
quanto monetários. 
1.1.2 – As informações geradas pela Contabilidade devem propiciar, aos seus usuários, base segura 
às suas decisões, pela compreensão do estado em que se encontra a entidade, seu desempenho, sua 
evolução, riscos e oportunidades que oferece.
1.1.3 – A informação contábil se expressa por diferentes meios, como demonstrações contábeis, es-
crituração ou registros permanentes e sistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, notas 
explicativas, mapas, pareceres, laudos, diagnósticos, prognósticos, descrições críticas ou quaisquer 
outros	utilizados	no	exercício	profi	ssional	ou	previstos	em	legislação.
1.2 – DOS USUÁRIOS
Fo
nt
e:
 P
HO
TO
S.
CO
M
34 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
1.2.1 – Os usuários são pessoas físicas ou jurídicas com interesse na entidade, que utilizam as infor-
mações	contábeis	desta	para	seus	próprios	fins,	de	forma	permanente	ou	transitória.
1.2.2 – Os usuários incluem, entre outros, os integrantes do mercado de capitais, investidores, pre-
sentes	ou	potenciais,	 fornecedores	e	demais	 credores,	 clientes,	 financiadores	de	qualquer	nature-
za, autoridades governamentais de diversos níveis, meios de comunicação, entidades que agem em 
nome de outros, como associações e sindicatos, empregados, controladores, acionistas ou sócios, 
administradores da própria Entidade, além do público em geral. 
1.3 – DOS ATRIBUTOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL
1.3.1 – A informação contábil deve ser, em geral e antes de tudo, veraz e equitativa, de forma a satis-
fazer as necessidades comuns a um grande número de diferentes usuários, não podendo privilegiar 
deliberadamente a nenhum deles, considerado o fato de que os interesses destes nem sempre são 
coincidentes.
1.3.2 – A informação contábil, em especial aquela contida nas demonstrações contábeis, notadamente 
as	previstas	em	legislação,	deve	propiciar	revelação	suficiente	sobre	a	entidade,	de	modo	a	facilitar	a	
concretização dos propósitos do usuário, revestindo-se de atributos, entre os quais, são indispensá-
veis os seguintes: 
•	confiabilidade;
•	tempestividade;
•	compreensibilidade;	e
•	comparabilidade.
1.4 – DA CONFIABILIDADE
1.4.1	–	A	confiabilidade	é	atributo	que	faz	com	que	o	usuário	aceite	a	informação	contábil	e	a	utilize	
como	base	de	decisões,	configurando,	pois,	elemento	essencial	na	relação	entre	aquele	e	a	própria	
informação.
1.4.2	–	A	confiabilidade	da	informação	fundamenta-se	na	veracidade,	completeza	e	pertinência	do	seu	
conteúdo. 
§ 1º A veracidade exige que as informações contábeis não contenham erros ou vieses, e sejam ela-
boradas em rigorosa consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas 
Brasileiras	de	Contabilidade	e,	na	ausência	de	norma	específica,	com	as	técnicas	e	procedimentos	
respaldados na ciência da contabilidade, nos limites de certeza e previsão por ela possibilitados.
§ 2º A completeza diz respeito ao fato de a informação compreender todos os elementos relevantes 
e	significativos	sobre	o	que	pretende	revelar	ou	divulgar,	como	transações,	previsões,	análises,	de-
monstrações, juízos ou outros elementos. 
§ 3º A pertinência requer que seu conteúdo esteja de acordo com a respectiva denominação ou título.
35CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
1.5 – DA TEMPESTIVIDADE
1.5.1 – A tempestividade refere-se ao fato de que a informação contábil deve chegar ao conhecimento 
do	usuário	em	tempo	hábil,	a	fi	m	de	que	este	possa	utilizá-la	para	seus	fi	ns.	
1.5.2 – Nas informações preparadas e divulgadas sistematicamente, como as demonstrações contá-
beis, a periodicidade deve ser mantida. Quando por qualquer motivo, inclusive de natureza legal, a 
periodicidade for alterada o ato e suas razões devem ser divulgados junto à própria informação.
1.6 – DA COMPREENSIBILIDADE
1.6.1 – A informação contábil deve ser exposta da forma mais compreensível possível ao usuário que 
se destine. 
§ 1º A compreensibilidade presume que o usuário disponha de conhecimentos de Contabilidade e 
dos negócios e atividades da entidade, em nível que o habilite ao entendimento das informações 
colocadas à sua disposição, desde que se proponha a analisá-las, pelo tempo e com a profundidade 
necessários.
§	2º	A	eventual	difi	culdade	ou	mesmo	a	impossibilidade	de	entendimento	sufi	ciente	das	informações	
contábeis por algum usuário jamais será motivo para a sua não-divulgação.
1.6.2 – A compreensibilidade concerne à clareza e objetividade com que a informação contábil é 
divulgada, abrangendo desde elementos de natureza formal, como a organização espacial e recursos 
gráfi	cos	empregados,	até	a	redação	e	técnica	de	exposição	utilizadas.
§	 1º	A	 organização	 espacial,	 os	 recursos	 gráfi	cos	 e	 as	 técnicas	 de	 exposição	 devem	promover	 o	
entendimento integral da informação contábil, sobrepondo-se, pois, a quaisquer outros elementos, 
inclusive de natureza estética.
§ 2º As informações contábeis devem ser expressas no idioma nacional, sendo admitido o uso de 
palavras	em	língua	estrangeira	somente	no	caso	de	manifesta	inexistência	de	palavra	com	signifi	cado	
idêntico na língua portuguesa. 
1.7 – DA COMPARABILIDADE
1.7.1 – A comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimento da evolução entre determina-
da informação ao longo do tempo, numa mesma entidade ou em diversas Entidades, ou a situação 
destas num momento dado, com vista a possibilitar-se o conhecimento das suas posições relativas.
1.7.2 – A concretização da comparabilidade depende da conservação dos aspectos substantivos e 
formais das informações. 
Parágrafo único – A manutenção da comparabilidade não deverá constituir elemento impeditivo da 
evolução qualitativa da informação
contábil.
36 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Apesar da maioria das pessoas que nunca tiveram contato com a Contabilidade pensarem, 
ela não uma ciência exata, mas sim social. E tem como objeto de estudo o patrimônio das 
entidades. Lembrando que o patrimônio é tudo aquilo que pode ser mensurado financeiramente 
nas entidades/empresas, tais como estoques, veículos, contas a pagar, contas a receber, 
dinheiro no banco e em caixa etc.
A contabilidade é regida por uma série de princípios que foram normatizados pelo Conselho 
Federal de Contabilidade.
O objetivo da contabilidade é gerar informações para as tomadas de decisão por parte dos 
usuários, que podem ser internos e externos. No que tange à informação gerada, essa requer 
os seguintes atributos: confiabilidade; tempestividade; compreensibilidade e comparabilidade.
A contabilidade é vista, no Brasil, de forma geral, como uma ferramenta para tomadas de decisão?
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade>.
<http://www.cfc.org.br/>.
<http://www.eac.fea.usp.br/>.
<http://www.classecontabil.com.br/>.
<http://www.fi	pecafi	.com.br/>.
Acesso em: 03/ fev. 2007.
37CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
O Manual de Contabilidade por Ações, apresenta, no intervalo indicado, a estrutura conceitual básica 
da contabilidade sob a ótica dos objetivos da contabilidade, relacionados com os usuários da informa-
ção contábil e a natureza das informações geradas pela contabilidade e do seu relacionamento com 
outras ciências sociais.
FIPECAFI, Manual de Contabilidade da Sociedade por Ações. São Paulo: Atlas, 2000, pp. 42-44.
Biblioteca CESUMAR, chamada: 657.95 F981m, 5. ed.
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
Responda às seguintes questões:
1. Quais os objetivos da contabilidade?
2. Qual é o objeto de estudo da contabilidade?
3. Qual o campo de atuação da contabilidade?
4.	 O	que	é	entidade?	Como	podem	ser	classifi	cadas?
5. Por que a contabilidade é considerada uma Ciência Social?
6. O que são usuários internos e externos?
7. Descreva quais os atributos da informação contábil, segundo a RESOLUÇÃO CFC 
Nº 785/95.
8.	 O	que	signifi	ca	veracidade	em	termos	de	atributo	da	informação	contábil?
9.	 	Qual	o	signifi	cado	de	completeza	em	relação	à	informação	contábil?
10. De forma geral, os escritórios de contabilidade têm prestado serviços voltados à tomada de 
decisão por parte dos usuários?
11.	Qual	a	solução	para	os	microempresários	que	não	possuem	condições	fi	nanceiras	para	
manter um contabilista em seu negócio?
12. Os relatórios contábeis gerados por empresas terceirizadas atendem aos atributos da infor-
mação contábil?
38 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
13. Os atributos da informação contábil são mais relevantes para os usuários internos ou ex-
ternos? Por quê?
Atividade resolvida - quadro com 5 relatórios/demonstrativos contábeis pertinentes a cada tipo 
de usuário:
USUÁRIOS INTERNOS
Diretor 
Comercial
Diretor 
Financeiro
Gerente de 
Produção
Diretor de 
Marketing
1.
2. 
Faturamento
3. Estoques
4.
 Inadimplência
5. Patrimônio
 
Lucro/Prejuízo
1. 
2. 
Faturamento
3. Estoques
4. 
Inadimplência
5. Custo 
Produtos
Lucro/Prejuízo
1. Gastos
2. Fluxo de
caixa 
3.
 Faturamento
4. 
5.
 Inadimplência
Lucro/Prejuízo
1. Estoques
2. Custo
Produtos 
3 Prev. 
Faturam. 
4. Prev. 
Investim. 
5. Relat. 
Perdas 
1. Custo Produto
2. Custo Eventos
3. 
Faturamento
4.
 Lucro/Prejuízo
5.
 Estoques
USUÁRIOS EXTERNOS
Fornecedores Clientes Governo Instituições 
Financeiras
Investidores e 
Acionistas
1. 
Faturamento
2. Patrimônio
3.
 Lucro/Prejuízo
4. Prev. Faturam.
5. 
Inadimplência
1. 
Faturamento
2. Patrimônio
3.
 
4.
 Inadimplência
5. Impostos
Lucro/Prejuízo
1.
 Faturamento
2. Patrimônio
3. Estoques
4.
 
5. Impostos
Lucro/Prejuízo
1. 
Faturamento
2. Patrimônio
3. Estoques
4.
5. Fluxo de 
caixa 
Lucro/Prejuízo
1. 
Faturamento
2. Patrimônio
3. Estoques
4.
 Lucro/Prejuízo
5.
 Inadimplência
Sócio 
Proprietário
UNIDADE II
PATRIMÔNIO CONTÁBIL
Professor Me. Silvio César de Castro
Objetivos de Aprendizagem
•	 Conceito	de	Patrimônio	Contábil.
•	 Ativo,	bens,	direitos.
•	 Passivo,	obrigações.
•	 Patrimônio	Líquido.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
•	 Compreender	os	elementos	que	compõe	o	patrimônio	contábil
•	 Classificar	os	itens	entre	ativo,	passivo	e	patrimônio	líquido
41CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
INTRODUÇÃO
Dando continuidade ao que foi verificado na unidade anterior, em que foi definido como objeto 
de estudo da contabilidade o patrimônio das entidades, essa unidade tem como objetivo 
explorar, de forma mais aprofundada, o que compõe o patrimônio. Segundo Miranda (2002, p. 
19), o patrimônio “é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física 
ou jurídica, com finalidade definida e mensurável economicamente”. Isso será verificado com o 
auxílio de exemplos que possam tratar do assunto com uma maior proximidade da prática das 
entidades no dia a dia. Diante do balanço patrimonial, o lado esquerdo acomoda o conjunto 
de bens e direitos pertencentes a uma entidade, e o lado direito inclui as obrigações a serem 
pagas por essa entidade.
CONCEITO DE PATRIMÔNIO CONTÁBIL
BENS
Segundo Ferrari (2001), bens representam tudo o que pode ser avaliado economicamente e 
que satisfaça necessidades humanas/corporativas.
Pode-se classificar os bens em:
•	Tangíveis,	corpóreos,	concretos	ou	materiais.
•	Intangíveis,	incorpóreos,	abstratos	ou	imateriais.
Fo
nt
e:
 P
HO
TO
S.
CO
M
42 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Bens Tangíveis, Corpóreos, Concretos ou Materiais têm existência física; existem como 
coisa ou objeto.
Exemplos:
•	 Numerários:	dinheiro.
•	 Mercadorias	em	estoque,	produtos,	materiais	de	consumo.
•	 Fixos	ou	imobilizados	(representam	os	bens	duráveis,	com	vida	útil	superior	a	1	ano):	imó-
veis, veículos, máquinas, instalações, equipamentos, móveis e utensílios etc.
•	 De	renda:	não	destinados	aos	objetivos	da	empresa	(imóveis	destinados	à	renda	ou	alu-
guel).
•	 De	 consumo	 (não	 duráveis	 ou	 que	 são	 gastos	 ou	 consumidos	 no	 processo	 produtivo);	
depois	de	consumidos,	 representam	despesas:	combustíveis	e	 lubrificantes,	material	de	
escritório, material de limpeza etc.
Bens Intangíveis, Incorpóreos, Abstratos ou Imateriais
Não possuem existência física, porém, representam uma aplicação de recursos imprescindível 
aos objetivos da entidade, e cujo valor reside em direitos de propriedade que são legalmente 
conferidos aos seus possuidores, como marcas e patentes, fórmulas ou processos de 
fabricação, direitos autorais, autorizações ou concessões, ponto comercial, fundo de comércio, 
benfeitorias em prédios de terceiros, pesquisa e desenvolvimento de produtos, custo de 
projetos técnicos, despesas pré-operacionais, pré-industriais, de organização, reorganização, 
reestruturação ou remodelação de empresas etc. (FERRARI, 2001).
Bens Móveis
São os bens que fazem parte do patrimônio das entidades que se move ou pode mover 
todos os objetos materiais que se podem transportar, mudar sua localização sem perder suas 
características e direitos a eles inerentes.
43CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Bens Imóveis
São aqueles bens que fazem parte do patrimônio das entidades que se não movem são, de 
forma geral, inertes, imutáveis. Bem que não é móvel, como terreno, prédio, edifício, casa etc.
DIREITOS 
Valores a serem recebidos de terceiros, por vendas a prazo ou valores de propriedade 
da empresa que se encontra em posse de terceiros. A Tendência é de que os valores 
correspondentes aos direitos se tornem bens.
Exemplos:
Títulos a receber, clientes, contas a receber, notas promissórias a receber, dinheiro depositado 
no Banco, aplicações financeiras, adiantamento a funcionários, empréstimos a sócios etc.
Propriedade
Favero et al.
(1997) esclarecem que para ter propriedade é necessário possuir o legítimo poder 
de decisão sobre o destino do objeto. Nem sempre ser o proprietário é necessário que se 
tenha a posse. Um arrendamento mercantil (Leasing) de uma máquina ou veículo, pelo qual a 
empresa pagará aluguel mensal, não se caracteriza como ativo, embora o bem esteja dentro 
da empresa (posse e não propriedade). 
Avaliável	em	Dinheiro
Os mesmos autores afirmam que qualquer bem ou direito dever ser mensurável em dinheiro 
para poder ser considerado como ativo de uma empresa. Iudícibus e Marion (2000) colocam 
que um dos itens mais significativos que normalmente não é contabilizado como ativo, pois não 
tem um valor objetivo, é o que denominamos de Goodwill (traduzido para o português como 
Fundo de Comércio, Aviamentos, Mais Valia... traduções essas que não refletem fielmente”. 
Para eles, inicialmente, pode-se dizer que goodwill é o valor maior, um ágio de uma empresa 
em virtude de bons serviços prestados; da imagem/reputação; dos consumidores conquistados 
ao longo dos anos etc. Esses aspectos considerados positivos, e outros, no momento de se 
avaliar uma empresa, podem representar montantes, algumas vezes, maiores de que seu ativo 
tangível, no entanto, não existe a possibilidade de se realizar uma avaliação precisa dado ao 
44 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
seu subjetivismo assim sendo, o goodwill não é demonstrado.
Benefícios Presentes ou Futuro
Favero et al. (1997) afirmam que é necessário também que o bem ou direito tenha a capacidade 
de trazer benefícios presentes ou futuros para a empresa, ou seja, tenha a potencialidade de 
geração de caixa. Se a empresa possuir um “título a receber” de uma empresa falida, não 
teremos mais um ativo, pois não existe mais a possibilidade de convertê-lo em dinheiro, não 
trazendo benefício algum para sua portadora.
OBRIGAÇÕES
Segundo Miranda (2002, p. 18), as obrigações “constituem-se em ato da pessoa ou empresa 
dispor de algum bem ou serviço e que em troca destes originam um compromisso futuro 
de pagamento, representado por um documento, como as duplicatas a pagar”. São dívidas 
ou compromissos de qualquer espécie ou natureza assumidos perante terceiros, ou bens de 
terceiros que se encontram em posse da entidade.
Exemplos: financiamentos, empréstimos bancários, salários a pagar, impostos a pagar etc.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O patrimônio líquido é constituído pela soma dos bens mais os direitos menos as obrigações, 
ou seja, (pl= bens+direitos-obrigações). Como o próprio nome sugere, patrimônio líquido 
significa a fatia de recursos que é da própria entidade, pois se somar o que ela possui (bens) 
mais o montante do que tem para receber (direitos) e efetuar a quitação do que ela deve 
(obrigações) o que resta é o líquido (patrimônio líquido). 
Exemplo:
Se uma empresa possui em bens: R$ 50.000; direitos: R$ 60.000; e em obrigações: R$ 40.000, 
seu patrimônio líquido será:
pl= 50.000+60.000-40.000
pl= 70.000
45CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio do quadro abaixo, pode-se verificar os conceitos trabalhados nesta unidade.
Inicialmente, uma indicação das origens e aplicações dos recursos. Isso significa que todos 
os recursos que a entidade possui vêm das origens (passivo e patrimônio líquido). Quando 
pensamos dessa forma é possível perceber que o passivo da empresa é apenas um registro 
de quem forneceu os recursos para a empresa. É similar quando se compra algo e ele vem 
com uma etiqueta de sua procedência. As origens (passivo e patrimônio líquido) representam 
a etiqueta e não o bem, esse encontra-se no ativo (aplicações). Por meio do quadro abaixo 
é possível também observar alguns exemplos de bens, direitos, obrigações e do patrimônio 
líquido.
46 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade>.
<http://www.cfc.org.br/>.
<http://www.eac.fea.usp.br/>.
<http://www.classecontabil.com.br/>.
<http://www.fi	pecafi	.com.br/>.
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/glossario.htm>.
Acesso em: 03/02/2007.
Marion (2004) apresenta no capítulo indicado, uma visão clara e objetiva a respeito do patrimônio, 
objeto de estudo da contabilidade. Apresenta também o conceito de patrimônio líquido, utilizando-se 
de	exemplos	de	empresas	fi	ctícias	com	a	fi	nalidade	de	facilitar	o	aprendizado	a	respeito	dos	aspectos	
que envolvem o patrimônio contábil.
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2004, pp. 33-41.
Biblioteca CESUMAR, número de chamada: 657 M341c, 7. ed. 2004.
Faça você agora um levantamento do seu patrimônio.
1. Faça uma relação dos seus bens e atribua valores a eles.
2. Faça uma relação do que você tem a receber nos próximos 12 meses.
3. Descreve suas dívidas e respectivos valores para os próximos 12 meses.
47CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1. Responda:
a) Qual o conceito de Patrimônio?
b) O que são bens? Cite 5 exemplos de bens.
c) Qual a diferença entre bens móveis e bens imóveis?
d) Qual a diferença entre bens materiais e imateriais?
e) O que se entende por Direitos? O que se entende por Obrigações?
f) No senso comum, como pode ser entendido o patrimônio?
g) Contabilmente, como é composto o patrimônio?
h) Riqueza líquida de uma empresa é medida de que forma?
i) Quando os Bens + Direitos forem menores que as Obrigações, como é considerada a situ-
ação da empresa?
j)	 Como	pode	ser	definido	o	patrimônio	Líquido?
k) Se uma empresa possui em bens e direitos $ 30.000 e em obrigações a pagar $ 20.000, 
sua situação líquida (patrimônio Líquido) será de quanto?
l) Em determinado mês, uma empresa comprou mercadorias a prazo de $ 8.000 e as ven-
deu,	à	vista,	pelo	valor	de	$	20.000.	A	princípio,	pode-se	afirmar	que	o	Patrimônio	Líquido	
aumentou em quanto?
2. Relacione a coluna da esquerda com a da direita:
a) Direitos ( ) Veículos
b) Bens Materiais ( ) Duplicatas a Receber
c) Bens Imateriais ( ) Fornecedores
d) Obrigações ( ) Marcas e Patentes
3. Assinale a alternativa que contém apenas Direitos e Bens:
a. Fornecedores, Duplicatas a Receber, Dinheiro.
b. Móveis, Adiantamento a Funcionários, Estoque de mercadorias.
48 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
c. Fornecedores, Salários a Pagar, Impostos a Pagar.
4. Complete:
a)	 Os	elementos	que	devem	ser	representados	do	lado	esquerdo	do	gráfico	representativo	do	
Patrimônio são os _____________ e os ______________________ .
b)	 Os	elementos	que	devem	ser	representados	do	lado	direito	do	gráfico	representativo	do	
Patrimônio são as ___________________________ .
5. A Cia Densada apresentava, em 25/05/2007, o seguinte conjunto de bens, direitos e obri-
gações:
•	 Banco	Conta	corrente	 	 	 $	50.000
•	 Aplicações	financeiras	 	 	 $	45.800
•	 Títulos	a	pagar	 	 	 $	20.000
•	 Estoques	 	 	 	 $	58.400
•	 Veículos	 	 	 	 $	145.000
•	 Empréstimos	a	pagar	 	 	 $	60.000
•	 Prédios	 	 	 	 $	960.000
•	 Fornecedores		 	 	 $	115.000
•	 Salários	a	pagar	 	 	 $	63.000
Pede-se:
a) O total dos bens.
b) O total de direitos.
c) O total de obrigações.
6. Relacione a coluna da esquerda com a da direita:
a) Direitos ( ) Adiantamento de Clientes
b) Bens Materiais ( ) Empréstimo a sócios
c) Bens Imateriais ( ) Dinheiro em caixa
49CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
d) Obrigações ( ) Marcas e patentes
7. Assinale a alternativa que contém apenas Obrigações:
a) Fornecedores, Duplicatas a Receber, Dinheiro.
b) Móveis, Clientes, Fornecedores.
c) Fornecedores, Salários a Pagar, Impostos a Pagar.
8. Complete:
a) O aspecto qualitativo consiste em ___________________________ os Bens, Direitos e 
Obrigações.
b) O aspecto quantitativo consiste em ___________________________ aos Bens, Direitos e 
Obrigações os seus respectivos _____________________.
9.	Coloque	V	se	a	afirmativa	for	verdadeira	e	F	se	for	falsa:
( ) Elementos positivos são as Obrigações.
( ) Elementos positivos são os Bens
e as Obrigações.
( ) Elementos positivos são o os Bens e os Direitos.
( ) Ativo é composto por Bens e por Obrigações.
10.	Coloque	V	se	a	afirmativa	for	verdadeira	e	F	se	for	falsa:
( ) A Situação Líquida Patrimonial é igual à soma dos Bens com os Direitos.
( ) A Situação Líquida Patrimonial será sempre negativa.
( ) A Situação Líquida Patrimonial é igual a soma dos Bens e Direitos menos as obrigações 
exigíveis.
11. Qual a equação que representa o patrimônio líquido?
12. Separe as contas que seguem em Bens, Direitos e Obrigações e informe qual o patrimônio 
líquido.
Caixa 3.000,00 
Veículos 3.000,00 
Móveis e utens. 2.000,00
50 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Duplicatas a pg. 24.000,00
Máquinas 10.000,00
Ordenados a pg. 2.000,00
Promissórias a pg. 2.000,00
Duplicatas a receber 7.000,00 
Impostos a pg. 4.000,00
Títulos a receber 5.000,00
Aluguéis a receber 500,00
13. Cia. Comercial Vision:
Adiantamento de clientes $ 5.000
Adiantamentos a funcionários $ 1.500 
Adiantamentos a terceiros $ 3.000
Bancos Conta Movimento $ 17.000
Caixa $ 12.000
COFINS a recolher $ 900 
Dividendos a pagar $ 12.000
Duplicatas a Pagar $ 23.000
Duplicatas a Receber $ 39.000
Financiamentos $ 7.000
ICMS a recolher $ 1.200
Imóveis $ 87.000
Imposto de Renda a Pagar $ 18.000
Impostos a recuperar $ 1.000
Instalações $ 13.000
51CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Marcas, Patentes industriais $ 18.000
Mercadorias $ 23.000
PIS a recolher $ 800
Terrenos $ 50.000
Títulos a receber $ 15.000
Utilidades e serviços a pagar $ 3.500
Com base nos valores anteriores, informe:
a) O total dos bens.
b) O total de direitos.
c) O total de obrigações.
d) O patrimônio Líquido.
e) O total de bens móveis.
f) O total de bens imóveis.
14.	Classifique	as	contas	que	seguem	em	Bens,	Direitos	ou	Obrigações:
52 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Veículos 100.000,00
Móveis e utensílios 50.000,00
Prédios 400.000,00
Contas a pagar 5.000,00
Impostos a pagar 12.000,00
Dinheiro em Caixa 2.500,00
Bancos conta corrente 4.000,00
Duplicatas a receber 80.000,00
Nota promissória a receber 14.500,00
Impostos a recuperar 2.000,00
Fornecedores a pagar 45.000,00
Adiantamento a funcionários 2.500,00
Ordenados e salários a pagar 3.000,00
Empréstimos e financiamentos a pagar 20.000,00
Empréstimos e financiamentos após 360 dias 40.000,00
Duplicatas a receber após 360 dias 12.000,00
Títulos a pagar 10.000,00
Instalações 10.000,00
Estoque de mercadorias para revenda 60.000,00
Máquinas 50.000,00
Com base nos valores anteriores, determine: 
a) O total dos bens.
b) O total de direitos.
c) O total de obrigações.
d) O patrimônio Líquido.
e) O total de bens móveis.
f) O total de bens imóveis.
UNIDADE III
BALANÇO PATRIMONIAL
Professor Me. Silvio César de Castro
Objetivos de Aprendizagem
•	 Aspectos	Introdutórios.
•	 Ativo,	Passivo	e	Patrimônio	Líquido.
•	 Prazos	no	Balanço	Patrimonial.
•	 Origens	e	Aplicações.
•	 Balanços	Sucessivos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
•	 A	importância	do	Balanço	Patrimonial
•	 A	composição	do	ativo,	passivo	e	patrimônio	líquido
•	 De	que	forma	os	recursos	ingressam	nas	entidades
•	 Compreender	as	variações	patrimoniais	por	meio	de	balanços	sucessivos
55CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
INTRODUÇÃO
A unidade anterior trabalhou com os elementos organizacionais que fazem parte do patrimônio 
contábil. Foi possível verificar que o patrimônio no sentido contábil inclui as obrigações das 
entidades, diferentemente do entendimento do senso comum, onde erroneamente patrimônio 
diz respeito apenas às posses mensuráveis financeiramente de posse das entidades. Foi 
possível também identificar o patrimônio líquido, onde as obrigações são deduzidas dos bens 
e direitos. Nesta unidade, será apresentado, talvez o mais conhecido e importante relatório da 
contabilidade para as entidades, o balanço patrimonial. Ou seja, a demonstração que expõe, em 
dado momento, a posição financeira dos elementos que compõem o patrimônio (bens, direitos, 
obrigações e patrimônio líquido), devidamente valorados, denomina-se Balanço Patrimonial, 
se o período corresponder ao exercício social da empresa, ou Balancete Patrimonial, se for 
Mensal (MARION, 2004).
BALANÇO PATRIMONIAL – ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
O Balanço Patrimonial expõe os seus componentes em agrupamentos de Ativo, Passivo 
Exigível e Patrimônio Líquido, de forma a permitir o reconhecimento do capital acumulado 
dos proprietários e de sua variação de um período para outro. O balanço Patrimonial reflete a 
posição financeira em determinado momento de uma empresa (FIPECAFI, 2000).
Fo
nt
e:
 P
HO
TO
S.
CO
M
56 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Ferrari (2001) afirma que obter dados do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, analisar suas 
variações durante determinado período de tempo, por meio da verificação direta dos registros 
contábeis, é tarefa trabalhosa. Mesmo nas pequenas empresas podem ocorrer diariamente 
inúmeras operações e seus registros contábeis contêm grande número de particularidades.
Daí, a necessidade de resumir e apresentar os dados de forma adequada, que permitam às 
pessoas interessadas conhecer a situação patrimonial da empresa e as variações ocorridas 
durante certo período de tempo.
De forma geral, o Balanço Patrimonial é um quadro (mapa, gráfico etc.) onde é demonstrada 
a situação econômica/ financeira da empresa na data a que o balanço diz respeito. O balanço 
avalia a riqueza, isto é, o valor da empresa, mas não demonstra o seu resultado, apenas o 
apresenta em valor total, sendo a sua demonstração feita num outro documento chamado 
“demonstração de resultados”. O balanço é composto por duas partes, que se encontram 
sempre em equilíbrio. O Ativo é igual ao Passivo mais o Patrimônio Líquido.
 ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Como já foi apresentado anteriormente, o Balanço Patrimonial abriga no seu lado esquerdo, os 
bens e direitos e do lado direito as obrigações e o patrimônio líquido.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Lado Esquerdo – Bens e Direitos Lado Direito – Obrigações e o Capital 
investido pelos sócios
57CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
ATIVO
De acordo com Miranda (2002, p. 17), “o ativo representa a parte dos valores positivos do 
patrimônio, tudo aquilo que a entidade possui ou que ela tem a receber de terceiros. Abrange 
o conjunto de bens e direitos da entidade”.
PASSIVO
O passivo representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem para com 
terceiros, provenientes de transações passadas, realizadas com data de vencimento e 
beneficiário certo e conhecido. Todas passivo representam os valores negativos do patrimônio 
(FERRARI, 2001).
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O patrimônio líquido é a diferença entre os valores positivos do ativo (bens e direitos) e os 
valores negativos do passivo (obrigações) de uma entidade em um determinado momento. 
É a parte do balanço que representa o capital investido pelos sócios e está graficamente 
localizado no seu lado direito (MARION, 2004).
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
BENS OBRIGAÇÕES
Estoques Fornecedores
Máquinas, Imóveis, Veículos Salários a pagar
Dinheiro Empréstimos e Financiamentos
DIREITOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Duplicatas a receber Capital Social
Banco conta movimento Lucro/Prejuízo acumulado
58 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Silva (2002, p. 6) descreve que o Balanço Patrimonial é uma demonstração que relata os bens 
e direitos (Ativo), e as obrigações e a participação dos acionistas (Passivo) da empresa, dando 
ao leitor a posição patrimonial e financeira da empresa.
O termo balanço tem a ver com balança, pois os dois lados, ativo e passivo, devem estar em 
harmonia, ou seja, equilibrados com os mesmos valores totais. Nesse sentido, esse aspecto é 
chamado de Equilíbrio
Patrimonial, de onde resulta a seguinte Equação Patrimonial:
ATIVO = PASSIVO EXIGÍVEL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Ao final de um período, quando comparamos os valores do Ativo com os do Passivo, podemos 
obter três situações:
Pode-se afirmar, então, que a riqueza líquida ou patrimônio líquido da empresa pode ser 
medido pela seguinte equação: 
59CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
PL=ATIVO-PASSIVO EXIGÍVEL 
A entidade pode apresentar três situações patrimoniais:
a)	 PL	>	ATIVO	-	PASSIVO	EXIGÍVEL	→	essa	situação	nos	proporciona	uma	situação	líquida	
positiva, pois os valores componentes do Ativo permitem solver as obrigações e ainda 
apresentam saldo. 
Exemplo:
Ativo: R$ 100.000
Passivo Exigível: 70.000
PL= 100.000-70.000 = 30.000 
Ativo
$ 100.000,00
Passivo
$ 70.000,00
$ 30.000,00
Patrimônio Líquido
b)	 PL	<	ATIVO	-	PASSÍVEL	EXIGÍVEL	→	essa	situação	nos	proporciona	uma	situação	líquida	
negativa,	pois	os	valores	componentes	do	Ativo	NÃO	são	suficientes	para	cobrir	as	obriga-
ções. Quando ocorre essa situação, contabilmente dizemos que a empresa apresenta um 
Passivo a Descoberto. 
Exemplo:
Ativo: R$ 70.000
60 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Passivo Exigível: 90.000
PL=70.000-90.000 = (20.000) 
Ativo
$ 70.000,00
Passivo
$ 90.000,00
$ (20.000,00)
Patrimônio Líquido
c)	 PL	=	ATIVO	–	PASSÍVEL	EXIGÍVEL	→	essa	situação	nos	proporciona	uma	situação	líquida	
nula, pois os valores do Ativo cobrem tão somente o montante das obrigações, não apre-
sentando saldo positivo ou negativo.
Exemplo:
Ativo: R$ 100.000
Passivo Exigível: 100.000
Ativo
$ 100.000,00
Passivo
$ 100.000,00
$ 0,00
Patrimônio Líquido
PL=100.000-100.000 = 0 ( zero) 
PRAZOS NO BALANÇO PATRIMONIAL
Iudícibus e Marion (2000) esclarecem que em contabilidade Curto Prazo significa, normalmente, 
o período de até um ano.
61CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Para facilitar a interpretação e análise do Balanço existe uma preocupação constante em 
estabelecer uma adequada distribuição de contas.
Duas regras básicas orientam a distribuição de contas no Balanço Patrimonial:
Prazo: em contabilidade CURTO PRAZO significa, normalmente, o período de até um ano.
Grau de Liquidez - Decrescente: os itens de maior liquidez são classificados em primeiro plano. 
Os de menor liquidez aparecem em último lugar. Por exemplo, entre três contas: Estoque, 
Disponível e Duplicatas a Receber, o mais líquido é o disponível (1º lugar); em segundo lugar, 
recebe-se, mais rapidamente, as duplicatas que os estoques (esses possuem uma liquidez 
mais lenta – 3º lugar).
Assim, pode-se relacionar tudo aquilo que a empresa receberá no Curto Prazo (aquilo que 
será transformado em dinheiro) confrontando com tudo aquilo que será pago no Curto Prazo:
Ativo Passivo
Itens que já são dinheiro ou que serão 
transformados em dinheiro rapidamente (Curto 
Prazo).
Todas as contas que serão pagas rapidamente, 
no Curto Prazo, ou até 1 ano.
Como essas contas recebidas e pagas rapidamente se renovam constantemente (estão 
sempre girando) foi dado o nome de Circulante (corrente), tanto para o Ativo como para o 
Passivo.
O grupo seguinte seria o das contas que a empresa espera muito tempo para receber (Ativo), 
confrontando com as contas que se demora muito para pagar (Passivo). Que são denominados, 
a princípio, de LONGO PRAZO.
62 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
Ativo Passivo
Circulante
Recebe rapidamente.
Recebe lentamente, no Longo Prazo.
Circulante
Paga-se rapidamente.
Demora-se muito tempo para pagar.
Caso a empresa tenha que esperar mais de um ano para receber, pode-se denominar esse 
grupo de Realizável a Longo Prazo. E, por outro lado, se o período para pagar é superior a 
um ano, denomina-se um Exigível a Longo Prazo. Assim, no Passivo existem compromissos 
que se pagam relativamente rápido, (menos de um ano) e compromissos demorarão mais 
de um ano para se pagar (exigível a longo prazo). E o terceiro grupo será de contas que não 
serão pagas enquanto a empresa estiver em atividade (IUDÍCIBUS; MARION, 2000). Esses 
autores complementam que é o caso do Patrimônio Líquido: enquanto a empresa estiver em 
um processo de continuidade, não precisa pagar (não exigível) seus donos.
Iudícibus e Marion (2000) afirmam que no Ativo, o que se recebe de forma mais rápida, 
encontra-se em primeiro lugar (circulante) posteriormente, vem o que demorar mais tempo 
para receber. Nesta sequência, em terceiro lugar vem o grupo dos itens que a empresa não 
receberá, pois não estão à venda, mas destinados ao uso e à renda (permanente). Esses itens 
permanecem muito tempo dentro da empresa, daí serem chamados de Permanente.
63CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
.
ORIGENS E APLICAÇÕES
No desempenho de suas atividades, as pessoas jurídicas podem contar com recursos 
provenientes de duas origens ou fontes:
1	-	Recursos	próprios	(capital	dos	sócios	+	lucro)	=	(patrimônio	líquido).
2	-	Recursos	de	terceiros	(fornecedores,	instituições	financeiras,	governo)	=	(passível	
exigível).
De acordo com Iudícibus e Marion (2000 p.35), “o lado do Passivo, tanto Capital de Ter-
ceiros	(Passível	Exigível)	como	Capital	Próprio	(Patrimônio	Líquido),	representa	toda	
64 CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
a	fonte	de	recursos,	toda	a	origem	de	capital.	Nenhum	recurso	entra	na	empresa	se	
não	for	via	Passivo	ou	Patrimônio	Líquido”.
Os resultados positivos apurados nas atividades empresariais também representam recursos 
próprios, uma vez que não correspondem a obrigações (lucro). Portanto, são recursos próprios 
os decorrentes de receitas, lucros e ganhos obtidos pela sociedade em transações com 
terceiros, tais como os rendimentos auferidos com aplicações financeiras, aluguéis de imóveis 
próprios, lucro na venda de mercadorias, produtos e serviços.
Iudícibus e Marion (2000) relatam que o lado do Ativo é caracterizado pela aplicação dos 
recursos originados no Passivo e Patrimônio Líquido. Assim sendo, o lado do ativo deve ser 
igual a do passivo, ou origens igual às aplicações.
O ativo representa as aplicações ou uso dos recursos obtidos. A análise do passivo exigível 
e do patrimônio líquido possibilita a identificação das origens ou fontes. Já a análise do ativo, 
torna possível saber de que maneira os recursos obtidos estão sendo utilizados. Os recursos 
podem estar aplicados em estoques de mercadorias, bens de uso, disponibilidades financeiras, 
contas a receber etc. Desta forma, a pessoa jurídica obtém capital próprio e capital de terceiros 
e os aplica nos bens e direitos que constituem o ativo.
Iudícibus e Marion (2000) descrevem um dos aspectos importantes do passivo que é avaliar 
a estrutura do capital: capital de terceiros e o capital próprio. Quanto maior for o capital de 
terceiros, mais a empresa estará endividada e ao analisar esse item pode-se avaliar, pode-se 
detectar, ainda, para quem se deve, qual o prazo (circulante ou longo prazo) desta dívida e o 
custo da mesma.
 BALANÇO PATRIMONIAL: GRUPO DE CONTAS
De acordo com o quadro anterior, o balanço patrimonial possui algumas divisões, em relação 
65CONTABILIDADE GERENCIAL | Educação a Distância
a prazos e natureza das contas. O objetivo agora é realizar uma explanação a respeito das 
principais contas que compõem cada um desses grupos.
ESTRUTURA PATRIMONIAL
Enquanto vigorou a lei 6.404/76, que regulamentava as Sociedades por Ações aplicável às 
demais sociedades, a estrutura patrimonial era dividida da seguinte forma:
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo
Permanente
 Investimentos Permanentes
 Imobilizado
 Diferido
Resultado de Exercícios Futuros
Patrimônio Líquido
Em 2007, com a publicação da lei 11.638/07, que se converteu na lei 11.941/09, com a criação 
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a contabilidade brasileira vinha sofrendo 
uma grande evolução, com objetivo de convergir suas normas as Normas Internacionais de

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