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Par de órgãos fotossensíveis, responsáveis pela definição e identificação do formato e da cor dos objetos, assim como da intensidade de luz refletida, localizados no interior das órbitas ósseas. • Túnicas do olho: a. Túnica Fibrosa: - Esclera; - Córnea b. Túnica Vascular (Úvea) - Corioide - Corpo Ciliar - Íris c. Túnica Nervosa (Retina) • Compartimentos do olho: câmaras anterior e posterior (com humor aquoso) e espaço vítreo (com corpo vítreo e humor vítreo); • Lente (cristalino); • Estruturas acessórias: conjuntiva, pálpebras e aparelho lacrimal. OLHO (BULBO OCULAR) Nervo óptico BULBO DO OLHO – CORTE LONGITUDINAL O, Nervo óptico; CB, Corpo ciliar; I, Íris; C, Córnea; L, Lente. TÚNICAS DO BULBO DO OLHO TÚNICA FIBROSA (EXTERNA) TÚNICA VASCULAR ou ÚVEA (MÉDIA) TÚNICA NERVOSA ou RETINA (INTERNA) I. TÚNICA FIBROSA Túnica externa do bulbo do olho. • 5/6 posteriores esclera; • 1/6 anterior córnea. I.1. ESCLERA – Tecido conjuntivo denso modelado Recoberta externamente pela cápsula de Tenon (fáscia bulbar – local de inserção dos músculos extraoculares); separada da esclera pelo espaço episcleral; Superfície interna: Lâmina supracorióidea (tecido conjuntivo frouxo, com células pigmentares e algumas fibras elásticas). I.2. CÓRNEA Porção anterior da túnica fibrosa do olho, transparente, avascular, e intensamente rica em terminações nervosas, constituída por 5 camadas. 1. Epitélio anterior da córnea: epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, apoiado em sua lâmina basal; 2. Membrana (ou camada) de Bowman: camada formada por fibras colágenas entrelaçadas em várias orientações; 3. Estroma da córnea: constituído por inúmeras camadas de fibras colágenas, com direções intercaladas em cada camada, entre as quais se encontram fibroblastos (queratócitos) e substância fundamental; 4. Membrana de Descemet: espessa lâmina basal do endotélio da córnea; formada essencialmente por uma trama tridimensional de colágeno do tipo VIII; 5. Endotélio da córnea: epitélio simples pavimentoso do revestimento posterior da córnea. CÓRNEA – EPITÉLIO ANTERIOR, CAMADA DE BOWMAN, E ESTROMA CORNEANO 1 2 3 1. Epitélio anterior da córnea 2. Camada de Bowman 3. Estroma corneano com fibras colágenas e queratócitos CÓRNEA – M.O. – ESTROMA CORNEANO, MEMBRANA DE DESCEMET, E ENDOTÉLIO CORNEANO CÓRNEA – M.E. – ESTROMA CORNEANO, MEMBANA DE DESCEMET E ENDOTÉLIO CORNEANO Observe a variação na orientação das fibrilas colágenas em diferentes lamelas do estroma corneano. K, queratócito. Detalhe da porção interna do estroma corneano (C), com um queratócito (F), seguido da membrana de Descemet (D) em seus aspectos externo e interno, e parte de uma célula do endotélio corneano (E). D LIMBO – TRANSIÇÃO ESCLEROCORNEANA Região de transição entre a córnea e a esclera, situada ao nível do ângulo iridocorneano (AIC). A partir do limbo, vasos sanguíneos da esclera não ultrapassam para a córnea, que permanece avascular. Local de drenagem do humor aquoso através dos espaços de Fontana (EF) e do canal de Schlemm (CS). LIMBO – CANAL DE SCHLEMM, ESPAÇOS DE FONTANA E TRAMA TRABECULAR Locais de drenagem do humor aquoso: Câmara posterior Pupila Câmara anterior Espaços de Fontana, delimitados pela trama trabecular canal de Schlemm (seio venoso da esclera) veias episclerais LIMBO – ÂNGULO IRIDOCORNEANO COM CANAL DE SCHLEMM E ESPAÇOS DE FONTANA II. TÚNICA VASCULAR (TÚNICA MÉDIA ou ÚVEA) Formada por 3 regiões, constituídas predominantemente por um estroma de tecido conjuntivo frouxo, contendo abundantes células pigmentares (melanócitos): • Corioide: Camada situada imediatamente abaixo da esclera, ricamente vascularizada, e que se estende a partir da ora serrata em direção posterior; subdividida em corioide propriamente dita, camada coriocapilar e membrana de Bruch; • Corpo ciliar: espessamento anterior da úvea em forma de anel, situado em posição anterior à corioide, ao nível da lente; contém o músculo ciliar e possui projeções em direção à lente, caracterizadas como processos ciliares; • Íris: porção mais anterior da túnica vascular, situada imediatamente à frente da lente, se estendendo do ângulo iridocorneano até a margem da pupila, atuando como um “diafragma” para o olho. II.1 CORIOIDE Subdivisões: • Corioide propriamente dita: porção mais externa da corioide, contendo os maiores vasos sanguíneos (artérias e veias corióideas); melanócitos em meio ao estroma de tecido conjuntivo frouxo; • Coriocapilar: camada vascularizada mais interna da corioide, rica em capilares parcialmente fenestrados; • Membrana de Bruch: camada acelular mais interna da corioide, formada em parte pela lâmina basal dos capilares da coriocapilar, e em parte pela lâmina basal do epitélio pigmentar da retina. Esclera Corioide Coriocapilar Membrana de Bruch Epitélio pigmentar da retina CORIOIDE 1 2 3 4 Corioide e suas camadas intensamente pigmentadas. 1. Epitélio pigmentar da retina 2. Membrana de Bruch 3. Coriocapilar 4. Corioide propriamente dita Eletromicrografia do estroma da corioide mostrando abundantes melanócitos (Me) em meio a fibroblastos (Fi) no estroma da corioide. Fi Me CORIOIDE – CAMADA CORIOCAPILAR CC – Capilar da coriocapilar BM – Membrana de Bruch RPE – Epitélio pigmentar da retina Os capilares da coriocapilar possuem fenestras no lado voltado para a retina; o lado dos capilares voltado para a esclera possui aspecto contínuo. Padrão de vascularização da corioide BM RPE CORIOIDE – MEMBRANA DE BRUCH DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE (DMRI) A DMRI afeta a retina em função da formação de drusas (*, do alemão “drusen”) que são nódulos ocasionados pelo acúmulo de proteínas (apolipoproteínas e proteínas do sistema complemento) na face interna da membrana de Bruch, prejudicando o acesso de nutrientes fornecidos pelos capilares da coriocapilar aos fotorreceptores da retina. II.2 CORPO CILIAR Espessamento anterior da túnica vascular (úvea), situado ao nível da lente, que se estende da base da íris até o limite que marca o início da retina fotossensível (ora serrata). Subdivisões: • Parte pregueada (pars plicata): região anterior, de onde partem uma série de projeções de tecido conjuntivo frouxo (processos ciliares), recobertas por um epitélio cúbico com duas camadas de células (epitélio ciliar), nas quais estão ancoradas as fibras da zônula ciliar (ligamento suspensor da lente); • Parte plana (pars plana): região posterior de formato achatado que se estende até a ora serrata, sendo também revestida pelo epitélio ciliar. O eixo do corpo ciliar é preenchido pelo músculo ciliar. Íris Lente Músculo ciliar Processos ciliares (parte pregueada) Parte plana VISTA POSTERIOR DA METADE ANTERIOR DO OLHO VISUALIZAÇÃO ANATÔMICA DO CORPO CILIAR MÚSCULO CILIAR Massa de tecido muscular liso que ocupa o eixo do corpo ciliar, assumindo formato grosseiramente triangular aos cortes histológicos. Subdividido em um feixe circular, junto à borda interna do corpo ciliar, e um feixe radial/meridional que se estende de sua inserção na esclera até a porção interna do corpo ciliar. O feixe circular relaxa a tensão da lente (inervação parassimpática) acomodação para visão para perto; O feixe radial/meridional (inervação simpática) provoca acomodação para longe. Acomodação para longe Acomodação para perto CORPO CILIAR – PROCESSOS CILIARES O corpo ciliar é revestido pelo epitélio ciliar duas camadas de células cúbicas: camada interna não pigmentada e camada externa pigmentada (extensão da retina = retina não fotossensível). Células associadas por suas superfícies apicais; camada interna responsável pela produção do humor aquoso e das fibras da zônula ciliar (ligamento suspensorda lente). CORPO CILIAR – EPITÉLIO CILIAR – FORMAÇÃO DO HUMOR AQUOSO • As células do epitélio ciliar constituem uma extensão da retina para além da ora serrata (retina não fotossensível) e possuem suas superfícies apicais voltadas umas para as outras; entre as superfícies apicais, existe um estreito espaço caracterizado como canal ciliar, para onde o precursor do humor aquoso é inicialmente lançado. • As células de ambas as camadas do epitélio ciliar (células pigmentadas e não pigmentadas) possuem abundantes invaginações de superfícies basais, apoiadas em suas respectivas lâminas basais. • A água que escapa dos capilares fenestrados do eixo conjuntivo dos processos ciliares segue uma série de íons transportados – principalmente Na+ e Cl-, entre outros – formando o humor aquoso a ser lançado na câmara posterior. Demais solutos (aminoácidos, glicose etc.) são transportados ativamente. CORPO CILIAR – EPITÉLIO CILIAR – M.E. A. Eletromicrografia das duas camadas do epitélio ciliar, com a camada externa pigmentada e a camada interna rica em mitocôndrias; B. Detalhe da superfície basal da camada interna, onde se nota a lâmina basal (MB) e uma série de invaginações da membrana plasmática; C. O espaço intercelular entre as duas camadas é formado pelas superfícies apicais entre elas. A B C FLUXO E DRENAGEM DO HUMOR AQUOSO NAS CÂMARAS OCULARES Produção do humor aquoso pela camada interna não pigmentada do epitélio ciliar câmara posterior pupila câmara anterior espaços de Fontana canal de Schlemm veias episclerais II.3 ÍRIS Projeção mais anterior da úvea, estendendo-se do corpo ciliar e se dispondo à frente da lente, com formato de disco e dotada de um orifício no centro – a pupila. Em função da reação à luz, é considerada como o “diafragma do olho”. Possui uma superfície anterior irregular e uma superfície posterior lisa. ÍRIS • Superfície externa (anterior) irregular, sem revestimento epitelial; • Estroma relativamente pouco vascularizado, rico em fibroblastos, melanócitos ( cor dos olhos), e fibras colágenas e elásticas; • Superfície interna (posterior) revestida por uma dupla camada de células cúbicas pigmentadas; • Junto ao revestimento epitelial posterior, encontra-se o músculo dilatador da pupila, formado por células mioepiteliais (inervação simpática midríase); na margem pupilar, encontra-se o músculo esfíncter da pupila (tecido muscular liso) (inervação parassimpática miose). ÍRIS Comparação entre a íris de um indivíduo louro (acima) e um indivíduo negro (abaixo) com relação ao aspecto do estroma e da pigmentação da íris. Eletromicrografia da porção anterior da íris, mostrando a ausência de revestimento e a continuidade dos espaços intercelulares com a câmara anterior. II.4 LENTE (CRISTALINO) Estrutura biconvexa, transparente, avascular, e com propriedades elásticas, dotada de índice de refração específico para, juntamente com os demais meios refrativos do olho, permitir a focalização da imagem sobre a retina. A lente é formada por uma série de camadas concêntricas de células alongadas e modificadas, denominadas de fibras da lente, das quais as mais antigas são as fibras do núcleo. A lente é envolvida externamente por uma cápsula (lâmina basal), sob a qual, na região anterior da lente, observa-se um epitélio simples cúbico, responsável pela geração das fibras da lente. LENTE (CRISTALINO) • Cápsula da lente: lâmina basal da lente, com colágeno do tipo IV e laminina; • Epitélio da lente: em posição subcapsular, presente apenas na região anterior. As células epiteliais são cuboides ou cilíndricas e, próximo ao nível do equador da lente proliferam e se alongam, tornando-se as fibras da lente. • Os núcleos das fibras da lente se alinham inicialmente no equador, mas à medida que se diferenciam e se aproximam do núcleo, perdem suas organelas e seus núcleos, tornando-se preenchidas com proteínas que lhes conferem a transparência (α-, β-, e γ-cristalinas e filensina [filamentos intermediários típicos da lente]) Cápsula Epitélio Núcleos das fibras no equador A lente é fixada ao corpo ciliar por um conjunto de estruturas fibrosas em disposição radial que constituem a zônula ciliar (ou ligamento suspensor da lente). As fibras da zônula ciliar são formadas por fibras oxitalânicas (sistema elástico), são produzidas pela camada interna não pigmentada do epitélio ciliar, com uma extremidade inserida na lâmina basal da camada interna do epitélio ciliar e a outra extremidade inserida na cápsula da lente, ao nível do equador. Lente Processo ciliar Epitélio ciliar Cápsula LENTE (CRISTALINO) LENTE (CRISTALINO) – M.E. Região do equador da lente, onde se notam núcleos de células da lente. Interdigitações abauladas e organelas esparsas são características ultraestruturais destas células. Corte transversal de fibras da lente na região do córtex. Não há núcleos ou organelas perceptíveis. III. TÚNICA NERVOSA - RETINA Túnica mais interna do bulbo do olho, formada por camadas de neurônios especializados na recepção, integração e transmissão de estímulos visuais ao encéfalo. Formada por uma porção fotossensível e uma porção não fotossensível, que se estende por sobre o corpo ciliar e a íris a partir da ora serrata. ora serrata POPULAÇÕES CELULARES DA RETINA A retina possui 5 populações celulares, distribuídas de modo a constituírem 10 camadas: • Epitélio pigmentar da retina: suporte morfofuncional dos fotorreceptores; • Cones e bastonetes: neurônios fotorreceptores; • Neurônios bipolares e neurônios ganglionares: neurônios de condução; • Células horizontais e células amácrinas: neurônios de associação; • Células gliais de Müller: astrócitos (sustentação). ORGANIZAÇÃO DA RETINA EM CAMADAS 10. Membrana limitante interna (lâmina basal das células de Müller) 9. Camada de fibras nervosas (axônios das células ganglionares) 8. Camada de células ganglionares 7. Camada plexiforme interna (sinapses entre células bipolares e células ganglionares 6. Camada nuclear interna (núcleos de células bipolares, horizontais e amácrinas) 5. Camada plexiforme externa (sinapses entre fotorreceptores e células bipolares) 4. Camada nuclear externa (núcleos de fotorreceptores) 3. Membrana limitante externa (junções celulares entre cones, bastonetes e células de Müller) 2. Camada de cones e bastonetes 1. Epitélio pigmentar da retina RETINA – M.O. RETINA – M.O. LUZ III.1 EPITÉLIO PIGMENTAR DA RETINA Epitélio simples cúbico ao qual os segmentos externos dos fotorreceptores estão associados. • Abundantes grânulos de melanina, lisossomas, mitocôndrias e cisternas de REL no citoplasma; • Segmentos externos dos fotorreceptores inseridos em espaços entre microvilos da superfície apical. coriocapilar M.O. M.O. Espaço subretiniano FUNÇÕES DO EPITÉLIO PIGMENTAR DA RETINA • Absorção de luz Presença de grânulos de melanina; • Transferência de nutrientes para os fotorreceptores; • Estabilização da composição iônica do espaço subretiniano manutenção da excitabilidade dos fotorreceptores; • Reisomerização do 11-trans-retinal a 11-cis-retinal (REL) e devolução aos fotorreceptores Ciclo visual; • Fagocitose dos segmentos externos dos fotorreceptores; • Secreção de fatores de crescimento para manutenção dos fotorreceptores (PEDF) e do endotélio dos capilares da coriocapilar (VEGF). RETINA – BARREIRA HEMATORRETINIANA Barreira hematorretiniana interna junções de oclusão entre as células endoteliais dos capilares das camadas internas da retina; Barreira hematorretiniana externa junções de oclusão entre as células do epitélio pigmentar da retina. III.2 FOTORRECEPTORES – BASTONETES E CONES Neurônios bipolares modificados, especializados na recepção e transdução de estímulosluminosos. • Segmentos externos (“dendritos”) com formatos específicos (daí seus nomes, b), inseridos em espaços entre microvilos das células do epitélio pigmentar da retina (c) espaço subretiniano: onde ocorre o descolamento de retina; • Região de corpo celular com núcleo, formando a camada nuclear externa da retina (a). M = Membrana limitante externa M a b c M • Segmentos externos associados ao epitélio pigmentar da retina, contendo inúmeros discos membranosos empilhados; • Segmentos internos com abundantes organelas (REG, Golgi, mitocôndrias etc.); • Cílio em constrição unindo os segmentos externo e interno; • Corpo celular com núcleo ( camada nuclear externa); • Fibra interna (axônio); • Regiões de contato sináptico: esférulas (bastonetes) e pedículos (cones). III.2 FOTORRECEPTORES – M.E. FOTORRECEPTORES – SEGMENTOS EXTERNOS – M.E. Nos segmentos externos dos bastonetes, discos saculares empilhados e individualizados não se conectam com a membrana plasmática. No segmentos externos dos cones, os discos saculares se conectam com a membrana plasmática e se abrem no meio extracelular. FOTORRECEPTORES – CONEXÃO ENTRE OS SEGMENTOS EXTERNO E INTERNO – M.E. Entre os segmentos externo e interno dos fotorreceptores, existe um cílio de conexão, associado a um corpúsculo basal. O axonema não possui o par central de microtúbulos. Bastonete FOTORRECEPTORES – FOTOTRANSDUÇÃO Ativação da rodopsina por fótons isomerização do 11-cis-retinal em 11-trans-retinal ativação da transducina ativação da fosfodiesterase fechamento dos canais de Na+ controlados por GMPc FOTORRECEPTORES – FOTOTRANSDUÇÃO FOTORRECEPTORES - FOTOTRANSDUÇÃO Observe que, no escuro, os fotorreceptores se apresentam despolarizados (canais de Na+ abertos em função da alta concentração citossólica de GMPc), liberando altas quantidades de neurotransmissor (glutamato). Com a luz, a concentração citossólica de GMPc cai, e os canais de Na+ são fechados, impedindo sua entrada e levando a célula a um estado de hiperpolarização. III.3 MEMBRANA LIMITANTE EXTERNA Estrutura formada por uma fileira horizontal de complexos juncionais entre os fotorreceptores e as células de Müller (astrócitos) M.E. III.4 CAMADA NUCLEAR EXTERNA • Camada formada pela região de corpos celulares contendo os núcleos dos fotorreceptores (cones e bastonetes). • Os núcleos dos cones costumam ser ligeiramente maiores que os núcleos dos bastonetes, e frequentemente se encontram mais próximos à membrana limitante externa. III.5 CAMADA PLEXIFORME EXTERNA Região de sinapses entre fotorreceptores e células bipolares. III.6 CAMADA NUCLEAR INTERNA Região formada pelos corpos celulares contendo o núcleo de células bipolares, horizontais e amácrinas. CAMADA PLEXIFORME EXTERNA E CAMADA NUCLEAR INTERNA • Na camada plexiforme externa, ocorrem sinapses entre esférulas (de bastonetes) e pedículos (de cones) com dendritos de células bipolares. • Na camada nuclear interna, além dos corpos celulares das células bipolares, encontram-se as células horizontais (neurônios moduladores da função dos cones e bastonetes); cada célula horizontal envia um dendrito para uma esférula e vários dendritos para vários pedículos; elas não possuem axônio. Existem células bipolares de bastonetes e células bipolares (difusas e menores) de cones. Sinapses em fita sinapses presentes entre terminais sinápticos de fotorreceptores e células bipolares e células horizontais na camada plexiforme externa; caracterizada pela presença de uma fita sináptica (constituída por várias proteínas específicas), ao longo da qual se alinham inúmeras vesículas sinápticas contendo glutamato. Ao longo da membrana pré-sináptica do terminal sináptico que forme uma sinapse em fita, ocorrem inúmeros canais de cálcio que se abrem mediante a manutenção da despolarização do fotorreceptor (“corrente escura”). III.7 CAMADA PLEXIFORME INTERNA Região de sinapses entre os axônios das células bipolares e os dendritos das células ganglionares da retina. • Na camada plexiforme interna podem ocorrer também sinapses axossomáticas; • Células amácrinas: neurônios moduladores com corpo celular na borda interna da camada nuclear interna, sem axônio, cujos dendritos fazem sinapses com células bipolares e células ganglionares; • Células bipolares também estabelecem sinapses em fita com células ganglionares e células amácrinas. III.8 CAMADA DE CÉLULAS GANGLIONARES Grandes neurônios multipolares III.9 CAMADA DE FIBRAS NERVOSAS Formada pelos axônios amielínicos das células ganglionares, os quais formam o nervo óptico III.10 MEMBRANA LIMITANTE INTERNA Lâmina basal sobre a qual estão dispostos prolongamentos de células de Müller. CORPO VÍTREO: Massa gelatinosa que ocupa a cavidade vítrea (ou espaço vítreo), banhado pelo humor vítreo, separado da retina pela membrana limitante interna; constituído por água (±99%), fibrilas de colágeno do tipo II, e ácido hialurônico, além de poucas células esparsas. Fibrilas colágenas do corpo vítreo, M.E. Corpo vítreo Célula de Müller III.11 ÁREAS ESPECIALIZADAS DA RETINA • Mácula Lútea (com a fóvea central) – 2,5 mm lateralmente ao disco óptico • Disco Óptico (ou papila do nervo óptico, ou “ponto cego” da retina) Pequena depressão localizada em posição temporal (lateral) ao disco óptico, normalmente avascular, que representa o ponto de maior acuidade visual, em função de haver um afastamento das camadas internas da retina e a luz atingir diretamente os cones. Não há bastonetes na fóvea, somente cones. Na margem da fóvea, as células das camadas internas da retina se inclinam, de modo a permitir que a luz incida diretamente nos segmentos externos dos cones. A tonalidade amarelada da mácula lútea é derivada da luteína e da zeaxantina (xantofilas). A. FÓVEA (no centro da MÁCULA LÚTEA) B. DISCO ÓPTICO (PAPILA DO NERVO ÓPTICO, CABEÇA DO NERVO ÓPTICO, ou “PONTO CEGO” DO OLHO) Região de convergência dos axônios das células ganglionares da retina, da qual se origina o nervo óptico. No disco óptico não há camadas da retina ( “ponto cego”); os axônios das células ganglionares atravessam a lâmina cribriforme da esclera e formam o nervo óptico. DISCO ÓPTICO (PAPILA DO NERVO ÓPTICO) • No centro do disco óptico há uma pequena depressão, por onde a artéria central da retina adentra à retina e a veia central da retina sai desta camada; ambos os vasos seguem um trajeto central no nervo óptico; • Apesar do termo, o nervo óptico tem estrutura de trato de substância branca do sistema nervoso central, composto por axônios predominantemente mielínicos e células da glia central (astrócitos fibrosos, oligodendrócitos, e microglia). Dura- máter Retina Lâmina cribriforme IV. ESTRUTURAS ANEXAS AO BULBO DO OLHO IV.1 CONJUNTIVA Membrana mucosa que recobre parcialmente a esclera (conjuntiva bulbar) e a face interna das pálpebras (conjuntiva palpebral) A conjuntiva de ambas as pálpebras se reflete nos fórnices superior e inferior e passa a revestir a esclera, formando a conjuntiva bulbar; esta se estende até o limbo (junção esclerocorneano). Estrutura histológica da conjuntiva: • Epitélio estratificado cilíndrico, contendo células caliciformes em sua camada superficial; este epitélio se continua com o epitélio anterior da córnea no limbo; • Lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e contendo áreas de tecido linfoide. CONJUNTIVA – M.O. Observe ao lado a continuidade do epitélio da conjuntiva bulbar com o epitélio anterior da córnea ao nível do limbo – a presença do canal de Schlemm e dos espaços de Fontana () é a referência. As células caliciformes costumam ser mais abundantes na conjuntiva palpebral (abaixo). corpo ciliar IV.2 PÁLPEBRAS Pregasmucocutâneas que protegem e lubrificam a porção anterior do bulbo do olho. Regiões: • Superfície externa (cutânea, 1): formada por pele delgada, com epiderme, derme e seus anexos cutâneos (folículos pilosos, glândulas sebáceas, e glândulas sudoríparas écrinas); fileiras de grandes folículos pilosos na margem palpebral forma os cílios (2), aos quais estão associadas as glândulas de Moll (glândulas sudoríparas apócrinas modificadas) e as glândulas de Zeis (glândulas sebáceas); • Superfície interna (conjuntival): revestida pela conjuntiva palpebral (3), a qual está apoiada sobre a placa tarsal (tecido conjuntivo denso não modelado, 4), onde se encontram as glândulas de Meibomio (glândulas sebáceas modificadas, 5). • Eixo da pálpebra: Músculo orbicular do olho (6). 1 2 3 4 5 6 PÁLPEBRA – CORTE LONGITUDINAL – M.O. Glândulas de Meibomio Glândulas sebáceas especializadas presentes nas pálpebras superiores e inferiores. IV.3 GLÂNDULAS LACRIMAIS E APARELHO LACRIMAL Glândulas acinosas serosas compostas (parênquima formado exclusivamente por ácinos serosos, envolvidos por células mioepiteliais).
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