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Anatomia do Olho

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Par de órgãos 
fotossensíveis, 
responsáveis pela 
definição e identificação 
do formato e da cor dos 
objetos, assim como da 
intensidade de luz 
refletida, localizados no 
interior das órbitas 
ósseas. 
• Túnicas do olho: 
a. Túnica Fibrosa: 
- Esclera; 
- Córnea 
b. Túnica Vascular 
(Úvea) 
- Corioide 
- Corpo Ciliar 
- Íris 
c. Túnica Nervosa 
(Retina) 
• Compartimentos 
do olho: câmaras 
anterior e posterior 
(com humor aquoso) e espaço vítreo 
(com corpo vítreo e humor vítreo); 
• Lente (cristalino); 
• Estruturas acessórias: conjuntiva, 
pálpebras e aparelho lacrimal. 
OLHO (BULBO OCULAR) 
Nervo óptico 
BULBO DO OLHO – CORTE LONGITUDINAL 
O, Nervo óptico; CB, Corpo ciliar; I, Íris; C, Córnea; L, Lente. 
TÚNICAS DO BULBO DO OLHO 
TÚNICA 
FIBROSA 
(EXTERNA) 
TÚNICA 
VASCULAR 
ou ÚVEA 
(MÉDIA) 
TÚNICA 
NERVOSA ou 
RETINA 
(INTERNA) 
I. TÚNICA FIBROSA 
Túnica externa do bulbo do olho. 
• 5/6 posteriores  esclera; 
• 1/6 anterior  córnea. 
I.1. ESCLERA – Tecido conjuntivo 
denso modelado 
Recoberta externamente pela cápsula de 
Tenon (fáscia bulbar – local de inserção 
dos músculos extraoculares); separada 
da esclera pelo espaço episcleral; 
Superfície interna: Lâmina 
supracorióidea (tecido conjuntivo 
frouxo, com células pigmentares e 
algumas fibras elásticas). 
I.2. CÓRNEA 
Porção anterior da túnica fibrosa do olho, transparente, avascular, e 
intensamente rica em terminações nervosas, constituída por 5 camadas. 
1. Epitélio anterior da córnea: epitélio 
estratificado pavimentoso não queratinizado, 
apoiado em sua lâmina basal; 
2. Membrana (ou camada) de Bowman: 
camada formada por fibras colágenas 
entrelaçadas em várias orientações; 
3. Estroma da córnea: constituído por 
inúmeras camadas de fibras colágenas, com 
direções intercaladas em cada camada, 
entre as quais se encontram fibroblastos 
(queratócitos) e substância fundamental; 
4. Membrana de Descemet: espessa lâmina 
basal do endotélio da córnea; formada 
essencialmente por uma trama 
tridimensional de colágeno do tipo VIII; 
5. Endotélio da córnea: epitélio simples 
pavimentoso do revestimento posterior da 
córnea. 
CÓRNEA – EPITÉLIO ANTERIOR, 
CAMADA DE BOWMAN, E ESTROMA 
CORNEANO 
1 
2 
3 
1. Epitélio anterior da 
córnea 
2. Camada de Bowman 
3. Estroma corneano 
com fibras colágenas 
e queratócitos 
CÓRNEA – M.O. – ESTROMA CORNEANO, MEMBRANA DE 
DESCEMET, E ENDOTÉLIO CORNEANO 
CÓRNEA – M.E. – ESTROMA 
CORNEANO, MEMBANA DE DESCEMET 
E ENDOTÉLIO CORNEANO 
Observe a variação na orientação 
das fibrilas colágenas em 
diferentes lamelas do estroma 
corneano. K, queratócito. 
Detalhe da 
porção interna 
do estroma 
corneano (C), 
com um 
queratócito (F), 
seguido da 
membrana de 
Descemet (D) 
em seus 
aspectos 
externo e 
interno, e parte 
de uma célula 
do endotélio 
corneano (E). 
D 
LIMBO – TRANSIÇÃO ESCLEROCORNEANA 
Região de transição entre a córnea e a 
esclera, situada ao nível do ângulo 
iridocorneano (AIC). 
A partir do limbo, vasos sanguíneos da 
esclera não ultrapassam para a córnea, 
que permanece avascular. 
Local de drenagem do humor aquoso 
através dos espaços de Fontana (EF) e do 
canal de Schlemm (CS). 
LIMBO – CANAL DE SCHLEMM, ESPAÇOS DE FONTANA E TRAMA 
TRABECULAR 
Locais de drenagem do humor aquoso: 
Câmara posterior  Pupila  Câmara anterior  
Espaços de Fontana, delimitados pela trama 
trabecular  canal de Schlemm (seio venoso da 
esclera)  veias episclerais 
LIMBO – ÂNGULO IRIDOCORNEANO COM CANAL DE SCHLEMM 
E ESPAÇOS DE FONTANA 
II. TÚNICA VASCULAR (TÚNICA MÉDIA ou ÚVEA) 
Formada por 3 regiões, 
constituídas predominantemente 
por um estroma de tecido 
conjuntivo frouxo, contendo 
abundantes células pigmentares 
(melanócitos): 
• Corioide: Camada situada 
imediatamente abaixo da esclera, 
ricamente vascularizada, e que se 
estende a partir da ora serrata em 
direção posterior; subdividida em 
corioide propriamente dita, 
camada coriocapilar e membrana 
de Bruch; 
• Corpo ciliar: espessamento anterior da úvea em forma de anel, situado em 
posição anterior à corioide, ao nível da lente; contém o músculo ciliar e possui 
projeções em direção à lente, caracterizadas como processos ciliares; 
• Íris: porção mais anterior da túnica vascular, situada imediatamente à frente 
da lente, se estendendo do ângulo iridocorneano até a margem da pupila, 
atuando como um “diafragma” para o olho. 
II.1 CORIOIDE 
Subdivisões: 
• Corioide propriamente dita: porção 
mais externa da corioide, contendo os 
maiores vasos sanguíneos (artérias e 
veias corióideas); melanócitos em meio 
ao estroma de tecido conjuntivo frouxo; 
• Coriocapilar: camada vascularizada 
mais interna da corioide, rica em 
capilares parcialmente fenestrados; 
• Membrana de Bruch: 
camada acelular mais interna 
da corioide, formada em 
parte pela lâmina basal dos 
capilares da coriocapilar, e 
em parte pela lâmina basal 
do epitélio pigmentar da 
retina. 
Esclera 
Corioide 
Coriocapilar 
Membrana de Bruch 
Epitélio pigmentar da retina 
CORIOIDE 1 
2 
3 
4 
Corioide e suas camadas 
intensamente pigmentadas. 
1. Epitélio pigmentar da retina 
2. Membrana de Bruch 
3. Coriocapilar 
4. Corioide propriamente dita 
Eletromicrografia do estroma da 
corioide mostrando abundantes 
melanócitos (Me) em meio a 
fibroblastos (Fi) no estroma da 
corioide. 
Fi 
Me 
CORIOIDE – CAMADA CORIOCAPILAR 
CC – Capilar da coriocapilar 
BM – Membrana de Bruch 
RPE – Epitélio pigmentar da 
retina 
Os capilares da coriocapilar 
possuem fenestras no lado 
voltado para a retina; o lado 
dos capilares voltado para a 
esclera possui aspecto 
contínuo. 
Padrão de 
vascularização da 
corioide 
BM 
RPE 
CORIOIDE – 
MEMBRANA DE 
BRUCH 
DEGENERAÇÃO 
MACULAR 
RELACIONADA À 
IDADE (DMRI) 
A DMRI afeta a retina em função da 
formação de drusas (*, do alemão 
“drusen”) que são nódulos ocasionados 
pelo acúmulo de proteínas 
(apolipoproteínas e proteínas do sistema 
complemento) na face interna da 
membrana de Bruch, prejudicando o 
acesso de nutrientes fornecidos pelos 
capilares da coriocapilar aos 
fotorreceptores da retina. 
II.2 CORPO CILIAR 
Espessamento anterior da túnica vascular 
(úvea), situado ao nível da lente, que se 
estende da base da íris até o limite que marca 
o início da retina fotossensível (ora serrata). 
Subdivisões: 
• Parte pregueada (pars plicata): região 
anterior, de onde partem uma série de 
projeções de tecido conjuntivo frouxo 
(processos ciliares), recobertas por um 
epitélio cúbico com duas camadas de células 
(epitélio ciliar), nas quais estão ancoradas as 
fibras da zônula ciliar (ligamento suspensor 
da lente); 
• Parte plana (pars plana): região posterior 
de formato achatado que se estende até a ora 
serrata, sendo também revestida pelo 
epitélio ciliar. 
O eixo do corpo ciliar é preenchido pelo 
músculo ciliar. 
Íris 
Lente 
Músculo 
ciliar 
Processos 
ciliares (parte 
pregueada) 
Parte 
plana 
VISTA POSTERIOR DA METADE ANTERIOR DO OLHO 
VISUALIZAÇÃO ANATÔMICA DO CORPO CILIAR 
MÚSCULO CILIAR 
Massa de tecido muscular liso que ocupa o eixo do 
corpo ciliar, assumindo formato grosseiramente 
triangular aos cortes histológicos. 
Subdividido em um feixe circular, junto à borda 
interna do corpo ciliar, e um feixe 
radial/meridional que se estende de sua inserção 
na esclera até a porção interna do corpo ciliar. 
O feixe circular 
relaxa a tensão da 
lente (inervação 
parassimpática)  
acomodação para 
visão para perto; 
O feixe 
radial/meridional 
(inervação 
simpática) provoca 
acomodação para 
longe. Acomodação 
para longe 
Acomodação 
para perto 
CORPO CILIAR – PROCESSOS CILIARES 
O corpo ciliar é revestido pelo epitélio ciliar  
duas camadas de células cúbicas: camada interna 
não pigmentada e camada externa pigmentada 
(extensão da retina = retina não fotossensível). 
Células associadas por suas superfícies apicais; 
camada interna responsável pela produção do 
humor aquoso e das fibras da zônula ciliar 
(ligamento suspensorda lente). 
CORPO CILIAR – EPITÉLIO CILIAR – FORMAÇÃO DO HUMOR AQUOSO 
• As células do epitélio ciliar constituem uma 
extensão da retina para além da ora serrata 
(retina não fotossensível) e possuem suas 
superfícies apicais voltadas umas para as 
outras; entre as superfícies apicais, existe um 
estreito espaço caracterizado como canal 
ciliar, para onde o precursor do humor 
aquoso é inicialmente lançado. 
• As células de ambas as camadas do epitélio 
ciliar (células pigmentadas e não 
pigmentadas) possuem abundantes 
invaginações de superfícies basais, apoiadas 
em suas respectivas lâminas basais. 
• A água que escapa dos capilares 
fenestrados do eixo conjuntivo dos processos 
ciliares segue uma série de íons 
transportados – principalmente Na+ e Cl-, 
entre outros – formando o humor aquoso a 
ser lançado na câmara posterior. Demais 
solutos (aminoácidos, glicose etc.) são 
transportados ativamente. 
CORPO CILIAR – 
EPITÉLIO CILIAR – M.E. 
A. Eletromicrografia das duas 
camadas do epitélio ciliar, 
com a camada externa 
pigmentada e a camada 
interna rica em 
mitocôndrias; 
B. Detalhe da superfície basal 
da camada interna, onde 
se nota a lâmina basal 
(MB) e uma série de 
invaginações da 
membrana plasmática; 
C. O espaço intercelular entre 
as duas camadas é 
formado pelas superfícies 
apicais entre elas. 
A 
B 
C 
FLUXO E DRENAGEM DO HUMOR AQUOSO NAS CÂMARAS 
OCULARES 
Produção do humor aquoso pela camada interna não pigmentada do epitélio 
ciliar  câmara posterior  pupila  câmara anterior  espaços de Fontana 
 canal de Schlemm  veias episclerais 
II.3 ÍRIS 
Projeção mais anterior da 
úvea, estendendo-se do 
corpo ciliar e se dispondo à 
frente da lente, com 
formato de disco e dotada 
de um orifício no centro – a 
pupila. Em função da 
reação à luz, é considerada 
como o “diafragma do 
olho”. 
Possui uma superfície 
anterior irregular e uma 
superfície posterior lisa. 
ÍRIS 
• Superfície externa 
(anterior) irregular, sem 
revestimento epitelial; 
• Estroma relativamente 
pouco vascularizado, rico em 
fibroblastos, melanócitos ( 
cor dos olhos), e fibras 
colágenas e elásticas; 
• Superfície interna (posterior) revestida 
por uma dupla camada de células cúbicas 
pigmentadas; 
• Junto ao revestimento epitelial posterior, 
encontra-se o músculo dilatador da pupila, 
formado por células mioepiteliais 
(inervação simpática  midríase); na 
margem pupilar, encontra-se o músculo 
esfíncter da pupila (tecido muscular liso) 
(inervação parassimpática  miose). 
ÍRIS 
Comparação entre a íris de 
um indivíduo louro (acima) e 
um indivíduo negro (abaixo) 
com relação ao aspecto do 
estroma e da pigmentação 
da íris. 
Eletromicrografia da porção 
anterior da íris, mostrando a 
ausência de revestimento e a 
continuidade dos espaços 
intercelulares com a câmara 
anterior. 
II.4 LENTE (CRISTALINO) 
Estrutura biconvexa, transparente, 
avascular, e com propriedades elásticas, 
dotada de índice de refração específico 
para, juntamente com os demais meios 
refrativos do olho, permitir a focalização 
da imagem sobre a retina. 
A lente é formada por uma série de 
camadas concêntricas de células alongadas 
e modificadas, denominadas de fibras da 
lente, das quais as mais antigas são as 
fibras do núcleo. A lente é envolvida 
externamente por uma cápsula (lâmina 
basal), sob a qual, na região anterior da 
lente, observa-se um epitélio simples 
cúbico, responsável pela geração das fibras 
da lente. 
LENTE (CRISTALINO) • Cápsula da lente: lâmina basal da 
lente, com colágeno do tipo IV e 
laminina; 
• Epitélio da lente: em posição 
subcapsular, presente apenas na 
região anterior. As células epiteliais 
são cuboides ou cilíndricas e, 
próximo ao nível do equador da 
lente proliferam e se alongam, 
tornando-se as fibras da lente. 
• Os núcleos das fibras da lente se 
alinham inicialmente no equador, 
mas à medida que se diferenciam e 
se aproximam do núcleo, perdem 
suas organelas e seus núcleos, 
tornando-se preenchidas com 
proteínas que lhes conferem a 
transparência (α-, β-, e γ-cristalinas 
e filensina [filamentos 
intermediários típicos da lente]) 
Cápsula 
Epitélio 
Núcleos das 
fibras no 
equador 
A lente é fixada ao corpo ciliar por um conjunto de 
estruturas fibrosas em disposição radial que 
constituem a zônula ciliar (ou ligamento suspensor 
da lente). As fibras da zônula ciliar são formadas por 
fibras oxitalânicas (sistema elástico), são 
produzidas pela camada interna não pigmentada 
do epitélio ciliar, com uma extremidade inserida na 
lâmina basal da camada interna do epitélio ciliar e a 
outra extremidade inserida na cápsula da lente, ao 
nível do equador. 
Lente 
Processo 
ciliar 
Epitélio ciliar 
Cápsula 
LENTE (CRISTALINO) 
LENTE (CRISTALINO) – M.E. 
Região do equador da 
lente, onde se notam 
núcleos de células da lente. 
Interdigitações abauladas e 
organelas esparsas são 
características 
ultraestruturais destas 
células. 
Corte transversal 
de fibras da lente 
na região do 
córtex. Não há 
núcleos ou 
organelas 
perceptíveis. 
III. TÚNICA NERVOSA - RETINA 
Túnica mais interna do bulbo do olho, 
formada por camadas de neurônios 
especializados na recepção, integração e 
transmissão de estímulos visuais ao 
encéfalo. Formada por uma porção 
fotossensível e uma porção não 
fotossensível, que se estende por sobre o 
corpo ciliar e a íris a partir da ora serrata. 
ora serrata 
POPULAÇÕES CELULARES DA RETINA 
A retina possui 5 
populações celulares, 
distribuídas de modo a 
constituírem 10 camadas: 
• Epitélio pigmentar da 
retina: suporte 
morfofuncional dos 
fotorreceptores; 
• Cones e bastonetes: 
neurônios 
fotorreceptores; 
• Neurônios bipolares e 
neurônios ganglionares: 
neurônios de condução; 
• Células horizontais e 
células amácrinas: 
neurônios de associação; 
• Células gliais de Müller: 
astrócitos (sustentação). 
ORGANIZAÇÃO DA RETINA EM CAMADAS 
10. Membrana limitante 
interna (lâmina basal das células 
de Müller) 
9. Camada de fibras nervosas 
(axônios das células ganglionares) 
8. Camada de células 
ganglionares 
7. Camada plexiforme interna 
(sinapses entre células bipolares e 
células ganglionares 
6. Camada nuclear interna 
(núcleos de células bipolares, 
horizontais e amácrinas) 
5. Camada plexiforme externa 
(sinapses entre fotorreceptores e 
células bipolares) 
4. Camada nuclear externa 
(núcleos de fotorreceptores) 
3. Membrana limitante 
externa (junções celulares entre 
cones, bastonetes e células de 
Müller) 
2. Camada de cones e 
bastonetes 
1. Epitélio pigmentar da retina 
RETINA – M.O. 
RETINA – M.O. 
LUZ 
III.1 EPITÉLIO PIGMENTAR DA RETINA 
Epitélio simples 
cúbico ao qual 
os segmentos 
externos dos 
fotorreceptores 
estão 
associados. 
• Abundantes grânulos de 
melanina, lisossomas, 
mitocôndrias e cisternas 
de REL no citoplasma; 
• Segmentos externos dos 
fotorreceptores inseridos 
em espaços entre 
microvilos da superfície 
apical. 
coriocapilar 
M.O. 
M.O. 
Espaço 
subretiniano 
FUNÇÕES DO EPITÉLIO PIGMENTAR DA RETINA 
• Absorção de luz  Presença de grânulos de melanina; 
• Transferência de nutrientes para os fotorreceptores; 
• Estabilização da composição iônica do espaço subretiniano  manutenção da 
excitabilidade dos fotorreceptores; 
• Reisomerização do 11-trans-retinal a 11-cis-retinal (REL) e devolução aos 
fotorreceptores  Ciclo visual; 
• Fagocitose dos segmentos externos dos fotorreceptores; 
• Secreção de fatores de crescimento para manutenção dos fotorreceptores (PEDF) 
e do endotélio dos capilares da coriocapilar (VEGF). 
RETINA – BARREIRA HEMATORRETINIANA 
Barreira hematorretiniana interna  junções de oclusão entre as células 
endoteliais dos capilares das camadas internas da retina; 
Barreira hematorretiniana externa  junções de oclusão entre as células do 
epitélio pigmentar da retina. 
III.2 FOTORRECEPTORES – BASTONETES E CONES 
Neurônios bipolares 
modificados, especializados 
na recepção e transdução de 
estímulosluminosos. 
• Segmentos externos (“dendritos”) com formatos 
específicos (daí seus nomes, b), inseridos em 
espaços entre microvilos das células do epitélio 
pigmentar da retina (c)  espaço subretiniano: 
onde ocorre o descolamento de retina; 
• Região de corpo celular com núcleo, formando a 
camada nuclear externa da retina (a). 
M = Membrana limitante externa 
M 
a 
b 
c 
M 
• Segmentos externos 
associados ao epitélio 
pigmentar da retina, 
contendo inúmeros discos 
membranosos 
empilhados; 
• Segmentos internos com 
abundantes organelas 
(REG, Golgi, mitocôndrias 
etc.); 
• Cílio em constrição 
unindo os segmentos 
externo e interno; 
• Corpo celular com 
núcleo ( camada 
nuclear externa); 
• Fibra interna (axônio); 
• Regiões de contato 
sináptico: esférulas 
(bastonetes) e pedículos 
(cones). 
III.2 FOTORRECEPTORES – M.E. 
FOTORRECEPTORES – SEGMENTOS EXTERNOS – M.E. 
Nos segmentos externos dos bastonetes, discos 
saculares empilhados e individualizados não se 
conectam com a membrana plasmática. 
No segmentos externos 
dos cones, os discos 
saculares se conectam 
com a membrana 
plasmática e se abrem no 
meio extracelular. 
FOTORRECEPTORES – CONEXÃO ENTRE OS SEGMENTOS EXTERNO 
E INTERNO – M.E. 
Entre os segmentos externo e interno dos 
fotorreceptores, existe um cílio de conexão, 
associado a um corpúsculo basal. O axonema não 
possui o par central de microtúbulos. 
Bastonete 
FOTORRECEPTORES – FOTOTRANSDUÇÃO 
Ativação da rodopsina por fótons 
 isomerização do 11-cis-retinal 
em 11-trans-retinal  ativação 
da transducina  ativação da 
fosfodiesterase  fechamento 
dos canais de Na+ controlados 
por GMPc 
FOTORRECEPTORES – FOTOTRANSDUÇÃO 
FOTORRECEPTORES - FOTOTRANSDUÇÃO 
Observe que, no escuro, 
os fotorreceptores se 
apresentam 
despolarizados (canais 
de Na+ abertos em 
função da alta 
concentração citossólica 
de GMPc), liberando 
altas quantidades de 
neurotransmissor 
(glutamato). 
Com a luz, a 
concentração citossólica 
de GMPc cai, e os canais 
de Na+ são fechados, 
impedindo sua entrada 
e levando a célula a um 
estado de 
hiperpolarização. 
III.3 MEMBRANA LIMITANTE EXTERNA 
Estrutura 
formada por uma 
fileira horizontal 
de complexos 
juncionais entre 
os 
fotorreceptores e 
as células de 
Müller 
(astrócitos) 
M.E. 
III.4 CAMADA NUCLEAR EXTERNA 
• Camada formada pela região de corpos celulares contendo os núcleos dos 
fotorreceptores (cones e bastonetes). 
• Os núcleos dos cones costumam ser ligeiramente maiores que os núcleos dos 
bastonetes, e frequentemente se encontram mais próximos à membrana 
limitante externa. 
III.5 CAMADA PLEXIFORME EXTERNA 
Região de sinapses entre fotorreceptores e células bipolares. 
III.6 CAMADA NUCLEAR INTERNA 
Região formada pelos corpos celulares contendo o núcleo de células bipolares, 
horizontais e amácrinas. 
CAMADA PLEXIFORME EXTERNA E CAMADA NUCLEAR INTERNA 
• Na camada plexiforme 
externa, ocorrem sinapses 
entre esférulas (de 
bastonetes) e pedículos (de 
cones) com dendritos de 
células bipolares. 
• Na camada nuclear 
interna, além dos corpos 
celulares das células 
bipolares, encontram-se 
as células horizontais 
(neurônios moduladores 
da função dos cones e 
bastonetes); cada célula 
horizontal envia um 
dendrito para uma esférula 
e vários dendritos para 
vários pedículos; elas não 
possuem axônio. Existem células bipolares de bastonetes e células 
bipolares (difusas e menores) de cones. 
Sinapses em fita  sinapses presentes 
entre terminais sinápticos de 
fotorreceptores e células bipolares e 
células horizontais na camada plexiforme 
externa; caracterizada pela presença de 
uma fita sináptica (constituída por várias 
proteínas específicas), ao longo da qual se 
alinham inúmeras vesículas sinápticas 
contendo glutamato. 
Ao longo da membrana 
pré-sináptica do 
terminal sináptico que 
forme uma sinapse em 
fita, ocorrem inúmeros 
canais de cálcio que se 
abrem mediante a 
manutenção da 
despolarização do 
fotorreceptor 
(“corrente escura”). 
III.7 CAMADA PLEXIFORME 
INTERNA 
Região de sinapses entre os axônios 
das células bipolares e os dendritos 
das células ganglionares da retina. 
• Na camada plexiforme interna podem ocorrer 
também sinapses axossomáticas; 
• Células amácrinas: neurônios moduladores com 
corpo celular na borda interna da camada nuclear 
interna, sem axônio, cujos dendritos fazem 
sinapses com células bipolares e células 
ganglionares; 
• Células bipolares também estabelecem sinapses 
em fita com células ganglionares e células 
amácrinas. 
III.8 CAMADA DE CÉLULAS 
GANGLIONARES 
Grandes neurônios multipolares 
III.9 CAMADA DE FIBRAS NERVOSAS 
Formada pelos axônios amielínicos das 
células ganglionares, os quais formam o 
nervo óptico 
III.10 MEMBRANA 
LIMITANTE 
INTERNA 
Lâmina basal sobre a 
qual estão dispostos 
prolongamentos de 
células de Müller. 
CORPO VÍTREO: Massa gelatinosa que ocupa a cavidade 
vítrea (ou espaço vítreo), banhado pelo humor vítreo, 
separado da retina pela membrana limitante interna; 
constituído por água (±99%), fibrilas de colágeno do tipo 
II, e ácido hialurônico, além de poucas células esparsas. 
Fibrilas colágenas do 
corpo vítreo, M.E. 
Corpo vítreo 
Célula de Müller 
III.11 ÁREAS ESPECIALIZADAS DA RETINA 
• Mácula Lútea (com a fóvea central) – 2,5 mm lateralmente ao disco óptico 
• Disco Óptico (ou papila do nervo óptico, ou “ponto cego” da retina) 
Pequena depressão localizada em 
posição temporal (lateral) ao disco 
óptico, normalmente avascular, que 
representa o ponto de maior 
acuidade visual, em função de haver 
um afastamento das camadas 
internas da retina e a luz atingir 
diretamente os cones. Não há 
bastonetes na fóvea, somente cones. 
Na margem da fóvea, as 
células das camadas internas 
da retina se inclinam, de modo 
a permitir que a luz incida 
diretamente nos segmentos 
externos dos cones. 
A tonalidade amarelada da 
mácula lútea é derivada da 
luteína e da zeaxantina 
(xantofilas). 
A. FÓVEA (no centro da MÁCULA LÚTEA) 
B. DISCO ÓPTICO (PAPILA 
DO NERVO ÓPTICO, 
CABEÇA DO NERVO 
ÓPTICO, ou “PONTO 
CEGO” DO OLHO) 
Região de convergência dos axônios 
das células ganglionares da retina, da 
qual se origina o nervo óptico. 
No disco óptico não há camadas da 
retina ( “ponto cego”); os axônios 
das células ganglionares atravessam a 
lâmina cribriforme da esclera e 
formam o nervo óptico. 
DISCO ÓPTICO (PAPILA DO NERVO ÓPTICO) 
• No centro do disco óptico há uma pequena depressão, por onde a artéria central 
da retina adentra à retina e a veia central da retina sai desta camada; ambos os 
vasos seguem um trajeto central no nervo óptico; 
• Apesar do termo, o nervo óptico tem estrutura de trato de substância branca do 
sistema nervoso central, composto por axônios predominantemente mielínicos e 
células da glia central (astrócitos fibrosos, oligodendrócitos, e microglia). 
Dura-
máter 
Retina 
Lâmina 
cribriforme 
IV. ESTRUTURAS ANEXAS AO 
BULBO DO OLHO 
IV.1 CONJUNTIVA 
Membrana mucosa que recobre 
parcialmente a esclera (conjuntiva 
bulbar) e a face interna das pálpebras 
(conjuntiva palpebral) 
A conjuntiva de ambas as pálpebras se 
reflete nos fórnices superior e inferior 
e passa a revestir a esclera, formando a 
conjuntiva bulbar; esta se estende até o 
limbo (junção esclerocorneano). 
Estrutura histológica da conjuntiva: 
• Epitélio estratificado cilíndrico, 
contendo células caliciformes em sua 
camada superficial; este epitélio se 
continua com o epitélio anterior da 
córnea no limbo; 
• Lâmina própria de tecido conjuntivo 
frouxo, ricamente vascularizado e 
contendo áreas de tecido linfoide. 
CONJUNTIVA – M.O. 
Observe ao lado a continuidade do 
epitélio da conjuntiva bulbar com o 
epitélio anterior da córnea ao nível do 
limbo – a presença do canal de Schlemm 
e dos espaços de Fontana () é a 
referência. 
As células caliciformes costumam ser 
mais abundantes na conjuntiva palpebral 
(abaixo). 
corpo 
ciliar 
IV.2 PÁLPEBRAS 
Pregasmucocutâneas que protegem e 
lubrificam a porção anterior do bulbo do olho. 
Regiões: 
• Superfície externa (cutânea, 1): formada por 
pele delgada, com epiderme, derme e seus 
anexos cutâneos (folículos pilosos, glândulas 
sebáceas, e glândulas sudoríparas écrinas); 
fileiras de grandes folículos pilosos na margem 
palpebral forma os cílios (2), aos quais estão 
associadas as glândulas de Moll (glândulas 
sudoríparas apócrinas modificadas) e as 
glândulas de Zeis (glândulas sebáceas); 
• Superfície interna (conjuntival): revestida 
pela conjuntiva palpebral (3), a qual está 
apoiada sobre a placa tarsal (tecido conjuntivo 
denso não modelado, 4), onde se encontram 
as glândulas de Meibomio (glândulas 
sebáceas modificadas, 5). 
• Eixo da pálpebra: Músculo orbicular do olho 
(6). 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
PÁLPEBRA – CORTE LONGITUDINAL – M.O. 
Glândulas de Meibomio  Glândulas 
sebáceas especializadas presentes nas 
pálpebras superiores e inferiores. 
IV.3 GLÂNDULAS LACRIMAIS E APARELHO LACRIMAL 
Glândulas acinosas serosas compostas 
(parênquima formado exclusivamente 
por ácinos serosos, envolvidos por 
células mioepiteliais).

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