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SANEAMENTO Curso: Engenharia Civil Aula 3: Tipos de saneamento Professor: Jonas Silva DIMENSIONAMENTO DOS DECANTADORES DECANTADORES CONVENCIONAIS Onde: Q - Vazão afluente (m³/s); A - Área útil da seção horizontal (m²); H – Altura útil (m); H’ – Altura ocupada pelo lodo (m); HT – Altura total HT = H+H’; T - Período de detenção (s); V - Volume útil do decantador (m³); vs - Velocidade de sedimentação da menor partícula que se deseja remover (m/s); vh- Velocidade de deslocamento horizontal (m/s) ; ts - Tempo gasto pela menor partícula cair de uma altura H DECANTADORES CONVENCIONAIS A condição mais desfavorável para remoção da menor partícula considerada é admitirmos que a sua entrada no decantador ocorra no ponto A VISTA DOS DECANTADORES CONVENCIONAIS DA ETA CASTELO BRANCO – RECIFE/PE DECANTADORES CONVENCIONAIS DIMENSIONAMENTO Q/A = Taxa de aplicação do decantador (m³/m²/dia) DECANTADORES CONVENCIONAIS A PROPORÇÃO DE PARTÍCULAS REMOVIDAS É FUNÇÃO DA ÁREA DO DECANTADOR E DA QUANTIDADE DA ÁGUA TRATADA NA UNIDADE DE TEMPO. 1 - Determinação da área da seção horizontal Onde: Q – Vazão do decantador (m³/dia); A – área da seção horizontal (m²); k – Fator de correção (convenciona como sendo 1); vs – velocidade de sedimentação (m/s). 2 - Determinação das dimensões de um decantador As relações entre comprimento e largura mais utilizadas variam entre 4 e 5. Determinação da altura ocupada pela água (m) Onde: C – Comprimento do decantador (m); vs – velocidade de sedimentação (m/dia); vh – velocidade horizontal (m/dia). Determinação do tempo de detenção (horas) Onde: V – Volume do decantador (m³); Q – Vazão do decantador (m³/dia). Determinação do volume de lodo acumulado Onde: Q – Vazão do decantador (m³/dia). Determinação da altura reservada para o lodo Onde: V’ – Volume de lodo acumulado (m³); A – Área da seção horizontal do decantador (m²). Determinação da altura total do decantador (Ht) Onde: H – Altura ocupada pela água (m); H’ – Altura ocupada pelo lodo (m); Folga – 0,35 m (Geralmente). A NBR-12216 recomenda que sejam feitos ensaios para determinação do valor da velocidade de sedimentação (vs); O valor obtido em laboratório deve ser multiplicado por um fator K que varia de 0,50 a 1,0 conforme o porte e as condições operacionais da ETA. DECANTADORES CONVENCIONAIS Não sendo possível proceder a ensaios de laboratórios para obter as velocidades de sedimentação pode-se adotar as seguintes taxas de aplicação: DECANTADORES CONVENCIONAIS CAPACIDADE DA ESTAÇÃO TAXA DE APLICAÇÃO DO DECANTADOR Até 1000 m³/dia 25 m³/m²/dia 1.000 m³/dia até 10.000 m³/dia 35 m³/m²/dia (considerando um bom controle operacional) Maior que 10.000 m³/dia 40 m³/m²/dia EXEMPLO :Determine as dimensões da seção horizontal de um decantador convencional onde passa uma vazão de 12.000m³/dia para o qual não foram feitas pesquisas para determinar o valor de vs. OBS: Adotar o valor de 4 para a relação entre comprimento e largura Solução: Passo 1: Determinar a área da seção horizontal: Q/A = Taxa de aplicação do decantador 12.000/A = 40 A = 300 m² RELAÇÃO COMPRIMENTO/LARGURA Passo 2: Determinação da seção horizontal: C x L = 300 m² C/L = 4 4L² = 300 L = 8,66 m C = 4L C = 34,64 m RELAÇÃO COMPRIMENTO/LARGURA Quando não for possível obter os valores de vs a referida NBR 12216 recomenda não ultrapassar os seguintes valores: DETERMINAÇÃO DA PROFUNDIDADE CAPACIDADE DA ESTAÇÃO Vs (VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO) Até 1000 m³/dia 432 m/dia Maior que 1.000 m³/dia 648 m/dia Maior que 10.000 m³/dia, com remoção continua do lodo 864 m³/m²/dia O período de detenção será função da profundidade do decantador; Profundidades menores, embora ofereçam mais economia, podem produzir velocidades horizontais muito elevadas; Profundidades recomendadas : entre 3 e 5m, com respectivos tempo de detenção de 1,5 a 5 horas. PERÍODO DE DETENÇÃO PERÍODO DE DETENÇÃO A NBR-12216 estabelece que para decantadores convencionais, com remoção manual do lodo, deve ser prevista uma altura adicional suficiente para acumular o lodo resultante de 60 dias de funcionamento. DIMENSIONAMENTO EXERCÍCIO: Dimensionar um decantador convencional para uma vazão de 15.000m³/dia. Adotar os seguintes parâmetros: - Taxa de aplicação 25m³/m²/dia - Relação comprimento/largura 4 - Velocidade horizontal 0,45cm/s - Velocidade de sedimentação 25 m/dia - Proporção de lodo na água bruta 1,0m³/1.000m³ - Período entre as limpezas 60 dias Solução: Passo 1: Calcular a área da seção horizontal (A) Passo 2: Dimensões da seção horizontal CL = 600 C/L = 4 DIMENSIONAMENTO 4L² = 600 Então, L = 12,25m e C = 49 m Passo 3: Calcular a altura ocupada pela água Passo 4: Calcular o tempo de detenção (T) DIMENSIONAMENTO Vh = 0,45cm/s = 389m/dia ou H = vs.T Passo 5: Calcular o volume de lodo acumulado em 60 dias (V´) V´= nº de dias x proporção do lodo na água x Q Passo 6: Calcular a altura reservada para a altura de lodo (H´) DIMENSIONAMENTO Passo 7: Altura total do decantador (Ht) DIMENSIONAMENTO HT = 3,15+1,50+0,35(folga) HT = 5,00m CORTINA DE ENTRADA VISTA PARCIAL DA CORTINA DE ENTRADA – DECANTADOR CONVENCIONAL - ETA CASTELO BRANCO CORTINA DE ENTRADA No projeto da cortina devemos considerar os seguintes aspectos: Adotar o maior número possível de orifícios uniformemente distribuídos,segundo a largura e a profundidade do decantador; com distância máxima entre eles de 0,50m (NB-12216); Os orifícios superiores deverão ficar abaixo do nível dágua uma distância de cerca de 1/5 a 1/6 da altura útil do decantador; Se não houver remoção mecânica do lodo, os orifícios inferiores deverão ficar acima do fundo uma distância de 1/4 a 1/5 da altura útil. CORTINA DE ENTRADA 1.0. Vertedouros: DISPOSITIVOS DE SAÍDA CALHAS COM VERTEDOUROS 1.0. Vertedouros: DISPOSITIVOS DE SAÍDA CALHAS COM VERTEDOUROS A esse respeito a NB-12216 faz as seguintes recomendações: a) os vertedouros ou tubos perfurados devem ser organizados de modo a se ter uma vazão uniforme ao longo de toda sua extensão; b) as canaletas devem propiciar escoamento livre, com a água no interior situada a uma distância mínima de 10cm abaixo da borda vertente; c) a vazão por metro de vertedouro ou tubo perfurado deve ser obtida a partir da velocidade de sedimentação; d) na impossibilidade de proceder a ensaios de laboratório a carga nesses elementos será igual ou inferior a 1,8l/s. DISPOSITIVOS DE SAÍDA FILTRAÇÃO FILTRAÇÃO OBJETIVO: Remover os restos de impurezas que não foram removidas no tratamento preliminar. Em alguns casos pode-se suprimir o decantador e o floculador utilizando-se apenas o filtro. Número mínimo de filtros Onde : Q – vazão para a filtração. FILTRAÇÃO Velocidade de aproximação (taxa de filtração): Va=Q/A Onde: Va– velocidade de aproximação Q– vazão afluente ao filtro A–área da seção do leito filtrante perpendicular ao fluxo Área do filtro Onde : A total – área total de filtração. N – número mínimo de filtro. Exemplo de dimensionamento de filtro Dimensione os tanques de filtração levando em conta que serão desenvolvidos através de uma dupla camada de areia – antracito, sua taxa de filtração é de 240m³/ m²/ dia e 4 decantadores com largura de 12 m de cada ( Considere a vazão de 1 m³/s = 22, 827 mgd). Resolução 1 – Número mínimo de filtros Obs: 6 é o número mínimo de filtros, mas como temos 4 decantadores, opta-se por colocar 2 filtros, para cada, o que da um total de 8 filtros. Resolução 2 – Área de filtração Resolução 3 – Área do filtro Resolução 4 – Largura do filtro 12 m, logo a largura total do filtro é de 6 m, sendo 1 metro do filtro utilizado para lavagem do mesmo. Resolução 5 – Comprimento do filtro FILTRAÇÃO Com relação à taxa de filtração: Lenta – baixa taxa de filtração Rápida – Alta taxa de filtração Com relaçãoao meio filtrante: Simples Camadas múltiplas FILTRAÇÃO Com relação ao sentido do fluxo: Descendente Ascendente Com relação ao projeto e operação da ETA: Convencional Direta Utilizados para potabilizar águas brutas de excelentes qualidades; Redução expressiva do índice de coliformes; No entanto: Águas brutas de boa qualidade são cada vez mais raras; Grandes áreas para implantação; Após lavagem necessita que a camada filtrante biológica ser estabeleça FILTROS LENTOS Filtros rápidos de fluxo descendente Mais utilizados em estações convencionais; O leito filtrante pode ser simples ou duplo; e O fluxo da água de lavagem é ascendente. Filtros rápidos de fluxo ascendente Camada espessa de areia(2m) Camada suporte de 60cm FILTROS RÁPIDOS Os filtros descendentes podem ter camadas simples ou duplas de meio filtrante; Os filtros ascendentes possuem apenas camada filtrante simples; MATERIAIS EMPREGADOS: Rápido de única camada filtrante: areia Rápido com camada filtrante dupla: areia + antracito Lento de única camada : areia. LEITOS FILTRANTES Areia Limpa(sem barro e matéria orgânica) Não deve conter mais de 1% de partículas laminares Massa específica 2,6g/cm3 LEITOS FILTRANTES Antracito Carvão mineral (origem fóssil) Massa específica 1,4 a 1,6g/cm3 Utilizado em filtros de camada dupla, sobre a areia, sem se misturar Filtros com areia e antracito possuem maior taxa de filtração que os filtros só com areia Retém a maior parte dos sólidos e a areia os sólidos remanescentes. LEITOS FILTRANTES A camada suporte é constituída de seixos rolados distribuídos com granulometria decrescente no sentido ascendente; Possuem a função de evitar a fuga do material filtrante através do sistema de drenagem, possuindo granulometria devidamente especificada para esse fim. CAMADA SUPORTE FLUXO DESCENDENTE: FLUXO DE ESCOAMENTO Do ponto de vista físico e bacteriológico é superior ao ascendente Filtros de fluxo ascendente Distribuem água coagulada ou floculada e água de lavagem Poderá conter sólidos, folhas, gravetos, etc. Projeto Fundo desmontável; Facilmente inspencionável; A água afluente passe por pré-tratamento adequado ao tipo de fundo falso. FUNDOS FALSOS Filtros de fluxo descendente Coletam água filtrada Sempre estão cheios de água filtrada Distribuem água de lavagem FUNDOS FALSOS Bocais Materiais: porcelana, plástico e Nylon FUNDOS FALSOS - TIPOS Lavagem auxiliar–tubo de ar Filtros de fluxo ascendente–bocais com orifícios maiores FUNDOS FALSOS - TIPOS Blocos Materiais: cerâmica ou plástico FUNDOS FALSOS - TIPOS Blocos FUNDOS FALSOS - TIPOS TUBULAÇÕES PERFURADAS FUNDOS FALSOS - TIPOS VIGAS CALIFORNIANAS Durante seu funcionamento a sua camada filtrante vai impregnando-se com as impurezas retidas, reduzindo a porosidade e aumentando a resistência ao escoamento. Em conseqüência, haverá uma redução na capacidade de filtração. O filtro deverá ser retirado de operação para se lavado. Se o filtro não for lavado corretamente e com a regularidade devida poderá ocorrer: Redução da vazão; Queda na qualidade da água filtrada (aumento da turbidez); Ocorrência de pressões negativas com liberação de bolhas de ar; Formação de bolas de lodo prejudicando a filtração e a lavagem; Formação de fendas e rachaduras camada filtrante. OPERAÇÃO DOS FILTROS Se o filtro não for lavado corretamente e com a regularidade devida poderá ocorrer: Redução da vazão; Queda na qualidade da água filtrada (aumento da turbidez); Ocorrência de pressões negativas com liberação de bolhas de ar; Formação de bolas de lodo prejudicando a filtração e a lavagem; Formação de fendas e rachaduras camada filtrante. OPERAÇÃO DOS FILTROS A lavagem dos filtros emprega normalmente os seguintes métodos: Lavagem com água aplicada no sentido ascendente; Lavagem superficial com jatos d`água; e Lavagem com ar e água. LAVAGEM DOS FILTROS Lavagem com ar e água Fecha-se a válvula de entrada de água no filtro; Espera-se que o nível de água no interior do filtro baixe até cerca de 20cm acima da superfície e fecha-se a saída de água filtrada; Liga-se o compressor e inicia-se a injeção de ar; Abre-se lentamente o registro de água de lavagem. Após alguns minutos fecha-se a válvula de entrada de ar e desliga-se o compressor; Procede-se a lavagem com água. LAVAGEM DOS FILTROS Lavagem com ar e água LAVAGEM DOS FILTROS RESERVATÓRIOS PARA LAVAGEM DOS FILTROS DESINFECÇÃO OBJETIVO: Destruir micro-organismos patogênicos presentes na água – bactérias, protozoários, vírus e vermes. É necessária porque não é possível assegurar a remoção total dos micro-organismos pelos processos físico-químicos usualmente utilizados no tratamento da água. DESINFECÇÃO Vai nortear o mecanismo de desinfecção: Natureza do desinfetante; Tipo de organismo que se pretende inativar. CLORAÇÃO Agente de purificação mais largamente empregado, porque: É facilmente disponível como gás (cloro elementar, Cl2), líquido (hipoclorito de sódio) ou sólido (hipoclorito de cálcio); Baixo custo; Residual de concentração facilmente determinável; e É capaz de destruir a maioria dos micro-organismos patogênicos; CLORAÇÃO – Reações com compostos inorgânicos CLORO FORTE PODER OXIDANTE REMOÇÃO DE SULFETOS, FERRO E MANGANÊS CLORAÇÃO – Reações com compostos orgânicos CLORO SUBSTÂNCIAS ORGANOCLORADAS COMPOSTOS ORGÂNICOS CLORAÇÃO – Reações com compostos orgânicos CLORO COMPOSTOS ORGÂNICOS Algumas substâncias organocloradas são prejudiciais aos seres humanos, dentre elas, destaca-se os TRIHALOMETANOS (THM). Pesquisas demonstram uma maior incidência de diferentes tipos de tumores em águas com elevado teor de trihalometanos. CLORAÇÃO – Depósito de cloro CLORO COMPOSTOS ORGÂNICOS Cilindros de aço carbono: Pequenos: capacidade entre 45 e 60 Kg; Grandes: capacidade para 900 Kg. OBS: Os cilindros são enchidos de maneira a que aproximadamente 85% contenha cloro líquido e 15%, cloro gasoso. CLORAÇÃO – Depósito de cloro CLORO COMPOSTOS ORGÂNICOS A área de armazenamento deve ser bem ventilada e facilmente acessível; Deve-se evitar qualquer possibilidade de aquecimento direto sobre os cilindros; O cloro não deve ser armazenado em áreas situadas abaixo do nível do solo e não deve ser permitida qualquer comunicação com áreas situadas abaixo do nível do solo. CLORADORES CLORO COMPOSTOS ORGÂNICOS São aparelhos destinados a fazer a aplicação do cloro na água APLICAÇÃO DIRETA SOB PRESSÃO CLORADOR À VÁCUO Este aparelho é seguro, preciso e mais barato que os cloradores sob pressão. Este aparelho reduz a pressão do gás cloro. CLORADORES E CILINDROS CLORO COMPOSTOS ORGÂNICOS CLORADORES À VÁCUO Em pequenas instalações (até cerca de 50 Kg/dia), os cloradores podem ficar no mesmo compartimento que os cilindros e são montados diretamente sobre a parede; Nas instalações de maior porte, é conveniente a separação; Tanques de cloro da ETA Botafogo/COMPESA 25 A Q = 2 m 600 25 15000 A = = 3,15m 389 25 49 H h v s C.v H = ´ = = 3horas 0,126dia 15000 49 12,25 3,15 Q V T » = ´ ´ = = horas 3 dia 126 , 0 25 15 , 3 T » = = 3 900m 1000 15000 1,0 60 V' = ´ ´ = 1,50m 600 900 H' = = i = 5% i = 5% » 1 m H T H T /6 a H T /5 H T /5 a H T /4 CANAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FLOCULADA ENTRADA DE ÁGUA NO DECANTADOR
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