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DURAÇÃO DO TRABALHO part 1

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DURAÇÃO DO TRABALHO 
 
As razões para a limitação da duração do trabalho são de ordem biológica, 
social, econômica, religiosa e familiar. Devido à sua importância, a Consolidação 
das Leis Trabalhistas (1943) dedicou um capítulo à duração do trabalho (arts. 57 
a 75). 
 
A interpretação da Constituição e da lei nos autoriza dizer que o limite máximo 
da duração do trabalho normal: 
 8 horas para a jornada diária; 
 44 horas para a jornada semanal; 
 após 12 meses de serviço, o empregado adquire direito a férias de 30 
dias, a serem gozadas no período concessivo. 
 
O sistema jurídico brasileiro não adotou como critério para estipulação da 
jornada de trabalho o tempo efetivamente trabalhado, pois, conforme 
expressamente adotado pelo art. 4º da CLT, computa-se como tempo trabalhado 
aquele em que o trabalhador se encontra à disposição do empregador. 
 
Porém, ainda que não utilizado como regra no Brasil, é possível que o 
empregador estabeleça critérios de produtividade e, nesse caso, o salário do 
trabalhador será fixado por cada peça produzida (art. 78 da CLT): 
 
Art. 78 - Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por 
tarefa ou peça, será garantida ao trabalhador uma remuneração diária nunca 
inferior à do salário mínimo por dia normal da região, zona ou subzona. 
 
Tempo à disposição: 
 
Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado 
esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo 
disposição especial expressamente consignada. 
§ 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de 
indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado 
do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho. 
 
§ 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será 
computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda 
que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 desta 
Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção 
pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, 
bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer 
atividades particulares, entre outras: 
 
I - práticas religiosas; 
II - descanso; 
III – lazer; 
IV - estudo; 
V – alimentação; 
VI - atividades de relacionamento social; 
VII - higiene pessoal; 
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar 
a troca na empresa. 
 
Horas in itinere: 
 
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer 
atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja 
fixado expressamente outro limite. 
 
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as 
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, 
observado o limite máximo de dez minutos diários. 
 
§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva 
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer 
meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado 
na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. 
 
Sobreaviso e prontidão: 
 
Art. 244 § 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que 
permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado 
para o serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro 
horas, As horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão 
de 1/3 (um terço) do salário normal. 
 
§ 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da 
estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze 
horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 
2/3 (dois terços) do salário-hora normal. 
 
Súmula nº 428 do TST 
SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT (redação 
alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, 
DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa 
ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso. 
 
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a 
controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer 
em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o 
chamado para o serviço durante o período de descanso. 
 
A jornada diária máxima, em regra, deve ser de 8 horas. Nesse sentido, não é 
vedado ao empregador estipular jornada diária inferior. Algumas categorias 
profissionais já desfrutam, por meio de normas autônomas ou heterônomas, de 
jornadas inferiores a 8 horas diárias, como os bancários, médicos, telefonistas 
etc. 
 
Jornada 12 x 36 horas 
 
Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado 
às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo 
coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por 
trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os 
intervalos para repouso e alimentação. 
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto 
no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal 
remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados 
os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam 
o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação. 
 
Enunciado 15 aprovado na 2ª Jornada de Direito Material e Processual do 
Trabalho (2017) prevê, in verbis: 
 
JORNADA 12X36. 1. Tratando-se de regime de compensação de jornada, é 
essencial para a sua validade a previsão em acordo coletivo ou convenção 
coletiva de trabalho, nos termos do artigo 7º, XIII, da Constituição Federal, 
inclusive em relação ao comerciário, em razão de lei especial (Lei 12.790/ 2013). 
 
Art. 7º, XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução 
da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
 
2. Artigo 60, parágrafo único da CLT. Dispensa de licença prévia para a 
realização de jornada 12X36. Matéria de saúde e segurança do trabalho. 
Inconstitucionalidade por infração ao artigo 7º, XXII, da CF. 
 
Art. 7º, XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de 
saúde, higiene e segurança; 
 
3. Impossibilidade de regime “complessivo” quanto ao pagamento de feriados e 
prorrogação da jornada noturna, por infração ao artigo 7º, IX, da CF. 
 
4. A prestação de horas extras, inclusive pela supressão do intervalo intrajornada 
(ainda que parcial), descaracteriza o regime de compensação de jornada 12x36, 
implicando o pagamento como hora extraordinária daquelas laboradas além da 
8ª diária, por infração ao artigo 7º, XIII e XXVI, da CF. 
 
Prorrogação de jornada e compensação de horas 
 
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em 
número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou 
acordo coletivo de trabalho. 
§ 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) 
superior à hora normal. 
§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou 
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado 
pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no 
período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho 
previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. 
§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a 
compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste 
artigo,o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não 
compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. 
§ 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por 
acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo 
de seis meses. 
 
Art. 7º, XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução 
da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
 
§ 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo 
individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês. 
 
Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de 
jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a 
repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não 
ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo 
adicional. 
Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o 
acordo de compensação de jornada e o banco de horas. 
 
Assim, se João trabalhar 9 horas por dia, de segunda a quinta-feira, caso tenha 
ele banco de horas por acordo individual escrito, sem que a compensação tenha 
ocorrido no período máximo de seis meses, não estará o empregador obrigado 
a pagar uma hora por dia, acrescida do adicional de horas extras, pois, ao final 
da semana, respeitou-se a jornada máxima de 44 horas. Caberá ao trabalhador 
perceber apenas o adicional respectivo, o que significa dizer que, sendo a hora 
normal R$ 10,00 e o adicional R$ 5,00 (50% da hora normal), o trabalhador não 
receberá R$ 15,00 por cada hora excedente de segunda a quinta-feira, e sim 
apenas o adicional de R$ 5,00. 
 
O Enunciado 22 aprovado na 2ª Jornada de Direito Material e Processual do 
Trabalho (2017) sugere a seguinte interpretação: 
 
PRESTAÇÃO DE HORAS EXTRAS: DESCARACTERIZAÇÃO DO ACORDO DE 
COMPENSAÇÃO E BANCO DE HORAS – HORAS EXTRAS. 
DESCARACTERIZAÇÃO DO ACORDO DE COMPENSAÇÃO E BANCO DE 
HORAS. A prestação de horas extras habituais ou, ainda que eventuais, em 
número superior a duas horas diárias, implica descaracterização do acordo de 
compensação e do acordo de banco de horas, conforme artigos 7º, XIII e XVI, 
da CF, e 59 da CLT. 
 
 
Atividades insalubres 
 
Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos 
quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", 
ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e 
Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença 
prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, 
para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos 
métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de 
autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em 
entendimento para tal fim. 
 
Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de 
doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso. 
 
 
Necessidade imperiosa 
 
Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho 
exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força 
maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou 
cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. 
§ 1º O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de 
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 
 
§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração 
da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de 
excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e 
cinco por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 
12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite. 
 
Art. 7º, XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 
cinqüenta por cento à do normal; 
 
§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas 
acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua 
realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário 
até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à 
recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, 
em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa 
recuperação à prévia autorização da autoridade competente.

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