Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Global Burden os Disease (GBD) § Carda da doença e análise da situação de saúde. “É o maior e mais abrangente esforço até o momento para medir níveis e tendências epidemiológicas em todo o mundo”. Para cada doença e cada país, o conjunto de dados contem estimativas do total de mortes, anos de vida perdidos e anos vividos com deficiências. § DALY à Disability Adjusted Life Years: anos de vida perdido ajustados por incapacidade/ou eventos não fatais. - É indicador utilizado no estudo da carga que uma doença traz à Apenas a mortalidade não é suficiente para medir o impacto de uma doença na qualidade de vida das pessoas. Sendo assim, o DALY combina dois indicadores: morbidade e mortalidade, medindo seus efeitos simultaneamente (efeito da mortalidade e dos problemas de saúde que afetam a qualidade de vida dos indivíduos). DALY= YLL (anos de vida perdida por morte prematura) + YLD (anos vividos por incapacidade). Doencas emergentes e reemergentes § Doenças emergentes: surgimento ou identificação de um novo problema de saúde ou um novo agente infeccioso. § Doenças reemergentes: doenças já conhecidas e que estavam controladas, mas que voltaram a apresentar ameaça para a saúde humana, devido a um aumento em sua incidência em um dado local ou em uma população especifica. Ex: tuberculose pós-HIV, ressurgência da dengue. § Por que acontecem? - Devido a fatores demográficos (urbanização), sociais (institucionalização e aglomeração de pessoas) e políticos, ambientais (desmatamento, inundações, mudanças climáticas), manipulação de microrganismos (aumento do intercambio internacionais de pessoas e bens), adaptação dos microrganismos, econômicos e falhas no controle (movimento anti-vacina). Epidemiologia das doenças infecciosas em idosos § Destaques: 1- Covid-19: SARS-CoV-2 Características gerais da doença: à Diagnósticos: à Definição de casos suspeitos: à Definição de casos confirmados: à Notificação - O que notificar: Casos de SG, de SRAG hospitalizado e óbito por SRAG, independente da hospitalização, que atendam à definição de caso. Indivíduos assintomáticos com confirmação laboratorial por biologia molecular ou imunológico de infecção recente por COVID-19. - Quem deve notificar: Profissionais e instituições de saúde do setor público ou privado, em todo o território nacional, segundo legislação nacional vigente. Todos os laboratórios das redes pública, privada, universitários e quaisquer outros, em território nacional, devem notificar os resultados de testes diagnóstico para detecção da COVID-19 (Portaria GM/MS N° 1.792 DE 21/07/2020). - Quando notificar: Devem ser notificados dentro do prazo de 24 horas a partir da suspeita inicial do caso ou óbito. - Onde notificar: Unidades públicas e privadas. Casos de SG devem ser notificados por meio do sistema e- SUS Notifica https://notifica.saude.gov.br/login • Unidades de Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal: https://sivepgripe.saude.gov.br/siv epgripe/ • Todos os hospitais públicos ou privados: https://sivepgripe.saude.gov.br/siv epgripe/ 2- Hepatites As hepatites virais são infeções sistêmicas ocasionadas por vírus, cuja fisiopatologia se baseia na resposta inflamatória hepática ao vírus: inflamação hepática. à AGRAVO DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA SEMANAL 3- Sífilis à Características principais: - IST: bacteriana sistêmica, curável, de evolução crônica (treponema pallidum) gram-negativa, espiroquetas. - Se não tratada, progride ao longo dos anos. - Modo de transmissão: transmissão direta via sexual (predominante) ou vertical (durante a gestação). Transmissão indireta via sangue (rara). - Tratamento: penicilina benzetacina. à História natural: à AGRAVO DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA SEMANAL 4- HIV-Aids à Caracteristicas gerais - HIV (vírus da imunodeficiência humana) - Causador da AIDS (SIDA), ataca o sistema imunológico, sendo as células mais atingidas os linfócitos T CD4+. - Depois de se multiplicas, rompem os linfócitos em busca de outros para a infecção. - Modo de transmissão: via sexual (esperma e secreção vaginal), pelo sangue (gestação/parto para criança e via parenteral) e pelo leite materno. Transmissão vertical para criança pode ocorrer durante a gestação, o parto e a amamentação. à Manifestações clínicas: à Diagnóstico: à Prevenção: à AGRAVO DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA SEMANAL Referências à GBD: https://www.scielo.br/j/rbepid/a/c wDkPDjSkDcC3hB73kp7yfC/?lang= pt https://www.scielo.br/j/rcefac/a/6k zLn7N6wKQPMJFzwGPNWmq/?lang =pt à COVID-19: https://coronavirus.saude.mg.gov.b r/blog/166-envelhecimento-e- covid-19 DCNT à As doenças crônicas não transmissíveis constituem o maior problema global de saúde e estão relacionadas com número elevado de mortes prematuras e perda da qualidade de vida com alto grau de limitação e incapacidade, além de impactos econômicos para famílias, as comunidades e a sociedade em geral. à Histórico das DCNT: § Transição demográfica § Transição Nutricional § Transição epidemiológica § A OMS inclui como DCNT: - Doenças do aparelho circulatórios (cerebrovasculares e cardiovasculares) - Agravos oncológicos - Doenças respiratórias crônicas - Diabetes mellitus TEM FATORES DE RISCO EM COMUM § Outras DCNT: - Desordens mentais e neurológicas - Doenças ósseas e articulares - Osteoporose - Desordens genéticas - Doenças bucais - Doenças autoimunes - Patologias oculares e auditivas Não partilham dos mesmos fatores de risco § Tem etiologia múltipla § Muitos fatores de risco § Longo período de latência § Origem não infecciosa § História natural prolongada § Longo curso assintomático § Associação com incapacidades funcionais e deficiência § São muito influenciadas pelas condições de vida e escolhas individuais; § Necessitam de abordagem sistemática para o tratamento, exigindo novas estratégias dos serviços de saúde; § Aumento de mortes prematuras; § Impacto econômico. à Fatores de risco modificáveis: § Tabagismo § Consumo de bebida alcoólica § Inatividade física § Alimentação inadequada à DCNT e desigualdades sociais: § DCNT atinge fortemente camadas pobres da população e grupos mais vulneráveis, como a população de baixa escolaridade e renda; § Como determinantes sociais das DCNT, são apontadas as desigualdades sociais, as diferenças no acesso aos bens e aos serviços, a baixa escolaridade, as desigualdades Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no acesso a informação, além dos fatores de risco modificáveis. àPanorama mundial § 2008: 36 milhões de mortes ocorridas no mundo § 80% das mortes ocorrem em países de baixa ou média renda, sendo 29% pessoas menores de 60 anos, sendo 13% em países desenvolvidos. § 2011: reunião de alto nível na ONU para discutir doenças crônicas não transmissíveis. à Panorama brasileiro § DCNT correspondem a 72% das causas de mortes sendo: - 31% de doenças do aparelho circulatório - 16,3% neoplasias - 5,2% diabetes - 5,8% doenças respiratórias crônicas § Grupos vulneráveis: idosos, os de baixa renda e baixa escolaridade. Plano de ac0es para o enfrentamento das DCNT no Brasil à O objetivo do plano de enfrentamento de DCNT é o de promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidencias para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde voltados às doenças crônicas. à Diretrizes e ações em: a) Vigilância, informação, avaliação e monitoramento; b) Promoção de saúde;c) Cuidado integral à Organização da vigilância de DCNT à PNPS à Programa academia da saúde à Adesão à convenção-quadro para controle do tabaco à Guia alimentar para a população brasileira – aleitamento materno à Expansão e fortalecimento da atenção básica – 60% à Programa farmácia popular à Algumas metas nacionais propostas: § Reduzir a taxa de mortalidade prematura; § Reduzir a prevalência de obesidade em crianças; § Reduzir a prevalência de tabagismo; § Aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos; § Aumentar a cobertura de exame preventivo de câncer de colo uterino em mulheres de 25 a 64 anos. Estudos e inqueritos populacionais: à VIGITEL (Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico) § É realizado desde 2006, com publicação anual. § Realizado nos 26 estados mais DF. § Monitorar por inquérito telefônico a frequência e a distribuição dos principais determinantes das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) § Descrever a evolução anual dos indicadores, monitorar e apoiar políticas públicas de saúde. à ELSA – Brasil (Estudo longitudinal de saúde do adulto) § Ministério da saúde e ministério da ciência e tecnologia (2008) § Investigação multicênica de coorte composta por 15 mil funcionários de seis instituições de ensino superior das regiões nordeste, sudeste e sul do brasil. § Investigar a incidência e os fatores de risco de doenças crônicas em particular as cardiovasculares e diabetes. § Idade entre 35 e 74 anos – fazem exames e entrevistas nas quais são avaliados aspectos como condições de vida, diferenças sociais, relação com o trabalho, gênero e especificidade da dieta da população brasileira. à ESTUDO SABE (Saúde, bem-estar e envelhecimento) § O inquérito sobre saúde, bem- estar e envelhecimento – SABE – foi coordenado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) como um inquérito multicêntrico sobre saúde e bem-estar de pessoas idosas em sete centros urbanos na América latina e Caribe. § Brasil: São Paulo § Universidade de Wisconsin- Madison financiou a realização do SABE provendo ideias para o desenho do estudo, o plano de amostra, questionários. § O objetivo primário foi avaliar as condições de vida e saúde das pessoas idosas residentes das referidas cidades de forma a projetar as necessidades sociais e de saúde que, provavelmente, resultarão do rápido crescimento da população idosa. § O objetivo secundário foi promover um maior diálogo entre a investigação em saúde pública e o estudo do envelhecimento, a fim de fortalecer um trabalho interdisciplinar. à DCNT e agravos de causas externas: à O que é pesquisa? É toda atividade realizada para se descobrir a resposta a alguma indagação. - Para Minayo (2013) é o processo de descoberta da realidade. à Classificação da pesquisa quanto à forma de abordagem: § Pesquisa quantitativa: informações numéricas. § Pesquisa qualitativa (qualidade das informações): entender os significados individuais ou coletivos para a vida das pessoas. § Apenas se diferenciam pela forma como obtêm a base empírica (tipos de dados que coletam). Pesquisa qualitativa § Considera a existência de uma relação dinâmica entre o mundo real e o mundo subjetivo. É descritiva e utiliza o método indutivo. O processo é o foco principal. § Quando a decisão do pesquisador é pra coletar dados experienciais e não medidas. à Método indutivo: processo de construir generalizações universais a partir da observação de casos particulares. à Características: - Explora os fenômenos em profundidade. - É basicamente conduzido em ambientes naturais. - Os significados são extraídos dos dados. - Não se fundamenta nas estatísticas. à Processo: - Indutivo (explorar e descrever, depois gerar perspectivas teóricas) - Recorrente - Analisa múltiplas realidades subjetivas - Não tem sequência linear. à Benefícios: - Profundidade de significados - Extensão - Riqueza interpretativa - Contextualizar o fenômeno § O Objeto de estudo acontece ou se manifesta; e não aquele que almeja o produto, isto é, os resultados finais matematicamente trabalhados. à “O método qualitativo de pesquisa é aqui entendido como aquele que se ocupa do nível subjetivo e relacional da realidade social e é tratado por meio da história, do universo, dos significados, dos motivos, das crenças, dos valores e das atitudes dos atores sociais.” Minayo, 2013 Pesquisas qualitativas em saúde à Papel do pesquisador: - Preocupação do pesquisador com as vivências de cada participante tal como foram ou são sentidas pelos participantes. - É introduzido nas experiências dos participantes e constrói o reconhecimento sabendo que é parte do fenômeno estudado. - A reflexão é a ponte que une o pesquisador e os participantes. - Ocorre interação entre pesquisador e participante. à Coleta de dados: - O objetivo da coleta de dados é proporcionar um entendimento maior sobre os significados e as experiências das pessoas. - Pesquisador é o instrumento de coleta de dados. - Finalidade da coleta de dados: compreender as pessoas e seus contextos. à Instrumentos de coletas de dados: - Observação - Entrevista - Questionários - Pesquisa documental e bibliográfica. à Observação à Conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinador aspectos da realidade. à Não consiste em apenas ver e ouvir, e também em examinar fator ou ferramentas que se deseja estudar. à Entrevista: - Encontro de duas pessoas, onde o entrevistador coleta informações sobre um determinado assunto. - Tipos: estruturada, não- estruturada, painel. - Exige preparação especifica. § Construção de um diário de campo, enriquece a apresentação dos resultados. § Descrições do ambiente ou do contexto. § Mapas § Diagramas, quadros e esquemas § Listagem de objetos e artefatos § Aspectos do desenvolvimento do estudo à Questionário: instrumento de coleta de dados com perguntas ordenadas que devem ser respondidas por escrito pelo entrevistador. - Tipo: questões abertas, fechadas e de múltipla escolha. - Realização de pré-teste do questionário. à Pesquisa documental/pesquisa bibliográfica: - Abrange toda bibliografia já publicada sobre o assunto que deseja pesquisar e que sejam confiáveis (artigos, livros, teses, dissertações). à Coleta de dados – diários/registro de campo: ao final de cada dia de jornada de trabalho é necessário que o pesquisador preencha seu diário de campo, no qual o pesquisador transcreve suas anotações, reflexões, pontos de vista, conclusões preliminares hipóteses iniciais, duvidas e preocupações. à Análise qualitativa. à Análise dos resultados coletos podem ser através: - Variedade de formatos: narrativas, fragmentos de textos, vídeos, fotografias e mapas, diagramas, matrizes e modelos conceituais. - O formato varia em cada estudo. - Os dados não serão reduzidos a valores numéricos. § O que se busca em um estudo qualitativo é obter dados (que são transformados em informação). à Análise qualitativa: - Pesquisador que estrutura os dados coletados - Organizar as unidades, as categorias, os temas e os padrões. - Interpreta, explica - Relaciona os resultados - Mais utilizada: análise do discurso/análise do conteúdo (Bardin). à Importância das pesquisas qualitativas para a saúde: - Levantamento de dados é rico - Interpretação dos resultados com grande autoridade § Settings de saúde (significado do processo saúde-doença). - Melhorar a qualidade da relação médico-paciente- instituição. - Promover maior adesão de pacientes e da população frente à tratamentos. - Adesão a medidas coletivas. - Entender maisprofundamente certos sentimentos, ideias e comportamentos dos doentes, familiares e profissionais de saúde. à No processo interpretativo, as linhas de produção de subjetividade são circulares. à Cada observação revela de si, do outro e da conjuntura dispara novas abordagens critico-teóricas numa (re)construção do conhecimento. à O horizonte investigativo é o próprio processo é o “estar com”. à Na saúde coletiva a participação dos sujeitos nos serviços de atenção à saúde implica num modo crítico-reflexivo. à Pesquisa qualitativa considera a subjetividade do pesquisador parte explicita da produção do conhecimento, em vez de simplesmente toma-la como variável a interferir no processo. à O dinâmico campo da saúde coletiva exige um delineamento investigativo que absorva as linguagens de seus principais eixos: epidemiologia, gestão e planejamento e clínica. à Cada expressividade acarreta um diálogo singular. à A simetria de algumas abordagens impossibilita o estabelecimento de convergências múltiplas em algumas dimensões. à A unilateralidade no modo de investigas (pesquisador-método- objeto) pode diminuir o espectro interpretativo. à Conclui-se que a pesquisa qualitativa é complexa e busca sentidos, significados, experiências e subjetividades. Para adentrar esse mundo subjetivo, necessitamos compreender e explicar o fenômeno em suas diversas dimensões, com eixos teóricos, técnicas qualitativas e métodos que abarquem o sujeito numa relação sujeito-sujeito e em teorias multirreferenciais. Rouquayrol, 2018 O que e educacao popular? § “É instrumento para uma abordagem mais integral na assistência à saúde, pois agrega dimensões políticas, econômicas e culturais nas soluções construídas e fortalece o protagonismo social das pessoas envolvidas. Ela coloca o trabalho cotidiano em saúde à serviço do fortalecimento da democracia, da justiça e da solidariedade social.” § Concepção teórica de educação que surgiu na américa latina, há quase 60 anos e espalhou-se pelas práticas sociais de países de todos os continentes. § Tornou-se importante na saúde por inspirar e orientar as primeiras iniciativas de saúde comunitária no Brasil, que se tornaram referência para organizar o SUS, PSF e ESF. § Todas as pessoas, mesmo as mais oprimidas e marginalizadas, tem uma busca criativa de melhoria de suas vidas, acumulando saberes e experiências, os quais necessitam ser valorizados e considerados no fazer educativo. § A educação em saúde é o campo de prática e conhecimento que tem como objetivo a criação de vínculos entre a ação dos profissionais da saúde, o pensar e o fazer cotidiano da população. § A educação popular: não é o mesmo que “educação informal”. - Há muitas propostas educacionais que se dão fora da escola, mas utilizam métodos verticais que reproduzem a passividade dos processos pedagógicos tradicionais. - Busca trabalhar pedagogicamente o homem e os grupos envolvidos no processo de participação popular, traçando formas coletivas de questionamentos, aprendizado e investigação, de modo a promover o crescimento da capacidade de análise crítica sobre a realidade e o aperfeiçoamento das estratégias de luta e enfrentamento. Educacao em saude e a sua relacao com a promocao Educação popular Diferenca entre saber tecnico e popular à Saber popular: não pode ser destituído de validez e importância. à Saber técnico: não deve impor- se ao saber popular. Relação de diálogo, horizontal. à Processo educativo: ponto de partida. à Um educador deve ser um comunicador dialogal e não transmissor unilateral de informações. à Ação educativa em saúde: tornar as pessoas cada vez mais capazes de pensar e de encontrar formas alternativas de resolver seus problemas, entre eles o de saúde- doença, e não apenas de “seguir normas recomendadas de como ter mais saúde ou evitar doenças” – CAPACITAÇÃO. à Como fazer educacao popular? § Significa desenvolver “empatia”, colocar-se no lugar do outro e, com ele, problematizar o viver, a saúde e a doença para que, ao mesmo tempo em que aprende novos conteúdos, desenvolva ao máximo sua habilidade de pensar, decidir e agir. § Problematização e valorização de saberes e lógicas habitualmente desconsideradas. Letramento em saude § É a capacidade cognitiva de entender, interpretar e aplicar informações escritas ou faladas sobre saúde; de forma que, em termos práticos, uma pessoa com nível de letramento satisfatório teria melhor condição de saúde do que um indivíduo com nível de letramento limitado, que teria menos noção da importância de medidas preventivas, por exemplo, ou maior dificuldade de entender instruções sobre medicação. A EDUCAÇÃO POPULAR OFERECE ÀS PESSOAS LETRAMENTO EM SAÚDE. “O médico do futuro não vai dar remédios, mas vai interessar as pessoas no cuidado do corpo, na dieta, e na causa da prevenção da doença.” Thomas A. Edison. à O MCCP é “um método clínico que, por meio de uma escuta atenta e qualificada, objetiva um entendimento integral da vivência individual daquele padecimento, a fim de construir conjuntamente um plano terapêutico, estimulando a autonomia da pessoa como protagonista em seu processo de saúde.” à O método dá ênfase a importância de abordar na consulta três aspectos: a perspectiva do médico, relacionada aos sintomas e a doença; a perspectiva do paciente, que inclui suas preocupações, medos e experiência de adoecer; e a integração entre as duas perspectivas. à 4 atualizacoes do MCCP (atualizacao 2015) 1- Explorando a saúde, a doença e a experiência da doença. § História, exame clínico e investigação § O impacto de seus problemas nas tarefas da vida diária § Expectativas § Suas experiências com a atuação médica § Escuta qualificada § Contato visual § Linguagem corporal Método clínico centrado no paciente “A coisa mais importante em comunicação é ouvir o que não está sendo dito” 2- Entendendo a pessoa como um todo. (Competência cultural como elemento importante. Incorpora promoção e prevenção - conhecendo comportamentos, influencias ambientais e socioeconômicas no modo de pensar e produzir saúde de cada sujeito). § Quem é essa pessoa/meu paciente? § Família/comunidade § Trabalho § Crenças/cultura § Várias etapas e as crises do ciclo de vida § Instrumentos de coletas de dados familiares (genograma e ecomapa) 3- Encontrando um terreno comum (elaborando projetos comum de manejo de problemas). § Médico e o paciente/pessoa buscam uma concordância em: - Natureza dos problemas e prioridades; - Os objetivos do tratamento; - Os papéis do médico (equipe de saúde e da pessoa 4- Intensificando o relacionamento entre pessoa e médico. (Um processo que deve ser construído durante toda a consulta e ser aprimorado em todos os encontros em uma assistência longitudinal, incorporando o ser realista). à A rede de atenção à saúde da pessoa idosa inicia-se na Unidade Básica de saúde – UBS, a porta de entrada no sistema de saúde. Os idosos devem estar sempre vinculados e cadastrados a este local, onde a maioria dos problemas da população idosa, como por exemplo: HAS, diabetes, doenças cardiovasculares, e doenças osteoarticulares e depressão, devem ser atendidos e resolvidos.” à Atenção primária à Saúde § Nível de atenção primária: UBS § Equipes de ESF e NASF ou equipes multiprofissionais § Fazem parte da atenção primária: PAI – programa acompanhante de Idoso (projeto piloto da prefeitura Municipal de São Paulo em parceria com a UNIFESP, desde 2006). Programa acompanhantede idoso (PAI) § É um tipo de cuidado domiciliar biopsicossocial para pessoas idosas em situação de fragilidade e vulnerabilidade social, que disponibiliza a prestação dos serviços de profissionais e acompanhantes de idosos, para apoio e suporte nas atividades de vida diárias (AVD’s) e para suprir outras necessidades de saúde e sociais quando insuficiência de suporte familiar ou social. § Equipe: 1 coordenador (com formação em serviço social), 1 médico (clínico ou preferencialmente geriatra), 1 enfermeiro, 2 auxiliares de enfermagem, 1 agente administrativo, 10 acompanhantes de idosos e 1 motorista. § Objetivos: o Promover assistência integral à saúde da população idosa descrita, objetivando desenvolver autocuidado, autonomia, independência e melhoria do estado de saúde; o Evitar, ou adiar a institucionalização e oferecer Saúde do idoso condições a essa população de uma vida mais autônoma e de melhor qualidade; o Promover a quebra do isolamento e exclusão social; o Formar, acompanhar e dar suporte técnico a acompanhantes de idosos (AI’s), para atender a população idosa adscrita, em seu domicílio e/ou na cidade; o Integrar as redes formais e informais de atenção à pessoa idosa para fortalecimento de parcerias e obtenção de alternativas de atendimento das demandas. Redes Estaduais de Assistencia a Saude do Idoso § Hospitais gerais § Centros de referência de atenção à Saúde do Idoso – CRASPI (principalmente na assistência ao idoso com mal de Alzheimer) – atendimento especializado à saúde do idoso com equipe multidisciplinar com serviços de geriatria, enfermagem, assistência farmacêutica, algumas especialidades médicas como dermato, ortopedia, cardio e profissionais de reabilitação). § Centro de referência ao Idoso – CRI: Atendimento de especialidades médicas, assistência odontológica, atendimentos assistenciais, reabilitação e espaço de convivência social: atividades educativas, atividades físicas e cursos. § Unidade de referência de Saúde ao Idoso (URSI): Atendimento voltado ao idoso fragilizado que apresenta perda funcional e agravos à saúde (patologias mais complexas). - Necessário encaminhamento do SCORE da AMPI – AB. Somente as UBS podem encaminhar os pacientes para a URSI. - Equipe: geriatra, enfermagem e assistência social (equipe mínima), além dos profissionais de reabilitação. - Objetivo da URSI: Oferecer atenção integral e promover a saúde e o autocuidado da pessoa idosa fragilizada e quantificar a atuação dos profissionais da rede básica, responsáveis pela continuidade dos cuidados do idoso durante o acompanhamento na URSI e após alta desse serviço. à Equipamentos da Assistencia social § Núcleos de convivência do Idoso (NCI) § Centro de referência da Cidadania do Idoso (CRECI) § Centro dia para idosos: serviço diurno voltado para pessoas idosas em situação de vulnerabilidade social, com grau de dependência física e/ou cognitiva. Realiza ações integradas com a saúde. Nesses locais, os idosos podem passar o dia recebendo cuidados especiais como alimentação, terapia ocupacional, atendimento multidisciplinar, além de participar de oficinas, enquanto o familiar estiver trabalhando. § Centro de acolhida especial para idosos: são espaços para idosos independentes em situação de rua. à ILPIS (Instituição de longa permanência para idosos) § Entre as alternativas não familiares para o cuidado do idoso, a mais antiga é a instituição asilar, cuja origem remonta à Grécia Antiga. § Nos dias atuais, contudo, são comumente associadas a imagens negativas e preconceitos, vistas muitas vezes como depósitos de idosos à espera do tempo de morrer. § Segundo Born no Brasil os asilos estão associados a pobreza, negligencia e abandono do idoso pelas famílias. § Demanda por esta modalidade de cuidados tende a crescer devido ao envelhecimento da população. à O envelhecimento populacional e o aumento da sobrevivência de pessoas com redução da capacidade física, cognitiva e mental estão requerendo que os “asilos” deixem de fazer parte apenas da rede de assistência social e integrem a rede de assistência à saúde.” § A sociedade brasileira de geriatria e gerontologia (SBGG) sugeriu a adoção de uma denominação “Instituição de longa permanência para idosos”. Trata-se de uma adaptação do termo utilizado pela OMS, Long-Term Care Institution. à Funcionamento das ILPIs: O estatuto do idoso O estatuto do Idoso, formalmente conhecido como Lei 10/741/2003, é o documento da maior proteção à pessoa idosa no Brasil. Seu principal objetivo é regular os direitos assegurados aos idosos, os quais devem ser direitos fundamentais e inerentes à pessoa humana. à Idoso: pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. à Prioridade especial: dentre os idosos, é assegurado prioridade especial aos maiores de 80 anos, atendendo-se suas necessidades sempre preferencialmente em relação aos demais idosos. à Quem deve assegurar estes direitos? Segundo o estatuto do idoso, a garantia dos direitos é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder publico. à O estatuto do idoso apresenta e desenvolve os direitos fundamentais da pessoa idosa: à No âmbito do direito à saúde, a atenção integral à saúde do idoso deve ser assegurada por intermédio do SUS e sua prevenção deve ser efetivada por meio de: cadastramento da população idosa em base territorial; atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios, unidades geriátricas de referencia com pessoal especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social; atendimento domiciliar, incluindo internação, para a população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover; e reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução das sequelas decorrentes do agravo de saúde. à Além disso, é obrigação do poder público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. à Violência contra a pessoa idosa: o estatuto do idoso considera violência contra o idoso qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico. O que fazer? Notificação compulsótira. à No estatuto também coloca a importância de políticas públicas, as quais devem se dar por meio da articulação de ações governamentais e não governamentais da união, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. Dentre estas politicas, destaca-se uma em especial: politica nacional de saúde da pessoa idosa, instituída em 2006. § FINALIDADE: recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizesdo sistema único de saúde. É alvo dessa politica todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou mais de idade. à o Brasil envelhece de forma rápida e intensa. A cada ano, 650 mil novos idosos são incorporados à população brasileira. Essa transição demográfica repercute na área da saúde, em relação a necessidade de reorganizar os modelos assistências. A maior causa de mortalidade entre idosos brasileiros é o AVC. Na transição epidemiológica brasileira ocorrem incapacidades resultantes do não- controle de fatores de risco preveníveis. à O sistema de saúde brasileiro tradicionalmente está organizado para atender á saúde materno- infantil e não tem considerado o envelhecimento como uma das suas prioridades. Uma importante consequência do aumento do numero de pessoas idosas em uma população é que esses indivíduos provavelmente apresentarão um maior numero de doenças e/ou condições crônicasque requerem mais serviços sociais e médicos e por mais tempo. Isso já é notório, uma vez que a população idosa, que hoje cerca de 9% da população, consome mais de 26% dos recursos de internação hospitalar no SUS. Além disso, é notório também a carência de profissionais qualificados para o cuidado ao idoso, em todos os níveis de atenção. àA saúde para a população idosa não se restringe ao controle e à prevenção de agravos de doenças crônicas não- transmissíveis. Saúde da pessoa idosa é a interação entre a saúde física, a saúde mental, a independência financeira, a capacidade funcional e o suporte social. A Politica Nacional de Saúde da Pessoa Idosa estabelece dois grandes eixos norteadores para a integralidade das ações: 1- Enfrentamento de fragilidade, da pessoa idosa, da família e do sistema de saúde; 2- Promoção da saúde e da integração social, em todos os níveis de atenção. Além disso, ela estimula ações intersetoriais, visando a integralidade da atenção à saúde da pessoa idosa, e que devem ser promovidas e implementadas, considerando as características e as necessidades locais. Ações intersetoriais com foco na saúde do idoso faz com que sejam evitadas duplicidade de ações, corrige distorções e potencializa a rede de solidariedade. à Geriatria: pratica medica que foca em analisar e estudas as medidas de prevenção e tratamento de doenças em idades avançadas. à Gerontologia: ciência que estuda o processo de envelhecimento em suas dimensões biológicas, psicológicas e social. à Senescência: é o processo natural do envelhecimento á nível celular ou ao conjunto de fenômenos associados a este processo. à Senilidade: é definida como as condições que acometem o individuo no decorrer da vida devido a mecanismos fisiopatológicos. São alterações decorrentes de doenças crônicas (hipertensão, diabetes, ins. Renal e cardíaca, doença pulmonar crônica e outras), de interferências ambientais e de medicamentos e que podem comprometer a funcionalidade e a qualidade de vida das pessoas. Os níveis de atenção à saúde estruturam-se por arranjos produtivos conformados segundo as densidades tecnológicas singulares, variando do nível de menor densidade, a APS, ao de densidade tecnológica intermediária, a atenção secundária à saúde, até o de menor densidade tecnológica, a atenção terciária à saúde. à Os níveis de atenção à saúde são fundamentais para o uso racional dos recursos e para estabelecer o foco gerencial dos entes de governança das Redes de Atenção a Saúde (RASs). Na prática, ao se construírem as RASs, há que se combinarem os territórios sanitários com os níveis de atenção à saúde. Primario § Neste estágio, encaixam-se os casos mais simples, ou seja, o grau de complexidade é considerado baixo. § Na etapa primária, o foco está no agendamento de consultas e exames básicos, como curativos, radiografias e eletrocardiogramas. Aqui encontra-se o trabalho envolvidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Secundario § Neste estágio, surgem os especialistas, como cardiologistas, oftalmologistas, endocrinologistas. § Com um fluxo bem definido, após a fase inicial – nível primário- os pacientes são encaminhados para a segunda parte do processo, recebendo aqui a atenção primária devida para a especificidade do seu caso. Terciario § Os grandes hospitais correspondem ao nível terciário § O objetivo deste estágio é garantir que procedimentos para a manutenção dos sinais vitais do paciente sejam priorizados. § Aqui, a tecnologia se torna a principal aliada dos médicos e dos outros profissionais que são responsáveis pelo socorro aos usuários. Apesar da divisão em três níveis de atenção à saúde, os recursos tecnológicos podem ser aplicados para beneficiar todos os estágios. Atendimento ao idoso nos três níveis de atenção à Referência: se caracteriza pelo encaminhamento das UBSs para os níveis de maior grau de complexidade (média e alta) à Contrarreferência: retorno do usuário da média ou alta complexidade para a APS (atenção primária de saúde), ou seja, quando a continuidade do tratamento requeira menos recursos tecnológicos e terapêuticos, como os disponíveis nas UBS. à O trabalho em rede está fundamentado para promover e assegurar: a UNIVERSALIDADE e INTEGRALIDADE da atenção; A EQUIDADE do acesso, além da transparência na alocação de recursos. à As RAS estão organizadas em redes prioritárias onde a atenção a saúde se da por redes temáticas ou seja: deve-se organizar as ações a partir da necessidade de enfrentamentos de vulnerabilidades, agravos ou doenças que acometam as pessoas ou as populações. § Redes temáticas: - Rede cegonha (atenção à gestante e atenção à criança até 24 meses). - Rede de atenção as urgências e emergências; - Rede de Atenção psicossocial (com prioridade para o enfrentamento do álcool, crack e outras drogas); - Rede de atenção às doenças e condições crônicas: iniciando- se pelo câncer (a partir da intensificação da prevenção e controle do câncer de mama e colo do útero); - Rede de cuidado à pessoa com deficiência; - Rede de atenção a saúde do idoso. Acoes da atencao basica dentro do contexto das RAS: à Conhecer o diagnóstico X necessidades do usuário à Elaborar e participar da execução de projetos terapêuticos singulares à conhecer os serviços/equipamentos existentes no território. Possibilidades de suporte para a atencao basica de acordo com a RAS CER – Centro especializado em reabilitacao Equipe APD – ACOMPANHANTE DE SAUDE DA PESSOA COM DEFICIENCIA NIR – Nucleo integrado de reabilitacao NISA – Nucleo integrado em saude auditiva PAI – Programa de acompanhante de idosos URSI – Unidade referencia a saude do idoso ILPI – Papel das instituicoes de longa permanencia (GOVERNAMENTAIS E NAO GOVERNAMENTAIS) Atencao domiciliar Praticas integrativas e complementares à O Ministério da Saúde apresenta a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, cuja implementação envolve justificativas de natureza política, técnica, econômica, social e cultural. Esta política atende, sobretudo, à necessidade de se conhecer, apoiar, incorporar e implementar experiências que já vêm sendo desenvolvidas na rede pública de muitos municípios e estados, entre as quais se destacam aquelas no âmbito da medicina tradicional chinesa/acupuntura, da homeopatia, da fitoterapia, da medicina antroposófica e do termalismo/crenoterapia. O pacto pela vida (2006) considera população idosa como uma das seis prioridades do SUS, visando à promoção do envelhecimento ativo e saudável e a atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa. à Considerando que o envelhecimento da população paulistana tem ocorrido de forma acelerada nas ultimas décadas em todas as regiões do município e, que suas especificidades exigem abordagens e ações qualificadas para que o cuidado em saúde seja efeito nos diferentes pontos da rede de atenção, a Área técnica da saúde da pessoa Idosa – Coordenação da atenção básica – Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, propôs a implantação do instrumento denominado “Avaliação multidimensional da pessoa Idosa na Atenção Básica – AMPI – AB” AMPI - AB à AMPI – AB: visa instrumentar as unidades básicas de saúde para qualificação da demanda, planejamento e gestão do cuidado em saúde das pessoas idosas na Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa – RASPI. à Ela permiteque se conheçam as necessidades de saúde da população idosa, classificando-a segundo o grau de fragilidade e categorizando os idosos em “saudáveis”, “pré frágeis” e “frágeis”, permitindo a organização do atendimento na rede e elaboração de planos e cuidados. A pontuação para as questões foi dividida em três categorias: - 0 a 5 pontos: idoso saudável - 6 a 10 pontos: idoso pré frágil - = ou > que 11 pontos: idoso frágil à Os testes de rastreamento da capacidade funcional indicados na AMPI - AB são: Teste de Snelle, teste do sussurro, teste de Katz, teste de lawton, timed up and go test, teste de velocidade de marcha, escala de depressão geriátrica (GDS) e mini exame do estado mental (minimental). àA avaliação multidimensional e seus desdobramentos (planos de cuidados, encaminhamentos e fluxos) deverão ser aplicados por profissionais da atenção básica AMPI – Avaliação multidimensional da Pessoa idosa devidamente capacitados para esse fim. à AVALIACAO MULTIDIMENSIONAL DA PESSOA IDOSA: § Está organizada em um questionário inicial com 17 perguntas com respostas auto referidas, que abrangem as principais dimensões para a avaliação das condições de saúde dos idosos: sociais, físicas, cognitivas e funcionais. § Sua aplicação indica, também, a utilização do formulário de dados sociais e dos testes de rastreamento da capacidade funcional, a depender da necessidade detectada em cada uma as questões. INICIO DA FICHA DE AVALIAÇÃO à TESTE DE SNELLEN – acuidade visual à TESTE DO SUSSURRO – acuidade auditiva à TESTE DE KATZ – Avaliação das atividades básicas de vida diária à TESTE DE LAWTON – Avaliação das atividades instrumentais de vida à TIMED UP AND GO TEST – Avaliação de risco de queda à TESTE DE VELOCIDADE HABITUAL DE MARCHA à ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA – GDS à MINIMENTAL – Exame do estado mental à O que e a caderneta? § Foi criada no ano de 2006 pelo ministério da saúde § Lançada oficialmente no congresso nacional de secretários municipais de saúde em 2014 após consultas publicadas por 30 dais. § Conjunto de iniciativas que tem por objetivo qualificar a atenção ofertada às pessoas idosas no SUS. § É um instrumento proposto para auxiliar no bom manejo da saúde da pessoa idosa, sendo usada tanto pelas equipes de saúde, quanto pelos idosos por seus familiares e cuidadores. § É muito importante que seu preenchimento se dê por meio de informações cedidas pela pessoa idosa, por seus familiares e/o cuidadores, para compor o plano de cuidado, a ser construído em conjunto com os profissionais de saúde. § A caderneta permitira o registro e acompanhamento, pelo período de 5 anos, de informações sobre dados pessoais, sociais e familiares, sobre suas condições de saúde e seus hábitos de vida, identificando suas vulnerabilidades, além de ofertar orientações para seu autocuidado. à Leve a sua caderneta a todo atendimento realizado em serviço de saúde e em todas as campanhas de vacinação. à Apresente a caderneta ao profissional de saúde quando for visitado em sua residência. à Converse com o profissional de saúde, tire suas dúvidas e peça que a caderneta seja preenchida sempre que necessário! à O que consta na caderneta de saude da pessoa idosa? § Dados pessoais § Avaliação da pessoa idosa (medicamentos, diagnósticos, intervenções prévias, cirurgias realizadas, quedas, hábitos de vida, identificação de dor crônica, dados antropométricos, informações complementares, alergias ou reações adversas, avaliação ambiental e protocolo de identificação do idoso vulnerável) § Controle de pressão arterial § Controle de glicemia § Calendário de vacinação § Avaliação de saúde bucal § Agenda de consultas/exames § Atualizações da caderneta Quais sao as orientacoes da caderneta de saude da pessoa idosa? à Atividade física, sexualidade, serviços e telefones uteis; Prevenção de quedas. Caderneta do Idoso Niveis de prevencao à Prevenção primária: § Promoção da saúde (medidas de ordem geral): - Moradia adequada - Construção de escolas e elevação de escolaridades - Educação em saúde - Atividade física regular - Saneamento básico § Proteção especifica: - Imunização - Saúde do trabalhador - Higiene pessoal - Proteção contra acidentes - Aconselhamento genético - Controle de vetores e reservatórios - Uso de preservativos e seringas descartáveis. à Prevenção secundária: § Diagnóstico precoce e tratamento imediato: - Inquérito para descoberta de casos da doença - Exames de detecção precoce - Isolamento (evita propagação da doença) - Tratamento (evita progressão da doença) § Limitação da incapacidade: - Evitar futuras complicações - Evitar sequelas - Diminuir o risco de transmissão da doença. à Prevenção terciária: § Reabilitação § Fisioterapia § Emprego para o reabilitado § Redução de dependência familiar e social § Melhora na qualidade de vida à Prevenção quaternária - NOVO CONCEITO: 1995 – Marc Jamoulle (médico de família) § Conjunto de medidas para evitar intervenções desnecessárias: - Avaliação do risco do excesso de intervenção, medicalização ou cirurgias desnecessárias; - Diminuição dos efeitos adversos dos tratamentos; - Construção de autonomia do individuo. à Conceito sobre medicalização: § Converter situações normais em quadros patológicos e querer resolver a partir de conhecimentos da medicina, situações que não são de saúde: condições sociais, profissionais e relações interpessoais. § Medicamento como “a pílula que resolve tudo” § A figura do médico como detentor dos conhecimentos da saúde e aquele que é o Níveis de prevenção em saúde – foco na prevenção quaternária responsável-ativo pela cura ou resolução dos problemas. § História da medicalização: industrialização – aparecimento das medicações, equipamentos e vacinas. § Evolução da medicina e cuidados. à Overscreening – sobretriagem § Situações em que se usa um método de rastreio de modo excessivo, abusivo ou desnecessário – danos superaram os benefícios. - Gastos de energias de profissionais em atividades que não melhoras a saúde ou qualidade de vida; - Muitos falsos positivos e consequente Overdiagnosis; - “Mais é melhor” - pessoa saudável. - Produto da medicina mercantilizada - Rastreio sem indicação e rastreio induzido à Overdiagnosis – sobrediagnóstico § Diagnóstico de uma doença em um individuo, que não apresenta sintomas ou que não possuam um potencial de morbimortalidade. § Perigo do diagnóstico, mudança de limiares e alarmismo da doença – todos os processos que ajudam a reclassificar pessoas saudáveis com problemas pequenos ou em baixo risco como doentes. § “Captura muito mais inocentes do que deveria” à Problemas do sobrediagnostico à Overtreatment – sobretratamento § O ato de realizar muito tratamento médico, tratamento desnecessário. § Uso de medicações ou procedimentos não necessários § Uso de medicações ou tratamentos não eficazes § Polifarmácia Prevencao Quaternaria § “Ação tomada para identificar um paciente sob o risco de medicalização excessiva, para protege-lo de novas invasões médicas, e para sugerir intervenções eticamente aceitáveis” § Um termo para um velho conceito: em primeiro lugar, não causar danos. § Como não causar danos? - Medicina baseada em evidencias, qualidade do cuidado, humanização EVITANDO diagnostico abusivo, sobremedicalização e medicina defensiva. à O que é a Medicina Baseada em Evidência (MBE)? § A MBE se traduz pela pratica da medicina em um contexto em que a experiência clínica é integrada com a capacidade de analisar criticamente e aplicar de forma racional a informação cientificade forma a melhorar a qualidade da assistência médica. § Na MBE, as duvidas que surgem ao resolver problemas de pacientes são os principais estímulos para que se procure utilizar os conhecimentos. Aprendizado baseado em problemas. à O que é a qualidade do cuidado? § Quando os serviços de saúde para indivíduos e populações aumentam a probabilidade de atingir resultados de saúde desejados e são consistentes com o conhecimento profissional atual. à Qual o panorama hoje? § Transição epidemiológica; § Iniquidades econômicas e sociais; § Grande evolução tecnológica e pressão da indústria farmacêutica, com diversos excessos. - Resultado: aparelhos (tecnologia dura) se interpõe entre terapeuta e doente; dificuldades relacionais; desvio de confiança; desproporção entre o custo exponencial do cuidado biomédico e pequena melhora adicional na mobimortalidade e qualidade de vida do paciente. Metodo clinico centrado na pessoa
Compartilhar