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Esteatose é o acúmulo de gorduras neutras no citoplasma de células que não as armazenam. A lesão é comum no fígado, mas pode ser vista também outros locais (miocárdio, túbulos renais, músculos esqueléticos etc.). Esteatose resulta de: (1) Maior aporte de ácidos graxos por ingestão excessiva ou lipólise aumentada; (2) Síntese de ácidos graxos a partir do excesso de acetil-CoA não oxidada no ciclo de Krebs; (3) Redução na utilização de triglicerídeos ou de ácidos graxos para a síntese de lipídeos complexos, por carência de fatores nitrogenados e de ATP; (4) Menor formação de lipoproteínas por deficiência na síntese de proteínas; (5) Distúrbios no transporte de lipoproteínas por alterações no citoesqueleto; As esteatoses hepáticas podem ser classificadas em alcoólicas (provocadas pelo consumo excessivo de álcool) e não alcoólicas. Sobrepeso, diabetes, má nutrição, perda brusca de peso, gravidez, cirurgias e sedentarismo são fatores de risco para o aparecimento da esteatose hepática gordurosa não alcoólica. Há evidências de que a síndrome metabólica (pressão alta, resistência à insulina, níveis elevados de colesterol e triglicérides) e a obesidade abdominal estão diretamente associadas ao excesso de células gordurosas no fígado. Nos quadros leves de esteatose hepática, a doença não provoca sintomas, estes são percebidos quando aparecem as complicações da doença. Inicialmente, as queixas são dor, cansaço, fraqueza, perda de apetite e aumento do fígado. Nos estágios mais avançados de esteato-hepatite, caracterizados por inflamação e fibrose que resultam em insuficiência hepática, os sintomas mais frequentes são ascite (acúmulo anormal de líquido dentro do abdome), encefalopatia (doenças no encéfalo) e confusão mental, hemorragias, queda no número de plaquetas do sangue, icterícia (pele e olhos amarelados). Com frequência, nas fases iniciais, o diagnóstico da esteatose hepática gordurosa não alcoólica é feito por meio de exames de rotina, laboratoriais ou de imagem. Uma vez detectada a alteração, é indispensável estabelecer o diagnóstico diferencial com outras hepatites, ou doenças autoimunes e genéticas, ou pelo uso de drogas, uma vez que a enfermidade não apresenta um quadro clínico característico. Embora a ultrassonografia, a tomografia e a ressonância magnética sejam muito úteis para avaliar possíveis alterações no fígado, há casos em que a confirmação do diagnóstico depende de biopsia. Entre todos, porém, o exame mais importante para diagnóstico da enfermidade é a elastografia transitória, um método semelhante à ultrassonografia, indolor, que mede a elasticidade do tecido hepático e a quantidade de gordura acumulada no fígado. . A aterosclerose é doença caracterizada por depósitos sobretudo de colesterol na íntima de artérias. Dislipidemia, com aumento de triglicerídeos e colesterol no plasma, é o principal fator de risco; hipertensão arterial, tabagismo, diabetes mellitus, estresse e sedentarismo são outros fatores envolvidos na doença. A lesão endotelial iniciada pela ação de lipoproteínas de baixa densidade (LDL): (1) aumento dos espaços interendoteliais, que favorecem a penetração de lipídeos na íntima; (2) adesão e agregação plaquetárias; (3) maior expressão de moléculas de adesão no endotélio e captura de monócitos circulantes. A LDL oxidada agride o endotélio e induz a síntese de TNF-α e de IL-1, os quais, por ação autócrina, ativam células endoteliais a expor mais moléculas de adesão. O acúmulo de LDL oxidada precede a captura e a migração de leucócitos para a íntima. (4) Macrófagos e plaquetas aderidas ao endotélio liberam fatores de crescimento, como PDGF, FGF e VEGF, os quais induzem neoformação de vasos e migração de células musculares lisas para a íntima e a multiplicação destas. A aterosclerose geralmente não apresenta sintomas até a ruptura das placas. Quando isso ocorre, os sintomas variam de acordo com o local em que a doença se manifesta. Membros inferiores: pode apresentar dor para caminhar ou mesmo em repouso, além do surgimento de feridas. Artérias carótidas: o acidente vascular cerebral (AVC) pode ser o primeiro sintoma da doença obstrutiva carotídea. Desmaios e tonturas também são sintomas transitórios. Artérias viscerais: pode causar diarreia, náusea e perda de peso. Artérias renais: pode causar pressão alta de difícil controle e insuficiência renal. O diagnóstico da aterosclerose deve ser feito pelo cardiologista inicialmente por meio de exames laboratoriais que avaliam o perfil lipídico, como colesterol total, HDL e LDL, triglicerídeos, PCR e apolipoproteína. Além disso, para confirmar o diagnóstico, o médico pode indicar a realização de outros exames como cateterismo, angiotomografia cardíaca, teste de esforço, eletrocardiograma, ecocardiograma e cintilografia miocárdica, que podem identificar a presença de doença arterial coronariana, que possui como uma das causas a aterosclerose.
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