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HISTOLOGIA DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES E INFERIORES APARELHO RESPIRATÓRIO ✓ As porções condutoras são todas as regiões que conduzem o ar até onde ocorre troca gasosa. São elas: fossas nasais, orofaringe, laringe, tranqueia, brônquio e bronquíolos. ✓ Ao passar pelas porções condutoras, o ar sofre filtração, umidificação e aquecimento. ✓ A porção respiratória é onde se realiza trocas gasosas que corresponde a região alveolar. EPITÉLIO RESPIRATÓRIO ✓ Muito presente nas porções condutoras. ✓ Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com células caliciformes. ✓ Há seis tipos de células diferentes presente no epitélio. ✓ A célula mais numerosa é célula colunar ciliada cuja a superfície apical apresenta cílios que tem movimento unidirecional e sincrônico, filtrando o ar. ✓ O segundo maior número de células são as células caliciformes, apresenta formato de cálice, no citoplasma contém grânulos contendo mucina que é precursora do muco. Quando essa mucina é expelida cai em cima dos cílios formando uma película e quando sofre hidratação se transforma em muco. ✓ O terceiro de tipo de células são células que dão característica de pseudoestratificado, são células que partem da lâmina basal, porém, nem todas chegam ao lúmen do órgão. ✓ O quarto tipo de células são chamadas de células granulares, seu citoplasma é repleto de grânulos com componente químico de natureza hormonal. Elas fazem parte das chamadas células DNS (células do sistema neuroendócrino difuso) que não fazem parte das glândulas endócrinas, mas que sintetizam hormônios para finalidades locais. ✓ O quinto tipo de célula são células colunares contendo na sua superfície apical microvilos (células em escova), e na superfície basal tem conexão com terminações nervosas do tecido conjuntivo. São células sensitivas e que sinalizam para as terminações nervosas que enviam mensagem ao sistema nervoso central. ✓ O sexto tipo de célula que são as chamadas células M que fagocitam antígenos e elementos estranhos que não tenham sido barradas pelas outras células de defesa. FOSSAS NASAIS ✓ Porções condutoras formadas por três elementos, são eles: vestíbulo nasal, área olfatória e área respiratória. ✓ Os vestíbulos nasais são formados por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, sendo o tecido mais superficial, com glândulas sudoríparas e sebáceas, os pelos são chamados de vibrissas. Essas vibrissas juntamente com as secreções formam uma barreira sebácea iniciante grosseira. ✓ Os cornetos nasais ou conchas nasais são dobras da mucosa coberta por epitélio respiratório típico. ✓ O teto das fossas nasais é a área olfatória responsável pela percepção dos odores sendo recoberto pelo epitélio olfatório. EPITÉLIO OLFATÓRIO ✓ Adaptado com células especiais para a percepção dos odores. ✓ Formado por três tipos celulares: célula olfatória (neurônio bipolar que está na superfície fazendo parte de um epitélio), células de sustentação (colunares e com microvilos na superfície apical) e célula basal (com potencial de indiferenciação) ✓ Há a presença de glândulas serosas (glândulas de Bowman) na lâmina própria que estão envolvidas com a lavagem dos cílios varrendo moléculas excitatórias que já foram interpretadas. SEIOS PARANASAIS ✓ Cavidades nos ossos frontal, etmoidal e maxilar. ✓ O interior desses seios é revestido de epitélio respiratório típico com glândulas caliciformes produtoras de grande quantidade muco com cílios que vibram para dentro das fossas nasais. LARINGE ✓ Tubo que se comunica com a orofaringe na parte anterior e se comunica com a traqueia na parte inferior. ✓ Ao longo do comprimento da laringe temos o lúmen revestido por epitélio, abaixo lâmina própria, e esse epitélio não é ao longo do comprimento da laringe. Em algumas regiões da laringe temos o epitélio estratificado pavimentoso sem queratina, como na região das cordas vocais. ✓ As demais regiões da parede da parte mais da laringe é o epitélio respiratório típico. ✓ Na parede ao longo do comprimento da laringe, para garantir que o tubo fique sempre aberto, temos peças de cartilagem hialina, além da cartilagem elástica. TRAQUEIA E ÁRVORE BRÔNQUICA ✓ A traqueia é um tubo que ao longo do seu comprimento vamos ter estruturas chamadas de anéis traqueais e que todos os anéis têm uma organização histológica igual independente da região. ✓ Na parede da traqueia mais internamente temos o epitélio respiratório, abaixo tem a lâmina própria com a glândulas seromucosas, abaixo tem uma peça de cartilagem hialina na forma de letra C onde as duas extremidades estão presas por um ligamento fibroso juntamente com fibras musculares lisas. Por último temos mais externamente fibras musculares lisas que se contrai e gera a reação de tosse, só que essa musculatura lisa não é tão significativa nos processos de tosse como nos brônquios e bronquíolos. ✓ Assim que a traqueia bifurca e se torna brônquio há uma certa diferença na organização histológica. ✓ Os brônquios continuam se ramificando originando estruturas mais delgadas chamados de bronquíolos e tudo isso junto lembra uma árvore brônquica. ✓ A árvore brônquica não tem a mesma organização histológica da traqueia, revestimento do lúmen se dá por epitélio colunar simples, abaixo tecido conjuntivo com glândula seromucosa e abaixo temos peça de cartilagem na forma irregular distribuídas ao longo do comprimento dos brônquios. ✓ O bronquíolo é a ultima ramificação que conduz o ar. Revestido por um epitélio cúbico simples podendo ser ciliado ou não ou colunar baixo, abaixo desse epitélio uma lâmina própria muito delgada, uma parede tão fina que não permite peças de cartilagens. Ao redor da lâmina própria temos a faixa de musculatura lisa. ✓ Os bronquíolos possuem células de defesa chamadas de células de Clara ou Clava que fazem parte do epitélio de revestimento, sua superfície apical é esférica, e o seu citoplasma é repleto de grânulos que contém elementos de proteção. Essas células tem um grau de indiferenciação e podem se dividir por mitoses se diferenciar e originar as demais células epiteliais. ALVÉOLO PULMONAR ✓ São “cômodos” vizinhos um dos outros, separados por uma parede chamada de parede interalveolar ou septo interalveolar que é formada por elementos mais externos e elementos mais internos. ✓ Os elementos mais externos são as células epiteliais pavimentosas simples chamadas de pneumócitos tipo I (células que formam barreira de troca de gases juntamente com os vasos sanguíneos) e células esféricas chamadas de pneumócitos tipo II (produzem surfactante e fagocitam surfactante velho). ✓ Nos elementos mais internos temos grande quantidade de capilares sanguíneos do tipo contínuo, sem fenestras na célula endotelial e na lâmina própria. Além disso, temos uma manifestação mínima de tecido conjuntivo (fibras colágenas, fibroblastos, fibras elásticas, macrófagos) ✓ A membrana respiratória é a barreira formada por pneumócitos tipo I e célula endotelial onde se tem a lâmina basal da duas no meio chegando a no máximo 1,5 micrometro. ✓ Entre uma célula de pneumócito tipo I e sua vizinha temos junções celulares especiais, desmossomos que unem as células e junções oclusivas que vedam o espaço. ✓ O saco alveolar é o conjunto de alvéolos que se abrem em um lúmen único. ✓ Entre as paredes dos alvéolos temos os poros alveolares que distribuem de forma igual o ar nos espaços. CORRELAÇÕES CLÍNICAS ENFISEMA PULMONAR ✓ Os alvéolos são degradados perdendo assim a áreade troca. ✓ Há uma baixa oxigenação dos tecidos. ✓ Causa falta de ar. ✓ É uma doença progressiva. ✓ Não tem cura. ✓ Tratamento: broncodilatadores e uso de oxigênio. PULMÃO COM COVID-19 ✓ O vírus ataca as células epiteliais, pneumócitos I e pneumócitos II levando a lesão e morte dessas células desencadeando hipertrofia do tecido conjuntivo, a parede se torna espessa demais.
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