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Morfologia de Flores e Frutos

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Disciplina: Farmacobotânica
Aula 8: Morfologia externa e organização interna da �or e do
fruto
Apresentação
Nesta aula, estudaremos como surgem as �ores, por que elas geralmente são vistosas e coloridas e como se formam os
frutos. A principal característica que distingue as angiospermas é a presença da �or e do fruto, exclusivos desse grupo
vegetal. Flores e frutos são estruturas efêmeras, que possibilitam a reprodução sexuada e perpetuação das espécies
vegetais.
Analisaremos como a �or se origina de modi�cações foliares, que duram pouco tempo e por isso não sofrem muita
pressão ambiental. Isso signi�ca que as �ores não passam por tantas modi�cações e alterações, sendo por isso utilizadas
como uma das principais características para identi�cação das espécies. Além de atuar diretamente na reprodução
sexuada, as �ores são geralmente coloridas e chamativas para atrair polinizadores, possibilitando o cruzamento entre
espécies.
Estudaremos como os frutos surgem a partir das �ores e como têm sido usados pela humanidade com propósito
alimentar. Flores e frutos não têm um uso tão representativo na medicina popular, quando comparados com folhas e
caules, mas merecem atenção como importantes elementos na identi�cação dos táxons e no estudo das plantas
medicinais.
Objetivos
Analisar as características morfológicas e diagnósticas das �ores e frutos;
De�nir os diferentes tipos de �ores, in�orescências e frutos;
Analisar os padrões de desenvolvimento de �ores e frutos e suas peculiaridades.
Morfologia das �ores: Características gerais
As �ores são ramos altamente modi�cados, composta por:
Toda a especialização levou a um órgão com diferentes estruturas funcionais, que combinadas proporcionam uma enorme
diversidade de cores, formas, texturas, odores, tamanhos e arranjos.
A classi�cação das �ores, de acordo com todas as características dos verticilos protetores e reprodutores não é simples, mas é
fundamental para determinação de táxons através de chaves de identi�cação. Uma �or, em sua estrutura básica, é formada por
verticilos protetores e reprodutores inseridos em uma base caulinar denominada receptáculo. Quando um ou mais destes
componentes estão ausentes, a �or é dita incompleta.
 Esquema de uma flor completa. (Fonte: Regina Moura).
Verticilos protetores
Considerando os verticilos protetores, as �ores podem ser classi�cadas de acordo com os seguintes critérios:
Quanto à simetria
A análise da simetria deve levar em consideração o número, forma, tamanho e disposição de pétalas e sépalas.
Assimétricas
Quando não é possível traçar
planos de simetria. Ex.: �or de
Canna sp.
 (Fonte: anatomiavegetal).
Zigomorfas
Também chamada de simetria
bilateral, é quando só há um
plano de simetria. Ex.: Miltonia sp.
 (Fonte: anatomiavegetal).
Actinomorfas
Também chamadas de simetria
radial, é quando há mais de um
plano de simetria. Ex.: Persea
americana (abacate).
 (Fonte: anatomiavegetal).
Quanto à presença dos verticilos protetores
A análise deve considerar a presença dos verticilos protetores.
Diclamídeas: Flores que possuem cálice e corola. Se ambos forem diferentes, constituem o perianto; se forem iguais,
constituem o perigônio e denominam-se tépalas. Veja alguns exemplos a seguir.
Repare que a corola tem pétalas grandes, vistosas, cor de vinho; enquanto o cálice também tem coloração vinho, mas é
discreto. Observe que por fora do cálice ainda há outro verticilo protetor, de cor verde (calículo), uma característica dos
hibiscos.
 Flor diclamídea com perianto, de hibisco (Hibiscus sp.). (Fonte: correiodoEstado).  
Flor diclamídea de narciso (Narcissus sp.) com seu perigônio de pétalas e sépalas iguais em tamanho, forma e cor. Repare que,
internamente, a �or possui uma estrutura chamada corona, que é uma característica das espécies de narciso.
 (Fonte: jeitodecasa).
Monoclamídeas: Possuem apenas um verticilo protetor, que convencionou-se chamar de cálice.
Flor monoclamídea de fúcsia (Fuchsia procumbens). Observe a presença apenas do cálice como verticilo protetor do androceu
e do gineceu.
 (Fonte: entresemillas).
Aclamídeas: Não possuem verticilos protetores.
Ramo �orífero de Piper angustifolium e detalhe da �or aclamídea, onde se nota apenas a presença de estruturas reprodutoras
(androceu e gineceu), e ausência de verticilos protetores (cálice e corola).
 (Fonte: Adaptado de Wikipedia).
Atenção
É comum nas monocotiledôneas o cálice e a corola serem semelhantes, quando então recebem o nome de tépalas.
Quanto à fusão dos verticilos protetores
Na análise da fusão dos verticilos protetores, devemos observar se as pétalas estão fundidas ou livres entre si e se as sépalas
estão livres ou fundidas entre si. A fusão pode ser em toda a extensão das pétalas ou sépalas, ou apenas uma pequena área de
fusão.
Dialissépala: Quando as sépalas são livres entre si.
O mureré (Eichhornia paniculata) é uma planta da caatinga, que possui as pétalas e as sépalas livres entre si. As sépalas são
três e �cam externas às pétalas, que também são três.
 (Fonte: floresdacaatinga).
Gamossépala: Quando há fusão entre as sépalas.
Flor vistosa, ornamental e tóxica de saia roxa (Datura metel). Repare que o cálice é bem menor do que a corola e possui as
sépalas quase totalmente fundidas entre si.
 (Fonte: naturezabela).
A sene (Cassia angustifolia) é uma planta medicinal que possui as pétalas livres entre si.
 (Fonte: Adaptado de ecocosas).
Gamopétala
Flor gamopétala de jitirana-azul (Ipomoea nil), comum na caatinga brasileira. Repare que as pétalas são fundidas desde a base
até o ápice, enquanto o cálice é formado por sépalas parcialmente fundidas (gamossépala).
 (Fonte: Adaptado de floresdacaatinga).
Verticilos reprodutores
Os verticilos reprodutores masculinos constituem o androceu, formado por estames, que originam, armazenam e liberam os
grãos de pólen (gametas masculinos) para a reprodução sexuada.
Os verticilos reprodutores femininos constituem o gineceu ou pistilo, formado por folhas carpelares, simplesmente
denominadas carpelos. Um pistilo pode ser constituído de um ou mais carpelos, que é formado por uma ampla cavidade
denominada ovário, onde se formam e são armazenados os óvulos. No ápice do ovário �ca o estigma, região que recebe os
grãos de pólen.
 Verticilos reprodutores. A - estame; B - pistilo. (Fonte: Regina Moura).
A diversidade de combinações entre as características dos estames e dos pistilos origina a classi�cação quanto aos verticilos
reprodutores.
Presença de verticilos reprodutores
Bissexuadas ou andróginas
 
Quando apresentam
androceu e gineceu
simultaneamente.
Unissexuadas pistiladas ou
carpeladas
Quando apresentam apenas
verticilo reprodutor feminino.
Unissexuadas estaminadas
Quando apresentam apenas
verticilo reprodutor
masculino.
Saiba mais
A presença dos dois verticilos reprodutores numa mesma �or favorece a autofecundação, o que diminui a variabilidade genética
da espécie e, consequentemente, sua capacidade de desenvolver estratégias de adaptação. Para di�cultar a autofecundação as
plantas desenvolveram estratégias diversas, como o amadurecimento em momentos diferentes do androceu e do gineceu.
Classi�cação do androceu
A classi�cação quanto ao androceu é bastante diversi�cada e leva em consideração: 0 número de estames em relação às
pétalas; o tamanho dos estames, uns em relação aos outros; a presença e local de fusão dos estames, presença de �lete; a
posição da soldadura do �lete às anteras; a forma de abertura das anteras.
Classi�cação do gineceu
A classi�cação quanto ao gineceu considera muitos aspectos de cada componente do aparato feminino de reprodução. O
gineceu é uma característica importante para auxiliar na identi�cação taxonômica, assim como o androceu. A posição como
ele está inserido no receptáculo, número e fusão de carpelos, número de lóculos (cavidades) do ovário, posição da placenta,
número de óvulos são características que resultam em diferentes classi�cações.
Atenção
O número de verticilos �orais é uma característicaimportante na distinção entre monocotiledôneas e eudicotiledôneas. Flores
trímeras, com cada tipo de verticilo em número de três ou seis é característico das monocotiledôneas, enquanto �ores tetrâmeras
ou pentâmeras, com quatro ou cinco (também múltiplos destes) verticilos �orais é comum entre as eudicotiledôneas.
 Flor de lírio - monocotiledônea e flor de hibisco – eudicotiledônea. (Fonte: Isabela Freire).
As �ores podem ser solitárias, desenvolvendo-se em pontos isolados do caule, ou podem se desenvolver em ramos �oríferos,
denominados in�orescências, que agrupam um conjunto de �ores. As �ores solitárias ou as in�orescências se desenvolvem a
partir das gemas axilares ou apicais de caule, num processo �siológico bastante complexo.
As in�orescências têm uma classi�cação que considera diferentes aspectos:
As rami�cações podem variar bastante, resultando em denominações especí�cas. Embora a ideia de ramo remeta a uma
estrutura cilíndrica, longa, axial, há in�orescências que se desenvolvem na forma de prato, como o girassol e a margarida.
Aquela estrutura grande, vistosa que pensamos que é uma �or, na verdade, é um ramo com muitas �ores de formas, tamanhos
e sexos distintos.
Detalhe da in�orescência do girassol (Helianthus annuus). Repare que as �ores férteis se abrem de fora para dentro, em direção
à gema apical. Logo, o girassol é uma in�orescência racemosa.
 (Fonte: Adaptado de L. Shyamal). 
Cada in�orescência recebe um nome característico, de acordo com a inserção das �ores no eixo. Alguns tipos podem ser
observados abaixo.
 Esquema dos principais tipos de inflorescência. (Fonte: USP).
Algumas in�orescências são diagnósticas de famílias botânicas, como o capítulo, característico da família Asteraceae,
representada pela camomila, girassol, margarida, calêndula, Arnica montana e a espádice, das Araceae, como a costela-de-
adão, lírio-da-paz e copo-de-leite.
Anatomia �oral: Características gerais
A anatomia das sépalas e pétalas apresenta semelhança com a anatomia foliar. As sépalas, geralmente de cor verde,
apresentam uma epiderme uniestrati�cada e podem apresentar estômatos. Abaixo da epiderme ocorre um meso�lo com
células parenquimáticas. O tipo de parênquima presente nas sépalas é o cloro�liano.
No meso�lo estão mergulhados os feixes vasculares (xilema e �oema)
utilizados para a condução de água, sais minerais e compostos
orgânicos. Por ser uma lâmina muito �na, a sépala possui pouca
diversidade de tecidos, predominando uma epiderme delgada, um
meso�lo com parênquima cloro�liano e alguns feixes vasculares.
 Seção transversal de uma flor. (Fonte: Adaptado de UFPB).
A estrutura anatômica das pétalas é bastante semelhante à das sépalas. Por tratar-se de um verticilo utilizado para atração dos
agentes polinizadores, essas são coloridas e emitem aromas especí�cos.
A epiderme das pétalas apresenta papilas que conferem às pétalas certa suavidade. As papilas são células especializadas da
epiderme que, por serem onduladas, �cam com aspecto aveludado, tornando as pétalas macias e atrativas. Além disso, como
podem produzir perfumes e néctar, têm importante papel na atração de pássaros, insetos e até mesmo dos seres humanos,
que vão auxiliar a �or na sua polinização. As papilas também são encontradas no estigma da �or.
 Papilas em pétalas de rosa (Fonte: Secretaria da Educação do Paraná).
A coloração das pétalas deve-se à grande quantidade de cromoplastos presentes nas células parenquimáticas do meso�lo. A
presença de cromoplastos com pigmentos carotenoides de diversas cores (amarelo, roxo, vermelho, azul) nas pétalas está
diretamente relacionada com a polinização das �ores.
As antocianinas e betalaínas, pigmentos hidrossolúveis, ocorrem em vacúolos de pétalas de muitas �ores. Os �avonoides são
marcadores químicos importantes que comumente estão presentes nas �ores, exercendo ação atrativa sobre animais
polinizadores.
Por serem mais complexas que as sépalas, as pétalas apresentam uma maior vascularização e consequentemente maior
quantidade de xilema e �oema.
As pétalas podem apresentar ainda estômatos, na maioria das vezes não funcionais. Desse modo, toda a �or está organizada
para possibilitar a reprodução sexuada, em sua estrutura e em seu arsenal bioquímico, o que as torna muitas vezes atrativas do
ponto de vista medicinal, conferindo-lhes algum destaque como drogas vegetais.
 Morfologia dos frutos: Características gerais
 Clique no botão acima.
O fruto é o ovário hipertro�ado e desenvolvido, formado após a fecundação dos óvulos. Tem a função de proteger as
sementes e promover a dispersão da espécie da planta. Entretanto, também pode ser formado sem que haja
fecundação, num processo denominado partenocarpia.
O fruto é formado pelo pericarpo e pelas sementes. O pericarpo é estruturado em:
Epicarpo: Região mais externa, em contato com o ambiente, que corresponde à epiderme externa do ovário.
Mesocarpo: Fica logo abaixo do epicarpo e corresponde ao meso�lo parenquimático do ovário.
Endocarpo: É a região mais interna, que �ca em contato com as sementes. Corresponde à epiderme interna do
ovário.
As características do pericarpo variam bastante entre os frutos. A melancia, por exemplo, possui um epicarpo rígido e
liso, mesocarpo carnoso esbranquiçado, mas não suculento, e o endocarpo bastante carnoso, vermelho e suculento. O
pêssego, por sua vez, possui o epicarpo �no e piloso e o mesocarpo carnoso e suculento, porém o endocarpo é rígido
como um osso e encerra a semente.
Há frutos em que todo o pericarpo é comestível, como o tomate. O mesocarpo de frutos cítricos vem sendo fonte de
obtenção de pectina, assim como o mesocarpo de laranja-da-terra (Citrus aurantium) é empregado na produção de
anorexígenos, pela presença de substância anorexígena. Além disso, �avonoides como a diosmina e a hesperedina,
amplamente usados em problemas circulatórios, são extraídos de frutos do gênero Citrus.
Classi�cação dos frutos
Há diferentes formas de se classi�car os frutos. Optamos por apresentar uma forma de classi�cação que considera
diferentes aspectos de sua constituição e formação.
 Organização do pericarpo de um fruto. (Fonte: Isabela Moura).
Composição
A classi�cação quanto à composição do fruto leva em consideração a sua formação, número e fusão de carpelos e
associação de outras partes �orais. Assim temos:
A partir da combinação dos diversos aspectos descritos anteriormente para a estrutura do fruto, diferentes tipos de
frutos são denominados, para identi�cação e descrição.
Sementes: De acordo com a quantidade de sementes, os frutos são classi�cados em:
Monospérmicos: Possuem uma semente, como o abacate;
Dispérmicos: Possuem duas sementes, como o café;
Trispérmicos: Possuem três sementes, como a seringueira; e
Polispérmicos: Quando possuem mais de três sementes, como o tomate, o mamão, o limão.
Lembrete: Os frutos partenocárpicos não possuem sementes!
Consistência: Quanto à sua consistência, os frutos são classi�cados em:
Carnosos: Quando são suculentos, como a manga;
Secos: Quando não possuem suculência ou pouca umidade, como a noz.
Alguns frutos secos comestíveis, os quais sempre vermos os frutos verdes, ainda possuem certa suculência. É o
caso da vagem, por exemplo.
Deiscência: Quanto à sua abertura espontânea para exposição ou liberação das sementes, também chamada de
deiscência, os frutos são classi�cados em:
Deiscentes: Aqueles que se abrem espontaneamente, como o melão-de-são-caetano;
Indeiscentes: Quando não se abrem para exposição das sementes, como a melancia.
Anatomia do fruto: Características gerais
O fruto origina-se do ovário e é composto pelo pericarpo e as sementes. O pericarpo é formado a partir da parede do ovário,
enquanto a semente origina-se do óvulo ou rudimento seminal.
O pericarpo apresenta-se dividido em três regiões: Epicarpo, mesocarpo e endocarpo. As três regiões estão presentes nos
frutos, porém variam enormemente na sua constituição. Anatomicamente, o pericarpo representa as epidermes externa
(exocarpo ou epicarpo)e interna (endocarpo), enquanto os demais tecidos entre as epidermes representariam o mesocarpo,
constituído principalmente por células parenquimáticas.
Saiba mais
O epicarpo origina-se da epiderme externa do ovário e possui características anatômicas da epiderme, podendo apresentar
camada cuticular, estômatos e tricomas.
Muitos frutos possuem tricomas secretores, conferindo o aroma característico de cada fruto. Podem ocorrer ainda uma ou
mais camadas de células esclerenquimáticas ligni�cadas, o que dá rigidez ao fruto.
O mesocarpo origina-se do meso�lo do ovário e apresenta em sua estrutura anatômica parênquima de reserva e ainda
colênquima e esclerênquima, responsáveis pela sustentação. Podem estar presentes também diversos tipos de células
secretoras chamadas idioblastos, onde são encontradas diversas substâncias. Os feixes vasculares do pericarpo concentram-
se, principalmente, nessa camada.
 Seção transversal do pericarpo. (Fonte: Adaptado de UFPB). 
Já o endocarpo origina-se da epiderme interna do ovário e possui uma epiderme unisseriada ou plurisseriada e esclerênquima.
Nessa camada do endocarpo existem tecidos com potencialidade meristemática.
A presença dos diversos tecidos que compõem as três regiões de pericarpo conferem aos frutos uma consistência carnosa,
como na laranja, que possui muito parênquima, ou seca, como no legume, com presença de esclerênquima.
 Flores e frutos de importância medicinal
 Clique no botão acima.
Seguem abaixo alguns exemplos de �ores utilizadas popularmente em função de suas propriedades terapêuticas:
Arnica: Arnica montana L. Possui ação anti-in�amatória, sendo amplamente utilizada na cicatrização de feridas e
contusões;
Camomila vulgar: Matricaria recutita (L.) Rauschert. Possui ação antiespasmódica e anti-in�amatória. Usada
também por suas propriedades estomáquicas, ou seja, que favorecem a digestão;
Macela: Achyrocline satureioides (Lam) DC. Possui propriedades digestiva, anti-in�amatória e antiespasmódica.
Estimula a secreção de bile e a menstruação;
Rosa-rubra: Rosa gallica L. Usada como adstringente, antisséptico, laxativo e purgativo;
Tília: Tilia platyphyllus Scopoli. Apresenta ação diaforética (provoca a sudorese), sedativa e antiespasmódica.
Frutos de importância medicinal
Seguem abaixo alguns exemplos de frutos utilizados por suas propriedades terapêuticas:
Ameixa: Prunus domestica L. Utilizada como laxativo e regulador do �uxo intestinal;
Anis-estrelado: Pimpinella anisum L. Estimula a liberação de gases intestinais. Utilizado em gastralgias e
enteralgias, além de ser expectorante e antitussígeno;
Jambolão: Syzigium jambolanum (Lam) DC. Possui propriedades adstringentes e atua como antidiabético;
Laranja-amarga: Citrus aurantium L. var. amara L. Digestivo e estimula a liberação de gases intestinais, sedativo
leve, anorexígeno;
Tamarindo: Tamarindus indica L. Possui conhecidas propriedades laxativas.
Atividade
1. Uma �or com perianto e unissexuada feminina apresenta:
a) Cálice e corola iguais e androceu apenas.
b) Cálice e corola iguais e gineceu apenas.
c) Cálice e corola diferentes e gineceu apenas.
d) Cálice e corola diferentes e androceu apenas.
e) Corola e androceu apenas.
2. (UFMS) As �ores são estruturas que têm função na reprodução sexuada das plantas angiospermas, onde se podem distinguir
diferentes verticilos �orais, entre os quais:
a) Tépalas: Conjunto de pétalas de cores diferentes; corola: Conjunto de sépalas; gineceu: Sistema reprodutor masculino.
b) Corola: Conjunto de sépalas; cálice: Conjunto androceu-gineceu; perianto: Conjunto de pétalas.
c) Corola: Conjunto de sépalas; gineceu: Sistema reprodutor masculino; perianto: Conjunto androceu-gineceu.
d) Cálice: Conjunto de pétalas; androceu: Sistema reprodutor feminino; perigônio: Conjunto de pétalas iguais.
e) Cálice: Conjunto de sépalas; androceu: Sistema reprodutor masculino; gineceu: Sistema reprodutor feminino.
3. O girassol apresenta �ores bem características e marcantes. Apesar de muitas pessoas pensarem que ele apresenta apenas
uma grande �or amarela, aquela estrutura é formada por várias pequenas �ores perfeitamente organizadas em capítulos. Esses
agrupamentos de �ores são denominados:
a) Pseudoflores
b) Brácteas
c) Inflorescência
d) Pedicelo
e) Tépalas
4. Os frutos são estruturas encontradas exclusivamente nas angiospermas e apresentam como funções a proteção da semente e
o auxílio na dispersão. Os frutos são derivados de qual estrutura da �or?
a) Óvulo
b) Antera
c) Estigma
d) Ovário
e) Pétalas
5. A estrutura de um fruto é formada por três regiões: Uma mais externa denominada de _______________, uma porção
intermediária chamada de _______________ e a camada mais interna que reveste a cavidade do fruto e recebe o nome de
_______________. Analise as alternativas a seguir e marque aquela que indica os nomes que completam respectivamente os
espaços acima:
a) Pericarpo, endocarpo, mesocarpo.
b) Epicarpo, mesocarpo, endocarpo.
c) Mesocarpo, epicarpo, pericarpo.
d) Endocarpo, mesocarpo, epicarpo.
e) Endocarpo, epicarpo, pericarpo.
6. Assinale a alternativa que apresenta, do ponto de vista botânico, apenas frutos:
a) Laranja, vagem, beterraba.
b) Batata, maçã, laranja.
c) Tomate, pepino, laranja.
d) Pepino, beterraba, uva.
e) Tomate, cebola, maçã.
Notas
Referências
AREAS, T. F.; MOURA, R. B. Laranja da terra: Evidências cientí�cas para diferentes aplicações terapêuticas. Revista Fitos, v. 7, n.
2, p. 110-118, abr-jun 2012.
 
BRASIL ESCOLA. Exercícios sobre �or. Disponível em: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-biologia/exercicios-
sobre-�or.htm Acesso em: 5 mar 2020.
MARIATH, J. E. A.; SANTOS, R. P.; BITTENCOURT JR, N. S. Flor. In: APPEZZATO-DA-GLORIA, B.; CARMELLO GUERREIRO, S. M.
(Eds.). Anatomia Vegetal. Cap. 13, 2. ed. rev. e atual. Viçosa: Ed. UFV, 2006, p. 329-373.
RAVEN, P. H; EICHHORN, S. E.; EVERT, R. F. Biologia vegetal. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
SOUZA, L. A. de; MOSCHETA, I. S.; MOURÃO, K. S. M. Fruto. In: APPEZZATO-DA-GLORIA, B.; CARMELLO GUERREIRO, S.M. (Eds.).
Anatomia Vegetal. Cap. 14, 2. ed. ver. e atual. Viçosa: Ed. UFV, 2006, p. 375-398.
VIDAL, W. N; VIDAL, M. R. R. Botânica Organogra�a: Quadros sinópticos ilustrados de fanerógamas. 4 ed. Revista e ampliada.
Viçosa: Editora UFV. 2004, 127 p.
Próxima aula
Caracterização morfológica da semente;
Estrutura interna da semente;
Diversidade e propriedades das sementes.
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