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INICIANDO O PLANO DE AVALIAÇÃO É necessário que o animal encaminhado já venha com o diagnóstico fechado, senão, realizar exames de imagem (RX, TC e RM). Na consulta, realizar uma anamnese detalhada e relacionar a raça e a idade do animal com a possível patologia. Realizar o exame neurológico e ortopédico, além da medição do angulação de movimentos das articulações e da medição da massa muscular. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 1 - ESTADO MENTAL ALERTA É o estado normal, o animal encontra-se consciente. As doenças que afetam o estado mental estão relacionadas ao tronco encefálico, especificadamente ao SARA (sistema ativador reticular ascendente). OBNUBILADO OU DEPRIMIDO O animal encontra-se semi-consciente, havendo momentos em alerta e momentos inconsciente. ESTUPOR OU SEMI-COMATOSO O animal encontra-se inconsciente, mas responsivo à estímulos de dor. COMA O animal encontra-se inconsciente e não-responsivo à estímulos de dor. DEMÊNCIA POR SENILIDADE O animal encontra-se em alerta, porém não responde de forma adequado aos estímulos. 2 - ESTADO COMPORTAMENTAL As alterações de comportamento estão relacionadas a vocalização excessiva, agressividade, andar compulsivo, head pressing, incapacidade de transpor obstáculos, hiperatividade noturna e andar em círculos. As doenças que afetam o comportamento do animal estão relacionadas ao córtex cerebral. 3 - ATITUDE A atitude é a posição da cabeça em relação ao corpo. As alterações na atitude estão relacionadas ao head tilt, opistótono, ventroflexão cervical e head turn. HEAD TILT O head tilt é encontrando quando o animal apresenta a cabeça torta para algum lado, seja para a direita ou esquerda. É uma alteração vestibular. OPISTÓTONO Opistótono é conhecido como “olhar para as estrelas”, o animal encontra-se com a cabeça inclina para cima. É uma alteração ou em cerebelo, ou em tronco encefálico ou na medula. VENTROFLEXÃO CERVICAL Quando o animal apresenta atitude de ventroflexão cervical ele se encontra com a cabeça para baixo. É uma alteração na medula cervical. HEAD TURN O head turn é quando o animal se encontra com a cabeça inclina para trás/flanco, conhecido como “olhando para a própria cauda”. É uma alteração de córtex. FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO ANIMAL 4 - POSTURA A postura é a relação do corpo do animal com a gravidade. As alterações de postura podem ser de origem degenerativa, metabólicas, neurológicas ou traumática. DEGENERATIVAS: LORDOSE A lordose é uma condição em que há uma curvatura interna (ventral) aumentada da espinha. CIFOSE Curvatura dorsal da espinha. ESCOLIOSE Curvatura lateral da espinha. METABÓLICAS E NEUROLÓGICAS: PALMIGRADO O animal caminha se apoiando pelos coxins, no andar palmigrado, ele acaba caminhando apoiado pelos ossos do carpo. Comum em cães com oto e neuropatias. PLANTIGRADO O animal caminha apoiando os ossos do tarso. Comum em gatos com DM. TRAUMÁTICAS: RIGIDEZ POR DESCEREBRAÇÃO A descerebração, dá-se por acometimento do cérebro rostral e mesencéfalo, sendo característica se houver opistótono com alteração mental (semi- coma ou coma) e espasticidade nos quatro membros. É uma lesão em tronco encefálico. RIGIDEZ POR DESCEREBELAÇÃO Ocorre por uma lesão cerebelar, apresentando opistótono e espaticidade dos quatro membros, porém sem alterações mentais. O animal apresenta-se em decúbito lateral e/ou falta de equilíbrio com pouca resposta ou nenhuma resposta motora. SCHIFF SCHERRINGTON É um posicionamento caracterizado pelos membros torácicos espásticos e membros pélvicos flexionados. O animal se encontra em decúbito lateral havendo ou não opistótono e sem alteração mental. Além disso, o animal apresenta respostas motoras voluntárias. Esse fenômeno ocorre em animais que apresentam uma lesão grave no segmento toracolombar da medula espinhal, podendo ocorrer tanto em cães como em gatos. Diferente da rigidez por descerebelação, o animal consegue caminhar por movimentação voluntária. 5 - MARCHA CLAUDICAÇÃO: CLAUDICAÇÃO ORTOPÉDICA Lesão ou fratura em região óssea que acaba prejudicando o caminhar. CLAUDICAÇÃO NEUROLÓGICA A claudicação espinhal ou neurogênica não se deve à falta de suprimento sanguíneo, mas sim à compressão ou inflamação da raiz nervosa. Comum nas radiculopatias. PARESIA: AMBULATÓRIA Paresia é a perda parcial dos movimentos por fraqueza de origem muscular. A paresia ambulatória é quando o animal, mesmo com fraqueza muscular, é capaz de se movimentar sem auxílio externo. NÃO-AMBULATÓRIA O animal com fraqueza muscular, mesmo com auxílio externo, encontra-se incapacitado de movimentação. PARALISIA OU PLEGIA: TETRAPLEGIA Paralisia ou plegia é a perda total da movimentação de alguma parte do corpo. Tetraplegia é a perda dos movimentação dos membros torácicos e pélvicos. PARAPLEGIA É a perda da movimentação ou dos membros torácicos ou dos membros pélvicos. HEMIPLEGIA É a perda da movimentação de um lado do corpo, direito ou esquedo. MONOPLEGIA É a perda da movimentação de apenas um órgão (braço ou perna) do membro torácico ou pélvico. ATAXIA: PROPRIOCEPTIVA Ataxia é a perda de coordenação dos movimentos musculares voluntários, caracterizando-se por movimentos descoordenados. A ataxia de origem propioceptica está relacionada à lesão medular. O animal apresenta sintomas, como: arrastar de dígitos e base ampla. CEREBELAR Ocorre por lesão no cerebelo. O animal tem como sintomas: hipermetria, base ampla e tremor de intenção. VESTIBULAR Ocorre por alterações ou lesões no aparelho vestibular, podendo ser de origem central ou periférico. O animal tem como sintomas: head tilt, andar em círculos e nistagmo. O nistagmo é classificado de acordo com a direção da sua movimentação, podendo ser: horizontal, vertical ou rotatório. Os nistagmos verticais são origem central e são causados por MEG, cinomose e neoplasias. Os nistagmos horizontais são de origem central ou periférico e são causados por otites médias e internas, trauma, neoplasias, hipotireoidismo e idiopáticos). Para diferenciar os nistagmos horizontais de origem central ou periférico realiza-se o teste de propriocepção. Quando o teste estiver normal é de origem periférica, mas se caso o teste se mostrar diminuído ou ausente é de origem de central. 6 - REAÇÃO POSTURAL TESTE DE PROPRIOCEPÇÃO A propriocepção é uma função dos nervos sensitivos periféricos e tratos sensitivos da medula, através do tálamo, para o córtex cerebral do lobo frontal (propriocepção consciente). A postura com os membros em abdução ou em ângulos anormais pode sugerir um defeito proprioceptivo. As reações de atitude e de postura testam a integridade das vias proprioceptivas, seus componentes cerebrais e cerebelares e também, as vias motoras responsáveis pela correção das mesmas. Estes testes são bons instrumentos de triagem para a detecção da lesão no SN, mas não são muito úteis na localização específica do problema. Para avaliação da propriocepção, deve-se posicionar o animal em postura quadrupedal em superfície não deslizante e suportar, com uma das mãos, parte do seu peso pelo tórax (para avaliação dos membros torácicos) ou abdômen (para avaliação dos membros pélvicos). Com a outra mão posiciona-se uma das patas, de modo que a superfície dorsal fique em contato com o chão. Espera-se que o animal retorne a pata ao posicionamento anatômico imediatamente O teste pode estar aumentando, normal, diminuído ou ausente. O teste encontra-se normal se o animal o realizar num período de até 3s. As lesões no cérebro, tronco cerebral, cerebelo e nervosperiféricos impossibilitam ou diminuem a capacidade de correção das posturas anômalas. SALTITAMENTO Segura-se três membros em suspensão do animal, deixando um desses membros flexionado. Empurrar o animal para o lado do membro flexionado. O animal deverá “saltear” para o lado do membro que está sendo empurrado. O teste pode estar aumentando, normal, diminuído ou ausente. O teste encontra-se normal quando o animal salta na mesma hora. RESPOSTA DE POSICIONAMENTO: NÃO VISUAL (TÁTIL) O teste de posicionamento é mais realizado em gatos, mas também deve ser feito nos cães. O teste de posicionamento não visual deve ser feito antes do visual. Fechar o olho do animal e aproximá-lo de uma superfície (pode ser uma mesa). Quando o animal começar a tocar na superfície ele deverá se apoiar com as mãos. VISUAL Quando o animal estiver se aproximando da superfície, extintivamente, ele irá posicionar os braços para se apoiar antes de chegar na superfície. 7 - REFLEXO MEMBRO TORÁCICO: REFLEXO FLEXOR DO MEMBRO TORÁCICO Também conhecido como “reflexo de retirada”. Nos membros torácicos, o reflexo de retirada avalia a integridade do segmento espinhal C6-T2 e raízes nervosas associadas, além dos nervos que compõem o plexo braquial (axilar, musculocutâneo, mediano, ulnar e radial). Com o animal em decúbito lateral, o clínico deve pinçar o interdígito com o dedo ou uma pinça hemostática, realizando pressão suficiente para provocar o reflexo. O estímulo gera uma flexão completa dos músculos flexores e retirada do membro. Em caso de ausência de resposta, todos os interdígitos devem ser testados. A retirada do membro demonstra apenas um reflexo e não a presença ou não de nocicepção. MEMBRO PÉLVICO: REFLEXO FLEXOR DE MEMBRO PÉLVICO O reflexo de retirada avalia a integridade do segmento espinhal L4-S3 e raízes nervosas associadas, além dos nervos ciático e femoral. Do mesmo modo que, para o membro torácico deve-se pressionar o interdígito, gerando flexão de quadril e jarrete. REFLEXO PATELAR O reflexo patelar avalia a integridade dos segmentos espinhais L4-L6 e do nervo femoral. Este teste é bastante confiável por ser monossináptico (envolvimento apenas de um neurônio aferente que faz sinapse direta com um neurônio eferente. Para avaliá-lo, o membro testado deve ser mantido relaxado em flexão parcial, de forma que se possa desferir um golpe suave no tendão patelar com um martelo de Taylor. A resposta esperada consiste na extensão do membro devido à contração reflexa do músculo quadríceps femoral. Respostas diminuídas ou ausentes, geralmente, indicam lesão no segmento espinhal L4-L6 ou no nervo femoral. No entanto, animais idosos, com hipotrofia e contratura grave do quadríceps femoral, podem apresentar esse reflexo diminuído, mesmo que não haja lesão nesse segmento espinhal. Reflexos aumentados podem ser observados em lesão cranial a L4, e em alguns casos específicos em que se tem lesão restrita no segmento L6-S1 e diminuição do tônus da musculatura, que contrapõe a extensão do joelho, ocasionando a chamada pseudohiperreflexia MEMBRO TORÁCICO OU PÉLVICO: REFLEXO DO EXTENSOR CRUZADO A flexão de um membro acompanhada da reação contralateral do membro oposto é denominada reflexo extensor cruzado. No entanto, para que este reflexo seja observado o estímulo tem que ser suficientemente forte para atingir os interneurônios, com limiar de ativação mais alto, que fazem parte do circuito neuronal do reflexo extensor cruzado. A necessidade do envolvimento dos músculos contralaterais neste tipo de reflexo tem a função de dar suporte postural durante a retirada do membro afetado frente ao estímulo da dor. REFLEXO DE PANÍCULO: REFLEXO CUTÂNEO DO TRONCO O reflexo cutâneo do tronco pode ser útil para determinar o nível da lesão medular espinhal. A lesão estará presente dois níveis acima do pinçamento com resposta cutânea. É um reflexo presente da asa do íleo até a escápula. PERÍNEO: REFLEXO PERINEAL A estimulação do períneo com uma pinça hemostática resulta em contração do esfíncter anal e flexão da cauda. Esse reflexo testa a integridade do nervo pudendo e segmentos espinhais S1- S3 e cauda equina. FUNÇÃO DO TRATO URINÁRIO: LESÃO EM NERVO MOTOR SOMÁTICO (NMS) Ocorre o aumento do estímulo, aumentando o grau de contração dos esfíncteres (bexiga e uretra). A bexiga encontra-se espástica e com hiperexcitabilidade reflexa do esfíncter uretral. A bexiga vai estar cheia de urina, o esvaziamento da bexiga pode ser realizado por massagem na vesícula urinária ou por sondagem. LESÃO EM NERVO MOTOR INFERIOR (NMI) Pela diminuição ou ausência do estímulo a bexiga encontra-se fláscida, a micção é facilmente induzida ou estimulada, causando incontinência urinária. O reflexo perineal estará diminuído ou ausente. O tônus anal estará reduzido. 8 - AVALIAÇÃO SENSORIAL É a avaliação da dor superficial e profunda. Esse teste é apenas realizado em animais que não andam. Se o animal for positivo a dor superficial não é necessário fazer a dor profunda. O teste é positivo quando o animal se mostra incomodado (não confundir o incomodo do animal com o reflexo). É um bom teste para prognóstico. A propriocepção consciente se perde em primeiro lugar, já que sua fibra nervosa é mais calibrosa, seguindo-se a atividade motora voluntária, sensação da dor superficial (primária) e sensação da dor profunda (secundária). A sequência da deterioração neurológica pode refletir sensibilidade maior à pressão de grandes fibras, intensamente mielinizadas, que transportam as fibras do senso de posição (propriocepção) e da função motora, em comparação com as vias não mielinizadas ou levemente mielinizadas responsáveis pela nocicepção. A recuperação clínica é em ordem inversa, a primeira função a voltar é a percepção de dor profunda, seguida do retorno parcial da função motora, recuperação motora com ataxia, e por último o retorno à normalidade. DOR SUPERFICIAL É o pinçamento da pele para teste da dor superficial. DOR PROFUNDA É o pinçamento do digito para teste da dor profunda. 9 - AVALIAÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS • Olfatório (I) - Cheiro • Óptico (II) - Visão • Oculomotor (III) – Reflexo pupilar • Troclear (IV) – Movimentação do globo ocular • Trigêmio (V) – Sensorial (facial, corneal, palpebral e cabeça); Motor (músculos da mastigação) • Abducente (VI) – Movimentação do olho • Facial (VII) – Movimento da pálpebra, orelha e lábio • Vestibulococlear (VIII) - Equilíbrio e Audição • Glossofaríngeo (IX) – Movimentos da língua e deglutição • Vago (X) – Responsável pela deglutição • Acessório (XI) – Inerva a musculatura do pescoço • Hipoglosso (XII) – Inerva a língua AVALIAÇÃO ORTOPÉDICA PALPAÇÃO Faz-se a palpação na seguinte ordem: membros torácicos, membros pélvicos e suas respectivas articulação e a coluna. A palpação deve ser feita no sentido distal para o proximal. Nas articulação, dependendo da mesma, deve-se avaliar a função de flexão e extensão, abdução e adução e de rotação. É importante a verificação de dor na palpação. Os animais demonstram dor de formas diferentes: latidos, miados, mudança de humor e comportamento, agressividade etc. Um sinal de dor usado na coluna é o reflexo de Panículo, esse reflexo avalia a integridade do nervo tóraco-lateral, que inerva a musculatura tóraco-cutânea, e a integridade do segmento espinhal C8-T1. TESTES QUADRIL DISPLASIA COXOFEMORAL TESTE DE ORTOLANI É um teste indicador para displasia coxofemoral. O método da técnica varia de acordo com o tamanho do animal, mas ela pode serfeita com o paciente em decúbito lateral ou dorsal. O animal deve estar sedado. O diagnóstico definitivo para displasia coxofemoral é pelo RX. Em decúbito lateral: Para testar a articulação esquerda o animal deve ser colocado em decúbito lateral lateral-direito e, a mão esquerda do examinador, segura o joelho esquerdo do paciente. A mão direita do examinador é colocada dorsalmente sobre a pelve. O fêmur é posicionado paralelamente à mesa e perpendicularmente à pelve. A pressão é aplicada a partir do joelho na direção do acetábulo. A abdução do fêmur leva a articulação ao ponto em que a redução ocorre, sendo ouvido ou palpado o “cleck” articular. A articulação coxofemoral direita deve ser examinada com o paciente em decúbito lateral- esquerdo. Em decúbito dorsal: Cada joelho é segurado firmemente, com os polegares sobre os côndilos mediais. O fêmur é posicionado perpendicularmente à superfície da mesa e com o membro aduzido, inicia-se o teste realizando-se compressão em direção ao acetábulo e abduzindo o membro cuidadosamente, sem estendê-lo ou flexioná-lo. O resultado é positivo se ouvir ou palpar um “cleck” na articulação que corresponde à entrada da cabeça femoral no acetábulo, indicando que a articulação foi reduzida e que a cápsula articular está flácida. JOELHO RUPTURA DO LIGAMENTO CRANIAL CRUZADO (RLCCR) O diagnóstico para RLCCr é feito pelo exame físico (teste de gaveta e o teste de compressão tibial. O RX é utilizado como diagnóstico secundário e auxílio para plano cirúrgico. TESTE DA GAVETA O teste movimento de gaveta é a translação cranial da tíbia em relação ao fêmur, que possibilita o diagnóstico clínico para RLCCr. O movimento de gaveta deve ser realizado com o membro pélvico flexionado e em extensão. Para que o teste seja considerado positivo, o deslocamento crânio-caudal da tíbia em relação ao fêmur deve ser superior a 2mm. A sensibilidade do teste aumenta consideravelmente quando realizado sob sedação, reduzindo o risco de resultados falso- negativos. O teste se consiste em: o indicador da mão direita do examinador deve estar na crista da tíbia e o polegar direito na cabeça da fíbula. O dedo indicador da mão esquerda vai estar segurando a patela e e o polegar da mesma mão na fabela. Deslocar a tíbia em relação ao fêmur. O teste é positivo quando ocorre o descolamento do fêmur. TESTE DE COMPRESSÃO TIBIAL Com uma das mãos, abraçar a parte distal do fêmur com o dedo indicador posto na crista tíbia. Com a outra mão, flexionar o tarso. O teste imitar a marcha do animal. O teste é positivo quando ocorre o deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur. LUXAÇÃO PATELAR TESTE PARA LUXAÇÃO PATELAR A manobra de luxação da patela normalmente não é processo doloroso. Quando examinar o membro para luxação patelar, a melhor posição é do animal em decúbito lateral. Para iniciar o exame, o tubérculo tibial é localizado e sua posição é observada, e manuseia-se proximalmente ao longo do ligamento patelar. A localização medial do tubérculo tibial auxilia em evitar a má-interpretação da luxação medial (ectópica). Ela pode ou não se mover com a flexão, extensão ou pressão digital, e ser, ou não, redutível. Para luxar-se uma patela medialmente, o joelho é estendido, os dedos são rotacionados internamente, e a pressão digital é aplicada à patela em direção medial. De maneira contrária, para luxar-se a patela lateralmente, o joelho é ligeiramente flexionado, dedos são rotacionados externamente e pressão á aplicada em direção lateral. Algumas vezes uma patela instável pode ser luxada apenas pelo rotacionamento interno ou externo das extremidades dos membros. A patela que foi luxada durante o exame deve ser reduzida. • Grau I - Luxação patelar intermitente com deslocamento manual de toda a extensão e redução espontânea na liberação. • Grau II - Luxação patelar frequente à flexão da articulação ou pressão digital, em que a redução espontânea não é sempre imediata. • Grau III - Luxação patelar permanente, em que a redução manual é possível, mas ocorre luxação recorrente espontânea quando liberada. • Grau IV - Luxação patelar permanente em que a redução manual não é possível. OMBRO TENOSSINOVITE BICIPITAL TESTE DO TENDÃO BICIPITAL Para inspeção do tendão bicipital, este é alongado estendendo-se o cotovelo e avançando caudalmente todo o membro paralelo ao tórax enquanto se aplica pressão sobre a região umeral medial proximal. Esse é um teste que não causa dor, porém, se a região estiver inflamada o animal irá sentir dor. INSTABILIDADE MEDIAL DO OMBRO (IMO) TESTE DA ABDUÇÃO DO OMBRO Durante a minuciosa palpação, verifica-se se existe dor, principalmente no movimento de abdução, e atrofia da musculatura. A circunferência do ombro afetado pode estar diminuída em relação ao membro contralateral e com diminuição da amplitude do movimento na extensão. Teste de abdução do ombro deve ser realizado com a escápula mantida pressionada na posição medial ao acrômio, enquanto que o membro torácico é estendido ao seu limite máximo. A palpação sob sedação é útil para determinar a amplitude de movimento em flexão, extensão e rotação e, principalmente, abdução. Em condições fisiológicas, o ângulo de máximo de abdução é de aproximadamente 30°. Quando a IMO está presente, graus mais elevados podem ser verificados. TESTE DO BICEPS Outro teste aplicado é a prova válida é o teste do bíceps, que ao estender o cotovelo enquanto puxa o membro caudalmente, este é hiperestendido. MODALIDADES TERAPÊUTICAS CINESIOTERAPIA A cinesioterapia tem como objetivo incluir na fisioterapia exercícios terapêuticos que visam prevenir ou melhorar disfunções, restaurar ou fazer a manutenção da normalidade da força, mobilidade, flexibilidade e coordenação do animal. Esses exercícios terapêuticos vão sendo desenvolvidos conforme a evolução do quadro clínico e a resposta do animal a eles. Todos os pacientes com algum tipo de acometimento ortopédico, que passaram pela abordagem cirúrgica ou tratamento conservativo e estão em reabilitação, em algum momento irão fazer uso da cinesioterapia. Já no pós-operatório podem ser utilizados movimentos de mobilização articular, alongamentos e exercícios de descarga de peso. A cinesioterapia pode ser aplicada a patologias musculoesqueléticas como insuficiência do ligamento cruzado cranial, luxação patelar, osteoartrose, tendinites, displasia coxofemoral e cotovelo, osteossinteses e não-uniões, contraturas e distensões musculares. Assim, pode também ser indicada na prevenção de lesões em casos por exemplo de animais atletas e ainda em pacientes que se apresentam em decúbito prolongado ou com alguma restrição de movimento. A cinesioterapia também é indicada em casos de reabilitação neurológica, tanto para doenças agudas como as hérnias de disco, quanto para doenças crônicas degenerativas, como por exemplo a mielopatia degenerativa. Ela também pode ser usada como uma fora de perda de peso em animais obesos. Os exercícios terapêuticos aplicados na cinesioterapia, devem levar em consideração o conceito AFIRME, o qual significa alongar, fortalecer, informar, reprogramar, mobilizar e estabelecer. Os exercícios podem ser passivos incluindo os alongamentos ou ativos como treino proprioceptivo e de ganho de força. O passo a passo da cinesioterapia começa pela avaliação do paciente, diagnóstico e tempo da lesão, objetivo do tratamento e qual é o condicionamento do paciente. A cinesioterapia é contraindicado em fraturas não- consolidadas ou recentes, lesões ou inflamações agudas e dor, instabilidade articular, cardiopatas severos e lesões musculares recentes. EXERCÍCIOS: EXERCÍCIOS PASSIVOS É o movimento realizadodentro da amplitude máxima de um movimento livre para um segmento. O aplicador utilizada de uma força externa, pois o paciente não consegue realizar contrações musculares. A amplitude passiva do movimento (APM) auxilia na manutenção da amplitude da articulação, mobilização do líquidos sinovial para nutrição da articulação e para evitar na formação de fibrose e aderência. O alongamento, ao contrário da APM, ultrapassa o limite da APM, pois ele trabalha a flexibilidade. É indicado em contraturas, paralisia e/ou plegia, impotência funcional dos membros e animais internados que estão em decúbito prolongado. ATIVO ASSISTIDO É um tipo de amplitude de movimento ativa, do qual, a assistência é feita por uma força externa manual ou mecânica. É necessário a assistência do paciente, pois os músculos que iniciaram o movimento precisam de assistência para completar o movimento. O paciente é capaz de iniciar o movimento, mas é necessário de ajuda para finalizá- lo. Os exercícios baseiam-se na sustentação, equilíbrio, caminhada na água e em carrinhos. Os exercícios de sustentação são feitos em lesões pélvicas uni ou bilaterais. O animal deve estar em estação e sustentado por panos ou elásticos. Os exercícios de equilíbrio são feitos utilizando aparelhos como: prancha, disco ou bola. É recomendado para lesões ortopédicas uni ou bilaterais, no encorajamento e transferência de peso, lesões neurológicas, estímulo de contrações musculares e melhora na propriocepção e equilíbrio. ATIVO NÃO-ASSISTIDO O paciente realiza o próprio movimento e completo sem ajuda do aplicador. Os exercícios podem ser feitos pelo o aumento da força muscular, aumento da resistência e aumento da fadiga. Um dos exercícios de mais fácil realização é a caminhada. Deve ser uma caminhada com velocidade e sincronia adequada. A utilização da escada é indicada quando o paciente há pouca claudicação durante a caminhada, na atenção de transferência de peso e no fortalecimento muscular. A esteira é indicada para que haja a extensão do quadril e joelhos (displasias e RLCCr), extensão dos ombros de forma passiva, diminuição das forças de reação do solo em ralação a propulsão e frenagem. A ladeira/rampa é um dos melhores exercícios para a reabilitação do joelho. Fortalece-se a musculatura do quadríceps femoral, semitendinoso, semimembranoso e glúteos. Os exercícios em grama auxiliam no equilíbrio e propriocepção. A ação proprioceptiva é obtida através de ações em superfícies instáveis: pranchas, discos e almofadas. O carrinho de mão é feito para estimular a propriocepção e fortalecimento dos membros anteriores, para isso, ergue-se os membros pélvicos movendo o animal para frente. A dança é o contrário do carrinho de mão, é usado para o fortalecimento do quadril, joelhos e extensores do tarso e melhora na amplitude dos membros pélvicos, para isso, ergue-se os membros torácicos e movimenta o animal para trás ou para frente. O senta e levanta é muito utilizado para displasia coxofemoral, pois ele atua no fortalecimento da musculatura do quadril e dos extensores do joelho, para isso, utiliza-se brinquedos e petiscos. A pista de obstáculos é feita com travas ou cones e atuam para aumentar as passadas dos membros e melhorar a flexão e extensão das articulações. MASSOTERAPIA A massagem é uma terapia complementar que visa minimizar ou tratar os problemas no sistema musculoesquelético e linfático, principalmente em cães, sendo um procedimento que prioriza a recuperação da capacidade física e mental dos mesmos. A massoterapia pode ser utilizada como uma alternativa terapêutica ou comportamental. A massoterapia terapêutica ela é utilizada como tratamento junto à fisioterapia e reabilitação. A massoterapia comportamental é utilizada como meio de relaxamento em animais ansiosos. EFEITOS FISIOLÓGICOS EFEITOS REFLEXOS Ocorrem pela estimulação dos receptores periféricos que se encontram na pele, dos quais, irão transmitir para a medula e depois para o cérebro, tendo como resultado a sensação de prazer e relaxamento pela queda na concentração de cortisol. EFEITOS MECÂNICOS Atuam como retorno no fluxo sanguíneo e linfático. Os efeitos mecânicos produzem opioides endógenos que auxiliam na analgesia, além de diminuição de edemas ou hematomas, aumento do fluxo arterial, venoso e linfático, diminui áreas de tensão e trigger points, alívio das contraturas, espasmos musculares e aumento da amplitude de movimentos articulares, mobilização de fibras musculares, massas musculares e tendões e na redução da inflamação local. APLICAÇÕES MASSAGEM SUECA Kneading Compressão circular exercida em tecidos moles ou em ossos superficiais. É indicado para lesões cervicais. Petrissage É feita a aplicação da pressão na pele e tecidos SCs com os dígitos ou com as mãos. • Pregueamento da pele • Amassamento Eufflerage É o alisamento ou deslizamento rítmico pela pele que pode ser aplicado de forma superficial ou profunda. Não tem cunho terapêutico, apenas para relaxamento. Sueca É um modo de massagem de alta intensidade por • Fricção - É feita no ponto de lesão para liberação de moléculas H • Taponamento - A mão é usada de forma côncava para bater contra a musculatura. É usada para pré e pós atividades físicas Tuiná É indicada para doenças musculoesqueléticas de efeito crônico e artrites. T-Toucha É feita a movimentação muscular com os dedos no sentido horário para relaxamento. Drenagem linfática Técnica de massagem especializada de feita com pressões suaves, lentas, intermitentes e relaxantes que seguem o trajeto da rede linfática. É contraindicada em casos de neoplasia. INDICAÇÕES Dor e desconforto muscular geral, dor muscular por doenças primárias, atrofia muscular, sedentarismo, inflamação local, limitação ou restrições de movimento, hipertrofia muscular, claudicação intermitente, compensação de membros, alívio de contraturas, alívio de espasmos musculares, perda da força e flexibilidade, aderência muscular, problemas circulatórios e respiratórios, pós- operatórios de cirurgias ortopédicas, edema de membros, aumento da eficiência muscular e melhora na qualidade de vida. CONTRAINDICAÇÕES Feridas abertas, queimaduras, tumores malignos, áreas com tromboflebite, pós-operatórios cirúrgicos de enxerto, cardiopatias graves, trombose, infecções sistêmicas, sensibilidade aumentada, linfagite e fraturas instáveis. CRIOTERAPIA É o uso do frio como tratamento, podendo ser por meio de sprays congelantes, bolsas frias, imersão em água fria com gelo, gelo de forma direta, massagem com gelo etc. O tratamento tem como objetivo a diminuição da resposta inflamatória aguda do organismo, principalmente após o exercício por meio de vasoconstrição e diminuição da dor local, além de diminuir os espasmos musculares, a formação de edema e na indução do estado de hipotermia dos tecidos, diminuindo assim, o seu metabolismo e favorecendo a sua preservação. EFEITOS FISIOLÓGICOS Analgesia, diminuição dos espasmos musculares, aumento do relaxamento, permite a mobilização precoce, aumenta a amplitude dos movimentos, previne e controla o edema, produz vasoconstrição, aumenta a rigidez tecidual e articular, diminui os reflexos cutâneos e articulares e quebra o ciclo dor- espasmo-dor. A diminuição da atividade metabólica resulta em menor consumo de O2, garantindo maior sobrevivência em situações de isquemia ou baixa circulação. Gera menos lesão na área de aplicação e menor produção de radicais livres e edema. O gelo ao longo da aplicação aumenta o limiar de excitação das células nervosas, melhorando a analgesia. Em traumas, degeneração ou inflamação de tecidos moles o gelo faz com que tenha um menor extravasamento de sangue, diminuindoa quantidade de fibrina e tecido fibroso. INDICAÇÕES Traumas agudos e pós-operatório recente. CONTRAINDICAÇÕES Pode causar queimaduras se aplicado por muito tempo, em animais com perda de sensibilidade, peles sinas ou sensibilizadas e feridas abertas. Tomar cuidado na aplicação em feridas crônicas pelo excesso de vasoconstrição. Urticária induzida pelo frio, tumores com bordas e não-delimitadas, fibrinogênio anormal encontrado raramente no plasma, , intolerância ao frio, doença autoimune. FORMAS DE APLICAÇÃO • Massagem com gelo. Usar um recipiente para auxílio (copo com gelo) e relizar massagens com movimentos circulares por 10min • Bolsa com gelo. Deve ser colocada uma toalha entre a pele e a bolsa. • Imersão em água fria com gelo • Aplicação direta do gelo com o uso de cintos de neopreno • Nitrogênio líquido Aplicar em média por 20min e, sempre que possível, colocar zonas de barreiras (toalhas finas) entre a pele do animal e o material utilizado a fim de evitar queimaduras. Observar a pele para que ela não fique muito branca, pálida ou apresentando sinais de isquemia. O tempo não deve exceder 20min. TERMOTERAPIA É a aplicação de calor sobre o organismo com fins terapêuticos, promovendo ação anti-inflamatória, antiespasmódica, analgésico, sedativa, relaxamento e descontraturante. O objetivo do tratamento é no alívio da dor, na alternação do processo de cicatrização dos tecidos e na alternação das propriedades elásticas dos tecidos conectivos. INDICAÇÕES • Inflamações, dores e feridas crônicas • Tensões musculares • Casos de espasticidade • Hipertonia • Displasia coxofemoral e do cotovelo • Osteoartrose em ombro CONTRAINDICAÇÕES • Neoplasias • Feridas e traumas agudos • Prenhez (apenas pode ser feito nas costas) • Cardiopatas descompensados • Animais anestesiados • Perda de dor superficial e profunda • Febre • Circulação sanguínea diminuída EFEITOS FISIOLÓGICOS MUSCULATURA • Aumento da excitabilidade do colágeno • Aumento da extensibilidade dos tecidos • Diminuição da atividade do fuso muscular NÍVEL CELULAR • Aumento do metabolismo celular • Aumento da atividade enzimática e fagocitose • Modificação da permeabilidade da membrana • Aumento do consumo de O2 TERMINAÇÕES NERVOSAS • Aumento do limiar de excitabilidade das terminações nervosas, diminuição dos estímulos nocioceptivos da dor e sedação NÍVEL CIRCULATÓRIO • Dilatação das arteríolas e capilares • Aumento do fluxo sanguíneo • Aumento da permeabilidade capilar OUTROS • Diminuição da viscosidade dos fluídos • Diminuição da viscosidade intra-articular EFEITOS TERAPÊUTICOS • Aumento da amplitude de movimentos • Redução dos espasmos musculares • Analgesia FORMAS DE APLICAÇÃO CALOR SUPERFICIAL • Método simples e seguro • Penetração mais baixa devido à penetração cutânea • Aplicação com duração de 20min • O procedimento pode ser repetido ao longo do dia • Temperatura máxima sugerida de 41°C • Infra-vermelho, compressão com água quente, cobertores com água quente circulante, colchões aquecidos e forno de Bier CALOR PROFUNDO • Pode ser realizado diariamente em pacientes com dores intensas e espasmos • Aplicação com duração de 4min • Uso de US • Temperatura sugerida de 40-45°C • US ULTRASSOM TERAPÊUTICO O UST produz ondas acústicas inaudíveis de alta frequência que podem gerar efeitos fisiológicos térmicos ou atérmicos nos tecidos biológicos. As ondas mecânicas são direcionadas a partir do transdutor. • Frequência (MHz) • Intensidade (0,01-3 W/cm³) • Potência (Watts) A frequência do UST é determinada de acordo com o local da lesão: • Tecidos profundos - 1MHz (2-5cm). • Tecidos superficiais - 3MHz (0,5-3cm). Essa é a frequência de maior absorção e de aquecimento mais rápido. • Dermatofuncionais - 5MHz. EFEITOS NOS TECIDOS Induz a ativação dos fibroblastos, colágeno, diminuição das células inflamatórias por aceleração do metabolismo e na analgesia ONDAS LONGITUDINAIS Se propaga em meios sólidos e líquidos. Atua no deslocamento molecular na direção da propagação da onda. Efeitos térmicos Atua no aumento do metabolismo celular, no aumento do fluxo sanguíneo, no aumento do suprimento de O2 e na temperatura local. Para atingir esses efeitos os tecidos devem ser elevados para o nível de 37,5-40,5°C. Temperaturas acima de 40,5°C podem ser lesivas ao tecido. • Aumento na excitabilidade das fibras de colágeno • Diminuição na rigidez articular • Redução do espasmo muscular • Modulação da dor Efeitos não-térmicos • Cavitação - Formação de bolhas gasosas que expandem-se e comprimem-se em razão da mudança de pressão. Essas bolhas podem ser estáveis ou instáveis. • Micromassagem - As ondas de compressão e rarefação induzem a troca de volumes e a permeabilidade celular ONDAS TRANSVERSAIS Se propaga apenas em meios sólidos. Atua no deslocamento das moléculas apenas no sentido perpendicular. INDICAÇÕES • Artrites, sinovites, tendinites, bursites e afecções musculares • Contratura articular, cicatrização de feridas, consolidação óssea, dor, espasmos musculares e dor crônica • Traumatismo ósseo • Traumatismo de articulação e músculo • Distensão, luxação, fraturas, contraturas e espasmos musculares • Neuromas, pontos de gatilhos e distúrbios do SNP • Transtornos circulatórios • Processos inflamatórios agudos e crônicos • Reparo de lesão e cicatrização de feridas CONTRAINDICAÇÕES • Áreas isquêmicas • Alterações circulatórias • Endopróteses e implantes metálicos • Útero gravídico, neoplasias, processos infecciosos, áreas cardíaca ou com marcapasso • Cérebro e ouvido • Gânglios cervicais e gônadas • Placas epifisárias ou fises de crescimento • Estados febris FORMAS DE APLICAÇÃO Usar no modo contínuo (lesões crônicas) ou pulsátil (lesões agudas). Aplicar no animal em decúbito lateral ou sentados, com tricotomia e acoplados em gel, vaselina ou óleo. Movimentar o transdutor em formas circulares ou em “8”. • Direta • Subáquatica • Meios intermediários FOTOBIOESTIMULAÇÃO LED Diodo emissor de luz (LED) é utilizado como uma alternativa à laserterapia como uma fonte de luz corrente unidirecional que é tão eficaz quanto o laser. É uma luz espontânea, policromática, não-coerente, não-colimado, mais divergente e sem emissão de calor. Formas de aplicação • Deve ser aplicada de forma direta na pele • Led vermelho e infravermelho - é utilizado em camadas superficiais e atua na ação analgésica, anti-inflamatória e cicatrizante e no tratamento de feridas abertas de difícil cicatrização, artroses, fraturas, displasia coxofemoral, displasia de cotovelo, ruptura de ligamento cruzado, luxação patelar, miopatias, artrites, hérnia de disco, lesão em nervo radial ou ciático e úlceras de decúbito • Led azul - ação bactericida e fúngico, infecções de pele e efeito clareador e despigmentaste É contraindicado em animais gestantes, região dos olhos, placas epifisárias, gânglios simpáticos, áreas hemorrágicas e gônadas. LASER É a emissão de luz a partir de uma substância radioativa, monocromática, coerente, colimado, menos divergente e com emissão de calor. • Classe 1M • Classe 2M • Classe 3R • Classe 3B - laser terapêutico • Classe 4 - laser cirúrgico e terapêutico • Asa laser classe 4 Mecanismos de ação A absorção da luz acontece pelos cromóforos, eles transformam a luz em energia química resultando no aumento do metabolismo, alterações fisiológicas que aceleram a cicatrização dos tecidos à nível celular e no controle da inflamação e da dor. Formas de aplicação Pode ser usado o diodo de arsenato de gálio (GA- AS) de forma contínua ou pulsada ouo gálio- alumínio-arsênico (GA-AI-As) de forma contínua. • Luz vermelha - atua no processo inflamatório, regeneração dos tecidos, melhora na vascilarização e angiogênese, produção de ATP e gordura. Usado na terapia ILIB (irradiação de luz laser sobre o sangue). • Luz infravermelha - promoção de analgesia, drenagem linfática, edemas, ação anti- inflamatória, aumento no 40% de fármacos e produtos e serve como acupuntura ELETROTERAPIA É toda a forma de corrente elétrica empregada de forma terapêutica sobre o tecido com o objetivo analgésico ou de efeito excito motor para recrutamento muscular. A efetividade da eletroterapia é baseada na impedância cutânea. Quanto maior a impedância cutânea, mais resistência é gerada pela pele para a passagem da corrente elétrica. Quanto mais água tiver o tecido, melhor é a sua propriedade de conduzir corrente elétrica. Os eletrodos devem ser colocados em volta do local correspondente à dor (junção neuromuscular ou na origem da inserção do nervo). Baixa frequência (1-150 Hz) A frequência máxima da pele é de 1-150 Hz. • Estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS) - analgesia. A analgesia é feita pela teoria das comportas; • Estimulação elétrica funcional (FES) - alcance biológico, para contração muscular. Deve ser utilizado em músculos inervados ou com alterações neurológicas. Não causa hipertrofia. Média frequência (1.000-10.000 Hz) A média frequência encontra-se fora do alcance biológico, mas o aparelho acaba regulando para que a frequência final seja de 1-150 Hz (frequência/corrente portadora). • Interferencial - analgesia • Russa - contração muscular Parâmetros da eletroterapia Quando a frequência for alta a onda deve ser baixa e vice-versa (inversamente proporcionais). O tempo máximo de terapia é de 30min. • Frequência (Hz) - é o número de estímulos elétricos no tempo de 1s • Comprimento de onda (us) - espaço entre uma onda e outra • Intensidade (mA) - força HIDROTERAPIA A hidroterapia, também conhecida como fisioterapia aquática ou aquaterapia, é uma atividade terapêutica que consiste na realização de exercícios dentro de uma piscina com água aquecida, em torno dos 34ºC, para acelerar a recuperação de atletas lesionados ou pacientes com artrite. A hidroterapia é a modalidade mais indicada para a redução do impacto e aumento da resistência (faz hipertrofia sem causar muito esforço). Densidade relativa da água É o peso de um objeto comparado com o equivalente ao volume de água. Animais musculosos tendem a fundar, enquanto que, animais obesos tendem a boiar. A densidade da água equivale a 1, tudo o que for menor à densidade da água irá boiar. • Gordura = 0,8 • Músculo = 1,1 • Ossos = 1,5-2,0 Empuxo É a força vertical contrária à gravidade exercida pelo deslocamento de água causada pelo em direção à superfície. Impede com que o corpo afunde e aparenta a diminuição do peso equivalente ao volume do líquido deslocado. • Nível 1 (trocanter maior - 38%), animais com DCF. Não é recomendado para animais cardiopatas e braquiocefálicos • Nível 2 (côndilo lateral do fêmur - 85%), usado em cardiopatas. • Nível 3 (maléolo lateral da tíbia - 91%), usado para pacientes com déficit de propriocepção. Quanto maior o nível de água, menor será o peso na articulação. Pressão hidrostática É a força horizontal da água, é uma força constante que a água faz num objeto submerso proporcional à profundidade e densidade do fluído. É usado para melhorar a circulação sanguínea e linfática, efusões articulares, edema tecidual alívio da dor pela pressão nociceptores e sensação de sustentação. Viscosidade É a resistência causada pelas forças de atração entre as moléculas de um fluído; há maior dificuldade de movimentação, exige maior demanda muscular como resistência cardiovascular. A resistência é proporcional à velocidade do movimento. • Colocar o animal por inteiro na água diminui a ansiosidade, fortalece e condiciona o sistema cardiovascular e articular Tensão superficial A coesão das moléculas de água intensifica na superfície da água, tornando-se mais resistente. É irrelevante para exercícios submersos e importante para exercícios que rompam a superfície para trabalhar a força muscular e propriocepção. Temperatura Água aquecida ou fria faz com que ocorra o acréscimo dos efeitos relativos de cada uma. • Água aquecida (vasodilatação, relaxamento e aumento de FC/FR) • Água gelada (diminuição do metabolismo celular e da permeabilidade capilar, controle do processo inflamatório e alívio da dor) Quando iniciar as modalidades? Em caso de cirurgias ortopédicas, iniciar o tratamento após a remoção dos pontos da pele. Em casos de HD, apenas após 30 dias de cirurgias + analgesia. Em osteotomias, após 4-6 semanas de consolidação. MODALIDADES: DUCHAS E TURBILHÃO Mais utilizada em equinos. Ocorre a pressão nos tecidos para massagem dos mesmos, melhorando a drenagem linfática, pode ser utilizada na limpeza de feridas; a água pode ser quente ou gelada. ESTEIRA AQUÁTICA (IMERSÃO PARCIAL) Quanto mais submerso, mais leve ele ficará e maior a resistência ao movimento. Menos condicionamento cardiorrespiratório quando comparado à natação. NATAÇÃO Melhora no condicionamento físico, na imunidade, na circulação e na redução do estresse. É recomendada em casos de obesidade, fortalecimento muscular, recuperação de traumas, doenças articulares, doenças motoras e doenças cardiovasculares. Dificultando os exercícios • Bóias (desloca o empuxo do animal forçando a utilização dos outros membros) • Bandas elásticas (resistências do movimento com o aumento da força e hipertrofia muscular) • Exercícios ativos/passivos/assistidos Contraindicações • Feridas abertas ou incisões de pele • Dermatopatias • Infecções • Disfunções cardiorrespiratórias graves ou não-tratáveis • Diarréia Equipamentos e Considerações práticas • Esteira manual x computadorizada • Aquecimento (25-35°C) • Escadas e rampas • Superfície do piso • Coles salva-vidas • Brinquedos • Coleira • Duração da sessão (depende do paciente, mas no máximo de 20min) • Algodão hidrofóbico ACUPUNTURA Diagnóstico • Madeira (fígado e vesícula biliar). A madeira está ligada ao estresse. • Fogo (pericárdio, coração, ID e triplo aquecedor) • Terra (baço, pâncreas e estômago) • Metal (IG e pulmão) • Água (rim e bexiga) Ponto de acupuntura São feitos em regiões inervadas e de maior condutividade elétrica (plexos nervosos, elementos vasculares e fusos musculares). O ponto estimulado tem uma ou várias funções. No Brasil o ponto de acupuntura é nomeado pela letra do meridiano e o número do acupontos. A localização dos acupontos é através de mapas de acupuntura. • Eletroacupuntura • Acuinjeção • Laserterapia • Moxabustão • Ventosa • Implante de ouro MODALIDADES: ACUPRESSÃO Fazer pressão nos locais de acupuntos. AGULHA SECA ELETROACUPUNTURA • Alta frequência (100Hz) para dor aguda • Baixa frequência (2-10Hz) para dor crônica • Alternada (2-10Hz) para DCF e paralisia • Alternada (2-20Hz) para dor leve ou (100Hz) para dor intensa IMPLANTE DE OURO Utilizado para convulsões, DDIV e DCF. Faz com que o controle da dor seja mais prolongada e retarde a degeneração. Animais mais velhos respondem de forma menos adequada. FARMACOPUNTURA Usado em animais que não toleram a agulha por muito tempo ou complemento ao agulhamento. Pode-se usar solução fisiológica, vitamina B12, fármacos tranquilizantes e sangue autólogo. Usar a sub-dose dos fármacos para causar menos efeitos colaterais.Uma boa alternativa na aplicação de insulin0 (E36) a para pacientes diabéticos. MOXABUSTÃO Uso da erva (Astemisia vulgaris), possui função de de aquecimento do ponto.
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