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Resenha - As neuropsicoses de defesa

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PSICOPATOLOGIA E DOENÇA PSICOSSOMÁTICA
Prof. Antenor Salzer Rodrigues
Aluno Uriel de Mendonça Batalha Silveira
O artigo sobre “As neuropsicoses de defesa” (1894) distingue-se como o início de
Freud na investigação da origem das neuroses. Ele introduz a distinção de três grupos de
mecanismos de defesa, nomeados de histeria, neurose obsessiva e psicose alucinatória. A
nova classificação se dá pela descoberta de uma origem comum para as duas primeiras,
situada na experiência traumática vivenciada no começo da infância Embora colocadas dentro
de um mesmo grupo, diferenciam-se em relação à posição diante de suas questões.
É justamente esse trauma que irá marcar a psique do sujeito, levando-a a combater
esse fato impactante afastando-o da consciência. Percebe-se então que a recordação do fato
em fase adulta causa mais angústia que o ato sexual e si, durante a infância. Ambas as
estruturas, histérica e obsessiva, dedicam-se a transformar a memória traumática e outra
representação, porém, de valor enfraquecido e direcionada para outra finalidade. Como dito
anteriormente, o destino de cada estrutura seguem rumos distintos, apesar da mesma origem.
A histeria assume um papel próprio, promovendo o processo de conversão somática
do afeto, fazendo com que a libido seja separada do conteúdo repugnante e incompatível com
a consciência. Sua consequência é a manifestação de algum sintoma físico no corpo, que não
necessariamente irá seguir um padrão de ocorrência anátomo-patológico. Dessa forma, ocorre
a conversão de um afeto libidinal e sintoma físico no corpo.
Já na neurose, apesar do conteúdo também de desvincular do afeto, deixando-o livre
de sua conexão original, este liga-se a outro conteúdo que estiver disponível, ao invés de se
manifestar no corpo. Com isso, a energia continua circulando dentro do aparelho psíquico,
porém, com uma nova forma, através da nova ligação libidinal. O resultado dessa falsa
ligação é o surgimento das representações obsessivas, produzindo ideias e comportamentos
absurdos, resultantes dessa intensificação causada pelo afeto traumático desvinculado.
Já nas psicoses alucinatórias há o rompimento da representação incompatível,
fragmentando o afeto e o conteúdo, como se nunca houvessem ocorrido. Contudo, ainda há
pedaços vinculados à realidade ao mesmo tempo em que outros foram apagados da
consciência. O resultado é que o sujeito entra num estado de confusão alucinatória pela
inconsistência nas representações que povoa sua psique.
Referência
FREUD, Sigmund. As neuropsicoses de defesa. In: ___. Primeiras publicações
psicanalíticas. Trad. Margarida Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1976. p. 55-100. (Edição
standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, v. III)

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